É comum os pacientes e leitores aqui do blog me perguntarem a diferença entre Fadiga e Síndrome da Fadiga crônica (SFC ou doença de intolerância ao esforço sistêmico - DIES). Como tem texto sobre ambos os temas aqui, postarei abaixo os links mas antes deixarei alguns ensinamentos.
Fadiga é um sintoma. SFC é um conjunto de sinais e sintomas que tem como peça central o sintoma fadiga, combinado com mal-estar após esforço e sensação de sono não reparador. Toda Síndrome da fadiga crônica (DIES) tem fadiga no seu quadro clínico, mas nem toda fadiga se encaixa na Síndrome da fadiga crônica.
Na maioria dos casos, o diagnóstico de síndrome de fadiga crônica é um diagnóstico de exclusão, no qual a fadiga persiste por pelo menos 6 meses e de acordo com a Academia Nacional de Medicina, o diagnóstico de SFC requer a presença dos 3 sintomas abaixo e a intensidade dos sintomas deve ser moderada ou grave por pelo menos 50% do tempo:
- Fadiga: diminuição ou prejuízo perceptível na capacidade de um paciente de se envolver em atividades que desfrutava antes do início da doença, com esse prejuízo continuando por mais de 6 meses e associado a fadiga grave de início recente, não relacionada ao esforço e não aliviado pelo repouso.
- Mal-estar pós-esforço (PEM): Os pacientes apresentam piora dos sintomas e função após exposição a estressores físicos ou cognitivos que foram previamente bem tolerados.
- Sono não reparador: Os pacientes se sentem tão cansados após uma noite de sono.
O cumprimento do critério para o diagnóstico requer todos os 3 sintomas acima, juntamente com um dos sintomas abaixo:
- Comprometimento cognitivo - Problemas com o pensamento ou função executiva, agravados por esforço, esforço ou estresse ou pressão do tempo.
- Intolerância ortostática - Agravamento dos sintomas ao assumir e manter a postura ereta. Os sintomas são melhorados, embora não necessariamente eliminados, deitando-se ou elevando os pés.