Estou cansado de tanto deparar com DESinformações e clichês tão prejudiciais a todos aqueles que buscam o caminho da informação honesta. como por exemplo, que a carne não seria um alimento natural e saudável, de que a carne faz parte de um mundo industrializado, de que a carne movimenta toda uma cadeia produtiva que leva a natureza à devastação.
A carne é, SIM, um alimento natural e simples. A carne ocorre na natureza, e a fonte da carne são os animais que comemos. A carne “in natura”, do animal criado solto em pasto (e não em cativeiro à base de ração!) não faz parte do mundo industrializado e não “movimenta toda uma cadeia produtiva que leva a natureza à devastação”. Isso é uma grande desinformação, nada mais que um grande chavão, que infelizmente ‘PEGA”. E ao “pegar”, compromete nada mais, nada menos que a saúde de homens, mulheres e crianças.
Pois não são os animais, mas sim o processo de industrialização e globalização da AGRICULTURA, com as práticas totalmente injustas de “produção industrial” das “fábricas-fazendas”, o uso de venenos agrotóxicos, venenos pesticidas, venenos herbicidas, fertilizantes industriais tóxicos etc, os grandes responsáveis pela grande devastação atual dos recursos naturais, pelo esvaziamento dos lençóis freáticos e pela falência financeira dos pequenos produtores rurais e desaparecimento cada vez maior da fabricação e comercialização de alimentos verdadeiramente caseiros em pequena escala.
Arar pastos e passar a utilizá-los, ao invés, para plantações, *não é prática sustentável*. *Não beneficia o meio ambiente*. E *não contribui para diminuir a fome no mundo*. Apenas uma pequena porcentagem da superfície do nosso planeta se presta naturalmente para o cultivo. Mais que isso somente pode acontecer através de deflorestamento, fertilizantes químicos, irrigação em grande escala (potencialmente prejudicial SIM ao ecossistema) e devastação dos ecossistemas.
O solo do nosso planeta está sendo verdadeiramente devastado por monoculturas e outras práticas ecologicamente insustentáveis. Não importa quanto adubo, quanto rodízio e quanta combinação de plantas houver numa terra, essa terra jamais poderá ser verdadeiramente restaurada sem o auxílio de animais – não só pela sua capacidade de adubar naturalmente a terra, mas de beneficiá-la graças ao pastejo rotativo. Se os excrementos animais representam um problema terrível para o ambiente nas “fazendas-indústrias” (que já são uma praga no Brasil no que diz respeito ao frango – mas ainda não ao boi), esses mesmos excrementos representam adubo importantíssimo e valiosíssimo num ambiente de produção familiar, mista, em pequena escala.
Sim, também a prática abusiva do pastejo, infelizmente, já destruiu muito da nossa ecologia e geografia – mas a solução para isso é o pastejo sustentável, ou seja, o retorno à agricultura/pecuária familiar!
A agricultura/pecuária familiar da diversidade, dos aloporques e da interdependência são a verdadeira resposta para quem busca a recuperação da nossa terra, ecologia e geografia. E também da economia!
O retorno à produção local, familiar, sustentável, em favor da industrial, gera sustento bem mais digno para os pequenos produtores rurais que fornecem, diretamente, cada um a seu nicho da comunidade.
Muitos historiadores, filósofos, economistas, pensadores, já tentaram sugerir, através dos tempos, soluções as mais diversas para a disparidade social que distancia cada vez mais o rico e poderoso do pobre sem poder, através da criação de partidos políticos, organizações não governamentais e até mesmo guerras e revoluções.
Mas talvez o caminho mais fácil para devolver o poder às pessoas comuns, famílias e comunidades locais, seja depositar a produção de alimentos (e, por que não, outros artigos de consumo) nas mãos dessas mesmas pessoas, famílias e produtores locais. E todos nós – cada um de nós! – pode colaborar com a realização dessa meta, simplesmente deixando de consumir alimentos industrializados, passando a adquiri-los diretamente de produtores locais
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1 comentários:
Doutor, o senhor está no mundo das ideias de Platão. Agricultura/pecuária familiar da diversidade nas relações capitalistas cada vez mais intrusiva no cotidiano humano?
Fugir das grandes indústrias da carne?
Criarmos um boi em nossos cada vez mais reduzidos quintais?
Conclusão: consumir carne faz mal mesmo.
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