sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Novos dados da obesidade no mundo. Fica uma pergunta no ar

Na primeira semana de fevereiro saiu os resultados do último grande estudo sobre obesidade no mundo. Somos meio bilhão de adultos obesos acima de 20 anos, um em cada 10 adultos. Isso significa que a proporção de obesos dobrou nos últimos 30 anos.

Os números são de uma pesquisa publicada na última semana na revista científica The Lancet, baseada em dados epidemiológicos de vários países que incluem mais de 9 milhões de participantes. Ao mesmo tempo, um dado curioso chamou a atenção dos pesquisadores em outros dois estudos: a queda dos índices de hipertensão arterial e de colesterol nos países desenvolvidos nesse mesmo período.

O estudo foi realizado por pesquisadores americanos, ingleses e suíços e revela que em 2008 mais de uma pessoa em cada dez, na população mundial adulta, já era obesa, com maior porcentagem entre as mulheres. Entre os países ricos, os Estados Unidos aparecem em primeiro lugar, desde 1980, na taxa de obesidade, enquanto a população japonesa se mostra como a menos afetada pelo problema. O Brasil está na 19ª posição no ranking mundial de obesidade masculina e na 15ª posição na obesidade feminina.

Esses dados nos levam a uma análise crítica da nossa metodologia e de nosso arsenal de tratamento da obesidade. Estamos perdendo a guerra contra esse mal, que responde pela grande incidência paralela de diabetes e elevadas taxas de mortalidade potencialmente evitáveis no mundo.

O que poderia explicar o sucesso na redução das taxas de colesterol e pressão arterial e o fracasso na redução do peso das pessoas? Obesidade, colesterol e hipertensão arterial são doenças crônicas muito semelhantes em suas causas e consequências. Todas associadas a estilos de vida inadequados com sedentarismo, stress e erros alimentares. Todas dependem de reeducação alimentar, atividade física e medicamentos. Então, com tantas semelhanças, o que poderia explicar o avanço da obesidade no mundo, tendo em vista a redução das duas outras doenças?

Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-02-01_2011-02-15.html#2011_02-11_08_46_25-142670378-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

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