O texto abaixo foi escrito pela minha afilhada, após ela ler meu desabafo no texto anterior.
Fiz uma versão para leigos. Ela fez uma reflexão para médicos.
att
Dr. Frederico Lobo
Médico Nutrólogo
CRM-GO 13192 - RQE 11915
Nós médicos somos formados em um algoritmo muito simples e padrão: estude, diagnostique e cure.
Por anos e anos esse pensamento vem sendo perpetuado em faculdades, residências e pós-graduações, mas o que muitos esquecem é que o dever do médico vai muito além.
Temos, dentre tantas atribuições, o dever da responsabilidade social, da empatia e principalmente exercer o "Primum non Desete" (primeiro não causar danos) em todas as suas derivações.
Estou falando isso tudo para comentar que os preços das medicações, como tudo nesse país, estão assustadoramente caros! Não é difícil imaginar que cada vez mais pacientes vão parar de ter acesso às suas medicações, vão desestabilizar suas doenças e ter complicações perfeitamente
evitáveis caso a terapêutica correta fosse utilizada.
E o que fazer diante desse cenário? Aqui vão algumas perguntas de ouro:
1) Meu paciente pode pagar por essa medicação? (existem sites e aplicativos que em segundos fazem isso pra você).
2) Essa medicação vai realmente ser fundamental em seu tratamento?
3) Existe alguma medicação incluída na farmácia do SUS que eu possa utilizar?
4) Aquela medicação cara pode ser trocada por outra similar mais barata?
Precisamos falar sobre isso! Precisamos incluir esses pontos em nossas consultas.
Autora: Dra. Edite Magalhães - Médica especialista em Clínica Médica - CRM-PE 23994 - RQE 9351
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