O antioxidante N-acetilcisteína
pode ajudar a diminuir a irritabilidade das crianças com autismo, sugere um
estudo publicado no “Biological Psychiatry”.
Cerca de 60 a 70% das crianças com autismo sofrem de
irritabilidade, facto que faz com que as crianças atirem objetos e sejam
agressivas com os outros. Este sentimento pode afetar a aprendizagem e a
capacidade das crianças em participarem nas terapias“, revelou, em comunicado
de imprensa, um dos autores do estudo, Antonio Hardan.
Assim, uma das prioridades dos investigadores é encontrar
novos medicamentos para tratar o autismo assim como os seus sintomas.
Atualmente, a agressividade, a irritabilidade e as alterações de humor são
tratados com antipsicóticos de segunda geração. Contudo, estes tipos de
fármacos causam efeitos adversos graves os quais incluem movimentos motores
involuntários, síndroma metabólica e aumento de peso.
Um outro problema do autismo é a falta de tratamentos que
consigam controlar os comportamentos repetitivos, a pobre interação social e os
problemas de linguagem, característicos dos indivíduos com esta doença.
"Atualmente, em 2012, não temos medicamentos eficazes para tratar os
comportamentos repetitivos, como o agitar das mãos ou qualquer uma das outras
características do autismo”, explicou o investigador.
Para o estudo, os investigadores da Stanford University
School of Medicine e do Lucile Packard Children's Hospital, nos EUA, contaram
com a participação de 31 crianças autistas que tinham entre 3 e 12 anos de
idade. Os investigadores administraram às crianças N-acetilcisteína ou um
placebo durante 12 semanas, tendo estas também sido submetidas a uma avaliação
antes do início do estudo e durante o tratamento, de quatro em quatro semanas.
Os investigadores constataram, através da utilização de uma escala
de avaliação para irritabilidade, que o tratamento com N-acetilcisteína diminui
a irritabilidade de 13.1 para 7,2 pontos. Contudo, este antioxidante não
reduziu tanto a irritabilidade como os antipsicóticos.
Adicionalmente foi observado que o tratamento com
N-acetilcisteína também reduziu os comportamentos repetitivos e estereotipados
dos participantes. Foi também verificado que este tratamento apresentou efeitos
adversos moderados, nomeadamente diminuição de apetite, diarreia, obstipação e
náusea.
Apesar de os investigadores não terem avaliado a forma de
atuação do N-acetilcisteína, acreditam que este aumente a capacidade da
principal via antioxidante do organismo. Estudos anteriores também tinham
indicado que esta doença está associada a um desequilíbrio dos
neurotransmissores excitatórios e inibitórios no cérebro. A N-acetilcisteína
pode modelar os neurotransmissores excitatórios, sendo assim a sua toma
benéfica para os indivíduos com autismo
Fonte:
http://www.alert-online.com/pt/news/health-portal/antioxidante-reduz-irritabilidade-das-criancas-com-autismo?utm_source=NL_NOTICIAS&utm_medium=email&utm_campaign=NL_AHP_20120611
0 comentários:
Postar um comentário
Propagandas (de qualquer tipo de produto) e mensagens ofensivas não serão aceitas pela moderação do blog.