O governo Obama disse na quarta-feira que imporia limites aos níveis permitidos de um novo conjunto de substâncias químicas tóxicas na água potável, incluindo os primeiros limites ao perclorato, um composto encontrado em combustível para foguetes e fogos de artifício que contamina as reservas de água em 26 Estados.
A medida, anunciada pela administradora da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), Lisa P. Jackson, é um grande passo visando atualizar as leis de água limpa do país, que estão atrasadas em relação à ciência ambiental e de saúde. Reportagem de John M. Broder, The New York Times News Service.
Vários estudos mostram que centenas de substâncias químicas industriais e agrícolas, incluindo vários carcinógenos conhecidos, estão presentes nos sistemas de água municipais. As leis e programas de fiscalização do país não acompanharam o ritmo da disseminação da contaminação, o que representa riscos de saúde significativos para milhões.
A decisão de quarta-feira de regulamentar o perclorato reverteu uma conclusão de 2008 do governo Bush, de que um padrão nacional para a substância era desnecessário e faria pouco para reduzir os riscos à saúde humana.
Jackson anunciou sua intenção de rever os padrões de água potável do país há um ano, ordenando uma extensa revisão dos efeitos para a saúde do perclorato e de outras substâncias tóxicas encontradas nas reservas municipais de água. Ela anunciou na quarta-feira que sua agência estabeleceria padrões para até 16 outras substâncias tóxicas e carcinógenas.
A agência disse que levaria de três a quatro anos para concluir as regulamentações.
“Apesar de termos implantado padrões para tratar de mais de 90 contaminantes da água potável”, disse Jackson em um depoimento perante o Comitê de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado, “há muito mais contaminantes de preocupação emergente, que a ciência apenas recentemente nos permitiu detectar em níveis muito baixos”.
“Nós precisamos continuar acompanhando o aumento do conhecimento e as implicações para a saúde pública de um crescente número de substâncias químicas que podem estar presentes em nossos produtos, nossa água e nossos corpos”, ela disse.
O perclorato pode ocorrer naturalmente, mas altas concentrações foram encontradas perto de instalações militares, onde era usado em testes de foguetes, e ao redor de lugares onde fogos de artifício, sinalizadores e propelentes sólidos são produzidos. Pesquisadores de saúde descobriram que a substância pode debilitar o funcionamento da tireóide e potencialmente atrapalhar o crescimento de fetos, bebês e crianças.
As empresas que trabalham para as forças armadas e usam a substância reclamaram de regulamentações mais duras, dizendo que substitutos são mais caros.
Mas ambientalistas e autoridades de alguns serviços de água municipais pedem há anos por regras mais duras para o perclorato e várias substâncias químicas carcinógenas, incluindo solventes industriais e de lavagem a seco.
A agência ambiental encontrou quantidades mensuráveis de perclorato em 26 Estados e dois territórios americanos, que ela diz que poderiam contaminar a água potável de entre 5 milhões a 17 milhões de americanos. A Food and Drug Administration, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, encontrou a substância em mais da metade dos alimentos que testou, e pesquisadores de saúde encontraram traços dela em amostras de leite materno.
A agência ainda não estabeleceu um limite de fato para a quantidade de perclorato permissível na água potável, mas deu início ao processo para estabelecimento de um padrão.
A senadora Barbara Boxer, democrata da Califórnia e presidente do comitê ambiental, e alguns defensores ambientais saudaram o anúncio como sendo um forte passo em prol do bem-estar e da saúde pública.
Mas Rena Steinzor, uma professora de Direito da Universidade de Maryland e presidente do Centro para Reforma Progressista, criticou a EPA por demorar tanto para decidir pela regulamentação do perclorato e pelo que ela chamou de prazo “sem pressa” para emitir uma decisão final. A agência disse que publicaria uma regulamentação proposta em até dois anos e emitiria a regulamentação final 18 meses depois disso.
“A regulamentação do perclorato não deveria ser vista como algo a longo prazo, como uma meta para a qual encontraremos tempo, mas uma prioridade urgente de saúde pública”, ela escreveu em um blog na quarta-feira.
As indústrias que usam o perclorato disseram que a decisão da EPA não é justificada porque as exposições potenciais à substância química são baixas demais para ameaçar a saúde humana. O Birô de Informação do Perclorato, que representa a Lockheed Martin, Aerojet e outros usuários industriais, disse que 13 Estados, que cobrem a maioria dos locais de contaminação por perclorato, já aprovaram alguma política de controle, o que torna um padrão nacional supérfluo. O grupo disse que um processo de regulamentação seria caro e tomaria tempo, com pouco ou nenhum benefício para a saúde pública.
A EPA também disse na quarta-feira que desenvolveria uma regra única para governar um grupo de compostos orgânicos voláteis usados como solventes, incluindo o tricloroetileno e tetracloroetileno, e vários outros contaminantes não regulamentados. Ao agrupá-los, a agência ambiental poderá agir mais rapidamente e fornecer uma orientação mais simples para as autoridades responsáveis pela supervisão das reservas de água, disseram representantes da agência.
Tradução: George El Khouri Andolfato
The New York Times News Service, no UOL Notícias.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/02/04/agencia-ambiental-dos-eua-planeja-novos-limites-de-substancias-toxicas-na-agua-potavel/
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Agência ambiental dos EUA planeja novos limites de substâncias tóxicas na água potável
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:56
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Marcadores:
perclorato
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Qual a panela ideal ? por Dr. Frederico Lobo
Mas porquê? Hoje já sabemos que as panelas liberam substâncias muitas vezes tóxicas e que são incorporadas aos alimentos durante o preparo das refeições. Posteriormente tais substâncias podem se acumular no nosso organismo. Sugiro que você agende uma consulta para saber qual a panela ideal para você.
Na hora de escolhermos as panelas que utilizaremos, além da praticidade e conforto, precisamos também estar atentos aos problemas que elas podem causar na nossa saúde. Mesmo que as panelas liberem apenas pequenas quantidades de substâncias tóxicas, precisamos levar em conta que isso ocorre em todas as refeições, durante anos seguidos, o que faz com pequenas quantidades, ao longo dos anos, se transformem em grandes quantidades acumuladas no organismo. "De grão em grão a galinha enche o papo"
Panelas de alumínio
As panelas de alumínio são as mais comuns e as mais baratas, mas liberam quantidades variáveis de alumínio nos alimentos podendo causar doenças. Diversos estudos têm demonstrado que a intoxicação por alumínio é um fator importante no mal de Alzheimer e de Parkinson, nas Doenças Ósseas e na Hiperatividade Infantil.
Diversos fatores contribuem para a migração do alumínio das panelas para os alimentos, como por exemplo: a acidez ou alcalinidade dos alimentos, a qualidade da liga de alumínio utilizada pela indústria, o tempo de uso do utensílio, o tempo da duração do cozimento dos alimentos, a presença de sal ou açúcar, entre outros.
Alimentos como tomate e o café, durante o seu preparo, incorporam uma grande quantidade de alumínio.
Pesquisas mostram que a migração do alumínio é maior em panelas de pressão do que em panelas normais ou em fôrmas de bolo. Na limpeza é indicado o uso de bucha macia ao invés de esponjas de aço.
Quando o material é polido com as esponjas tipo “bombril”, há remoção da camada de óxido de alumínio, que dificulta a passagem do alumínio para os alimentos.
Além das panelas, existe um aumento da quantidade de alumínio nas bebidas enlatadas e estocadas em recipientes de alumínio, como produtos enlatados, refrigerantes, cervejas e chá.
As pessoas que utilizam freqüentemente bebidas enlatadas podem estar consumindo quantidades de alumínio consideravelmente elevadas.
Outras fontes de alumínio que precisam ser consideradas são: determinados aditivos alimentares, água, fermentos, em conservas de picles e de queijos, entre outras fontes.
Panelas de inox
As panelas de inox são muito conhecidas pela sua beleza e resistência. O aço inoxidável, conhecido popularmente como inox, é composto por ferro, cromo e níquel. Sendo a proporção destes metais nos utensílios bastante variável: de 50 a 88% para o ferro, 11 a 30% para o cromo e de zero a 31% para o níquel. Entretanto, vários outros elementos como manganês e cobre, podem estar presentes em pequenas quantidades.
As panelas de inox demoram a esquentar, mas também a esfriar. O aconselhável é não escovar a panela com esponja de aço, tipo “bombril”. No polimento forma-se uma camada protetora de óxido que ajuda a impedir que os metais passem para os alimentos. Da mesma forma, não se deve usar cloro ou água com sal na limpeza dessas panelas. As panelas de inox podem liberar pequenas quantidades de ferro e cromo e níquel, que são seus constituintes.
O cromo nas pequenas quantidades em que é liberado pode ter um efeito benéfico a saúde.
O ferro é um nutriente que embora benéfico para as pessoas com anemia, em excesso pode trazer problemas a saúde como veremos no item abaixo.
O níquel pode causar a exacerbação de alergias, dermatites de contato e asma e diversas outras alergias. Devido a esses problemas é recomendado que pessoas sensíveis ao níquel não utilizem utensílios de inox na cocção e preparo dos alimentos pois, a migração deste do utensílio para o alimento, apesar de pequena, não é desprezível, ainda mais se considerarmos o efeito acumulativo do consumo diário de alimentos preparados em utensílios de aço inoxidável.
Os principais fatores que afetam a migração desses minerais da superfície da panela são:
- a acidez dos alimentos,
- o tempo de cozimento,
- temperatura,
- agitação,
- teor da água de preparação.
É importante que antes de usar pela primeira vez uma panela de inox ela seja usada para ferver água, que deverá ser jogada fora, por três vezes
Panelas de ferro
As panelas de ferro já fazem parte da cultura culinária nacional. São particularmente usadas no preparo da tradicional cozinha mineira. São muito conhecidas no combate a anemia pela liberação de ferro que ocorre durante o cozimento dos alimentos.
A utilização de utensílios de ferro na cocção dos alimentos aumenta significantemente a quantidade de ferro e manganês consumida. Guardar alimentos em panela de ferro aumenta consideravelmente o teor de ferro e manganês do alimento o que é ruim do ponto de vista do paladar do alimento e da saúde.
Formas de pizza de ferro são interessantes, porque tornam a pizza mais quente e crocante do que as assadas em forma de alumínio, sem que o ferro migre da forma para a pizza.
Iogurte, tomate e outros alimentos ácidos e líquidos, quando preparados ou armazenados em panelas de ferro adquirem um teor elevado de ferro.
O ferro que sai da panela e vai para os alimentos é utilizado pelo organismo como o ferro oriundo de alimentos vegetais.
O uso da panela de ferro pode ser útil para vegetarianos, mulheres em idade fértil que tenham um sangramento menstrual excessivo e crianças.
Entretanto, embora a anemia devida a deficiência do ferro seja conhecida por todos, o excesso de ferro que é menos divulgado é extremamente nocivo a saúde. Diversos estudos associam o excesso de ferro ao aumento da freqüência de infarto do miocárdio e derrames. Além disso, é estimado que 1 em cada 200 pessoas apresente uma doença genética chamada Hemocromatose, que ocorre devido ao acúmulo de taxas altas de ferro no organismo, causando problemas sérios no fígado, no coração e no sistema endócrino como diabetes, impotência e hipotireoidismo.
Vários fatores influenciam na maior liberação de ferro da panela para o alimento: quanto mais ácido o alimento maior a liberação de ferro. O tomate, por exemplo, libera uma grande quantidade de ferro da panela durante o cozimento. O teor de água como o tempo de cocção dos alimentos exercem uma influência direta no acréscimo de ferro ao alimento.
Panelas de vidro
As panelas de vidro são as únicas que não transferem qualquer resíduo para a comida, sendo ideais do ponto de vista da saúde. Além disso são lindas e a transparência permite ver o processo de elaboração dos alimentos. A facilidade da limpeza é outro ponto positivo. Os pontos negativos são o preço e fragilidade do material.
Peças de cristal antigas, como por exemplo, taças de vinho, são feitas a partir de uma matéria prima que contém 24 a 32% de óxido de chumbo. Bebidas alcoólicas mantidas nesses recipientes de vidro cristal contendo chumbo apresentam a concentração de chumbo aumentada ao longo do tempo. Atualmente, as taças de cristal não contem mais chumbo.
O vidro tem a seu favor também o fato de ser um material totalmente reciclável ou seja, seria a panela mais ecologicamente correta.
Panelas de cobre
As panelas de cobre, embora muito bonitas e de transmissão rápida e homogênea do calor, são mais úteis como objetos decorativos na cozinha, porque a quantidade de cobre que migra para o alimento, especialmente para os mais ácidos, pode causar uma intoxicação.
O excesso de cobre, mesmo em pequenas quantidades, pode produzir náuseas, vômitos e diarréia. Já a ingestão contínua de quantidades maiores de cobre pode causar dano renal, alterações osteoarticulares, dores nas juntas e até lesões cerebrais.
Os utensílios de cobre podem ser utilizados se tiverem a superfície interna revestida com politetrafluoretileno (PTFE), titânio ou aço inoxidável.
Panelas de cerâmicas
A panelas de cerâmica sofrem um tratamento térmico em fornos de alta temperatura. Em seguida recebem uma camada fina e contínua de um vidrado, também conhecido com esmalte, que é submetido a queima a 1300ºC, adquirindo uma aspecto vítreo.
A vitrificação torna a panela com uma superfície mais homogênea, impermeável, sem porosidade, ou seja, a panela fica esteticamente mais bonita e com características que a tornam mais higiênica. Entretanto, é muito importante ter certeza que os corantes utilizados na vitrificação não sejam a base de chumbo ou cádmio.
É comum encontrar em países pouco desenvolvidos produtos cerâmicos elaborados com óxido de chumbo na vitrificação.
O chumbo é facilmente dissolvido no alimento, especialmente os ácidos. Saladas, frutas ácidas ou fermentados em contato com esse material podem ficar contaminados com componentes pesados como chumbo, mercúrio e cádmio que são altamente tóxicos, sendo que o chumbo causa inclusive diminuição da capacidade mental em crianças. No Brasil, estudo realizado em 1985 demonstrou que 30% das panelas estudadas liberavam chumbo durante o cozimento dos alimentos. Outros estudos encontraram liberação de chumbo em panelas Mexicanas e Italianas.
O forno de micro ondas também aumenta a passagem destes metais tóxicos para o alimento.
Atualmente, existem normas e regulamentações da ANVISA para a confecção de panelas de cerâmica destinadas ao preparo de alimentos.
Panelas de Teflon
O teflon, que é um composto antiaderente é muito utilizado devido a grande praticidade na limpeza e por dispensar o uso de gordura no preparo dos alimentos. É constituído por polímeros de fluorocarbono, especialmente o politetrafluoretileno (PTFE).
Atualmente, as panelas mais modernas são revestidas de teflon II que utiliza o primer que é uma substância usada para ligar o teflon ao alumínio. O novo revestimento impede que o material passe para o alimento quando o teflon descasca.
Devido ao teflon, os metais do material que constitui a panela não passam para o alimento enquanto o teflon estiver íntegro.
Altas temperaturas por tempo prolongado podem danificar o teflon, comprometendo a qualidade do revestimento quanto aumentando a chance de ter tanto o PTFE quanto o componente fluoreto transmitido aos alimentos.
Além disso, em temperaturas acima de 280ºC o PTFE sofre pirólise e libera, com a degradação térmica, mais de 15 gases tóxicos, que ocasionam a morte de passarinhos e galinhas.
O ácido Perfluorooctânico (PFOA) que também é liberado pelo teflon, é um produto considerado preocupante pela “US Environmental Protection Agency (EPA)”. Quase todas as pessoas possuem PFOA em seu sangue. O PFOA causa câncer e problemas de desenvolvimento em animais de laboratório. O EPA concluiu em sua pesquisa que o PFOA provavelmente é carcinogênico mas as pesquisas não foram suficientes para determinar seu potencial carcinogênico em humanos.
As panelas de teflon também liberam quantidades mínimas de benzeno nos alimentos, que não são consideradas tóxicas pelo FDA. Alguns cientistas acreditam que ocorra a formação de aminas heterocíclicas que são compostos cancerígenos.
Uma grande preocupação com as panelas de teflon é a ecológica. Pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram que o teflon se corrompe quando atinge altas temperaturas no preparo dos alimentos liberando gases CFC, responsáveis pela destruição da camada de ozônio.
Panelas esmaltadas ou de ágata
As panelas esmaltadas atraem pela beleza, pela variedade de cores e desenhos, mas podem fazer tão mal quanto às de cerâmica vitrificada se o esmalte usado for a base de elementos tóxicos como o chumbo e o cádmio. Isso ocorre principalmente nas panelas feitas antes de 1980. O mesmo ocorre com utensílios pintados à mão, que vão desde colheres, facas, recipientes culinários, entre outros.
Geralmente as panelas de ágata tem boa retenção de calor devido à base de ferro, mas são mais leves devido a menor espessura do ferro utilizado para ser esmaltado. Devido ao esmalte essas panelas são facilmente limpas.
Atualmente existem no mercado panelas esmaltadas que seguem o padrão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para materiais que entram em contato com os alimentos. Essas panelas são seguras, não transferem nenhum elemento tóxico para os alimentos e podem ser usadas para cozinhar e guardar alimentos com segurança.
Panelas de pedra-sabão
As panelas de pedra sabão além da beleza são antiaderentes e retem o calor por muito tempo. São muito pesadas. São feitas de estealito que é uma rocha abundante em Minas Gerais, que já era utilizada na confecção de utensílios culinários pelos índios. Durante o cozimento libera quantidades expressivas de elementos nutricionalmente importantes como cálcio, magnésio, ferro e manganês. As panelas não curadas liberam também uma quantidade importante de níquel. Elas não devem ser usadas para guardar alimentos, porque mesmo quando curadas, liberam níquel nos alimentos que ficam por longos períodos em contato com essas panelas.
A panela é comprada ''crua'', por isso a cor dela é clara, e precisa ser curada com óleo ou gordura antes da utilização. Uma das técnicas de cura mais difundidas consiste em untar a panela com óleo por dentro e por fora, encher o recipiente com água e levar ao forno, na temperatura de 200° por 2 horas. Desligar o forno e aguardar que a panela esteja resfriada para tirar do forno. Repetir o procedimento antes do primeiro uso
Panelas de barro
A confecção de panelas de barro no Brasil tem uma tradição de 400 anos no Espírito Santo, tendo sido iniciada pelos índios e atualmente produzidas pela população local de forma mais rústica e irregulares. Depois de confeccionadas são queimadas em fogueiras feitas ao ar livre. Ainda quentes são recobertas por tanino que dá a coloração característica da panela.
Não existem estudos sobre a migração de substâncias tóxicas destas panelas para os alimentos. É recomendado curar a panela com óleo quente antes do primeira utilização.
Referências
1) "Por Dentro das Panelas" - Késia Diego Quintaes - Ed.Varela
2) AGARWAL, P. et al. Studies on leaching of Cr and Ni from stainless steel utensils in certain acids and in some Indian drinks. Science of the Total Environment, Amsterdam, v.199, n.3, p.271-275, 1997.
3) AIKOH, H., NISHIO, M.R. Aluminium content of varius canned an bottled beverages. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, New York, v.56, n.1, p.1-7, 1996.
4) BOUCHER M, EHMLER TJ, BERMUDEZ AJ. Polytetrafluoroethylene gas intoxication in broiler chickens. Avian Dis. 2000;44(2):449-53.
5) BRITTIN, H.C., NOSSAMAN, C.E. Iron content of food cooked in iron utensils. Journal of the American Dietetic Association, Chicago, v.86, n.7, p.897-901, 1986.
6) CHENG, Y.J., BRITTIN, H.C. Iron in food: effect of continued use of iron cookware. Journal of Food Science, Chicago, v.56, n.2, p.584-585, 1991.
7) FIMREITE, N., HANSEN, O.O., PETTERSEN, H.C. Aluminium concentrations in selected foods prepared in aluminium cookware, and its implications for human health. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, New York, v.58, n.1, p.1-7, 1997.
8) GRAMICCIONI, L., INGRAO, G., MILANA, M.R., SANTARONI, P., TOMASSI, G. Aluminium levels in Italian diets and in selected foods from aluminium utensils. Food Additives and Contaminants, London, v.13, n.7, p.767-774, 1996.
9) KULIGOWSKI, J., HALPERIN, K.M. Stainless steel cookware as a significant source of nickel, chromium, and iron. Archives of Environmental Contamination and Toxicology, New York, v.23, n.2, p.211-215, 1992
10) KUMAR, R., SRIVASTAVA, P.K., SRIVASTAVA, S.P. Leaching of heavy metals (Cr, Fe and Ni) from stainless steel utensils in food simulants and food materials. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, New York, v.53, n.2, p.259-266, 1994.
11) LUCKEY, T.D., VENUGOPAL, B. Metal toxity in mammals: physiologic and chemical basis for metal toxity. New York : Plenum Press, 1977. v.1
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
15:27
37
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Marcadores:
nutrologo florianopolis,
Nutrologo Goiania,
Nutrologo Joinville,
panelas
A carência de vitamina D
Devido à maior incidência do câncer de pele, temos seguido a recomendação de diminuir ou mesmo evitar a exposição da pele ao sol. Em todas as idades, o banho de sol tem sido restrito às primeiras horas da manhã e ao final da tarde e na maioria das vezes tem sido ignorado. Entretanto, o sol é necessário para que a vitamina D seja sintetizada no nosso organismo.
Pesquisas tem evidenciado os problemas de saúde que a falta da vitamina D acarreta em todas as faixas etárias. Em um estudo realizado nos USA em 2008, e publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”, cerca de metade das crianças e adultos norte-americanos apresentam níveis inferiores ao ideal de vitamina D e até 10% das crianças apresentam sérias deficiências.
Além da má calcificação óssea em crianças e adolescentes, e da osteoporose nas mulheres na pós menopausa e no homem idoso, pesquisas mais recentes associam a deficiência de vitamina D às mais variadas doenças como asma, infecções de repetição, doenças auto imunes, aumento de casos de câncer, alterações cardiovasculares e alterações cerebrais como Síndrome de Parkinson, Mal de Alzheimer e Esquizofrenia.
A comunidade científica continua a debater qual seria o nível ideal de vitamina D para o organismo. As pessoas em geral são classificadas como deficientes caso a presença do composto no sangue seja inferior a entre 15 e 20 nanogramas por mililitro. Mas muitos médicos acreditam agora que o nível ideal de vitamina D deveria ser superior a 30 nanogramas por mililitro.
A principal fonte de vitamina D para o ser humano é a exposição à luz solar. Tudo o que diminua a transmissão de radiação solar UVB para a superfície da Terra ou qualquer coisa que interfira com a penetração da radiação UVB na pele irá afetar a síntese cutânea de vitamina D3. A melanina, pigmento que dá cor a pele humana, é extremamente eficiente em absorver a radiação UVB, portanto, o aumento da pigmentação da pele reduz acentuadamente a síntese de vitamina D3. Da mesma forma, um filtro solar com proteção solar 15 absorve 99% da radiação UVB incidente, e assim, quando aplicados na pele, diminuem 99% a síntese de vitamina D3.
Além do sol, a vitamina D pode ser encontrada em alguns alimentos, como por exemplo, no peixe – uma porção de 100 gramas de salmão fresco oferece entre 600 e mil unidades internacionais de vitamina D. Os alimentos fortificados com vitamina D são na maioria das vezes insuficientes para satisfazer as necessidades de uma criança ou de um adulto em vitamina D.
Referências
1. Developmental Vitamin D Deficiency and Risk of Schizophrenia: A 10-Year Update. McGrath JJ, Burne TH, Féron F, Mackay-Sim A, Eyles DW. Schizophr Bull. 2010 Sep 10.
2. Role of vitamin d in cardiovascular health. Reddy Vanga S, Good M, Howard PA, Vacek JL. r J Cardiol. 2010 Sep 15;106(6):798-805. Epub 2010 Aug 1.
3. Nutrition in oncology: the case of micronutrients (review). Ströhle A, Zänker K, Hahn A. Oncol Rep. 2010 Oct;24(4):815-28.
4. The role of vitamin D in asthma. Sandhu MS, Casale TB. Ann Allergy Asthma Immunol. 2010 Sep;105(3):191-9.
5. Assessing vitamin D in the central nervous system.Holmøy T, Moen SM. Acta Neurol Scand Suppl. 2010;(190):88-92.
6. Vitamin D deficiency and its relationship with rás mineral density among postmenopausal women living in the tropics. Bandeira F, Griz L, Freese E et all. Arq rás Endocrinol Metab. 2010;54(2):227-232.7. Assessment of Vitamin D in Population-Based Studies Vitamin D deficiency: a worldwide problem with health consequences. Michael F Holick and Tai C Chen. American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 87, No. 4, 1080S-1086S, April 2008.
Fonte: http://www.clinicaberenicewilke.com.br/9889/69075.html
Pesquisas tem evidenciado os problemas de saúde que a falta da vitamina D acarreta em todas as faixas etárias. Em um estudo realizado nos USA em 2008, e publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”, cerca de metade das crianças e adultos norte-americanos apresentam níveis inferiores ao ideal de vitamina D e até 10% das crianças apresentam sérias deficiências.
Além da má calcificação óssea em crianças e adolescentes, e da osteoporose nas mulheres na pós menopausa e no homem idoso, pesquisas mais recentes associam a deficiência de vitamina D às mais variadas doenças como asma, infecções de repetição, doenças auto imunes, aumento de casos de câncer, alterações cardiovasculares e alterações cerebrais como Síndrome de Parkinson, Mal de Alzheimer e Esquizofrenia.
A comunidade científica continua a debater qual seria o nível ideal de vitamina D para o organismo. As pessoas em geral são classificadas como deficientes caso a presença do composto no sangue seja inferior a entre 15 e 20 nanogramas por mililitro. Mas muitos médicos acreditam agora que o nível ideal de vitamina D deveria ser superior a 30 nanogramas por mililitro.
A principal fonte de vitamina D para o ser humano é a exposição à luz solar. Tudo o que diminua a transmissão de radiação solar UVB para a superfície da Terra ou qualquer coisa que interfira com a penetração da radiação UVB na pele irá afetar a síntese cutânea de vitamina D3. A melanina, pigmento que dá cor a pele humana, é extremamente eficiente em absorver a radiação UVB, portanto, o aumento da pigmentação da pele reduz acentuadamente a síntese de vitamina D3. Da mesma forma, um filtro solar com proteção solar 15 absorve 99% da radiação UVB incidente, e assim, quando aplicados na pele, diminuem 99% a síntese de vitamina D3.
Além do sol, a vitamina D pode ser encontrada em alguns alimentos, como por exemplo, no peixe – uma porção de 100 gramas de salmão fresco oferece entre 600 e mil unidades internacionais de vitamina D. Os alimentos fortificados com vitamina D são na maioria das vezes insuficientes para satisfazer as necessidades de uma criança ou de um adulto em vitamina D.
Referências
1. Developmental Vitamin D Deficiency and Risk of Schizophrenia: A 10-Year Update. McGrath JJ, Burne TH, Féron F, Mackay-Sim A, Eyles DW. Schizophr Bull. 2010 Sep 10.
2. Role of vitamin d in cardiovascular health. Reddy Vanga S, Good M, Howard PA, Vacek JL. r J Cardiol. 2010 Sep 15;106(6):798-805. Epub 2010 Aug 1.
3. Nutrition in oncology: the case of micronutrients (review). Ströhle A, Zänker K, Hahn A. Oncol Rep. 2010 Oct;24(4):815-28.
4. The role of vitamin D in asthma. Sandhu MS, Casale TB. Ann Allergy Asthma Immunol. 2010 Sep;105(3):191-9.
5. Assessing vitamin D in the central nervous system.Holmøy T, Moen SM. Acta Neurol Scand Suppl. 2010;(190):88-92.
6. Vitamin D deficiency and its relationship with rás mineral density among postmenopausal women living in the tropics. Bandeira F, Griz L, Freese E et all. Arq rás Endocrinol Metab. 2010;54(2):227-232.7. Assessment of Vitamin D in Population-Based Studies Vitamin D deficiency: a worldwide problem with health consequences. Michael F Holick and Tai C Chen. American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 87, No. 4, 1080S-1086S, April 2008.
Fonte: http://www.clinicaberenicewilke.com.br/9889/69075.html
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
15:08
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Meditação pode alterar estrutura do cérebro, diz estudo
De olhos fechados, em silêncio e, de preferência, sentados, os praticantes da meditação de atenção plena devem se concentrar em apenas uma coisa: a respiração. A técnica é antiga, da tradição budista, mas começou a ser mais difundida depois de ter sido usada em um curso não religioso de redução de estresse, criado em 1979 por Jon Kabat-Zinn, professor da Escola Médica da Universidade de Massachussets.
Os benefícios da técnica, conhecida também como "mindfulness", já foram relatados em vários estudos.
A lista vai da melhora de sintomas de esclerose múltipla (como diz estudo publicado na "Neurology") à prevenção de novos episódios de depressão (demonstrada em artigo na "Archives of General Psychiatry"). Mas, agora, um estudo mostra, pela primeira vez, os efeitos provocados por essa meditação no cérebro.
A pesquisa, publicada hoje na "Psychiatry Research: Neuroimaging", foi feita pela Harvard Medical School, nos EUA, em conjunto com um instituto de neuroimagem da Alemanha e a Universidade de Massachussets. E o mais importante: as mudanças ocorreram em apenas oito semanas de meditação em praticantes adultos iniciantes.
As conclusões foram feitas após comparações entre as ressonâncias magnéticas dos que praticaram a meditação e de um grupo-controle que não fez as aulas.
Outros estudos já haviam sugerido que a meditação causa mudanças no cérebro. Mas eles não excluíam a possibilidade de haver diferenças preexistentes entre os grupos de meditadores experientes e não meditadores.
Ou seja, não era possível afirmar se os efeitos eram causados pela prática.
MENOS ESTRESSE
Todos os 16 participantes da pesquisa, com idades de 25 a 55 anos, deveriam obedecer a um critério: não ter feito nenhuma aula de meditação "mindfulness" nos últimos seis meses ou mais de dez aulas em toda a vida.
Eles frequentaram oito encontros semanais, com duração de duas horas e meia.
Também foram instruídos a fazer 45 minutos de exercícios diários e a praticar os ensinamentos da meditação em atividades do dia a dia, como andar, comer e tomar banho.
Para avaliar as mudanças, todos os participantes e o grupo-controle fizeram ressonâncias magnéticas antes e depois do período de aulas.
Os exames iniciais não indicaram diferenças entre grupos, mas as ressonâncias feitas após o curso mostraram um aumento na concentração de massa cinzenta no hipocampo esquerdo naqueles que haviam meditado.
Análises do cérebro todo revelaram mais quatro aumentos de massa cinzenta: no córtex cingulado posterior, na junção temporo-parietal e mais dois no cerebelo.
BENEFÍCIOS
Britta Hölzel, pesquisadora da Harvard Medical School e uma das autoras do estudo, disse à Folha que isso pode significar uma melhora em regiões envolvidas com aprendizagem, memória, emoções e estresse.
O aumento da massa cinzenta no hipocampo é benéfico porque ali há uma maior concentração de neurônios, afirma Sonia Brucki, do departamento científico de neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.
"Antes, acreditava-se que a pessoa só perdia neurônios durante a vida. Agora, vemos que podem brotar em qualquer fase da vida, e determinadas atividades fazem a estrutura do cérebro mudar."
Isso significa que o cérebro adulto também é plástico, capaz de ser moldado.
No ano passado, um estudo dos mesmos pesquisadores já mostrava redução da massa cinzenta na amígdala cerebral, uma região relacionada à ansiedade e ao estresse, em pessoas que fizeram meditação por oito semanas.
Mas qualquer um que começar a meditar amanhã terá esses mesmos efeitos benéficos em algumas semanas?
"Provavelmente sim", diz a neurologista Sonia Brucki.
Ela ressalta, no entanto, que a idade média dos participantes da pesquisa é baixa e, por isso, não dá para afirmar com certeza que isso acontecerá com pessoas de todas as idades.
Agora, a pesquisadora Britta Hölzel quer entender como essas mudanças no cérebro estão relacionadas diretamente à melhora da vidas das pessoas.
"Essa é uma área nova, e pouco se sabe sobre o cérebro e os mecanismos psicológicos relacionados a ele. Mas os resultados até agora são animadores."
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868050-meditacao-muda-estrutura-do-cerebro-diz-estudo.shtml
Os benefícios da técnica, conhecida também como "mindfulness", já foram relatados em vários estudos.
A lista vai da melhora de sintomas de esclerose múltipla (como diz estudo publicado na "Neurology") à prevenção de novos episódios de depressão (demonstrada em artigo na "Archives of General Psychiatry"). Mas, agora, um estudo mostra, pela primeira vez, os efeitos provocados por essa meditação no cérebro.
A pesquisa, publicada hoje na "Psychiatry Research: Neuroimaging", foi feita pela Harvard Medical School, nos EUA, em conjunto com um instituto de neuroimagem da Alemanha e a Universidade de Massachussets. E o mais importante: as mudanças ocorreram em apenas oito semanas de meditação em praticantes adultos iniciantes.
As conclusões foram feitas após comparações entre as ressonâncias magnéticas dos que praticaram a meditação e de um grupo-controle que não fez as aulas.
Outros estudos já haviam sugerido que a meditação causa mudanças no cérebro. Mas eles não excluíam a possibilidade de haver diferenças preexistentes entre os grupos de meditadores experientes e não meditadores.
Ou seja, não era possível afirmar se os efeitos eram causados pela prática.
MENOS ESTRESSE
Todos os 16 participantes da pesquisa, com idades de 25 a 55 anos, deveriam obedecer a um critério: não ter feito nenhuma aula de meditação "mindfulness" nos últimos seis meses ou mais de dez aulas em toda a vida.
Eles frequentaram oito encontros semanais, com duração de duas horas e meia.
Também foram instruídos a fazer 45 minutos de exercícios diários e a praticar os ensinamentos da meditação em atividades do dia a dia, como andar, comer e tomar banho.
Para avaliar as mudanças, todos os participantes e o grupo-controle fizeram ressonâncias magnéticas antes e depois do período de aulas.
Os exames iniciais não indicaram diferenças entre grupos, mas as ressonâncias feitas após o curso mostraram um aumento na concentração de massa cinzenta no hipocampo esquerdo naqueles que haviam meditado.
Análises do cérebro todo revelaram mais quatro aumentos de massa cinzenta: no córtex cingulado posterior, na junção temporo-parietal e mais dois no cerebelo.
BENEFÍCIOS
Britta Hölzel, pesquisadora da Harvard Medical School e uma das autoras do estudo, disse à Folha que isso pode significar uma melhora em regiões envolvidas com aprendizagem, memória, emoções e estresse.
O aumento da massa cinzenta no hipocampo é benéfico porque ali há uma maior concentração de neurônios, afirma Sonia Brucki, do departamento científico de neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.
"Antes, acreditava-se que a pessoa só perdia neurônios durante a vida. Agora, vemos que podem brotar em qualquer fase da vida, e determinadas atividades fazem a estrutura do cérebro mudar."
Isso significa que o cérebro adulto também é plástico, capaz de ser moldado.
No ano passado, um estudo dos mesmos pesquisadores já mostrava redução da massa cinzenta na amígdala cerebral, uma região relacionada à ansiedade e ao estresse, em pessoas que fizeram meditação por oito semanas.
Mas qualquer um que começar a meditar amanhã terá esses mesmos efeitos benéficos em algumas semanas?
"Provavelmente sim", diz a neurologista Sonia Brucki.
Ela ressalta, no entanto, que a idade média dos participantes da pesquisa é baixa e, por isso, não dá para afirmar com certeza que isso acontecerá com pessoas de todas as idades.
Agora, a pesquisadora Britta Hölzel quer entender como essas mudanças no cérebro estão relacionadas diretamente à melhora da vidas das pessoas.
"Essa é uma área nova, e pouco se sabe sobre o cérebro e os mecanismos psicológicos relacionados a ele. Mas os resultados até agora são animadores."
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868050-meditacao-muda-estrutura-do-cerebro-diz-estudo.shtml
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:45
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Marcadores:
meditação
Exercícios físicos podem melhorar memória de idosos
A prática regular de exercícios físicos moderados durante um ano pode aumentar o tamanho do hipocampo cerebral em adultos com mais de 55 anos, proporcionando um aumento da memória espacial, segundo um novo estudo.
O hipocampo é a área do cérebro responsável pela formação de todos os tipos de memória.
O estudo, conduzido por pesquisadores das universidades de Pittsburgh, Illinois, Rice e Ohio State, foi publicado na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".
"Os resultados de nossa pesquisa são particularmente interessantes por sugerirem que mesmo modestas quantidades de exercício podem fazer com que adultos idosos sedentários registrem melhora substancial da memória e da saúde do cérebro", explica Art Kramer, diretor do Beckman Institute na Universidade de Illinois e principal autor do estudo.
"Estas melhorias têm implicações importantes para a saúde de nossos cidadãos e para o aumento da população idosa em todo o mundo", acrescenta.
Para seu projeto, os cientistas convocaram 120 idosos sedentários sem qualquer sinal de senilidade e divididos ao acaso em dois grupos. O primeiro começou a praticar um regime de exercícios leves, como caminhar 40 minutos por dia, três vezes por semana. O segundo manteve apenas atividades como alongamento e exercícios de tonificação muscular.
Os resultados mostram que o grupo que praticou a atividade aeróbica registrou um aumento do volume do hipocampo nos dois lados do cérebro (2,12% no esquerdo, 1,97% no direito).
As mesmas regiões do cérebro dos participantes que ficaram no grupo dos exercícios de alongamento sofreram um aumento de 1,4% e 1,43%, respectivamente.
"Estamos acostumados a achar que a atrofia que ocorre no hipocampo no fim da vida é praticamente inevitável", diz o autor. "Mas nós mostramos que mesmo exercícios moderados durante um ano podem aumentar o tamanho desta estrutura. O cérebro nesta fase permanece maleável".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868435-exercicios-fisicos-podem-melhorar-memoria-de-idosos.shtml
O hipocampo é a área do cérebro responsável pela formação de todos os tipos de memória.
O estudo, conduzido por pesquisadores das universidades de Pittsburgh, Illinois, Rice e Ohio State, foi publicado na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".
"Os resultados de nossa pesquisa são particularmente interessantes por sugerirem que mesmo modestas quantidades de exercício podem fazer com que adultos idosos sedentários registrem melhora substancial da memória e da saúde do cérebro", explica Art Kramer, diretor do Beckman Institute na Universidade de Illinois e principal autor do estudo.
"Estas melhorias têm implicações importantes para a saúde de nossos cidadãos e para o aumento da população idosa em todo o mundo", acrescenta.
Para seu projeto, os cientistas convocaram 120 idosos sedentários sem qualquer sinal de senilidade e divididos ao acaso em dois grupos. O primeiro começou a praticar um regime de exercícios leves, como caminhar 40 minutos por dia, três vezes por semana. O segundo manteve apenas atividades como alongamento e exercícios de tonificação muscular.
Os resultados mostram que o grupo que praticou a atividade aeróbica registrou um aumento do volume do hipocampo nos dois lados do cérebro (2,12% no esquerdo, 1,97% no direito).
As mesmas regiões do cérebro dos participantes que ficaram no grupo dos exercícios de alongamento sofreram um aumento de 1,4% e 1,43%, respectivamente.
"Estamos acostumados a achar que a atrofia que ocorre no hipocampo no fim da vida é praticamente inevitável", diz o autor. "Mas nós mostramos que mesmo exercícios moderados durante um ano podem aumentar o tamanho desta estrutura. O cérebro nesta fase permanece maleável".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868435-exercicios-fisicos-podem-melhorar-memoria-de-idosos.shtml
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:39
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Marcadores:
atividade física,
exercícios,
hipocampo
Açúcar
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:32
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Marcadores:
açúcar,
dependência,
vício
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
A internet pode até ajudar uma consulta médica, mas não substituí-la
Com o livre acesso dos pacientes à informação, há também fatores positivos que enriquecem uma consulta médica e nutricional. A monotonia das consultas unilaterais, onde sempre impera um monólogo tende a acabar. O médico orienta e o paciente concorda. Os pacientes estão falando mais, perguntando mais e exigindo uma explicação mais convincente dos seus males.
Com um maior esclarecimento, os pacientes tendem a aderir melhor ao seu tratamento. Entendem porque estão tomando esse ou aquele remédio e passam a encarar uma orientação nutricional com uma maior possibilidade de adequação ao plano proposto. Passam a saber trocar alimentos e comer adequadamente em casa, no trabalho e no lazer. Não precisam mais das tabelas e tem maior liberdade de conduzir seu tratamento.
A informação adequada nunca é demais. Não se constitui em um desafio ao médico. Perguntar enriquece a consulta e não ofende. Pelo contrário, dá ao médico e à nutricionista a chance de estreitar os laços da relação e fidelizar o paciente. Com isso o paciente pode entender a diferença entre uma consulta virtual e uma consulta real. Isso será muito bom para ambas as partes.
Apesar das freqüentes solicitações dos e-pacientes em serem consultados e medicados pela internet, eles precisam entender o risco dessa atitude. Nada substitui a consulta médica, pois ela define as sutis diferenças entre as pessoas e suas doenças e comprovam que diferentes pessoas com doenças semelhantes muitas vezes devem ser tratadas de maneiras diferentes. Assim, as descrições superficiais dos problemas médicos expostos pela internet nunca poderão substituir a riqueza de uma consulta médica tradicional.
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-01_2011-01-15.html
Com um maior esclarecimento, os pacientes tendem a aderir melhor ao seu tratamento. Entendem porque estão tomando esse ou aquele remédio e passam a encarar uma orientação nutricional com uma maior possibilidade de adequação ao plano proposto. Passam a saber trocar alimentos e comer adequadamente em casa, no trabalho e no lazer. Não precisam mais das tabelas e tem maior liberdade de conduzir seu tratamento.
A informação adequada nunca é demais. Não se constitui em um desafio ao médico. Perguntar enriquece a consulta e não ofende. Pelo contrário, dá ao médico e à nutricionista a chance de estreitar os laços da relação e fidelizar o paciente. Com isso o paciente pode entender a diferença entre uma consulta virtual e uma consulta real. Isso será muito bom para ambas as partes.
Apesar das freqüentes solicitações dos e-pacientes em serem consultados e medicados pela internet, eles precisam entender o risco dessa atitude. Nada substitui a consulta médica, pois ela define as sutis diferenças entre as pessoas e suas doenças e comprovam que diferentes pessoas com doenças semelhantes muitas vezes devem ser tratadas de maneiras diferentes. Assim, as descrições superficiais dos problemas médicos expostos pela internet nunca poderão substituir a riqueza de uma consulta médica tradicional.
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-01_2011-01-15.html
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:34
1 comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
A polêmica sobre os riscos e benefícios do álcool
Nos últimos 10 anos, uma verdadeira polêmica tem sacudido as discussões médicas e seus debates acadêmicos. No centro do debate, o álcool, suscitando posições diametralmente opostas, expondo a verdade sobre o tema: não há consenso, portanto o mais correto é dizer que não sabemos ao certo, se os benefícios superam os riscos.
Tudo começou com um estudo da Organização Mundial de Saúde publicado na revista médica The Lancet em 1992, demonstrando uma menor incidência de infarto entre os franceses, apesar dos conhecidos fatores de risco dessa população como tabagismo e elevada ingestão de gordura saturada. O segredo dos franceses foi atribuído ao seu consumo regular de vinho tinto, que aumentaria a fração protetora do colesterol, o chamado HDL.
Depois desse, muitos outros trabalhos científicos sérios e de alta credibilidade, descrevem as maravilhas do consumo regular e moderado do vinho. Além do vinho, os pesquisadores passaram a descrever os benefícios do próprio álcool, seja ele oriundo de bebidas fermentadas ou destiladas. Um dos estudos de grande relevância no assunto também foi publicado no periódico The Lancet em 1994, mostrando uma queda progressiva da mortalidade por doenças cardiovasculares em povos com maior índice de ingestão de bebidas alcoólicas em geral.
A polêmica continua nos dias de hoje como a recente publicação da revista Internal and Emergency Medicine nesse mês, recomendando o consumo de álcool para melhorar a saúde do coração e concluindo que quem bebe pouco deve ser encorajado a continuar.
Apesar do sucesso entre o público leigo, os benefícios do álcool são constantemente questionados pela comunidade científica e a polêmica continua.
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-16_2011-01-31.html#2011_01-31_08_43_06-142670378-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Tudo começou com um estudo da Organização Mundial de Saúde publicado na revista médica The Lancet em 1992, demonstrando uma menor incidência de infarto entre os franceses, apesar dos conhecidos fatores de risco dessa população como tabagismo e elevada ingestão de gordura saturada. O segredo dos franceses foi atribuído ao seu consumo regular de vinho tinto, que aumentaria a fração protetora do colesterol, o chamado HDL.
Depois desse, muitos outros trabalhos científicos sérios e de alta credibilidade, descrevem as maravilhas do consumo regular e moderado do vinho. Além do vinho, os pesquisadores passaram a descrever os benefícios do próprio álcool, seja ele oriundo de bebidas fermentadas ou destiladas. Um dos estudos de grande relevância no assunto também foi publicado no periódico The Lancet em 1994, mostrando uma queda progressiva da mortalidade por doenças cardiovasculares em povos com maior índice de ingestão de bebidas alcoólicas em geral.
A polêmica continua nos dias de hoje como a recente publicação da revista Internal and Emergency Medicine nesse mês, recomendando o consumo de álcool para melhorar a saúde do coração e concluindo que quem bebe pouco deve ser encorajado a continuar.
Apesar do sucesso entre o público leigo, os benefícios do álcool são constantemente questionados pela comunidade científica e a polêmica continua.
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-16_2011-01-31.html#2011_01-31_08_43_06-142670378-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:30
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Pessoas otimistas vivem melhor
Um artigo publicado recentemente no periódico Current Directions in Psychological Science revisou diversas pesquisas para determinar se é verdade que o otimismo é benéfico para a saúde.
O pesquisador Anthony Ong, da Universidade de Cornell (EUA) sugere a partir da sua pesquisa que emoções positivas podem ser antídotos poderosos contra estresse, dores e doenças.
Ele especula que as pessoas mais felizes são aquelas que têm uma atitude pró-ativa em relação ao envelhecimento ou que evitam comportamentos pouco saudáveis. São indivíduos que fazem exercícios regularmente, não fumam e praticam sexo seguro.
Atitudes como essas se tornam cada vez mais importantes à medida que a idade avança e as doenças se tornam mais freqüentes. Além disso, pessoas mais positivas têm níveis menores de estresse.
Ong diz que “Todos nós envelhecemos. É como nós envelhecemos, entretanto, que determina a qualidade das nossas vidas”.
Fonte: http://http://www.hebron.com.br/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:55
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Obesidade aumenta o risco de câncer
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde no relatório Saúde Brasil de 2010 apontam para um dado alarmante: 46,6% da população brasileira esta acima do peso. O excesso de gordura no corpo pode acarretar em doenças como diabetes, problemas cardíacos e surgimentos de cânceres.
O câncer é a segunda maior causa de mortes no mundo. Só no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que a doença deva atingir cerca de um milhão de pessoas em 2011. Em 2010 o INCA, em parceria com o Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF), publicou o documento Polítcas e Ações para prevenção do Câncer no Brasil: Alimentação, Nutrição e Atividade Física, que concluiu que parte considerável desses casos poderiam ser evitados com o combate à obesidade.
A alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras, associadas à atividades físicas, pode ajudar na prevenção do câncer. Por outro lado, uma alimentação rica em gorduras, alimentos industrializados, sal e álcool aumentam os riscos de desenvolver tumores.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
O câncer é a segunda maior causa de mortes no mundo. Só no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que a doença deva atingir cerca de um milhão de pessoas em 2011. Em 2010 o INCA, em parceria com o Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF), publicou o documento Polítcas e Ações para prevenção do Câncer no Brasil: Alimentação, Nutrição e Atividade Física, que concluiu que parte considerável desses casos poderiam ser evitados com o combate à obesidade.
A alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras, associadas à atividades físicas, pode ajudar na prevenção do câncer. Por outro lado, uma alimentação rica em gorduras, alimentos industrializados, sal e álcool aumentam os riscos de desenvolver tumores.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:50
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Anvisa propõe novas exigências para registro de produtos agrotóxicos
Apresentação de estudos sobre avaliação de riscos nos trabalhadores rurais será requisito obrigatório para registro de agrotóxicos no Brasil. É o que prevê a consulta pública aberta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta sexta-feira (28/1).
A avaliação do risco é um procedimento mais sensível e acurado que permite analisar possíveis efeitos dos agrotóxicos na saúde. “Apesar de já analisarmos a toxicidade das substâncias presentes nos agrotóxicos, a avaliação do risco possibilitará reduzir ainda mais os agravos indesejados associados à exposição da população a esses produtos”, explica o diretor da Anvisa, Agenor Álvares. Os agrotóxicos que causam mutações genéticas, câncer, alterações fetais, e danos reprodutivos continuarão impedidos de registro, conforme determinado pela Lei.
Outra novidade proposta é que os estudos, apresentados pelas empresas para que a Agência realize análise toxicológica dos agrotóxicos, sejam conduzidos em laboratórios com certificação de Boas Práticas Laboratoriais (BPL). “Essa ação permitirá maior segurança quanto à credibilidade dos estudos apresentados e maior rastreabilidade dos resultados, além de uniformizar nosso trabalho com o do Ibama, que já efetua essa exigência”, afirma Álvares. Além disso, harmoniza a documentação de avaliações toxicológicas com o que já era solicitado para os estudos de resíduos de agrotóxicos em alimentos, de acordo com a resolução da Anvisa de 2006.
A consulta pública atualiza, ainda, os estudos que devem ser apresentados pelas empresas para obtenção de avaliação toxicológica de agrotóxicos e produtos técnicos. Os critérios de classificação toxicológica dos produtos também foram revisados. Para Álvares, a nova proposta permite ao Brasil estar alinhado às normas internacionais mais atualizadas para avaliação de agrotóxicos e produtos técnicos.
Registro
No Brasil, o registro de agrotóxicos é realizado pelo Ministério da Agricultura, órgão que analisa a eficácia agronômica desses produtos. Porém, a anuência da Anvisa e do Ibama é requisito obrigatório para que o agrotóxico possa ser registrado.
A Anvisa realiza avaliação toxicológica dos produtos quanto ao impacto na saúde da população. Já o Ibama observa os riscos que essas substâncias oferecem ao meio ambiente.
Atualização
A Consulta Pública 02/2011 propõe uma atualização da Portaria 03/1992 do Ministério da Saúde. A proposta é resultado de dois anos de trabalho da Agência e foi aprovada na Agenda Regulatória de 2009, instrumento que expõe os temas considerados pela Anvisa como prioritários para regulação.
Participação
Sugestões para Consulta Pública 02/2011 deverão ser encaminhadas por escrito, no prazo de 60 dias,para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, SIA, Trecho 5, Área Especial 57, Bloco D – sub-solo, Brasília/DF, CEP 71.205-050; por Fax 61-3462-5726; ou para o email: toxicologia@anvisa.gov.br
Confira aqui a íntegra da consulta pública.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/01/31/anvisa-propoe-novas-exigencias-para-registro-de-produtos-agrotoxicos/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:47
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Marcadores:
Orgânicos Agrotóxicos ANVISA
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
SP adotará padrão mais rígido para qualidade do ar. Só alterar índice não basta, diz médico
Classificação usada no Estado, criada em 1990, foi alterada pela OMS em 2005
Proposta de grupo de estudos coordenado pelo governo terá de ser ratificada por órgãos estaduais
O Estado de São Paulo adotará uma classificação mais rígida para a qualidade de seu ar, adequando-se aos padrões definidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2005.
Pelos parâmetros mais frouxos de hoje, que foram estabelecidos em 1990, o ar é frequentemente tido como “regular” (prejudicial a doentes crônicos e crianças), quando deveria ser “inadequado” (nocivo a todos).
Com a revisão do padrão atual, pessoas com doenças cardíacas e respiratórias serão mais bem alertadas do risco a que estão expostas e poderão se preparar para um dia crítico de poluição. Reportagem de Eduardo Geraque e Cristina Moreno de Castro, na Folha de S.Paulo.
Além disso, as informações mais precisas poderão pautar melhor as discussões sobre poluição, as medidas do poder público na área etc.
Um grupo de estudo liderado pelo governo já definiu como ficará a nova classificação e, para que ela seja colocada em prática, falta a ratificação de órgãos do próprio governo, que tiveram representantes nas reuniões.
Grupos de interesses privados, como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), também participaram.
Hoje, o relatório deverá ser votado pelo Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente), órgão estadual.
São Paulo deverá ser, então, o primeiro Estado do país a deixar de ter um padrão frouxo e corrigir a defasagem sobre o definido pela OMS, adotado na Europa, nos EUA e no México, por exemplo.
POEIRA
As mudanças atingem a classificação de nível de substâncias como ozônio e fumaça. A poeira fina (partículas liberadas, por exemplo, por escapamentos, que causam entupimento no pulmão) é a que melhor exemplifica a mudança.
Pela classificação atual, apenas por duas vezes a poeira tornou o ar “inadequado” em 2008, ano usado no estudo. Pelos novos padrões, seriam 1.265 vezes como “inadequado” nas 26 estações medidoras da região.
Depois de o relatório ser aprovado, faltará ainda ao Poder Executivo determinar a implementação de todas as mudanças, que deve ser feita de forma gradual.
Ainda não há prazos.
Especialistas ouvidos pela Folha consideram um avanço a atualização da classificação. O desafio, dizem, será responder ao alerta mais rigoroso com políticas públicas que melhorem o ar que a cidade respira.
Só alterar índice não basta, diz médico
Pesquisador da USP afirma que é preciso também ampliar a fiscalização da emissão de poluentes no Estado
Alfésio Braga diz que as mortes causadas pela poluição devem voltar a crescer por conta do aumento de veículos
Para Alfésio Luís Braga, pesquisador do Núcleo de Estudos de Epidemiologia Ambiental da Faculdade de Medicina da USP, não basta deixar os índices mais rigorosos, é preciso fiscalizar a emissão de poluentes. Braga diz que mortes causadas pela poluição devem voltar a crescer.
Folha – Quais as doenças agravadas pela poluição?
Alfésio Luís Braga – Principalmente respiratórias e cardiovasculares, como sinusite, faringite, pneumonia, bronquite, asma, angina, infarto agudo do miocárdio. Também afeta pacientes com insuficiência cardíaca e com arritmias cardíacas e causa problemas oculares. A poluição provoca doenças em quem é saudável e agrava as doenças de quem já tem.
Essas doenças aumentaram?
A partir dos anos 90, houve redução gradual da concentração dos poluentes em São Paulo e o número de mortes atribuídas à poluição reduziu de 12/dia em 1990, para 8/dia em 2005. Mas as concentrações de poluentes estão diminuindo menos: o que foi conseguido com melhoria tecnológica está sendo perdido com o aumento de veículos. Estimamos que aumentará o número de óbitos.
As pessoas deveriam acompanhar a qualidade do ar?
Com certeza. Em países da Europa existem programas de TV que divulgam não só a previsão do tempo, mas a previsão da qualidade do ar. Aí as pessoas mais esclarecidas, sob orientação médica, podem inclusive ajustar as doses de medicamento.
O que mais poderiam fazer?
Quando fazem atividade física num período do dia em que a concentração é maior, estão se expondo mais ao poluente. Se se garantir uma boa umidade no ambiente, as partículas de poluentes vão se adensar e vai ser mais difícil inalar isso, então a umidificação do ambiente é bastante desejável.
O fato de haver uma mudança no índice ajuda como?
O reconhecimento de que um certo nível de poluente tem que ser mais baixo para o ar ser considerado de boa qualidade é uma primeira etapa que precisa acontecer. Mas é preciso efetivamente buscar a redução da emissão para a qualidade do ar ficar dentro dos novos padrões.
O Conama tem um sistema de alerta à poluição próprio, ele também deveria se adequar?
Como São Paulo sofre mais com a poluição, é natural que tome a dianteira, seguindo o padrão da OMS. E que o Conama adote um padrão semelhante para todo o país.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/01/28/sp-adotara-padrao-mais-rigido-para-qualidade-do-ar-so-alterar-indice-nao-basta-diz-medico/
Proposta de grupo de estudos coordenado pelo governo terá de ser ratificada por órgãos estaduais
O Estado de São Paulo adotará uma classificação mais rígida para a qualidade de seu ar, adequando-se aos padrões definidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2005.
Pelos parâmetros mais frouxos de hoje, que foram estabelecidos em 1990, o ar é frequentemente tido como “regular” (prejudicial a doentes crônicos e crianças), quando deveria ser “inadequado” (nocivo a todos).
Com a revisão do padrão atual, pessoas com doenças cardíacas e respiratórias serão mais bem alertadas do risco a que estão expostas e poderão se preparar para um dia crítico de poluição. Reportagem de Eduardo Geraque e Cristina Moreno de Castro, na Folha de S.Paulo.
Além disso, as informações mais precisas poderão pautar melhor as discussões sobre poluição, as medidas do poder público na área etc.
Um grupo de estudo liderado pelo governo já definiu como ficará a nova classificação e, para que ela seja colocada em prática, falta a ratificação de órgãos do próprio governo, que tiveram representantes nas reuniões.
Grupos de interesses privados, como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), também participaram.
Hoje, o relatório deverá ser votado pelo Consema (Conselho Estadual de Meio Ambiente), órgão estadual.
São Paulo deverá ser, então, o primeiro Estado do país a deixar de ter um padrão frouxo e corrigir a defasagem sobre o definido pela OMS, adotado na Europa, nos EUA e no México, por exemplo.
POEIRA
As mudanças atingem a classificação de nível de substâncias como ozônio e fumaça. A poeira fina (partículas liberadas, por exemplo, por escapamentos, que causam entupimento no pulmão) é a que melhor exemplifica a mudança.
Pela classificação atual, apenas por duas vezes a poeira tornou o ar “inadequado” em 2008, ano usado no estudo. Pelos novos padrões, seriam 1.265 vezes como “inadequado” nas 26 estações medidoras da região.
Depois de o relatório ser aprovado, faltará ainda ao Poder Executivo determinar a implementação de todas as mudanças, que deve ser feita de forma gradual.
Ainda não há prazos.
Especialistas ouvidos pela Folha consideram um avanço a atualização da classificação. O desafio, dizem, será responder ao alerta mais rigoroso com políticas públicas que melhorem o ar que a cidade respira.
Só alterar índice não basta, diz médico
Pesquisador da USP afirma que é preciso também ampliar a fiscalização da emissão de poluentes no Estado
Alfésio Braga diz que as mortes causadas pela poluição devem voltar a crescer por conta do aumento de veículos
Para Alfésio Luís Braga, pesquisador do Núcleo de Estudos de Epidemiologia Ambiental da Faculdade de Medicina da USP, não basta deixar os índices mais rigorosos, é preciso fiscalizar a emissão de poluentes. Braga diz que mortes causadas pela poluição devem voltar a crescer.
Folha – Quais as doenças agravadas pela poluição?
Alfésio Luís Braga – Principalmente respiratórias e cardiovasculares, como sinusite, faringite, pneumonia, bronquite, asma, angina, infarto agudo do miocárdio. Também afeta pacientes com insuficiência cardíaca e com arritmias cardíacas e causa problemas oculares. A poluição provoca doenças em quem é saudável e agrava as doenças de quem já tem.
Essas doenças aumentaram?
A partir dos anos 90, houve redução gradual da concentração dos poluentes em São Paulo e o número de mortes atribuídas à poluição reduziu de 12/dia em 1990, para 8/dia em 2005. Mas as concentrações de poluentes estão diminuindo menos: o que foi conseguido com melhoria tecnológica está sendo perdido com o aumento de veículos. Estimamos que aumentará o número de óbitos.
As pessoas deveriam acompanhar a qualidade do ar?
Com certeza. Em países da Europa existem programas de TV que divulgam não só a previsão do tempo, mas a previsão da qualidade do ar. Aí as pessoas mais esclarecidas, sob orientação médica, podem inclusive ajustar as doses de medicamento.
O que mais poderiam fazer?
Quando fazem atividade física num período do dia em que a concentração é maior, estão se expondo mais ao poluente. Se se garantir uma boa umidade no ambiente, as partículas de poluentes vão se adensar e vai ser mais difícil inalar isso, então a umidificação do ambiente é bastante desejável.
O fato de haver uma mudança no índice ajuda como?
O reconhecimento de que um certo nível de poluente tem que ser mais baixo para o ar ser considerado de boa qualidade é uma primeira etapa que precisa acontecer. Mas é preciso efetivamente buscar a redução da emissão para a qualidade do ar ficar dentro dos novos padrões.
O Conama tem um sistema de alerta à poluição próprio, ele também deveria se adequar?
Como São Paulo sofre mais com a poluição, é natural que tome a dianteira, seguindo o padrão da OMS. E que o Conama adote um padrão semelhante para todo o país.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/01/28/sp-adotara-padrao-mais-rigido-para-qualidade-do-ar-so-alterar-indice-nao-basta-diz-medico/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:16
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Dieta rica em gorduras trans e saturadas aumenta em 48% o risco de depressão
Pesquisadores das universidades de Navarra e Las Palmas de Gran Canaria, na Espanha, mostraram que a ingestão de gorduras trans e saturadas aumentam o risco de depressão em até 48%. Já o óleo de oliva protege contra doenças mentais.
O estudo [Dietary Fat Intake and the Risk of Depression: The SUN Project] foi feito durante seis anos com 12.059 voluntários, cuja dieta, estilo de vida e doenças foram analisados antes, durante e depois do projeto. No início, nenhum deles sofria de depressão e, no final, 657 casos foram detectados. As pessoas com elevado consumo de gorduras trans (presentes de forma artificial na confeitaria industrial e em fast foods, e de forma natural em alguns produtos à base de leite) apresentaram um risco de depressão até 48% maior do que as que consumiam essas gorduras.
Além disso, o estudo revelou uma relação de dose-resposta, “quanto mais gorduras trans ingeridas, maior o efeito prejudicial nos voluntários”, disse Almudena Sánchez-Villegas, professora de medicina preventiva em Las Palmas e autora do estudo, que verificou ainda a influência das gorduras poliinsaturadas (presentes em peixes e óleos vegetais) e as do azeite de oliva.
- Descobrimos que este tipo de gordura, junto com o azeite de oliva, estão associadas à redução do risco de depressão – disse Miguel Ángel Martínez-González, professor da Universidade de Navarra e diretor do projeto.
O estudo corrobora ainda com a hipótese de uma maior incidência de depressão em países do norte da Europa, onde a dieta mediterrânea prevalece. Nos últimos anos, a incidência da depressão aumentou, atingindo 150 milhões de pessoas no mundo, sendo hoje a principal causa de perda de anos de vida nos países de renda per capita média a alta, por causa de uma mudança radical nas fontes de gorduras consumidas nas dietas ocidentais.
A pesquisa foi publicada na revista médica PLoS ONE e realizada com uma população com uma ingestão baixa de gorduras trans, até 0,4% da energia total ingerida pelos voluntários.
O estudo “Dietary Fat Intake and the Risk of Depression: The SUN Project” está disponível para acesso integral no formato HTML. Para acessar o artigo clique aqui.
Artigo: Dietary Fat Intake and the Risk of Depression: The SUN Project
Autores: Villegas, AS; et al.
Periódico: PLoS ONE
Data: 2011/Janeiro
Fonte: Portal Ecodebate
O estudo [Dietary Fat Intake and the Risk of Depression: The SUN Project] foi feito durante seis anos com 12.059 voluntários, cuja dieta, estilo de vida e doenças foram analisados antes, durante e depois do projeto. No início, nenhum deles sofria de depressão e, no final, 657 casos foram detectados. As pessoas com elevado consumo de gorduras trans (presentes de forma artificial na confeitaria industrial e em fast foods, e de forma natural em alguns produtos à base de leite) apresentaram um risco de depressão até 48% maior do que as que consumiam essas gorduras.
Além disso, o estudo revelou uma relação de dose-resposta, “quanto mais gorduras trans ingeridas, maior o efeito prejudicial nos voluntários”, disse Almudena Sánchez-Villegas, professora de medicina preventiva em Las Palmas e autora do estudo, que verificou ainda a influência das gorduras poliinsaturadas (presentes em peixes e óleos vegetais) e as do azeite de oliva.
- Descobrimos que este tipo de gordura, junto com o azeite de oliva, estão associadas à redução do risco de depressão – disse Miguel Ángel Martínez-González, professor da Universidade de Navarra e diretor do projeto.
O estudo corrobora ainda com a hipótese de uma maior incidência de depressão em países do norte da Europa, onde a dieta mediterrânea prevalece. Nos últimos anos, a incidência da depressão aumentou, atingindo 150 milhões de pessoas no mundo, sendo hoje a principal causa de perda de anos de vida nos países de renda per capita média a alta, por causa de uma mudança radical nas fontes de gorduras consumidas nas dietas ocidentais.
A pesquisa foi publicada na revista médica PLoS ONE e realizada com uma população com uma ingestão baixa de gorduras trans, até 0,4% da energia total ingerida pelos voluntários.
O estudo “Dietary Fat Intake and the Risk of Depression: The SUN Project” está disponível para acesso integral no formato HTML. Para acessar o artigo clique aqui.
Artigo: Dietary Fat Intake and the Risk of Depression: The SUN Project
Autores: Villegas, AS; et al.
Periódico: PLoS ONE
Data: 2011/Janeiro
Fonte: Portal Ecodebate
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:14
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Falta de sono piora o controle glicêmico
Um recente estudo publicado na revista Diabetes Care mostrou que o sono é um dos fatores fisiológicos que influenciam na regulação da glicose no diabetes tipo 1. O estudo foi conduzido pela Dra Esther Donga, da Universidade de Leiden na Holanda.Para chegar a essa conclusão, Dra Donga selecionou 7 pacientes com diabetes tipo 1. Eles tinham os seguintes dados demográficos médios:
IMC - 23,5 Kg/m2 Idade – 44 anos
Tempo de diabetes – 23 anos A1c – 7,6%
Ela estudou os pacientes em dois momentos. Após uma boa noite de sono e após uma noite mal dormida, somente 4 horas de sono. Todas as análises eram feitas após uma noite dormida na clínica. Todos usavam bomba de infusão de insulina, com metas glicêmicas semelhantes. Após cada noite do estudo, os pesquisadores realizaram um exame de clamp euglicêmico hiperinsulinêmico.
Os dados publicados mostram que a privação do sono não afeta a glicemia de jejum, a produção de ácidos graxos livres nem a produção hepática de glicose. Entretanto a captação da glicose (glucose disposal rate) durante o clamp foi menor quando os pacientes tinham uma noite com sono restrito há 4 horas. (25.5 versus 22.0 micromoles x kg de massa magra (LBM)-1 x min-1).
Em outros estudos, a Dra Donga quer continuar a explorar o efeito da duração do sono e da qualidade do sono no metabolismo da glicose em pacientes com diabetes, além disso, ela irá estudar as características do sono em idosos com resistência à insulina, para determinar em que medida esta resistência à insulina pode ser causada por perturbações do sono.
Do ponto de vista prático, a falta de sono pode determinar uma maior necessidade temporária de insulina para os portadores de diabetes.
Fonte: http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/diabetes-em-foco/1284-dormindo-pouco-cuidado-com-a-glicose-falta-de-sono-pode-piorar-o-controle-do-diabetes
IMC - 23,5 Kg/m2 Idade – 44 anos
Tempo de diabetes – 23 anos A1c – 7,6%
Ela estudou os pacientes em dois momentos. Após uma boa noite de sono e após uma noite mal dormida, somente 4 horas de sono. Todas as análises eram feitas após uma noite dormida na clínica. Todos usavam bomba de infusão de insulina, com metas glicêmicas semelhantes. Após cada noite do estudo, os pesquisadores realizaram um exame de clamp euglicêmico hiperinsulinêmico.
Os dados publicados mostram que a privação do sono não afeta a glicemia de jejum, a produção de ácidos graxos livres nem a produção hepática de glicose. Entretanto a captação da glicose (glucose disposal rate) durante o clamp foi menor quando os pacientes tinham uma noite com sono restrito há 4 horas. (25.5 versus 22.0 micromoles x kg de massa magra (LBM)-1 x min-1).
Em outros estudos, a Dra Donga quer continuar a explorar o efeito da duração do sono e da qualidade do sono no metabolismo da glicose em pacientes com diabetes, além disso, ela irá estudar as características do sono em idosos com resistência à insulina, para determinar em que medida esta resistência à insulina pode ser causada por perturbações do sono.
Do ponto de vista prático, a falta de sono pode determinar uma maior necessidade temporária de insulina para os portadores de diabetes.
Fonte: http://www.diabetes.org.br/colunistas-da-sbd/diabetes-em-foco/1284-dormindo-pouco-cuidado-com-a-glicose-falta-de-sono-pode-piorar-o-controle-do-diabetes
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
17:30
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Agrotóxicos comercializados no país são perigosos para o meio ambiente
A maioria dos agrotóxicos comercializados no Brasil são classificados como perigosos ou muito perigosos para o meio ambiente, de acordo com relatório divulgado hoje (24) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Os agrotóxicos são classificados pelo Ibama em quatro níveis de “potencial de periculosidade ambiental”. Os da classe 1 são considerados altamente perigosos, os da classe 2, muito perigosos, os da classe 3, perigosos e os da classe 4, pouco perigosos.
Em 2009, 88% dos defensivos agrícolas comercializados no país pertenciam às classes 1, 2 e 3: 1% são da classe 1, 38% da classe 2, e quase metade, 49%, da classe 3. Na avaliação por estados, o panorama é parecido com o nacional, com exceção do Amazonas, onde a maioria dos agrotóxicos comercializados foram do tipo pouco perigoso para o meio ambiente.
Entre os riscos dos agrotóxicos para a natureza estão interferências nos processos de respiração do solo e distribuição de nutrientes, além da mortandade de espécies de aves e peixes.
O insumo agrotóxico mais comercializado no país em 2009 foi o herbicida glifosato, utilizado em lavouras de 26 culturas diferentes, entre elas arroz, café, milho, trigo e soja. Avaliado na classe 3, de produtos perigosos, o agrotóxico teve 90,5 mil toneladas comercializadas no período.
Entre os dez produtos agrotóxicos mais comercializados está o metamidofós, banido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última semana pelos altos riscos à saúde. A proibição será gradual e o produto poderá ser comercializado até 2012.
Também estão na lista dos mais vendidos os produtos à base de cipermetrina, óleo mineral, óleo vegetal, enxofre, ácido 2,4-Diclorofenoxiacético, atrazina, acefato e carbendazim. Segundo o Ibama, o acefato está passando por processo de reavaliação e pode ser banido das lavouras brasileiras.
Os dados para o levantamento do Ibama são enviados por empresas, seguindo determinação legal. As informações poderão subsidiar a fiscalização e a concessão de autorizações de estudos para buscar produtos menos nocivos ao ambiente.
Fonte: http://revistaecologica.com/index.php?option=com_content&view=article&id=850:agrotoxicos-comercializados-no-pais-sao-perigosos-para-o-meio-ambiente&catid=57:agrotoxicos
Os agrotóxicos são classificados pelo Ibama em quatro níveis de “potencial de periculosidade ambiental”. Os da classe 1 são considerados altamente perigosos, os da classe 2, muito perigosos, os da classe 3, perigosos e os da classe 4, pouco perigosos.
Em 2009, 88% dos defensivos agrícolas comercializados no país pertenciam às classes 1, 2 e 3: 1% são da classe 1, 38% da classe 2, e quase metade, 49%, da classe 3. Na avaliação por estados, o panorama é parecido com o nacional, com exceção do Amazonas, onde a maioria dos agrotóxicos comercializados foram do tipo pouco perigoso para o meio ambiente.
Entre os riscos dos agrotóxicos para a natureza estão interferências nos processos de respiração do solo e distribuição de nutrientes, além da mortandade de espécies de aves e peixes.
O insumo agrotóxico mais comercializado no país em 2009 foi o herbicida glifosato, utilizado em lavouras de 26 culturas diferentes, entre elas arroz, café, milho, trigo e soja. Avaliado na classe 3, de produtos perigosos, o agrotóxico teve 90,5 mil toneladas comercializadas no período.
Entre os dez produtos agrotóxicos mais comercializados está o metamidofós, banido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na última semana pelos altos riscos à saúde. A proibição será gradual e o produto poderá ser comercializado até 2012.
Também estão na lista dos mais vendidos os produtos à base de cipermetrina, óleo mineral, óleo vegetal, enxofre, ácido 2,4-Diclorofenoxiacético, atrazina, acefato e carbendazim. Segundo o Ibama, o acefato está passando por processo de reavaliação e pode ser banido das lavouras brasileiras.
Os dados para o levantamento do Ibama são enviados por empresas, seguindo determinação legal. As informações poderão subsidiar a fiscalização e a concessão de autorizações de estudos para buscar produtos menos nocivos ao ambiente.
Fonte: http://revistaecologica.com/index.php?option=com_content&view=article&id=850:agrotoxicos-comercializados-no-pais-sao-perigosos-para-o-meio-ambiente&catid=57:agrotoxicos
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
15:03
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Ruído de trânsito aumenta risco de derrame em idosos
A exposição ao ruído de trânsito aumenta o risco de derrame em com 65 anos ou mais, segundo estudo publicado esta quarta-feira (26) na edição online da revista especializada European Heart Journal.
Na pesquisa feita com mais de 50 mil pessoas, cada 10 decibéis a mais de barulho de trânsito aumenta o risco de derrame em 14%, em média, em todos os grupos etários.
Para aqueles abaixo dos 65 anos, o risco não foi estatisticamente significativo. Mas a probabilidade aumentou enormemente no grupo de pessoas com mais de 65 anos, aumentando 27% para cada 10 decibéis a mais de barulho.
Acima de 60 decibéis, o risco de derrame aumentou ainda mais, afirmaram os cientistas.
Uma rua movimentada pode facilmente gerar níveis de ruído entre 70 e 80 decibéis. Comparativamente, um cortador de grama ou uma serra elétrica atingem de 90 a 100 decibéis, enquanto um avião a jato produz 120 decibéis de ruído na decolagem.
"Estudos anteriores vincularam o ruído do tráfego a uma elevação da pressão sanguínea e de ataques cardíacos", disse o chefe das pesquisas, Mette Sorensena, da Sociedade Dinamarquesa de Câncer.
"Nosso estudo demonstra que a exposição ao ruído de tráfego parece aumentar o risco de derrame", acrescentou.
O estudo revisou históricos médicos e de residência de 51.485 pessoas que participaram da pesquisa Dieta Dinamarquesa, Câncer e Saúde, realizada em Copenhague e arredores entre 1993 e 1997.
Um total de 1.881 pessoas sofreu derrame neste período.
Segundo o artigo, 8% de todos os casos de derrame e 19% destes casos registrados em pessoas acima dos 65 anos poderiam ser atribuídos ao barulho do trânsito.
Os cientistas sugerem que o ruído atua como um fator de estresse e perturbador do sono, o que resulta na elevação da pressão sanguínea e da frequência cardíaca, bem como no aumento do nível de hormônios de estresse.
O estudo contabilizou os efeitos da poluição do ar, da exposição ao ruído de trens e aviões e uma série de fatores de estilo de vida, potencialmente desconcertantes, como o tabagismo, a alimentação e o consumo de álcool.
Os participantes da pesquisa viviam, em sua maioria, em áreas urbanas e, portanto, não representavam a totalidade da população em termos de exposição ao ruído do trânsito.
A proximidade com este barulho também está relacionada com a classe social, uma vez que os mais abonados conseguem pagar para morar em regiões mais silenciosas.
Artigo disponível em: http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/early/2011/01/08/eurheartj.ehq466.full
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2011/01/26/ruido-de-transito-aumenta-risco-de-derrame-em-idosos-diz-estudo.jhtm?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Na pesquisa feita com mais de 50 mil pessoas, cada 10 decibéis a mais de barulho de trânsito aumenta o risco de derrame em 14%, em média, em todos os grupos etários.
Para aqueles abaixo dos 65 anos, o risco não foi estatisticamente significativo. Mas a probabilidade aumentou enormemente no grupo de pessoas com mais de 65 anos, aumentando 27% para cada 10 decibéis a mais de barulho.
Acima de 60 decibéis, o risco de derrame aumentou ainda mais, afirmaram os cientistas.
Uma rua movimentada pode facilmente gerar níveis de ruído entre 70 e 80 decibéis. Comparativamente, um cortador de grama ou uma serra elétrica atingem de 90 a 100 decibéis, enquanto um avião a jato produz 120 decibéis de ruído na decolagem.
"Estudos anteriores vincularam o ruído do tráfego a uma elevação da pressão sanguínea e de ataques cardíacos", disse o chefe das pesquisas, Mette Sorensena, da Sociedade Dinamarquesa de Câncer.
"Nosso estudo demonstra que a exposição ao ruído de tráfego parece aumentar o risco de derrame", acrescentou.
O estudo revisou históricos médicos e de residência de 51.485 pessoas que participaram da pesquisa Dieta Dinamarquesa, Câncer e Saúde, realizada em Copenhague e arredores entre 1993 e 1997.
Um total de 1.881 pessoas sofreu derrame neste período.
Segundo o artigo, 8% de todos os casos de derrame e 19% destes casos registrados em pessoas acima dos 65 anos poderiam ser atribuídos ao barulho do trânsito.
Os cientistas sugerem que o ruído atua como um fator de estresse e perturbador do sono, o que resulta na elevação da pressão sanguínea e da frequência cardíaca, bem como no aumento do nível de hormônios de estresse.
O estudo contabilizou os efeitos da poluição do ar, da exposição ao ruído de trens e aviões e uma série de fatores de estilo de vida, potencialmente desconcertantes, como o tabagismo, a alimentação e o consumo de álcool.
Os participantes da pesquisa viviam, em sua maioria, em áreas urbanas e, portanto, não representavam a totalidade da população em termos de exposição ao ruído do trânsito.
A proximidade com este barulho também está relacionada com a classe social, uma vez que os mais abonados conseguem pagar para morar em regiões mais silenciosas.
Artigo disponível em: http://eurheartj.oxfordjournals.org/content/early/2011/01/08/eurheartj.ehq466.full
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2011/01/26/ruido-de-transito-aumenta-risco-de-derrame-em-idosos-diz-estudo.jhtm?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
22:32
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Estudo aponta que ruídos de tráfego afetam a saúde
O barulho excessivo do tráfego além de afetar o sono podem prejudicar a recuperação, é o que aponta um estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Medicina Aeroespacial, na Alemanha, e do Departamento de Psiquiatria da Divisão de Sono e Cronobiologia da Universidade da Pensilvânia.
Os cientistas submeteram a testes de laboratório 72 pessoas, com idade entre 18 e 72 anos, durante 11 noites consecutivas. Em oito dessas noites os voluntários foram expostos a ruídos e na nona noite dormiram em silêncio. Foram reproduzidos barulhos de tráfego rodoviário, ferroviário e aéreo, sendo que o primeiro levou a fortes mudanças na estrutura do sono e da continuidade, enquanto a exposição aos dois últimos levou a uma avaliação subjetiva pior.
Dessa forma, o estudo aponta ainda para um dado interessante, o de que muitos dos participantes já estavam tão habituados ao barulho do tráfego rodoviário que não chegam a despertar durante a noite, mas que isso não significa que seu corpo esteja imune aos problemas que a exposição aos ruídos pode causar.
Fonte: http://blogboasaude.zip.net/arch2011-01-23_2011-01-29.html#2011_01-26_18_08_42-160361991-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Os cientistas submeteram a testes de laboratório 72 pessoas, com idade entre 18 e 72 anos, durante 11 noites consecutivas. Em oito dessas noites os voluntários foram expostos a ruídos e na nona noite dormiram em silêncio. Foram reproduzidos barulhos de tráfego rodoviário, ferroviário e aéreo, sendo que o primeiro levou a fortes mudanças na estrutura do sono e da continuidade, enquanto a exposição aos dois últimos levou a uma avaliação subjetiva pior.
Dessa forma, o estudo aponta ainda para um dado interessante, o de que muitos dos participantes já estavam tão habituados ao barulho do tráfego rodoviário que não chegam a despertar durante a noite, mas que isso não significa que seu corpo esteja imune aos problemas que a exposição aos ruídos pode causar.
Fonte: http://blogboasaude.zip.net/arch2011-01-23_2011-01-29.html#2011_01-26_18_08_42-160361991-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
19:36
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Deficiência de vitamina D como fator de risco para diversas patologias
Artigo publicado pelo American Heart Association em 2009 mostrou que a deficiência de vitamina D na menopausa pode aumentar o risco de desenvolvimento de hipertensão arterial sistólica (identificada pelo maior valor numérico verificado durante a aferição de pressão arterial). Desde então praticamente diariamente a Pubmed indexa artigos sobre o tema: Vitamina D.
Metodologia: na pesquisa 559 mulheres que tinham em média 38 anos em 1992 foram acompanhadas por meio da aferição anual da pressão sanguínea e do nível de vitamina D no corpo. Os grupos foram controlados observando a idade, o uso de medicação para hipertensão e o tabagismo.
Aquelas mulheres que na fase pré-menopausa foram diagnosticadas no início do estudo como portadoras de déficit de vitamina D, tinham o triplo de chance de desenvolver Hipertensão arterial sistólica, após 15 anos. Quando comparadas as que tinham níveis adequados de vitamina D.
“Esse estudo é diferente de outros realizados, por acompanhar os indivíduos durante um longo tempo – o maior registrado até agora – e os resultados mostram que essa deficiência em vitamina D está ligada ao aumento do risco de pressão alta na meia-idade” afirma Flojaune Griffin, da Universidade de Michigan, EUA.
A deficiência em vitamina D entre as mulheres é um problema comum. Alguns pesquisadores indicam como causa a falta de exposição à luz do sol ou dietas restritivas e hábitos alimentares que podem não suprir a necessidade ideal da vitamina. A sintetização dessa vitamina acontece tanto na pele – pela exposição aos raios ultravioleta do sol – quanto pela ingestão diária de alimentos ricos na substância.
Um estudo recente também evidenciou que Níveis de 25-OH-vitamina-D são inversamente associados a hipertensão arterial: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21191311
Outro estudo também publicado em 2010 fez uma breve revisão sobre os efeitos anti-hipertensivos da Vitamina D e eles incluem: supressão da renina, supressão dos níveis hormonais da paratireóide, efeito renoprotetor e vasoprotetor, ação anti-inflamatória. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21090935
O American Heart Association elaborou um material sobre Correlação da Vitamina D com doenças cardiovasculares: http://www.americanheart.org/downloadable/heart/1259606448237Vitamin%20D%20and%20CVD%20INAP%20Nov%2009.pdf
Como já citado no começo do post, diariamente são publicados estudos que correlacionam a deficiência de vitamina D com diversas doenças: Síndrome metabólica, Alterações respiratórias, Câncer e déficit imunológico.
A deficiência de vitamina D está cada vez mais evidente nas pesquisas e nos pacientes. É cada vez mais comum encontrar pessoas com menos de 40 de vitamina D séricas, sendo que os trabalhos mostram que precisamos de cerca de 70 a 80nmol/L ou 30ng/mL.
Se a deficiência em adultos já é grave (vitamina D é preventivo de câncer, de diabetes, de osteoporose, e vários outros), imagine nas crianças onde o corpo está todo sendo preparado para a fase adulto e o envelhecer com saúde!?
Em 2010 surgiram novos valores para a Ingesta diária recomendada (IDR) de Vitamina D e cálcio. A seguir a nova tabela:
Fontes de Vitamina D:
1) SOL: A forma mais fácil de gerar vitamina D, e os dermatologistas que me perdoem, é a exposição ao sol, sem protetor solar, sem a interposição do vidro (por exemplo, do lado de dentro da janela, pois o vidro impede a passagem do raio UV), durante 15 minutos, 3 vezes por semana, em face, braço e colo, que chega a provocar eritema em pele.
2) Fontes alimentares (na tabela abaixo)
Um cáculo simples de uma dieta para uma criança entre 2 e 3 anos (pelas nodas IDRs ela precisaria de 15mcg/dia ou 600UI/dia):
Complicado, pois quem garante que o ovo de granja terá 20UI de Vitamina D ?
Quem garante que sardinhas "possivelmente contaminadas" tenham 2,5mcg de Vitamina D ?
Tem ainda a questão do Ovo ser alergênico...
Portanto dentre as políticas de saúde pública está a fortificação de alguns alimentos com ácido fólico e vitamina D.
Fonte: Vitamin D deficiency in younger women is associated with increased risk of high blood pressure in mid-life
Metodologia: na pesquisa 559 mulheres que tinham em média 38 anos em 1992 foram acompanhadas por meio da aferição anual da pressão sanguínea e do nível de vitamina D no corpo. Os grupos foram controlados observando a idade, o uso de medicação para hipertensão e o tabagismo.
Aquelas mulheres que na fase pré-menopausa foram diagnosticadas no início do estudo como portadoras de déficit de vitamina D, tinham o triplo de chance de desenvolver Hipertensão arterial sistólica, após 15 anos. Quando comparadas as que tinham níveis adequados de vitamina D.
“Esse estudo é diferente de outros realizados, por acompanhar os indivíduos durante um longo tempo – o maior registrado até agora – e os resultados mostram que essa deficiência em vitamina D está ligada ao aumento do risco de pressão alta na meia-idade” afirma Flojaune Griffin, da Universidade de Michigan, EUA.
A deficiência em vitamina D entre as mulheres é um problema comum. Alguns pesquisadores indicam como causa a falta de exposição à luz do sol ou dietas restritivas e hábitos alimentares que podem não suprir a necessidade ideal da vitamina. A sintetização dessa vitamina acontece tanto na pele – pela exposição aos raios ultravioleta do sol – quanto pela ingestão diária de alimentos ricos na substância.
Um estudo recente também evidenciou que Níveis de 25-OH-vitamina-D são inversamente associados a hipertensão arterial: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21191311
Outro estudo também publicado em 2010 fez uma breve revisão sobre os efeitos anti-hipertensivos da Vitamina D e eles incluem: supressão da renina, supressão dos níveis hormonais da paratireóide, efeito renoprotetor e vasoprotetor, ação anti-inflamatória. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21090935
O American Heart Association elaborou um material sobre Correlação da Vitamina D com doenças cardiovasculares: http://www.americanheart.org/downloadable/heart/1259606448237Vitamin%20D%20and%20CVD%20INAP%20Nov%2009.pdf
Como já citado no começo do post, diariamente são publicados estudos que correlacionam a deficiência de vitamina D com diversas doenças: Síndrome metabólica, Alterações respiratórias, Câncer e déficit imunológico.
A deficiência de vitamina D está cada vez mais evidente nas pesquisas e nos pacientes. É cada vez mais comum encontrar pessoas com menos de 40 de vitamina D séricas, sendo que os trabalhos mostram que precisamos de cerca de 70 a 80nmol/L ou 30ng/mL.
Se a deficiência em adultos já é grave (vitamina D é preventivo de câncer, de diabetes, de osteoporose, e vários outros), imagine nas crianças onde o corpo está todo sendo preparado para a fase adulto e o envelhecer com saúde!?
Em 2010 surgiram novos valores para a Ingesta diária recomendada (IDR) de Vitamina D e cálcio. A seguir a nova tabela:
Fontes de Vitamina D:
1) SOL: A forma mais fácil de gerar vitamina D, e os dermatologistas que me perdoem, é a exposição ao sol, sem protetor solar, sem a interposição do vidro (por exemplo, do lado de dentro da janela, pois o vidro impede a passagem do raio UV), durante 15 minutos, 3 vezes por semana, em face, braço e colo, que chega a provocar eritema em pele.
2) Fontes alimentares (na tabela abaixo)
Infelizmente as fontes alimentares de vitamina D são apenas os peixes, ovos e fígado.
- 1 ovo tem cerca de 26UI de vitamina D que dão cerca de 0,65mcg de vitamina D.
- 50g de sardinha (e só há boa quantidade de vitamina D em peixes gordos, mesmas fontes de ômega-3, como salmão, sardinha e atum) tem cerca de 2,5mcg de vitamina D.
Complicado, pois quem garante que o ovo de granja terá 20UI de Vitamina D ?
Quem garante que sardinhas "possivelmente contaminadas" tenham 2,5mcg de Vitamina D ?
Tem ainda a questão do Ovo ser alergênico...
Portanto dentre as políticas de saúde pública está a fortificação de alguns alimentos com ácido fólico e vitamina D.
Fonte: Vitamin D deficiency in younger women is associated with increased risk of high blood pressure in mid-life
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
15:05
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Chá verde auxilia na proteção contra doenças neurodegenerativas e cânceres
Estudo da Universidade de Newcastle, na Grã-Bretanha, indica que o chá verde pode proteger o cérebro de doenças como o Mal de Alzheimer e outros tipos de demência. A pesquisa foi divulgada na publicação especializada Phytomedicine.
A pesquisa também sugere que o antigo remédio chinês que tem se popularizado no mundo todo também pode ter um papel muito importante na proteção do corpo contra o câncer.
No estudo, os cientistas investigaram se as propriedades benéficas do chá verde, que já tinham sido comprovadas no chá recém-preparado e não digerido, ainda se mantinham ativas uma vez que o chá fosse digerido.
De acordo com Ed Okello, professor da Escola de Agricultura, Alimento e Desenvolvimento da Universidade de Newcastle, que liderou o estudo, a digestão é um processo vital para conseguir os nutrientes necessários, mas também significa que nem sempre os compostos mais saudáveis dos alimentos serão absorvidos pelo corpo, podendo se perder ou modificar no processo.
"O que foi realmente animador neste estudo é que descobrimos que, quando o chá verde é digerido pelas enzimas do intestino, os compostos químicos resultantes são até mais eficazes contra gatilhos importantes do Alzheimer do que a forma não digerida do chá", disse.
"Além disso, também descobrimos que os compostos digeridos (do chá verde) tinham propriedades contra o câncer, desacelerando de forma significativa o crescimento de células do tumor que usamos em nossas experiências", acrescentou, Okello.
Na pesquisa, a equipe da universidade trabalhou em conjunto com cientistas da Escócia, que desenvolveram uma tecnologia que simula o sistema digestivo humano. Graças a esta tecnologia, a equipe de Newcastle conseguiu analisar as propriedades protetoras dos produtos da digestão do chá.
Chás verde e preto
Dois compostos já são conhecidos por seu papel importante no desenvolvimento do Alzheimer, o peróxido de hidrogênio e uma proteína conhecida como beta-amiloide.
Pesquisas anteriores mostraram que compostos conhecidos como polifenóis, presentes nos chás verde e preto, tem propriedades neuroprotetoras, pois se ligam a compostos tóxicos e protegem as células do cérebro. Quando ingeridos, os polifenóis são quebrados e produzem uma mistura de compostos. Foram estes compostos que os cientistas de Newcastle testaram.
"É uma das razões pela qual temos que ser tão cuidadosos quando fazemos afirmações a respeito dos benefícios para a saúde de vários alimentos e suplementos", disse Okello. "Existem certos compostos químicos que sabemos que são benéficos e podemos identificar alimentos que são ricos nestes compostos, mas o que acontece durante o processo de digestão é crucial para saber se estes alimentos estão mesmo nos fazendo bem", afirmou.
Proteção de células
Os cientistas usaram modelos de células de tumor, expondo estas células a várias concentrações de diferentes toxinas e aos compostos do chá verde digerido. "Os compostos químicos digeridos (do chá) protegeram as células (saudáveis), evitando que fossem destruídas pelas toxinas", disse Okello.
"Também observamos que eles afetaram células cancerosas, desacelerando de forma significativa seu crescimento. O chá verde é usado há séculos na medicina tradicional chinesa, e o que temos aqui dá provas científicas do porquê pode ser eficaz contra algumas das doenças mais importantes que enfrentamos hoje", acrescentou o pesquisador.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4876653-EI8147,00-Estudo+cha+verde+protege+contra+Alzheimer+e+cancer.html
A pesquisa também sugere que o antigo remédio chinês que tem se popularizado no mundo todo também pode ter um papel muito importante na proteção do corpo contra o câncer.
No estudo, os cientistas investigaram se as propriedades benéficas do chá verde, que já tinham sido comprovadas no chá recém-preparado e não digerido, ainda se mantinham ativas uma vez que o chá fosse digerido.
De acordo com Ed Okello, professor da Escola de Agricultura, Alimento e Desenvolvimento da Universidade de Newcastle, que liderou o estudo, a digestão é um processo vital para conseguir os nutrientes necessários, mas também significa que nem sempre os compostos mais saudáveis dos alimentos serão absorvidos pelo corpo, podendo se perder ou modificar no processo.
"O que foi realmente animador neste estudo é que descobrimos que, quando o chá verde é digerido pelas enzimas do intestino, os compostos químicos resultantes são até mais eficazes contra gatilhos importantes do Alzheimer do que a forma não digerida do chá", disse.
"Além disso, também descobrimos que os compostos digeridos (do chá verde) tinham propriedades contra o câncer, desacelerando de forma significativa o crescimento de células do tumor que usamos em nossas experiências", acrescentou, Okello.
Na pesquisa, a equipe da universidade trabalhou em conjunto com cientistas da Escócia, que desenvolveram uma tecnologia que simula o sistema digestivo humano. Graças a esta tecnologia, a equipe de Newcastle conseguiu analisar as propriedades protetoras dos produtos da digestão do chá.
Chás verde e preto
Dois compostos já são conhecidos por seu papel importante no desenvolvimento do Alzheimer, o peróxido de hidrogênio e uma proteína conhecida como beta-amiloide.
Pesquisas anteriores mostraram que compostos conhecidos como polifenóis, presentes nos chás verde e preto, tem propriedades neuroprotetoras, pois se ligam a compostos tóxicos e protegem as células do cérebro. Quando ingeridos, os polifenóis são quebrados e produzem uma mistura de compostos. Foram estes compostos que os cientistas de Newcastle testaram.
"É uma das razões pela qual temos que ser tão cuidadosos quando fazemos afirmações a respeito dos benefícios para a saúde de vários alimentos e suplementos", disse Okello. "Existem certos compostos químicos que sabemos que são benéficos e podemos identificar alimentos que são ricos nestes compostos, mas o que acontece durante o processo de digestão é crucial para saber se estes alimentos estão mesmo nos fazendo bem", afirmou.
Proteção de células
Os cientistas usaram modelos de células de tumor, expondo estas células a várias concentrações de diferentes toxinas e aos compostos do chá verde digerido. "Os compostos químicos digeridos (do chá) protegeram as células (saudáveis), evitando que fossem destruídas pelas toxinas", disse Okello.
"Também observamos que eles afetaram células cancerosas, desacelerando de forma significativa seu crescimento. O chá verde é usado há séculos na medicina tradicional chinesa, e o que temos aqui dá provas científicas do porquê pode ser eficaz contra algumas das doenças mais importantes que enfrentamos hoje", acrescentou o pesquisador.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4876653-EI8147,00-Estudo+cha+verde+protege+contra+Alzheimer+e+cancer.html
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
17:41
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Marcadores:
chá-verde
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Primeiro relatório sobre comercialização de agrotóxicos no país é lançado pelo Ibama
A partir de 2008 o Brasil assumiu o posto de maior mercado consumidor de agrotóxicos no mundo. As vendas do produto somaram U$$ 7, 125 bilhões, diante U$$6, 6 bilhões do segundo colocado, os Estados Unidos, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag). O uso de agrotóxicos é parte fundamental do modelo agrícola que apresenta elevados índices de produtividade. Seu impacto social e ambiental demanda constante preocupação por parte da sociedade, esclarece o texto do relatório sobre comercialização de agrotóxicos lançado recentemente pelo Ibama.
A publicação Produtos agrotóxicos e afins comercializados em 2009 no Brasil é um novo instrumento de gestão pública e de informação para a sociedade sobre quais são os produtos mais usados, onde estão sendo comercializados e os índices de toxicidade ao meio ambiente dos princípios ativos autorizados. Organizado pela Coordenação Geral de Avaliação de Substâncias Químicas da Diretoria de Qualidade Ambiental, o relatório é uma obrigatoriedade legal estabelecida no art. 41 do Decreto 4.074 de 2002.
A sistematização e divulgação dessas informações são fundamentais para o conhecimento do emprego dos agrotóxicos pela agricultura e pelo setor produtivo brasileiro. Os dados agora acessíveis vão auxiliar o governo nas decisões regulatórias, na fiscalização e na autorização de estudos para o registro de alternativas menos impactantes. O relatório também vai permitir uma melhor definição de prioridades na escolha das substâncias para avaliação de impactos ambientais, como contaminação das águas e efeitos adversos na fauna.
O Coordenador Geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, Márcio Freitas, atribui ao relatório dois aspectos fundamentais: “São informações que auxiliam tanto o usuário como o pesquisador e que vão permitir ao poder público uma maior capacidade de regulação sobre a indústria”.
Histórico - Desde 1998, três órgãos estão envolvidos no processo de comercialização de produtos agrotóxicos no Brasil. Cada um deles faz uma avaliação distinta: cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) verificar a pertinência e eficácia do produto, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliar os impactos do produto sobre a saúde humana e ao Ibama compete analisar as implicações do agrotóxico no meio ambiente.
O Ibama desenvolveu uma metodologia para definir a ecotoxicidade de cada ingrediente ativo de um produto. Por meio de ensaios físicos, químicos e biológicos são avaliados a mobilidade (em terra, ar e água), a persistência e a capacidade de acúmulo do agrotóxico e então é estabelecida uma classificação de periculosidade que varia em quatro níveis: I, II, III, IV, em ordem descrente, sendo o quarto nível o de mais baixa periculosidade. Há ainda as características impeditivas de registro determinadas pela legislação, as quais são avaliadas e quando presentes no produto impedem que o pedido de registro seja deferido e a comercialização não é autorizada.
Compete ainda ao Ibama fazer a reavaliação de produtos em uso quando há indícios de dano ao meio ambiente, procedimento de reanálise que pode culminar seja na restrição de uso ou até no banimento do produto. A iniciativa para a reavaliação de um princípio ativo poderá partir de várias fontes, como de um dos três órgãos envolvidos, de uma pesquisa universitária, de um episódio de contaminação que suscite uma nova investigação, da observância de resistência ao produto comprometendo sua eficácia, entre outros fatores. A reavaliação será conduzida pelo Ibama quando a motivação for relativa a aspectos ambientais.
Os procedimentos para o processo de reavaliação no Ibama estão regulamentados pela Instrução Normativa n° 17 de maio de 2009. O primeiro passo é a abertura de um processo público em que é declarado que determinado produto está sendo reavaliado. Durante trinta dias os interessados podem se manifestar. Após avaliar as contribuições e justificativas, o Ibama conclui em parecer técnico elaborado por uma comissão conjunta com Mapa e Anvisa sobre a viabilidade ou não da permanência de um agrotóxico no mercado brasileiro.
Recentemente foi banido do país o ingrediente ativo Metamidofós após pesquisas concluírem haver risco sobre a saúde humana. A Resolução determinando o phase out (banimento) do produto foi publicada no Diário Oficial da União em 14 de janeiro de 2011. Um outro ingrediente ativo, o Acefato, também está passando por processo de reavaliação.
As empresas detentoras de registro são obrigadas a apresentar semestralmente ao Ibama e aos demais órgãos envolvidos no registro de agrotóxicos as informações sobre a comercialização do produto. Os dados relativos ao segundo semestre de 2010 podem ser entregues até 31/01/2011. Portanto, o próximo relatório, referente ao ano de 2010, deverá estar concluído no decorrer deste ano.
Para acessar o relatório clique aqui.
Fonte: http://revistaecologica.com/index.php?option=com_content&view=article&id=812:primeiro-relatorio-sobre-comercializacao-de-agrotoxicos-no-pais-e-lancado-pelo-ibama&catid=57:agrotoxicos
A publicação Produtos agrotóxicos e afins comercializados em 2009 no Brasil é um novo instrumento de gestão pública e de informação para a sociedade sobre quais são os produtos mais usados, onde estão sendo comercializados e os índices de toxicidade ao meio ambiente dos princípios ativos autorizados. Organizado pela Coordenação Geral de Avaliação de Substâncias Químicas da Diretoria de Qualidade Ambiental, o relatório é uma obrigatoriedade legal estabelecida no art. 41 do Decreto 4.074 de 2002.
A sistematização e divulgação dessas informações são fundamentais para o conhecimento do emprego dos agrotóxicos pela agricultura e pelo setor produtivo brasileiro. Os dados agora acessíveis vão auxiliar o governo nas decisões regulatórias, na fiscalização e na autorização de estudos para o registro de alternativas menos impactantes. O relatório também vai permitir uma melhor definição de prioridades na escolha das substâncias para avaliação de impactos ambientais, como contaminação das águas e efeitos adversos na fauna.
O Coordenador Geral de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas do Ibama, Márcio Freitas, atribui ao relatório dois aspectos fundamentais: “São informações que auxiliam tanto o usuário como o pesquisador e que vão permitir ao poder público uma maior capacidade de regulação sobre a indústria”.
Histórico - Desde 1998, três órgãos estão envolvidos no processo de comercialização de produtos agrotóxicos no Brasil. Cada um deles faz uma avaliação distinta: cabe ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) verificar a pertinência e eficácia do produto, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avaliar os impactos do produto sobre a saúde humana e ao Ibama compete analisar as implicações do agrotóxico no meio ambiente.
O Ibama desenvolveu uma metodologia para definir a ecotoxicidade de cada ingrediente ativo de um produto. Por meio de ensaios físicos, químicos e biológicos são avaliados a mobilidade (em terra, ar e água), a persistência e a capacidade de acúmulo do agrotóxico e então é estabelecida uma classificação de periculosidade que varia em quatro níveis: I, II, III, IV, em ordem descrente, sendo o quarto nível o de mais baixa periculosidade. Há ainda as características impeditivas de registro determinadas pela legislação, as quais são avaliadas e quando presentes no produto impedem que o pedido de registro seja deferido e a comercialização não é autorizada.
Compete ainda ao Ibama fazer a reavaliação de produtos em uso quando há indícios de dano ao meio ambiente, procedimento de reanálise que pode culminar seja na restrição de uso ou até no banimento do produto. A iniciativa para a reavaliação de um princípio ativo poderá partir de várias fontes, como de um dos três órgãos envolvidos, de uma pesquisa universitária, de um episódio de contaminação que suscite uma nova investigação, da observância de resistência ao produto comprometendo sua eficácia, entre outros fatores. A reavaliação será conduzida pelo Ibama quando a motivação for relativa a aspectos ambientais.
Os procedimentos para o processo de reavaliação no Ibama estão regulamentados pela Instrução Normativa n° 17 de maio de 2009. O primeiro passo é a abertura de um processo público em que é declarado que determinado produto está sendo reavaliado. Durante trinta dias os interessados podem se manifestar. Após avaliar as contribuições e justificativas, o Ibama conclui em parecer técnico elaborado por uma comissão conjunta com Mapa e Anvisa sobre a viabilidade ou não da permanência de um agrotóxico no mercado brasileiro.
Recentemente foi banido do país o ingrediente ativo Metamidofós após pesquisas concluírem haver risco sobre a saúde humana. A Resolução determinando o phase out (banimento) do produto foi publicada no Diário Oficial da União em 14 de janeiro de 2011. Um outro ingrediente ativo, o Acefato, também está passando por processo de reavaliação.
As empresas detentoras de registro são obrigadas a apresentar semestralmente ao Ibama e aos demais órgãos envolvidos no registro de agrotóxicos as informações sobre a comercialização do produto. Os dados relativos ao segundo semestre de 2010 podem ser entregues até 31/01/2011. Portanto, o próximo relatório, referente ao ano de 2010, deverá estar concluído no decorrer deste ano.
Para acessar o relatório clique aqui.
Fonte: http://revistaecologica.com/index.php?option=com_content&view=article&id=812:primeiro-relatorio-sobre-comercializacao-de-agrotoxicos-no-pais-e-lancado-pelo-ibama&catid=57:agrotoxicos
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
16:18
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
A polêmica do espinafre
O consumo do espinafre aumenta a cada dia que passa. O famoso marinheiro Popeye, faz propaganda do alimento, dando a entender que quem come espinafre está sempre forte e pronto para superar qualquer obstáculo. O que poucos sabem, é que no mesmo país de origem do desenho (Estados Unidos), há algumas décadas atrás, a ingestão de leite batido com espinafre (o objetivo era enriquecer a bebida com ferro), causou a morte de crianças recém-nascidas.
A doença ficou conhecida como doença do branco do olho azul, pois o branco dos olhos ficava dessa cor. Posteriormente, descobriu-se que a presença do espinafre no leite era a causadora da tragédia, mas na época (1951) o fato foi encoberto e o desenho do marinheiro Popeye continuou a ser exibido.
Por que devemos tomar cuidado com o espinafre
O espinafre é um dos alimentos vegetais que mais contém cálcio e ferro. Entretanto, esses dois minerais são pouquíssimo aproveitados pelo nosso corpo, já que o alto teor de ácido oxálico no vegetal inibe a absorção e a boa utilização desses minerais pelo nosso organismo.
Os estudos mostram também que o ácido oxálico do espinafre pode interferir com a absorção do cálcio presente em leites e seus derivados.
Esse fato sugere que o espinafre em uma refeição pode reduzir a biodisponibilidade de cálcio de outras fontes que são consumidas ao mesmo tempo. Por isso, se no seu almoço você comeu uma torta de queijo com espinafre, tenha certeza que grande parte do cálcio do queijo não foi utilizada pelo seu organismo.
Outra grande preocupação é o possível efeito tóxico que a ingestão de grandes quantidades dos fatores antinutricionais presentes na planta pode causar nas pessoas.
Com o objetivo de avaliar todos esses problemas, uma pesquisa, que resultou em uma tese de mestrado, foi desenvolvida na ESALQ/USP sob minha orientação. O estudo intitulado "Avaliação química, protéica e biodisponibilidade de cálcio nas folhas de couve-manteiga, couve-flor e espinafre" teve como objetivos verificar se determinadas plantas podiam ser utilizadas na dieta humana, sem causarem prejuízos à saúde e o bem-estar do indivíduo.
A pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP)
As folhas estudadas foram adquiridas no comércio local e a folha de espinafre foi também adquirida de outros dois locais: da Fazendinha da UNIMEP e da horta do Departamento de Horticultura da ESALQ/USP. Essas folhas foram lavadas, secas em estufa e moídas. A seguir, foram acrescentadas nas dietas que foram avaliadas durante o ensaio experimental com duração de 30 dias.
Resultados
Os resultados começaram a impressionar quando verificamos os teores dos dois fatores antinutricionais investigados: ácido fítico e oxálico. A folha de espinafre apresentou valores muito altos em relação às demais. Como conseqüência desse fato, os animais alimentados com a folha de espinafre morreram na primeira semana, e portanto, não puderam ser avaliados até o final do estudo. Várias tentativas foram feitas, utilizando dietas com folhas de espinafre cozidas (acreditávamos que o calor pudesse destruir os fatores tóxicos presentes) ou folhas de espinafre provenientes de outros locais (livres de agrotóxicos que pudessem ter influência).
Contudo os mesmos resultados repetiram-se, ou seja, houve a morte dos animais com hemorragia, tremores e perda de peso. Os rins dos animais mortos foram retirados e analisados pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP. De acordo com o laudo apresentado pelo Departamento de Patologia, foi comprovado inchaço renal, indicando uma nefrotoxidade, edema celular e depósito de substâncias aparentemente cristalizadas nos túbulos renais, o que provoca disfunção renal.
De acordo com vários pesquisadores, a explicação provável estaria na presença do ácido oxálico no alimento, que além de causar um balanço negativo de cálcio e ferro, em doses superiores a 2g/Kg de peso, pode causar toxicidade nos rins. Já o ácido fítico, quando na proporção de 1% na dieta, seria o responsável pela redução do crescimento dos animais jovens. Na década de 80, estudos já atribuíam ao ácido oxálico sintomas como lesões corrosivas na boca e trato-intestinal, hemorragias e cólica renal, causados pela ingestão de plantas ricas nesta substância. De acordo com esses mesmos estudos, o espinafre que possui a relação de ácido oxálico/cálcio superior a 3, deve ser evitado. Na nossa pesquisa isso foi observado.
Com relação às demais folhas, couve-manteiga e couve-flor, não foi observado nenhum efeito tóxico, verificando-se que a melhor biodisponibilidade e retenção de cálcio nos ossos (73%) ocorreu nos animais que ingeriram a dieta contendo couve-manteiga.
Os resultados desse estudo nos levam a acreditar que o consumo de espinafre deve ser substituído por outros vegetais folhosos, já que os efeitos proporcionados pela ingestão das substâncias antinutricionais presentes na folha, podem ser prejudiciais à absorção de nutrientes importantes para nossa saúde, e essas mesmas substâncias podem causar sérios problemas tóxicos.
Os resultados também sugerem que além da grande presença de ácido oxálico e fítico, provavelmente a folha do espinafre contenha outras substâncias tóxicas, que supostamente levaram à óbito os animais do estudo, bem como causaram o incidente com os recém-nascidos nos Estados Unidos. Essas substâncias, ainda não identificadas, exerceriam ações tóxicas em pessoas mais sensíveis e levariam a chamada "doença do branco do olho azul". Fica claro, portanto, a necessidade de mais estudos elucidativos a respeito do assunto.
Finalizando, a minha dica é que todos procurem dar preferência a outros vegetais folhosos em substituição ao espinafre: a couve, brócolis, folha de mostarda, agrião, as folhas de cenoura, beterraba e couve flor e leguminosas como os feijões, ervilhas, lentilhas e soja são as melhores opções para quem quer consumir fontes alternativas de cálcio e ferro.
* Profª. Titular de Vida Saudável da ESALQ/USP/Campus Piracicaba. Autora dos livros: "Previna Doenças. Faça do Alimento o seu Medicamento" e "Pharmácia de Alimentos. Recomendações para Prevenir e Controlar Doenças", editora Madras.
Fonte: http://www.portalverde.com.br/alimentacao/perigos/espinafre.htm
A doença ficou conhecida como doença do branco do olho azul, pois o branco dos olhos ficava dessa cor. Posteriormente, descobriu-se que a presença do espinafre no leite era a causadora da tragédia, mas na época (1951) o fato foi encoberto e o desenho do marinheiro Popeye continuou a ser exibido.
Por que devemos tomar cuidado com o espinafre
O espinafre é um dos alimentos vegetais que mais contém cálcio e ferro. Entretanto, esses dois minerais são pouquíssimo aproveitados pelo nosso corpo, já que o alto teor de ácido oxálico no vegetal inibe a absorção e a boa utilização desses minerais pelo nosso organismo.
Os estudos mostram também que o ácido oxálico do espinafre pode interferir com a absorção do cálcio presente em leites e seus derivados.
Esse fato sugere que o espinafre em uma refeição pode reduzir a biodisponibilidade de cálcio de outras fontes que são consumidas ao mesmo tempo. Por isso, se no seu almoço você comeu uma torta de queijo com espinafre, tenha certeza que grande parte do cálcio do queijo não foi utilizada pelo seu organismo.
Outra grande preocupação é o possível efeito tóxico que a ingestão de grandes quantidades dos fatores antinutricionais presentes na planta pode causar nas pessoas.
Com o objetivo de avaliar todos esses problemas, uma pesquisa, que resultou em uma tese de mestrado, foi desenvolvida na ESALQ/USP sob minha orientação. O estudo intitulado "Avaliação química, protéica e biodisponibilidade de cálcio nas folhas de couve-manteiga, couve-flor e espinafre" teve como objetivos verificar se determinadas plantas podiam ser utilizadas na dieta humana, sem causarem prejuízos à saúde e o bem-estar do indivíduo.
A pesquisa da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP)
As folhas estudadas foram adquiridas no comércio local e a folha de espinafre foi também adquirida de outros dois locais: da Fazendinha da UNIMEP e da horta do Departamento de Horticultura da ESALQ/USP. Essas folhas foram lavadas, secas em estufa e moídas. A seguir, foram acrescentadas nas dietas que foram avaliadas durante o ensaio experimental com duração de 30 dias.
Resultados
Os resultados começaram a impressionar quando verificamos os teores dos dois fatores antinutricionais investigados: ácido fítico e oxálico. A folha de espinafre apresentou valores muito altos em relação às demais. Como conseqüência desse fato, os animais alimentados com a folha de espinafre morreram na primeira semana, e portanto, não puderam ser avaliados até o final do estudo. Várias tentativas foram feitas, utilizando dietas com folhas de espinafre cozidas (acreditávamos que o calor pudesse destruir os fatores tóxicos presentes) ou folhas de espinafre provenientes de outros locais (livres de agrotóxicos que pudessem ter influência).
Contudo os mesmos resultados repetiram-se, ou seja, houve a morte dos animais com hemorragia, tremores e perda de peso. Os rins dos animais mortos foram retirados e analisados pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba/UNICAMP. De acordo com o laudo apresentado pelo Departamento de Patologia, foi comprovado inchaço renal, indicando uma nefrotoxidade, edema celular e depósito de substâncias aparentemente cristalizadas nos túbulos renais, o que provoca disfunção renal.
De acordo com vários pesquisadores, a explicação provável estaria na presença do ácido oxálico no alimento, que além de causar um balanço negativo de cálcio e ferro, em doses superiores a 2g/Kg de peso, pode causar toxicidade nos rins. Já o ácido fítico, quando na proporção de 1% na dieta, seria o responsável pela redução do crescimento dos animais jovens. Na década de 80, estudos já atribuíam ao ácido oxálico sintomas como lesões corrosivas na boca e trato-intestinal, hemorragias e cólica renal, causados pela ingestão de plantas ricas nesta substância. De acordo com esses mesmos estudos, o espinafre que possui a relação de ácido oxálico/cálcio superior a 3, deve ser evitado. Na nossa pesquisa isso foi observado.
Com relação às demais folhas, couve-manteiga e couve-flor, não foi observado nenhum efeito tóxico, verificando-se que a melhor biodisponibilidade e retenção de cálcio nos ossos (73%) ocorreu nos animais que ingeriram a dieta contendo couve-manteiga.
Os resultados desse estudo nos levam a acreditar que o consumo de espinafre deve ser substituído por outros vegetais folhosos, já que os efeitos proporcionados pela ingestão das substâncias antinutricionais presentes na folha, podem ser prejudiciais à absorção de nutrientes importantes para nossa saúde, e essas mesmas substâncias podem causar sérios problemas tóxicos.
Os resultados também sugerem que além da grande presença de ácido oxálico e fítico, provavelmente a folha do espinafre contenha outras substâncias tóxicas, que supostamente levaram à óbito os animais do estudo, bem como causaram o incidente com os recém-nascidos nos Estados Unidos. Essas substâncias, ainda não identificadas, exerceriam ações tóxicas em pessoas mais sensíveis e levariam a chamada "doença do branco do olho azul". Fica claro, portanto, a necessidade de mais estudos elucidativos a respeito do assunto.
Finalizando, a minha dica é que todos procurem dar preferência a outros vegetais folhosos em substituição ao espinafre: a couve, brócolis, folha de mostarda, agrião, as folhas de cenoura, beterraba e couve flor e leguminosas como os feijões, ervilhas, lentilhas e soja são as melhores opções para quem quer consumir fontes alternativas de cálcio e ferro.
* Profª. Titular de Vida Saudável da ESALQ/USP/Campus Piracicaba. Autora dos livros: "Previna Doenças. Faça do Alimento o seu Medicamento" e "Pharmácia de Alimentos. Recomendações para Prevenir e Controlar Doenças", editora Madras.
Fonte: http://www.portalverde.com.br/alimentacao/perigos/espinafre.htm
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
18:42
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
Exposição ao Chumbo e PCBs são fatores de risco pra Déficit de Atenção com Hiperatividade em crianças
Um estudo feito pela Universidade de Illinois nos EUA revisou as evidências que quimicos ambientais, particularmente bisfenilos policlorados (PCBs) e chumbo são associados ao déficit de funções neurocomportamentais, que por sinal também estão prejudicadas no Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). O déficit de atenção com hiperatividade é a desordem de comportamento mais diagnosticada em crianças na atualidade. Para ler mais sobre o tema, leia esse outro post do blog.
O estudo avaliou bases de dados para buscar uma correlação. Os pesquisadore encontraram dados que exposição de crianças e animais de laboratório a chumbo ou PCBs levam a apresentação de déficit em muitos aspectos da função da atenção e executiva, e que também tem sido mostrada falha em crianças com desordem de atenção, incluindo testes de trabalho de memória, inibição da resposta, vigilância e alerta.
Os estudos conduzem a dados que sugerem que chumbo pode reduzir tanto a atenção quanto à resposta, enquanto PCBs podem levar è diminuição da atenção. Baixo nível de exposição a chumbo tem sido associado com diagnóstico clinico de desordem de atenção em vários estudos recentes. Estudos semelhantes com PCBs não foram realizado.s
O estudo conclui que contaminantes ambientais, incluindo chumbo e PCBs podem aumentar a prevalência de TDAH.
Artigo: Lead and PCBs as risk factors for attention deficit/hyperactivity disorder.
Autores: Eubig PA, Aguiar A, Schantz SL.
Periódico: Environ Health Perspect.
Data: Dezembro de 2010.
Disponível para download em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3002184/?tool=pubmed
O estudo avaliou bases de dados para buscar uma correlação. Os pesquisadore encontraram dados que exposição de crianças e animais de laboratório a chumbo ou PCBs levam a apresentação de déficit em muitos aspectos da função da atenção e executiva, e que também tem sido mostrada falha em crianças com desordem de atenção, incluindo testes de trabalho de memória, inibição da resposta, vigilância e alerta.
Os estudos conduzem a dados que sugerem que chumbo pode reduzir tanto a atenção quanto à resposta, enquanto PCBs podem levar è diminuição da atenção. Baixo nível de exposição a chumbo tem sido associado com diagnóstico clinico de desordem de atenção em vários estudos recentes. Estudos semelhantes com PCBs não foram realizado.s
O estudo conclui que contaminantes ambientais, incluindo chumbo e PCBs podem aumentar a prevalência de TDAH.
Artigo: Lead and PCBs as risk factors for attention deficit/hyperactivity disorder.
Autores: Eubig PA, Aguiar A, Schantz SL.
Periódico: Environ Health Perspect.
Data: Dezembro de 2010.
Disponível para download em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3002184/?tool=pubmed
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:58
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Por que o Chocolate protege contra doenças cardiovasculares?
Vários estudos já afirmavam que o cacau tem um efeito protetor contra doenças cardiovasculares. Mas por quê? A razão para isso foi descoberta por pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia.
Os pesquisadores escolheram 16 voluntários – 10 homens e 6 mulheres – saudáveis para o estudo. As idades variaram entre 20 e 45 anos. Nenhum dos participantes fumava, e eles não puderam tomar nenhum tipo de farmacêuticos por duas semanas. Durante os últimos dois dias, eles também não puderam comer chocolate ou comer e beber qualquer coisa que continha compostos similares, incluindo muitos tipos de frutas, café, chá ou vinho.
Os pesquisadores pediram ao grupo de voluntários que comessem um pedaço grande de chocolate amargo. Cada participante comeu 75 gramas de chocolate amargo, com um teor de cacau de 72%.
Os cientistas descobriram que o chocolate pode inibir uma enzima do corpo conhecida por elevar a pressão arterial. Para analisar o que acontecia com essa enzima, chamada ECA ou ACE (Enzima conversora de angiotensina). A ECAdesempenha um papel importante no sistema hormonal que regula a excreção de água dos rins, ou seja, está envolvida no equilíbrio de fluidos do corpo e também na regulação da pressão arterial. Altos níveis de atividade da ECA têm sido associados com o endurecimento das artérias e outras doenças cardiovasculares.
Amostras de sangue foram colhidas de cada voluntário antes e depois deles comerem o chocolate, em meia hora, uma hora e três horas.
Na amostra colhida três horas depois, houve uma significativa inibição da atividade da ECA. A média de atividade foi 18% inferior a média de atividade antes da dose de cacau, totalmente comparável ao efeito de medicamentos que inibem a ECA, e são usados como uma primeira opção de tratamento para a pressão arterial elevada.
Quando as atividades da enzima diminuem, a pressão arterial também diminui com o tempo. Como esperado, esse efeito não foi encontrado nos participantes. Para demonstrar isso, o estudo teria de continuar por um longo período.
O objetivo dos pesquisadores não é a concepção de novos produtos farmacêuticos. Segundo eles, as descobertas indicam que as mudanças no estilo de vida das pessoas, com a ajuda de alimentos que contêm grandes concentrações de catequinas e procianidinas, podem prevenir doenças cardiovasculares.
Os pesquisadores já haviam descoberto que o chá verde também inibe a enzima ECA, envolvida no equilíbrio hídrico do corpo e na regulação da pressão arterial. Agora, eles querem estudar os efeitos do cacau, uma vez que as substâncias estão relacionadas
Artigo: Effects of Cocoa Extract and Dark Chocolate on Angiotensin-Converting Enzyme and Nitric Oxide in Human Endothelial Cells and Healthy Volunteers.
Autores: Ingrid A-L Persson, Karin Persson, Staffan Hägg, Rolf G G Andersson.
Periódico: Journal of Cardiovascular Pharmacology
Data: 2010
Disponível em: 10.1097/FJC.0b013e3181fe62e3
Os pesquisadores escolheram 16 voluntários – 10 homens e 6 mulheres – saudáveis para o estudo. As idades variaram entre 20 e 45 anos. Nenhum dos participantes fumava, e eles não puderam tomar nenhum tipo de farmacêuticos por duas semanas. Durante os últimos dois dias, eles também não puderam comer chocolate ou comer e beber qualquer coisa que continha compostos similares, incluindo muitos tipos de frutas, café, chá ou vinho.
Os pesquisadores pediram ao grupo de voluntários que comessem um pedaço grande de chocolate amargo. Cada participante comeu 75 gramas de chocolate amargo, com um teor de cacau de 72%.
Os cientistas descobriram que o chocolate pode inibir uma enzima do corpo conhecida por elevar a pressão arterial. Para analisar o que acontecia com essa enzima, chamada ECA ou ACE (Enzima conversora de angiotensina). A ECAdesempenha um papel importante no sistema hormonal que regula a excreção de água dos rins, ou seja, está envolvida no equilíbrio de fluidos do corpo e também na regulação da pressão arterial. Altos níveis de atividade da ECA têm sido associados com o endurecimento das artérias e outras doenças cardiovasculares.
Amostras de sangue foram colhidas de cada voluntário antes e depois deles comerem o chocolate, em meia hora, uma hora e três horas.
Na amostra colhida três horas depois, houve uma significativa inibição da atividade da ECA. A média de atividade foi 18% inferior a média de atividade antes da dose de cacau, totalmente comparável ao efeito de medicamentos que inibem a ECA, e são usados como uma primeira opção de tratamento para a pressão arterial elevada.
Quando as atividades da enzima diminuem, a pressão arterial também diminui com o tempo. Como esperado, esse efeito não foi encontrado nos participantes. Para demonstrar isso, o estudo teria de continuar por um longo período.
O objetivo dos pesquisadores não é a concepção de novos produtos farmacêuticos. Segundo eles, as descobertas indicam que as mudanças no estilo de vida das pessoas, com a ajuda de alimentos que contêm grandes concentrações de catequinas e procianidinas, podem prevenir doenças cardiovasculares.
Os pesquisadores já haviam descoberto que o chá verde também inibe a enzima ECA, envolvida no equilíbrio hídrico do corpo e na regulação da pressão arterial. Agora, eles querem estudar os efeitos do cacau, uma vez que as substâncias estão relacionadas
Artigo: Effects of Cocoa Extract and Dark Chocolate on Angiotensin-Converting Enzyme and Nitric Oxide in Human Endothelial Cells and Healthy Volunteers.
Autores: Ingrid A-L Persson, Karin Persson, Staffan Hägg, Rolf G G Andersson.
Periódico: Journal of Cardiovascular Pharmacology
Data: 2010
Disponível em: 10.1097/FJC.0b013e3181fe62e3
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
17:32
1 comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Prós e os contras de se consumir alimentos orgânicos
A revista Veja traz, em sua edição nº 2192, uma série especial de reportagens sobre alimentação. Entre elas está a matéria “Os orgânicos em pratos limpos”, que analisa os prós e os contras de se consumir alimentos isentos de agrotóxicos.
De acordo com o texto, os prós dizem respeito ao melhor valor nutritivo. Algumas pesquisas evidenciaram que produtos orgânicos tendem a conter maior teor de micronutrientes como ferro, manganês e ácidos graxos poli-insaturados, além de maior quantidade de compostos bioativos e algumas vitaminas, que previnem contra o surgimento de doenças como o câncer. Mas, talvez o maior dos pontos positivos, independentemente do valor nutricional, que parece estar muito mais relacionado ao solo, seja o fato de os produtos orgânicos serem livres de agrotóxicos.
Para alguns, a exposição do homem a substâncias como inseticidas, herbicidas, fungicidas, entre outros agrotóxicos, somente é prejudicial à saúde dos envolvidos com o cultivo, como os agricultores e familiares. Mas, e ainda bem, há os que acreditam que a presença de resíduos desses produtos nos alimentos também é prejudicial à saúde dos que os consomem. Ao contrário do que cita a reportagem, já existem evidências suficientes que suportem a afirmação de que o consumo de agrotóxicos através dos alimentos pode levar ao surgimento de câncer. Tanto que foram criados, e continuam sendo, órgãos governamentais para análise e controle dos níveis dessas substâncias nos alimentos, assim como para sua certificação como um produto orgânico.
Em 2009, a ANVISA analisou os vinte itens vegetais mais consumidos pela população brasileira, incluindo arroz, feijão, tomate, alface, pimentão, laranja, maçã, e outros; e identificou que, em praticamente todos os itens, havia uso de agrotóxicos não autorizados para aquela planta, quantidade excessiva de algumas substâncias inadequadas, ou as duas coisas. Se fossem inofensivos ao consumo humano, não haveria tanta preocupação acerca de sua presença nos alimentos. A prova para tal são os agrotóxicos que, antes permitidos, passam a se tornar proibidos e a sua utilização banida.
Uma coisa é fato. Produzir alimentos é caro. Não se pode correr riscos. Produtos agrotóxicos mais avançados, menos tóxicos, são mais caros que os mais antigos. Portanto, por muitas vezes, os produtores optam por soluções menos saudáveis para eles e para os consumidores finais, porém mais lucrativas. Produzir alimentos orgânicos tampouco é uma prática barata. Segundo especialistas, no preço estão embutidos os custos com a certificação, com uma produção menor por hectare e com a mão de obra. Talvez este seja o maior dos contras descritos pela reportagem: o preço dos produtos orgânicos. No entanto, o Instituto de Defesa do Consumidor constatou, em uma pesquisa realizada este ano, que se o produto estiver na época de sua safra, pode custar até mais barato que o convencional. Mas isso implica em dois contras descritos pela matéria: se submeter às estações do ano e tempo para pesquisar preços.
Mais uma vez, a solução para um problema que representa uma ameaça à saúde esbarra em um entrave completamente, absolutamente, incontestavelmente impossível de ser resolvido: o tempo para se dedicar à própria alimentação. Dizer que os produtos orgânicos são mais caros e inacessíveis a todas as classes sociais até vai, salvo às observações feitas de que podem ser mais baratos em algumas ocasiões. Para esse contra a reportagem traz, em sua tentativa mais bem sucedida de ser feliz, a dica de substituir pelo menos os itens mais consumidos pela família, pela versão isenta de agrotóxicos. Mas para o contra “falta de tempo” não há solução.
Dizer que a justificativa para o baixo consumo de alimentos orgânicos é a falta de tempo para procurar esses produtos, pesquisar preços e ter acesso a informações sobre as safras é, mais uma vez, minimizar a importância da alimentação para a saúde.
Inacreditavelmente, o consumo de aparelhos eletrodomésticos, desses que é só apertar um botão que está tudo pronto, vem aumentando absurdamente no Brasil e, acreditem, não somente nas classes sociais mais providas de recursos financeiros. Já temos mais telefones celulares do que fixos nas residências e o número de linhas telefônicas móveis já ultrapassam o número de habitantes do país. Sem falar que não basta ter um aparelho celular, ele tem que ser trocado todo ano, representando uma extensão do corpo humano.
O brasileiro também não é mais um excluído digital. Quase toda a população já tem acesso, de alguma forma, ao computador e à internet. Agora não basta ter um desktop em casa, é necessário um notebook, na mesma proporção que um órgão vital do corpo. Também nos organizamos melhor e agora já é possível assistir toda à programação da televisão, sem falar que conseguimos tempo e dinheiro para acompanhar por três meses inteirinhos a vida de pessoas confinadas em reality show, pela TV a cabo! E, mais recentemente, em um exemplo de otimização do tempo sem precedentes, conseguimos permanecer na frente do computador por duas horas, diariamente.
É um avanço indiscutível. Mas representa, na verdade, a prova de que, quando há interesse, seja por parte das políticas públicas, da mídia, da indústria ou da população, novos hábitos podem sim ser formados e aderidos por todos. Basta ter boa vontade!
Alimentos orgânicos são mais caros sim, alguns difíceis de serem encontrados a depender da localidade. Portanto, ainda representam uma meta difícil de ser atingida por todos. Mas cabe aos profissionais de saúde, enquanto educadores, orientar a população a substituir, pelo menos, os alimentos mais consumidos; informar as pessoas onde comprar os produtos livres de agrotóxicos; ensinar quais alimentos consumir de acordo com a safra, para otimizar os preços; além, é claro, de incentivar hábitos alimentares saudáveis, em detrimento de outra qualquer prática. Também é nosso dever, enquanto cidadãos, cobrar políticas públicas que venham a facilitar o acesso da população a alimentos saudáveis, livres de substâncias nocivas, ao invés de divulgar que a justificativa para o aumento do sobrepeso, da obesidade e do câncer é a falta de tempo e dinheiro da sociedade moderna.
*Texto elaborado pela Dra. Camila Almeida Menezes, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.
Fonte: http://www.vponline.com.br/blog/home.php/
De acordo com o texto, os prós dizem respeito ao melhor valor nutritivo. Algumas pesquisas evidenciaram que produtos orgânicos tendem a conter maior teor de micronutrientes como ferro, manganês e ácidos graxos poli-insaturados, além de maior quantidade de compostos bioativos e algumas vitaminas, que previnem contra o surgimento de doenças como o câncer. Mas, talvez o maior dos pontos positivos, independentemente do valor nutricional, que parece estar muito mais relacionado ao solo, seja o fato de os produtos orgânicos serem livres de agrotóxicos.
Para alguns, a exposição do homem a substâncias como inseticidas, herbicidas, fungicidas, entre outros agrotóxicos, somente é prejudicial à saúde dos envolvidos com o cultivo, como os agricultores e familiares. Mas, e ainda bem, há os que acreditam que a presença de resíduos desses produtos nos alimentos também é prejudicial à saúde dos que os consomem. Ao contrário do que cita a reportagem, já existem evidências suficientes que suportem a afirmação de que o consumo de agrotóxicos através dos alimentos pode levar ao surgimento de câncer. Tanto que foram criados, e continuam sendo, órgãos governamentais para análise e controle dos níveis dessas substâncias nos alimentos, assim como para sua certificação como um produto orgânico.
Em 2009, a ANVISA analisou os vinte itens vegetais mais consumidos pela população brasileira, incluindo arroz, feijão, tomate, alface, pimentão, laranja, maçã, e outros; e identificou que, em praticamente todos os itens, havia uso de agrotóxicos não autorizados para aquela planta, quantidade excessiva de algumas substâncias inadequadas, ou as duas coisas. Se fossem inofensivos ao consumo humano, não haveria tanta preocupação acerca de sua presença nos alimentos. A prova para tal são os agrotóxicos que, antes permitidos, passam a se tornar proibidos e a sua utilização banida.
Uma coisa é fato. Produzir alimentos é caro. Não se pode correr riscos. Produtos agrotóxicos mais avançados, menos tóxicos, são mais caros que os mais antigos. Portanto, por muitas vezes, os produtores optam por soluções menos saudáveis para eles e para os consumidores finais, porém mais lucrativas. Produzir alimentos orgânicos tampouco é uma prática barata. Segundo especialistas, no preço estão embutidos os custos com a certificação, com uma produção menor por hectare e com a mão de obra. Talvez este seja o maior dos contras descritos pela reportagem: o preço dos produtos orgânicos. No entanto, o Instituto de Defesa do Consumidor constatou, em uma pesquisa realizada este ano, que se o produto estiver na época de sua safra, pode custar até mais barato que o convencional. Mas isso implica em dois contras descritos pela matéria: se submeter às estações do ano e tempo para pesquisar preços.
Mais uma vez, a solução para um problema que representa uma ameaça à saúde esbarra em um entrave completamente, absolutamente, incontestavelmente impossível de ser resolvido: o tempo para se dedicar à própria alimentação. Dizer que os produtos orgânicos são mais caros e inacessíveis a todas as classes sociais até vai, salvo às observações feitas de que podem ser mais baratos em algumas ocasiões. Para esse contra a reportagem traz, em sua tentativa mais bem sucedida de ser feliz, a dica de substituir pelo menos os itens mais consumidos pela família, pela versão isenta de agrotóxicos. Mas para o contra “falta de tempo” não há solução.
Dizer que a justificativa para o baixo consumo de alimentos orgânicos é a falta de tempo para procurar esses produtos, pesquisar preços e ter acesso a informações sobre as safras é, mais uma vez, minimizar a importância da alimentação para a saúde.
Inacreditavelmente, o consumo de aparelhos eletrodomésticos, desses que é só apertar um botão que está tudo pronto, vem aumentando absurdamente no Brasil e, acreditem, não somente nas classes sociais mais providas de recursos financeiros. Já temos mais telefones celulares do que fixos nas residências e o número de linhas telefônicas móveis já ultrapassam o número de habitantes do país. Sem falar que não basta ter um aparelho celular, ele tem que ser trocado todo ano, representando uma extensão do corpo humano.
O brasileiro também não é mais um excluído digital. Quase toda a população já tem acesso, de alguma forma, ao computador e à internet. Agora não basta ter um desktop em casa, é necessário um notebook, na mesma proporção que um órgão vital do corpo. Também nos organizamos melhor e agora já é possível assistir toda à programação da televisão, sem falar que conseguimos tempo e dinheiro para acompanhar por três meses inteirinhos a vida de pessoas confinadas em reality show, pela TV a cabo! E, mais recentemente, em um exemplo de otimização do tempo sem precedentes, conseguimos permanecer na frente do computador por duas horas, diariamente.
É um avanço indiscutível. Mas representa, na verdade, a prova de que, quando há interesse, seja por parte das políticas públicas, da mídia, da indústria ou da população, novos hábitos podem sim ser formados e aderidos por todos. Basta ter boa vontade!
Alimentos orgânicos são mais caros sim, alguns difíceis de serem encontrados a depender da localidade. Portanto, ainda representam uma meta difícil de ser atingida por todos. Mas cabe aos profissionais de saúde, enquanto educadores, orientar a população a substituir, pelo menos, os alimentos mais consumidos; informar as pessoas onde comprar os produtos livres de agrotóxicos; ensinar quais alimentos consumir de acordo com a safra, para otimizar os preços; além, é claro, de incentivar hábitos alimentares saudáveis, em detrimento de outra qualquer prática. Também é nosso dever, enquanto cidadãos, cobrar políticas públicas que venham a facilitar o acesso da população a alimentos saudáveis, livres de substâncias nocivas, ao invés de divulgar que a justificativa para o aumento do sobrepeso, da obesidade e do câncer é a falta de tempo e dinheiro da sociedade moderna.
*Texto elaborado pela Dra. Camila Almeida Menezes, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.
Fonte: http://www.vponline.com.br/blog/home.php/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
15:28
0
comentários
Enviar por e-mail
Compartilhar no X
Compartilhar no Facebook