Em um artigo a ser publicado no Journal of Geriatric Psychology and Neurology, pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade de Michigan relataram a correlação de baixos níveis de vitamina D com o aumento de déficit cognitivo em homens e mulheres.
Por falar nisso, o déficit cognitivo tem sido apontado como capaz de aumentar o risco de demência, uma das causas predominantes da invalidez na faixa etária dos idosos. O presente estudo incluiu 708 homens e 1.058 mulheres, com idade inscritos a partir de 65 anos como participantes do Health Survey for England 2000.
Por sinal, os testes psicológicos revelaram falhas cognitivas em 212 indivíduos e esses distúrbios se mostraram freqüentes à medida que se constatava níveis baixos de 25 hidroxi, a forma de análise da vitamina D no soro sanguíneo.
Aliás, os participantes cujos níveis de vitamina D estavam em ¼ ou em 25% do grupo na faixa de 8 a 30 nmol por litro evidenciaram um risco de distúrbios cognitivos 2.28 vezes maior do que os homens e mulheres cujos níveis de vitamina D estavam no outro quarto ou 25% do grupo com níveis de vitamina D na faixa de 66 a 170 nmoles por litro.
Segundo os autores do estudo, surgiu uma nova evidencia revelando que o nível de vitamina D medido no soro sanguíneo relaciona-se com déficits cognitivos na população idosa e tem potencial de esclarecimento para definir um diagnostico diferencial. Isso é digno de nota porque a vitamina D 25 hidroxi desempenha um relevante papel na expressão de fatores neurotróficos, ou seja na nutrição nervosa, na estimulação da neurogenese em organismos adultos, ou seja na capacidade de criar novas conexões nervosas, além da homeostase ou regulação do cálcio, e, além disso, nos mecanismos de desintoxicação do organismo. Além disso, a associação entre os níveis sericos de 25 hidroxi e os déficits cognitivos ressalta a importância de micronutrientes na vida dos idosos, geralmente desregulada.
Esse é o primeiro estudo em grande escala na identificação da relação entre a vitamina D e os déficits cognitivos na terceira idade, segundo o co-autor do estudo Iain A. Lang, da Escola de medicina Peninsula de Exeter, Inglaterra.
Como se sabe, a demência é um problema crescente para os serviços de saúde em todo o mundo e as pessoas que têm problemas cognitivos estão em alto risco de desenvolver esse distúrbio. É importante pesquisar os meios que possam reduzir os níveis de demência, que constitui um grande desafio para os serviços de saúde.
Para as pessoas que vivem em países com invernos prolongados sem muita luz solar como no Reino Unido, a síntese natural de vitamina D pode ser um problema, sobretudo para os idosos que ainda se expõem menos ao sol. Essa carência pode ser suprida com a suplementação de vitamina D, proposta no passado para a melhora da estrutura óssea e hoje já recomendada para corrigir o déficit cognitivo e o risco de demência.
Em pesquisa clínica a A Clinica Nutricional tem verificado, que mesmo em Brasília, uma cidade tropical, também ocorre o déficit de vitamina D por baixa exposição ao sol. A análise de rotina do 25 hidroxi, em laboratório associado, tem revelado o déficit da vitamina D em cerca de 40 % dos pacientes, sendo prescrita a suplementação e correção nutricional segundo estudos feitos na California, onde tem ocorrido um déficit freqüente de vitamina D, o que é um paradoxo, já que a California é um dos estados mais ensolarados dos EUA.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=101&Itemid=39
sábado, 3 de setembro de 2011
Vitamina D e déficit cognitivo
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
11:11
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