Em um relatório publicado na revista "Fertility and Sterility", cientistas argentinos concluíram que laptops conectados à internet sem fio podem afetar os espermas dos homens. Eles analisaram amostras de sêmen de 29 homens saudáveis, e viram que a quantidade de espermatozoides que sobreviveram quando colocados em contato com o computador era menor do que os expostos a outras condições, sob a mesma temperatura.
Os cientistas colocaram algumas gotas do esperma em um laptop conectado à internet sem fio e, quatro horas depois, viram o estado da amostra. Um quarto dos espermatozoides havia morrido, contra apenas 14% de afetados nas amostras de sêmen expostos à mesma temperatura e longe do computador.
E 9% dos espermatozoides sofreram danos em seu DNA, três vezes mais do que os de outras amostras. O culpado? Radiação eletromagnética gerada durante a comunicação sem fio, dizem Conrado Avendano, da Nascentis Medicina Reproductiva, em Córdoba, e sua equipe:
"Nossos dados sugerem que o uso de um laptop conectado à internet sem fio e posicionado próximo aos órgãos masculinos de reprodução pode diminuir a qualidade do esperma humano", escrevem eles no relatório. "Nós não sabemos se esse efeito é provocado por todos os laptops conectados à internet sem fio ou se as condições de uso aumentam esse efeito."
Outro teste com um laptop ligado, mas não conectado à rede sem fio, descobriu radiação eletromagnética insignificante. A descoberta alimenta as preocupações levantadas por outras equipes de pesquisa.
Algumas concluíram que a radiação do celular cria espermas fracos em laboratórios, por exemplo. E, no ano passado, urologistas descreveram como um homem sentado com um laptop equilibrado sobre os joelhos pode elevar a temperatura a níveis ruins para os espermatozoides.
Mas a relação não está tão clara, diz Robert Oates, presidente da Sociedade para Reprodução Masculina e Urologia nos Estados Unidos:
- Este cenário é completamente artificial. É cientificamente interessante, mas para mim não tem qualquer relevância biológica.
Ele acrescentou que, até agora, nenhum estudo analisou se o uso de laptop tem qualquer influência sobre os resultados de fertilidade ou gravidez.
Fonte: http://oglobo.globo.com/saude/laptop-conectado-internet-sem-fio-afeta-qualidade-do-esperma-3346418#ixzz1f8vnMyy8
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Laptop conectado à internet sem fio afeta qualidade do esperma
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
22:16
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Vitamina D em excesso faz mal ao coração
Baixos níveis de vitamina D podem causar danos ao coração. Mas uma nova pesquisa apresentada durante o American Heart Association mostrou que o nutriente em grandes quantidades pode causar fibrilação atrial, que faz com que o órgão bata mais rápido e descompassado.
Os pesquisadores analisaram 132 mil pacientes de um centro médico de Utah e os que tinham grandes concentrações de vitamina D no sangue tinham três vezes mais riscos de desenvolver a doença. Ainda que a maioria da população obtenha essa vitamina a partir da luz solar, em regiões mais frias em que as pessoas costumam a estar mais vestidas e ter menos contato com o sol, muitos tomam suplementos desse nutriente para proteger o coração e os ossos.
Mas de acordo com Jared Bunch, autor do estudo, cada um absorve os suplementos de uma maneira diferente e para que a quantidade ingerida seja correta e não cause perigos ao corpo é preciso testar os níveis dos comprimidos que são tomados.
A quantidade indicada de vitamina D no sangue é de 41 a 80 nanogramas por decilitro. Os pacientes do estudo usavam excessivamente, mais de 100 ng/dl. Os pesquisadores alertam que os pacientes que tenham sido diagnosticados recentemente com fibrilação atrial e tomem a vitamina precisam checar os níveis do nutriente no sangue. Poucos são os alimentos fonte de vitamina D, mas peixes como atum ou salmão são considerados as melhores fontes naturais
Os pesquisadores analisaram 132 mil pacientes de um centro médico de Utah e os que tinham grandes concentrações de vitamina D no sangue tinham três vezes mais riscos de desenvolver a doença. Ainda que a maioria da população obtenha essa vitamina a partir da luz solar, em regiões mais frias em que as pessoas costumam a estar mais vestidas e ter menos contato com o sol, muitos tomam suplementos desse nutriente para proteger o coração e os ossos.
Mas de acordo com Jared Bunch, autor do estudo, cada um absorve os suplementos de uma maneira diferente e para que a quantidade ingerida seja correta e não cause perigos ao corpo é preciso testar os níveis dos comprimidos que são tomados.
A quantidade indicada de vitamina D no sangue é de 41 a 80 nanogramas por decilitro. Os pacientes do estudo usavam excessivamente, mais de 100 ng/dl. Os pesquisadores alertam que os pacientes que tenham sido diagnosticados recentemente com fibrilação atrial e tomem a vitamina precisam checar os níveis do nutriente no sangue. Poucos são os alimentos fonte de vitamina D, mas peixes como atum ou salmão são considerados as melhores fontes naturais
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:58
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Mulheres magras também devem evitar bebidas com muito açúcar
Um estudo desenvolvido nos Estados Unidos aponta que duas ou mais bebidas açucaradas (como chás, refrigerantes, cafés e etc) por dia podem fazer com que os riscos de doenças do coração aumentem.
Durante o período de realização do estudo, até mesmo as mulheres que não engordaram e que tinham o hábito de tomar esses líquidos ficaram mais propensas a esses problemas.
Os resultados do estudo mostraram que o consumo dessas bebidas aumentou quatro vezes as chances de as mulheres desenvolverem níveis altos de triglicérides e níveis anormais de glicemia em jejum, quando comparadas a mulheres que não consumiam bebidas açucaradas. Níveis anormais de glicemia em jejum são sinais de que essas mulheres podem estar desenvolvendo diabetes.
Outro resultado observado mostrou que mulheres que bebiam líquidos com grandes quantidades de açúcar aumentaram suas medidas de cintura, mesmo sem ganhar peso. Esse aumento pode apresentar riscos para a saúde da pessoa, exercendo um efeito nocivo principalmente no coração.
Os pesquisadores acreditam que as descobertas feitas pela pesquisa devem servir como um incentivo ao controle do consumo de refrigerantes como uma medida de boa saúde. A pesquisa foi apresentada no encontro da American Heart Association em 13 de novembro de 2011.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Durante o período de realização do estudo, até mesmo as mulheres que não engordaram e que tinham o hábito de tomar esses líquidos ficaram mais propensas a esses problemas.
Os resultados do estudo mostraram que o consumo dessas bebidas aumentou quatro vezes as chances de as mulheres desenvolverem níveis altos de triglicérides e níveis anormais de glicemia em jejum, quando comparadas a mulheres que não consumiam bebidas açucaradas. Níveis anormais de glicemia em jejum são sinais de que essas mulheres podem estar desenvolvendo diabetes.
Outro resultado observado mostrou que mulheres que bebiam líquidos com grandes quantidades de açúcar aumentaram suas medidas de cintura, mesmo sem ganhar peso. Esse aumento pode apresentar riscos para a saúde da pessoa, exercendo um efeito nocivo principalmente no coração.
Os pesquisadores acreditam que as descobertas feitas pela pesquisa devem servir como um incentivo ao controle do consumo de refrigerantes como uma medida de boa saúde. A pesquisa foi apresentada no encontro da American Heart Association em 13 de novembro de 2011.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:56
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Limpeza dental ajuda a reduzir risco de infarto
Limpar os dentes regularmente não só garante um sorriso brilhante, mas também ajuda a reduzir os riscos de infarto e acidente vascular cerebral, revelou estudo publicado durante encontro da American Heart Association em Orlando, Flórida, EUA.
Os cientistas descobriram que as pessoas cujos dentes foram limpos por dentista ou profissional apresentavam 24% menos riscos de sofrer um ataque do coração e 13% menos de sofrer um derrame do que aqueles que nunca fizeram limpeza dental em um dentista.
Para o estudo, realizado no hospital geral de veteranos de Taipé, em Taiwan, foram coletadas amostras de 100.000 pessoas, que foram acompanhadas por 7 anos. Os cientistas consideraram a limpeza dental frequente quando ocorriam pelo menos duas vezes a cada dois anos ou mais, e ocasionais se ocorriam uma ou menos de uma vez a cada dois anos.
A limpeza profissional dos dentes parece reduzir a inflamação provocada pela proliferação de bactérias, que pode provocar infartos e derrames cerebrais, explicou a doutora Emily (Zu-Yin) Chen, cardiologista do hospital de veteranos
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Os cientistas descobriram que as pessoas cujos dentes foram limpos por dentista ou profissional apresentavam 24% menos riscos de sofrer um ataque do coração e 13% menos de sofrer um derrame do que aqueles que nunca fizeram limpeza dental em um dentista.
Para o estudo, realizado no hospital geral de veteranos de Taipé, em Taiwan, foram coletadas amostras de 100.000 pessoas, que foram acompanhadas por 7 anos. Os cientistas consideraram a limpeza dental frequente quando ocorriam pelo menos duas vezes a cada dois anos ou mais, e ocasionais se ocorriam uma ou menos de uma vez a cada dois anos.
A limpeza profissional dos dentes parece reduzir a inflamação provocada pela proliferação de bactérias, que pode provocar infartos e derrames cerebrais, explicou a doutora Emily (Zu-Yin) Chen, cardiologista do hospital de veteranos
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:55
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Pessoas de tipo sanguíneo AB têm mais chance de ter derrame
Tipos sanguíneos afetam o risco de uma pessoa ter derrame. É o que aponta estudo apresentado na conferência American Heart Association.
Cientistas descobriram que pessoas de tipo sanguíneo AB e mulheres com tipo B corriam mais risco de ter derrame do que pessoas com o tipo O, o tipo sanguíneo mais comum.
A pesquisa não prova a ligação, mas encaixa a descoberta com outro trabalho que aponta que pessoas com tipo sanguíneo A, B e AB têm mais riscos de coágulos sanguíneos, causa principal da maioria dos derrames, nas pernas e ataques cardíacos.
Já o tipo O foi relacionado ao aumento do risco de sangramento, o que mostra que as chances de surgimento de coágulos são menores. De acordo com os pesquisadores, a ideia não é assustar a população, mas sim alertá-los para a necessidade de monitorar sempre a pressão sanguínea e o colesterol.
O estudo foi feito com 90 mil homens e mulheres, envolvendo a ocorrência de 2.901 derrames.
Os pesquisadores descobriram que homens e mulheres com tipo sanguíneo AB tinham 26% mais chance de ter derrame do que os de tipo O.
Já as mulheres com sangue B tinham 15% mais risco de ter a doença, se comparadas com as de sangue tipo O. O motivo para essa diferença é que cada tipo sanguíneo apresenta diferentes proteínas nos glóbulos vermelhos e o sistema imunológico se forma com base nelas. Certos tipos de sangue produzem glóbulos vermelhos que são propensos a acumular e manter o revestimento dos vasos sanguíneos, fazendo com que possa ocorrer um coágulo e aumentar as chances de derrame.
Os pesquisadores afirmam que não é possível afirmar que esse processo ocorre devido ao tipo sanguíneo ou a algum outro gene. Eles também não descartam outros fatores que são mais importantes para elevar o risco de derrame como fumar, beber em excesso e praticar poucos exercícios físicos.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Cientistas descobriram que pessoas de tipo sanguíneo AB e mulheres com tipo B corriam mais risco de ter derrame do que pessoas com o tipo O, o tipo sanguíneo mais comum.
A pesquisa não prova a ligação, mas encaixa a descoberta com outro trabalho que aponta que pessoas com tipo sanguíneo A, B e AB têm mais riscos de coágulos sanguíneos, causa principal da maioria dos derrames, nas pernas e ataques cardíacos.
Já o tipo O foi relacionado ao aumento do risco de sangramento, o que mostra que as chances de surgimento de coágulos são menores. De acordo com os pesquisadores, a ideia não é assustar a população, mas sim alertá-los para a necessidade de monitorar sempre a pressão sanguínea e o colesterol.
O estudo foi feito com 90 mil homens e mulheres, envolvendo a ocorrência de 2.901 derrames.
Os pesquisadores descobriram que homens e mulheres com tipo sanguíneo AB tinham 26% mais chance de ter derrame do que os de tipo O.
Já as mulheres com sangue B tinham 15% mais risco de ter a doença, se comparadas com as de sangue tipo O. O motivo para essa diferença é que cada tipo sanguíneo apresenta diferentes proteínas nos glóbulos vermelhos e o sistema imunológico se forma com base nelas. Certos tipos de sangue produzem glóbulos vermelhos que são propensos a acumular e manter o revestimento dos vasos sanguíneos, fazendo com que possa ocorrer um coágulo e aumentar as chances de derrame.
Os pesquisadores afirmam que não é possível afirmar que esse processo ocorre devido ao tipo sanguíneo ou a algum outro gene. Eles também não descartam outros fatores que são mais importantes para elevar o risco de derrame como fumar, beber em excesso e praticar poucos exercícios físicos.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:53
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Alerta ambiental e de interesse coletivo: Medicamentos nos rios e lagos – uma descoberta recente e assustadora
Alerta ambiental e de interesse coletivo: Medicamentos nos rios e lagos – uma descoberta recente e assustadora, por Míriam Sommer
Pelo mundo afora, atualmente, os medicamentos poluem mais os rios do que as indústrias. Isto porque a contaminação industrial baixou muito em vários locais do mundo, porque muitas das indústrias se mudaram para a China e para o Japão, e pelo simples fato de que estão cumprindo melhor as normas que são ditadas a favor do meio ambiente.
Assim como o antidepressivo Prozac (fluoxetina) foi encontrado nas águas dos rios e lagos nos EUA e no Canadá, na Suécia foram encontrados diclofenaco (anti-inflamatorio), carbamazepina, propranolol (beta-bloqueador) e trimetropin e sulfametoxazol (antibióticos).
Um em cada quatro europeus reconhece que atira medicamentos pelo lavabo. Sabe-se que não são substâncias que se degradam facilmente e as plantas aquáticas depuradoras não estão preparadas para fazê-lo. O resultado é que os rios europeus contêm, cada vez mais, maior quantidade de fármacos. Nas águas do rio Ebro, na Espanha, foram detectados 20 remédios diferentes.
Um estudo científico espanhol identificou a presença de 20 medicamentos nas águas do Ebro. Analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos, antibióticos e anti-histamínicos viajam pela corrente do rio em concentrações suficientes para ocasionar efeitos adversos nos peixes e nos organismos aquáticos. Em princípio não se prevê que esta contaminação vá ter efeitos negativos diretos sobre a saúde das pessoas. Os cientistas estão preocupados com a presença maciça de antibióticos, que induzem a resistência aos microorganismos. Também produzem inquietação os estrógenos, capazes de produzir modificações no sexo dos peixes e alterações metabólicas nos humanos, como já foi demonstrado em vários estudos prévios.
Gemfibrozil, diclofenaco, carbamezapina, ibuprofem...
A água do rio Ebro está cheia destes e de muitos outros compostos.
“Como estes remédios foram parar no rio?”
-“Através do lavabo”, é a simples resposta dada por Damián Barceló, cientista e diretor do Instituto Catalão de Investigações da Água (ICRA), responsável pelo estudo junto ao Conselho Superior de Investigações Científicas e autor do estudo Ocorrência e distribuição de fármacos na água superficial, em sólidos em suspensão e sedimentos na bacia do rio Ebro, publicado na revista Chemosphere.
“Existem muitos fármacos cujo composto ativo sobrevive ao metabolismo humano e é excretado em uma proporção muito elevada”, explica o cientista catalão. Além do mais, apesar de todas as campanhas de informação realizadas pelas administrações sanitárias, as pessoas continuam a se desfazer dos medicamentos atirando-os ao esgoto.
Sabe-se que 25% dos europeus eliminam os seus remédios pelo esgoto, segundo pesquisas realizadas. Sabe-se que as concentrações medicamentosas encontradas no rio Ebro são similares às encontradas nos rios Danúbio e Elba.
As depuradoras de águas residuais não estão preparadas para tratar deste tipo de substâncias. Em alguns casos, a percentagem do composto que se elimina durante o processo de depuração pode ser inferior a 10% do volume que contém a água.
Para seguir a pista dos medicamentos, a equipe de Barcelona estabeleceu 18 estações de amostragem ao longo do Ebro, desde Álava até Tortosa. De acordo com os dados recolhidos até agora, as estações que mostram os níveis mais altos de fármacos na água são as situadas no rio Huerva, no rio Galego.
Em todas as estações, as concentrações de medicamentos na água do rio chegam a cerca de 600 nanogramos por litro (ng/L).
O tipo de medicamento mais detectado varia de uma estação à outra. As maiores concentrações de medicamentos psiquiátricos se dão em Villodas (Álava) e Puente la Reina (Navarra), seguidos por Huerva e Presa de Pina (Zaragoza). Ao contrário, a presença de antibióticos como eritromicina, azitromicina e trimetropim é bastante homogênea.
Os investigadores estão tentando averiguar como este cocktail de medicamentos afeta a saúde dos seres vivos, pois se sabe muito pouco sobre este assunto, em se tratando de um campo muito novo.
Recentemente, um grupo de investigadores da Universidade de Constance (na Alemanha) comprovou que o diclofenaco – um anti-inflamatório de uso frequente em toda Europa – produz danos ao fígado e aos rins das trutas. Vinte e um dias de exposição ao diclofenaco pode causar necrose tubular nos rins, teleangectasia e diversas alterações renais e hepáticas nos animais.
Uma das principais conclusões do referido estudo, publicado em outubro de 2005 na revista Aquatic Toxicology, refere-se aos efeitos adversos produzidos pelo diclofenaco, concentrações estas similares às encontradas habitualmente nas regiões fluviais, e que são concentrações muito baixas.
Por outro lado, teríamos que beber um milhão de litros da água do rio para se chegar a tomar um só comprimido de ibuprofeno.
Os peixes que vivem perto da saída da água depurada recebem um verdadeiro banho de fármacos. A equipe de Barcelona crê que existem conseqüências a longo prazo: “Os peixes, os anfíbios, as plantas etc. estão expostos cada dia, de forma contínua. A longo prazo, a diversidade pode ser alterada”.
Os antibióticos são os compostos que mais preocupam em relação com a saúde humana. Sua presença se detecta inclusive na água potável que consumimos em casa, apesar de níveis bem baixos. Porém, se ingerirmos água com antibióticos constantemente, “se pode induzir resistência aos microorganismos, de maneira que o medicamento não fará mais efeito quando realmente for necessário”, afirma o investigador.
Outro problema são os estrógenos, atuando como disruptores endócrinos mesmo quando em concentrações muito baixas, de apenas 1 ng/L. No rio Llobregat foram detectados 10 vezes mais do composto estriol: 10 ng/L. Este rio, por ser mas curto, é o mais prejudicado porque, devido ao seu tamanho, possuir um nível maior de concentração química.
Como solucionar este tipo de contaminação? A legislação não ajuda porque não existe nenhuma regulação européia sobre as concentrações de fármacos.
A prevenção é outro fator importante. Na Alemanha, os médicos são informados sobre o grau de persistência ambiental dos medicamentos, para que eles possam precrever os de menor impacto ambiental. As moléculas em questão são muito complexas, são desenhadas para serem ativas e para que não sejam degradadas facilmente.
Este assunto se torna ainda pior já que a população envelhece e o consumo de medicamentos está aumentando.
Antibióticos e analgésicos
Os restos de fármacos que têm sido encontrados com maior frequência nos pontos de controle situados ao largo do rio Ebro são os reguladores lipídicos: o ácido clofíbrico e o gemfibrozil, que se detectam entre 100% e 80%, respectivamente, nas estações de amostragem. Seguem-se outras três sustâncias anti-inflamatórias e analgésicos: acetaminofem, diclofenaco e naproxeno, detectadas em nada mais que 60% das estações. E anti-inflamatório ibuprofeno, o anti-epiléptico carbamazepina e o antibiótico azitromicina se observan em 60% dos puntos de controle, seguidos do beta-bloqueador atenolol (50%).
As maiores concentrações detectadas no rio Ebro são beta-bloqueadores atenolol e o acetaminofeno (componente básico del paracetamol), compostos que alcançam níveles de 250 ng/L de água.
Seguidos pelo anti-inflamatório ibuprofeno e o anti-epiléptico carbamazepina, que alcançam concentrações de 110-150 ng/L de água.
O estudo de restos farmacológicos forma parte do projeto europeu Aquaterra, que também estuda a situação em otros cursos fluviais, como o Danúbio, o Elba e o Mosel.
*Este artigo foi publicado em 2009 no site www.brasileirosnaholanda.com
**Miriam Sommer, médica epidemiologista clinica e médica homeopata, reside na Holanda (http://www.miriamsommer.nl/)
Fonte: http://www.ecomedicina.com.br/site/conteudo/artigo7.asp
Pelo mundo afora, atualmente, os medicamentos poluem mais os rios do que as indústrias. Isto porque a contaminação industrial baixou muito em vários locais do mundo, porque muitas das indústrias se mudaram para a China e para o Japão, e pelo simples fato de que estão cumprindo melhor as normas que são ditadas a favor do meio ambiente.
Assim como o antidepressivo Prozac (fluoxetina) foi encontrado nas águas dos rios e lagos nos EUA e no Canadá, na Suécia foram encontrados diclofenaco (anti-inflamatorio), carbamazepina, propranolol (beta-bloqueador) e trimetropin e sulfametoxazol (antibióticos).
Um em cada quatro europeus reconhece que atira medicamentos pelo lavabo. Sabe-se que não são substâncias que se degradam facilmente e as plantas aquáticas depuradoras não estão preparadas para fazê-lo. O resultado é que os rios europeus contêm, cada vez mais, maior quantidade de fármacos. Nas águas do rio Ebro, na Espanha, foram detectados 20 remédios diferentes.
Um estudo científico espanhol identificou a presença de 20 medicamentos nas águas do Ebro. Analgésicos, anti-inflamatórios, antidepressivos, antibióticos e anti-histamínicos viajam pela corrente do rio em concentrações suficientes para ocasionar efeitos adversos nos peixes e nos organismos aquáticos. Em princípio não se prevê que esta contaminação vá ter efeitos negativos diretos sobre a saúde das pessoas. Os cientistas estão preocupados com a presença maciça de antibióticos, que induzem a resistência aos microorganismos. Também produzem inquietação os estrógenos, capazes de produzir modificações no sexo dos peixes e alterações metabólicas nos humanos, como já foi demonstrado em vários estudos prévios.
Gemfibrozil, diclofenaco, carbamezapina, ibuprofem...
A água do rio Ebro está cheia destes e de muitos outros compostos.
“Como estes remédios foram parar no rio?”
-“Através do lavabo”, é a simples resposta dada por Damián Barceló, cientista e diretor do Instituto Catalão de Investigações da Água (ICRA), responsável pelo estudo junto ao Conselho Superior de Investigações Científicas e autor do estudo Ocorrência e distribuição de fármacos na água superficial, em sólidos em suspensão e sedimentos na bacia do rio Ebro, publicado na revista Chemosphere.
“Existem muitos fármacos cujo composto ativo sobrevive ao metabolismo humano e é excretado em uma proporção muito elevada”, explica o cientista catalão. Além do mais, apesar de todas as campanhas de informação realizadas pelas administrações sanitárias, as pessoas continuam a se desfazer dos medicamentos atirando-os ao esgoto.
Sabe-se que 25% dos europeus eliminam os seus remédios pelo esgoto, segundo pesquisas realizadas. Sabe-se que as concentrações medicamentosas encontradas no rio Ebro são similares às encontradas nos rios Danúbio e Elba.
As depuradoras de águas residuais não estão preparadas para tratar deste tipo de substâncias. Em alguns casos, a percentagem do composto que se elimina durante o processo de depuração pode ser inferior a 10% do volume que contém a água.
Para seguir a pista dos medicamentos, a equipe de Barcelona estabeleceu 18 estações de amostragem ao longo do Ebro, desde Álava até Tortosa. De acordo com os dados recolhidos até agora, as estações que mostram os níveis mais altos de fármacos na água são as situadas no rio Huerva, no rio Galego.
Em todas as estações, as concentrações de medicamentos na água do rio chegam a cerca de 600 nanogramos por litro (ng/L).
O tipo de medicamento mais detectado varia de uma estação à outra. As maiores concentrações de medicamentos psiquiátricos se dão em Villodas (Álava) e Puente la Reina (Navarra), seguidos por Huerva e Presa de Pina (Zaragoza). Ao contrário, a presença de antibióticos como eritromicina, azitromicina e trimetropim é bastante homogênea.
Os investigadores estão tentando averiguar como este cocktail de medicamentos afeta a saúde dos seres vivos, pois se sabe muito pouco sobre este assunto, em se tratando de um campo muito novo.
Recentemente, um grupo de investigadores da Universidade de Constance (na Alemanha) comprovou que o diclofenaco – um anti-inflamatório de uso frequente em toda Europa – produz danos ao fígado e aos rins das trutas. Vinte e um dias de exposição ao diclofenaco pode causar necrose tubular nos rins, teleangectasia e diversas alterações renais e hepáticas nos animais.
Uma das principais conclusões do referido estudo, publicado em outubro de 2005 na revista Aquatic Toxicology, refere-se aos efeitos adversos produzidos pelo diclofenaco, concentrações estas similares às encontradas habitualmente nas regiões fluviais, e que são concentrações muito baixas.
Por outro lado, teríamos que beber um milhão de litros da água do rio para se chegar a tomar um só comprimido de ibuprofeno.
Os peixes que vivem perto da saída da água depurada recebem um verdadeiro banho de fármacos. A equipe de Barcelona crê que existem conseqüências a longo prazo: “Os peixes, os anfíbios, as plantas etc. estão expostos cada dia, de forma contínua. A longo prazo, a diversidade pode ser alterada”.
Os antibióticos são os compostos que mais preocupam em relação com a saúde humana. Sua presença se detecta inclusive na água potável que consumimos em casa, apesar de níveis bem baixos. Porém, se ingerirmos água com antibióticos constantemente, “se pode induzir resistência aos microorganismos, de maneira que o medicamento não fará mais efeito quando realmente for necessário”, afirma o investigador.
Outro problema são os estrógenos, atuando como disruptores endócrinos mesmo quando em concentrações muito baixas, de apenas 1 ng/L. No rio Llobregat foram detectados 10 vezes mais do composto estriol: 10 ng/L. Este rio, por ser mas curto, é o mais prejudicado porque, devido ao seu tamanho, possuir um nível maior de concentração química.
Como solucionar este tipo de contaminação? A legislação não ajuda porque não existe nenhuma regulação européia sobre as concentrações de fármacos.
A prevenção é outro fator importante. Na Alemanha, os médicos são informados sobre o grau de persistência ambiental dos medicamentos, para que eles possam precrever os de menor impacto ambiental. As moléculas em questão são muito complexas, são desenhadas para serem ativas e para que não sejam degradadas facilmente.
Este assunto se torna ainda pior já que a população envelhece e o consumo de medicamentos está aumentando.
Antibióticos e analgésicos
Os restos de fármacos que têm sido encontrados com maior frequência nos pontos de controle situados ao largo do rio Ebro são os reguladores lipídicos: o ácido clofíbrico e o gemfibrozil, que se detectam entre 100% e 80%, respectivamente, nas estações de amostragem. Seguem-se outras três sustâncias anti-inflamatórias e analgésicos: acetaminofem, diclofenaco e naproxeno, detectadas em nada mais que 60% das estações. E anti-inflamatório ibuprofeno, o anti-epiléptico carbamazepina e o antibiótico azitromicina se observan em 60% dos puntos de controle, seguidos do beta-bloqueador atenolol (50%).
As maiores concentrações detectadas no rio Ebro são beta-bloqueadores atenolol e o acetaminofeno (componente básico del paracetamol), compostos que alcançam níveles de 250 ng/L de água.
Seguidos pelo anti-inflamatório ibuprofeno e o anti-epiléptico carbamazepina, que alcançam concentrações de 110-150 ng/L de água.
O estudo de restos farmacológicos forma parte do projeto europeu Aquaterra, que também estuda a situação em otros cursos fluviais, como o Danúbio, o Elba e o Mosel.
*Este artigo foi publicado em 2009 no site www.brasileirosnaholanda.com
**Miriam Sommer, médica epidemiologista clinica e médica homeopata, reside na Holanda (http://www.miriamsommer.nl/)
Fonte: http://www.ecomedicina.com.br/site/conteudo/artigo7.asp
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:56
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Conhecendo as Sementes de Chia!
O texto abaixo foi elaborado pela Dr. Carol Morais, nutricionista especialista em nutrição funcional.
O mesmo foi publicado no Blog da VP
SEMENTE DE CHIA
A semente de chia é a nova “comprovação” da ciência em termos de alimento saudável. Por essa razão ela vem aparecendo em várias reportagens e blogs sobre alimentação, como por exemplo, na sessão Prato Saudável da revista Boa Forma de outubro de 2011. Os principais benefícios já relatados são, principalmente, sobre as sementes da planta Salvia Hispanica ou chia, como está sendo mais chamada.
A Salvia Hispânica é uma planta originária da região andina do México e da Guatemala, com sementes ovais e pequenas de coloração variada (preta, marrom escura, branca ou cinza). Reza a lenda que os guerreiros maias consumiam apenas um punhado de suas sementes e guerreavam por 2 dias – por essa razão o nome chia, que significa força. Eles valorizavam tanto essas sementes que a utilizavam também como moeda.
Lendas à parte, os estudos de composição demonstraram que a semente parece ser uma boa fonte de ômega 3, antioxidantes, fibras e aminoácidos. Segundo a literatura, a composição varia de acordo com a origem da semente. Por exemplo, o teor proteico e a concentração de ômega 3 é maior nas sementes que crescem em regiões mais secas.
O perfil de aminoácidos (Isoleucina, Leucina, Valina, Lisina, Metionina, Fenilalanina, Treonina, Triptofano) da semente de chia permite que ela seja uma boa opção como fonte proteica.
Outra vantagem da semente é sua atuação no estômago, parecido com as mucilagens, que promove uma conversão mais lenta de carboidratos em açúcar, podendo ser, dessa forma, utilizado no auxílio do controle da glicemia sanguínea. Um estudo canadense1 evidenciou um auxílio na manutenção de um bom controle glicêmico e lipídico em pacientes portadores de diabetes tipo 2, previamente compensados.
Já um estudo feito em ratos mostrou que animais submetidos à dieta rica em sucrose, porém recebendo semente de chia, não desenvolveram hiperlipidemia nem resistência insulínica, mas os níveis glicêmicos não se alteraram. Os autores acreditam que isso seja decorrente da presença de ácido linolênico.
Por apresentar uma boa concentração de ácido linolênico, consiste em uma ótima fonte vegetal de ômega 3. Apresenta ainda os seguintes ácidos graxos: alfa-linoleico, oleico, esteárico, palmítico. Na literatura há estudos evidenciando que a suplementação de 3,7 a 4 gramas/dia reduziu a pressão arterial sistólica, níveis de PCR ultra-sensível e fator de Von Willebrand, além de elevar os níveis plasmáticos de EPA.
Por ser uma das principais fontes vegetais de ômega 3, torna-se um alimento auxiliar no tratamento de pacientes portadores de alergias, dislipidemias, insuficiência coronariana, risco cardiovascular elevado, diabetes tipo 2, situações em que há presença de resistência insulínica e/ou distúrbios endócrinos. Entretanto, não há estudos científicos mostrando resultados em obesidade.
A presença de alguns antioxidantes (ácido clorogênico, ácido cafeico, miricetina, quercetina e flavonoides) torna a semente de chia um alimento com potencial anti-inflamatório, podendo ser utilizado em situações caracterizadas pela inflamação crônica. Estudos epidemiológicos indicam que um consumo adequado de flavonoides pode atuar positivamente na prevenção de algumas doenças, como as cardiovasculares, embolia, câncer de pulmão e de estômago.
Com relação à sua estabilidade, a oxidação na chia é de mínima a nula, mantém um grande potencial dentro da indústria alimentícia, comparada com outras fontes de ácido graxo alfa-linolênico, como a linhaça, que mostra uma decomposição rápida devido à ausência de antioxidantes próprios da semente.
Além do perfil de ácidos graxos, a chia possui boa concentração de minerais (potássio, cálcio, ferro, magnésio e fósforo), além de vitaminas (vitamina A, tiamina, riboflavina, nianica, cobalamina, ácido ascórbico e alfa-tocoferol).
Diante de todas essas vantagens, esse alimento pode ser visto como mais um coadjuvante na busca pela saúde e não como redentor e único responsável por um bom estado de saúde. Afinal, saúde é um estado dependente de vários fatores.
*Texto elaborado pela Dra Carol Morais, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.
____________________________________________________
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
22:40
3
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Por que a reforma no código florestal pode afetar a sua saúde ?
Mas afinal, o que a refoma no código florestal tem a ver com a sua saúde? Tudo e você saberá o porquê ao longo do texto.
No atual estágio planetário, o desenvolvimento sustentável associado a métodos de reestruturação do meio ambiental são primordiais. Se o projeto da reforma no código florestal for aprovado no senado, especialistas acreditam que surgirá um ambiente de estímulo aos novos desmatamentos, já que o projeto anistia crimes e infrações ambientais/ florestais acontecidos até julho de 2008, de forma generalizada.
É inconcebível postular tal tipo de reforma num país em que os hectares protegidos de APPs (áreas de preservação permanente como margens de rios, de nascentes, terrenos com grande declinidade, áreas de risco, topos de morro e matas ciliares ) chegam a apenas 59 milhões de hectares quando na verdade deveriamos ter 103 milhões de hectares protegidos.
É inadmissível falar em reforma de caráter redutor num país onde o esperado para Áreas de Reserva Legal (RL) (trechos de propriedades privadas que não podem ser desmatados – a porcentagem varia conforme o bioma) seria de 254 milhões de hectares e temos no momento um déficit de 43 milhões.
É impossível não ficar estarrecido com as afirmações do autor do projeto (Aldo Rebelo do PCdoB-SP), alegando que ouviu a opinião de vários pesquisadores e especialistas, sem citar algum nome específico ou citar publicações indexadas.
Sou médico e me interesso pelo assunto pois assim como a Ecologia trata da saúde do ecossistema, a Medicina aborda a saúde humana e tudo aquilo que possa afetá-la. Muitas vezes brinco com a ignorância do homem diante da grandiosidade da natureza ao manter um determinado equilíbrio em um ecossistema. Aí chega o homem, cheio de "novas idéias", acreditando ter compreensão de toda uma dinâmica e almeja mudar todo um sistema, invadindo áreas outrora de polinizadores, peixes e anfíbios que se alimentam de insetos com potencial praguicida ou vetores de doenças transmitidas ao homem. Ou seja, o desmatamento afeta a sua saúde de diversas maneiras:
Pra completar a situação, foi aprovada na Câmara uma emenda, conhecida por “Emenda 164”, que entrega para os estados a responsabilidade de definir o que se entende por atividades de utilidade pública e interesse social com baixo impacto e que poderão ser consolidadas. Hoje, a regra em vigor diz que APPs não pode ter desmatamento nem ocupação, excetuados os casos de utilidade pública, interesse social e de baixo impacto, que são previstos em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – Conama.
Visite o site: http://www.florestafazadiferenca.org.br/ e saiba como fazer a sua parte.
No atual estágio planetário, o desenvolvimento sustentável associado a métodos de reestruturação do meio ambiental são primordiais. Se o projeto da reforma no código florestal for aprovado no senado, especialistas acreditam que surgirá um ambiente de estímulo aos novos desmatamentos, já que o projeto anistia crimes e infrações ambientais/ florestais acontecidos até julho de 2008, de forma generalizada.
É inconcebível postular tal tipo de reforma num país em que os hectares protegidos de APPs (áreas de preservação permanente como margens de rios, de nascentes, terrenos com grande declinidade, áreas de risco, topos de morro e matas ciliares ) chegam a apenas 59 milhões de hectares quando na verdade deveriamos ter 103 milhões de hectares protegidos.
É inadmissível falar em reforma de caráter redutor num país onde o esperado para Áreas de Reserva Legal (RL) (trechos de propriedades privadas que não podem ser desmatados – a porcentagem varia conforme o bioma) seria de 254 milhões de hectares e temos no momento um déficit de 43 milhões.
É impossível não ficar estarrecido com as afirmações do autor do projeto (Aldo Rebelo do PCdoB-SP), alegando que ouviu a opinião de vários pesquisadores e especialistas, sem citar algum nome específico ou citar publicações indexadas.
Sou médico e me interesso pelo assunto pois assim como a Ecologia trata da saúde do ecossistema, a Medicina aborda a saúde humana e tudo aquilo que possa afetá-la. Muitas vezes brinco com a ignorância do homem diante da grandiosidade da natureza ao manter um determinado equilíbrio em um ecossistema. Aí chega o homem, cheio de "novas idéias", acreditando ter compreensão de toda uma dinâmica e almeja mudar todo um sistema, invadindo áreas outrora de polinizadores, peixes e anfíbios que se alimentam de insetos com potencial praguicida ou vetores de doenças transmitidas ao homem. Ou seja, o desmatamento afeta a sua saúde de diversas maneiras:
- As relações entre desflorestamento e proliferação de doenças são muito conhecidas desde o início do século passado. Com o desmatamento inúmeros parasitas descolam-se de seu habitat pra área urbana ficando mais próximo do homem, o que favorece algumas patologias: Dengue, Hantavirose, Leptospirose, Malária etç.
- O desmatamento favorece o aquecimento global e com isso há uma maior proliferação de mosquitos, vírus e de parasitas;
- A perda de florestas altera o microclimas e com isso extremos climáticos incomuns para determinada região passam a surgir: longos período de seca, longos ou curtos períodos de chuva, chuvas torrenciais.
- As chuvas torrenciais podem levar a perda de plantações e com isso menor oferta de alimentos saudáveis, maior consumo de produtos alimentícios, ou seja, industrializados, o que favorece obesidade, diabetes, hipertensão arterial, gastrite, constipação intestinal. Períodos chuvosos, principalmente quando há alagamentos e situações de calamidade pública ocorre uma maior incidência de leptospirose. Além disso gera aglomeração de pessoas em lugares improvisados pela defesa civil o que facilita a propagação de diversas doenças (virais e bacterianas). O excesso de umidade favorece a proliferação de fungos e piora de alguns quadros respiratórios.
- O período de estiagem favorece queimadas (aumento da incidência de problemas respiratórios). A diminuição da umidade agrava problemas respiratórios, dermatológicos. A excassez de chuvas altera a dinâmica da agricultura, diminuindo a produção de alimentos, o que facilita um maior consumo de produtos alimentícios e não alimentos.
- As alterações climáticas deixam o agricultor na incerteza de uma boa colheita, com isso preferem utilizar "defensivos agrícolas" e aí o desfecho já sabem...
Pra completar a situação, foi aprovada na Câmara uma emenda, conhecida por “Emenda 164”, que entrega para os estados a responsabilidade de definir o que se entende por atividades de utilidade pública e interesse social com baixo impacto e que poderão ser consolidadas. Hoje, a regra em vigor diz que APPs não pode ter desmatamento nem ocupação, excetuados os casos de utilidade pública, interesse social e de baixo impacto, que são previstos em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – Conama.
Visite o site: http://www.florestafazadiferenca.org.br/ e saiba como fazer a sua parte.
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
21:54
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Mesmo moderado, o consumo de álcool aumenta risco de cólicas e diarreias
Pessoas que bebem moderadamente podem desenvolver um número elevado de bactérias no intestino delgado e sofrerem com problemas como cólicas e diarreias, segundo um estudo de uma associação de gastroenterologia nos Estados Unidos (ACG, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira (31).
O estudo contou com 198 pacientes, sendo que 95% deles bebiam no máximo uma dose de álcool por dia. A quantia equivale a 340 gramas de cerveja ou 141 gramas de vinho ou 42 gramas para destilados.
Quando a pessoa apresenta excesso de bactérias, parte dos nutrientes que ela recebe da alimentação não é aproveitada. Os micro-organismos aproveitam esses nutrientes e provocam o surgimento de gases e alteram o funcionamento do intestino.
Estudos anteriores já apontavam a relação do aumento de bactérias no intestino delgado em alcoólatras. Para os médicos, o novo trabalho mostra que mesmo um pequeno consumo de álcool pode levar ao problema.
O tratamento convencional envolve o uso de antibióticos, mas os médicos analisam se a abstinência total pode ser uma forma de combater o aumento nocivo de bactérias no trato intestinal.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/consumo-moderado-de-alcool-aumenta-risco-de-colicas-e-diarreias.html
O estudo contou com 198 pacientes, sendo que 95% deles bebiam no máximo uma dose de álcool por dia. A quantia equivale a 340 gramas de cerveja ou 141 gramas de vinho ou 42 gramas para destilados.
Quando a pessoa apresenta excesso de bactérias, parte dos nutrientes que ela recebe da alimentação não é aproveitada. Os micro-organismos aproveitam esses nutrientes e provocam o surgimento de gases e alteram o funcionamento do intestino.
Estudos anteriores já apontavam a relação do aumento de bactérias no intestino delgado em alcoólatras. Para os médicos, o novo trabalho mostra que mesmo um pequeno consumo de álcool pode levar ao problema.
O tratamento convencional envolve o uso de antibióticos, mas os médicos analisam se a abstinência total pode ser uma forma de combater o aumento nocivo de bactérias no trato intestinal.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/consumo-moderado-de-alcool-aumenta-risco-de-colicas-e-diarreias.html
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
22:42
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Álcool aumenta risco de câncer de mama
Tomar de três a seis doses de álcool por semana é uma prática que aumenta o risco de câncer de mama, segundo um estudo de equipes do hospital Brigham and Women's e da Escola Médica da Universidade de Harvard, ambos nos Estados Unidos. O trabalho será divulgado na revista médica "Jama" desta semana.
O artigo explica que pesquisas anteriores já apontavam que o consumo exagerado de álcool estava ligado a maiores chances de desenvolvimento de tumores nos seios, mas o efeito do consumo moderado para a doença ainda não havia sido medido no país.
No trabalho, os pesquisadores usaram informações do Estudo de Saúde de Enfermeiras, um levantamento com dados de 105.986 mulheres acompanhadas de 1980 até 2008. Neste período, o padrão de consumo de álcool entre as participantes foi atualizado oito vezes. O principal dado analisado foi o risco de desenvolvimento de câncer de mama agressivo.
O grupo descobriu 7.690 casos de câncer entre as mulheres do levantamento. Nesses casos, o consumo de até 6 taças de vinho por semana foi ligado a um aumento de 15% nas chances de aparecer um tumor na mama das participantes. Já aquelas que bebiam mais de duas taças por dia tiveram um aumento de 51% no risco de desenvolver a doença ao serem comparadas com mulheres que não beberam nada.
Segundo os autores do artigo, a idade não fez diferença no aumento ou diminuição do risco de desenvolvimento de câncer entre as mulheres que consumiam álcool no levantamento. Uma explicação possível para o efeito nocivo do álcool é a diminuição dos níveis do hormônio estrogênio nas mulheres.
Um editorial publicado na mesma revista alerta que, apesar dos dados do estudo, ainda não existe prova de que a abstinência total reduza os riscos de câncer de mama. O texto destaca ainda os efeitos benéficos do consumo moderado de vinho como a diminuição no risco de morte por doenças cardiovasculares.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/baixo-consumo-de-alcool-aumenta-risco-de-cancer-de-mama-diz-estudo.html
O artigo explica que pesquisas anteriores já apontavam que o consumo exagerado de álcool estava ligado a maiores chances de desenvolvimento de tumores nos seios, mas o efeito do consumo moderado para a doença ainda não havia sido medido no país.
No trabalho, os pesquisadores usaram informações do Estudo de Saúde de Enfermeiras, um levantamento com dados de 105.986 mulheres acompanhadas de 1980 até 2008. Neste período, o padrão de consumo de álcool entre as participantes foi atualizado oito vezes. O principal dado analisado foi o risco de desenvolvimento de câncer de mama agressivo.
O grupo descobriu 7.690 casos de câncer entre as mulheres do levantamento. Nesses casos, o consumo de até 6 taças de vinho por semana foi ligado a um aumento de 15% nas chances de aparecer um tumor na mama das participantes. Já aquelas que bebiam mais de duas taças por dia tiveram um aumento de 51% no risco de desenvolver a doença ao serem comparadas com mulheres que não beberam nada.
Segundo os autores do artigo, a idade não fez diferença no aumento ou diminuição do risco de desenvolvimento de câncer entre as mulheres que consumiam álcool no levantamento. Uma explicação possível para o efeito nocivo do álcool é a diminuição dos níveis do hormônio estrogênio nas mulheres.
Um editorial publicado na mesma revista alerta que, apesar dos dados do estudo, ainda não existe prova de que a abstinência total reduza os riscos de câncer de mama. O texto destaca ainda os efeitos benéficos do consumo moderado de vinho como a diminuição no risco de morte por doenças cardiovasculares.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/baixo-consumo-de-alcool-aumenta-risco-de-cancer-de-mama-diz-estudo.html
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
22:39
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Ativistas dos EUA boicotam empresa contra uso de substância em xampu
Um grupo de ativistas da saúde lançou nesta terça-feira (1º) um boicote ao xampu para bebês da marca Johnson & Johnson até que a empresa pare de usar um conservante que o governo dos Estados Unidos aponta como possível causa de alguns tipos de câncer e de alergias cutâneas.
A J&J disse que desde 2009 está empenhada em retirar os conservantes à base de formaldeídos dos seus produtos para bebês. Foi naquele ano que a Campanha por Cosméticos Seguros pela primeira vez apontou problemas no xampu para bebês da multinacional.
"Sabemos que alguns consumidores estão preocupados com o formaldeído", disse a empresa em nota, "razão pela qual oferecemos muitos produtos sem conservantes que liberam formaldeídos, e estamos eliminando gradualmente esses tipos de conservantes em nossos produtos para bebês no mundo todo".
A Campanha por Cosméticos Seguros disse em um relatório que a J&J usa o conservante quaternium-15 na sua linha de xampus para bebês vendida nos EUA e em outros países. Esse conservante funciona liberando formaldeídos que matam bactérias.
Exposição
O Departamento de Saúde dos EUA diz que o formaldeído sabidamente causa câncer, mas que é difícil evitar a exposição a ele, já que a substância é muito usada em diversos produtos, e traços dela podem ser encontrados no ar, especialmente dentro de casa.
A exposição constante também aumenta o risco de reações alérgicas na pele, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA.
Apesar disso, não há restrições legais ao uso em cosméticos de conservantes que liberam formaldeídos.
"Claramente não existe a necessidade de a Johnson & Johnson expor os bebês a um conhecido cancerígeno, quando a companhia já está produzindo alternativas mais seguras", disse em nota Lisa Archer, diretora da Campanha por Cosméticos Seguros, ligada ao Fundo do Câncer de Mama.
A Campanha disse que a empresa já vende xampu para bebês livre de formaldeídos no Japão, África do Sul, Holanda e Reino Unido, entre outros países.
Desde que a Campanha começou a fazer os alertas, a J&J lançou nos EUA uma nova linha, chamada Johnson's Naturals, que não contém conservantes tóxicos.
A empresa disse estar também empenhada em eliminar o 1,4-dioxane, também supostamente cancerígeno, e que costuma ser encontrado em xampus e outros cosméticos. Ela diz que já reformulou 70 por cento das suas linhas de produtos para bebês por causa disso.
Mesmo assim, a J&J disse que suas atuais fórmulas são seguras, cumprindo ou superando as regras de segurança em todos os mercados onde são vendidos. Uma porta-voz disse não ser possível prever quando os produtos para bebês da companhia estarão totalmente livres de formaldeídos.
A Campanha por Cosméticos Seguros se descreve como uma coalizão de mais de 150 ONGs, incluindo a Ação pela Água Limpa, o Fundo para o Câncer de Mama e a Amigos da Terra.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/11/ativistas-dos-eua-boicotam-empresa-contra-uso-de-substancia-em-xampu.html
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
22:34
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Regras da comida
O texto abaixo foi extraído do blog da Dra. Carol Morais, que faz parte do corpo Clínico da Clínica de Ecologia Médica e Nutricional. Muitíssimo interessante.
Vale a pena ser lido.
Sou fã do trabalho de Michael Pollan, esse jornalista acabou de tornando um estudioso e especialista em alimentação e sustentabilidade. Autor de vários best seller sobre o tema, entre eles “O dilema do onívoro”, “Em defesa da comida” e “Food rules” ou regras da comida (tradução minha). Esse último está sendo relançado com ilustrações lindíssimas e em formato para ouvir no próprio site do autor à http://michaelpollan.com/books/food-rules-illustrated-edition/
Pollan defende que “comidas são mais do que a soma de seus nutrientes, são verdadeiros sistemas com relações complexas entre si. Quando se isola um nutriente da comida para ver como funciona, ele não se comporta da mesma maneira que dentro do alimento” e que seguindo essa linha de raciocínio devemos reestabelecer uma relação mais natural e intuitiva com o alimento.
Aconselho ler mais coisas sobre o autor e os livros também já estão disponíveis na versão Kindle para tablets, infelizmente só em inglês. Mas na versão de papel encontramos todos eles em português.
Seguem abaixo as “regras da alimentação” defendidas por ele. Divididas em 3 sessões, “o que devo comer”, “que tipo de comida devo comer” e “como devo comer”.
Boa digestão, ops, reflexão…
O QUE DEVO COMER?
1. Coma comida.
2. Não coma nada que sua avó não reconheceria como comida.
3. Evite produtos alimentares que contenham ingredientes que nenhum ser humano normal teria na despensa.
4. Evite produtos alimentícios que contenham xarope de milho com alto teor de frutose.
5. Evite alimentos que contenham alguma forma de açúcar (ou adoçante) listada entre os três primeiros ingredientes.
6. Evite produtos alimentícios que contenham mais de cinco ingredientes.
7. Evite produtos alimentícios que contenham ingredientes que um aluno do terceiro ano não consiga pronunciar.
8. Evite produtos alimentícios com propaganda de propriedades saudáveis.
9. Evite produtos alimentícios que tenham no nome os termos “light”, “baixo teor de gordura” ou “sem gordura”.
10. Evite alimentos que estejam fingindo ser o que não são.
11. Evite alimentos que você vê anunciados na televisão.
12. Compre nos corredores ao longo das paredes do supermercado e fique longe do centro.
13. Só coma alimentos que acabarão apodrecendo.
14. Coma alimentos feitos com ingredientes que você pode imaginar crus ou crescendo na natureza.
15. Fuja do supermercado sempre que puder.
16. Compre seus lanches na feira.
17. Só coma alimentos que tenham sido preparados por humanos.
18. Não ingira alimentos preparados em locais nos quais se exige que todo mundo use touca cirúrgica.
19. Se veio de um vegetal, coma; se foi fabricado, não coma.
20. Não é comida se chegou pela janela de seu carro.
21. Não é comida se tem o mesmo nome em todas as línguas (Pense em Bic Mac, Cheetos ou Pringles.)
QUE TIPO DE COMIDA DEVO COMER?
22. Coma principalmente vegetais. Sobretudo folhas.
23. Trate a carne como um ingrediente extra ou um alimento para ocasiões especiais.
24. “Comer o que fica em pé numa perna só [cogumelos e vegetais] é melhor que comer o que fica em pé em duas patas [aves], que é melhor que comer o que fica em pé em quatro patas [vacas, porcos e outros mamíferos].”
25. Faça refeições coloridas.
26. Beba a água do espinafre.
27. Coma animais que se alimentaram bem.
28. Se tiver espaço, compre um freezer.
29. Coma como um onívoro.
30. Coma alimentos cultivados em solo saudável.
31. Coma alimentos silvestres quando puder.
32. Não se esqueça dos peixinhos oleosos.
33. Coma alguns alimentos que foram pré-digeridos por bactérias ou fungos.
34. Adoce e salgue sua comida você mesmo.
35. Coma os alimentos doces como você os encontra na natureza.
36. Não coma cereais matinais que alterem a cor do leite.
37. “Quanto mais branco o pão, mais depressa você vai para o caixão.”
38. Dê preferência aos tipos de óleo e de grãos tradicionalmente moídos em mós.
39. Coma todas as besteiras que quiser, desde que você mesmo as cozinhe.
40. Seja o tipo de pessoa que toma suplementos – depois retire os suplementos.
41. Coma mais como os franceses. Ou os japoneses. Ou os italianos. Ou os gregos.
42. Olhe com ceticismo para os alimentos não tradicionais.
43. Tome um copo de vinho durante o jantar.
COMO DEVO COMER?
44. Pague mais, coma menos.
45….Coma menos.
46. Pare de comer antes de se sentir satisfeito.
47. Coma quando tiver fome, não quando estiver entediado.
48. Consulte sua barriga.
49. Coma devagar.
50. “O banquete está na primeira garfada.”
51. Passe curtindo uma refeição o mesmo tempo que o investido em prepará-la.
52. Compre pratos e copos menores.
53. Sirva-se de uma boa porção e não repita.
54. “Coma como um rei no café da manhã, como um príncipe no almoço e como um mendigo no jantar.”
55. Coma refeições.
56. Restrinja seus lanches a alimentos vegetais não processados.
57. Não compre seu combustível no mesmo lugar em que compra o de seu carro.
58. Só coma à mesa.
59. Tente não comer sozinho.
60. Trate as guloseimas como guloseimas.
61. Deixe alguma coisa no prato.
62. Plante uma horta, se tiver espaço, e uma jardineira na janela, se não tiver.
63. Cozinhe.
64. Quebre as regras de vez em quando
Fonte: http://www.falecomanutricionista.com.br/archives/67
Vale a pena ser lido.
Sou fã do trabalho de Michael Pollan, esse jornalista acabou de tornando um estudioso e especialista em alimentação e sustentabilidade. Autor de vários best seller sobre o tema, entre eles “O dilema do onívoro”, “Em defesa da comida” e “Food rules” ou regras da comida (tradução minha). Esse último está sendo relançado com ilustrações lindíssimas e em formato para ouvir no próprio site do autor à http://michaelpollan.com/books/food-rules-illustrated-edition/
Pollan defende que “comidas são mais do que a soma de seus nutrientes, são verdadeiros sistemas com relações complexas entre si. Quando se isola um nutriente da comida para ver como funciona, ele não se comporta da mesma maneira que dentro do alimento” e que seguindo essa linha de raciocínio devemos reestabelecer uma relação mais natural e intuitiva com o alimento.
Aconselho ler mais coisas sobre o autor e os livros também já estão disponíveis na versão Kindle para tablets, infelizmente só em inglês. Mas na versão de papel encontramos todos eles em português.
Seguem abaixo as “regras da alimentação” defendidas por ele. Divididas em 3 sessões, “o que devo comer”, “que tipo de comida devo comer” e “como devo comer”.
Boa digestão, ops, reflexão…
O QUE DEVO COMER?
1. Coma comida.
2. Não coma nada que sua avó não reconheceria como comida.
3. Evite produtos alimentares que contenham ingredientes que nenhum ser humano normal teria na despensa.
4. Evite produtos alimentícios que contenham xarope de milho com alto teor de frutose.
5. Evite alimentos que contenham alguma forma de açúcar (ou adoçante) listada entre os três primeiros ingredientes.
6. Evite produtos alimentícios que contenham mais de cinco ingredientes.
7. Evite produtos alimentícios que contenham ingredientes que um aluno do terceiro ano não consiga pronunciar.
8. Evite produtos alimentícios com propaganda de propriedades saudáveis.
9. Evite produtos alimentícios que tenham no nome os termos “light”, “baixo teor de gordura” ou “sem gordura”.
10. Evite alimentos que estejam fingindo ser o que não são.
11. Evite alimentos que você vê anunciados na televisão.
12. Compre nos corredores ao longo das paredes do supermercado e fique longe do centro.
13. Só coma alimentos que acabarão apodrecendo.
14. Coma alimentos feitos com ingredientes que você pode imaginar crus ou crescendo na natureza.
15. Fuja do supermercado sempre que puder.
16. Compre seus lanches na feira.
17. Só coma alimentos que tenham sido preparados por humanos.
18. Não ingira alimentos preparados em locais nos quais se exige que todo mundo use touca cirúrgica.
19. Se veio de um vegetal, coma; se foi fabricado, não coma.
20. Não é comida se chegou pela janela de seu carro.
21. Não é comida se tem o mesmo nome em todas as línguas (Pense em Bic Mac, Cheetos ou Pringles.)
QUE TIPO DE COMIDA DEVO COMER?
22. Coma principalmente vegetais. Sobretudo folhas.
23. Trate a carne como um ingrediente extra ou um alimento para ocasiões especiais.
24. “Comer o que fica em pé numa perna só [cogumelos e vegetais] é melhor que comer o que fica em pé em duas patas [aves], que é melhor que comer o que fica em pé em quatro patas [vacas, porcos e outros mamíferos].”
25. Faça refeições coloridas.
26. Beba a água do espinafre.
27. Coma animais que se alimentaram bem.
28. Se tiver espaço, compre um freezer.
29. Coma como um onívoro.
30. Coma alimentos cultivados em solo saudável.
31. Coma alimentos silvestres quando puder.
32. Não se esqueça dos peixinhos oleosos.
33. Coma alguns alimentos que foram pré-digeridos por bactérias ou fungos.
34. Adoce e salgue sua comida você mesmo.
35. Coma os alimentos doces como você os encontra na natureza.
36. Não coma cereais matinais que alterem a cor do leite.
37. “Quanto mais branco o pão, mais depressa você vai para o caixão.”
38. Dê preferência aos tipos de óleo e de grãos tradicionalmente moídos em mós.
39. Coma todas as besteiras que quiser, desde que você mesmo as cozinhe.
40. Seja o tipo de pessoa que toma suplementos – depois retire os suplementos.
41. Coma mais como os franceses. Ou os japoneses. Ou os italianos. Ou os gregos.
42. Olhe com ceticismo para os alimentos não tradicionais.
43. Tome um copo de vinho durante o jantar.
COMO DEVO COMER?
44. Pague mais, coma menos.
45….Coma menos.
46. Pare de comer antes de se sentir satisfeito.
47. Coma quando tiver fome, não quando estiver entediado.
48. Consulte sua barriga.
49. Coma devagar.
50. “O banquete está na primeira garfada.”
51. Passe curtindo uma refeição o mesmo tempo que o investido em prepará-la.
52. Compre pratos e copos menores.
53. Sirva-se de uma boa porção e não repita.
54. “Coma como um rei no café da manhã, como um príncipe no almoço e como um mendigo no jantar.”
55. Coma refeições.
56. Restrinja seus lanches a alimentos vegetais não processados.
57. Não compre seu combustível no mesmo lugar em que compra o de seu carro.
58. Só coma à mesa.
59. Tente não comer sozinho.
60. Trate as guloseimas como guloseimas.
61. Deixe alguma coisa no prato.
62. Plante uma horta, se tiver espaço, e uma jardineira na janela, se não tiver.
63. Cozinhe.
64. Quebre as regras de vez em quando
Fonte: http://www.falecomanutricionista.com.br/archives/67
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:21
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook