Quando se trata de emagrecimento saudável, aliar bons hábitos alimentares à prática regular de exercícios costuma ser o melhor caminho. Segundo o Ministério da Saúde, metade da população brasileira está acima do peso e 17,5% já sofre com a obesidade. Além desses números, um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca o Brasil como um dos países mais sedentários do planeta.
Atualmente, 47% dos adultos brasileiros sequer praticam 30 minutos diários de atividade física – o tempo recomendado pela OMS. É natural, portanto, que boa parte desses sedentários sejam afetados.
Os pacientes obesos têm dificuldades tanto para encontrar uma rotina de exercícios adequada quanto para manter a motivação na prática. Além disso, é comum que esse público lide com doenças associadas ao ganho de peso, o que limita a adoção de certas modalidades.
Melhorar a experiência desse público ao longo do processo de emagrecimento é um desafio para profissionais de educação física. Por isso, a introdução de algumas práticas simples pode ajudar na criação do plano de exercício ideal. A ideia é que a atividade seja vista da forma mais natural possível, e não como um compromisso obrigatório e desagradável.
Planejamento
Para otimizar a prática de exercícios na obesidade, é importante que o profissional de educação física esteja atento e capacitado para isso. É possível se qualificar por meio de cursos online, por exemplo.
Além da avaliação física, é preciso ter acesso ao histórico médico da pessoa. Doenças como pressão alta, diabetes e problemas de circulação exigem mais, tanto do corpo do paciente quanto do preparo do treinador. Cada exercício deve ser adaptado e cuidadosamente acompanhado.
Se a pessoa aplica insulina, é recomendável medir a glicemia antes, durante e após as atividades. Para os hipertensos, é extremamente importante aferir a pressão arterial antes e depois de cada série de exercícios.
Para aqueles com problemas de circulação ou cardíacos a atenção do professor deve ser redobrada. Sinais como respiração ofegante, dores no peito, cabeça ou estômago são o alerta para a pausa e reavaliação da carga.
Junto ao desenvolvimento do treino personalizado, é importante estimular o paciente a procurar um nutricionista a fim de que inicie um programa de reeducação alimentar. Aliar os dois fatores trará resultados mais rápidos, servindo de estímulo para que o aluno não desista.
Também vale ficar atento à desidratação. Por terem mais dificuldade de regular a temperatura corporal, pessoas obesas estão mais suscetíveis a esse risco, especialmente em dias quentes.
Por onde começar
Em entrevista ao portal Terra Saúde, a nutricionista Renata Rodrigues de Oliveira fala sobre o mínimo de tempo necessário para se garantir uma redução de peso significativa na obesidade: “Praticar mais do que 150 minutos por semana promove uma redução de peso modesta. Já a realização de atividade física entre 225 minutos e 420 minutos resulta numa perda de peso média de cinco a sete quilos e meio.”
A partir disso, é possível montar diferentes rotinas para os alunos obesos. Entre os exercícios mais indicados estão os de menor impacto articular, como a caminhada e a musculação. Atividades realizadas dentro da água, como hidroginástica, natação ou até mesmo a caminhada dentro da água também são excelentes opções.
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