quarta-feira, 6 de julho de 2022

Intolerância histaminérgica e síndrome de ativação mastocitária - Aspectos nutrológicos

Em 2014 postei no meu instagram sobre FODMAPS, que os médicos ainda ouviriam falar muito sobre aquela dieta. Na época eu fazia a pós de Nutrologia da ABRAN e pouquíssimos profissionais estavam antenados sobre o que estava ocorrendo na universidade de Monash na Austrália. Hoje é uma abordagem mundialmente reconhecida, mas poucos nutrólogos e nutricionistas sabem trabalhar da forma correta. 

Hoje venho trazer para vocês um tema que vocês ouvirão falar muito nos próximos anos. Intolerância histaminérgica e síndrome de ativação mastocitária. São condições que comumente ocorrem em indivíduos com hipermobilidade articular e/ou com Taquicardia postural, e/ou disautonomia.  Para ler mais acesse: https://www.ecologiamedica.net/2022/07/intolerancia-histaminergica-e-sindrome.html


Dentro da Ativação mastocitária (SAM), pode existir a intolerância à histamina (IH). Nos próximos meses falarei mais sobre o tema e o que se tem visto na literatura. Hoje trago uma postagem do pessoal do Ganep sobre a microbiota e a intolerância histaminérgica.

Intolerância à histamina pode ser influenciada pela microbiota?

A histamina é uma amina biogênica heterocíclica presente em diversos alimentos ou produzida por atividade da microbiota intestinal. A intolerância à histamina ocorre especialmente pela deficiência de diamina oxidase (DAO), enzima chave para a degradação de histamina no epitélio intestinal. Até o momento, sabe-se que a deficiência de DAO pode estar relacionada a fatores genéticos, farmacológicos ou patológicos (desordens inflamatórias, degenerativas e intestinais). Uma hipótese recente sugere que alterações na diversidade da microbiota intestinal podem contribuir para o desenvolvimento de intolerância à histamina.

Para caracterizar a composição da microbiota intestinal de pessoas com intolerância à histamina e comparar com a microbiota de indivíduos saudáveis, Sánchez-Pérez e colaboradores desenvolveram um estudo recente, com 26 participantes, sendo 12 mulheres. Os participantes foram divididos em 2 grupos: intolerância a histamina (grupo HIT) e controle (sem intolerância). O grupo HIT foi composto por 12 mulheres de 21 a 65 anos e IMC médio de 23,7Kg/m²; enquanto o grupo controle foi composto de 14 participantes homens e mulheres adultos, com IMC médio de 22,2Kg/m².

O diagnóstico do grupo HIT foi realizado pela presença de 2 ou mais sintomas descritos por Maintz e Novak (2007), e por resultados negativos para IgE específica para alérgenos alimentares. Foram avaliadas as características demográficas e os sintomas clínicos, em todos participantes. Para a análise da microbiota intestinal e da concentração de histamina, amostras de fezes foram auto-colhidas em frascos estéreis e armazenadas a -80 ◦C até suas análises. O sequenciamento da microbiota intestinal foi avaliado pela técnica 16S rRNA (região V3-V4) e os dados foram analisados pelo banco de dados EzBioCloud.

No grupo HIT, queixas gastrintestinais e neurológicas foram relatadas por 83% dos participantes, seguidos por queixas dermatológicas (50%) e respiratórias (33%). No geral, os sintomas mais frequentemente relatados foram distensão abdominal e dor de cabeça, seguidos de flatulência, diarreia, azia e dores abdominais, musculares e articulares. A atividade plasmática da DAO foi deficiente (<10 U/mL) em 10 dos 12 participantes do grupo HIT.

A microbiota intestinal dos grupos HIT e controle foi analisada e comparada em termos de filo, família, gênero e espécie. A presença de disbiose intestinal foi observada no grupo HIT, que, em comparação com ao grupo controle, apresentou menor proporção de bactérias relacionadas à saúde intestinal: Prevotellaceae, Ruminococcus, Faecalibacterium e Faecablibacterium prausnitzii. Grupo HIT também apresentou abundância significativamente maior de bactérias histaminogênicas, incluindo os gêneros Staphylococcus e Proteus, gêneros não identificados pertencente à família Enterobacteriaceae, e as espécies Clostridium perfringens e Enterococcus fecalis.

Os autores concluíram que a maior abundância de bactérias histaminogênicas favoreceu o acúmulo de altos níveis de histamina no intestino e foi associado com efeitos adversos da intolerância. Contudo, as limitações do estudo devem ser levadas em conta em estudos futuros que visem elucidar a relação entre disbiose intestinal e intolerância à histamina.

Por Priscila Garla

Referência: Sánchez-Pérez, S.; Comas-Basté, O.; Duelo, A.; Veciana-Nogués, M.T.; Berlanga, M.; Latorre-Moratalla, M.L.; Vidal-Carou, M.C. Intestinal Dysbiosis in Patients with Histamine Intolerance. Nutrients 2022, 14, 1774. https://doi.org/10.3390/nu14091774

REDE PARA A QUAL ENCAMINHO OS PACIENTES PORTADORES DE SED, SAM, IH

Dra. Kaliny Cristine Trevezani de Souza - Médica Pediatra - https://www.instagram.com/kaliny.hiper/ (Atende crianças com SED)

Adultos:

Dra. Maike Heerdt - Médica Fisiatra  - https://www.instagram.com/dramaikeheerdt/ (Atende adultos com SED).

Dra. Joseane Brostel Figueiredo David (Médica SEDiana)
CRM: 18.850.
Especialidade: Clínica Médica e Cardiologia (atende os casos de disautonomia)
No momento está atendendo somente por Telemedicina.
Fone do consultório para agendamento online: (61) 9207-9809.
Instagram: @drajoseane.brostel

Dra. Thania Rossi - Sediana
CRM 141717 SP 
RQE-NCR 57605/ DOR | RQE: 576081
Especialidade: Neurocirurgia/Médica Da Dor. 
Atende presencial na Rua Demóstenes 627 Conj 73, Campo Belo - Sao Paulo - SP. Atende por telemedicina.
Fone do consultório para agendamento online ou presencial: (11) 97784-8639
Redes sociais: @drathaniarossi_neuro

Dr. Björn Erik Peter Dreisbach
CRM-MG 72953
Atende em Belo Horizonte e por telemedicina.
Fone do consultório para agendamento online ou presencial: (31) 8274-4948

Dr. Pedro Paulo Prudente
CRM-GO 12744 RQE 13637/ 9352
Especialidade: Medicina do esporte e Acupuntura. Área de atuação em Dor.
Atende presencial na Av. Assis Chateubriand, na Clinica Supere.
Fone para agendamento online ou presencial: (62) 98132-0244 (clique aqui)
https://tratamentodor.com.br/bio/

Nutricionistas com experiência em Intolerância histaminérgica e SED

Dr. Rodrigo Lamonier - Hashimoto e Celíaco
Instagram: @rodrigolamoniernutri

Dra. Juliana Carneiro - Sediana
Instagram: @julianacarneiro.nutri/

0 comentários:

Postar um comentário

Propagandas (de qualquer tipo de produto) e mensagens ofensivas não serão aceitas pela moderação do blog.