quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Pesquisa conclui que o consumo de brócolis combate inflamações respiratórias
Publicada na edição de março da revista Clinical Immunology, a pesquisa mostra que sulforaphane, um produto químico no brócolis, desencadeia um aumento de enzimas antioxidantes nas vias respiratórias humanas, oferecendo proteção contra o ataque dos radicais livres que respiramos diariamente com o ar poluído , pólen, escape de diesel e fumo do tabaco.
“Este é um dos primeiros estudos mostrando que brócolis, amplamente disponível como fonte alimentar , ofereceu potentes efeitos biológicos para estimular uma resposta antioxidante em seres humanos”, disse o Dr. Marc Riedl, pesquisador líder do estudo e professor assistente de Imunologia Clínica e Alergia na David Geffen School of Medicine, da UCLA.
“Encontramos de duas a três vezes mais enzimas antioxidantes nas celular da via aérea nasal nos participantes do estudo, que tinham comido uma preparação de brócolis”, diz Riedl. “Essa estratégia pode oferecer proteção contra processos inflamatórios e poderia conduzir a potenciais tratamentos para uma variedade de condições respiratórias.”
A equipe trabalhou com 65 voluntários, que foram dadas diferentes doses orais de alfafa ou brócolis. Brócolis é a mais rica fonte natural de sulforaphane e a alfafa, que não contêm o composto, serviu como um placebo.
Lavagens de fossas nasais foram coletadas no início e no final do estudo para avaliar a expressão gênica de enzimas antioxidantes em células das vias aéreas superiores. Os investigadores encontraram um aumento significativo das enzimas antioxidantes nos que consumiram brócolis, em doses de 100 gramas ou mais, em comparação com o grupo placebo.
A dose máxima de 200 gramas gerou um aumento de 101% de uma enzima antioxidante chamada GSTP1 e um aumento de 199% outra enzima chamada NQO1.
“Uma grande vantagem do sulforaphane é que ele parece aumentar uma ampla gama de enzimas antioxidantes, compostos que podem ajudar a sua eficácia em bloquear os efeitos nocivos da poluição do ar”, disse Riedl.
Segundo os autores, não foram identificados efeitos colaterais graves nos participantes do estudo, demonstrando que esta pode ser uma forma eficaz, segura de estratégia de estimula antioxidante, para ajudar a reduzir o impacto inflamatórias dos radicais livres.
O estudo não permite identificar uma posologia específica mas, ainda assim, os pesquisadores destacam a recomendação do consumo diário de crucíferos, incluindo brócolis e outros vegetais, como parte de uma dieta saudável.
O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health, pelo National Institute of Environmental Health Sciences e pela U.S. Environmental Protection Agency (EPA).
O artigo “Oral sulforaphane increases Phase II antioxidant enzymes in the human upper airway“, publicado na revista Clinical Immunology, Volume 130, Issue 3, March 2009, Pages 244-251, apenas está disponível para assinantes.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2009/03/05/pesquisa-conclui-que-o-consumo-de-brocolis-combate-inflamacoes-respiratorias/
Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
Confira os benefícios dos alimentos que compõem a ceia de Natal e Ano Novo...
Conheça alguns alimentos da ceia que além de serem tradição são saudáveis e ricos em propriedades antioxidantes.
Romã: rico em antioxidantes contribui para o controle do mau colesterol, além disso, seu consumo diário ajuda a combater a formação de coágulos sanguíneos, responsáveis pelos enfartes. Reduz a inflamação das articulações (artrite, reumatismo); ajuda no alívio de diarreias; ajuda a aliviar sinais de cansaço e atrasa o aparecimento dos sinais de envelhecimento.
Nozes: contêm duas vezes mais antioxidantes do que castanhas, amêndoas, amendoins, pistaches, avelãs, castanhas-do-pará e castanhas de caju. Além disso, os antioxidantes presentes nas nozes têm maior qualidade e potência do que os dos outros frutos secos. Esses antioxidantes são entre duas a 15 vezes mais poderosos do que os da vitamina E. Os antioxidantes impedem reações químicas que ocasionam mudanças na estrutura molecular das células do corpo. O consumo regular pode reduzir o risco de doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, diabetes tipo 2 e outros problemas de saúde. As porções dessas frutas consumidas devem ser pequenas, sete ao dia são o suficiente para obter os benefícios necessários.
Lentilha: Uma pena ser apenas lembrada nas festividades de final de ano. Ela ajuda a reduzir e a prevenir o colesterol elevado e controla o diabetes. O alto teor de ferro, vitaminas do complexo B e fibras, contribuem para o bom funcionamento do intestino.
Uva: Contém vitamina C e vitaminas do complexo B, mas o grande benefício da uva é ser rica em resveratrol, que está contido na sua casca, responsável pela melhoria da saúde cardíaca, prevenindo para vários tipos de câncer e aumenta a longevidade. Além disso, é diurética e laxante.
Ameixa: Outra fruta que faz parte da ceia tanto no Natal como no ano novo é a ameixa. Esta fruta tem poucas calorias e é uma boa fonte de fibras importantes para a dieta, como a celulose e a pectina. Melhora o trânsito intestinal e melhora a digestão. Outra de suas riquezas são as vitaminas A, E, e C, cálcio, potássio, ferro e magnésio. Por tudo isso vale a pena consumi-la na ceia e sempre.
Um Natal com muita saúde para todos!!!
Autora: Dra. Cristiane Spricigo
Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/12/confira-os-beneficios-dos-alimentos-que.html
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Veja os alimentos que podem minimizar os efeitos dos poluentes no organsimo
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Chocolate pode conter mais antioxidantes que suco de frutas, diz pesquisa
No estudo, pesquisadores do Centro para Saúde e Nutrição da Hershey, uma companhia americana fabricante de chocolates, analisaram e compararam a capacidade antioxidante, o conteúdo total de polifenóis e o conteúdo total de flavonoides de sucos e pós de frutas, cacau em pó natural, chocolate amargo (com maior porcentagem de cacau do que o chocolate ao leite) e um pó industrializado para fazer chocolate quente.
As frutas incluídas no estudo foram açaí, romã, oxicoco (cranberry) e mirtilo (blueberry), chamadas de “superfrutas” devido às suas capacidades antioxidantes.
Debra Miller, uma das líderes da pesquisa, afirmou que, com base no valor nutritivo verificado no estudo, "as sementes de cacau devem ser consideradas uma 'superfruta' e produtos derivados do extrato de semente de cacau, como pó de cacau e chocolate escuro, como 'superalimentos'".
A pesquisa foi divulgada na publicação especializada Chemistry Central Journal.
Chocolate quente
A análise demonstrou que a capacidade antioxidante do cacau em pó foi maior do que as dos pós de mirtilo, oxicoco e de romã, na comparação por grama.
Em relação ao chocolate amargo, a análise não mostrou uma capacidade antioxidante ou presença de polifenóis significativamente maior do que a do pó de romã, mas ela foi maior do que a de todos os outros pós testados.
Mas no chocolate amargo, como no caso do pó de cacau, a presença de flavonoides foi maior do que todos os pós de frutas e o achocolatado.
Na comparação com sucos de frutas, o chocolate amargo e bebidas feitas com o pó de cacau natural mostraram ter maior total de flavanoides. No total, o chocolate só perdeu em capacidade antioxidante e total de polifenois para o suco de romã.
Os cientistas também notaram que o achocolatado fabricado para fazer chocolate quente não tem tantos benefícios oxidantes.
O problema com esses pós é que eles passam por um processo de alcalinização para suavizar o sabor do cacau. Mas, neste processo, os compostos de polifenóis são destruídos.
"Os produtos feitos com cacau alcalinizado têm valores baixos de atividade antioxidante, conteúdo total de polifenóis e conteúdo total de flavonoides", afirma o estudo.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/02/110207_chocolate_superfruta_fn.shtml
Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Romã - Excelente fonte de antioxidantes
Esses radicais, se produzidos ou absorvidos em excesso, aumentam os riscos para doenças como hipertensão, cataratas, artrite e envelhecimento precoce.
Isso pode ocorrer principalmente quando há demasiada ingestão de bebidas alcoólicas, estresse intenso e muita exposição à poluição, ao tabaco e ao Sol, situações que danificam as células saudáveis.
De acordo com estudos da Universidade de Baroda, na Índia, o fruto tem três vezes mais capacidade antioxidante do que o vinho e o chá verde. Não é por acaso que os povos árabes acreditavam em suas propriedades para fins medicinais.
Compostos da romã
Agora, a Embrapa, juntamente com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está tentando desenvolver novas técnicas para o aproveitamento desses elementos da fruta.
O mercado para a romã no Brasil tem crescido consistentemente, o que tem ampliado as áreas cultivadas com o fruto.
A pesquisadora Regina Isabel Nogueira, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro), espera obter a antocianina e outros compostos bioativos concentrando-os e estabilizando-os por microencapsulação por um processo chamado spray drier.
Nesse processo, pequenas gotas de material líquido são recobertas com um fino filme protetor.
Os materiais microencapsulados (material ativo ou núcleo) são envoltos num material formador de filme (material de parede ou agente encapsulante) onde cápsulas extremamente pequenas podem liberar o conteúdo de forma controlada e sob condições específicas.
Trata-se de uma tecnologia inovadora que tem sido empregada com êxito na indústria de cosméticos, farmacêutica e alimentícia.
Óleo de romã
Também será estudado o óleo obtido por prensagem das sementes da fruta com o objetivo de caracterizar o perfil dos ácidos graxos e as propriedades que possam interessar à indústria de alimentos.
A pesquisadora ainda prevê a opção de cristalizar a casca da romã, expondo-a em contato com a calda de açúcar para reduzir em até 50% o teor de água. Com isto, a fruta aumenta seu tempo de conservação e diminui seu peso e volume, gerando economia no custo de transporte, além de adocicar seu sabor levemente ácido.
Este processo, por ser muito simples, poderá despertar o interesse de produtores como uma forma de apresentar a fruta para consumo de forma semelhante à encontrada hoje por meio do gengibre cristalizado.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=antioxidantes-roma&id=6163
Obs: 2011 mal começou e a Pubmed está cheia de artigos sobre A Romã http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=pomegranate
Obs2: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Castanhas: comparação entre elas
**Adaptado da Tabela de Composição dos Alimentos da Unifesp. (Clique para ampliar) |
Fontes:
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Conhecendo as Sementes de Chia!
A semente de chia é a nova “comprovação” da ciência em termos de alimento saudável. Por essa razão ela vem aparecendo em várias reportagens e blogs sobre alimentação, como por exemplo, na sessão Prato Saudável da revista Boa Forma de outubro de 2011. Os principais benefícios já relatados são, principalmente, sobre as sementes da planta Salvia Hispanica ou chia, como está sendo mais chamada.
A Salvia Hispânica é uma planta originária da região andina do México e da Guatemala, com sementes ovais e pequenas de coloração variada (preta, marrom escura, branca ou cinza). Reza a lenda que os guerreiros maias consumiam apenas um punhado de suas sementes e guerreavam por 2 dias – por essa razão o nome chia, que significa força. Eles valorizavam tanto essas sementes que a utilizavam também como moeda.
Lendas à parte, os estudos de composição demonstraram que a semente parece ser uma boa fonte de ômega 3, antioxidantes, fibras e aminoácidos. Segundo a literatura, a composição varia de acordo com a origem da semente. Por exemplo, o teor proteico e a concentração de ômega 3 é maior nas sementes que crescem em regiões mais secas.
O perfil de aminoácidos (Isoleucina, Leucina, Valina, Lisina, Metionina, Fenilalanina, Treonina, Triptofano) da semente de chia permite que ela seja uma boa opção como fonte proteica.
Outra vantagem da semente é sua atuação no estômago, parecido com as mucilagens, que promove uma conversão mais lenta de carboidratos em açúcar, podendo ser, dessa forma, utilizado no auxílio do controle da glicemia sanguínea. Um estudo canadense1 evidenciou um auxílio na manutenção de um bom controle glicêmico e lipídico em pacientes portadores de diabetes tipo 2, previamente compensados.
Já um estudo feito em ratos mostrou que animais submetidos à dieta rica em sucrose, porém recebendo semente de chia, não desenvolveram hiperlipidemia nem resistência insulínica, mas os níveis glicêmicos não se alteraram. Os autores acreditam que isso seja decorrente da presença de ácido linolênico.
Por apresentar uma boa concentração de ácido linolênico, consiste em uma ótima fonte vegetal de ômega 3. Apresenta ainda os seguintes ácidos graxos: alfa-linoleico, oleico, esteárico, palmítico. Na literatura há estudos evidenciando que a suplementação de 3,7 a 4 gramas/dia reduziu a pressão arterial sistólica, níveis de PCR ultra-sensível e fator de Von Willebrand, além de elevar os níveis plasmáticos de EPA.
Por ser uma das principais fontes vegetais de ômega 3, torna-se um alimento auxiliar no tratamento de pacientes portadores de alergias, dislipidemias, insuficiência coronariana, risco cardiovascular elevado, diabetes tipo 2, situações em que há presença de resistência insulínica e/ou distúrbios endócrinos. Entretanto, não há estudos científicos mostrando resultados em obesidade.
A presença de alguns antioxidantes (ácido clorogênico, ácido cafeico, miricetina, quercetina e flavonoides) torna a semente de chia um alimento com potencial anti-inflamatório, podendo ser utilizado em situações caracterizadas pela inflamação crônica. Estudos epidemiológicos indicam que um consumo adequado de flavonoides pode atuar positivamente na prevenção de algumas doenças, como as cardiovasculares, embolia, câncer de pulmão e de estômago.
Com relação à sua estabilidade, a oxidação na chia é de mínima a nula, mantém um grande potencial dentro da indústria alimentícia, comparada com outras fontes de ácido graxo alfa-linolênico, como a linhaça, que mostra uma decomposição rápida devido à ausência de antioxidantes próprios da semente.
Além do perfil de ácidos graxos, a chia possui boa concentração de minerais (potássio, cálcio, ferro, magnésio e fósforo), além de vitaminas (vitamina A, tiamina, riboflavina, nianica, cobalamina, ácido ascórbico e alfa-tocoferol).
Diante de todas essas vantagens, esse alimento pode ser visto como mais um coadjuvante na busca pela saúde e não como redentor e único responsável por um bom estado de saúde. Afinal, saúde é um estado dependente de vários fatores.
*Texto elaborado pela Dra Carol Morais, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.
quinta-feira, 21 de maio de 2015
Radicais livres: será que devemos combatê-los ? por Prof. Guilherme Artioli
O problema é que a reação entre um radical livre e uma molécula qualquer pode modificar a estrutura e a função dessa molécula. A consequência? Perdas funcionais.
Mas será que precisamos deliberadamente tomar medidas para combatê-los? As espécies reativas de oxigênio são produtos naturais dos processos oxidativos que ocorrem em nossas células, nas mitocôndrias. Portanto, produzir energia implica em produzir radicais livres, e não há como evitar tal produção. Uma vez que os músculos produzem muita e são dotados de muitas mitocôndrias, eles acabam sendo um dos principais locais de produção das EROs.
O problema é que, dentro das mitocôndrias, existe muito DNA, que pode sofrer danos. Outro problema é que as mitocôndrias se renovam e, para tanto, precisam copiar o material genético (DNA) das mitocôndrias já existentes. Se o DNA já estiver danificado, a cópia conterá os danos anteriores, os que se somarão aos novos danos. O resultado desse acúmulo de danos ao DNA ao longo do tempo é a diminuição da função da mitocôndria.
Em outras palavras, ao longo do tempo (leia-se envelhecimento), ocorre um acúmulo de danos ao DNA mitocondrial, os quais resultam em diminuição da capacidade de produzir energia. Essa é a base da teoria do envelhecimento mitocondrial e, não ao acaso, ao envelhecer, perde-se progressivamente sua capacidade de produzir energia e de realizar exercícios que dependem do metabolismo aeróbio.
Por esse mesmo motivo, o combate aos radicais livres promete efeitos “antienvelhecimento”. Mas já iremos abordar essa questão em mais detalhes. Em outros tecidos, eles também podem ter efeitos deletérios -cerca de 50 doenças já foram associadas a algum tipo de desequilíbrio entre produção de radicais livres.
Amanhã discutiremos a relevância para o exercício e se a suplementação pode ou não trazer benefício.
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Continuando o post de ontem - Embora os radicais livres (RL) e EROs tenham sim papel em diversas doenças e no envelhecimento, é importante fazermos uma distinção entre produção fisiológica de radicais livres e estresse oxidativo.
Nosso organismo é dotado de diversos sistemas de defesa contra os danos provocados pelos RL, e eles funcionam muito bem quando estão em equilíbrio. Mais ainda, os RLs atuam como desencadeadores de efeitos benéficos, especialmente no contexto do exercício físico.
Estudos mostram que o exercício aumenta a produção de RLs, mas que aumentam também as defesas antioxidantes naturais, de tal forma que o equilíbrio se mantém. Mostram ainda que os RLs SÃO NECESSÁRIOS PARA QUE O ORGANISMO SE ADAPTE AO EXERCÍCIO.
Ao combater artificialmente os RLs, combatemos adaptações que são benéficas. É como se o tiro saísse pela culatra. Em um outra situação bastante diferente, existe o estresse oxidativo.
Nesses casos, a produção de RLs excede em muito a capacidade do organismos de neutralizá-los. Isso pode acontecer em doenças que resultam em perda das defesas antioxidantes ou em aumento da produção de RLs.
Outra situação comum é quando há excesso de exercício físico, especialmente o aeróbio intenso de longa duração (duas horas, ou mais). Embora volumes de treino assim elevados sejam raros, atletas de longa duração estão muito sujeitos aos danos causados pelo estresse oxidativo.
Como sempre dizemos: esporte de alto-nível está longe de ser saudável. Mas para o indivíduo comum, que simplesmente vai à academia e pratica seus treinos aeróbios 2-4 vezes na semana, os RLs são mais benéficos do que maléficos e, logo, não há porque combatê-los.
Para quem não se sujeita às rotinas de treino de atletas de competição, a literatura é bastante clara: NÃO EXISTEM BENEFÍCIOS COM A SUPLEMENTAÇÃO DE ANTIOXIDANTES (vitaminas A, C e E e coenzima Q10, entre outros). Ao contrário, ela pode até atrapalhar as adaptações ao exercício.
Para quem é atleta, apesar do estresse oxidativo ser uma preocupação legítima, o uso de suplementos também não parece ser muito efetivo. É o que mostram diferentes estudos. Prof. Guilherme Artioli
domingo, 21 de agosto de 2022
Tomar café diminui em até 30% o risco de morte, sugere estudo
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Sementes de chia
A semente de chia é a nova “comprovação” da ciência em termos de alimento saudável. Por essa razão ela vem aparecendo em várias reportagens e blogs sobre alimentação, como por exemplo, na sessão Prato Saudável da revista Boa Forma de outubro de 2011. Os principais benefícios já relatados são, principalmente, sobre as sementes da planta Salvia Hispanica ou chia, como está sendo mais chamada.
A Salvia Hispânica é uma planta originária da região andina do México e da Guatemala, com sementes ovais e pequenas de coloração variada (preta, marrom escura, branca ou cinza). Reza a lenda que os guerreiros maias consumiam apenas um punhado de suas sementes e guerreavam por 2 dias – por essa razão o nome chia, que significa força. Eles valorizavam tanto essas sementes que a utilizavam também como moeda.
Lendas à parte, os estudos de composição demonstraram que a semente parece ser uma boa fonte de ômega 3, antioxidantes, fibras e aminoácidos. Segundo a literatura, a composição varia de acordo com a origem da semente. Por exemplo, o teor proteico e a concentração de ômega 3 é maior nas sementes que crescem em regiões mais secas.
O perfil de aminoácidos (Isoleucina, Leucina, Valina, Lisina, Metionina, Fenilalanina, Treonina, Triptofano) da semente de chia permite que ela seja uma boa opção como fonte proteica.
Outra vantagem da semente é sua atuação no estômago, parecido com as mucilagens, que promove uma conversão mais lenta de carboidratos em açúcar, podendo ser, dessa forma, utilizado no auxílio do controle da glicemia sanguínea. Um estudo canadense1 evidenciou um auxílio na manutenção de um bom controle glicêmico e lipídico em pacientes portadores de diabetes tipo 2, previamente compensados.
Já um estudo feito em ratos mostrou que animais submetidos à dieta rica em sucrose, porém recebendo semente de chia, não desenvolveram hiperlipidemia nem resistência insulínica, mas os níveis glicêmicos não se alteraram. Os autores acreditam que isso seja decorrente da presença de ácido linolênico.
Por apresentar uma boa concentração de ácido linolênico, consiste em uma ótima fonte vegetal de ômega 3. Apresenta ainda os seguintes ácidos graxos: alfa-linoleico, oleico, esteárico, palmítico. Na literatura há estudos evidenciando que a suplementação de 3,7 a 4 gramas/dia reduziu a pressão arterial sistólica, níveis de PCR ultra-sensível e fator de Von Willebrand, além de elevar os níveis plasmáticos de EPA.
Por ser uma das principais fontes vegetais de ômega 3, torna-se um alimento auxiliar no tratamento de pacientes portadores de alergias, dislipidemias, insuficiência coronariana, risco cardiovascular elevado, diabetes tipo 2, situações em que há presença de resistência insulínica e/ou distúrbios endócrinos. Entretanto, não há estudos científicos mostrando resultados em obesidade.
A presença de alguns antioxidantes (ácido clorogênico, ácido cafeico, miricetina, quercetina e flavonoides) torna a semente de chia um alimento com potencial anti-inflamatório, podendo ser utilizado em situações caracterizadas pela inflamação crônica. Estudos epidemiológicos indicam que um consumo adequado de flavonoides pode atuar positivamente na prevenção de algumas doenças, como as cardiovasculares, embolia, câncer de pulmão e de estômago.
Com relação à sua estabilidade, a oxidação na chia é de mínima a nula, mantém um grande potencial dentro da indústria alimentícia, comparada com outras fontes de ácido graxo alfa-linolênico, como a linhaça, que mostra uma decomposição rápida devido à ausência de antioxidantes próprios da semente.
Além do perfil de ácidos graxos, a chia possui boa concentração de minerais (potássio, cálcio, ferro, magnésio e fósforo), além de vitaminas (vitamina A, tiamina, riboflavina, nianica, cobalamina, ácido ascórbico e alfa-tocoferol).
Diante de todas essas vantagens, esse alimento pode ser visto como mais um coadjuvante na busca pela saúde e não como redentor e único responsável por um bom estado de saúde. Afinal, saúde é um estado dependente de vários fatores.
*Texto elaborado pela Dra Carol Morais, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.
Onde encontrar em Goiânia:
- Armazém Saúde. Rua 12 c/ Av. Portugal Nº 280 Qd. K6 - Setor Oeste, - Goiânia – GO. Fone: 62-3541-6016
- Farmácia Verde shop. Av Rio Verde (em frente ao Buriti Shopping) - Parque Amazonas. Fone: 62-3548-2600
domingo, 2 de setembro de 2012
Vitamina C protege pulmão da poluição, diz estudo britânico
Uma dieta rica em antioxidantes ajuda a proteger o pulmão da poluição do ar, indica um novo estudo britânico.
Pesquisadores do Imperial College London, no Reino Unido, verificaram que os hospitais da capital recebem mais pacientes de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (síndrome que engloba bronquite crônica e enfisema) durante os dias em que há maior concentração de partículas suspensas no ar.
Mas quando as pessoas tinham altos níveis de vitamina C no sangue, elas foram menos vezes aos postos durante os dias poluídos e secos, afirma o texto publicado no journal Epidemiology e feito com 209 pessoas atendidas pelo sistema de saúde de Londres.
O grupo testou a relação da baixa internação hospitalar com outros antioxidantes, mas não teve bons resultados. Eles descobriram poucos indícios entre as taxas de ácido úrico e vitamina E (presente em cereais e castanhas) e nenhuma relação nos pacientes internados com a presença de vitamina A (achada na gema do ovo, no leite e seus derivados e no fígado).
A descoberta do grupo dá uma “pequena, mas importante evidência sobre os efeitos da poluição podem ser modificados por antioxidantes”, afirma Michael Brauer, pesquisador de saúde ambiental da UniversidadeBritish Columbia, no Canadá.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2012/08/21/vitamina-c-protege-pulmao-da-poluicao.htm
Dicas do Dr. Frederico Lobo e da Nutricionista Isis Moreira:
- Não adianta consumir em uma única dose mais que 250mg de Vitamina C. Você perderá o restante na urina.
- Nunca um suplemento de Vitamina C substituirá a vitamina C natural dos alimentos, por um simples motivo: no alimento existe o que chamamos de complexo C, que consiste em uma sinergia de compostos que melhoram a biodisponibilidade da Vitamina C, como por exemplo: quercetina, hesperidina e outros bioflavonóides.
- Se quer ter os benefícios da Vitamina C, uma dica que damos pros nossos pacientes da Clínica de Ecologia Médica: suplementação natural de acerola => pegue acerola, bata com um pouco de água e congele na forma de cubinhos de gelo (formas pequenas). Use 1 cubinho de 4 a 6 vezes ao dia. Aí sim, a vitamina C irá ser aproveitada.
- Existe um estudo interessante, feito no Brasil, pra comparar o teor de vitamina C na acerola em suas várias formas. Os teores de vitamina C das acerolas congeladas in natura, da polpa pasteurizada congelada e do suco pasteurizado em garrafa, determinado no início do experimento, foram de 1.511±56, 1.360±26 e 988±50 mg vit.C/100g amostra, respectivamente, caracterizando a acerola como uma ótima fonte desta vitamina, mesmo após sofrer processamento térmico. Para se ter uma idéia, 100gramas de acerola in natura fresca, possui 2800mg de vitamina C. Link pro estudo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612003000100019
domingo, 3 de janeiro de 2016
A importância do mineral cobre
Benefícios comprovados do cobre
Deficiência de cobre
Interações com o cobre
Fontes de cobre
Fonte | mg/100g |
Cacau em pó | 4,40 mg |
Farinha de Soja | 2,88 mg |
Açúcar mascavo | 2,41 mg |
Lentilha | 1,31 mg |
Chocolate | 1,21 mg |
Amendoim torrado | 1,10 mg |
Aveia | 1,00 mg |
Amêndoa | 1,00 mg |
Brócolis | 0,84 mg |
Castanha-do-pará | 0,66 mg |
Cogumelo | 0,65 mg |
Carne bovina | 0,65 mg |
Amendoim cru | 0,62 mg |
Pão de centeio | 0,61 mg |
Arroz | 0,58 mg |
Ervilha verde | 0,57 mg |
Caranguejo | 0,57 mg |
Ovo de galinha, gema | 0,57 mg |
Rabanete | 0,50 mg |
Favas | 0,50 mg |
Cevada | 0,50 mg |
Alcachofra | 0,50 mg |
Quantidade recomendada de cobre
Idade | Homens (mcg/dia) | Mulheres (mcg/dia) |
0 - 6 meses | 200 | 200 |
7-12 meses | 220 | 220 |
1- 3 anos | 340 | 340 |
4 - 8 anos | 440 | 440 |
9 -13 anos | 700 | 700 |
14 -18 anos | 890 | 890 |
19 anos ou mais | 900 | 900 |
Gravidez | - | 1000 |
Lactação | - | 1300 |
O uso do suplemento de cobre
Riscos do consumo em excesso
Máximo de Ingestão Tolerável (UL) para cobre
Idade | UL (mcg/dia) |
0 -12 meses | Não estabelecido |
1-3 anos | 1000 |
4 - 8 anos | 3000 |
9 - 13 anos | 5000 |
14 - 18 anos | 8000 |
Acima de 19 anos | 10000 |
Receitas ricas em cobre
Fontes consultadas:
Nutróloga Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)
domingo, 29 de agosto de 2021
Dieta antiinflamatória na artrite reumatoide (ADIRA)
quinta-feira, 25 de abril de 2024
Salada 13: Salada de pequi ao molho de mostarda com mel
Hoje faremos uma salada de pequi com molho de mostarda. Pequi? Sim, um ingrediente bastante polêmico. Uns amam, outros odeiam. Se você do #TeamPequi experimente fazer essa salada. Mas antes eu te darei alguns motivos para comer o ouro do cerrado.
1º motivo: Porque pequi é daqui! Parece só um trocadilho bobo, mas não é. Quando levamos em conta uma alimentação saudável, falamos também de comida regional e típica. Ela carrega quantitativo de nutrientes, memórias e identidade cultural. Tem o pequi de Minas? Tem. Tem o do Tocantins? Tem. Tem o do Mato Grosso? Tem. Mas nenhum é igual o de Goiás. Pequi é nosso patrimônio cultura/culinário e pensando nisso (eu acho) a EMBRAPA cerrados conseguiu criar um Pequi sem espinhos ou pequi nutella como alguns denominam.
2º motivo: A polpa possui altíssimo teor de gordura (então lembre-se ele é calórico), com o predomínio dos ácidos graxos monoinsaturados, as tais gorduras “boas” (ácidos graxos oleico - 55,8% e palmítico - 35,1%). Na semente ou amêndoa (que é uma delícia também), há gordura, proteína, zinco. http://periodicos.ufc.br/eu/article/view/89525#:~:text=Em%20rela%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A0s%20suas%20caracter%C3%ADsticas,%C3%B3leos%20e%205%25%20de%20cinzas.
3º motivo: O teor de fibra alimentar bruta contida na polpa do pequi é considerado alto, aproximadamente de 19g em 100g.
4º motivo: Análises minerais da polpa revelam grandes quantidades de niacina, riboflavina, magnésio, potássio, cálcio, zinco, além dos carotenóides.
5º motivo: Possui diversas substâncias com propriedades antioxidantes: compostos fenólicos e carotenóides totais, associados ao combate de radicais livres. O pequi é riquíssimo em carotenos (precursores de vitamina A). O estudo da UFG evidenciou a presença de zeaxantina, luteína, criptoflavina, anteroxantina, mutatoxantina, luteolina,
6º motivo: Seus componentes (antioxidantes) fazem com que o consumo do fruto auxilie no combate aos radicais livres. Inclusive tanto a UNB quando a UFG fazem pesquisa com a polpa/casca/óleo de pequi. Um estudo realizado pela UFG evidenciou que a suplementação (por 14 dias) com óleo de polpa de pequi (C. brasiliense) em corredores promoveu melhora do perfil lipídico, da pressão arterial sistólica/diastólica, redução da pressão arterial induzida pelo exercício e da inflamação oriunda do exercício (corrida). Há dezenas de estudos em animais e in vitro promissores, demonstrando efeitos antioxidantes, antiinflamatórios, cardioprotetores, hepatoprotetores, antigenotóxicos e anticarcinogênicos.
7º motivo: Dá pra comer pequi refogado, com arroz, com frango, com milho, na empadinha da lanchonete, na pamonha e até mesmo no chocolate . O sabor e o aroma marcante do fruto possibilita uma infinidade de criações culinárias.
8º motivo: A amêndoa do pequi contém boa quantidade de óleo que por suas características químicas (ácidos insaturados), pode ser misturado ao mel de abelha e usado como expectorante ou mesmo na indústria cosmética para a produção de sabonetes e cremes para a pele.
9º motivo: Aprender a cozinhar (pequi ou outras comidas regionais) também ajuda a desenvolver e partilhar habilidades culinárias. Seu consumo está profundamente enraizado na culinária do centro-oeste, Tocantins, norte de Minas gerais. Regiões com cerrado. É utilizado em uma variedade de pratos típicos, como o arroz com pequi, frango com pequi, galinhada e outros, sendo um ingrediente essencial para dar sabor e aroma característicos a essas preparações. Sendo assim, está associado à identidade cultural e regional das comunidades do cerrado brasileiro. Ele é valorizado como um símbolo da biodiversidade e da riqueza natural dessas regiões, destacando a importância da preservação e valorização do ecossistema do cerrado. O cultivo, extrativismo racional e a comercialização do pequi representam uma importante atividade econômica para o cerrado. Promovendo geração de renda e o sustento de agricultores familiares e pequenos produtores, fortalecendo a economia local e incentivando a permanência das pessoas no campo.
10º motivo: Patrimônio cultural imaterial: O pequi e as práticas associadas ao seu consumo, como a preparação de pratos tradicionais, são reconhecidos como parte do patrimônio cultural imaterial do Brasil. O consumo e a valorização do pequi contribuem para preservar e transmitir essas tradições às gerações futuras, enriquecendo a diversidade cultural do país.
Por último: Pequi é ótimo pra memória. É ou não ? Piada interna dos goianos, afinal, uma vez que você consome uma boa quantidade de pequi, fica arrotando o gosto por quase 1 dia, lembrando que consumiu. Ou seja, ajuda a memorizar que comeu pequi.
Bora comer salada?
Introdução à salada:
https://www.ecologiamedica.net/2022/01/boracomersalada.html
Princípios básicos da salada:
https://www.ecologiamedica.net/2022/01/boracomersalada-post-1-principios.html
Salada 1: Berinjela com castanha do Pará (ou castanha do Brasil), uva-passa e hortelã:
Salada 2: Salada de inverno de abacate com frango cítrico:
http://www.ecologiamedica.net/2022/06/salada-2-salada-de-inverno-de-abacate.html?m=0
Salada 3: Salada de inverno de rucula:
https://www.ecologiamedica.net/2022/06/salada-3-salada-de-inverno-de-rucula.html
Salada 4: Salada com legumes assados:
https://www.ecologiamedica.net/2022/07/salada-4-salada-de-legumes-assados.html
Salada 5: Salada de Picles de pepino com molho de alho:
https://www.ecologiamedica.net/2023/04/salada-5-salada-de-picles-de-pepino-com.html
Salada 6: Salada vegana de lentilha crocante:
https://www.ecologiamedica.net/2023/07/salada-6-salada-vegana-de-lentilha.html
Salada 7: Salada cítrica de grão de bico:
https://www.ecologiamedica.net/2023/07/salada-7-salada-de-grao-de-bico-citrica.html
Salada 8: Salada de frango com molho pesto de abacate:
https://www.ecologiamedica.net/2023/08/salada-8-salada-de-frango-com-molho-de.html
Salada 9: Salada de berinjela com passas e amêndoas:
https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-9-salada-de-berinjela-com-passas.html?m=0
Salada 10: Salada com molho homus
https://www.ecologiamedica.net/2023/11/salada-10-salada-com-molho-homus.html
Salada 11: Salada de atum crocante:
https://www.ecologiamedica.net/2023/12/salada-11-salada-crocante-de-atum.html
Salada 12: Trigo cozido com especiarias
https://www.ecologiamedica.net/2024/02/salada-12-trigo-cozido-com-especiarias.html