A prática de atividade física é o que ajuda a prevenir doenças e a melhorar a qualidade de vida dos que chegam à rede de atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil, há diversos programas governamentais nessa área.
Muitas vezes, eles são a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde. Dentro da Estratégia de Saúde da Família (ESF) são oferecidos serviços multidisciplinares às comunidades por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
A presença dos profissionais de educação física no processo de triagem, diagnóstico e prevenção é reconhecida. Em 2008, a categoria foi incorporada às equipes interprofissionais que atuam diretamente na atenção básica. Outra ação importante para o setor foi a inclusão, feita pelo Ministério da Saúde, da atividade física no SUS, em 2011. O objetivo é promover a saúde, prevenir doenças que possam se agravar com o tempo e direcionar casos mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade.
Parcerias multidisciplinares
A atuação conjunta entre o profissional de educação física e médicos e enfermeiros é vantajosa. Tanto é que, ao longo dos últimos anos, as gestões municipais das UBSs têm incluído educadores físicos em seus quadros profissionais.
A possibilidade de se prescrever exercícios, já na atenção básica, é uma grande oportunidade e ajuda a reforçar o esporte não apenas como promotor o bem estar, mas também como pilar na prevenção de doenças. Esse trabalho interdisciplinar é fundamental para reduzir a demanda dos usuários no SUS.
Para se adequar ao cenário, o professor de educação física pode buscar capacitação, alinhando seu trabalho à realidade social em que está inserido.
A seguir, confira o papel do educador físico dentro da área de atenção básica.
Papel do educador físico na saúde básica
A atenção básica concentra um amplo contingente de profissionais. A promoção da saúde é desenvolvida por todos, de forma multidisciplinar, mas a prescrição de atividade física é prerrogativa do educador físico. Ele deve atuar na prevenção de patologias e na reabilitação física e cardiopulmonar. Por isso, deve:
- Avaliar as limitações físicas de cada paciente;
- Considerar aspectos que inviabilizam a prática de exercícios físicos, como pressão arterial de hipertensos ou a glicemia de diabéticos;
- Verificar os exercícios mais adequados a cada paciente;
- Medir a intensidade, volume e duração dos movimentos;
- Determinar intervalos de descanso entre os exercícios e de que forma as atividades serão executadas;
- Analisar onde e como os exercícios serão feitos: em casa, ao ar livre, na academia;
- Orientar sobre as práticas que precisam ser adotadas para a segurança do paciente;
- Manter-se atualizado, a fim de elaborar planos de ações adequados para cada paciente e expandir as possibilidades de abordagem;
- Saber conectar as informações passadas pelas equipes técnicas;
- Deixar claro para o paciente a relação entre os exercícios físicos e os benefícios advindos da prática.
A medicina preventiva requer a elaboração de estratégias que estimulem a prática regular de exercícios ou aumentem a mobilidade funcional. É importante que a abordagem do profissional seja sempre feita sempre em consultas individuais e que ele possa acompanhar o processo de evolução do paciente – inclusive intervindo após a etapa da fisioterapia, ou assim que o paciente iniciar sua reabilitação.
Acima de tudo, o educador físico deve incentivar sempre a adoção de hábitos saudáveis por meio de diferentes estratégias. Elas podem (e devem) ser pensadas e discutidas de forma multidisciplinar com toda a equipe médica, atentando para as limitações, objetivos, hábitos e o principalmente o cotidiano de cada paciente.
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