Por ser considerada uma das frutas mais calóricas, o abacate ainda não faz parte da rotina alimentar da maioria das pessoas. Porém, é salutar rever este conceito, pois as pesquisas estão demonstrando que o mesmo óleo responsável pelas temidas calorias desta fruta também apresenta propriedade nutricional importante para a manutenção da saúde, especialmente do coração e cérebro.
Em pesquisa recente, realizada na Esalq-USP, publicada na Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, foi constatado que o óleo de abacate possui substâncias bioativas capazes de prevenir e controlar as dislipidemias (níveis anormais de gorduras no sangue). Nesta pesquisa pode-se comprovar que o perfil de ácidos graxos e esteróis do abacate é semelhante ao perfil do azeite de oliva, podendo desta forma melhorar a qualidade de muitos alimentos industrializados.
Um bom exemplo é substituir o óleo de soja nas composições de óleos mistos de oliva, oferecendo à indústria e ao consumidor um produto mais nutritivo e com menor custo. A pesquisa também mostrou que os processos de extração e refino do óleo a partir da variedade estudada, são tecnicamente viáveis, o que o torna excelente matéria-prima para a indústria de alimentos.
As pesquisas da Universidade da Califórnia mostraram que o abacate possui quantidades generosas de vitamina E e luteína. Outras pesquisas mostraram que ele é rico em glutationa e beta-sisterol. Todas estas substâncias possuem efeito antioxidante e potente ação anticancerígena. Merece destaque o beta-sisterol por participar no mecanismo da diminuição do mau colesterol, e a luteína que protege contra cataratas e a degeneração macular, muito comum em idosos.
De acordo com a pesquisa realizada na Universidade de Shizuoka, no Japão, foi comprovado que a fruta protege o corpo contra toxinas que prejudicam o fígado e dentre 22 qualidades de frutas pesquisadas, o abacate mostrou-se o mais capaz em diminuir danos provocados no órgão (fígado) por fatores semelhantes aos causados pelo vírus da hepatite.
E ainda, segundo pesquisa da Universidade Estadual de Ohio, USA, o abacate quando consumido junto de uma alimentação mista, potencializa a absorção de substâncias como o licopeno, alfa e beta-carotenos, que são úteis na prevenção de cânceres. Essa experiência mostrou que pessoas que consumiam saladas com abacate absorviam 8,3 vezes mais alfa-caroteno; 13,6 vezes mais beta-caroteno; 4,3 vezes mais luteína e 4,4 vezes mais licopeno.
Os diabéticos também são favorecidos com a ingestão desta fruta, pois ajuda no controle do colesterol ruim e ainda melhora a tolerância a glicose, reduzindo a resistência à insulina.
O abacate pode e deve ser consumido cru, ao natural ou adicionado de sucos cítricos (laranja e limão) ou de outras frutas ou ainda na versão salgada e temperada sobre saladas, torradas, pães, etc. Portanto, sabendo do seu generoso valor nutricional é preciso fazer do abacate uma fruta mais presente nos hábitos alimentares, observando que seu consumo não deve ultrapassar ½ xícara de chá/dia, extraindo assim o seu poder funcional (medicamentoso), sem prejudicar a silhueta.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=130&Itemid=81
sábado, 3 de setembro de 2011
Abacate como alimento funcional
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
10:58
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