segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023
[Conteúdo exclusivo para médicos e nutricionistas] - Nova pesquisa sobre o metabolismo humano subverte a sabedoria convencional sobre como queimamos calorias
terça-feira, 10 de janeiro de 2023
Módulo 3 do Curso de Nutrologia para acadêmicos de medicina
No próximo final de semana teremos o Módulo 3 do Curso de Nutrologia para acadêmicos de medicina. Darei aula com duas grandes amigas.
Na sexta a Professora e Dra. Simone Silvestre, preceptora da especialização de Nutrologia do Hospital Felício Rocho (BH-MG) falará sobre triagem nutricional, risco nutricional e a fisiopatologia do paciente crítico.
Falarei das 09:00 às 11:00 sobre Deficiências nutricionais: sinais e sintomas de macronutrientes, vitaminas e minerais.
No Sábado a tarde, será a vez da minha afilhada, Dra. Edite Melo Magalhães, especialista em Clínica Médica. Ela falará sobre Comunicação médica, técnicas para melhor acolhimento.
Sobre o curso
Partindo do pressuposto que a grande maioria das faculdades não ensinam praticamente nada sobre Nutrologia e que o conhecimento sobre a especialidade transforma vidas, muda desfechos, previne doenças, nós, membros do MNB resolvemos criar o primeiro curso de Nutrologia para acadêmicos de medicina. O objetivo do curso é preencher essa lacuna da graduação. Sendo assim, em reunião com da diretoria do MNB, decidimos que:
- O responsável técnico (RT) pelo curso serei eu, Dr. Frederico Lobo (CRM-SC 32949, RQE 22416 e CRM-GO 13192, RQE 11915)
- O curso terá sempre duração de dois anos de duração
- O público alvo serão os acadêmicos de todo o país, do 5º ao 10º período
- Sempre será 100% gratuito e 100% online, para facilitar ao acesso dos acadêmicos de forma democrática e abrangendo todo território nacional. Apesar do curso ser gratuito, estimulamos os alunos a fazerem doações de leite integral para o Grupo Filantrópico Filhos do Sr. ou para a Sociedade Eis me aqui.
- Terá 500 vagas (400 para acadêmicos e 100 para membros do MNB)
- O certificado será emitido pelo movimento Nutrologia Brasil para aqueles que tiverem 75% de presença em todas as aulas e permanecendo 75% do tempo dentro da sala do google meet.
- As aulas serão 100% on-line, ao vivo, via google meet e não ficarão gravadas.
- Após realizar a inscrição, o aluno interessado deverá enviar cópia da declaração de matrícula no semestre vigente para menutrologia@gmail.com (a inscrição não é efetivada se o aluno não enviar o comprovante de matrícula)
quinta-feira, 5 de janeiro de 2023
[Conteúdo exclusivo para médicos] Azeite de oliva e risco cardiovascular: o que o médico precisa saber?
terça-feira, 29 de novembro de 2022
O ciclo circadiano do recém-nascido e o aleitamento materno
- O triptofano, guanosina, uridina e melatonina presentes no leite humano durante a noite melhoraram o sono infantil e ajudaram a consolidar seu ciclo sono/vigília;
- A vitamina B12 pode melhorar o sono em crianças;
- Existem substâncias cronobióticas no leite que contribuem para o estabelecimento do ciclo sono-vigília do lactente;
- Os bebês amamentados exclusivamente tiveram melhores parâmetros de sono em comparação com bebês alimentados com fórmula;
- Os bebês com 2 meses de idade que foram amamentados, em contraste com bebês alimentados com fórmula, tiveram uma frequência significativamente menor de ataques de cólica e gravidade dos ataques de irritabilidade, o que foi associado ao consumo noturno de melatonina através do leite;
- Os ritmos circadianos são importantes para o bem-estar dos lactentes e afeta severamente a sobrevida;
- Os bebês que foram expostos à variação da condição claro/escuro e alimentados com leite materno apresentaram maior ganho de peso, melhor saturação de oxigênio, desenvolveram mais rapidamente um ritmo de melatonina e menor tempo de internação.
domingo, 27 de novembro de 2022
Sintomas de anemia: como a alimentação pode ajudar?
- Anemia ferropriva: causada por perda de sangue ou falta de ferro na dieta.
- Anemia megaloblástica: causada por baixa ingestão ou dificuldade de absorção de vitamina B12 ou ácido fólico.
- Anemia falciforme: distúrbio hereditário em que os glóbulos vermelhos assumem o formato de foice, podendo obstruir o fluxo sanguíneo.
- Anemia hemolítica: quando o corpo destrói os glóbulos vermelhos mais rápido do que os produz.
- Anemia por doenças crônicas: surge como resultado de câncer, HIV/AIDS, doença de Crohn e outras condições crônicas que interferem na produção de glóbulos vermelhos.
- Anemia aplástica: incapacidade da medula óssea de produzir glóbulos vermelhos.
- Fadiga
- Fraqueza (astenia)
- Falta de ar (dispneia)
- Frequência cardíaca aumentada
- Tontura
- Palpitações
- Dor de cabeça (cefaleias)
- Zumbidos
- Cãibras
- Falta de apetite
- Palidez da pele e mucosas (olhos, gengiva)
- Dificuldade de aprendizagem
- Queixas específicas também podem ocorrer em diferentes tipos de anemia. Na anemia megaloblástica, por exemplo, podem haver sintomas neurológicos, glossite (língua avermelhada) e parestesia (sensação de formigamento).
- Carnes brancas e vermelhas (fígado, coração, moela)
- Cereais, pães e farinhas fortificadas com ferro
- Vegetais folhosos verde-escuros (agrião, couve, taioba)
- Feijões e leguminosas (ervilha, lentilha, grão de bico)
- Tofu
- Nozes, sementes e oleaginosas (chia, amêndoas, etc)
- Frutas secas (uva passa, ameixa, tâmara, damasco)
- Chás
- Café
- Leite
- Queijos
- Sorvete
- Iogurte
- Pudim
- Chocolate e cacau
- Refrigerantes
- Vinho tinto
- Aveia
- Linhaça
- Nos chás e café, há presença de taninos e outros compostos fenólicos que se ligam ao ferro, diminuindo sua absorção. Por isso, recomenda-se o consumo 1 hora antes ou depois das refeições, para que não atrapalhe a absorção deste mineral.
- Hortaliças verde-escuras: espinafre, agrião, acelga, caruru, brócolis, cheiro verde, coentro, couve, taioba, pimentão.
- Farinhas fortificadas.
- Leguminosas: feijões, grão de bico, soja.
- Oleaginosas e sementes: amendoim, nozes, avelã, castanha de caju, semente de girassol.
- Frutas cítricas: abacaxi, acerola, caju, laranja, limão, morango, pêssego, romã, tangerina, uva, dentre outras.
- Além disso, deve-se atentar aos níveis de zinco deste paciente, uma vez que o baixo nível contribui para a diminuição da absorção intestinal do folato.
- Anaemia. Harvard Health Publishing. Harvard Medical School: https://www.health.harvard.edu/diseases-and-conditions/anemia
- Anaemia. World Health Organization: https://www.who.int/health-topics/anaemia#tab=tab_1
- Anemia. Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde – MS: https://bvsms.saude.gov.br/anemia/
- Anemias. Universidade Federal do Rio de Janeiro: http://www.me.ufrj.br/images/pdfs/protocolos/obstetricia/anemias.pdf
- CODARIN, Maria Alice Franzini; PRADA, Maria Camila Abramides. Orientações nutricionais anemia. Prefeitura municipal de Campinas. Sistema Único de Saúde. Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Primária à Saúde / Saúde da Família – 2021.
- DE SANTIS, Gil Cunha. Anemia: definição, epidemiologia, fisiopatologia, classificação e tratamento. Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Fundação Hemocentro (HCFMRP-USP), v. 52, n. 3, p. 239-251, 2019.
- Diet and Anaemia: Eating to Best Manage Anaemia. University Hospitals Coventry and Warwickshire. NHS Trust. 2021: https://www.uhcw.nhs.uk/download/clientfiles/files/Diet%20and%20Anaemia%20-%20Eating%20to%20best%20manage%20anaemia%20(1917)%20.pdf
- Dietary Guidelines for Anemia. Fernandez Hospital: Healthcare for women and newborn. 2017: https://www.fernandezhospital.com/Uploads/Document/241/dietary_guidelines_for_anemia.pdf
quinta-feira, 17 de novembro de 2022
Leite é inflamatório ? Nutricionista Rodrigo Lamonier
sexta-feira, 11 de novembro de 2022
Refluxo gastroesofágico - medidas nutrológicas e comportamentais que podem aliviar os sintomas
- Alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago (esfíncter esofágico inferior = EEI) e que deveria funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos. Quem controla a pressão no EEI? O sistema nervoso e humoral. A gastrina (fase gástrica de digestão) aumenta a pressão no EEI e com isso evita que o conteúdo retorne para o esõfago durante a digestão. Já a colecistocinina (CCK) e a secretina (ambas ativadas na fase intestinal da digestão) diminuem a pressão no EEI, ou seja, favorece que o conteúdo gástrico reflua para o esôfago e gere os sintomas.
- Redução da salivação.
- Retardo no esvaziamento gástrico e aqui vale um adendo, algumas doenças favorecem esse retardo (diabetes, hipotireoidismo, síndrome de ehlers danlos, hipermobilidade articular), alimentação rica em gordura ou em proteína, álcool, metilxantinas, cafeína, cacau, uso de medicações como Liraglutida (Saxenda, Victoza), Semaglutida (Ozempic, Rybelsus).
- Presença de uma hérnia de hiato. Ou seja, ocorre um deslocamento da transição entre o esôfago e o estômago, que se projeta para dentro da cavidade torácica.
- Fragilidade das estruturas musculares existentes na região.
- Obesidade: o aumento da pressão abdominal decorrente do acúmulo de gordura abdominal favorece a DRGE. Sendo assim, o quadro pode diminuir quando a pessoa emagrece.
- Refeições volumosas antes de deitar, isso favorece o retorno involuntário do conteúdo do estômago para o esôfago.
- Ingestão excessiva de líquidos durante as refeições, em especial bebidas gasosas.
- Aumento da pressão intra-abdominal: roupas apertadas, uso de cintas, aumento da prensa abdominal, obesidade, execução de exercícios.
- Ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas.
- Se obesidade: dieta hipocalórica para favorecer emagrecimento
- Dieta hipolipídica: <20% do volume energético total diário
- Consistência da dieta: na fase aguda deverá ser líquida ou semi-líquida, com evolução para dieta geral ao longo dos dias até melhora da disfagia do paciente.
- Fracionamento das refeições: de 6 a 8 refeições por dia nas crises.
- Líquidos: utilizar preferencialmente entre as refeições, evitando nas 3 principais refeições para diminuir o volume que ficará por um tempo no estômago.
- Exclusão: de alimentos que retardam o esvaziamento gástrico, alimentos que relaxam o EEI, alimentos irritantes para a mucosa gástrica e esofágica, alimentos que estimulam a secreção ácida.
- Intervalo de 2 a 3 horas entre a última refeição do dia e o horário de deitar.
- Cafeína: Presente no café, chá verde, chá mate, chá preto, coca-cola.
- Teobromina: É uma substância normalmente encontrada no fruto do Theobroma cacao, e por isso este composto é normalmente encontrado no chocolate e no pó de guaraná.
- Xantinas
- Álcool
- Cebola
- Temperatura extremas: muito quentes ou muito frios podem irritar a mucosa digestiva. Portanto, nada de extremos.
- Refrigerantes, pela presença do ácido fosfórico e do gás
- Álcool
- Tabagismo
- Alimentos carminativos (hortelã, menta)
- Molhos prontos: temperos prontos, caldos concentrados, molho inglês, shoyu.
- Alimentos gordurosos: fritura e molhos gordurosos, além de terem ação irritante gástrica, retardam o esvaziamento do estômago.
- Frutas ácidas: aqui entra uma polêmica pois, teoricamente o pH do estômago é mais ácido que qualquer fruta, entretanto, vários pacientes relatam piora dos sintomas quando consomem frutas cítricas como laranja, tangerina, lima, acerola, abacaxi. Já outros relatam que não apresentam sintomas ao consumirem limão tahiti, mas apresentam com o limão china, siciliano ou galego.
- Tomate e derivados (molho de tomate, tomate seco, tomate confit, ketchup)
- Grãos de mostarda
- Café: a cafeína e a presença de taninos pode ter ação irritante para a mucosa gástrica e esofágica, mesmo o descafeinado. Porém, há pacientes que negam sintomas com a ingestão apenas no período matinal.
- Chocolate: tem xantinas que irritam a mucosa digestiva
- Pimenta vermelha: possui capsaicina, uma substância que tem potencial irritação para a mucosa gástrica e esofágica. Pimenta do reino teoricamente tem ação irritante mas a maioria dos pacientes toleram.
- Gengibre: teoricamente pioraria os sintomas mas vários pacientes toleram.
- Própolis: mesmo caso do gengibre.
- Aditivos acrescentados na panificação e confeitaria.
- A chegada de proteína ao estômago estimula a liberação de gastrina. A gastrina por sua vez, causa a liberação de histamina. Esta estimula as células parietais por meio de receptores H2. As células parietais secretam ácido, o que causa queda do pH, estimulando células D antrais a liberarem somatostatina, a qual inibe a liberação de gastrina , o que denominamos de feedback negativo, um mecanismo de autoregulação do nosso organismo. Portanto preparações com alto teor de purinas (consomê de carnes, frutos do mar, vísceras) podem estimular a produção de ácido pelo estômago.
- Alimentos ricos em gordura.
- Leite e seus derivados, principalmente os ricos em gordura, pois, além de retardarem o esvaziamento gástrico, promovem aumento da produção de suco gástrico.
- Bebidas gasosas, pois, a distensão do estômago é um dos estímulos para a produção de gastrina.
- Dr. Frederico Lobo - Médico Nutrólogo - CRM-GO 13192 - RQE 11915, CRM-SC 32.949, RQE 22.416
- Dra. Christian Kelly Nunes Ponzo - CRM-ES 9683, RQE de Gastroenterologista: 6354, RQE de Nutrologia: 6355
- Rodrigo Lamonier - Nutricionista e Profissional da Educação física
- Márcio José de Souza - Profissional de Educação física e Graduando em Nutrição.
- Dra. Edite Magalhães - Médica especialista em Clínica Médica - CRM-PE 23994 - RQE 9351
segunda-feira, 3 de outubro de 2022
Bolo de macaxeira (aipim/mandioca) com côco
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
II Consenso de recomendação do ácido docosaexaenoico (DHA) durante a gestação e a infância.
- Consumo de DHA durante a gestação aumenta a cognição na prole.
- A suplementação de DHA durante a gestação pode ter um efeito positivo sobre o desenvolvimento cognitivo e visual do feto. Entretanto, o uso em larga escala apresenta resultados conflitantes e o uso em populações de alto risco para deficiência parece mais plausível.
- A concentração de DHA no leite materno é dependente do status nutricional da nutriz.
- Uma dieta balanceada em ômega-3 parece ser benéfica na infertilidade feminina, apesar da necessidade de maiores evidências.