De acordo com nova pesquisa, materiais que entram em contato com alimentos são uma fonte subestimada de contaminantes químicos
Um estudo publicado essa semana na revista científica Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology concluiu que a exposição à substâncias tóxicas que migram para os alimentos de populações inteiras foi subestimada. O estudo denominado Químicos Desreguladores Endócrinos e outras substâncias preocupantes que entram em contato com alimentos: Uma análise atualizada da exposição, efeito e avaliação de risco questiona a precisão de métodos usados para medir o desprendimento das substâncias que compõem as embalagens e sugere ainda que a exposição de crianças não é sempre estimada realisticamente. De acordo com os pesquisadores, liderados por Jane Muncke, os efeitos de contaminantes químicos devem ser avaliados não só de acordo com os critérios atuais, mas também a desregulação endócrina, mix de contaminantes e desenvolvimento da toxicidade.
Jane afirmou que a avaliação de exposição de químicos que se desprendem de embalagens é estimada com uma incerteza aparente. “Dada a natureza complexa dos polímeros modernos, não é sempre possível saber quais substâncias foram incorporadas no material plástico que poderiam migrar para o alimento”, explica. Ela disse também que testes atuais da maneira que são feitos podem subestimar ou superestimar os níveis de exposição.
O estudo também demonstra preocupação com as análises atuais que somente avaliam monômeros e aditivos individualmente ao invés de questionarem todo o processo de migração. Ao considerar a tinta e adesivos de embalagens “pode se dizer que atualmente não há uma avaliação sistemática de tudo o que migra da embalagem para o alimento e que pode ser tóxico”, diz Jane.
A exposição de crianças está subestimada?
Jane diz que a exposição de crianças com contaminantes pode ser maior do que se acredita já que o montante de comida que elas consomem que é afetada pela migração de químicos tóxicos é muito maior do que as estimativas atuais. Um estudo britânico revelou que crianças consomem em média 1.6 vezes mais comida que teve contato com embalagens plásticas do que a abordagem de estimativa da União Europeia prevê.
Além disso, os pequenos pacotes que crianças compram na maioria das vezes possuem uma superfície maior em relação ao volume e por isso uma maior migração de por kg de alimento. Esses fatores podem significar que crianças estão sendo expostas a níveis de contaminantes maiores do que os considerados seguros atualmente.
Texto originalmente publicado nosite Food Production Daily – www.foodproductiondaily.com/Quality-Safety/Current-approaches-underestimate-contaminant-exposure-from-FCMs-study em 09 de fevereiro de 2011.
Por Fabiana Dupont e Fernanda Medeiros, do site Tao do Consumo.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Métodos de pesquisa subestimam contaminação química das embalagens de alimentos
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
07:16
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Marcadores:
contaminação de alimentos
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