O câncer de mama é o carcinoma mais incidente entre as mulheres no Brasil e o segundo mais mortal, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Entretanto, a mortalidade de um percentual significante dessas pacientes pode ser evitada com uma medida simples: exercícios físicos. Isso porque o sedentarismo contribui mais para os óbitos do que outros fatores de risco relacionados à doença, como consumo de álcool e açúcar, dieta inadequada e obesidade.
Uma pesquisa publicada pela revista Nature revelou que uma em cada dez mortes de mulheres motivada pelo câncer de mama na pós-menopausa teria sido evitada com a prática regular de atividades físicas. Em 2015, ano do estudo, cerca de 12% das mortes não teriam ocorrido caso as pacientes tivessem feito caminhadas de no mínimo 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os pesquisadores – entre eles brasileiros e norte-americanos – concluíram que efeitos colaterais comuns no tratamento do câncer de mama também foram atenuados devido à prática esportiva. As pacientes ativas demostraram sentir menos fadiga e severidade de depressão quando comparadas àquelas que não mantinham uma rotina de exercícios físicos.
A prática foi decisiva para o equilíbrio dos níveis hormonais (fatores que influenciam no surgimento e avanço da doença), diminuindo a quantidade de estrogênio e insulina. Assim, a possibilidade de inflamações é reduzida. Além disso, ocorreu melhora no sistema imunológico e redução do tempo de trânsito gastrointestinal. Não foram registradas reações adversas durante o estudo.
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