A prática de exercícios como ciclismo e corridas ao ar livre são mais prazerosos ao ar livre do que em uma academia ou em casa. No entanto, a poluição crescente com o um imprevisto número de veículos torna essa prática mais nociva do que benéfica.
A pesquisa internacional recente tem apontado que micro-partículas das descargas dos motores, inclusive a temível partícula de exaustão do diesel, podem ser inaladas e absorvidas nos pulmões e entram na circulação podendo causar sérios problemas no coração e no cérebro.
No Brasil, esses dados são especialmente alarmantes porque a Petrobrás ainda não cumpriu as exigências internacionais de redução da taxa de enxofre no óleo diesel usado em milhões de veículos, fato que agrava seriamente o problema da poluição ambiental.
Cidades altamente poluídas como Los Angeles e São Paulo, estão qualificados com o agravo ambiental mais sério por maior concentração de partículas de enxofre no diesel e podem propiciar o surgimento de doenças cardiovasculares, doença de Parkinson e derrames cerebrais.
As partículas do diesel, designadas em inglês com a sigla DEP (diesel exaust particles), estimulam células do sistema imunitário, inclusive as micróglias, nome das células imunitárias do sistema nervoso. As micróglias passam a liberar uma enorme quantidade de radicais livres, inclusive o temível o superoxido.
Em uma pesquisa cuidadosamente elaborada, foi demonstrado que o DEP excita intensamente as micróglias a ponto de desencadear reações capazes de destruir os neurônios da substância nigra, núcleo situado no tronco cerebral, cuja perda resulta na doença de Parkinson.
Outras pesquisas também estabeleceram a correlação do DEP com infertilidade masculina por baixa da oligoespermia, ou seja baixo número de espermatozóides, as células germinativas masculinas, e elevação dos níveis de testosterona que pode favorecer o desenvolvimento do autismo nas crianças e no campo da cardiologia , a morte súbita por arritmia cardíaca.
Os veículos pesados, como caminhões e ônibus produzem as descargas mais tóxicas de DEP com partículas mais finas que afetam os pulmões, cérebro e o aparelho circulatório. É assustador que o DEP pode suprimir a imunidade pulmonar criando condições para pneumonias freqüentes e de tratamento mais difícil. A pesquisa mostrou ainda que o DEP pode alterar o sistema endócrino alterando a função dos estrógenos e da testosterona. Foi confirmado experimentalmente que animais maduros que servem de modelo para adultos humanos expostos ao DEP evidenciaram lesão nas espermatogonias, nome técnico das células que geram os espermatozóides nos testículos. Também produziu masculinização de filhotes fêmeas quando houve exposição ao DEP durante a gravidez.
Alertamos, portanto, que o exercício de ciclismo ou corrida ao longo da via pública onde passam veículos, sobretudo pesados, é extremamente arriscado, em face do esforço em maximizar a atividade respiratória e que exige maior consumo de oxigênio, aumentando a inalação das temíveis partículas DEP.
Por este ponto de vista faz mais sentido fazer os exercícios na academia, em casa ou nos parques da cidade, usando as vias públicas somente em horários cujo trânsito esteja mais tranqüilo.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=134&Itemid=39
sábado, 3 de setembro de 2011
O perigo da prática de exercícios ao ar livre nas grandes cidades
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
11:09
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