Desde 2010 quando comecei o consultório, sempre busquei tentar entender o porquê de alguns pacientes não conseguirem seguir um plano alimentar prescrito pelo nutricionista. Os motivos são diversos mas os principais abordarei nesse texto.
Dieta muito restritiva
Quando o plano alimentar é muito restritivo e elimina completamente determinados alimentos, pode ser difícil para o paciente manter a adesão a longo prazo, especialmente se ele gostar desses alimentos. É importante encontrar um equilíbrio e permitir algumas indulgências ocasionalmente. O paciente fica com a sensação de estar vivenciando uma prisão e logo abandonará a dieta. Pior: isso pode ser o começo de um transtorno alimentar grave em indivíduos com predisposição. Então sempre friso para o Rodrigo (o Nutricionista que atende meus pacientes): O processo não pode ser um martírio. O paciente precisa ter vida social.
Planejamento inadequado
A falta de planejamento pode levar a escolhas alimentares inadequadas e excessos, especialmente quando o paciente está em situações sociais (festas, eventos, restaurantes) ou em viagens. É importante ensinar o paciente a planejar antecipadamente e a ter opções saudáveis sempre disponíveis. Isso chama-se planejamento. Sendo dever do nutricionista orientar o paciente sobre como planejar. O planejamento deve ser feito em 2 âmbitos: planejamento do cardápio da semana e o planejamento de situações.
Expectativas irrealistas
Quando o paciente espera resultados rápidos e significativos, pode se desmotivar se não conseguir atingir suas metas no tempo desejado. É importante estabelecer expectativas realistas e ajudar o paciente a celebrar pequenas conquistas ao longo do caminho. O paciente geralmente não levou 1 ano para engordar 30kg, ou seja, não será rapidamente que ele perderá esse peso. Muitas vezes atendo pacientes descontentes porque eliminaram 4kg em 1 mês. O que para os parâmetros dos meus pacientes considero um ótimo resultado. Ou seja, é preciso ter pé no chão e entender que obstáculos existem no processo. Não é porque aos 20 anos você perdia 8kg em 1 mês que aos 50 o resultado será semelhante.
Dificuldades emocionais
Muitas pessoas usam a comida como uma forma de lidar com vazios emocionais, situações de frustração, estresse, tristeza ou tédio. É importante abordar essas questões emocionais para ajudar o paciente a encontrar outras estratégias e evitar o uso da comida como uma solução. A psicoterapia tem um lugar de destaque para os pacientes com "fome emocional". Sempre que possível solicito para os meus pacientes que façam acompanhamento com psicólogo, entretanto muitos ainda possuem preconceito.
Falta de apoio social
A falta de apoio social pode tornar difícil para o paciente manter a motivação e a adesão ao plano alimentar. É importante encorajar o paciente a buscar apoio de amigos e familiares, ou até mesmo considerar a participação em grupos de apoio a pessoas que buscam emagrecer. Cônjuge não colaborador infelizmente existe!
Questões físicas e médicas
Algumas pessoas podem ter problemas de saúde subjacentes (comorbidades) que tornam a perda de peso mais difícil. É importante avaliar e tratar essas comorbidades para ajudar o paciente a alcançar seus objetivos de emagrecimento.
Autor: Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 / CRM-SC 32949 - RQE 22416
Revisores:
Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física
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