Nos últimos anos, as viagens internacionais e de longa distância ganharam espaço na vida de muita gente. Entretanto, o que as pessoas não sabem é que o uso de aviões e carros para isso é prejudicial ao meio ambiente. Algo que pode mudar nos próximos meses, com a tendência do turismo residencial em alta por todo o mundo. Um artigo feito recentemente mostra que alguns grandes centros, como Nova York e Tóquio, estão observando os moradores das cidades explorarem mais pontos turísticos da região, evitando viagens que podem causar mais poluição.
Segundo uma reportagem do canal alemão DW, os aviões são responsáveis por cerca de 5% das mudanças climáticas que acontecem no mundo. Esse é um número alto, principalmente que menos de 10% da população mundial usa esse meio de transporte. Ou seja, estamos falando de algo que causa prejuízo ao meio ambiente, mesmo sendo utilizado por poucas pessoas. O problema é que nos últimos anos esse número cresceu, com as viagens aéreas ficando mais acessíveis.
De 2020 para cá, por conta da crise que afetou o mundo, as viagens de avião perderam espaço e o turismo viu uma nova tendência de viagem surgir. O levantamento feio pelo site de caça-níqueis da Betway mostra isso com números, e faz uma comparação entre Nova York e Tóquio. A cidade norte-americana, por exemplo, teve quase 20 milhões de turistas locais em 2021. Um número que deve atingir os 30 milhões neste ano, inclusive pelas iniciativas da própria região para aumentar isso.
O artigo mostra também que essa sempre foi uma tendência de Nova York, que costuma chamar mais a atenção de pessoas que moram próximas do estado. Isso é importante para diminuir o impacto de uma viagem internacional, quando um brasileiro sai de São Paulo, por exemplo, para visitar o Empire State Building. Essa mudança é essencial para o meio ambiente, e a esperança é que ela continue assim pelos próximos anos, mesmo após o fim da crise na área da saúde.
Pouco acessível para todos
Apesar dessa tendência positiva, ainda existem alguns problemas com essa tendência de turismo residencial. Em Nova York, uma visita ao Museu Guggenheim não sai por menos de US$ 25, um valor que não é acessível para qualquer um. Para um final de semana turístico, um morador da Big Apple vai gastar mais de US$ 280. Ou seja, isso ainda é um empecilho para que as pessoas possam aproveitar a cidade norte-americana, mesmo morando na região.
Em entrevista ao blog da Betway, o brasileiro Gustavo Ventura explica que em alguns pontos da cidade é quase impossível encontrar preços baixos. “Na alimentação se gasta geralmente de US$ 30 a US$ 40 por refeição. Claro que existem opções mais baratas, mas nos centros turísticos sempre é mais caro”, afirma o paulista que mora em Nova York desde 2021. Isso faz com que muitas atividades fiquem inacessíveis, o que pode prejudicar essa tendência de turismo residencial.
Apenas como comparação, os restaurantes em Tóquio oferecem preços bem acessíveis. Com apenas US$ 14 é possível se alimentar em pontos turísticos da capital japonesa. É uma prova de que é possível cobrar pouco em um centro urbano importante. Aliás, um morador da região pode curtir um final de semana com US$ 122, menos que a metade do gasto por alguém em Nova York. Essa diferença explica muito o problema que estamos falando.
Iniciativas pró meio ambiente
A busca por maior sustentabilidade em viagens não depende apenas dessa nova tendência do turismo, mas também de ações de grandes empresas. Algo que tem acontecido, principalmente quando falamos de companhias aéreas. Os aviões comerciais mais modernos são menos poluentes, e prometem ficar ainda mais limpos no futuro. São atitudes assim que podem ajudar o meio ambiente.
Outra discussão que tem ganhado força na Europa é o maior uso de trens para viagens longas. Os turistas poderiam ter passagens mais acessíveis, e assim trocariam um avião por um trem. Uma substituição importante, pois esse meio de transporte pode ser até 50% mais limpo que o outro.
A reportagem feita pela Betway mostra que a tendência atual é de um turismo residencial, seja no Japão, nos Estados Unidos ou até mesmo no Brasil. Algo que ajuda não apenas a economia dos turistas, mas também o meio ambiente. Quanto menos uso de carros e aviões acontecer, melhor para o planeta
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