A caminhada pode ajudar a retardar o declínio cognitivo de idosos com problemas cognitivos leves e daqueles com doença de Alzheimer, segundo recente estudo da Universidade de Pittsburgh, nos EUA. Acompanhando, por 20 anos, 426 pessoas - entre adultos saudáveis e aqueles com problemas cognitivos -, os pesquisadores descobriram que caminhar cerca de 8 km por semana pode proteger, por até 10 anos, o cérebro de pessoas com Alzheimer e aquelas com transtorno cognitivo leve.
Os resultados do estudo mostraram uma relação entre os níveis de exercícios físicos e o volume de áreas do cérebro importantes para a memória e o aprendizado. “O volume é um sinal vital para o cérebro. Quando ele reduz, isso quer dizer que as células cerebrais estão morrendo. Mas, quando permanece maior, a saúde cerebral está sendo mantida”, destacou o pesquisador Cyrus Raji. “Descobrimos também que essas pessoas (que caminham cerca de 8 km por semana) tinham menos perda de memória em cinco anos”, acrescentou.
Os especialistas destacam que a doença de Alzheimer é uma condição progressiva e irreversível que destrói a memória e outras habilidades cognitivas. De acordo com o Instituto Nacional do Envelhecimento, entre 2,4 milhões e 5 milhões de americanos têm a doença, e a tendência é que esses números aumentem significativamente na próxima década.
Por isso, a descoberta de intervenções no estilo de vida que possam retardar o progresso da doença é muito importante. “Porque a cura para o Alzheimer ainda não é uma realidade, esperamos descobrir formas de aliviar a progressão da doença ou os sintomas em pessoas que já apresentam prejuízo cognitivo”, destacam os pesquisadores. “O Alzheimer é uma doença devastadora e, infelizmente, a caminhada não é uma cura. Mas caminhar pode melhorar a resistência de nosso cérebro à doença e reduzir a perda de memória ao longo do tempo”, concluiu o líder da pesquisa.
Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=8821&mode=browse
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Caminhadas podem ajudar a combater os efeitos da doença de Alzheimer
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:42
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