quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Alimentação errada aumenta a agressividade
Além de prejudicar o organismo, alimentos gordurosos também alteram negativamente o humor. A conclusão veio de uma pesquisa realizada na universidade de Linkopingn, na Suécia.
Realizada com 18 voluntários, que seguiram um plano nutricional que incluiu muita comida de lanchonete, com alimentos fritos e açucarados. Os participantes praticaram menos atividades físicas, se tornando mais sedentários. O humor de todos os participantes apresentou uma baixa à medida que os alimentos eram consumidos.
Já os alimentos ricos em ácidos graxos ômega 3, como peixes, abóbora, semente de linhaça, soja, castanhas e, em menor quantidade, espinafre, couve e pepino, ao contrário, proporcionam sensações de bem-estar e melhoram a memória.
Alguns especialistas acreditam que o cérebro se altera quando é privado dessas substâncias nutritivas essenciais. Como o organismo é incapaz de produzi-las, é preciso obtê-las por meio da alimentação, consumindo, por exemplo, peixes e algas
Outros estudos demonstraram que a depressão e o transtorno bipolar se manifestam com mais frequência em quem consome menos ômega 3. Os cientistas da universidade Colúmbia, de Nova York, consideram a falta desse componente nutritivo um indicativo de risco de suicídio.
Fonte: http://noticias.r7.com/saude/alimentacao-errada-aumenta-a-agressividade-24012013
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Dr. Frederico Lobo
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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Documentário Excelente: Muito além do peso
Todos devem assistir. É triste porém é a nossa realidade.
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Dr. Frederico Lobo
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Baixos níveis de vitamina D em crianças associados à gravidade do eczema
A dermatite atópica ou eczema é uma doença de pele alérgica, inflamatória, crônica, não contagiosa e que causa muita coceira. A pele de um paciente com eczema reage anormalmente à substâncias irritantes, alimentos, poeira, ácaros, pólen e outros alérgenos tornando-se vermelha, escamosa e com muito prurido. A pele torna-se também vulnerável a infecções bacterianas.
Nas últimas décadas, eczema tornou-se dramaticamente mais comum, especialmente entre as crianças. Atualmente afeta quase 20% de todas as crianças e até 3% dos adultos nos países industrializados, a sua prevalência nos Estados Unidos sozinho quase triplicou nos últimos 30 anos.
Já escrevi sobre isso antes:
Dear Dr Cannell: Sun exposure, vitamin D, and eczema. Posted on November 17, 2012 by John Cannell, MD: http://blog.vitamindcouncil.org/2012/11/17/dear-dr-cannell-sun-exposure-vitamin-d-and-eczema/
Vitamin D and sun exposure: Eczema update. Posted on September 22, 2012 by John Cannell, MD: /http://blog.vitamindcouncil.org/2012/09/22/vitamin-d-and-sun-exposure-eczema-update/
Dear Dr. Cannell: Allergies. Posted on May 29, 2012 by John Cannell, MD: http://blog.vitamindcouncil.org/2012/05/29/dear-dr-cannell-allergies
Dr. Aysegul Akan e colegas em Ancara, na Turquia, realizaram um interessante estudo de 74 crianças com eczema, cujos níveis médios iniciais de vitamina D foram de cerca de 11 ng/ml. Eles realizaram um estudo transversal, observando vários fatores em apenas um período de tempo.
Akan A, Azkur D, Ginis T, Toyran M, A Kaya, E Vezir, Ozcan C, Ginis Z, Kocabas CN. Níveis de vitamina D em crianças estão correlacionados com a gravidade da dermatite atópica, mas apenas em pacientes com sensibilidade alérgica. Pediatr Dermatol 7 de janeiro de 2013.
Os autores realizaram testes de pele nas crianças para verificar a sensibilização alérgica. E também as agruparam quanto à gravidade do seu eczema como leve, moderada ou grave.
Eles descobriram que em crianças com testes cutâneos positivos, aqueles que foram sensibilizados, níveis de vitamina D são correlacionados inversamente com a gravidade da dermatite atópica, menor o nível de vitamina D pior a eczema. A vitamina D não foi correlacionada com os níveis de IgE total ou percentagem de eosinófilos em nenhum grupo.
Se o seu filho tem eczema, comece a lhe dar vitamina D3, cerca de 1.000 UI para cada 12 quilos de peso corporal por recomendações do Vitamin D Council. Quando você calcular a dose, arredonde para cima; assim uma criança com 13 kg tomaria 2.000 UI/dia, e uma de 25 kg tomaria 3.000 UI/dia. Pode demorar um pouco – vários meses – mas com base nas evidências que temos hoje, o eczema deve melhorar com o tempo.
Fonte (sem tradução) Vitamin D Council
Fonte: http://vitaminad3.wordpress.com/2013/01/27/baixos-niveis-de-vitamina-d-em-criancas-associados-a-gravidade-do-eczema/
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Dr. Frederico Lobo
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Baixos níveis de vitamina D associados à pior resposta ao tratamento em pessoas com HIV e Hepatite C
Uma pesquisa recente diz, as pessoas infectadas com o vírus da hepatite C (VHC) e HIV são
menos propensas a responder à interferon peguilado e ribavirina (PEG/RBV) – um tratamento para VHC – se tiverem baixos níveis de vitamina D.
A deficiência de vitamina D é comum em pessoas com HIV e VHC. A correlação entre os níveis de vitamina D e a resposta ao tratamento PEG/RBV em pessoas co-infectadas não havia sido avaliada até o presente estudo, pelo Vienna HIV & Liver Study Group.
Este grupo de pesquisadores recrutou 65 pessoas com HCV e HIV que tinham registro de biópsia do fígado e dados de resposta virológica. Eles determinaram o status da vitamina D a partir de amostras de sangue armazenadas recolhidas no prazo de 1 mês antes de iniciar a terapia HCV.
Os autores constataram que 20% dos participantes tinham níveis normais de vitamina D (>30 ng/ml), enquanto que 57% estavam insuficientes de vitamina D (10-30 ng/ml) e 23% estavam deficientes em vitamina D (<10 br="" ml="" ng="">
Eles relatam que as taxas de resposta virológicas precoces – significando que o VHC não é detectável no sangue após 12 semanas de tratamento – foram significativamente mais freqüentes em pacientes com níveis suficientes de vitamina D (92%) do que naqueles com níveis (insuficientes (68%) ou deficientes 47 %). Os pacientes também foram mais propensos a ter uma resposta virológica sustentada – O VHC não é detectado no sangue 6 meses após a conclusão do tratamento – se estavam suficientes em vitamina D (85%) em comparação com aqueles com insuficiência (60%) ou a deficiência (40% ).
Os autores concluíram,
“Baixos níveis de 25(OH)D podem prejudicar resposta virológica à terapia PEGIFN+RBV, especialmente em pacientes de tratamento dificultado. A suplementação de vitamina D deve ser considerada e avaliada prospectivamente em pacientes HIV-VHC co-infectados que recebem tratamento CHC.”
Referências
Mandorfer M, Reiberger T, Payer B, Ferlitsch A, Breitenecker F, Aichelburg M, Obermayer-Pietsch B, Rieger Am Trauner M, Peck-Radosavljevic M. Low vitamin D levels are associated with impaired virologic response to PEGIFN+RBV therapy in HIV-hepatitis C virus coinfected patients. AIDS. January 2013.
Fonte: http://vitaminad3.wordpress.com/2013/01/30/baixos-niveis-de-vitamina-d-associados-a-pior-resposta-ao-tratamento-em-pessoas-com-hiv-e-hepatite-c/
10>
menos propensas a responder à interferon peguilado e ribavirina (PEG/RBV) – um tratamento para VHC – se tiverem baixos níveis de vitamina D.
A deficiência de vitamina D é comum em pessoas com HIV e VHC. A correlação entre os níveis de vitamina D e a resposta ao tratamento PEG/RBV em pessoas co-infectadas não havia sido avaliada até o presente estudo, pelo Vienna HIV & Liver Study Group.
Este grupo de pesquisadores recrutou 65 pessoas com HCV e HIV que tinham registro de biópsia do fígado e dados de resposta virológica. Eles determinaram o status da vitamina D a partir de amostras de sangue armazenadas recolhidas no prazo de 1 mês antes de iniciar a terapia HCV.
Os autores constataram que 20% dos participantes tinham níveis normais de vitamina D (>30 ng/ml), enquanto que 57% estavam insuficientes de vitamina D (10-30 ng/ml) e 23% estavam deficientes em vitamina D (<10 br="" ml="" ng="">
Eles relatam que as taxas de resposta virológicas precoces – significando que o VHC não é detectável no sangue após 12 semanas de tratamento – foram significativamente mais freqüentes em pacientes com níveis suficientes de vitamina D (92%) do que naqueles com níveis (insuficientes (68%) ou deficientes 47 %). Os pacientes também foram mais propensos a ter uma resposta virológica sustentada – O VHC não é detectado no sangue 6 meses após a conclusão do tratamento – se estavam suficientes em vitamina D (85%) em comparação com aqueles com insuficiência (60%) ou a deficiência (40% ).
Os autores concluíram,
“Baixos níveis de 25(OH)D podem prejudicar resposta virológica à terapia PEGIFN+RBV, especialmente em pacientes de tratamento dificultado. A suplementação de vitamina D deve ser considerada e avaliada prospectivamente em pacientes HIV-VHC co-infectados que recebem tratamento CHC.”
Referências
Mandorfer M, Reiberger T, Payer B, Ferlitsch A, Breitenecker F, Aichelburg M, Obermayer-Pietsch B, Rieger Am Trauner M, Peck-Radosavljevic M. Low vitamin D levels are associated with impaired virologic response to PEGIFN+RBV therapy in HIV-hepatitis C virus coinfected patients. AIDS. January 2013.
Fonte: http://vitaminad3.wordpress.com/2013/01/30/baixos-niveis-de-vitamina-d-associados-a-pior-resposta-ao-tratamento-em-pessoas-com-hiv-e-hepatite-c/
10>
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
"Cancerofobia" - Desmistificação do Câncer
1) Os casos de câncer têm aumentado?
Sim, o número de casos dobrará na próxima década, principalmente nos países em desenvolvimento.
2) As pessoas estão mais informadas sobre o assunto?
Não. Elas têm mais acesso a informação, mas só as pessoas que já estão com a doença é que procuram informação. Ainda há uma "cancerofobia" na população.
3) Há casos de recuperação e cura, mais do que antigamente?
De forma muito clara nos países desenvolvidos, mas isso não corresponde à realidade brasileira onde ainda temos muito diagnóstico tardio e falta de acesso a métodos modernos de diagnóstico e tratamento.
4) Há uma forma de prevenir o câncer? Como? Cite alguns exemplos.
Sim. Reduzindo o tabagismo, vacinando contra o HPV e hepatites virais, selecionando pacientes com risco elevado para câncer de mama para serem submetidas à prevenção cirúrgica ou medicamentosa.
5) Quais são os fatores que mais prejudicam a saúde em relação a esse problema?
Tabagismo, exposições ocupacionais, exposição a fatores biológicos de risco.
6) O comportamento das pessoas ajuda a desencadear o problema?
De alguma forma, sim.
7) Pode-se dizer que a hereditariedade e a genética são fatores importantes quando se fala em câncer. E os fatores comportamentais e externos? Também são relevantes?
As duas coisas. Em neoplasia de mama a genética corresponde a 30% dos casos, mas a doença neoplásica (câncer) sempre é plurifatorial. Não há uma causa única, mas a soma de fatores de risco.
8) O estresse do dia a dia, o excesso do trabalho, a falta de tempo para atividade física e a má qualidade da alimentação são fatores que aceleram o problema?
Isso parece se comprovar cada vez mais verdadeiro, embora seja muito difícil quantificar essa influência.
9) Exames de rotina para prevenção são importantes. O que há de novo nesse sentido?
A novidade é a tomografia de cortes finos e baixa dose de radiação no diagnóstico precoce do câncer de pulmão.
10) Tristeza, depressão, fracasso profissional, separação, perda de uma pessoa querida causa câncer?
Não diretamente, mas podem levar a alterações que secundariamente podem contribuir para o surgimento de um câncer.
11) Considerações finais.
Quanto mais informações corretas tivermos e quanto menor o medo em encarar essa doença de frente, maior a chance de conseguirmos diagnósticos precoces e tratamentos mais efetivos.
Autor: Dr. Ricardo Caponero - Médico Oncologista da Clínica de Oncologia Médica, Graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Especialização em Oncologia pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clinica (SBOC) e Co-investigador de Pesquisas Clínicas Nacionais e Internacionais Multicêntricas).
Fonte: http://www.nutricaoempauta.com.br/lista_artigo.php?cod=2121
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sábado, 12 de janeiro de 2013
teste
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Alimentos anti-inflamatórios naturais
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Antiinflamatorios naturais
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terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Everyday
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Agrotóxicos podem ser causa de alergias alimentares
"Gente-tóxico"
Cientistas chamaram a atenção para o aumento da incidência de alergias a alimentos.
Segundo eles, os agrotóxicos e as substâncias usadas para purificar a água podem ser a causa do problema.
Segundo a pesquisa, já são 15 milhões de pessoas que sofrem de alergias alimentares só nos Estados Unidos.
Diclorofenóis
Entre as causas principais do aumento da incidência de alergias alimentares estaria uma alta presença de diclorofenóis.
Os diclorofenóis são substâncias químicas presentes na composição de agrotóxicos em plantações e substâncias para purificar a água distribuída na rede de tratamento.
Um estudo recente realizado no Brasil mostrou que essa classe de substância faz mal ao meio ambiente também por aqui:
Agrotóxicos vendidos no Brasil são perigosos para o meio ambiente
"Nossa pesquisa mostra que altos níveis de agrotóxicos que contêm diclorofenol podem diminuir a tolerância alimentar em algumas pessoas, causando alergias alimentares", diz a alergista Elina Jerschow, da Associação Americana de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI, na sigla em inglês).
"Este químico é encontrado com frequência em agrotóxicos usados por fazendeiros, em produtos para controlar insetos e pragas, e na água tratada", acrescenta.
Alergias mais comuns
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano diz ter registrado um aumento de 18% no número de casos de alergias entre 1997 e 2007.
As mais comuns são as intolerâncias a leite, ovos, amendoins, trigo, castanhas, soja, peixe e frutos do mar.
"Estudos prévios mostraram que tanto as alergias alimentares quanto aquelas ligadas à poluição ambiental estão aumentando nos Estados Unidos. Os resultados do nosso estudo sugerem que essas duas tendências podem estar conectadas, e que o elevado uso de agrotóxicos e outros químicos está associado com uma maior incidência de alergias alimentares", explica a médica que chefiou o estudo.
Os sintomas de alergias podem variar de uma leve irritação a reações que podem colocar a vida em risco, incluindo um choque anafilático.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=agrotoxicos-causa-alergias&id=8383&nl=nlds#.UL3QNNqFi4N.twitter
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Dr. Frederico Lobo
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domingo, 6 de janeiro de 2013
Vitamina B12: 30 informações importantíssimas, por Dr. Eric Slywitch
Esse assunto não é polêmico, mas tenho recebido diversas dúvidas por e-mail e dos pacientes que atendo devido a dados desencontrados, tanto de profissionais de saúde, quanto de pessoas adeptas ao vegetarianismo ligadas a filosofias e à espiritualidade.
Nesse artigo vamos conversar sobre diversos assuntos, que vão desde os sintomas da deficiência, tratamento e até questões filosóficas.
Apenas para relembrar: vitamina B12 só é encontrada em carnes, leite, queijos, ovos e suplementos. A B12 encontrada em algas e alimentos fermentados é diferente da que necessitamos para o nosso metabolismo.
Cerca de 50% dos vegetarianos têm carência de vitamina B12
Cerca de 40% dos não vegetarianos têm carência de vitamina B12
1) Quais são os primeiros sintomas da deficiência?
A deficiência de vitamina B12 traz sintomas bastantes inespecíficos, o que, algumas vezes, dificulta o diagnóstico clínico (por meio de sinais e sintomas), sendo necessário a avaliação por exames laboratoriais para descartar outros problemas com sintomas semelhantes.
O sintoma mais precoce que tenho visto em pacientes que atendo são queixas de formigamento nas pernas após poucos minutos sentado com as pernas cruzadas. Da mesma forma, as queixas de redução da atividade cognitiva (concentração, memória e atenção) são regra. Na deficiência de B12 há dificuldade de manter a atividade intelectual com conforto.
A deficiência de B12 pode se manifestar com alteração da sensibilidade dos pés e das pernas, redução da propriocepção (a pessoa tem dificuldade de perceber adequadamente o próprio corpo) e sintomas psiquiátricos.
A anemia por falta de B12 pode ocorrer, mas é menos comum do que os sintomas neurológicos citados acima.
2) Por que alguns profissionais não chegam à mesma conclusão no diagnóstico da B12?
A resposta é bem simples: porque nenhum profissional consegue saber tudo de todos os assuntos. O acúmulo de conhecimentos faz com que exista a necessidade de especialistas em diversas áreas. Isso não é uma fragmentação do todo, mas sim uma necessidade de aprofundar mais algumas áreas do conhecimento.
O diagnóstico da deficiência da B12 é claro quando o profissional conhece o assunto, e não há margem para equívocos quando há esse domínio.
3) Como fazer o diagnóstico da falta de B12?
Esse diagnóstico é feito, basicamente, pela avaliaçaõ da B12 no sangue, associado ou não aos sintomas de deficiência. O diagnóstico pode ser complexo em algumas poucas situações, e depende dos exames que temos em mãos. Na maioria das vezes é muito simples.
4) A dosagem da vitamina B12 no sangue
Esse exame é o mais comumente utilizado, e sujeito a muitos erros de interpretação. Para entendermos o porquê, é necessário conhecermos a forma que ele foi elaborado.
No passado, foram recrutadas cerca de 250 pessoas aparentemente normais, sendo coletado o sangue dessas pessoas. Dos valores encontrados, 95% delas estavam entre 200 a 900 pg/mL de vitamina B12. Assim, esse valor foi utilizado como faixa de normalidade.
Veja que problema é essa faixa de normalidade! Primeiro: a normalidade foi estabelecida de forma muito subjetiva. Segundo: a faixa é muito ampla (200 a 900 pg/mL, o que já sugere uma flexibilidade exagerada na análise dos dados).
Com marcadores sanguíneos diferentes, verificamos que estar nessa faixa de normalidade não significa estar com bons níveis sanguíneos.
Logo abaixo veremos os níveis que ela deve ser mantida.
5) Então a avaliação da B12 no sangue não é útil para o diagnóstico?
Ela é útil sim, inclusive é o melhora parâmetro de análise, mas deve ser avaliada com critério pelo seu médico, pois é necessário correlacioná-la com outros dados clínicos e laboratoriais.
6) Ouvi dizer que a dosagem de B12 não é adequada para o diagnóstico, pois ela é feita no sangue, e não dentro da célula (intracelular).
A dosagem da B12 no sangue é muito útil para o diagnóstico sim! Os níveis no sangue refletem os níveis dentro das células.
A deficiência de B12 pode ser dividida em 4 estágios. Nos 2 primeiros estágios, os compostos que ficam alterados (já decorrentes da falta de B12) só podem ser dosados em laboratórios muito especializados, e por isso não conseguimos o diagnóstico precoce. Nesses dois estágios iniciais, a B12 já está baixa dentro da célula (no plasma intracelular), e por isso os compostos ficam alterados.
No terceiro estágio, outros compostos estão alterados, como a homocisteína e o ácido metilmalônico. Portanto, a alteração desses 2 compostos, que podemos dosar, já indica uma deficiência mais avançada.
No quarto e último estágio, além das alterações já descritas, podem aparecer os sintomas e alterações no hemograma.
Assim, desde os estágios mais precoces da deficiência a B12, ela já se encontra reduzida dentro das células. A B12 no sangue simplesmente reflete a B12 intracelular.
7) Então quais são os exames necessários para avaliar a B12?
A dosagem da B12 no sangue sempre deve ser feita. É o primeiro exame que deve ser pensado para avaliá-la.
A dosagem da homocisteína e do ácido metilmalônico (que se elevam na deficiência da B12) podem ser utilizados, mas na prática, são desnecessários.
O hemograma, para ser utilizado, depende de muita habilidade de quem o lê, pois diversos fatores interferem nos parâmetros que podem indicar a deficiência de B12.
8) A B12 deve sempre permanecer acima de 490 pg/mL!!
Esse número não é um número mágico e muito menos arbitrário.
Estudo publicado há vários anos já demonstrou que quando a B12 está abaixo de 490 pg/mL (sendo a referência de 200 a 900 pg/mL), ela já é potencialmente deficiente.
Outro estudo demonstrou que quando a B12 está abaixo de 350 pg/mL, muitas pessoas podem apresentar sintomas de deficiência de B12, especialmente relacionados ao sistema nervoso.
9) Qual é o valor ideal que a B12 deve ser mantida?
Essa pergunta pode ser respondida de formas diferentes.
A melhor forma de avaliar isso é por meio de diversos exames interligados, pois a B12 muda vários parâmetros do nosso metabolismo.
Assim, como regra simples, utilizando como referência um estudo científico que fez essas correlações com dezenas de indivíduos (vegetarianos e não vegetarianos), podemos seguir as seguintes diretrizes:
- quando a B12 no sangue está acima de 490 pg/mL, raramente um indivíduo tem carência de B12;
- a homocisteína é outro parâmetro, e deve permanecer sempre abaixo de 8 mcmol/L.Essa dosagem é dispensável.
Assim, a dica é:
Mantenha sempre a B12 acima de 490 pcg/mL. A homocisteína deve permanecer abaixo de 8 mcmol/L.
Pessoas com níveis abaixo de 490 pg/mL podem ou não estar com deficiência de B12, mas isso só pode ser avaliado por um médico que domine o assunto.
10) Talvez você se confunda ao avaliar os exames laboratoriais.
Talvez não, com certeza haverá confusão, pois essa avaliação deve ser feita pelo seu médico.
Não basta olhar as referências de normalidade nos exames, pois é necessário conhecer diversas condições do organismo. Avaliação de exames não se faz simplesmente olhando as faixas de normalidade.
11) Tratamento da deficiência e manutenção são coisas diferentes
Quando a pessoa está com deficiência há necessidade de tratar a deficiência, elevando os níveis de B12 para valores seguros. Após a pessoa ter níveis adequados de B12, o suplemento ou a alimentação, é utilizada para manter esses níveis adequados.
Assim, a dose e freqüência de uso da B12 para tratar a deficiência são diferentesdo utilizado para a sua manutenção.
12) O custo da B12
A B12 é barata. Algumas pessoas questionam que a necessidade de uso da B12 é uma mentira inventada pela indústria farmacêutic para ter lucro, mas isso não é verdade. Ela é muito barata, além de ser necessária. Basta avaliar os sintomas de quem tem deficiência, o que corresponde a cerca de 50% das pessoas.
13) Absorção da B12
Após ingerida, retirada do alimento (o que depende em parte do ácido do estômago), ligada ao Fator Intrínseco (produzido no estômago), a B12 é absorvida no final do intestino delgado. Só para relembrar: para a B12 ser absorvida em condições fisiológicas, ela deve estar ligada ao fator intrínseco.
Precisamos absorver, para manter os níveis de B12 no organismo, cerca de 1 mcg de B12 por dia. A recomendação de ingestão diária de 2,4 mcg para um adulto leva em consideração o fato de que conseguimos absorver a metade do que ingerimos numa dieta onívora, de forma geral.
A absorção intestinal é limitada. A B12 não entra aleatoriamente no organismo. No intestino há “seguranças” (receptores de B12) que permitem a entrada de cerca de 1 a 1,5 mcg de B12 a cada 4 a 6 horas. Dessa forma, se você pensou na matemática, calculou que, considerando 3 refeições, podemos absorver até 4,5 mcg de B12 por dia.
Pronto! É aqui que começa a confusão, pois medicina é diferente de matemática!!
Vamos começar pela manutenção e depois falaremos sobre o tratamento da deficiência.
14) Manutenção dos níveis de B12
Nesse momento vamos entender que os seus níveis de B12 estão adequados, e pretendemos mantê-los adequados.
14.1- Com o uso da B12 diariamente, por via oral
A dose preconizada para isso é de 5 mcg de B12 por comprimido, no mínimo. Alguns suplementos no mercado apresentam doses maiores que essa, como 10 ou 15 mcg. Não há problema em utilizá-los.
Na minha experiência profissional, verifico que essa dose é insuficiente para manter os níveis adequados. São pouquíssimas pessoas que conseguem fazer uma manutenção com doses tão baixas. As doses de manutenção não podem ser padronizadas, pois a variação de necessidade de uma pessoa para outra são enormes. Um pessoa pode necessitar menos que 10 mcg por dia ou até mais que 2.000 mcg por dia.
14.2- Com o uso da B12 semanal, por via oral
Há tempos atendi uma pessoa que fez o seguinte cálculo: se preciso ingerir 2,4 mcg de B12 por dia, isso significa que devo tomar uma dose única semanal de 16,8 mcg (2,4 mcg x 7 dias). Esse cálculo é lógico para a matemática, mas não para a biologia.
A dose de manutenção preconizada para ser tomada 1 vez por semana é de 2.000 mcg.
No entanto, na minha prática profissional, também observo que essa dose não é adequada. Atendo muitas pessoas tomando essa dose que estão fazendo manutenção da deficiência. A dose para uso semanal, além de individual, para ser eficiente, costuma ser bem maior que essa.
Mas por que devo tomar 2.000 mcg 1 vez por semana se consigo absorver apenas 1 a 1,5 mcg a cada 4 ou 6 horas? Não vou perder o que ingeri?
Mais uma vez: biologia e matemática são coisas diferentes.
Quando a B12 ingerida é proveniente da alimentação, ou de suplementos com baixas doses, a regra de absorção de 1 a 1,5 mcg a cada 4 ou 6 horas é válida, pois os “seguranças do intestino” (os receptores intestinais) conseguem limitar a entrada da B12.
No entanto, quando uma megadose de B12 é administrada ocorre um “arrastão de B12”, que entra no intestino passando por cima dos “seguranças”.
Tecnicamente dizemos que a absorção de B12, que segue o processo de pinocitose, passa a ser por difusão.
Assim, apenas para ilustrar, a B12 é uma pessoa que quer entrar numa festa (dentro do organismo). Para isso ela chega na porta, onde está o segurança da festa (o receptor intestinal), que a deixa entrar conforme as suas possibilidades. No entanto, se há muitas pessoas (uma multidão) para entrarem na festa, elas começam a pular o muro.
14.3- Com o uso da forma injetável
Para isso pode ser utilizada uma aplicação de B12 com cerca de 5.000 UI a cada 6 meses ou um ano.
Essa é a recomendação médica que existe na literatura e que eu mesmo prescrevi por algum tempo. No entanto, raramente prescrevo dessa forma, pois tenho visto que a via oral é muito mais eficiente. Sugiro não confiar na aplicação semestral da B12 intramuscular.
14.4- Com a alimentação
Muito cuidado aqui!! Os alimentos que contém B12 ativa são as carnes, queijos, leite e ovos, além dos alimentos enriquecidos.
A ingestão de B12 por meio de derivados animais precisa ser constante e em quantidade adequada. Apenas para termos uma idéia, a quantidade de leite necessária para conseguirmos uma quantidade diária mínima de B12 seria de cerca de 650 mL por dia.
Muitos vegetarianos que utilizam derivados animais, tendem a reduzir o consumo desses produtos, o que torna a ingestão de B12 ainda menor.
São raros os pacientes ovolactovegetarianos que atendo com níveis adequados de B12, após anos de dieta vegetariana.
E mesmo ingerindo até mais que o preconizado (2,4 mcg), você pode ter deficiência, pois essa vitamina depende muito mais do funcionamento do nosso organismo do que da quantidade que ingerimos.
Não complique! Dose a B12 no sangue!
A biodisponibilidade da vitamina B12 nos alimentos
De forma geral, a quantidade de B12 que conseguimos absorver dos seguintes “alimentos” é a seguinte:
Alimento/ Biodisponibilidade da B12 (%)
Carne vermelha 56 a 77
Peixe 42
Frango 61 a 66
Leite 65
Ovos menos do que 9
O teor de B12 nesses alimentos é variável (veja a tabela no meu livro: Alimentação sem carne – guia prático; na página 61)
15) Tratamento da deficiência
Para elevar os níveis de B12 no organismo e assim tratar a deficiência há algumas possibilidades:
15.1- Forma injetável
Eu já utilizei muito essa forma de correção, raramente utilizo atualmente, pois a via oral (desde que em dose adequada e por período adequado), é muito mais eficiente e fisiológica para essa correção. Eu não sugiro mais essa forma de correção.
Essa forma de tratamento (via injetável) é a mais antiga e mais conhecida pelos médicos. Sendo assim, é a mais utilizada e divulgada.
A quantidade de aplicações, a sua freqüência e a dose de B12 em cada aplicação deve ser levada em consideração de acordo com as características da pessoa tratada e da sua evolução frente às aplicações.
2- Via oral
A via oral também pode ser utilizada para tratar a deficiência, desde que o seu médico saiba prescrever a quantidade e freqüência necessária para tratá-la.
Essa forma de correção pode ser muito segura. É a que tenho recomendado.
PERGUNTAS FREQÜENTES
16) Por que antes as pessoas não falavam da deficiência de vitamina B12? Essa descoberta é recente?
Os maiores estudos científicos com populações vegetarianas começaram a ser publicados na década de 70. Esses estudos começaram a demonstrar que os vegetarianos tinham baixa ingestão de B12 (no caso dos ovolactovegetarianos) ou nula (no caso dos veganos).
Em novembro de 1993, o parecer oficial da Associação Dietética Americana já recomendava, explicitamente, que os vegetarianos fizessem a suplementação dessa vitamina.
Portanto essa recomendação é antiga e já adotada pelo menos desde 1993.
17) Conseguíamos B12 do solo e da pouca higiene dos alimentos na antiguidade?
Provavelmente, e historicamente não. Não vou entrar em aspectos religiosos da existência humana, mas apenas em questões históricas.
Há mais de 3 milhões de anos existiu um hominídeo que chamamos Paranthropus bosei . Segundo suas características fósseis eram vegetarianos.
Esse hominídeo não era exatamente como nós, e se alimentavam de partes dos vegetais que nós hoje não conseguimos. Eles foram dizimados na era das glaciações, pois houve escassez de alimentos vegetais.
Todos os demais hominídeos, incluindo os nossos descentes, eram onívoros. Eles comiam carne e não era pouca.
A idéia do ser humano antigo numa vida completamente harmônica com a natureza não encontra respaldo em inúmeras pesquisas. A vida era bem selvagem (talvez não menos, mas uma forma diferente da que é hoje). A história da medicina e nutrição mostra claramente as inúmeras carências nutricionais que sempre existiram, mas que não eram diagnosticadas por falta de conhecimento na época. As descobertas vieram aos poucos, como é de se esperar.
Os nossos remotos ancestrais conseguiam a B12 provavelmente porque comiam carne.
18) Se precisamos suplementar a vitamina B12 quer dizer que a dieta vegetariana não é adequada ao ser humano?
Não, não quer dizer isso.
Em diversos ciclos da vida e condições orgânicas pode ser necessário o uso de suplementos. Isso pode ocorrer por baixa ingestão dos alimentos ou nutrientes, por dificuldade de retirarmos o nutriente do alimento ou por problemas no organismo que fazem com que a sua absorção, utilização ou perda seja comprometida.
Todas as descrições que farei agora são para as pessoas onívoras.
Como exemplo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que as crianças, dos 6 meses aos 2 anos de idade, recebam suplementação de ferro, frente ao elevado índice de anemia nesse período. É estimado que metade das crianças com menos de 5 anos e 1/3 das gestantes no Brasil tenham carência de ferro.
A suplementação com ácido fólico é feita para mulheres que querem engravidar. Diversos obstetras prescrevem rotineiramente suplementações vitamínicas e minerais para gestantes. A gestação exige aporte de ferro extra, com suplementação.
O Instituto de Medicina dos Estados Unidos recomenda que as pessoas com mais de 50 anos de idade utilizem suplementos de B12, pois pelo menos 30% dessa população mostra deficiência dessa vitamina.
O iodo é adicionado ao sal que consumimos, para que esse mineral chegue a pessoas que moram em regiões distantes do mar. A sua falta causa sérios problemas mentais em crianças (cretinismo), além de dificuldade de produção de hormônio da glândula tireóide.
A fortificação das farinhas com ferro e ácido fólico não visa atingir os vegetarianos, mas sim a população onívora.
Como você pode notar, mesmo os onívoros estão sujeitos a diversas deficiências nutricionais.
O fato que incomoda alguns profissionais de saúde é o fato de que mesmo com uma dieta bem balanceada, uma dieta vegana não supre todos os nutrientes (por causa da B12).
No entanto, assim como o ferro, a B12 depende muito mais do nosso metabolismo, do que da quantidade que ingerimos. Enquanto 50% dos vegetarianos apresentam deficiência de B12, isso ocorre com 40% dos onívoros da América Latina. Veja que a diferença é pequena!
19) Há pessoa que são vegetarianos há anos e não têm sintomas de deficiência de vitamina B12. Como explicar isso?
O nosso organismo pode estocar a B12 por muitos anos.
Uma pessoa com bom estoque de B12 precisa absorver, diariamente, 1 mcg de vitamina B12 proveniente da dieta para manter os bons níveis dela.
Por meio da secreção biliar, 1 a 10 mcg de vitamina B12 são lançados diariamente no intestino e ela pode retornar para o sangue após ser absorvida.
Assim, conseguimos “reciclá-la” evitando a sua perda intestinal por meio desse ciclo que chamamos êntero-hepático (do intestino para o fígado). No entanto, mesmo com esse ciclo preservado, pequenas perdas de B12 para as fezes ocorrem e os seus níveis sanguíneos são reduzidos. Assim, quem não ingere B12, vai perdendo gradativamente a que tem no organismo.
Existe a possibilidade do indivíduo excretar muito pouca B12 pelas vias biliares ao intestino e reabsorvê-la com muita eficiência, fazendo com que mantenha a B12 no organismo facilmente. São poucos os indivíduos com essa habilidade.
Pessoas que são vegetarianas há muito tempo podem não ter sintomas de deficiência, mas costumam apresentar níveis baixos dela. Com isso, compostos que dependem da B12 para serem metabolizados ficam alterados e isso é nocivo para a saúde.
Lembre-se que diversas alterações orgânicas são assintomáticas, mesmo sendo nocivas. Para ilustrar, o colesterol elevado não traz sintomas, assim como o início de problemas renais e hepáticos também não. Muitos órgãos no nosso corpo “avisam” que estão com problemas apenas quando o seu comprometimento limita 70 a 80% das suas funções. A sua artéria carótida (que fica no pescoço e leva sangue ao cérebro) pode ter uma obstrução (entupimento) de mais de 50% e não trazer sintoma algum.
Não é prudente aguardar os sintomas aparecerem para verificar o que ocorre. Um bom profissional de saúde está apto a fazer uma avaliação para verificar como está a sua saúde.
Na minha experiência profissional, vejo que praticamente todos os indivíduos com níveis baixos de B12 têm sintomas, mas esses sintomas não são atribuídos à falta de B12 até que seja mostrado à pessoa que não é normal sentir o que ela sente. Esses sintomas desaparecem ao utilizar a B12.
20) Só após 5 anos de dieta vegetariana devo começar a me preocupar com a B12?
Claro que não! Essa idéia surge pelo fato de podermos estocar a B12 e o estoque ser possível para o seu uso por 3 a 5 anos.
Preste bem atenção: a matemática nem sempre serve para as ciências biológicas. E nesse caso, definitivamente, não serve!
O cálculo do estoque que dura 5 anos é teórico. Além disso ele parte do princípio que o estoque está cheio no momento que a pessoa se torna vegetariana. Ledo engano!
Tenho pacientes, vegetarianos há 1 mês, com deficiência de B12. Claramente o problema não é devido à dieta vegetariana, pois o tempo de prática dela não seria suficiente para isso. Há fatores orgânicos e dietéticos que influenciam o estoque de B12.
Portanto, vegetariano ou não, você deve avaliar a B12 desde já. Todo profissional que recebe no consultório alguém que tem e intenção de se tornar, ou que já é vegetariano, deve dosar os níveis de B12 dessa pessoa imediatamente, não importando o tempo e o tipo de dieta seguida.
Todo profissional que acompanha vegetarianos deve solicitar a dosagem de B12 na primeira consulta, independente da pessoa ter sintomas ou do tempo que é vegetariana.
Não falo isso apenas baseado em estudos publicados, mas sim pela experiência em consultório. Tem muito vegetariano com baixos níveis de B12! E da mesma forma, muitos onívoros com carência dela!
21) Ciência e espiritualidade
Não existe diferença entre ciência e espiritualidade.
Ciência é um conjunto de métodos lógicos que permitem a observação sistemática de fenômenos empíricos visando a sua compreensão. A idéia de buscar uma explicação satisfatória que demonstre o funcionamento das leis físicas e divinas não exclui a rejeição do “sobrenatural”. No entanto, esse “sobrenatural” também tem regras que devem ser descobertas.
Se alguém diz que consegue materializar a B12 no seu próprio organismo sem ingeri-la, e após análise verificamos que realmente isso ocorre é porque há leis para isso. Essa pessoa tem algo diferente que permite isso. A ciência simplesmente vai investigar, sem preconceitos, como isso pode ocorrer.
Um pesquisador que utiliza animais em experimentos está tentando fazer ciência, da mesma forma que outro que repudia essa atitude. Ambos estão atrás de respostas, mas com conceitos éticos completamente divergentes. Não confunda: ciência busca explicações. O ser humano é que escolhe como fazer isso: de forma ética ou não.
Podemos aplicar a ciência em todas áreas da nossa vida, desde os relacionamentos humanos, nas áreas mais técnicas da biologia e das ciências exatas, assim como nas religiões e filosofias espiritualistas.
A ciência e a espiritualidade devem chegar ao mesmo consenso. Quando isso não ocorre é porque uma delas, ou ambas, ainda não conseguiu decifrar as leis de funcionamento da vida.
Cuidado com o ser humano: gostamos de ouvir aquilo que gostamos de ouvir. Sem imparcialidade não há condições de um julgamento adequado.
Quem defende um ponto de vista de forma parcial não pode ter uma visão ética dos seus propósitos. Não são as leis divinas que têm que se adaptar às nossas convicções, mas sim as nossas impressões se ajustarem às leis divinas após exaustivas verificações com olhar não tendencioso.
Seja neutro nas suas avaliações e confira os resultados com a prática.
Seja qual for a filosofia que você segue, não descuide da B12, pois ela é um fator de atenção nas dietas vegetarianas e não vegetarianas.
22) De onde vem a B12 utilizada nos suplemento?
A B12 é proveniente de cultura de bactérias em laboratório.
Preste atenção se você for utilizar produtos comprados em farmácias, pois alguns deles podem conter alguns derivados animais. O fato é que a B12 provém de bactérias.
23) Algas, alimentos fermentados e o levedo de cerveja contém B12?
Nenhum desses alimentos podem ser considerados fontes seguras de B12. Apesar de algas e alimentos fermentados, como o missô, poderem apresentar pequenas quantidades de vitamina B12, ela é considerada uma forma inativa da vitamina, não sendo adequada aos seres humanos.
Muitas algas necessitam de B12 para o seu desenvolvimento e metabolismo e, por um processo simbiótico com bactérias (que são as produtoras de B12), incorporam essa vitamina. As algas Nori e Chorella são as que apresentam teor mais elevado. No entanto, nenhuma delas, até o momento, se mostrou adequada para corrigir os baixos níveis de B12 apresentados em humanos que se submeteram a testes de correção ingerindo essas algas.
Portanto, nenhuma alga deve ser consumida com o intuito de obtenção de vitamina B12. Não se arrisque!!
24) Consumo ovos, derivados de leite e alimentos fortificados. Devo me preocupar com a B12?
Sim, deve! Apesar de esses produtos conterem B12, a quantidade necessária para a manutenção do organismo, via de regra, não é mantida a longo prazo. São inúmeros os pacientes ovo-lactovegetarianos que atendo com baixos níveis de B12. Apesar desses indivíduos ingerirem B12, e o decaimento teórico dela no sangue ser mais lento do que o dos veganos, a longo prazo costuma haver redução dos níveis sanguíneos.
25) Posso utilizar a B12 sem saber como está o seu nível no meu organismo?
Como não há relato de efeitos tóxicos por excesso de B12 na literatura científica, podemos considerar que ela é uma vitamina bastante segura (quanto a toxicidade) para uso, mesmo se você estiver com bons níveis no sangue.
No entanto, seu uso sem correta avaliação pode causar consumo metabólico de outros elementos no organismo.
A importância de saber como estão os seus níveis sanguíneos se faz para a definição da conduta terapêutica (tratar a deficiência ou fazer apenas a manutenção), assim como para saber se outros cuidados devem ser tomados em conjunto.
26) Devo utilizar a B12 proveniente de farmácia de manipulação ou das indústrias farmacêuticas?
Para se utilizar qualquer produto proveniente de farmácias de manipulação deve-se ter o cuidado de conhecer bem a farmácia e a qualidade dos insumos que ela trabalha.
Os produtos provenientes de grandes marcas da indústria farmacêutica costumam ser confiáveis.
27) Quais os cuidados que devemos ter na gestação e infância com relação à B12?
Nesses ciclos da vida sempre é recomendada a suplementação de B12, independente do indivíduo consumir ovos ou laticínios.
Para bebês e crianças costumo prescreve-la na forma de xarope.
É importante realizar a dosagem de B12 para todas as gestantes e bebês.
Mulheres, vegetarianas ou não, que pretendem engravidar devem, obrigatoriamente, avaliar a B12. A vitamina B12 tem a mesma importância que o Ácido Fólico para a formação do bebê.
Gestantes e crianças: toda a atenção deve ser tomada com relação à B12.
28) O consumo de carne garante um bom estado nutricional de vitamina B12?
Não, não garante!
Tanto é que 40% das pessoas que comem carne têm carência dessa vitamina, enquanto que isso ocorre com 50% dos vegetarianos. Veja que a diferença é pequena.
29) Por que podemos ingerir boa quantidade de B12 e mesmo assim ter deficiência?
Porque ela depende mais do seu metabolismo do que da sua dieta.
Há 2 formas principais para perdermos a B12 que está no nosso organismo.
Uma delas é pelo processo de reciclagem intestinal que todos nós temos (tecnicamente chamamos isso de ciclo êntero-hepático). Nossa vesícula biliar pode lançar até 10 mcg por dia de vitamina B12 no intestino. O intestino procura colocá-la de volta no sangue. Essa quantidade lançada ao intestino e a habilidade dele reabsorver a vitamina é variável de pessoa para pessoa. Uma dieta rica em carnes, queijo e ovos (fontes de B12) dificilmente conseguirá atingir 7 mcg. Isso significa que pode haver mais perda pelas fezes do que a pessoa consegue ingerir.
30) Minha recomendação
Dose sempre a B12 no sangue. Esse exame deve fazer parte de qualquer avaliação nutrológica.
As doses para correção ou manutenção são variáveis e não é possível estabelecer uma dose padrão para todas as pessoas.
Fonte: http://www.alimentacaosemcarne.com.br/nutrientes/diagnostico-da-deficiencia-de-b12
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Dr. Frederico Lobo
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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Seis questões preveem risco de obesidade infantil ao nascer
Pesquisadores britânicos afirmam que uma fórmula relativamente simples, com seis perguntas, é capaz de prever o risco de obesidade de uma criança logo após seu nascimento.
Eles descobriram que apenas a análise de algumas questões simples já é o bastante para prever a obesidade.
A lista tem seis questões:
- O peso da criança ao nascer;
- o índice de massa corporal dos pais;
- o ganho de peso da mãe durante a gravidez;
- se a mãe fumou ou não durante a gravidez;
- o número de pessoas que moram na casa da criança recém-nascida; e
- o status profissional da mãe.
Fórmula da obesidade
Todos são fatores de risco para obesidade já muito conhecidos, mas os pesquisadores decidiram colocá-los juntos em uma fórmula.
As três primeiras perguntas são respondidas com dados numéricos, enquanto as demais são respondidas como sim ou não - resposta "não" vale 0 e resposta "sim" vale 1.
A fórmula exige dados adicionais sobre raça, uma vez que os dados estatísticos variam entre brancos, negros, hispânicos e asiáticos
Além da genética
Anteriormente, os especialistas acreditavam que fatores genéticos eram os maiores determinantes de problemas de peso em crianças, mas apenas cerca de um em cada dez casos de obesidade é resultado de uma mutação genética rara que afeta o apetite.
Os dois últimos itens da lista, por exemplo, estão relacionados ao ambiente social no qual a criança nasce e que pode elevar o risco de obesidade.
"Quanto menor o número de pessoas morando na residência, maior o risco de obesidade da criança, pois este número está ligado às mães solteiras", afirmou a Marjo-Riitta Jarvelin, que participou do estudo.
"E quanto ao status profissional da mãe, sabemos que uma mãe com maior (nível de) educação é mais bem preparada, sabe mais a respeito da saúde da criança", acrescentou.
"A equação é baseada em dados de um recém-nascido que todos podem obter e descobrimos que pode prever cerca de 80% (dos casos de) crianças obesas", afirmou Philippe Froguel, do Imperial College de Londres, que liderou o estudo.
A pesquisa foi publicada na revista especializada PLos One.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=questoes-prever-risco-obesidade-infantil-nascer&id=8378&nl=nlds#.UL3Ngdy2SjI.twitter
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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Plásticos
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013
Veneno na nossa mesa
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terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Os perigosos laços da indústria farmacêutica com a Medicina
Nos últimos meses, um tema polêmico tem aparecido mais frequentemente na mídia: o potencial prejuízo que o “inevitável” laço entre medicina e indústria farmacêutica pode causar nos pacientes.
Muitos artigos e estudos têm argumentado que a indústria farmacêutica se utiliza de táticas e estratégias imorais e nada éticas para vender remédios que absolutamente não ajudam os doentes.
Pior: um novo estudo publicado no respeitado periódico Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que a fraude é um verdadeiro problema em publicações científicas, problema que tem aumentado no decorrer das décadas.
O estudo analisou 2.047 artigos sobre pesquisas biomédicas desacreditadas e retraídas de publicações científicas, e constatou que a maior razão para a sua retração não foram erros honestos (não propositais), mas sim pura fraude.
Enquanto isso, um médico inglês, Benjamin Goldcare, denunciou um comportamento condenável da indústria farmacêutica: em busca de proteger os próprios interesses econômicos, os laboratórios farmacêuticos nem sempre liberam os remédios ao mercado com a garantia de que farão bem aos pacientes.
Para vender esses remédios ineficazes, as empresas forjam ou só publicam estudos acadêmicos e resultados de testes favoráveis sobre eles, escondendo totalmente o fato de que alguns apresentam efeitos colaterais perigosos.
Se você acha que já ouviu o suficiente, prepare-se para conhecer a pior parte de tudo isso: tal comportamento não é ilegal.
No Brasil, a entidade que libera remédios para uso comercial é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um órgão ligado ao Ministério da Saúde. Existem 23 laboratórios oficiais ligados à Anvisa que fornecem medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
As centenas de laboratórios privados, no entanto, estão sob observação menor (para não dizer sem observação): o único controle rigoroso acontece no momento de permitir que a empresa abra.
Uma vez operantes, os produtores detém o controle sobre os testes, ou seja, os próprios laboratórios atestam a qualidade do medicamento que eles mesmos fabricam. O sistema de teste e aprovação dos remédios coloca controle excessivo nas mãos dos fabricantes, de forma que eles quase sempre podem definir qual o veredicto sobre qualquer medicamento em fase de experimentos.
“Suicídio profissional”
O psiquiatra britânico David Healy, odiado por colegas que até tentaram revogar sua licença médica, argumenta que seus semelhantes estão cometendo “suicídio profissional” ao não abordar sua relação perigosamente íntima com a indústria farmacêutica.
Os conflitos entre medicina e indústria são conhecidos há muito tempo. Um deles são os “presentes” que médicos ganham de fabricantes de remédio, que alguns consideram ser uma tentativa clara de “comprar” o profissional para que ele passe a receitar a medicação.
Nos EUA, por exemplo, só em 2004 as empresas farmacêuticas gastaram cerca de US$ 58 bilhões (cerca de R$ 116 bi) em marketing, 87% dos quais foram destinados diretamente a cerca de 800 mil norte-americanos com o poder de prescrever medicamentos.
O dinheiro foi gasto principalmente em amostras de medicamentos gratuitos e visitas a consultórios médicos, que estudos confirmam que aumentam a prescrição de medicamentos de marca e os custos médicos sem melhorar o atendimento.
Nos EUA, a legislação diz que as empresas farmacêuticas devem revelar quais médicos aceitaram qualquer pagamento ou presente com valor maior de US$ 10, e descrever as quantidades exatas aceitas e seu propósito em um site público. Porém, esse site só vai estar em funcionamento em 2014, talvez.
Healy nem acha que aceitar dinheiro dos fabricantes seja o pior problema (embora já tenha ficado demonstrado que pode ser prejudicial). Para ele, o fato das empresas repetidamente esconderem informações importantes sobre os riscos de seus medicamentos é que é o verdadeiro problema.
Nesse ponto, Healy acha que as publicações científicas têm um pouco de culpa também. Ele disse, por exemplo, que já teve dificuldade em publicar dados anteriormente ocultos: a publicação foi rejeitada.
Embora as revistas médicas obriguem empresas farmacêuticas a registrarem todos os seus ensaios clínicos com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA se quiserem publicá-los, essa não é uma exigência legal. Eles ainda podem esconder dados relevantes da Administração de Drogas e Alimentos americana ao não divulgar testes clínicos que eles nunca tentaram submeter a publicação.
“A questão-chave a curto prazo é o acesso aos dados. Temos que insistir nisso”, afirma Healy. “Médicos recebem a indústria e ouvem sobre seus remédios. Eu não acho que seja um problema enorme que sejam pagos para isso. O grande problema é que se você perguntar pelos dados, eles não podem mostrar a você. Isso é não é ciência, isso é marketing”.
No Brasil, o Código de Ética Médica e a Resolução nº 1.595/00 do Conselho Federal de Medicina proíbem aos médicos a comercialização da medicina e a submissão a outros interesses que não o benefício do paciente. Também é proibida a vinculação da prescrição médica ao recebimento de vantagens materiais. A RDC 102/00 da Anvisa ainda proíbe a indústria farmacêutica de oferecer prêmios ou vantagens aos profissionais de saúde envolvidos com a prescrição ou dispensação de medicamentos.
A questão é: em até que ponto essas resoluções são fiscalizadas?
Recentemente, em fevereiro desse ano, um acordo inédito foi firmado entre o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), estabelecendo parâmetros para a relação entre médicos e indústrias.
Entre outras resoluções, ficou decidido que a presença de médicos em eventos a convite da indústria deve ter como objetivo a disseminação do conhecimento técnico-científico, e não pode ser condicionada a qualquer forma de compensação. Também, somente despesas relacionadas ao evento podem ser cobridas pela indústria.
Quanto a brindes e presentes, eles devem estar de acordo com os padrões definidos pela legislação sanitária em vigor, devem estar relacionados à prática médica, e devem expressar valor simbólico (que não ultrapasse um terço do salário mínimo nacional vigente).
Além disso, foram estabelecidas regras para visitação comercial a médicos, que dizem que o objetivo das visitas deve ser contribuir para que pacientes tenham acesso a terapias eficientes e seguras, e que os empresários devem informar os médicos sobre as vantagens e riscos dos remédios.
Esse acordo inédito parece mostrar bastante boa vontade de ambas as partes de agir no melhor interesse do paciente. Mas, como diria o ditado, “de boas intenções o inferno está cheio”. A dúvida que permanece é: o quão a sério profissionais de saúde e empresários estão levando esses parâmetros?
Nós, os pacientes, estamos seguros, ou somos duplamente vítimas: das doenças e dos remédios?
Fonte: http://hypescience.com/os-perigosos-lacos-da-medicina-com-a-industria-farmaceutica/
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Dr. Frederico Lobo
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