Nutrigenômica e biodisponibilidade de nutrientes: Fundamentos da nutrigenômica
A nutrigenômica representa área-chave para a nutrição que surgiu no contexto do pós-genoma humano. Seu foco de investigação é a interação nutriente-gene que pode ocorrer de duas formas:
1) nutrientes podem influenciar no funcionamento do genoma
2) variações no genoma podem influenciar a resposta individual à alimentação.
Prevê-se que o principal impacto da nutrigenômica será a personalização, com base no genótipo, das recomendações nutricionais para promoção da saúde e redução do risco de doenças crômicas não-transmissíveis.
Essa disciplina científica recente baseia-se em um conjunto de princípios:
1) Dietas inadequadas, em determinados indivíduos e em determinadas situações, representam fatores de risco para doenças crônicas não-transmissíveis.
2) Nutrientes e compostos bioativos normalmente presentes nos alimentos alteram a expressão gênica e/ou estrutura do genoma.
3) A influência da dieta na saúde depende da estrutura genética do indivíduo.
4) Determinados genes e suas variantes comuns são regulados pela dieta e podem participar de doenças crônicas não-transmissíveis.
5) Intervenções dietéticas baseadas na necessidade e estado nutricional, bem como no genótipo, podem ser utilizadas para desenvolver uma nutrição personalizada que otimize a saúde e previna ou mitigue doenças crônicas não-transmissíveis.
De acordo com o mapeamento do genoma humano, temos cerca de 30 mil genes distribuídos em nossos cromossomos. Parte desses genes codifica para proteínas como enzimas, transportadores, hormônios e receptores necessários a processos, como digestão, absorção, metabolismo e excreção de nutrientes. Essas macromoléculas sao produzidas a partir de informações codificadas no DNA por meio da expressão gênica.
Inicialmente, ocorre transcrição de sequência do DNA em RNA, que é, então traduzido na proteína. Os genes apresentam regiões que codificam ou não para proteínas. Os promotores representam sequências regulatórias que, apesar de não serem codificantes, apresentam papel fundamental para indução de transcrição. Mais especificamente, a ligação de fatores de transcrição a essas regiões específicas nos genes resulta em alterações conformacionais na molécula de DNA que possibilitam que a RNA polimerase (enzima que participa da transcrição) inicie a transcrição. Nesse sentido, promotores podem ser entendidos como "interruptores" que ligam e desligam genes.
Na fase de tradução o RNA mensageiro tem sua sequência traduzida na proteína. Diferentemente da transcrição que acontece no núcleo celular, a tradução ocorre no citoplasma, especificamente nos ribossomos. Cada trinca de bases representa um códon, que codifica um aminoácido ou pode, ainda, sinalizar o término da proteína. Apesar de existirem 64 possibilidades de códons (4X4X4 = 64 combinações de bases adenina, citosina, guanina e uracila), existem apenas 20 aminoácidos. Isso acontece porque diferentes códons podem codificar para um mesmo aminoácdo. Nesse sentido, diz-se que o nosso código genético é degenerado ou redundante.
Nutrientes, além de serem importantes como provedores de energia (carboidratos e lipídios) ou cofatores enzimáticos (determinados minerais e vitaminas) também apresentam a capacidade de alterar a expressão gênica. Os efeitos mais importantes dos alimentos no organismo ocorrem em nível molecular e podem ser tantos benéficos como deletérios, dependendo de quais genes têm a atividade alterada.
Nutrientes e compostos bioativos dos alimentos (CBAs) podem alterar a expressão gênica em nível transcricional, de forma direta ou indireta.
No primeiro caso, um nutriente ou seu metabólico tem atuação no núcleo celular ao se ligar diretamentea um fator de transcrição e induzir a expressão gênica. Existem diferentes classes de fatores de transcrição e parte delas é ativada por nutrientes. Assim, por exemplo, destacam-se os receptores de Vitamina D (vitamin D receptor - VDR) e vitamina A (retinoic acid receptor - RAR)), que são ativiados por calcitriol e ácido retinóico respectivamente.
No segundo caso, o nutriente ou CBAs atua no citoplasma, ativando por exemplo, quinases que irão fosforilar um fator de transcrição que estava inativo. O fator de transcrição, ativado indiretamente, será translocado para o núcleo celular e ligado a regiões promotoras, induzindo a expressão gênica. Exemplos de CBAs que atuam desa forma são o sulforanos (brócolis) e as catequinas (chá verde). Descreve-se, ainda, que componentes dos alimentos podem modular a expressão gênica em nível pós-transcricional. Exemplos são o Ferro e o Betacaroteno.
Vale destacar que todo processo metabólico envolve a ação de diversas proteínas, que são produzidas a partir da informação contida nas moléculas de RNAm, transcritas em uma determinada cpelula, tecido ou organismo. Alterações nos níveis de RNAm e de proteínas, como transportadores, enzimas, receptores, fatores de transcrição, entre outros, são importantes determinantes do fluxo de nutrientes ou metabólitos através de uma via bioquímica.
Verifica-se que apesar de existirem diferenças significativas entre humanos quanto ao fenótipo, a identidade genética é de 99,9%. Nesse sentido, essa pequena diferença de 0,1% na sequência dos genomas está relacionada com características como altura, peso, cor do cabelo e também, risco para doenças crônicas não-transmissíveis e necessidades nutricionais. Entre as diferentes formas de variação genética, destacam-se os polimorfos de nucleotídeo único (single nucleotide polymorphims - SNPs; pronuncia-se Snips). Nesse caso, substituições de uma base do DNA, que resultam na alterações do aminoácido codificado, podem ter importantes repercussões na função das proteínas sintetizadas.
Do ponto de vista nutricional, os SNPs poderiam ter papel importante na variação individdual quanto à absorção e metabolismo de nutrientes. Nesse contexto, o genótipo poderia influenciar tanto a biodisponibilidade como as necessidades de micronutrientes. Um exemplo de polimorfismo que parece alterar a RDA do ácido fólico é o C677T no gene que codifica a enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR). Nesse caso, a substituição de uma citosina por timina na posição 677 do referido gene resulta em uma MTHFR mais termolábil e, em uma consequente menor atividade enzimática. Indivíduos com esse SNP parecem necessidade d recomendações aumentadas de ácido fólico.
Apesar da importância nutricional dos minerais, são poucos, ainda os estudos que têm avaliado o impacto do genótipo na biodisponibilidade e necessidades de micronutrientes, como Cálcio, Ferro e Zinco. Nesse contexto são de particular interesse polimorfismos em genes envolvidos na homeostase desses minerais.
Para que a nutrição personalizada, objetivo maior da nutrigenômica, torne-se realidade, é necessário que diferentes desafios sejam superados. Entre eles, destaca-se a elucidação dos aspectos moleculares relacionados à biodisponibilidade de nutrientes.
Bibliografia:
COZZOLINO, Silvia M F; ONG, Thomas P. Nutrigenômica e biodisponibilidade de nutrientes. In: COZZOLINO, Silvia M F. Biodisponibilidade de nutrientes. 3ªed. Barueri - SP: Manole, 2009. Cap. 04, p. 71-75.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
O que é a nutrigenômica ?
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Dr. Frederico Lobo
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23:55
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quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Atividade física e sintomas depressivos
Pessoas que se engajaram em uma rotina de atividades físicas, independentemente da intensidade, apresentam menos riscos de sintomas depressivos, aponta um estudo publicado no British Journal of Psychiatry.
O ponto mais curioso da pesquisa, entretanto, foi quanto ao horário que esses exercícios físicos eram feitos, que se traduzia em bem-estar mental: pessoas que se exercitavam fora do horário de trabalho (e não em horários de folga no meio do dia) se beneficiavam mais dos efeitos dos exercícios físicos.
Os pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da Universidade King’s College London, juntos com uma equipe da Universidade de Bergen, na Noruega, acompanharam mais de 40 mil indivíduos que afirmaram fazer atividades físicas durante seu tempo de folga.
Essas atividades podiam ser de baixíssimo impacto (sem resultar em suor excessivo ou falta de ar, por exemplo) ou de impactos maiores. Todos os grupos foram entrevistados separadamente, além de fornecerem informações sobre suas rotinas de trabalho, fichas de exames físicos e responderem a um teste para sintomas de depressão e ansiedade.
Os resultados indicaram uma relação inversamente proporcional entre o tempo de atividade física no horário de folga e os sintomas de depressão. Em outras palavras, pessoas que faziam exercícios físicos antes ou após o expediente eram menos propensas a desenvolverem depressão. E a intensidade desses exercícios não importava, pelo menos para afastar o risco desse transtorno especificamente.
As pessoas que não faziam nenhum tipo de exercício eram até duas vezes mais propensas a desenvolver o transtorno depressivo do que essas pessoas que se exercitavam. E os indivíduos que faziam exercícios físicos no meio do horário de trabalho tiveram resultados nulos para o desenvolvimento de sintomas depressivos.
“Nosso estudo mostrou que pessoas engajadas em uma rotina regular de atividade física em qualquer nível protegem-se contra a depressão. Nós também chegamos à conclusão de que o local ou o horário em que ocorre essa atividade também estão associados aos benefícios que o exercício traz”, diz Samuel Harvey, pesquisador e líder do estudo.
“Isso pode ter a ver com o aumento do círculo social, por exemplo, ou outros contextos sociais, o que seria bastante positivo para a saúde do indivíduo não somente em nível biológico. Isso talvez explicaria por que a atividade física nos horários de lazer seria mais impactante do que aquela realizada no meio do expediente de trabalho”, finaliza Harvey.
Periódico: British Journal of Psychiatry
Título: Physical activity and common mental disorders
Ano: 20010 - Novembro
Autores: Samuel B; Simon O; Arnstein M.
Disponível em: http://bjp.rcpsych.org/cgi/content/abstract/197/5/357
O ponto mais curioso da pesquisa, entretanto, foi quanto ao horário que esses exercícios físicos eram feitos, que se traduzia em bem-estar mental: pessoas que se exercitavam fora do horário de trabalho (e não em horários de folga no meio do dia) se beneficiavam mais dos efeitos dos exercícios físicos.
Os pesquisadores do Instituto de Psiquiatria da Universidade King’s College London, juntos com uma equipe da Universidade de Bergen, na Noruega, acompanharam mais de 40 mil indivíduos que afirmaram fazer atividades físicas durante seu tempo de folga.
Essas atividades podiam ser de baixíssimo impacto (sem resultar em suor excessivo ou falta de ar, por exemplo) ou de impactos maiores. Todos os grupos foram entrevistados separadamente, além de fornecerem informações sobre suas rotinas de trabalho, fichas de exames físicos e responderem a um teste para sintomas de depressão e ansiedade.
Os resultados indicaram uma relação inversamente proporcional entre o tempo de atividade física no horário de folga e os sintomas de depressão. Em outras palavras, pessoas que faziam exercícios físicos antes ou após o expediente eram menos propensas a desenvolverem depressão. E a intensidade desses exercícios não importava, pelo menos para afastar o risco desse transtorno especificamente.
As pessoas que não faziam nenhum tipo de exercício eram até duas vezes mais propensas a desenvolver o transtorno depressivo do que essas pessoas que se exercitavam. E os indivíduos que faziam exercícios físicos no meio do horário de trabalho tiveram resultados nulos para o desenvolvimento de sintomas depressivos.
“Nosso estudo mostrou que pessoas engajadas em uma rotina regular de atividade física em qualquer nível protegem-se contra a depressão. Nós também chegamos à conclusão de que o local ou o horário em que ocorre essa atividade também estão associados aos benefícios que o exercício traz”, diz Samuel Harvey, pesquisador e líder do estudo.
“Isso pode ter a ver com o aumento do círculo social, por exemplo, ou outros contextos sociais, o que seria bastante positivo para a saúde do indivíduo não somente em nível biológico. Isso talvez explicaria por que a atividade física nos horários de lazer seria mais impactante do que aquela realizada no meio do expediente de trabalho”, finaliza Harvey.
Periódico: British Journal of Psychiatry
Título: Physical activity and common mental disorders
Ano: 20010 - Novembro
Autores: Samuel B; Simon O; Arnstein M.
Disponível em: http://bjp.rcpsych.org/cgi/content/abstract/197/5/357
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Falta de sol pode acelerar ganho de peso das crianças
Muitas pesquisas têm indicado que as crianças que ficam muito tempo em frente à televisão ou ao computador são mais propensas à obesidade, e atribuem essa relação ao menor tempo que elas passam fazendo atividades físicas.
Agora, um estudo americano aponta uma nova explicação para o sobrepeso desses jovens que passam tempo demais dentro de casa vendo TV: o fato de serem pouco expostas ao sol poderia acelerar o ganho de peso.
Em pesquisa com 479 crianças colombianas com idades entre cinco e 12 anos, especialistas da Universidade de Michigan, nos EUA, notaram que aquelas que apresentavam deficiência de vitamina D - nutriente produzido pelo organismo com a exposição ao sol - ganhavam peso e gordura corporal mais rapidamente do que as crianças que tinham maiores níveis da vitamina.
Segundo os autores, aquelas com deficiência do nutriente tinham maior aumento anual do índice de massa corporal, das dobras cutâneas e da circunferência da cintura.
Publicados na edição de outubro do American Journal of Clinical Nutrition, os resultados, segundo os autores, sugerem que “o status sérico da vitamina D seria inversamente associado com o desenvolvimento de adiposidade em crianças em idade escolar” em todo o mundo - mesmo em áreas subtropicais, como a Colômbia e algumas regiões do Brasil, onde o sol e a vitamina D parecem ser mais “abundantes”.
Entretanto, eles destacam que mais estudos são necessários para confirmação e para avaliar se a suplementação com o nutriente poderia ajudar a combater a obesidade infantil.
Periódico: The American Journal Clinical Nutrition
Título: Vitamin D deficiency and anthropometric indicators of adiposity in school-age children: a prospective study
Ano: 2010 - Outubro
Autores: Diane Gilbert-Diamond, Ana Baylin, Mercedes Mora-Plazas, Constanza Marin, Joanne E Arsenault, Michael D Hughes, Walter C Willett and Eduardo Villamor
Disponível em: http://www.ajcn.org/cgi/content/abstract/ajcn.2010.29746v1
Agora, um estudo americano aponta uma nova explicação para o sobrepeso desses jovens que passam tempo demais dentro de casa vendo TV: o fato de serem pouco expostas ao sol poderia acelerar o ganho de peso.
Em pesquisa com 479 crianças colombianas com idades entre cinco e 12 anos, especialistas da Universidade de Michigan, nos EUA, notaram que aquelas que apresentavam deficiência de vitamina D - nutriente produzido pelo organismo com a exposição ao sol - ganhavam peso e gordura corporal mais rapidamente do que as crianças que tinham maiores níveis da vitamina.
Segundo os autores, aquelas com deficiência do nutriente tinham maior aumento anual do índice de massa corporal, das dobras cutâneas e da circunferência da cintura.
Publicados na edição de outubro do American Journal of Clinical Nutrition, os resultados, segundo os autores, sugerem que “o status sérico da vitamina D seria inversamente associado com o desenvolvimento de adiposidade em crianças em idade escolar” em todo o mundo - mesmo em áreas subtropicais, como a Colômbia e algumas regiões do Brasil, onde o sol e a vitamina D parecem ser mais “abundantes”.
Entretanto, eles destacam que mais estudos são necessários para confirmação e para avaliar se a suplementação com o nutriente poderia ajudar a combater a obesidade infantil.
Periódico: The American Journal Clinical Nutrition
Título: Vitamin D deficiency and anthropometric indicators of adiposity in school-age children: a prospective study
Ano: 2010 - Outubro
Autores: Diane Gilbert-Diamond, Ana Baylin, Mercedes Mora-Plazas, Constanza Marin, Joanne E Arsenault, Michael D Hughes, Walter C Willett and Eduardo Villamor
Disponível em: http://www.ajcn.org/cgi/content/abstract/ajcn.2010.29746v1
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terça-feira, 9 de novembro de 2010
Programa "A liga" da TV Argentina sobre cultivo de soja, agrotóxicos e seus efeitos
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Dr. Frederico Lobo
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SBEM-SP promove fórum sobre Desreguladores Endócrinos
No domingo postei um texto de autoria de uma nutricionista, mostrando a relação Obesidade com Bisfenol-A. Hoje trago para vocês uma campanha organizada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, regional de São Paulo (SBEM-SP).
Eles criaram um grupo técnico de trabalho dos desreguladores endócrinos (GTDE) que tem como objetivo utilizar a pesquisa em favor da socialização do conhecimento em prol da saúde da população. A missão do grupo é conscientizar a classe médica, a indústria, o governo e o consumidor sobre os efeitos dos desreguladores endócrinos na saúde humana e propor novas medidas de consumo.
Trabalho árduo pela frente, afinal, "mexer" com a indústria petrolífera é uma missão quase impossível. Falo isso porque à medida que forem estudando a ação dos outros desreguladores endócrinos perceberão que os derivados de petróleo tem uma ação disruptora importante.
Acredito que também terão que entrar na questão da preferência por orgânicos, afinal pesticidas também possuem efeito endócrino, então outro gigante a ser combatido: Monsanto...
Veremos que rumo tomará. Faço meu papel de médico ecologista e que defende um mundo mais limpo, mas sou um pouco pessimista com relação à mudanças quando o assunto se trata contaminantes. Até porque, "não existe contaminação, o que existe é envenenamento".
Boa semana
Dr. Frederico Lobo
GTDE (Grupo de Trabalho dos Desreguladores Endócrinos )
Formado por médicos endocrinologistas da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo). O grupo conta com o apoio e participação efetiva de pesquisadores sobre o tema que deram origem ao blog O Tao do Consumo.
Visão do grupo: Utilizar a pesquisa em favor da socialização do conhecimento em prol da saúde da população.
Missão do grupo: Conscientizar a classe médica, a indústria, o governo e o consumidor sobre os efeitos dos desreguladores endócrinos na saúde humana e propor novas medidas de consumo.
Comitê Gestor do GTDE:
SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo)
Dra. Elaine Costa
Dr. Francisco Homero D’Abronzo
Dra. Ieda Therezinha Verreschi
Dra. Marise Lazaretti Castro
Dra. Nina Musolino
Dra. Tania Bachega
Apoio ao Comitê: Blog O Tao do Consumo
Fabiana Dupont
Fernanda Medeiros
O que é a campanha ?
A Campanha Contra os Desreguladores Endócrinos é uma iniciativa do GTDE (Grupo de Trabalho dos Desreguladores Endócrinos) da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) criada com o intuito de mobilizar e conscientizar a população sobre os danos causados pelos desreguladores endócrinos (Endocrine Disrupting Chemical-EDCs) à saúde humana.
A proposta dessa campanha é o princípio da precaução, ou seja, uma vez que existem evidências que tais substâncias causam mal, tanto ao ser humano quanto ao meio ambiente, devem ser tomadas medidas de alerta, como um sinal de prevenção.
Objetivos da campanha
Envolver outros profissionais da área da saúde, como os farmacêutico-bioquímicos, toxicologistas, nutricionistas, além dos endocrinologistas, pediatras e outras especialidades, para informar e propor soluções e políticas públicas para o controle de tais substâncias.
Primeira ação da Campanha
A Regional São Paulo da SBEM lança como primeira ação da Campanha o Fórum SBEM-SP sobre Desreguladores Endócrinos: Bioquímica, Bioética, Clínica e Cidadania. O evento está programado o dia 25 de novembro, das 8h30 às 13hs, na Sede do Cremesp Vila Mariana e é destinado pesquisadores e interessados em disseminar o conhecimento sobre os impactos dos desreguladores endócrinos à saúde humana.
O objetivo é debater as ações dos Desreguladores Endócrinos na saúde e como a população deve se proteger. A ação do Bisfenol-A e a proibição do seu uso em embalagens no mundo é destaque no Fórum .
De acordo com a Presidente da SBEM-SP, Marise Lazzareti Castro, “ a expectativa desse Fórum é buscar parcerias com instituições sérias como o CREMESP de SP– que já nesse primeiro momento contribuiu com apoio logístico, além de representantes como a APM (Associação Paulista de Medicina, SBP_SP (Sociedade Paulista de Pediatria); a Ética da Terra e o blog o Tao do consumo.
A médica explica que o Fórum promete fomentar a discussão de como a sociedade civil pode se organizar para se precaver contra o Bisfenol –A. “Queremos atrair pessoas envolvidas na área e que possam fazer contribuições, como por exemplo, os pesquisadores”, salienta.
A programação reserva temas como: Desreguladores Endócrinos e a saúde humana; aspectos químicos e toxicológicos, efeitos sobre a diferenciação sexual e efeitos sobre a glândula tireóide; Os Mecanismos e Iniciativas de Proteção Social contra Potenciais Riscos do Bisfenol A; panoramas das ações e empreendimento para o controle e proteção populacional. Posicionamento e medidas, o Papel da Anvisa e Discussão do Bisfenol-A no mundo.
Programação disponível aqui.
Significado da logomarca
A primeira fase da Campanha promove o slogan “Diga Não ao Bisfenol A, a Vida não tem Plano B” e chama a atenção para os danos causados pelo Bisfenol A, substância presente em utensílios utilizados em nosso dia a dia, que contaminam, em especial os alimentos que consumimos, trazendo danos irreversíveis ao sistema endócrino.
Logomarca – A logomarca tem como destaque o feto, pois é o alvo mais sensível à utilização de tais substâncias capazes de romper o sistema endócrino. As formas escolhidas para envolver o feto são de uma “borboleta”, devido à similaridade da forma da tireoide, principal órgão afetado pelos desreguladores endócrinos.
O que são EDC's ?
Os EDC’s (desreguladores endócrino) são substâncias químicas, que ocorrem no meio ambiente em forma isolada ou como uma mistura de substâncias, que possuem propriedades suscetíveis de desequilibrar o sistema endócrino num organismo intacto, sua descendência ou (sub) populações. Aproximadamente, 11 milhões de desreguladores endócrinos são produzidos mundialmente, alguns dos quais o ser humano tem contato diário, por meio da contaminação de alimentos, da poluição do ar ou da água.
Os que mais causam preocupação aos pesquisadores são: o Bisfenol A, encontrado, em sua maioria em plásticos e resinas, os pesticidas e herbicidas usados na lavoura, inadvertidamente ingeridos. Tais substâncias alteram o sistema endócrino, modificando o sistema hormonal do organismo, gerando prejuízos irreversíveis à saúde da população, tais como:
•Aborto
•Anomalias e tumores do trato reprodutivo
•Câncer de mama e de próstata
•Déficit de atenção, de memória visual e motor
•Diabetes
•Diminuição da qualidade e quantidade de esperma em adultos
•Endometriose
•Fibromas uterinos
•Gestação ectópica (fora da cavidade uterina)
•Hiperatividade
•Infertilidade
•Modificações do desenvolvimento de órgãos sexuais internos
•Obesidade
•Precocidade sexual
•Retardo mental
•Síndrome dos ovários policísticos
Sobre o Bifesnol-A (BPA)
O Bisfenol A (BPA) é um composto utilizado na fabricação de policarbonato, um tipo de resina utilizada na produção da maioria dos plásticos. O BPA também está presente na resina epóxi, utilizada na fabricação de revestimento de latas para evitar a ferrugem e prevenir a contaminação externa. Algumas empresas já desenvolvem produtos sem a presença do BPA, para evitar prejuízos à saúde do consumidor. Segundo os pesquisadores, o componente tem similaridade com o hormônio feminino e da tireoide. Ao entrar em contato com o organismo humano, principalmente durante a vida intrauterina, pode romper o sistema endócrino, por interação com os receptores desses hormônios, trazendo danos irreversíveis à saúde da população.
A substância atua tanto por ingestão como por contato com a pele e consequente absorção. O grande problema do uso do BPA é o fato de a substância se desprender e contaminar alimentos ou produtos embalados, pelo contato direto. O plástico contendo Bisfenol A tanto quando aquecido ou congelado apresenta uma contaminação ainda maior. De acordo com os especialistas, ingerimos cerca de 10 microgramas de BPA por dia.
BPA no Brasil
A diretiva da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil) é normalizada junto ao Mercosul, foi revista em março de 2008 (Resolução Anvisa nº 17, de 17 de março de 2008) e baseia-se em lei da Comunidade Européia de 2004 (Comission Directive 2004/19/EC).
Para o bisfenol-A, o limite de migração específico (LME) permitido das embalagens para os alimentos e bebidas é de 0,6 mg/kg de material plástico.
No momento, o Projeto de Lei do deputado Beto Faro (PT-PA), que está sendo analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, tramita em caráter conclusivo.
O Projeto proíbe a produção, a importação e a comercialização de embalagens, equipamentos e outros produtos para lactantes e crianças da primeira infância que contenham em suas composição o bisfenol-A.
Em Curitiba, o vereador Aladim Luciano (PV) propôs lei banindo o bisfenol. Apresentado na Câmara de Curitiba, em março de 2010, o projeto prevê a proibição da fabricação, fornecimento e comercialização de mamadeiras e brinquedos infantis compostos por elementos plásticos que liberem o poluente orgânico persistente bisfenol-A (BPA).
BPA no Mundo
Estados Unidos Quatro estados (Minnesota, Washington, Connecticut e Wisconsin) e algumas cidades, incluindo Chicago e Rockford proibiram sua utilização em produtos infantis. Tanto o FDA quanto o EPA declararam o bisfenol-A preocupante e estão revisando sua posição em relação ao uso do BPA.
Canadá, Costa Rica e Dinamarca proibiram seu uso.
França O senado aprovou sua proibição e agora a lei passa por outras instâncias.
Europa O European Food Safety Administration (EFSA ) também está reavaliando seu uso com um relatório final a ser publicado ainda no primeiro semestre de 2010.
BPA – USA
No que concerne aos padrões de consumo estabelecidos pelo governo nos Estados Unidos, o FDA publicou uma nova análise em janeiro de 2010 onde manifesta preocupações sobre possíveis riscos à saúde provocados pelo bisfenol-A:
“Estudos utilizando testes de toxidade confirmaram que o nível baixo de exposição ao BPA não era prejudicial à saúde. No entanto, considerando testes recentes onde novas bordagens foram realizadas, levando em conta efeitos colaterais mais sutis, tanto o National Toxicology Program at the National Institutes of Health quanto o FDA demonstram preocupação sobre os possíveis efeitos do BPA no cérebro, no comportamento e na próstata de fetos, bebês e crianças”.
O FDA está dando os primeiros passos para reduzir a exposição ao BPA em produtos alimentares. Esse passos incluem:
•Apoiar ações de indústrias para interromper a produção de mamadeiras e copos infantis, para o mercado americano, que possuam BPA em sua composição;
•Incentivar o desenvolvimento de alternativas ao BPA para a parte interna de latas de leite destinadas a bebês;
•Apoiar tentativas de substituição ou diminuição dos níveis de BPA em outros tipos de latas.
•Apoiar uma mudança mais severa na regulamentação do BPA;
•Buscar a participação da população e também opiniões externas nas pesquisas sobre o BPA;
•Apoiar as recomendações do Department of Health and Human Services no que diz respeito à alimentação de bebês e a preparação de comida para a redução da exposição ao BPA.
O FDA não está recomendando que famílias deixem de usar leite ou alimentos para bebês pois os benefícios de uma nutrição balanceada ultrapassam o risco potencial da exposição ao BPA.
A cidade de Chicago, em maio de 2009, e Rockford, em março de 2010, proibiu a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. Também esse ano, os estados de Washington, Minnesota, Wisconsin e Connecticut também proibiram a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. Em abril de 2010, o EPA (Environmental Protection Agency) também divulgou que está reavaliando o uso do bisfenol-A. O jornal Journal Sentinel de Milwakee (Wisconsin) mantém uma seção discutindo o assunto.
1998 - Governo canadense declara o bisfenol-A uma substância tóxica.
BPA – CANADÁ
Março, 2010 O país decide proibir a comercialização de mamadeiras, chupetas e outros artigos para bebês que contenham plásticos com bisfenol-A. Há 12 anos as lojas do Walmart no país não vendem produtos para alimentação infantil que contenham BPA. Outras empresas do ramo seguiram a mesma iniciativa*.
O movimento no Canadá contra o bisfenol-A impulsionou o debate ao redor do mundo e se transformou em um case de sucesso na luta a favor de melhor regulamentação de químicos.
Ver o conteúdo oficial da proibição em: Order Amendign Schedule I to the Hazardous Produts Act (bisphenol-A)
Para acessar o tema: Toxic Nation
BPA – EUROPA
Junho, 2008 Comissão Européia publica um relatório atualizado da União Européia sobre o levantamento de risco do bisfenol-A. O documento conclui que produtos com BPA – como o plástico de policarbonato e resinas epóxi – são seguros para o consumo e para o meio ambiente quando utilizados corretamente.
Outubro, 2008 A EFSA (European Food Safety Authority) declara que após a publicação dos resultados da pesquisa de Lang – Associação da concentração de bisfenol-A com problemas de saúde e anormalidades em laboratório em adultos – não havia motivos para a revisão da dose diária tolerável (TDI – Tolerable Daily Intake) para o BPA de 0.05 mg/kg de peso corporal.
2009 Estudo científico critica os processos do relatório de risco da exposição à disruptores endócrinos, incluindo o BPA.
Dezembro, 2009 O Ministério do Meio Ambiente da União Européia publica um relatório expressando preocupação com os resultados de pesquisas recentes que demonstraram efeitos nocivos da exposição a disruptores endócrinos. O documento incentiva novas pesquisas sobre o tema.
Junho, 2009 A AFFSA (Anvisa francesa) é instruída para reexaminar a aprovação do BPA. Na Dinamarca, em maio de 2009, o parlamento já tinha aprovado uma resolução pedindo a proibição do BPA em mamadeiras.
Março, 2010 Senado francês aprova lei proibindo o uso do BPA em embalagens alimentícias, principalmente em mamadeiras. Os políticos afirmam que a publicação de inúmeros estudos alertando sobre os problemas de saúde causados pela presença do policarbonato foi o que os incentivou a fazer a proposta.
Abril, 2010 A AFFSA conclama a indústria alimentícia a divulgar no rótulo a presença do bisfenol-A. No mesmo mês, o BPA foi proibido na Dinamarca.
Na Inglaterra a polêmica ganha força com artigos muito críticos ao bisfenol-A do jornal Independent.
BPA e o feto
Segundo os especialistas, há fases da vida onde ocorre maior suscetibilidade aos desreguladores. Os bebês são os mais vulneráveis a esse contato, desde a vida intrauterina, pela contaminação via placenta, cordão umbilical e também quando lactentes, pelo uso de mamadeira. A substância tem efeitos de hormônios estrogênios sintéticos, que causam câncer e infertilidade tanto na mulher como no homem. Portanto, os grupos que devem estar mais atentos ao uso da substância são as mulheres em fase reprodutiva, gestantes, bebês e crianças (de 0 a 06 anos, especialmente).
Produtos que contém BPA
•Plásticos: adesivos, cadeiras, brinquedos, CDs, copos infantis, eletrodomésticos, eletrônicos, embalagens para acondicionar alimentos e bebidas, escovas de dente, filtros de água, garrafas reutilizáveis de água, mamadeiras, peças automotivas, revestimento interno de latas e vidros, sacola de supermercado, entre outros produtos plásticos.
•Resinas de epóxi: colas, selantes dentários
Dicas de consumo: Como evitar a exposição ao BPA
1 – Use mamadeiras e utensílios de vidro ou bpa free para os bebês
2 – Não esquente embalagens de plástico com bebidas e alimentos no microondas. O bisfenol é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
3 – Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina époxi no revestimento destas embalagens
4 – Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos
5 – Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças
6 – Caso utilize embalagens plásticas (tanto de garrafas quanto embalagens alimentares) evitar o uso de embalagens que tenham os símbolos de reciclagem 3 (V) e 7 (PC) na parte posterior da embalagem, eles podem conter bisfenol-A em sua composição.
FONTE: Site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia , regional de São Paulo
Eles criaram um grupo técnico de trabalho dos desreguladores endócrinos (GTDE) que tem como objetivo utilizar a pesquisa em favor da socialização do conhecimento em prol da saúde da população. A missão do grupo é conscientizar a classe médica, a indústria, o governo e o consumidor sobre os efeitos dos desreguladores endócrinos na saúde humana e propor novas medidas de consumo.
Trabalho árduo pela frente, afinal, "mexer" com a indústria petrolífera é uma missão quase impossível. Falo isso porque à medida que forem estudando a ação dos outros desreguladores endócrinos perceberão que os derivados de petróleo tem uma ação disruptora importante.
Acredito que também terão que entrar na questão da preferência por orgânicos, afinal pesticidas também possuem efeito endócrino, então outro gigante a ser combatido: Monsanto...
Veremos que rumo tomará. Faço meu papel de médico ecologista e que defende um mundo mais limpo, mas sou um pouco pessimista com relação à mudanças quando o assunto se trata contaminantes. Até porque, "não existe contaminação, o que existe é envenenamento".
Boa semana
Dr. Frederico Lobo
GTDE (Grupo de Trabalho dos Desreguladores Endócrinos )
Formado por médicos endocrinologistas da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo). O grupo conta com o apoio e participação efetiva de pesquisadores sobre o tema que deram origem ao blog O Tao do Consumo.
Visão do grupo: Utilizar a pesquisa em favor da socialização do conhecimento em prol da saúde da população.
Missão do grupo: Conscientizar a classe médica, a indústria, o governo e o consumidor sobre os efeitos dos desreguladores endócrinos na saúde humana e propor novas medidas de consumo.
Comitê Gestor do GTDE:
SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo)
Dra. Elaine Costa
Dr. Francisco Homero D’Abronzo
Dra. Ieda Therezinha Verreschi
Dra. Marise Lazaretti Castro
Dra. Nina Musolino
Dra. Tania Bachega
Apoio ao Comitê: Blog O Tao do Consumo
Fabiana Dupont
Fernanda Medeiros
O que é a campanha ?
A Campanha Contra os Desreguladores Endócrinos é uma iniciativa do GTDE (Grupo de Trabalho dos Desreguladores Endócrinos) da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo) criada com o intuito de mobilizar e conscientizar a população sobre os danos causados pelos desreguladores endócrinos (Endocrine Disrupting Chemical-EDCs) à saúde humana.
A proposta dessa campanha é o princípio da precaução, ou seja, uma vez que existem evidências que tais substâncias causam mal, tanto ao ser humano quanto ao meio ambiente, devem ser tomadas medidas de alerta, como um sinal de prevenção.
Objetivos da campanha
Envolver outros profissionais da área da saúde, como os farmacêutico-bioquímicos, toxicologistas, nutricionistas, além dos endocrinologistas, pediatras e outras especialidades, para informar e propor soluções e políticas públicas para o controle de tais substâncias.
Primeira ação da Campanha
A Regional São Paulo da SBEM lança como primeira ação da Campanha o Fórum SBEM-SP sobre Desreguladores Endócrinos: Bioquímica, Bioética, Clínica e Cidadania. O evento está programado o dia 25 de novembro, das 8h30 às 13hs, na Sede do Cremesp Vila Mariana e é destinado pesquisadores e interessados em disseminar o conhecimento sobre os impactos dos desreguladores endócrinos à saúde humana.
O objetivo é debater as ações dos Desreguladores Endócrinos na saúde e como a população deve se proteger. A ação do Bisfenol-A e a proibição do seu uso em embalagens no mundo é destaque no Fórum .
De acordo com a Presidente da SBEM-SP, Marise Lazzareti Castro, “ a expectativa desse Fórum é buscar parcerias com instituições sérias como o CREMESP de SP– que já nesse primeiro momento contribuiu com apoio logístico, além de representantes como a APM (Associação Paulista de Medicina, SBP_SP (Sociedade Paulista de Pediatria); a Ética da Terra e o blog o Tao do consumo.
A médica explica que o Fórum promete fomentar a discussão de como a sociedade civil pode se organizar para se precaver contra o Bisfenol –A. “Queremos atrair pessoas envolvidas na área e que possam fazer contribuições, como por exemplo, os pesquisadores”, salienta.
A programação reserva temas como: Desreguladores Endócrinos e a saúde humana; aspectos químicos e toxicológicos, efeitos sobre a diferenciação sexual e efeitos sobre a glândula tireóide; Os Mecanismos e Iniciativas de Proteção Social contra Potenciais Riscos do Bisfenol A; panoramas das ações e empreendimento para o controle e proteção populacional. Posicionamento e medidas, o Papel da Anvisa e Discussão do Bisfenol-A no mundo.
Programação disponível aqui.
Significado da logomarca
A primeira fase da Campanha promove o slogan “Diga Não ao Bisfenol A, a Vida não tem Plano B” e chama a atenção para os danos causados pelo Bisfenol A, substância presente em utensílios utilizados em nosso dia a dia, que contaminam, em especial os alimentos que consumimos, trazendo danos irreversíveis ao sistema endócrino.
Logomarca – A logomarca tem como destaque o feto, pois é o alvo mais sensível à utilização de tais substâncias capazes de romper o sistema endócrino. As formas escolhidas para envolver o feto são de uma “borboleta”, devido à similaridade da forma da tireoide, principal órgão afetado pelos desreguladores endócrinos.
O que são EDC's ?
Os EDC’s (desreguladores endócrino) são substâncias químicas, que ocorrem no meio ambiente em forma isolada ou como uma mistura de substâncias, que possuem propriedades suscetíveis de desequilibrar o sistema endócrino num organismo intacto, sua descendência ou (sub) populações. Aproximadamente, 11 milhões de desreguladores endócrinos são produzidos mundialmente, alguns dos quais o ser humano tem contato diário, por meio da contaminação de alimentos, da poluição do ar ou da água.
Os que mais causam preocupação aos pesquisadores são: o Bisfenol A, encontrado, em sua maioria em plásticos e resinas, os pesticidas e herbicidas usados na lavoura, inadvertidamente ingeridos. Tais substâncias alteram o sistema endócrino, modificando o sistema hormonal do organismo, gerando prejuízos irreversíveis à saúde da população, tais como:
•Aborto
•Anomalias e tumores do trato reprodutivo
•Câncer de mama e de próstata
•Déficit de atenção, de memória visual e motor
•Diabetes
•Diminuição da qualidade e quantidade de esperma em adultos
•Endometriose
•Fibromas uterinos
•Gestação ectópica (fora da cavidade uterina)
•Hiperatividade
•Infertilidade
•Modificações do desenvolvimento de órgãos sexuais internos
•Obesidade
•Precocidade sexual
•Retardo mental
•Síndrome dos ovários policísticos
Sobre o Bifesnol-A (BPA)
O Bisfenol A (BPA) é um composto utilizado na fabricação de policarbonato, um tipo de resina utilizada na produção da maioria dos plásticos. O BPA também está presente na resina epóxi, utilizada na fabricação de revestimento de latas para evitar a ferrugem e prevenir a contaminação externa. Algumas empresas já desenvolvem produtos sem a presença do BPA, para evitar prejuízos à saúde do consumidor. Segundo os pesquisadores, o componente tem similaridade com o hormônio feminino e da tireoide. Ao entrar em contato com o organismo humano, principalmente durante a vida intrauterina, pode romper o sistema endócrino, por interação com os receptores desses hormônios, trazendo danos irreversíveis à saúde da população.
A substância atua tanto por ingestão como por contato com a pele e consequente absorção. O grande problema do uso do BPA é o fato de a substância se desprender e contaminar alimentos ou produtos embalados, pelo contato direto. O plástico contendo Bisfenol A tanto quando aquecido ou congelado apresenta uma contaminação ainda maior. De acordo com os especialistas, ingerimos cerca de 10 microgramas de BPA por dia.
BPA no Brasil
A diretiva da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil) é normalizada junto ao Mercosul, foi revista em março de 2008 (Resolução Anvisa nº 17, de 17 de março de 2008) e baseia-se em lei da Comunidade Européia de 2004 (Comission Directive 2004/19/EC).
Para o bisfenol-A, o limite de migração específico (LME) permitido das embalagens para os alimentos e bebidas é de 0,6 mg/kg de material plástico.
No momento, o Projeto de Lei do deputado Beto Faro (PT-PA), que está sendo analisado pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, tramita em caráter conclusivo.
O Projeto proíbe a produção, a importação e a comercialização de embalagens, equipamentos e outros produtos para lactantes e crianças da primeira infância que contenham em suas composição o bisfenol-A.
Em Curitiba, o vereador Aladim Luciano (PV) propôs lei banindo o bisfenol. Apresentado na Câmara de Curitiba, em março de 2010, o projeto prevê a proibição da fabricação, fornecimento e comercialização de mamadeiras e brinquedos infantis compostos por elementos plásticos que liberem o poluente orgânico persistente bisfenol-A (BPA).
BPA no Mundo
Estados Unidos Quatro estados (Minnesota, Washington, Connecticut e Wisconsin) e algumas cidades, incluindo Chicago e Rockford proibiram sua utilização em produtos infantis. Tanto o FDA quanto o EPA declararam o bisfenol-A preocupante e estão revisando sua posição em relação ao uso do BPA.
Canadá, Costa Rica e Dinamarca proibiram seu uso.
França O senado aprovou sua proibição e agora a lei passa por outras instâncias.
Europa O European Food Safety Administration (EFSA ) também está reavaliando seu uso com um relatório final a ser publicado ainda no primeiro semestre de 2010.
BPA – USA
No que concerne aos padrões de consumo estabelecidos pelo governo nos Estados Unidos, o FDA publicou uma nova análise em janeiro de 2010 onde manifesta preocupações sobre possíveis riscos à saúde provocados pelo bisfenol-A:
“Estudos utilizando testes de toxidade confirmaram que o nível baixo de exposição ao BPA não era prejudicial à saúde. No entanto, considerando testes recentes onde novas bordagens foram realizadas, levando em conta efeitos colaterais mais sutis, tanto o National Toxicology Program at the National Institutes of Health quanto o FDA demonstram preocupação sobre os possíveis efeitos do BPA no cérebro, no comportamento e na próstata de fetos, bebês e crianças”.
O FDA está dando os primeiros passos para reduzir a exposição ao BPA em produtos alimentares. Esse passos incluem:
•Apoiar ações de indústrias para interromper a produção de mamadeiras e copos infantis, para o mercado americano, que possuam BPA em sua composição;
•Incentivar o desenvolvimento de alternativas ao BPA para a parte interna de latas de leite destinadas a bebês;
•Apoiar tentativas de substituição ou diminuição dos níveis de BPA em outros tipos de latas.
•Apoiar uma mudança mais severa na regulamentação do BPA;
•Buscar a participação da população e também opiniões externas nas pesquisas sobre o BPA;
•Apoiar as recomendações do Department of Health and Human Services no que diz respeito à alimentação de bebês e a preparação de comida para a redução da exposição ao BPA.
O FDA não está recomendando que famílias deixem de usar leite ou alimentos para bebês pois os benefícios de uma nutrição balanceada ultrapassam o risco potencial da exposição ao BPA.
A cidade de Chicago, em maio de 2009, e Rockford, em março de 2010, proibiu a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. Também esse ano, os estados de Washington, Minnesota, Wisconsin e Connecticut também proibiram a venda de mamadeiras e copos infantis com BPA. Em abril de 2010, o EPA (Environmental Protection Agency) também divulgou que está reavaliando o uso do bisfenol-A. O jornal Journal Sentinel de Milwakee (Wisconsin) mantém uma seção discutindo o assunto.
1998 - Governo canadense declara o bisfenol-A uma substância tóxica.
BPA – CANADÁ
Março, 2010 O país decide proibir a comercialização de mamadeiras, chupetas e outros artigos para bebês que contenham plásticos com bisfenol-A. Há 12 anos as lojas do Walmart no país não vendem produtos para alimentação infantil que contenham BPA. Outras empresas do ramo seguiram a mesma iniciativa*.
O movimento no Canadá contra o bisfenol-A impulsionou o debate ao redor do mundo e se transformou em um case de sucesso na luta a favor de melhor regulamentação de químicos.
Ver o conteúdo oficial da proibição em: Order Amendign Schedule I to the Hazardous Produts Act (bisphenol-A)
Para acessar o tema: Toxic Nation
BPA – EUROPA
Junho, 2008 Comissão Européia publica um relatório atualizado da União Européia sobre o levantamento de risco do bisfenol-A. O documento conclui que produtos com BPA – como o plástico de policarbonato e resinas epóxi – são seguros para o consumo e para o meio ambiente quando utilizados corretamente.
Outubro, 2008 A EFSA (European Food Safety Authority) declara que após a publicação dos resultados da pesquisa de Lang – Associação da concentração de bisfenol-A com problemas de saúde e anormalidades em laboratório em adultos – não havia motivos para a revisão da dose diária tolerável (TDI – Tolerable Daily Intake) para o BPA de 0.05 mg/kg de peso corporal.
2009 Estudo científico critica os processos do relatório de risco da exposição à disruptores endócrinos, incluindo o BPA.
Dezembro, 2009 O Ministério do Meio Ambiente da União Européia publica um relatório expressando preocupação com os resultados de pesquisas recentes que demonstraram efeitos nocivos da exposição a disruptores endócrinos. O documento incentiva novas pesquisas sobre o tema.
Junho, 2009 A AFFSA (Anvisa francesa) é instruída para reexaminar a aprovação do BPA. Na Dinamarca, em maio de 2009, o parlamento já tinha aprovado uma resolução pedindo a proibição do BPA em mamadeiras.
Março, 2010 Senado francês aprova lei proibindo o uso do BPA em embalagens alimentícias, principalmente em mamadeiras. Os políticos afirmam que a publicação de inúmeros estudos alertando sobre os problemas de saúde causados pela presença do policarbonato foi o que os incentivou a fazer a proposta.
Abril, 2010 A AFFSA conclama a indústria alimentícia a divulgar no rótulo a presença do bisfenol-A. No mesmo mês, o BPA foi proibido na Dinamarca.
Na Inglaterra a polêmica ganha força com artigos muito críticos ao bisfenol-A do jornal Independent.
BPA e o feto
Segundo os especialistas, há fases da vida onde ocorre maior suscetibilidade aos desreguladores. Os bebês são os mais vulneráveis a esse contato, desde a vida intrauterina, pela contaminação via placenta, cordão umbilical e também quando lactentes, pelo uso de mamadeira. A substância tem efeitos de hormônios estrogênios sintéticos, que causam câncer e infertilidade tanto na mulher como no homem. Portanto, os grupos que devem estar mais atentos ao uso da substância são as mulheres em fase reprodutiva, gestantes, bebês e crianças (de 0 a 06 anos, especialmente).
Produtos que contém BPA
•Plásticos: adesivos, cadeiras, brinquedos, CDs, copos infantis, eletrodomésticos, eletrônicos, embalagens para acondicionar alimentos e bebidas, escovas de dente, filtros de água, garrafas reutilizáveis de água, mamadeiras, peças automotivas, revestimento interno de latas e vidros, sacola de supermercado, entre outros produtos plásticos.
•Resinas de epóxi: colas, selantes dentários
Dicas de consumo: Como evitar a exposição ao BPA
1 – Use mamadeiras e utensílios de vidro ou bpa free para os bebês
2 – Não esquente embalagens de plástico com bebidas e alimentos no microondas. O bisfenol é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
3 – Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina époxi no revestimento destas embalagens
4 – Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos
5 – Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças
6 – Caso utilize embalagens plásticas (tanto de garrafas quanto embalagens alimentares) evitar o uso de embalagens que tenham os símbolos de reciclagem 3 (V) e 7 (PC) na parte posterior da embalagem, eles podem conter bisfenol-A em sua composição.
FONTE: Site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia , regional de São Paulo
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Dr. Frederico Lobo
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Uma semana de antibiótico pode enfraquecer as defesas do corpo por até 2 anos
Tomar antibiótico por uma semana pode prejudicar as defesas do organismo por até dois anos, segundo estudo feito pelo Instituto Sueco para Controle de Doenças Infecciosas e publicado na revista "Microbiology".
Flora intestinal é o nome dado às bactérias que vivem na parede do intestino. Lá existem centenas de espécies de micro-organismos, protetores ou nocivos à saúde, que convivem em equilíbrio.
As bactérias "boas" têm funções metabólicas, como ajudar no funcionamento do intestino, na absorção de gordura e vitamina B12 e na produção de ácido fólico.
"A função mais importante é controlar bactérias desfavoráveis. Sem elas, nós viveríamos constantemente com infecções", diz Ricardo Barbuti, médico endocrinologista da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Segundo o especialista, há muito se sabe que os antibióticos têm efeito na flora intestinal. O que o estudo recém-publicado mostra é que essas alterações duram muito mais tempo do que se pensava.
"Além de causar um desequilíbrio passageiro, o remédio também seleciona bactérias resistentes. Agora sabemos que essa resistência pode durar mais tempo", explica André Zonetti de Arruda Leite, médico endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.
CONSEQUÊNCIAS
Diarreias, disfunção intestinal e inflamações (colites) são as consequências mais comuns do desequilíbrio da flora intestinal. Tanto faz se o uso do antibiótico é feito de forma correta ou incorreta -por mais ou menos tempo do que o necessário.
"O medicamento deve ser usado só quando o benefício compensa o risco e não há outra alternativa", diz Barbuti. Gripes, resfriados ou dores de cabeça não devem ser tratados com antibiótico.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/827146-uma-semana-de-antibiotico-pode-enfraquecer-as-defesas-do-corpo-por-ate-dois-anos.shtml
Flora intestinal é o nome dado às bactérias que vivem na parede do intestino. Lá existem centenas de espécies de micro-organismos, protetores ou nocivos à saúde, que convivem em equilíbrio.
As bactérias "boas" têm funções metabólicas, como ajudar no funcionamento do intestino, na absorção de gordura e vitamina B12 e na produção de ácido fólico.
"A função mais importante é controlar bactérias desfavoráveis. Sem elas, nós viveríamos constantemente com infecções", diz Ricardo Barbuti, médico endocrinologista da Federação Brasileira de Gastroenterologia.
Segundo o especialista, há muito se sabe que os antibióticos têm efeito na flora intestinal. O que o estudo recém-publicado mostra é que essas alterações duram muito mais tempo do que se pensava.
"Além de causar um desequilíbrio passageiro, o remédio também seleciona bactérias resistentes. Agora sabemos que essa resistência pode durar mais tempo", explica André Zonetti de Arruda Leite, médico endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo.
CONSEQUÊNCIAS
Diarreias, disfunção intestinal e inflamações (colites) são as consequências mais comuns do desequilíbrio da flora intestinal. Tanto faz se o uso do antibiótico é feito de forma correta ou incorreta -por mais ou menos tempo do que o necessário.
"O medicamento deve ser usado só quando o benefício compensa o risco e não há outra alternativa", diz Barbuti. Gripes, resfriados ou dores de cabeça não devem ser tratados com antibiótico.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/827146-uma-semana-de-antibiotico-pode-enfraquecer-as-defesas-do-corpo-por-ate-dois-anos.shtml
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Dr. Frederico Lobo
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Maus hábitos alimentares apresentam pior qualidade na microbiota intestinal
Estudo publicado em revista científica norte-americana revelou benefícios em preservar antigos hábitos alimentares para melhorar a biodiversidade da microbiota intestinal, após compararem a microbiota intestinal de crianças com dieta tipicamente urbana com crianças que vivem em zona rural.
Segundo os pesquisadores, ainda não está compreendido como diferentes ambientes e hábitos alimentares da vida moderna podem afetar a ecologia microbiana do intestino. Mas eles afirmam que os hábitos alimentares são considerados um dos principais fatores que contribuem para a diversidade da microbiota intestinal.
As profundas mudanças na dieta e estilo de vida ocorridas nas últimas décadas favoreceram o surgimento de patógenos especializados em colonizar hospedeiros humanos. Em consequência disso, surgiu uma onda de doenças humanas emergentes, como alergias, doenças auto-imunes e doenças inflamatórias intestinais.
Com isso, o objetivo dos pesquisadores foi avaliar o impacto de variáveis ambientais sobre a microbiota intestinal entre crianças da mesma idade, porém vivendo em ambientes diferentes (urbano versus rural). Os pesquisadores relataram que o propósito do desenvolvimento desse estudo foi de responder três questões gerais a respeito da geografia e da evolução da microbiota humana: (1) Como é a diversidade de bactérias dentro e entre as duas populações distintas? (2) Há uma possível correlação entre a diversidade de bactérias e dieta? (3) Como é a distribuição de patógenos bacterianos nas duas populações, dadas as diferentes condições geográficas e de higiene?
Para o desenvolvimento do estudo foram incluídas 15 crianças saudáveis que vivem na vila rural de Boulpon, Burkina Faso (país africano), e 15 crianças saudáveis da área urbana de Florença, Itália. Todas as crianças tinham entre 1 a 6 anos de idade e não faziam uso de antibióticos ou probióticos nos últimos seis meses ao início do estudo. Foram coletados dados detalhados sobre estilo de vida e hábitos alimentares obtidos diretamente pelos pais das crianças.
A quantificação e caracterização da microbiota intestinal foram realizadas através de técnicas de biologia molecular a partir das fezes. Além disso, foi feita a determinação dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC).
A dieta das crianças da comunidade rural apresentou baixa quantidade de proteína animal e gorduras, e altos níveis de amido e fibras. Todos os recursos alimentares eram produzidos localmente, cultivadas e colhidas nas proximidades da aldeia. A dieta dessas crianças era constituída principalmente de cereais, leguminosas, produtos hortícolas. Estas crianças foram amamentadas até os dois anos de idade.
Diferentemente, as crianças da área urbana foram amamentadas até 1 ano de idade. Estas crianças consumiam uma dieta tipicamente ocidental, rica em proteínas animais, açúcar, amido, gordura e pobre em fibras.
Foram encontradas diferenças significativas na microbiota intestinal entre os dois grupos. Observou-se maior quantidade (p < 0,001) de ácidos graxos de cadeia curta nas crianças africanas do que nas crianças da área urbana. Outro resultado importante foi a presença de bactérias da família Enterobacteriaceae (Shigella e Escherichia coli) significativamente menores nas crianças da aldeia do que em crianças italianas (p < 0,05).
As crianças da aldeia apresentaram maior quantidade de Bacteroidetes (p < 0,001), especialmente de bactérias do gênero Prevotella e Xylanibacter, conhecidas por conter um conjunto de genes que hidrolisam celulose e xilana, ambas consideradas fibras insolúveis. Essas bactérias apresentaram-se completamente ausentes nas crianças da área urbana italiana. Além disso, as crianças da aldeia apresentaram menor quantidade de Firmicutes (p <0,001), sendo encontrada em grande quantidade nas crianças italianas.
Os pesquisadores comentaram que o perfil de bactérias encontradas nas crianças da área urbana (menor Bacteriodetes e maior Firmicutes) é, provavelmente, provocado pela dieta rica em calorias, e que podem predispor à obesidade no futuro.
“Nossos resultados sugerem que a dieta tem papel dominante para a caraterização da microbiota intestinal quando comparada com outras variáveis, como etnia, saneamento, higiene, geografia e clima”, comentam os pesquisadores.
“O conhecimento da microbiota intestinal das crianças da aldeia africana provam a importância do tipo e preservação de sua biodiversidade, especialmente por ser uma região onde os efeitos da globalização na dieta foram menos acentuados. Estes resultados representam um foco atraente para estudos que visam elucidar o papel da microbiota intestinal no equilíbrio entre saúde e doença”, concluem.
Referência(s): De Filippo C, Cavalieri D, Di Paola M, Ramazzotti M, Poullet JB, Massart S, et al. Impact of diet in shaping gut microbiota revealed by a comparative study in children from Europe and rural Africa. Proc Natl Acad Sci U S A. 2010;107(33):14691-6.
FONTE: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=471
Segundo os pesquisadores, ainda não está compreendido como diferentes ambientes e hábitos alimentares da vida moderna podem afetar a ecologia microbiana do intestino. Mas eles afirmam que os hábitos alimentares são considerados um dos principais fatores que contribuem para a diversidade da microbiota intestinal.
As profundas mudanças na dieta e estilo de vida ocorridas nas últimas décadas favoreceram o surgimento de patógenos especializados em colonizar hospedeiros humanos. Em consequência disso, surgiu uma onda de doenças humanas emergentes, como alergias, doenças auto-imunes e doenças inflamatórias intestinais.
Com isso, o objetivo dos pesquisadores foi avaliar o impacto de variáveis ambientais sobre a microbiota intestinal entre crianças da mesma idade, porém vivendo em ambientes diferentes (urbano versus rural). Os pesquisadores relataram que o propósito do desenvolvimento desse estudo foi de responder três questões gerais a respeito da geografia e da evolução da microbiota humana: (1) Como é a diversidade de bactérias dentro e entre as duas populações distintas? (2) Há uma possível correlação entre a diversidade de bactérias e dieta? (3) Como é a distribuição de patógenos bacterianos nas duas populações, dadas as diferentes condições geográficas e de higiene?
Para o desenvolvimento do estudo foram incluídas 15 crianças saudáveis que vivem na vila rural de Boulpon, Burkina Faso (país africano), e 15 crianças saudáveis da área urbana de Florença, Itália. Todas as crianças tinham entre 1 a 6 anos de idade e não faziam uso de antibióticos ou probióticos nos últimos seis meses ao início do estudo. Foram coletados dados detalhados sobre estilo de vida e hábitos alimentares obtidos diretamente pelos pais das crianças.
A quantificação e caracterização da microbiota intestinal foram realizadas através de técnicas de biologia molecular a partir das fezes. Além disso, foi feita a determinação dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC).
A dieta das crianças da comunidade rural apresentou baixa quantidade de proteína animal e gorduras, e altos níveis de amido e fibras. Todos os recursos alimentares eram produzidos localmente, cultivadas e colhidas nas proximidades da aldeia. A dieta dessas crianças era constituída principalmente de cereais, leguminosas, produtos hortícolas. Estas crianças foram amamentadas até os dois anos de idade.
Diferentemente, as crianças da área urbana foram amamentadas até 1 ano de idade. Estas crianças consumiam uma dieta tipicamente ocidental, rica em proteínas animais, açúcar, amido, gordura e pobre em fibras.
Foram encontradas diferenças significativas na microbiota intestinal entre os dois grupos. Observou-se maior quantidade (p < 0,001) de ácidos graxos de cadeia curta nas crianças africanas do que nas crianças da área urbana. Outro resultado importante foi a presença de bactérias da família Enterobacteriaceae (Shigella e Escherichia coli) significativamente menores nas crianças da aldeia do que em crianças italianas (p < 0,05).
As crianças da aldeia apresentaram maior quantidade de Bacteroidetes (p < 0,001), especialmente de bactérias do gênero Prevotella e Xylanibacter, conhecidas por conter um conjunto de genes que hidrolisam celulose e xilana, ambas consideradas fibras insolúveis. Essas bactérias apresentaram-se completamente ausentes nas crianças da área urbana italiana. Além disso, as crianças da aldeia apresentaram menor quantidade de Firmicutes (p <0,001), sendo encontrada em grande quantidade nas crianças italianas.
Os pesquisadores comentaram que o perfil de bactérias encontradas nas crianças da área urbana (menor Bacteriodetes e maior Firmicutes) é, provavelmente, provocado pela dieta rica em calorias, e que podem predispor à obesidade no futuro.
“Nossos resultados sugerem que a dieta tem papel dominante para a caraterização da microbiota intestinal quando comparada com outras variáveis, como etnia, saneamento, higiene, geografia e clima”, comentam os pesquisadores.
“O conhecimento da microbiota intestinal das crianças da aldeia africana provam a importância do tipo e preservação de sua biodiversidade, especialmente por ser uma região onde os efeitos da globalização na dieta foram menos acentuados. Estes resultados representam um foco atraente para estudos que visam elucidar o papel da microbiota intestinal no equilíbrio entre saúde e doença”, concluem.
Referência(s): De Filippo C, Cavalieri D, Di Paola M, Ramazzotti M, Poullet JB, Massart S, et al. Impact of diet in shaping gut microbiota revealed by a comparative study in children from Europe and rural Africa. Proc Natl Acad Sci U S A. 2010;107(33):14691-6.
FONTE: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=471
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Dr. Frederico Lobo
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Alimentos modulam processos inflamatórios no sobrepeso
Autor: Dra. Rita de Cássia Borges
Estudo revelou que a suplementação de componentes alimentares com propriedades anti-inflamatórias modula a inflamação, estresse oxidativo e metabólico de indivíduos com sobrepeso. Estes efeitos foram detectados por uma abordagem nutrigenômica, através de análise em larga escala da expressão gênica, proteínas e metabólitos no sangue, urina e tecido adiposo.
Este foi um trabalho randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, ensaio clínico cruzado, com quatro períodos de tratamento de cinco semanas cada. Foram selecionados 36 homens, saudáveis com índice de massa corporal (IMC) entre 25,5 e 35,0 kg/m2, e baixo grau de inflamação, com concentração de PCR de 1-10 mg/L.
O objetivo foi investigar os efeitos anti-inflamatórios induzidos pela intervenção nutricional em homens com sobrepeso, que apresentavam leve aumento das concentrações de proteína C-reativa (PCR). Portanto, foram suplementados compostos potencialmente eficazes destinados a atuar na redução da inflamação.
O tecido adiposo é fundamental para o estado inflamatório associado com a obesidade. Os adipócitos secretam adipocinas pró e anti-inflamatórias, incluindo o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa), interleucina-6 (IL-6) e adiponectinas anti-inflamatórias. A redução de adiponectina e aumento da proteína C-reativa (PCR) estão associados a doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
A suplementação foi denominada de AIDM (Antiinflammatory Dietary Mix), que consistiu de óleo de peixe, extrato de chá verde, resveratrol, vitamina E, vitamina C e extrato de tomate.
Os participantes consumiram duas cápsulas sólidas e duas cápsulas gelatinosas com 200 ml de iogurte simples diariamente no café da manhã e na refeição da noite. As cápsulas sólidas continham: 6,3 mg de resveratrol (dose diária equivalente a 4 L de vinho tinto); extrato de tomate contendo 3,75 mg de licopeno (dose diária equivalente a 500 ml de suco de tomate); 94,5 mg de extrato de chá verde (40% de epigalocatequina galato; dose diária equivalente a 300 ml de chá verde); 181,4 UI de alfa-tocoferol (Ingestão Diária Recomendada: 18 UI e o nível máximo tolerável: 1000 UI); 125 mg de vitamina C (nível máximo tolerável: 2000 mg/d). As cápsulas gelatinosas continham: 1200 mg de óleo de peixe, sendo 380 mg de ácido eicosapentaenóico (EPA) e 260 mg de ácido docosahexaenóico (DHA); 60 mg de outros ácidos graxos poli-insaturados.
PCR e adiponectina foram os principais marcadores de inflamação mensurados neste estudo. As concentrações de PCR não foram alteradas com a suplementação de AIDM, enquanto que as concentrações de adiponectina aumentaram significativamente de 6,03 ± 2,06 mg/L após a intervenção placebo para 6,48 ± 2,57 mg/L após a intervenção com AIDM (p < 0,05).
A redução do estado inflamatório pode prevenir a ocorrência de distúrbios e doenças relacionadas ao sobrepeso. Muitos componentes de alimentos apresentam propriedades anti-inflamatórias e/ou antioxidantes. A dieta mediterrânia contém vários destes compostos e tem sido associada com redução de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Esses alimentos contêm altos teores de polifenóis, vitaminas, ácidos graxos insaturados, e carotenóides.
Após suplementação com AIDM houveram mudanças nas respostas relacionadas ao metabolismo lipídico e doenças metabólicas. A maior parte dessas alterações foi sobre a resposta inflamatória, estresse oxidativo (produção de espécies reativas de oxigênio), e o metabolismo lipídico. A rede metabólica construída a partir dos dados integrados da expressão gênica indicou papel central do efeito do AIDM sobre o NF-kappaB (fator nuclear kappa B). A interpretação biológica dos dados se concentra nestes três processos: inflamação, oxidação e metabolismo.
“Os efeitos leves observados podem ser atribuídos à duração da intervenção. Apesar das limitações, a nossa abordagem permitiu a detecção de múltiplos efeitos sobre a saúde através da mistura de componentes dietéticos em indivíduos com sobrepeso. Além disso, as alterações na expressão de genes, proteínas e metabólitos induzida pela AIDM pareceram ser consistentes. Isso pode vir a ser uma vantagem adicional da abordagem nutrigenômica em estudos de intervenção humana, o que permite a alta sensibilidade na detecção de alterações fisiológicas múltiplas”, concluem os autores.
Referência(s): Bakker GC, van Erk MJ, Pellis L, Wopereis S, Rubingh CM, Cnubben NH, et al. An antiinflammatory dietary mix modulates inflammation and oxidative and metabolic stress in overweight men: a nutrigenomics approach. Am J Clin Nutr. 2010;91(4):1044-59
FONTE: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=472
Estudo revelou que a suplementação de componentes alimentares com propriedades anti-inflamatórias modula a inflamação, estresse oxidativo e metabólico de indivíduos com sobrepeso. Estes efeitos foram detectados por uma abordagem nutrigenômica, através de análise em larga escala da expressão gênica, proteínas e metabólitos no sangue, urina e tecido adiposo.
Este foi um trabalho randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, ensaio clínico cruzado, com quatro períodos de tratamento de cinco semanas cada. Foram selecionados 36 homens, saudáveis com índice de massa corporal (IMC) entre 25,5 e 35,0 kg/m2, e baixo grau de inflamação, com concentração de PCR de 1-10 mg/L.
O objetivo foi investigar os efeitos anti-inflamatórios induzidos pela intervenção nutricional em homens com sobrepeso, que apresentavam leve aumento das concentrações de proteína C-reativa (PCR). Portanto, foram suplementados compostos potencialmente eficazes destinados a atuar na redução da inflamação.
O tecido adiposo é fundamental para o estado inflamatório associado com a obesidade. Os adipócitos secretam adipocinas pró e anti-inflamatórias, incluindo o fator de necrose tumoral-alfa (TNF-alfa), interleucina-6 (IL-6) e adiponectinas anti-inflamatórias. A redução de adiponectina e aumento da proteína C-reativa (PCR) estão associados a doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
A suplementação foi denominada de AIDM (Antiinflammatory Dietary Mix), que consistiu de óleo de peixe, extrato de chá verde, resveratrol, vitamina E, vitamina C e extrato de tomate.
Os participantes consumiram duas cápsulas sólidas e duas cápsulas gelatinosas com 200 ml de iogurte simples diariamente no café da manhã e na refeição da noite. As cápsulas sólidas continham: 6,3 mg de resveratrol (dose diária equivalente a 4 L de vinho tinto); extrato de tomate contendo 3,75 mg de licopeno (dose diária equivalente a 500 ml de suco de tomate); 94,5 mg de extrato de chá verde (40% de epigalocatequina galato; dose diária equivalente a 300 ml de chá verde); 181,4 UI de alfa-tocoferol (Ingestão Diária Recomendada: 18 UI e o nível máximo tolerável: 1000 UI); 125 mg de vitamina C (nível máximo tolerável: 2000 mg/d). As cápsulas gelatinosas continham: 1200 mg de óleo de peixe, sendo 380 mg de ácido eicosapentaenóico (EPA) e 260 mg de ácido docosahexaenóico (DHA); 60 mg de outros ácidos graxos poli-insaturados.
PCR e adiponectina foram os principais marcadores de inflamação mensurados neste estudo. As concentrações de PCR não foram alteradas com a suplementação de AIDM, enquanto que as concentrações de adiponectina aumentaram significativamente de 6,03 ± 2,06 mg/L após a intervenção placebo para 6,48 ± 2,57 mg/L após a intervenção com AIDM (p < 0,05).
A redução do estado inflamatório pode prevenir a ocorrência de distúrbios e doenças relacionadas ao sobrepeso. Muitos componentes de alimentos apresentam propriedades anti-inflamatórias e/ou antioxidantes. A dieta mediterrânia contém vários destes compostos e tem sido associada com redução de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. Esses alimentos contêm altos teores de polifenóis, vitaminas, ácidos graxos insaturados, e carotenóides.
Após suplementação com AIDM houveram mudanças nas respostas relacionadas ao metabolismo lipídico e doenças metabólicas. A maior parte dessas alterações foi sobre a resposta inflamatória, estresse oxidativo (produção de espécies reativas de oxigênio), e o metabolismo lipídico. A rede metabólica construída a partir dos dados integrados da expressão gênica indicou papel central do efeito do AIDM sobre o NF-kappaB (fator nuclear kappa B). A interpretação biológica dos dados se concentra nestes três processos: inflamação, oxidação e metabolismo.
“Os efeitos leves observados podem ser atribuídos à duração da intervenção. Apesar das limitações, a nossa abordagem permitiu a detecção de múltiplos efeitos sobre a saúde através da mistura de componentes dietéticos em indivíduos com sobrepeso. Além disso, as alterações na expressão de genes, proteínas e metabólitos induzida pela AIDM pareceram ser consistentes. Isso pode vir a ser uma vantagem adicional da abordagem nutrigenômica em estudos de intervenção humana, o que permite a alta sensibilidade na detecção de alterações fisiológicas múltiplas”, concluem os autores.
Referência(s): Bakker GC, van Erk MJ, Pellis L, Wopereis S, Rubingh CM, Cnubben NH, et al. An antiinflammatory dietary mix modulates inflammation and oxidative and metabolic stress in overweight men: a nutrigenomics approach. Am J Clin Nutr. 2010;91(4):1044-59
FONTE: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=472
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domingo, 7 de novembro de 2010
"Vamos esperar os cadáveres para agir contra o celular?", questiona pesquisadora
A epidemiologista Devra Davis lidera uma cruzada para fazer as pessoas deixarem o celular longe de suas cabeças. Convencida de que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, ela escreveu "Disconnect" (sem edição no Brasil), cuja base são pesquisas que começam a mostrar os efeitos dessa radiação no organismo. Nesta entrevista, ela também perguntou: "Vamos esperar as mortes começarem antes de mudar a relação com o celular?".
Folha - Quais os riscos para a saúde de quem usa celular?
Devra Davis - Se você segurá-lo perto da cabeça ou do corpo, há muitos riscos de danos. Todos os celulares têm alertas sobre isso. As fabricantes sabem que não é seguro. Os limites [de radiação] definidos pelo FCC [que controla as comunicações nos EUA] são excedidos se você deixa o celular no bolso.
Quais os riscos, exatamente?
O risco de câncer é muito real, e as provas disso vão se avolumar se as pessoas não mudarem a maneira como usam os telefones. Trabalhei nas pesquisas sobre fumo passivo e amianto. Fiquei horrorizada ao perceber que só tomamos atitude depois de provas incontestáveis de que danificavam a saúde.
Reconheço que não temos provas conclusivas nesse momento. Escrevi o livro na esperança de que meu status como cientista tenha peso, e as pessoas entendam que há ameaça grave à saúde e podemos fazer algo a respeito.
Mas há estudo em humanos que dê provas categóricas?
Quando você diz "provas", você quer dizer cadáveres? Você acha que só devemos agir quando já tivermos prova? Terei que discordar. Hoje temos uma epidemia mundial de doenças ligadas ao fumo. O Brasil também tem uma epidemia de doenças relacionadas ao amianto. Só recentemente vocês agiram para controlar o amianto no Brasil, apesar de ele ainda ser usado. Ninguém vai dizer que nós esperamos o tempo certo para agir contra o tabaco ou o amianto. Estou colocando minha reputação científica em risco, dizendo: temos evidências fortes em pesquisas feitas em laboratório mostrando que essa radiação danifica células vivas.
Qual a maior evidência disso?
A radiação enfraquece o esperma. Sabemos por pesquisas com humanos. As amostras de esperma foram dividas ao meio. Uma metade foi mantida sozinha, morrendo naturalmente. A outra foi exposta a radiação de celulares e morreu três vezes mais rápido. Homens que usam celulares por quatro horas ao dia têm a metade da contagem de esperma em relação aos demais.
Crianças correm mais perigo?
O crânio das crianças é mais fino, seus cérebros estão se desenvolvendo. A radiação do celular penetra duas vezes mais. E a medula óssea de uma criança absorve dez vezes mais radiação das micro-ondas do celular. É uma bomba-relógio. A França tornou ilegal vender celular voltado às crianças. Nos EUA, temos comerciais encorajando celular para crianças. É terrível. Fico horrorizada com a tendência de as pessoas darem celulares para bebês e crianças brincarem. Sabemos que pode haver um vício no estímulo causado pela radiação de micro-ondas. Ela estimula receptores de opioides no cérebro.
Jovens usam muitos gadgets que emitem radiação.
Sim, e eles não estão a par dos alertas que vêm com esses aparelhos. Não é para manter um notebook ligado perto do corpo. As empresas colocam os avisos em letras miúdas para reduzir sua responsabilidade quando as pessoas ficarem doentes.
É possível comparar a radiação de celular à fumaça?
Sim. O tabaco é um risco maior. Mas nunca tivemos 100% da população fumando. Agora, temos 100% das pessoas usando celular. Então, ainda que o risco relativo não seja tão grande, o impacto pode ser devastador.
Nos maços de cigarro, há aquelas fotos horríveis. Esse é o caminho para o celular?
Isso é o que foi proposto no Estado do Maine (EUA). Está se formando um grande movimento para alertar as pessoas a respeito dos celulares. Isso é o que aconteceu com o fumo passivo. Vamos começar a ver limites para a maneira e os locais onde as pessoas usam celular. A maioria não sabe que, se você está tentado conversar num celular em um elevador, a radiação está rebatendo nas paredes e fica mais intensa em você e em quem estiver perto.
Além de usar fones, o que é possível fazer para prevenir?
Enviar mensagens de texto é mais seguro do que falar. Ficar com o celular nas mãos, longe do corpo, é bom, e mantê-lo desligado também.
Mas celular é um vício!
Sim. Temos que usá-lo de forma mais inteligente.
RAIO-X
FORMAÇÃO: Doutora em estudos científicos pela Universidade de Chicago e mestre em saúde pública pela Johns Hopkins
ATIVISMO: É fundadora da ONG Environmental Health Trust, que faz campanhas sobre riscos do tabaco, amianto e dos celulares para a saúde
LIVROS: "When Smoke Ran Like Water" (2002), sobre poluição, "The Secret History of the War on Cancer" (2007), sobre as causas ambientais do câncer, e "Disconnect" (2010)
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/826872-vamos-esperar-os-cadaveres-para-agir-contra-o-celular-questiona-pesquisadora.shtml
Folha - Quais os riscos para a saúde de quem usa celular?
Devra Davis - Se você segurá-lo perto da cabeça ou do corpo, há muitos riscos de danos. Todos os celulares têm alertas sobre isso. As fabricantes sabem que não é seguro. Os limites [de radiação] definidos pelo FCC [que controla as comunicações nos EUA] são excedidos se você deixa o celular no bolso.
Quais os riscos, exatamente?
O risco de câncer é muito real, e as provas disso vão se avolumar se as pessoas não mudarem a maneira como usam os telefones. Trabalhei nas pesquisas sobre fumo passivo e amianto. Fiquei horrorizada ao perceber que só tomamos atitude depois de provas incontestáveis de que danificavam a saúde.
Reconheço que não temos provas conclusivas nesse momento. Escrevi o livro na esperança de que meu status como cientista tenha peso, e as pessoas entendam que há ameaça grave à saúde e podemos fazer algo a respeito.
Mas há estudo em humanos que dê provas categóricas?
Quando você diz "provas", você quer dizer cadáveres? Você acha que só devemos agir quando já tivermos prova? Terei que discordar. Hoje temos uma epidemia mundial de doenças ligadas ao fumo. O Brasil também tem uma epidemia de doenças relacionadas ao amianto. Só recentemente vocês agiram para controlar o amianto no Brasil, apesar de ele ainda ser usado. Ninguém vai dizer que nós esperamos o tempo certo para agir contra o tabaco ou o amianto. Estou colocando minha reputação científica em risco, dizendo: temos evidências fortes em pesquisas feitas em laboratório mostrando que essa radiação danifica células vivas.
Qual a maior evidência disso?
A radiação enfraquece o esperma. Sabemos por pesquisas com humanos. As amostras de esperma foram dividas ao meio. Uma metade foi mantida sozinha, morrendo naturalmente. A outra foi exposta a radiação de celulares e morreu três vezes mais rápido. Homens que usam celulares por quatro horas ao dia têm a metade da contagem de esperma em relação aos demais.
Crianças correm mais perigo?
O crânio das crianças é mais fino, seus cérebros estão se desenvolvendo. A radiação do celular penetra duas vezes mais. E a medula óssea de uma criança absorve dez vezes mais radiação das micro-ondas do celular. É uma bomba-relógio. A França tornou ilegal vender celular voltado às crianças. Nos EUA, temos comerciais encorajando celular para crianças. É terrível. Fico horrorizada com a tendência de as pessoas darem celulares para bebês e crianças brincarem. Sabemos que pode haver um vício no estímulo causado pela radiação de micro-ondas. Ela estimula receptores de opioides no cérebro.
Jovens usam muitos gadgets que emitem radiação.
Sim, e eles não estão a par dos alertas que vêm com esses aparelhos. Não é para manter um notebook ligado perto do corpo. As empresas colocam os avisos em letras miúdas para reduzir sua responsabilidade quando as pessoas ficarem doentes.
É possível comparar a radiação de celular à fumaça?
Sim. O tabaco é um risco maior. Mas nunca tivemos 100% da população fumando. Agora, temos 100% das pessoas usando celular. Então, ainda que o risco relativo não seja tão grande, o impacto pode ser devastador.
Nos maços de cigarro, há aquelas fotos horríveis. Esse é o caminho para o celular?
Isso é o que foi proposto no Estado do Maine (EUA). Está se formando um grande movimento para alertar as pessoas a respeito dos celulares. Isso é o que aconteceu com o fumo passivo. Vamos começar a ver limites para a maneira e os locais onde as pessoas usam celular. A maioria não sabe que, se você está tentado conversar num celular em um elevador, a radiação está rebatendo nas paredes e fica mais intensa em você e em quem estiver perto.
Além de usar fones, o que é possível fazer para prevenir?
Enviar mensagens de texto é mais seguro do que falar. Ficar com o celular nas mãos, longe do corpo, é bom, e mantê-lo desligado também.
Mas celular é um vício!
Sim. Temos que usá-lo de forma mais inteligente.
RAIO-X
FORMAÇÃO: Doutora em estudos científicos pela Universidade de Chicago e mestre em saúde pública pela Johns Hopkins
ATIVISMO: É fundadora da ONG Environmental Health Trust, que faz campanhas sobre riscos do tabaco, amianto e dos celulares para a saúde
LIVROS: "When Smoke Ran Like Water" (2002), sobre poluição, "The Secret History of the War on Cancer" (2007), sobre as causas ambientais do câncer, e "Disconnect" (2010)
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/826872-vamos-esperar-os-cadaveres-para-agir-contra-o-celular-questiona-pesquisadora.shtml
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Agrotóxicos: pesquisa comprova dano celular em população infantil do Paraguai
A pesquisa foi publicada na Revista Pediatría (Volume 37 - Número 2 de 2010), um órgão oficial da sociedade Paraguaia de Pediatria.
Participaram do estudo 48 crianças potencialmente expostas a agrotóxicos e 46 crianças não expostas. Obteve-se amostras da mucosa bucal para determinar o dano no material genético através da frequência de micronúcleos. Encontrou-se no grupo potencialmente exposto a agrotóxicos uma média maior de micronúcleos e de células binucleadas, bem como uma maior frequência de fragmentação nuclear (cariorréxis) e picnose, que são processos típicos de células necróticas.
A medição da frequência de micronúcleos em linfócitos de sangue periférico é amplamente utilizada em epidemiologia molecular e citogenética para avaliar a presença e extensão de dano cromossômico em populações humanas expostas a agentes genotóxicos ou para determinar a presença de um perfil genético suscetível. A alta confiabilidade e o baixo custo da técnica contribuiu para o êxito e a adoção deste biomarcador para estudos, in vitro e in vivo, de danos ao genoma humano.
Outras pesquisas já forneceram evidências preliminares de que a frequência de micronúcleos em linfócitos de sangue periférico constitui um marcador biológico que prediz o risco de câncer em uma população de pessoas sadias.
Neste estudo, as crianças potencialmente expostas aos agrotóxicos eram alunos saudáveis de uma escola da cidade de Ñemby, situada a 50 metros de uma fábrica de agrotóxicos da empresa Chemtec S.A.E. As crianças não expostas eram alunos também saudáveis da cidade de San Lorenzo, situada a 5,5 km da primeira escola (não se registra a presença de nenhuma outra fábrica de venenos nas proximidades de ambas as escolas). Foram consideradas crianças “potencialmente expostas a agrotóxicos” aquelas que vinham frequentando a escola de Ñemby durante 4 horas diárias, 5 dias por semana, por um período de um a seis anos.
Os resultados desta pesquisa permitem afirmar que existe uma exposição a agentes genotóxicos no primeiro grupo de crianças. Deveria ser estabelecido um acompanhamento da frequência de micronúcleos uma vez interrompida a exposição para determinar a persistência, ou não, dos indicadores biológicos de dano celular.
FONTE: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlYHZESjZEZaN2aKVVVB1TP
Artigo original: http://www.pediatria.spp.org.py/revistas/ed_2010/dano_celular.html
Participaram do estudo 48 crianças potencialmente expostas a agrotóxicos e 46 crianças não expostas. Obteve-se amostras da mucosa bucal para determinar o dano no material genético através da frequência de micronúcleos. Encontrou-se no grupo potencialmente exposto a agrotóxicos uma média maior de micronúcleos e de células binucleadas, bem como uma maior frequência de fragmentação nuclear (cariorréxis) e picnose, que são processos típicos de células necróticas.
A medição da frequência de micronúcleos em linfócitos de sangue periférico é amplamente utilizada em epidemiologia molecular e citogenética para avaliar a presença e extensão de dano cromossômico em populações humanas expostas a agentes genotóxicos ou para determinar a presença de um perfil genético suscetível. A alta confiabilidade e o baixo custo da técnica contribuiu para o êxito e a adoção deste biomarcador para estudos, in vitro e in vivo, de danos ao genoma humano.
Outras pesquisas já forneceram evidências preliminares de que a frequência de micronúcleos em linfócitos de sangue periférico constitui um marcador biológico que prediz o risco de câncer em uma população de pessoas sadias.
Neste estudo, as crianças potencialmente expostas aos agrotóxicos eram alunos saudáveis de uma escola da cidade de Ñemby, situada a 50 metros de uma fábrica de agrotóxicos da empresa Chemtec S.A.E. As crianças não expostas eram alunos também saudáveis da cidade de San Lorenzo, situada a 5,5 km da primeira escola (não se registra a presença de nenhuma outra fábrica de venenos nas proximidades de ambas as escolas). Foram consideradas crianças “potencialmente expostas a agrotóxicos” aquelas que vinham frequentando a escola de Ñemby durante 4 horas diárias, 5 dias por semana, por um período de um a seis anos.
Os resultados desta pesquisa permitem afirmar que existe uma exposição a agentes genotóxicos no primeiro grupo de crianças. Deveria ser estabelecido um acompanhamento da frequência de micronúcleos uma vez interrompida a exposição para determinar a persistência, ou não, dos indicadores biológicos de dano celular.
FONTE: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlYHZESjZEZaN2aKVVVB1TP
Artigo original: http://www.pediatria.spp.org.py/revistas/ed_2010/dano_celular.html
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Dr. Frederico Lobo
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Bisfenol-A e a etiologia da obesidade
Demorou mas alguém no Brasil resolveu relacionar produtos tóxicos com a Globesidade (epidemia global de obesidade). O Blog da VP (Valéria Paschoal Consultoria em Nutrição Funcional), preparou um texto ótimo sobre o tema. A princípio tratam somente dos possíveis efeitos do Bisfenol-A (BPA) como por exemplo disrupção endócrina. Entretanto deixam claro que outros componentes tóxicos da indústria presente no ambiente e alimentos podem estar agindo como Disruptores endócrinos.
Vale a pena ler o texto.
Boa semana para todos meus leitores
Dr. Frederico Lobo
Bifesnol A e a etiologia da obesidade
A obesidade é uma doença multifatorial caracterizada pelo Índice de Massa Corporal acima de 30kg/m2 com acúmulo excessivo de tecido adiposo. Está associada a diversas co-morbidades, como diabetes melitus tipo 2, dislipidemia, hipertensão arterial e remodelação cardíaca. A atual epidemia da obesidade é uma consequência da interação entre fatores genéticos, comportamentais e ambientais. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49% da população apresenta sobrepeso, sendo 13% desses já obesos.
Enquanto muito já se discute sobre a epidemia global da obesidade, componentes tóxicos da indústria, presentes no ambiente e nos alimentos, apenas começaram a receber atenção.
Esses compostos interferem na função normal do sistema endócrino por afetar o equilíbrio de glândulas e hormônios que regulam funções vitais, como crescimento, resposta ao estresse, desenvolvimento sexual, reprodução, produção e utilização da insulina, e taxa metabólica. Por este motivos são denominados disruptores endócrinos.
Dados epidemiológicos recentes mostram que a exposição a essas substâncias, durante o desenvolvimento, está associada com sobrepeso ou obesidade na vida adulta. Os primeiros achados mostram que o início da epidemia da obesidade coincidiu com o aumento de químicos industriais no ambiente.
Dentre os disruptores endócrinos, o bisfenol A (BPA) destaca-se pelo fato de haver grande exposição a ele pelo homem. Trata-se de um monômero de plásticos policarbonatos e resinas epóxi, estando presente em alimentos enlatados, mamadeiras, embalagens de bebidas, filmes de polivinil, papéis, cartolinas e selantes dentários. Atualmente, a produção mundial de BPA excede 3 bilhões de kg/ano. Sua exposição ocorre pela dieta (contaminação de alimentos principalmente sob calor), contato com a pele e inalação de poeira doméstica. A presença de metabólitos em concentrações mensuráveis mostrou-se elevada em mais de 90% da população no mundo todo.
Foi mostrado, através de dados do National Health and Nutrition Survey (NHANES) 2003/04 que altas concentrações de BPA estavam associadas com diagnóstico de doenças cardiovasculares e diabetes, mas não com outras doenças, sugerindo especificidade. Sendo lipofílico, pode ser armazenado no tecido adiposo.
Uma vez que a obesidade torna-se epidêmica e que fatores ambientais estão fortemente ligados a esses dados, serão discutidos os possíveis efeitos do disruptor endócrino bisfenol A na etiologia da obesidade.
Bisfenol A, atividades hormonais e obesidade
O BPA é comumente descrito pela sua atividade estrogênica. Além de se ligar aos receptores nucleares de estrógeno alfa e beta, o monômero interage com uma série de outros receptores de estrógenos não clássicos, alguns com alta afinidade. Ele também atua como antagonista de receptor de andrógenos e interage com receptores de hormônios tireoidianos.
Os estudos em animais já conseguem traçar um caminho para o entendimento da relação do BPA com a obesidade. Doses muito baixas oferecidas a animais durante o desenvolvimento exercem alguns efeitos. Ratos e camundongos mostraram peso corporal aumentado quando expostos a baixas dosagens de BPA no período pré-natal e neonatal. Alguns resultados mostram que esse aumento no peso é relacionado ao gênero, ao passo que outros relatam efeitos em ambos os sexos. Essa diferença pode estar relacionada com o tempo de exposição e com a dose.
Além disso, ratos expostos ao BPA no pré-natal mostram aumento de hiperplasia intraductal (lesões pré-cancerígenas) que aparecem na vida adulta. Independentemente da raça de ratos utilizados, das vias, níveis e tempo de exposição, todos os estudos mostram suscetibilidade aumentada à neoplasia da glândula mamária manifestada na vida adulta. As neoplasias normalmente aparecem após completa maturação sexual, que pode ser devido ao efeito dos hormônios sexuais na proliferação e remodelação desses órgãos. Camundongos expostos a BPA durante a vida intrauterina e lactação, apresentaram aumento somente na velocidade do crescimento, sem relação com aumento de peso corporal.
Estudos in vitro com BPA fornecem evidências de seu papel no desenvolvimento da obesidade, podendo sugerir alvos específicos. O BPA faz com que as células 3T3-L1 (fibroblastos de camundongos que podem se diferenciar em adipócitos) aumentem sua taxa de diferenciação, e em combinação com a insulina, acelera a formação de adipócitos. Outros trabalhos in vitro mostram que baixas doses de BPA prejudicam a sinalização do cálcio nas células pancreáticas, atrapalham o funcionamento da célula beta e causam resistência à insulina. Baixas dosagens experimentais também podem inibir a síntese de adiponectina e estimular a liberação de adipocinas inflamatórias como interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) do tecido adiposo humano, sugerindo seu papel na obesidade e síndrome metabólica.
Entretanto, estudos com humanos ainda são escassos e a amostragem utilizada é pequena. Um estudo com 296 italianos mostrou que a excreção diária de BPA associou-se com aumento de concentração sérica de testosterona total em homens. Porém, outro estudo analisou a relação entre hormônios tireoidianos e reprodutivos e concentração urinária de BPA em 167 homens em uma clínica de infertilidade. Observou-se relação inversa entre concentração de BPA e índices de testosterona livre, estradiol e hormônio tireoestimulante (TSH). Quando os níveis de hormônios androgênicos foram avaliados em mulheres eumenorreicas, mulheres com SOP e homens, observou-se diferenças entre os gêneros, possivelmente devido à diferença nos níveis de atividade da enzima relacionada ao androgênio. Ainda, demonstrou-se que concentrações sérias de BPA estavam associadas com aumento dos andrógenos, o que não ocorreu com níveis de estradiol, hormônios luteinizantes (LH) e folículo estimulante (FSH). Dados parecidos foram encontrados por Takeuchi e colaboradores, em trabalho feito com mulheres com e sem disfunção ovariana.
Diante do conteúdo exposto, pode-se concluir que ainda faltam informações precisas, esclarecendo a relação do bisfenol A na etiologia da obesidade, tanto na exposição pré-natal quanto na vida adulta. Estudos em humanos estão limitados a amostras pequenas e em sua maioria avaliam a excreção urinária de BPA em um único momento do dia. Como a eliminação deste composto acontece muito rapidamente no organismo, é necessária sua mensuração em diversos momentos do dia para estimar melhor a exposição. Também deve ser levada em consideração a porção que fica armazenada no tecido adiposo, uma vez que o BPA é lipofílico.
Entretanto, como esse composto desencadeia possíveis efeitos deletérios e nenhum benefício conhecido até o momento, medidas básicas no cotidiano podem ser tomadas a fim de evitar a exposição. Evitar consumo de alimentos e bebidas armazenados em embalagens plásticas, não conservar alimentos em recipientes plásticos e evitar utilização de filmes plásticos em contato direto com o alimento são medidas simples, que devem ser praticadas principalmente durante a gravidez.
FONTE: http://www.vponline.com.br/blog/?p=121
Vale a pena ler o texto.
Boa semana para todos meus leitores
Dr. Frederico Lobo
Bifesnol A e a etiologia da obesidade
A obesidade é uma doença multifatorial caracterizada pelo Índice de Massa Corporal acima de 30kg/m2 com acúmulo excessivo de tecido adiposo. Está associada a diversas co-morbidades, como diabetes melitus tipo 2, dislipidemia, hipertensão arterial e remodelação cardíaca. A atual epidemia da obesidade é uma consequência da interação entre fatores genéticos, comportamentais e ambientais. No Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 49% da população apresenta sobrepeso, sendo 13% desses já obesos.
Enquanto muito já se discute sobre a epidemia global da obesidade, componentes tóxicos da indústria, presentes no ambiente e nos alimentos, apenas começaram a receber atenção.
Esses compostos interferem na função normal do sistema endócrino por afetar o equilíbrio de glândulas e hormônios que regulam funções vitais, como crescimento, resposta ao estresse, desenvolvimento sexual, reprodução, produção e utilização da insulina, e taxa metabólica. Por este motivos são denominados disruptores endócrinos.
Dados epidemiológicos recentes mostram que a exposição a essas substâncias, durante o desenvolvimento, está associada com sobrepeso ou obesidade na vida adulta. Os primeiros achados mostram que o início da epidemia da obesidade coincidiu com o aumento de químicos industriais no ambiente.
Dentre os disruptores endócrinos, o bisfenol A (BPA) destaca-se pelo fato de haver grande exposição a ele pelo homem. Trata-se de um monômero de plásticos policarbonatos e resinas epóxi, estando presente em alimentos enlatados, mamadeiras, embalagens de bebidas, filmes de polivinil, papéis, cartolinas e selantes dentários. Atualmente, a produção mundial de BPA excede 3 bilhões de kg/ano. Sua exposição ocorre pela dieta (contaminação de alimentos principalmente sob calor), contato com a pele e inalação de poeira doméstica. A presença de metabólitos em concentrações mensuráveis mostrou-se elevada em mais de 90% da população no mundo todo.
Foi mostrado, através de dados do National Health and Nutrition Survey (NHANES) 2003/04 que altas concentrações de BPA estavam associadas com diagnóstico de doenças cardiovasculares e diabetes, mas não com outras doenças, sugerindo especificidade. Sendo lipofílico, pode ser armazenado no tecido adiposo.
Uma vez que a obesidade torna-se epidêmica e que fatores ambientais estão fortemente ligados a esses dados, serão discutidos os possíveis efeitos do disruptor endócrino bisfenol A na etiologia da obesidade.
Bisfenol A, atividades hormonais e obesidade
O BPA é comumente descrito pela sua atividade estrogênica. Além de se ligar aos receptores nucleares de estrógeno alfa e beta, o monômero interage com uma série de outros receptores de estrógenos não clássicos, alguns com alta afinidade. Ele também atua como antagonista de receptor de andrógenos e interage com receptores de hormônios tireoidianos.
Os estudos em animais já conseguem traçar um caminho para o entendimento da relação do BPA com a obesidade. Doses muito baixas oferecidas a animais durante o desenvolvimento exercem alguns efeitos. Ratos e camundongos mostraram peso corporal aumentado quando expostos a baixas dosagens de BPA no período pré-natal e neonatal. Alguns resultados mostram que esse aumento no peso é relacionado ao gênero, ao passo que outros relatam efeitos em ambos os sexos. Essa diferença pode estar relacionada com o tempo de exposição e com a dose.
Além disso, ratos expostos ao BPA no pré-natal mostram aumento de hiperplasia intraductal (lesões pré-cancerígenas) que aparecem na vida adulta. Independentemente da raça de ratos utilizados, das vias, níveis e tempo de exposição, todos os estudos mostram suscetibilidade aumentada à neoplasia da glândula mamária manifestada na vida adulta. As neoplasias normalmente aparecem após completa maturação sexual, que pode ser devido ao efeito dos hormônios sexuais na proliferação e remodelação desses órgãos. Camundongos expostos a BPA durante a vida intrauterina e lactação, apresentaram aumento somente na velocidade do crescimento, sem relação com aumento de peso corporal.
Estudos in vitro com BPA fornecem evidências de seu papel no desenvolvimento da obesidade, podendo sugerir alvos específicos. O BPA faz com que as células 3T3-L1 (fibroblastos de camundongos que podem se diferenciar em adipócitos) aumentem sua taxa de diferenciação, e em combinação com a insulina, acelera a formação de adipócitos. Outros trabalhos in vitro mostram que baixas doses de BPA prejudicam a sinalização do cálcio nas células pancreáticas, atrapalham o funcionamento da célula beta e causam resistência à insulina. Baixas dosagens experimentais também podem inibir a síntese de adiponectina e estimular a liberação de adipocinas inflamatórias como interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) do tecido adiposo humano, sugerindo seu papel na obesidade e síndrome metabólica.
Entretanto, estudos com humanos ainda são escassos e a amostragem utilizada é pequena. Um estudo com 296 italianos mostrou que a excreção diária de BPA associou-se com aumento de concentração sérica de testosterona total em homens. Porém, outro estudo analisou a relação entre hormônios tireoidianos e reprodutivos e concentração urinária de BPA em 167 homens em uma clínica de infertilidade. Observou-se relação inversa entre concentração de BPA e índices de testosterona livre, estradiol e hormônio tireoestimulante (TSH). Quando os níveis de hormônios androgênicos foram avaliados em mulheres eumenorreicas, mulheres com SOP e homens, observou-se diferenças entre os gêneros, possivelmente devido à diferença nos níveis de atividade da enzima relacionada ao androgênio. Ainda, demonstrou-se que concentrações sérias de BPA estavam associadas com aumento dos andrógenos, o que não ocorreu com níveis de estradiol, hormônios luteinizantes (LH) e folículo estimulante (FSH). Dados parecidos foram encontrados por Takeuchi e colaboradores, em trabalho feito com mulheres com e sem disfunção ovariana.
Diante do conteúdo exposto, pode-se concluir que ainda faltam informações precisas, esclarecendo a relação do bisfenol A na etiologia da obesidade, tanto na exposição pré-natal quanto na vida adulta. Estudos em humanos estão limitados a amostras pequenas e em sua maioria avaliam a excreção urinária de BPA em um único momento do dia. Como a eliminação deste composto acontece muito rapidamente no organismo, é necessária sua mensuração em diversos momentos do dia para estimar melhor a exposição. Também deve ser levada em consideração a porção que fica armazenada no tecido adiposo, uma vez que o BPA é lipofílico.
Entretanto, como esse composto desencadeia possíveis efeitos deletérios e nenhum benefício conhecido até o momento, medidas básicas no cotidiano podem ser tomadas a fim de evitar a exposição. Evitar consumo de alimentos e bebidas armazenados em embalagens plásticas, não conservar alimentos em recipientes plásticos e evitar utilização de filmes plásticos em contato direto com o alimento são medidas simples, que devem ser praticadas principalmente durante a gravidez.
FONTE: http://www.vponline.com.br/blog/?p=121
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Dr. Frederico Lobo
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Pesquisa liga proximidade de antena a maior risco de câncer
Quem vive a até 100 m de antena de celular tem 33% mais risco de morrer de câncer do que a população geral, diz pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais.
A engenheira Adilza Condessa Dode, 52, cruzou dados sobre mortes por tumores entre 1996 e 2006 em Belo Horizonte com áreas onde essas pessoas moravam e a localização das antenas de celular.
Ela elegeu tumores já associados esse tipo de radiação: próstata, mama, pulmão, intestino, pele e tireoide.
Em um raio de até mil metros das antenas, o risco foi maior. " O celular você desliga. A antena, não."
O médico Edson Amaro Jr., professor de radiologia da USP, pondera que o estudo não é fechado. Isto é, não foram controlados os hábitos de quem morava perto das antenas. "Esse tipo de estudo não é o ideal, mas também não há muitas alternativas."
O engenheiro Alvaro Augusto Salles, professor de telecomunicações na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, criou um modelo do cérebro baseado na tomografia de uma criança para simular efeitos da radiação.
Ele explica que as ondas têm efeitos térmicos (por isso a orelha esquenta quando se usa o celular) e não térmicos. Esses podem causar quebras nas fitas que formam a dupla-hélice do DNA, levando a mutações e a tumores.
Os riscos são maiores nas crianças, cujos tecidos estão se reproduzindo mais rápido.
Salles diz que, quando usamos o celular encostado na orelha, 75% da energia que seria usada na conexão é absorvida pela cabeça.
Para o engenheiro, se os celulares usarem antenas que direcionem a energia para o lado oposto ao da cabeça, o risco cairá muito. "O futuro é essa tecnologia, mas está demorando. São 5 bilhões de usuários. Mesmo que o risco seja pequeno, muitos podem ser afetados."
O celular não deve ser isolado como causa de problemas, lembra Edson Amaro Jr., professor de radiologia da Faculdade de Medicina da USP . "O homem polui o ambiente com todas as formas de ondas eletromagnéticas."
Já é sabido há anos que o sol é causa de câncer de pele. "Você se expor ao sol em situações extremas equivale a fazer exames de raio-X."
O que diferencia os tipos de radiação é a frequência. Quanto maior a frequência, maior a energia, e maiores os riscos de efeitos nocivos.
Conclusão: "Se você não precisa, não use celular, e se você não precisa, não se exponha ao sol", diz Amaro.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd0711201003.htm
A engenheira Adilza Condessa Dode, 52, cruzou dados sobre mortes por tumores entre 1996 e 2006 em Belo Horizonte com áreas onde essas pessoas moravam e a localização das antenas de celular.
Ela elegeu tumores já associados esse tipo de radiação: próstata, mama, pulmão, intestino, pele e tireoide.
Em um raio de até mil metros das antenas, o risco foi maior. " O celular você desliga. A antena, não."
O médico Edson Amaro Jr., professor de radiologia da USP, pondera que o estudo não é fechado. Isto é, não foram controlados os hábitos de quem morava perto das antenas. "Esse tipo de estudo não é o ideal, mas também não há muitas alternativas."
O engenheiro Alvaro Augusto Salles, professor de telecomunicações na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, criou um modelo do cérebro baseado na tomografia de uma criança para simular efeitos da radiação.
Ele explica que as ondas têm efeitos térmicos (por isso a orelha esquenta quando se usa o celular) e não térmicos. Esses podem causar quebras nas fitas que formam a dupla-hélice do DNA, levando a mutações e a tumores.
Os riscos são maiores nas crianças, cujos tecidos estão se reproduzindo mais rápido.
Salles diz que, quando usamos o celular encostado na orelha, 75% da energia que seria usada na conexão é absorvida pela cabeça.
Para o engenheiro, se os celulares usarem antenas que direcionem a energia para o lado oposto ao da cabeça, o risco cairá muito. "O futuro é essa tecnologia, mas está demorando. São 5 bilhões de usuários. Mesmo que o risco seja pequeno, muitos podem ser afetados."
O celular não deve ser isolado como causa de problemas, lembra Edson Amaro Jr., professor de radiologia da Faculdade de Medicina da USP . "O homem polui o ambiente com todas as formas de ondas eletromagnéticas."
Já é sabido há anos que o sol é causa de câncer de pele. "Você se expor ao sol em situações extremas equivale a fazer exames de raio-X."
O que diferencia os tipos de radiação é a frequência. Quanto maior a frequência, maior a energia, e maiores os riscos de efeitos nocivos.
Conclusão: "Se você não precisa, não use celular, e se você não precisa, não se exponha ao sol", diz Amaro.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd0711201003.htm
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segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Fumo é associado com aumento no risco de Alzheimer
Fumar pesadamente na meia-idade pode aumentar grandemente o risco de desenvolver a doença de Alzheimer e outras formas de demência. Segundo uma nova pesquisa, o risco é mais do que duas vezes maior.
O estudo foi publicado segunda-feira (25) nos Archives of Internal Medicine e sairá em 28 de fevereiro na edição impressa da revista. O finlandês Minna Rusanen, do Hospital Universitário Kuopio, e colegas nos Estados Unidos e Europa analisaram dados de 21.123 integrantes de um sistema de saúde na Finlândia que participaram de um levantamento entre 1978 e 1985, quando tinham entre 50 e 60 anos.
Diagnóstios de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum de demência) e demência vascular (a segunda forma mais comum), foram registrados de 1º de janeiro de 1994, quando a idade média dos participantes do estudo era de 71,6 anos, até 31 de julho de 2008. Um total de 5.367 participantes (25,4%) foi diagnosticado com demência, com 1.136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.
Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia durante o período analisado tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular. Ex-fumantes e pessoas que fumaram menos de meio maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco de desenvolvimento das doenças.
A associação entre fumo e demência não variou de acordo com a raça ou o sexo dos participantes. Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.
Fumar também contribui com o estresse oxidativo e com inflamações, que se estima serem importantes para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. “É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos”, sugeriram os autores.
FONTE: http://www.odisseu.com/bomdiadoutor/
O estudo foi publicado segunda-feira (25) nos Archives of Internal Medicine e sairá em 28 de fevereiro na edição impressa da revista. O finlandês Minna Rusanen, do Hospital Universitário Kuopio, e colegas nos Estados Unidos e Europa analisaram dados de 21.123 integrantes de um sistema de saúde na Finlândia que participaram de um levantamento entre 1978 e 1985, quando tinham entre 50 e 60 anos.
Diagnóstios de demência, incluindo Alzheimer (o tipo mais comum de demência) e demência vascular (a segunda forma mais comum), foram registrados de 1º de janeiro de 1994, quando a idade média dos participantes do estudo era de 71,6 anos, até 31 de julho de 2008. Um total de 5.367 participantes (25,4%) foi diagnosticado com demência, com 1.136 deles com Alzheimer e 416 com demência vascular.
Os pesquisadores observaram que, em comparação com os não fumantes, aqueles que fumaram mais de dois maços de cigarro por dia durante o período analisado tiveram um aumento de 157% no risco de desenvolvimento de Alzheimer e de 172% no de demência vascular. Ex-fumantes e pessoas que fumaram menos de meio maço por dia não apresentaram aumento significativo no risco de desenvolvimento das doenças.
A associação entre fumo e demência não variou de acordo com a raça ou o sexo dos participantes. Segundo os autores do estudo, sabe-se que o fumo é um fator de risco para acidente vascular cerebral e o hábito pode contribuir para o risco de demência por meio de mecanismos semelhantes.
Fumar também contribui com o estresse oxidativo e com inflamações, que se estima serem importantes para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. “É possível que fumar afete o desenvolvimento de demência por meio de caminhos vasculares e neurodegenerativos”, sugeriram os autores.
FONTE: http://www.odisseu.com/bomdiadoutor/
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Dr. Frederico Lobo
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sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Receitas vivas - Projeto semente N'ativa
Caros leitores,
Já comentei aqui no blog sobre o livro "Lugar de Médico é na cozinha" do colega Dr. Alberto Peribanez Gonzalez, médico e professor de Fisiologia Cardiovascular, Respiratória e Neurofisiológica do Curso de Medicina da Universidade Estácio de Sá. Coordenador do projeto científico Oficina de Alimentos Funcionais "Oficina da Semente" e do curso de extensão Bases Fisiológicas da Terapêutica Natural e Alimentação Viva, na Universidade Estácio de Sá. Autor de dezenas de trabalhos em pesquisa cirúrgica da microcirculação. Mestrado e Doutorado no Instituto de Pesquisa Cirúrgica de Munique, Alemanha.
O livro é bastante interessante para quem deseja ter uma nova visão sobre a alimentação vegetariana. Explica com extensa base científica que a nossa saúde pode estar contida nos alimentos que colocamos no nosso prato. Também explica o porquê de se adotar uma dieta vegetariana ( e de preferência alimentação viva) ou com o mínimo possível de proteína animal. Ao longo do livro, Dr. Alberto aborda assuntos como germinação de alimentos, elaboração de leites vegetais e um pouco da sua prática na oficina por ele criada, denominada "Oficina da semente". Para maiores informações sobre a Oficina: http://www.oficinadasemente.com/
Dr. Alberto acabou sendo o pioneiro num movimento que já existia no Brasil, porém não havia tanta divulgação. Pessoas como Adriano Caceres de Brasília - DF possui um projeto semelhante ao do Dr. Alberto e procura difundir as chamadas "Receitas vivas".
Hoje, trago para meus leitores um material cedido pelo Adriano e espero que façam bom uso. Em breve, o mesmo será editado em livro editado. Fica aqui meu agradecimento ao Adriano poder ceder um material tão valioso.
Grande abraço e bom feriado para todos
RECEITAS VIVAS – PROJETO SEMENTE N’ATIVA
CURSOS, APRESENTAÇÕES E CONSULTORIAS
Elaboração: Adriano Caceres
Contatos: (61) 8141-2299 / 3447-7649
adrianocaceres@yahoo.com.br
GERMINAÇÃO DAS SEMENTES
Colocar as Sementes de trigo, linhaça, girassol, amendoim, gergelim, quinua, aveia, centeio, amaranto ou qualquer outra em recipiente de vidro e colocar água mineral ou outra água livre de contaminantes como cloro e flúor.
Deixar de molho por 8 horas (durante a noite).
Escoar a água e utilizar as sementes.
Se quiser produzir brotos, manter as sementes úmidas por mais 16 horas ou até a raíz brotar em recipientes de vidro protegidos com paninhos circulares de voal amarrados com liga de borracha. Não tampar os vidros, a semente deve respirar.
FABRICAÇÃO DAS REDES DE COAR
Comprar tecido de voal em qualquer loja de tecidos. Demarcar um círculo de aproximadamente 50cm de diâmetro, que ultrapasse o diâmetro da tigela de vidro que você dispõe.
Cortar o pano com tesoura em formato circular.
Queimar as bordas do círculo com isqueiro, para que não fique desfiando.
Com um incenso aceso, fazer furinhos perto da extremidade do pano, distantes 2,5cm um do outro.
Colocar o elástico passando pelos furinhos e depois amarrar as pontas com um nó.
Para fazer os paninhos circulares de voal, que protegerão as sementes em germinação, basta cortar o tecido em formatos circulares menores, que consigam abraçar os recipientes de vidro.
Proteger os potes que contem as sementes com os paninhos, amarrados com elástico.
Obs.: Se não puder fabricar sua própia rede, as redes de coar podem ser compradas no Restaurante Bhumi (113 sul) ou no Restaurante Girassol (409 sul) ambos em Brasília-DF.
RECEITAS VIVAS:
SUCO DA LUZ DO SOL (VERDE) – LEITE DA TERRA
INGREDIENTES:
→ 3 maçãs fuji
→ ½ inhame pequeno sem casca
→ 1 cenoura
→ 1/2 abóbora pequena
→ 1 água de côco
→ Polpa de côco
→ Sementes germinadas de quinua, girassol, linhaça e gergelim (variar a acada dia)
→ Castanha do Pará hidratada
→ Amêndoas hidratadas
→ Folhas de couve, morango, cenoura, alface, acelga, amora, hortelã ou capim de trigo (variar a cada dia)
Rendimento: aproximadamente 700mL
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de quinua, girassol, linhaça e/ou gergelim em recipiente de vidro com água durante 8 horas. Pela manhã, escoar a água, descartando-a.
Colocar uma água de côco no liquidificador. Abrir o côco, raspar a polpa e colocar no liquidificador. Colocar 3 maçãs, ½ inhames sem casca, 1 cenoura e ½ abóbora menina brasileira, todos cortados em pedaços pequenos. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador.
Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Recolher o suco já coado e e colocar no liquidificador. Adicionar as sementes germinadas de girassol, quinua, gergelim preto ou branco. Bater e depois coar a mistura. Novamente, colocar o suco já coado no liquidificador. Por último, adicionar folhas de couve e/ou folhas de morango e/ou folhas de cenoura ou capim de trigo. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador. Deixar bater por mais de 2 minutos, até o suco ficar homogêneo. Coar novamente em pano de voal.
Está pronto o suco da luz, que substitui um café da manhã, limpa e mineraliza o sangue, libera líquidos retidos no corpo, promove a revascularização de tecidos, melhora a circulação sanguínea e melhora a disposição. O suco da luz deve ser tomado diariamente em jejum, pela manhã.
Efeitos do suco da luz e da alimentação viva:
→ “limpeza intestinal”, traz bactérias benéficas para o intestino (lactobacilos);
→ limpeza do sangue, normalização da carga elétrica das hemácias, redução de prostaglandinas inflamatórias PG-2, diminuição da viscosidade sanguínea;
→ Neovascularização, melhoria da circulação sanguínea, estímulo à produção de células sanguíneas
→ Fortalecimento do sistema imunológico;
→ Desintoxicação do Terreno Biológico.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
SUCO DA LUZ DO SOL (ROXO)
INGREDIENTES:
→ 3 maçãs fuji;
→ 2 beterrabas;
→ 1 inhames pequeno sem casca;
→ 1 cenoura;
→ 1/2 abóbora pequena;
→ 1 água de côco;
→ Polpa de côco;
→ Sementes germinadas de quinua, girassol, linhaça e gergelim (variar a acada dia);
→ Castanha-do-Pará hidratada;
→ Amêndoas hidratadas;
→ Folhas de couve, morango, cenoura, beterraba, repolho roxo, alface, acelga, amora, radichio, hortelã ou capim de trigo (variar a cada dia).
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de quinua, girassol, linhaça e/ou gergelim em recipiente de vidro com água durante 8 horas. Pela manhã, escoar a água, descartando-a.
Colocar uma água de côco no liquidificador. Abrir o côco, raspar a polpa e colocar no liquidificador. Colocar 3 maçãs, ½ inhames sem casca, 1 cenoura, ½ abóbora menina brasileira e as 2 beterrabas, todos cortados em pedaços pequenos. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador.
Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Recolher o suco já coado e e colocar no liquidificador. Adicionar as sementes germinadas de girassol, quinua, gergelim preto ou branco. Bater e depois coar a mistura. Novamente, colocar o suco já coado no liquidificador. Por último, adicionar folhas de couve e/ou folhas de morango e/ou folhas de cenoura, folhas de beterraba ou capim de trigo. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador. Deixar bater por mais de 2 minutos, até o suco ficar homogêneo. Coar novamente em pano de voal.
Está pronto o suco da luz, que substitui um café da manhã, limpa e mineraliza o sangue, libera líquidos retidos no corpo, promove a revascularização de tecidos, melhora a circulação sanguínea e melhora a disposição. O suco da luz deve ser tomado diariamente em jejum, pela manhã.
LEITE DE CASTANHA-DO-PARÁ E AMÊNDOAS
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco
→ Polpa dos côcos
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas
→ 40g de Amêndoas hidratadas
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço ou uvas passa.
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de Castanha-do-Pará, Amêndoas e Tâmaras sem caroço para hidratar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. O Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas oxida em três dias, sendo recomendável conservar por até 2 dias em geladeira.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
LEITE DE CASTALIM e QUINUA
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco
→ Polpa dos côcos
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas
→ 40g de Amêndoas hidratadas
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço
→ 30g de Gergelim branco com casca
→ 20g de quinua
Colocar as sementes de quinua, gergelim branco, castanha-do-Pará, amêndoas e tâmaras para germinar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Quantidades aproximadas: quinua – 30g, gergelim branco – 40g, castanha-do-Pará – 50g, amêndoas – 40g. Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. O Leite de Castalim e quinua oxida rapidamente, durando apenas 1 dia em geladeira.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
MOUSSE DE AMORA (GELÉIA DE AMORA)
INGREDIENTES:
→ 50g de linhaça (hidratar em água por 8 horas)
→ 60g de tâmaras secas (hidratar em água por 2 horas)
→ uma porção de amoras frescas
→ polpa de côco verde
MODO DE PREPARO:
Bater em liquidificador e servir em tigelas com cobertura de castanha-do-Pará ralada ou servir como geléia para passar no pão.
SUCO DE AMORA (NÉCTAR DE AMORA)
INGREDIENTES:
→ uma porção de amoras frescas
→ 2 águas de côco
→ polpa de côco
→ beterraba ou uvas (opcional)
MODO DE PREPARO:
Bater os ingredientes no liquidificador, e depois coar em um pano fino de voal. Servir gelado de preferência.
SUCO DE ACEROLA COM LARANJA (ACERANJA)
INGREDIENTES:
→ Uma porção de acerolas frescas;
→ Laranjas maduras (se possível orgânicas);
→ 1 águas de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Lavar bem todas as frutas. Espremer as laranjas com a ajuda de um espremedor, para obter o suco. Colocar o suco de laranja no liquidificador. Em seguida, adicionar as acerolas frescas. Para um suco ainda mais gostoso, coloque água de côco ao bater no liquidificador. Não coloque açúcar ou mel, o doce da laranja já deixa seu suco delicioso.
SUCO DE ABACAXI, LARANJA E MANGA (ABACARANGA)
INGREDIENTES:
→ Um abacaxi maduro;
→ Laranjas maduras (se possível orgânicas);
→ Uma manga madura;
→ 1 águas de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Espremer as laranjas com a ajuda de um espremedor, para obter o suco. Colocar o suco de laranja no liquidificador, sem as sementes. Em seguida, colocar o abacaxi descascado e cortado no liquidificador. Cortar a manga em fatias e colocar no liquidificador. Bater bem e coar em pano de voal. Passar da tigela para uma jarra de vidro. Para um suco ainda mais gostoso, coloque água de côco ao bater no liquidificador. Não coloque açúcar ou mel, o doce das frutas já deixa seu suco delicioso.
SUCO DE ABACAXI COM BETERRABA (ABACARRABA)
INGREDIENTES:
→ Um abacaxi maduro;
→ 1 beterraba grande ou duas médias;
→ 1 água de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Descascar e cortar o abacaxi, e colocar no liquidificador. Colocar a beterraba cortada em fatias. Adicionar uma água de côco. Coar no pano de voal. Passar da tigela para uma jarra de vidro. Servir gelado ou com gelo.
VITAMINA DE LEITE DE CASTANHA COM BANANA E MAMÃO
INGREDIENTES:
→ Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas;
→ 1 banana nanica madura;
→ 1 mamão formosa maduro.
MODO DE FAZER:
Colocar o leite de castanhas no liquidificador. Adicionar as bananas e o mamão. Bater por 2 minutos. Não há necessidade de coar. Se tiver à disposição, coloque também uma atemóia ou pinha! Fica delicioso!
MILK SHAKE DE MORANGO COM LEITE DE CASTANHA
INGREDIENTES:
→ Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas;
→ uma porção de morangos orgânicos;
MODO DE FAZER:
Preparar o leite de castanha-do-Pará e amêndoas. Colocar o leite de castanha no liquidificador e adicionar os morangos (de preferência orgânicos). Se quiser, adicione mais polpa de côco, para ficar mais cremoso. Não há necessidade de coar. Se houver necessidade de adoçar mais, pode-se adicionar tâmaras ou uvas passas hidratadas. Recomenda-se não utilizar qualquer tipo de açúcar ou mel.
ACHOCOLATADO DE LEITE DE CASTANHA-DO-PARÁ E AMÊNDOAS
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco;
→ Polpa dos côcos;
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas;
→ 40g de Amêndoas hidratadas;
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço;
→ Cacau em pó;
→ Mel (opcional).
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de Castanha-do-Pará, Amêndoas e Tâmaras sem caroço para hidratar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Adicionar o cacau em pó. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. Se quiser o achocolatado mais doce, adicione um pouco de mel ao bater no liquidificador. Se você já tiver feito o Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas, basta acrescentar o cacau em pó e bater no liquidificador.
TORTA DE BANANA
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ 4 bananas nanicas maduras;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço;
→ Baunilha em fava;
→ Um limão galego;
→ Polpa de côco;
→ Água de côco;
→ 25g de Castanha-do-Pará;
→ 20g de amêndoas;
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: Bater no liquidificador 4 bananas nanicas maduras, linhaça germinada, tâmaras hidratadas polpa de côco, baunilha em fava, um limão galego, polpa de côco e água de côco até que o recheio adquira a consistência desejada.
Cobertura: pode ser feita com castanha-do-pará, baru ou amêndoas batidas no liquidificador e com uvas passas escuras e claras. Utilize sua criatividade para enfeitar a cobertura, fazendo desenhos vivos. A massa não deve estar quente ao receber o recheio. Servir à temperatura ambiente ou conservar em geladeira por algumas horas e servir gelado.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
TORTA DE MORANGO
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Uma porção de morangos orgânicos;
→ Leite de Castanha-do-Pará;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Água de côco;
→ 25g de Castanha-do-Pará;
→ 20g de amêndoas;
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: morangos orgânicos, leite de castanha-do-Pará, linhaça germinada, polpa de côco, tâmaras hidratadas e água de côco até que o recheio adquira a consistência desejada.
Cobertura: morangos cortados, castanha-do-pará ralada, baru ou amêndoas batidas no liquidificador e uvas passas escuras e claras. Use sua criatividade. A massa não deve estar quente ao receber o recheio. Servir à temperatura ambiente ou conservar em geladeira por algumas horas e servir gelado.
CHOCOLATE DE ABACATE (ABACOLATE)
INGREDIENTES:
→ Um abacate maduro;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Mel;
→ Cacau em pó;
→ Amendoim levemente torrado;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Água de côco.
MODO DE FAZER:
Bater um abacate maduro, polpa de côco, tâmaras hidratadas, mel, cacau em pó, amendoim, linhaça germinada e um pouco de água de côco até a consistência desejada. Bater castanha-do-Pará, amendoim ou amêndoas junto com a mistura. Se sobrar castanhas ou amêndoas batidas polvilhar em cima do chocolate quando for servir. Servir o chocolate com frutas secas, fazendo docinhos de damascos, docinhos de bananas em rodelas, tâmaras e nozes, ou utilizar como recheio em tortas vivas (torta de abacolate).
TORTA DE ABACOLATE (CHOCOLATE DE ABACATE)
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Um abacate maduro;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Mel;
→ Cacau em pó;
→ Amendoim levemente torrado;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Água de côco.
→ Banana nanica em rodelas;
→ Uvas passa;
→ Pólen de abelhas.
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: Bater um abacate maduro, polpa de côco, tâmaras hidratadas, mel, cacau em pó, amendoim, linhaça germinada e um pouco de água de côco até a consistência desejada. Bater castanha-do-Pará, amendoim ou amêndoas junto com a mistura. Colocar suavemente o abacolate sobre a massa da torta.
Cobertura: Fazer a decoração (cobertura) com castanhas-do-Pará polvilhadas, amêndoas polvilhadas, bananas em rodelas, uvas passas e pólen de abelhas. Desenhe o que quiser nas tortas, use sua criatividade! Se desejar maior consistência, colocar em geladeira por algumas horas. Perfeita para comemorar aniversários com saúde, paz e alegria!
SORVETE DE AÇAÍ DOS DEUSES
INGREDIENTES:
→ 2 Polpas de 100mL de açaí extra (com pouca água);
→ 2 bananas nanicas bem maduras;
→ ½ mamão formosa maduro;
→ Mel (opcional);
→ Amendoim levemente torrado e descascado;
→ Polpa de côco;
→ Pólen de abelhas
→ Nozes;
→ Amêndoas;
→ Suco de uva natural (sem açúcar) (opcional);
→ Água de côco (opcional).
MODO DE FAZER:
Colocar para torrar ½ xícara de amendoim cru para torrar em travessa de vidro (deixar de 10 a 15 minutos). Colocar no liquidificador ½ mamão formosa e 2 bananas nanicas maduras, nessa ordem. Em seguida, adicionar 2 polpas de açaí concentrado (cada uma de 100mL). Triturar as polpas com uma faca. Colocar polpa de côco no liquidificador. Bater por 2 minutos. Se desejar, colocar um pouco de mel. Se houver dificuldade para bater a mistura, adicionar água de côco ou suco de uva roxo. Tirar o amendoim do forno (cuidado para não torrar demais!) e descascar. Soprar a casca do amendoim. Adicionar ½ xícara de amendoim torrado e descascado no liquidificador. Deixar bater por 4 segundos, para que os flocos de amendoim não desapareçam. Servir em tigelas colocadas previamente na geladeira (para ficar ainda mais geladinho). Fazer a cobertura com rodelas de banana nanica, pólen de abelhas, nozes a amêndoas trituradas. Bater uma polpa de cupuaçu junto também vai muito bem. O mamão pode ser substituído pela manga, fica uma delícia também!
RECEITAS VIVAS SALGADAS
ALMÔNDEGAS DE TRIGO E CASTANHA-DO-PARÁ AO MOLHO SUGO
INGREDIENTES:
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Uma porção de Castanha-do-Pará;
→ Trigo para quibe;
→ Cebolinha;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Limão-galego
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de trigo e Castanha-do-Pará para hidratar por 8 horas em um recipiente de vidro. Depois escorrer a água e manter o trigo sempre úmido até a raiz brotar. Bater o trigo germinado em um liquidificador. Colocar em uma travessa. Bater a Castanha-do-Pará hidratada em um liquidificador e adicionar à massa. Adicionar o trigo para quibe hidratado, cebolinha, azeite, sal e um limão. Misturar bem e fazer as bolinhas. Levar ao forno por poucos minutos para não matar as sementes. Sugestão de acompanhamento: molho sugo (molho de tomates orgânicos com uva passa, polpa de côco, tomate seco, ervas finas, alho desidratado e pimenta calabresa).
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
ABACATE CORTADINHO COM LIMÃO
INGREDIENTES:
→ 250g de abacate maduro;
→ Azeite;
→ 1 limão galego ou tahiti;
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Cebola crua (opcional);
→ Tomate orgânico (opcional);
MODO DE FAZER:
Descascar um abacate bem maduro. Em seguida, cortar o abacate em cubinhos numa tigela de vidro. Adicionar limão-galego, azeite e cebolinha. Misturar bem os cubinhos. Se preferir, adicione também tomates orgânicos e cebola. O abacate cortadinho é muito fácil e rápido de se fazer, acompanha basicamente qualquer prato e pode ser feito diariamente no almoço ou jantar. È excelente para acompanhar outros pratos, principalmente para suavizar pratos muito salgados ou muito temperados. Não deve ser guardada em geladeira, pois oxida facilmente. Servir frio.
PÃO ESSÊNIO (PÃO DE JESUS)
INGREDIENTES:
→ 250g de trigo germinado;
→ 30g de gergelim branco ou preto;
→ 20g de quinua germinada;
→ 20g de linhaça germinado;
→ Azeite;
→ Orégano;
→ Ervas finas;
→ Sal marinho;
Colocar as sementes de trigo e/ou gergelim e/ou gergelim preto e/ou quinua e/ou linhaça para germinar por 8 horas. Bater as sementes de trigo germinadas em um liquidificador. Chacoalhar o liquidificador para que todos os grãos sejam moídos. Colocar em uma travessa. Adicionar as outras sementes germinadas, um fio de azeite e sal marinho. Misturar bem até que a massa fique homogênea. Estender a massa e levar ao forno desligado pré-aquecido por 20 minutos. Se tiver a oportunidade, desidrate seu pão essênio ao sol, coberto por rede de voal. Servir com pasta de tofu com alho, pasta de abacate (guacamole), pasta de tomate, pasta de tofu com tahine, pasta de grão-de-bico, pasta de amendoim, pasta de berinjela, pesto de ervas finas ou geléias naturais. Pode ser feito também com sementes de aveia germinadas ou aveia em flocos grossos hidratada.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
RECEITAS DE PASTAS PARA SUBSTITUIR MANTEIGA, MARGARINA, REQUEIJÃO E SIMILARES
PASTA DE TOFU COM TOMATE SECO
INGREDIENTES:
→ 250g de Tofu orgânico;
→ 150g de Tomate seco;
→ Azeite;
→ Orégano;
→ Alho desidratado;
→ Pimenta calabresa (1/2 pitada);
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Salsa;
→ Polpa de côco;
→ Sal marinho;
→ Azeite;
→ Molho shoyu Daimaru ou similar (sem glutamato, açúcar e conservantes);
MODO DE FAZER:
Colocar um tofu de 250g no liquidificador. Adicionar aproximadamente 150g de tomate seco (escorrer o excesso de óleo vegetal em papel toalha e tirar a casca). Adicionar azeite, orégano, alho desidratado, pimenta calabresa, cebolinha fresca, salsa, polpa de côco, sal marinho, azeite e molho shoyu. Se houver dificuldade ao bater no liquidificador, colocar um pouco de água mineral ou água de côco. Servir com o pão essênio.
PASTA DE GUACAMOLE SALGADA (ABACATE)
INGREDIENTES:
→ 250g de abacate maduro;
→ Azeite;
→ 1 limão galego ou tahiti;
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Sal marinho;
→ Cebola crua (opcional);
→ Tomate orgânico (opcional);
→ Castanha-do-Pará (opcional);
→ Temperos a gosto (Curry, orégano e ervas finas) (opcional).
Descascar um abacate bem maduro. Em seguida, amassar com um garfo em uma tigela de vidro (não usar liquidificador). Adicionar limão-galego, azeite, cebolinha e sal marinho. Misturar bem a pasta. Se preferir, adicione também tomates orgânicos, cebola e castanha-do-Pará. A pasta de abacate é muito fácil e rápida de se fazer, pode ser feita diariamente nas refeições matinais. Não deve ser guardada por muito tempo em geladeira, pois oxida facilmente. Servir com o pão essênio.
PASTA DE TOFU COM TAHINE (TOFUHINE)
INGREDIENTES:
→ 250g de Tofu orgânico;
→ 50g a 100g de Tahine;
→ Azeite;
→ Molho Shoyu daimaru ou similar (sem açúcar, corantes ou glutamato);
→ Orégano;
→ Polpa de côco;
→ Água de côco;
→ Cebolinha fresca cortada;
MODO DE FAZER:
Colocar um tofu de 250g no liquidificador. Adicionar o tahine (pasta de gergelim tostada). Adicionar azeite, shoyu, um pouco de orégano, polpa de côco e cebolinha. Se houver dificuldade ao bater no liquidificador, colocar um pouco de água de côco até adquirir a consistência desejada. Servir com pão essênio.
PASTA DE BERINJELA AGRIDOCE
INGREDIENTES:
→ 250g de berinjela orgãnica;
→ 1 pimentão amarelo;
→ 1 pimentão vermelho;
→ 2 dentes de alho;
→ 1 cebola pequena;
→ Castanha-do-Pará;
→ Amêndoas;
→ Orégano;
→ Cebolinha;
→ Azeite;
→ Polpa de côco;
→ Óleo de côco
→ Uvas passa claras ou escuras;
→ Sal marinho;
→ Mel.
MODO DE FAZER:
Ralar 3 berinjelas orgânicas, reservar o suco da berinjela em uma vasilha. Cortar 2 pimentões amarelos, 2 pimentões vermelhos, 2 dentes de alho e uma cebola pequena. Triturar castanha-do-Pará e amêndoas com a ajuda de um pilão. Adicionar à mistura. Colocar um pouco de missô e amassar bem para pegar o gosto. Em seguida, adicionar uvas passas claras ou escuras e um pouco de mel. Adicionar orégano, cebolinha, azeite e um pouco de sal marinho. Pegar aproximadamente metade da mistura e colocar para bater no liquidificador com o suco da berinjela que foi reservado e óleo de côco. Devolver a pasta batida para a tigela de vidro e misturar bem com o restante da pastaaté ficar homogênea. Servir com pão essênio.
PESTO DE CASTANHA-DE-CAJU COM ERVAS FINAS
INGREDIENTES:
→ 150g de Castanha-de-Caju;
→ 150mL de azeite;
→ Molho Shoyu daimaru ou similar (sem açúcar, corantes ou glutamato);
→ Ervas finas (Orégano, Salsa, Tomilho, etc.)
→ Alho desidratado;
→ Manjericão;
→ Pimenta calabresa;
MODO DE FAZER:
Tritura a Castanha-de-Caju com um pilão de madeira em recipiente apropriado. Colocar em um vidro com tampa larga. Adicionar o azeite, o molho shoyu, as ervas finas, o alho desidratado, o manjericão e a pimenta calabresa. Misturar bem até ficar homogêneo. Servir com pão essênio.
SANDUÍCHE DOS DEUSES (NO PÃO FOLHA)
INGREDIENTES:
→ Pão folha integral (sem açúcar e sem farinha branca);
→ 1 beterraba;
→ 1 cenoura;
→ Pasta de Tofu com tomate seco ou Pasta de Guacamole;
→ Pesto de Castanha-de-Caju com ervas finas;
→ Salada Orgânica (Alface, Alface roxa, Rúcula, Radichio, etc.);
→ Brotos diversos (Feijão, Girassol, Alfafa, etc.) (variar a acada dia);
→ 30g de Castanha-de-Caju triturada;
→ Molho de Gergelim;
→ Temperos diversos (Curry, Salsa, Orégano, Alho desidratado, Pimenta calabresa);
→ Azeite;
→ Molho shoyu Daimaru ou similar (sem glutamato, açúcar e conservantes);
→ Damasco cortado em pedaços pequenos.
MODO DE FAZER:
Estender o pão folha em uma pia limpa ou em prato largo. Em seguida passar a Pasta de Tofu com tomate seco ou Pasta de Guacamole por todo o pão. Ralar a cenoura e a beterraba. Colocar sobre o diâmetro do pão, em linha reta. A dicionar a salada orgãnica bem picadinha, os brotos, a castanha-de-caju, o molho de gergelim, os temperos diversos, o azeite, o molho shoyu e o damasco cortado em pedaços, sempre em linha reta, por sobre o diâmetro do pão. Fechar as duas abas do pão e servir.
Já comentei aqui no blog sobre o livro "Lugar de Médico é na cozinha" do colega Dr. Alberto Peribanez Gonzalez, médico e professor de Fisiologia Cardiovascular, Respiratória e Neurofisiológica do Curso de Medicina da Universidade Estácio de Sá. Coordenador do projeto científico Oficina de Alimentos Funcionais "Oficina da Semente" e do curso de extensão Bases Fisiológicas da Terapêutica Natural e Alimentação Viva, na Universidade Estácio de Sá. Autor de dezenas de trabalhos em pesquisa cirúrgica da microcirculação. Mestrado e Doutorado no Instituto de Pesquisa Cirúrgica de Munique, Alemanha.
O livro é bastante interessante para quem deseja ter uma nova visão sobre a alimentação vegetariana. Explica com extensa base científica que a nossa saúde pode estar contida nos alimentos que colocamos no nosso prato. Também explica o porquê de se adotar uma dieta vegetariana ( e de preferência alimentação viva) ou com o mínimo possível de proteína animal. Ao longo do livro, Dr. Alberto aborda assuntos como germinação de alimentos, elaboração de leites vegetais e um pouco da sua prática na oficina por ele criada, denominada "Oficina da semente". Para maiores informações sobre a Oficina: http://www.oficinadasemente.com/
Dr. Alberto acabou sendo o pioneiro num movimento que já existia no Brasil, porém não havia tanta divulgação. Pessoas como Adriano Caceres de Brasília - DF possui um projeto semelhante ao do Dr. Alberto e procura difundir as chamadas "Receitas vivas".
Hoje, trago para meus leitores um material cedido pelo Adriano e espero que façam bom uso. Em breve, o mesmo será editado em livro editado. Fica aqui meu agradecimento ao Adriano poder ceder um material tão valioso.
Grande abraço e bom feriado para todos
Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192 - CRM-DF 18620)
RECEITAS VIVAS – PROJETO SEMENTE N’ATIVA
CURSOS, APRESENTAÇÕES E CONSULTORIAS
Elaboração: Adriano Caceres
Contatos: (61) 8141-2299 / 3447-7649
adrianocaceres@yahoo.com.br
GERMINAÇÃO DAS SEMENTES
Colocar as Sementes de trigo, linhaça, girassol, amendoim, gergelim, quinua, aveia, centeio, amaranto ou qualquer outra em recipiente de vidro e colocar água mineral ou outra água livre de contaminantes como cloro e flúor.
Deixar de molho por 8 horas (durante a noite).
Escoar a água e utilizar as sementes.
Se quiser produzir brotos, manter as sementes úmidas por mais 16 horas ou até a raíz brotar em recipientes de vidro protegidos com paninhos circulares de voal amarrados com liga de borracha. Não tampar os vidros, a semente deve respirar.
FABRICAÇÃO DAS REDES DE COAR
Comprar tecido de voal em qualquer loja de tecidos. Demarcar um círculo de aproximadamente 50cm de diâmetro, que ultrapasse o diâmetro da tigela de vidro que você dispõe.
Cortar o pano com tesoura em formato circular.
Queimar as bordas do círculo com isqueiro, para que não fique desfiando.
Com um incenso aceso, fazer furinhos perto da extremidade do pano, distantes 2,5cm um do outro.
Colocar o elástico passando pelos furinhos e depois amarrar as pontas com um nó.
Para fazer os paninhos circulares de voal, que protegerão as sementes em germinação, basta cortar o tecido em formatos circulares menores, que consigam abraçar os recipientes de vidro.
Proteger os potes que contem as sementes com os paninhos, amarrados com elástico.
Obs.: Se não puder fabricar sua própia rede, as redes de coar podem ser compradas no Restaurante Bhumi (113 sul) ou no Restaurante Girassol (409 sul) ambos em Brasília-DF.
RECEITAS VIVAS:
SUCO DA LUZ DO SOL (VERDE) – LEITE DA TERRA
INGREDIENTES:
→ 3 maçãs fuji
→ ½ inhame pequeno sem casca
→ 1 cenoura
→ 1/2 abóbora pequena
→ 1 água de côco
→ Polpa de côco
→ Sementes germinadas de quinua, girassol, linhaça e gergelim (variar a acada dia)
→ Castanha do Pará hidratada
→ Amêndoas hidratadas
→ Folhas de couve, morango, cenoura, alface, acelga, amora, hortelã ou capim de trigo (variar a cada dia)
Rendimento: aproximadamente 700mL
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de quinua, girassol, linhaça e/ou gergelim em recipiente de vidro com água durante 8 horas. Pela manhã, escoar a água, descartando-a.
Colocar uma água de côco no liquidificador. Abrir o côco, raspar a polpa e colocar no liquidificador. Colocar 3 maçãs, ½ inhames sem casca, 1 cenoura e ½ abóbora menina brasileira, todos cortados em pedaços pequenos. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador.
Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Recolher o suco já coado e e colocar no liquidificador. Adicionar as sementes germinadas de girassol, quinua, gergelim preto ou branco. Bater e depois coar a mistura. Novamente, colocar o suco já coado no liquidificador. Por último, adicionar folhas de couve e/ou folhas de morango e/ou folhas de cenoura ou capim de trigo. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador. Deixar bater por mais de 2 minutos, até o suco ficar homogêneo. Coar novamente em pano de voal.
Está pronto o suco da luz, que substitui um café da manhã, limpa e mineraliza o sangue, libera líquidos retidos no corpo, promove a revascularização de tecidos, melhora a circulação sanguínea e melhora a disposição. O suco da luz deve ser tomado diariamente em jejum, pela manhã.
Efeitos do suco da luz e da alimentação viva:
→ “limpeza intestinal”, traz bactérias benéficas para o intestino (lactobacilos);
→ limpeza do sangue, normalização da carga elétrica das hemácias, redução de prostaglandinas inflamatórias PG-2, diminuição da viscosidade sanguínea;
→ Neovascularização, melhoria da circulação sanguínea, estímulo à produção de células sanguíneas
→ Fortalecimento do sistema imunológico;
→ Desintoxicação do Terreno Biológico.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
SUCO DA LUZ DO SOL (ROXO)
INGREDIENTES:
→ 3 maçãs fuji;
→ 2 beterrabas;
→ 1 inhames pequeno sem casca;
→ 1 cenoura;
→ 1/2 abóbora pequena;
→ 1 água de côco;
→ Polpa de côco;
→ Sementes germinadas de quinua, girassol, linhaça e gergelim (variar a acada dia);
→ Castanha-do-Pará hidratada;
→ Amêndoas hidratadas;
→ Folhas de couve, morango, cenoura, beterraba, repolho roxo, alface, acelga, amora, radichio, hortelã ou capim de trigo (variar a cada dia).
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de quinua, girassol, linhaça e/ou gergelim em recipiente de vidro com água durante 8 horas. Pela manhã, escoar a água, descartando-a.
Colocar uma água de côco no liquidificador. Abrir o côco, raspar a polpa e colocar no liquidificador. Colocar 3 maçãs, ½ inhames sem casca, 1 cenoura, ½ abóbora menina brasileira e as 2 beterrabas, todos cortados em pedaços pequenos. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador.
Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Recolher o suco já coado e e colocar no liquidificador. Adicionar as sementes germinadas de girassol, quinua, gergelim preto ou branco. Bater e depois coar a mistura. Novamente, colocar o suco já coado no liquidificador. Por último, adicionar folhas de couve e/ou folhas de morango e/ou folhas de cenoura, folhas de beterraba ou capim de trigo. Utilizar um biosocador (cenoura ou pepino) para ajudar a socar a mistura em direção à hélice do liquidificador. Deixar bater por mais de 2 minutos, até o suco ficar homogêneo. Coar novamente em pano de voal.
Está pronto o suco da luz, que substitui um café da manhã, limpa e mineraliza o sangue, libera líquidos retidos no corpo, promove a revascularização de tecidos, melhora a circulação sanguínea e melhora a disposição. O suco da luz deve ser tomado diariamente em jejum, pela manhã.
LEITE DE CASTANHA-DO-PARÁ E AMÊNDOAS
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco
→ Polpa dos côcos
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas
→ 40g de Amêndoas hidratadas
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço ou uvas passa.
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de Castanha-do-Pará, Amêndoas e Tâmaras sem caroço para hidratar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. O Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas oxida em três dias, sendo recomendável conservar por até 2 dias em geladeira.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
LEITE DE CASTALIM e QUINUA
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco
→ Polpa dos côcos
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas
→ 40g de Amêndoas hidratadas
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço
→ 30g de Gergelim branco com casca
→ 20g de quinua
Colocar as sementes de quinua, gergelim branco, castanha-do-Pará, amêndoas e tâmaras para germinar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Quantidades aproximadas: quinua – 30g, gergelim branco – 40g, castanha-do-Pará – 50g, amêndoas – 40g. Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. O Leite de Castalim e quinua oxida rapidamente, durando apenas 1 dia em geladeira.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
MOUSSE DE AMORA (GELÉIA DE AMORA)
INGREDIENTES:
→ 50g de linhaça (hidratar em água por 8 horas)
→ 60g de tâmaras secas (hidratar em água por 2 horas)
→ uma porção de amoras frescas
→ polpa de côco verde
MODO DE PREPARO:
Bater em liquidificador e servir em tigelas com cobertura de castanha-do-Pará ralada ou servir como geléia para passar no pão.
SUCO DE AMORA (NÉCTAR DE AMORA)
INGREDIENTES:
→ uma porção de amoras frescas
→ 2 águas de côco
→ polpa de côco
→ beterraba ou uvas (opcional)
MODO DE PREPARO:
Bater os ingredientes no liquidificador, e depois coar em um pano fino de voal. Servir gelado de preferência.
SUCO DE ACEROLA COM LARANJA (ACERANJA)
INGREDIENTES:
→ Uma porção de acerolas frescas;
→ Laranjas maduras (se possível orgânicas);
→ 1 águas de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Lavar bem todas as frutas. Espremer as laranjas com a ajuda de um espremedor, para obter o suco. Colocar o suco de laranja no liquidificador. Em seguida, adicionar as acerolas frescas. Para um suco ainda mais gostoso, coloque água de côco ao bater no liquidificador. Não coloque açúcar ou mel, o doce da laranja já deixa seu suco delicioso.
SUCO DE ABACAXI, LARANJA E MANGA (ABACARANGA)
INGREDIENTES:
→ Um abacaxi maduro;
→ Laranjas maduras (se possível orgânicas);
→ Uma manga madura;
→ 1 águas de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Espremer as laranjas com a ajuda de um espremedor, para obter o suco. Colocar o suco de laranja no liquidificador, sem as sementes. Em seguida, colocar o abacaxi descascado e cortado no liquidificador. Cortar a manga em fatias e colocar no liquidificador. Bater bem e coar em pano de voal. Passar da tigela para uma jarra de vidro. Para um suco ainda mais gostoso, coloque água de côco ao bater no liquidificador. Não coloque açúcar ou mel, o doce das frutas já deixa seu suco delicioso.
SUCO DE ABACAXI COM BETERRABA (ABACARRABA)
INGREDIENTES:
→ Um abacaxi maduro;
→ 1 beterraba grande ou duas médias;
→ 1 água de côco (opcional)
MODO DE FAZER:
Descascar e cortar o abacaxi, e colocar no liquidificador. Colocar a beterraba cortada em fatias. Adicionar uma água de côco. Coar no pano de voal. Passar da tigela para uma jarra de vidro. Servir gelado ou com gelo.
VITAMINA DE LEITE DE CASTANHA COM BANANA E MAMÃO
INGREDIENTES:
→ Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas;
→ 1 banana nanica madura;
→ 1 mamão formosa maduro.
MODO DE FAZER:
Colocar o leite de castanhas no liquidificador. Adicionar as bananas e o mamão. Bater por 2 minutos. Não há necessidade de coar. Se tiver à disposição, coloque também uma atemóia ou pinha! Fica delicioso!
MILK SHAKE DE MORANGO COM LEITE DE CASTANHA
INGREDIENTES:
→ Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas;
→ uma porção de morangos orgânicos;
MODO DE FAZER:
Preparar o leite de castanha-do-Pará e amêndoas. Colocar o leite de castanha no liquidificador e adicionar os morangos (de preferência orgânicos). Se quiser, adicione mais polpa de côco, para ficar mais cremoso. Não há necessidade de coar. Se houver necessidade de adoçar mais, pode-se adicionar tâmaras ou uvas passas hidratadas. Recomenda-se não utilizar qualquer tipo de açúcar ou mel.
ACHOCOLATADO DE LEITE DE CASTANHA-DO-PARÁ E AMÊNDOAS
INGREDIENTES:
→ 2 águas de côco;
→ Polpa dos côcos;
→ 50g de Castanhas-do-Pará hidratadas;
→ 40g de Amêndoas hidratadas;
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço;
→ Cacau em pó;
→ Mel (opcional).
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de Castanha-do-Pará, Amêndoas e Tâmaras sem caroço para hidratar (deixar em recipientes de vidro separados durante 8 horas ou na noite anterior). Colocar uma ou duas águas de côco no liquidificador. Abrir o côco e raspar a polpa. Adicionar as sementes germinadas, a polpa do côco e as tâmaras hidratadas. Adicionar o cacau em pó. Bater bem até a mistura ficar homogênea. Colocar a mistura para coar em pano de voal esticado numa tigela de vidro. Coar em 2 ou 3 etapas para facilitar a coagem. Rendimento: 800mL. Se quiser o achocolatado mais doce, adicione um pouco de mel ao bater no liquidificador. Se você já tiver feito o Leite de Castanha-do-Pará e amêndoas, basta acrescentar o cacau em pó e bater no liquidificador.
TORTA DE BANANA
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ 4 bananas nanicas maduras;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ 50g Tâmaras hidratadas sem caroço;
→ Baunilha em fava;
→ Um limão galego;
→ Polpa de côco;
→ Água de côco;
→ 25g de Castanha-do-Pará;
→ 20g de amêndoas;
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: Bater no liquidificador 4 bananas nanicas maduras, linhaça germinada, tâmaras hidratadas polpa de côco, baunilha em fava, um limão galego, polpa de côco e água de côco até que o recheio adquira a consistência desejada.
Cobertura: pode ser feita com castanha-do-pará, baru ou amêndoas batidas no liquidificador e com uvas passas escuras e claras. Utilize sua criatividade para enfeitar a cobertura, fazendo desenhos vivos. A massa não deve estar quente ao receber o recheio. Servir à temperatura ambiente ou conservar em geladeira por algumas horas e servir gelado.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
TORTA DE MORANGO
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Uma porção de morangos orgânicos;
→ Leite de Castanha-do-Pará;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Água de côco;
→ 25g de Castanha-do-Pará;
→ 20g de amêndoas;
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: morangos orgânicos, leite de castanha-do-Pará, linhaça germinada, polpa de côco, tâmaras hidratadas e água de côco até que o recheio adquira a consistência desejada.
Cobertura: morangos cortados, castanha-do-pará ralada, baru ou amêndoas batidas no liquidificador e uvas passas escuras e claras. Use sua criatividade. A massa não deve estar quente ao receber o recheio. Servir à temperatura ambiente ou conservar em geladeira por algumas horas e servir gelado.
CHOCOLATE DE ABACATE (ABACOLATE)
INGREDIENTES:
→ Um abacate maduro;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Mel;
→ Cacau em pó;
→ Amendoim levemente torrado;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Água de côco.
MODO DE FAZER:
Bater um abacate maduro, polpa de côco, tâmaras hidratadas, mel, cacau em pó, amendoim, linhaça germinada e um pouco de água de côco até a consistência desejada. Bater castanha-do-Pará, amendoim ou amêndoas junto com a mistura. Se sobrar castanhas ou amêndoas batidas polvilhar em cima do chocolate quando for servir. Servir o chocolate com frutas secas, fazendo docinhos de damascos, docinhos de bananas em rodelas, tâmaras e nozes, ou utilizar como recheio em tortas vivas (torta de abacolate).
TORTA DE ABACOLATE (CHOCOLATE DE ABACATE)
INGREDIENTES:
→ Uma porção de amendoim germinado;
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Um abacate maduro;
→ Polpa de côco;
→ 30g de tâmaras hidratadas;
→ Mel;
→ Cacau em pó;
→ Amendoim levemente torrado;
→ 30g de semente de linhaça hidratada;
→ Água de côco.
→ Banana nanica em rodelas;
→ Uvas passa;
→ Pólen de abelhas.
MODO DE FAZER:
Preaquecer o forno em temperatura baixa antes de começar a massa.
Massa: Bater o amendoim germinado no multiprocessador ou liquidificador. Colocar em uma travessa de vidro. Em seguida, bater o trigo germinado e adicionar à massa. colocar um pouco de azeite e uma pitada de sal marinho. Misturar bem até que a massa fique bem homogênea. Estender na travessa de vidro. Desligar o forno e colocar a massa para desidratar.
Recheio: Bater um abacate maduro, polpa de côco, tâmaras hidratadas, mel, cacau em pó, amendoim, linhaça germinada e um pouco de água de côco até a consistência desejada. Bater castanha-do-Pará, amendoim ou amêndoas junto com a mistura. Colocar suavemente o abacolate sobre a massa da torta.
Cobertura: Fazer a decoração (cobertura) com castanhas-do-Pará polvilhadas, amêndoas polvilhadas, bananas em rodelas, uvas passas e pólen de abelhas. Desenhe o que quiser nas tortas, use sua criatividade! Se desejar maior consistência, colocar em geladeira por algumas horas. Perfeita para comemorar aniversários com saúde, paz e alegria!
SORVETE DE AÇAÍ DOS DEUSES
INGREDIENTES:
→ 2 Polpas de 100mL de açaí extra (com pouca água);
→ 2 bananas nanicas bem maduras;
→ ½ mamão formosa maduro;
→ Mel (opcional);
→ Amendoim levemente torrado e descascado;
→ Polpa de côco;
→ Pólen de abelhas
→ Nozes;
→ Amêndoas;
→ Suco de uva natural (sem açúcar) (opcional);
→ Água de côco (opcional).
MODO DE FAZER:
Colocar para torrar ½ xícara de amendoim cru para torrar em travessa de vidro (deixar de 10 a 15 minutos). Colocar no liquidificador ½ mamão formosa e 2 bananas nanicas maduras, nessa ordem. Em seguida, adicionar 2 polpas de açaí concentrado (cada uma de 100mL). Triturar as polpas com uma faca. Colocar polpa de côco no liquidificador. Bater por 2 minutos. Se desejar, colocar um pouco de mel. Se houver dificuldade para bater a mistura, adicionar água de côco ou suco de uva roxo. Tirar o amendoim do forno (cuidado para não torrar demais!) e descascar. Soprar a casca do amendoim. Adicionar ½ xícara de amendoim torrado e descascado no liquidificador. Deixar bater por 4 segundos, para que os flocos de amendoim não desapareçam. Servir em tigelas colocadas previamente na geladeira (para ficar ainda mais geladinho). Fazer a cobertura com rodelas de banana nanica, pólen de abelhas, nozes a amêndoas trituradas. Bater uma polpa de cupuaçu junto também vai muito bem. O mamão pode ser substituído pela manga, fica uma delícia também!
RECEITAS VIVAS SALGADAS
ALMÔNDEGAS DE TRIGO E CASTANHA-DO-PARÁ AO MOLHO SUGO
INGREDIENTES:
→ Uma porção de trigo germinado;
→ Uma porção de Castanha-do-Pará;
→ Trigo para quibe;
→ Cebolinha;
→ Azeite;
→ Sal marinho;
→ Limão-galego
MODO DE FAZER:
Colocar as sementes de trigo e Castanha-do-Pará para hidratar por 8 horas em um recipiente de vidro. Depois escorrer a água e manter o trigo sempre úmido até a raiz brotar. Bater o trigo germinado em um liquidificador. Colocar em uma travessa. Bater a Castanha-do-Pará hidratada em um liquidificador e adicionar à massa. Adicionar o trigo para quibe hidratado, cebolinha, azeite, sal e um limão. Misturar bem e fazer as bolinhas. Levar ao forno por poucos minutos para não matar as sementes. Sugestão de acompanhamento: molho sugo (molho de tomates orgânicos com uva passa, polpa de côco, tomate seco, ervas finas, alho desidratado e pimenta calabresa).
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
ABACATE CORTADINHO COM LIMÃO
INGREDIENTES:
→ 250g de abacate maduro;
→ Azeite;
→ 1 limão galego ou tahiti;
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Cebola crua (opcional);
→ Tomate orgânico (opcional);
MODO DE FAZER:
Descascar um abacate bem maduro. Em seguida, cortar o abacate em cubinhos numa tigela de vidro. Adicionar limão-galego, azeite e cebolinha. Misturar bem os cubinhos. Se preferir, adicione também tomates orgânicos e cebola. O abacate cortadinho é muito fácil e rápido de se fazer, acompanha basicamente qualquer prato e pode ser feito diariamente no almoço ou jantar. È excelente para acompanhar outros pratos, principalmente para suavizar pratos muito salgados ou muito temperados. Não deve ser guardada em geladeira, pois oxida facilmente. Servir frio.
PÃO ESSÊNIO (PÃO DE JESUS)
INGREDIENTES:
→ 250g de trigo germinado;
→ 30g de gergelim branco ou preto;
→ 20g de quinua germinada;
→ 20g de linhaça germinado;
→ Azeite;
→ Orégano;
→ Ervas finas;
→ Sal marinho;
Colocar as sementes de trigo e/ou gergelim e/ou gergelim preto e/ou quinua e/ou linhaça para germinar por 8 horas. Bater as sementes de trigo germinadas em um liquidificador. Chacoalhar o liquidificador para que todos os grãos sejam moídos. Colocar em uma travessa. Adicionar as outras sementes germinadas, um fio de azeite e sal marinho. Misturar bem até que a massa fique homogênea. Estender a massa e levar ao forno desligado pré-aquecido por 20 minutos. Se tiver a oportunidade, desidrate seu pão essênio ao sol, coberto por rede de voal. Servir com pasta de tofu com alho, pasta de abacate (guacamole), pasta de tomate, pasta de tofu com tahine, pasta de grão-de-bico, pasta de amendoim, pasta de berinjela, pesto de ervas finas ou geléias naturais. Pode ser feito também com sementes de aveia germinadas ou aveia em flocos grossos hidratada.
Receita extraída do livro “Lugar de Médico é na Cozinha”, Dr.Alberto Gonzalez, com adaptações.
RECEITAS DE PASTAS PARA SUBSTITUIR MANTEIGA, MARGARINA, REQUEIJÃO E SIMILARES
PASTA DE TOFU COM TOMATE SECO
INGREDIENTES:
→ 250g de Tofu orgânico;
→ 150g de Tomate seco;
→ Azeite;
→ Orégano;
→ Alho desidratado;
→ Pimenta calabresa (1/2 pitada);
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Salsa;
→ Polpa de côco;
→ Sal marinho;
→ Azeite;
→ Molho shoyu Daimaru ou similar (sem glutamato, açúcar e conservantes);
MODO DE FAZER:
Colocar um tofu de 250g no liquidificador. Adicionar aproximadamente 150g de tomate seco (escorrer o excesso de óleo vegetal em papel toalha e tirar a casca). Adicionar azeite, orégano, alho desidratado, pimenta calabresa, cebolinha fresca, salsa, polpa de côco, sal marinho, azeite e molho shoyu. Se houver dificuldade ao bater no liquidificador, colocar um pouco de água mineral ou água de côco. Servir com o pão essênio.
PASTA DE GUACAMOLE SALGADA (ABACATE)
INGREDIENTES:
→ 250g de abacate maduro;
→ Azeite;
→ 1 limão galego ou tahiti;
→ Cebolinha fresca cortada;
→ Sal marinho;
→ Cebola crua (opcional);
→ Tomate orgânico (opcional);
→ Castanha-do-Pará (opcional);
→ Temperos a gosto (Curry, orégano e ervas finas) (opcional).
Descascar um abacate bem maduro. Em seguida, amassar com um garfo em uma tigela de vidro (não usar liquidificador). Adicionar limão-galego, azeite, cebolinha e sal marinho. Misturar bem a pasta. Se preferir, adicione também tomates orgânicos, cebola e castanha-do-Pará. A pasta de abacate é muito fácil e rápida de se fazer, pode ser feita diariamente nas refeições matinais. Não deve ser guardada por muito tempo em geladeira, pois oxida facilmente. Servir com o pão essênio.
PASTA DE TOFU COM TAHINE (TOFUHINE)
INGREDIENTES:
→ 250g de Tofu orgânico;
→ 50g a 100g de Tahine;
→ Azeite;
→ Molho Shoyu daimaru ou similar (sem açúcar, corantes ou glutamato);
→ Orégano;
→ Polpa de côco;
→ Água de côco;
→ Cebolinha fresca cortada;
MODO DE FAZER:
Colocar um tofu de 250g no liquidificador. Adicionar o tahine (pasta de gergelim tostada). Adicionar azeite, shoyu, um pouco de orégano, polpa de côco e cebolinha. Se houver dificuldade ao bater no liquidificador, colocar um pouco de água de côco até adquirir a consistência desejada. Servir com pão essênio.
PASTA DE BERINJELA AGRIDOCE
INGREDIENTES:
→ 250g de berinjela orgãnica;
→ 1 pimentão amarelo;
→ 1 pimentão vermelho;
→ 2 dentes de alho;
→ 1 cebola pequena;
→ Castanha-do-Pará;
→ Amêndoas;
→ Orégano;
→ Cebolinha;
→ Azeite;
→ Polpa de côco;
→ Óleo de côco
→ Uvas passa claras ou escuras;
→ Sal marinho;
→ Mel.
MODO DE FAZER:
Ralar 3 berinjelas orgânicas, reservar o suco da berinjela em uma vasilha. Cortar 2 pimentões amarelos, 2 pimentões vermelhos, 2 dentes de alho e uma cebola pequena. Triturar castanha-do-Pará e amêndoas com a ajuda de um pilão. Adicionar à mistura. Colocar um pouco de missô e amassar bem para pegar o gosto. Em seguida, adicionar uvas passas claras ou escuras e um pouco de mel. Adicionar orégano, cebolinha, azeite e um pouco de sal marinho. Pegar aproximadamente metade da mistura e colocar para bater no liquidificador com o suco da berinjela que foi reservado e óleo de côco. Devolver a pasta batida para a tigela de vidro e misturar bem com o restante da pastaaté ficar homogênea. Servir com pão essênio.
PESTO DE CASTANHA-DE-CAJU COM ERVAS FINAS
INGREDIENTES:
→ 150g de Castanha-de-Caju;
→ 150mL de azeite;
→ Molho Shoyu daimaru ou similar (sem açúcar, corantes ou glutamato);
→ Ervas finas (Orégano, Salsa, Tomilho, etc.)
→ Alho desidratado;
→ Manjericão;
→ Pimenta calabresa;
MODO DE FAZER:
Tritura a Castanha-de-Caju com um pilão de madeira em recipiente apropriado. Colocar em um vidro com tampa larga. Adicionar o azeite, o molho shoyu, as ervas finas, o alho desidratado, o manjericão e a pimenta calabresa. Misturar bem até ficar homogêneo. Servir com pão essênio.
SANDUÍCHE DOS DEUSES (NO PÃO FOLHA)
INGREDIENTES:
→ Pão folha integral (sem açúcar e sem farinha branca);
→ 1 beterraba;
→ 1 cenoura;
→ Pasta de Tofu com tomate seco ou Pasta de Guacamole;
→ Pesto de Castanha-de-Caju com ervas finas;
→ Salada Orgânica (Alface, Alface roxa, Rúcula, Radichio, etc.);
→ Brotos diversos (Feijão, Girassol, Alfafa, etc.) (variar a acada dia);
→ 30g de Castanha-de-Caju triturada;
→ Molho de Gergelim;
→ Temperos diversos (Curry, Salsa, Orégano, Alho desidratado, Pimenta calabresa);
→ Azeite;
→ Molho shoyu Daimaru ou similar (sem glutamato, açúcar e conservantes);
→ Damasco cortado em pedaços pequenos.
MODO DE FAZER:
Estender o pão folha em uma pia limpa ou em prato largo. Em seguida passar a Pasta de Tofu com tomate seco ou Pasta de Guacamole por todo o pão. Ralar a cenoura e a beterraba. Colocar sobre o diâmetro do pão, em linha reta. A dicionar a salada orgãnica bem picadinha, os brotos, a castanha-de-caju, o molho de gergelim, os temperos diversos, o azeite, o molho shoyu e o damasco cortado em pedaços, sempre em linha reta, por sobre o diâmetro do pão. Fechar as duas abas do pão e servir.
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
12:29
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