O exame sanguíneo de frutose só mostra se você absorveu ou não a frutose. Ele não mostra a intolerância.
Logo, o fato desse exame sanguíneo trazer um resultado positivo NÃO determina que você terá que excluir todas as frutas da sua alimentação!
Caso você tenha sido orientado a eliminar as frutas de forma permanente, apenas por meio da leitura desse exame, procure uma segunda opinião de um Nutrólogo e/ou Gastroenterologista, além de um Nutricionista com experiência nessa área para te auxiliar.
Além disso, o teste sanguíneo (esse que você fez e teve que beber um líquido "horrível"😂 antes de realizar a coleta do sangue), não é o método mais adequado para o diagnóstico da intolerância hereditária à frutose, que é uma condição considerada rara. O exame correto é a Biópsia do fígado para dosagem da atividade da enzima do gene ALDOB ou o teste de tolerância, onde o paciente é injetado com frutose e seus sintomas e níveis de frutose e derivados são monitorados. No caso de bebês pode ser feito o teste da bochechinha.
Quando se suspeita de má-absorção da frutose: condição que cursa com gases, distensão abdominal, diarréia, dor abdominal, o exame correto se chama teste do hidrogênio expirado, que deve ser solicitado/avaliado pelo seu Médico para diagnóstico mais assertivo.
No mais, os sintomas que levam a busca incessante pelo diagnóstico de intolerâncias alimentares, como a frutose e lactose, podem ocorrer em decorrência de inúmeros outros fatores, como:
- Supercrescimento bacteriano do intestino delgado
- Supercrescimento fúngico
- Intolerância a outros carboidratos fermentáveis,
- Disbiose intestinal,
- Doença inflamatória intestinal
- Doença celíaca
- Doença diverticular do colon
- Síndrome do intestino irritável
- Esofagite eosinofílica
- Uso crônico e sem acompanhamento de determinados medicamentos: como os prazóis, corticóides, antiinflamatórios.
Lembre-se: nosso intuito após o diagnóstico de alguma intolerância alimentar NÃO é o de eliminar os alimentos da sua vida, mas sim, por meio de um trabalho investigo (duplo detetive), verificar quais você tolera e quais as quantidades que não geram sintoma.
Ou seja, o trabalho é multidisciplinar: Médico + Nutricionista e o paciente deve colaborar durante a investigação.
Autor:
Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física
Revisores:
Dr, Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM 13192 - RQE 11915
Márcio José de Souza - Profissional de Educação física e Graduando em Nutrição.
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