A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) proibiu ontem a comercialização, o uso e a divulgação do
suplemento alimentar OxyElite Pro. Além disso, o turista que viajar para o
exterior e retornar com o produto ou outros suplementos alimentares a base da
substância dimethylamylamine (DMAA) - que não é regulamentada no Brasil -, como
o Jack3D e o Lipo-6 Black, terá a mercadoria apreendida no aeroporto. No último
dia 3, após receber informações sobre os efeitos adversos desse ingrediente,
geralmente usado como estimulante para perda de peso e ganho de massa muscular,
a Anvisa incluiu a DMMA na lista de substâncias banidas no país. A partir de
agora, os médicos são impedidos de prescrevê-la. Ela passa a ser tratada como
uma droga, o que impede que seja importada, mesmo para o consumo próprio como
era permitido antes da nova regra.
A Anvisa também emitiu um alerta
ao público em relação a esses suplementos a fim de evitar danos à saúde. De
acordo com a agência, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que vários
países identificaram problemas associados ao uso da DMAA. Além de causar
dependência, a substância pode provocar insuficiência renal, falência do fígado
e alterações cardíacas, podendo levar a morte. Segundo o diretor de Controle e
Monitoramento Sanitário da Anvisa, José Agenor Álvares, o DMAA tem sido
adicionado indiscriminadamente aos suplementos alimentares, apesar de não
existir estudos conclusivos sobre o uso de uma dosagem segura.
No alerta, a agência diz que
algumas das substâncias usadas nos suplementos não podem ser consumidas sem
acompanhamento médico e destaca que, na maioria das vezes, eles não passaram
por uma avaliação de segurança. "Esses suplementos contêm substâncias
proibidas para uso em alimentos como: estimulantes, hormônios ou outras
consideradas como doping pela Agência Mundial Antidoping", explica José
Agenor. Ele frisa que o forte apelo publicitário e a expectativa de resultados
mais rápidos contribuem para uso indiscriminado dessas substâncias por pessoas
que desconhecem o verdadeiro risco envolvido. Ainda de acordo com a Anvisa, a
maioria desses produtos não estão regularizados e são comercializados
irregularmente.