‘Há muitas evidências de danos dos agrotóxicos à saúde’, entrevista com a pesquisadora Lia Giraldo
Publicado em fevereiro 11, 2011 por HC
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A pesquisadora Lia Giraldo explica como os agrotóxicos foram introduzidos no Brasil a ponto de o país ser hoje o campeão mundial no uso de venenos. Lia é pesquisadora do departamento de saúde coletiva, do laboratório Saúde, Ambiente e Trabalho, da Fiocruz Pernambuco. Ela coordena um grupo de pesquisadores responsáveis por revisar os estudos científicos existentes sobre onze agrotóxicos que estão em processo de revisão pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O uso de agrotóxicos no Brasil vem crescendo ano após ano. O país lidera o ranking dos maiores consumidores de agrotóxicos no mundo. Por que consumimos tanto veneno?
Desde a década de 70, exatamente no ano de 1976, o governo criou um plano nacional de defensivos agrícolas. Dentro do modelo da Revolução Verde os países produtores desses agroquímicos pressionaram os governos, através das agências internacionais, para facilitar a entrada desse pacote tecnológico. Em 1976, o Brasil criou uma lei do plano nacional de defensivos agrícolas na qual condiciona o crédito rural ao uso de agrotóxicos. Assim, parte desse recurso captado deveria ser utilizada em compra de agrotóxicos, que eles chamavam, com um eufemismo, de defensivos agrícolas. Então, com isso, os agricultores foram praticamente obrigados a adquirir esse pacote tecnológico. E também com muita rapidez foi formatado um modelo tecnológico de produção que ficou dependente desses insumos, e isso aliado ainda a uma concentração de terras, mecanização, com a utilização de muito menos mão de obra. Tivemos um grande êxodo rural: de lá para cá o Brasil mudou completamente, era um país rural e virou um país urbano, seguindo um fenômeno que aconteceu também em outros países. Então, o Brasil se rendeu às pressões econômicas internacionais na defesa desse modelo. Depois disso houve muito lobby político, e, inclusive, tivemos ministro ligado a empresas produtoras de agrotóxicos. E isso fez com que o Brasil não só passasse a ser consumidor, mas também produtor desses produtos. As cinco maiores produtoras de agrotóxicos tem fábricas no Brasil – Basf, Bayer, Syngenta, DuPont e Monsanto. E depois, dentro dessa linha, e associado ao ciclo de algumas monoculturas como a soja, o algodão, o café e a cana de açúcar, esse modelo casou bem com o modelo de produção de monocultura extensiva , demandando cada vez mais terras, cada vez mais expulsando o pessoal do campo para a cidade. Na divisão internacional do capital, o Brasil ficou com esse perfil de exportador de commodities , com um modelo de desenvolvimento baseado no agronegócio e essa é a explicação para sermos os campeões no uso de agrotóxicos.
A pressão para que os agricultores passassem a usar agrotóxicos também foi colocada em prática nos outros países do hemisfério sul?
Sim. Se analisarmos países da América Latina, como a Argentina e o Uruguai, cada um com suas características, perceberemos que isso se repete. Mas no Brasil esse quadro ganha proporções maiores com o nosso gigantismo territorial e também facilidades e estratégias de abertura para o capital externo, com um governo absolutamente permeável. O Brasil estranhamente tem dois ministérios da agricultura, um para o agronegócio, que é o ‘gordão’, com bastante dinheiro, e outro para a agricultura familiar, que é magrinho e com pouquinho dinheiro. São dois ministérios da agricultura com políticas completamente divergentes. E por onde a bancada ruralista consegue pressionar a casa civil? Por dentro. Criaram uma estrutura por dentro do governo, que é o Mapa [Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento], onde passam os interesses do agronegócio. A bancada ruralista tem total trânsito no governo através do Mapa. E a agricultura familiar fica na depêndencia do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o MDA. Isso é uma boa evidência para mostrar como tem sido a política do Brasil: uma política ambígua para dar resposta às pressões da globalização.
E quais são as características destes agrotóxicos hoje. Eles são mais tóxicos do que nos anos 70?
A evolução da toxidade tem mais a ver com a resistência das pragas aos produtos. A motivação da evolução não é para produzir produtos menos tóxicos para a saúde ou o meio ambiente. Mas sim porque a natureza reage e as pragas se tornam mais resistentes, e as empresas são obrigadas a produzir novas moléculas para os agrotóxicos serem efetivos. Isso está aliado também com o aumento da quantidade de uso, porque enquanto eles não conseguem produzir uma nova molécula a qual a praga seja mais sensível, eles aumentam a carga de agrotóxico. Então, existe uma toxidade e um perigo com a introdução de novas moléculas, que são mais tóxicas para os seres vivos, portanto para nós, seres humanos também – para as células, para o DNA, para as estruturas biológicas. Mas também há um grande perigo quando se aumenta a concentração de um produto que está tendo baixa eficácia e se aplica esse produto sozinho ou associado a outro ou a um coquetel de outros produtos tóxicos. Se, aumentando a concentração de determinado produto, ele já começar a ameaçar a saúde pública, esse produto já não pode mais ser usado. Aí inventam uma outra molécula, e assim vai. E como as experiências feitas para o registro são baseadas apenas em efeitos agudos – ou seja, a morte – e não há testes de longo prazo principalmente para a saúde humana, a nova molécula é registrada. Mas uma coisa é ver se um ratinho desenvolve câncer em seis meses ou um ano e outra coisa é uma pessoa ficar exposta durante muitos anos. Então, esses aspectos não são levados em consideração para o registro de novos produtos e, com isso, eles têm conseguido registrá-los, até que nós comecemos a registrar novamente danos à saude e ao meio ambiente e uma série de efeitos negativos que vão então permitir que a agência reguladora casse o registro ou restrinja os produtos.
E quais as consequências disso para o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores rurais e também para a população de modo geral?
Muitas vezes tudo é feito para ocultar o risco. Se a saúde pública não tem um sistema de informação capaz de monitorar as populações expostas, sejam elas de trabalhadores que trabalham com os produtos, sejam elas de consumidores que consomem os produtos com resíduos, acaba-se não tendo a informação que permitiria a restrição do uso. Então, a falta de informação muitas vezes tem sido utilizada para manter os produtos no mercado. Não existe, portanto, um monitoramento adequado. O Brasil investe muito pouco em monitoramento e essa falta de informação é o grande álibi das indústrias. As consequências vistas em estudos experimentais são evidências importantes, mas não são suficientes. Porque pode-se alegar que foi em determinado contexto, que é para uma determinada espécie e não para outra, então cria-se sempre uma flexibilidade na hora de extrapolar os dados para a sáude humana. É muito dificil estabelecer essas regras de consumo e de proteção baseando-se nos parâmetros que são adotados, porque eles são criados justamente para proteger o capital. É necessário, portanto, que tenhamos outros indicadores de vigilância da saúde que não sejam apenas esses restritos a estudos experimentais animais, mas sim baseados em estudos clínicos e epidemiológicos. Há uma resistência quanto a esses estudos serem internalizados como parâmetros para tomar as decisões de registro ou de captação de uma molécula, porque ou os estudos não existem, ou são muito restritos. O governo, as universidades e mesmo as empresas não incentivam esses estudos e a falta desse tipo de informação é uma politica para manter a outra política, porque obviamente favorece a manutenção do modelo. Mas existem muitas evidências de danos dos agrotóxicos à saúde, só que, infelizmente, pelos protocolos que são estabelecidos, esses danos não são reconhecidos para a tomada de decisão.
Como aparecem essas evidências?
São evidências clínicas através de doenças, agravos, sintomas, efeitos como abortamento, distúrbios cognitivos, de comportamento, morte, manifestações de neoplasias, tumores, distúrbios endócrinos. E muitas vezes os médicos não associam essas evidências com a exposição aos agrotóxicos, não registram isso, não informam, e os sistemas de informação não incentivam e não capacitam os profissionais. Então, há todo um sistema de ocultamento de risco. Dessa forma, quando se consegue fazer o diagnóstico e documentar, acaba ficando como um caso isolado. O próprio pessoal da saúde pública chama veneno de remédio, ‘remédio para barata, para mosquito’, quando, na verdade, remédio é um conceito farmacológico de cura e não para ser utilizado no lugar da palavra veneno, veneno é para matar uma praga que está atrapalhando a lavoura, não tem nada que ver com a sáude. Então, as confusões conceituais fazem parte desse processo de ocultamento de risco. Antigamente esses produtos todos vinham com uma caveirinha para mostrar que era perigoso, hoje as embalagens vêm com mensagens ecológicas, um bulário com uma linguagem muito sofisticada e de difícil interpretação que as pessoas não conseguem entender. Boa parte dos nossos trabalhadores rurais é analfabeta ou semi-analfabeta e não tem capacidade de entender o que está escrito. Tudo isso faz parte também desse modelo de favorecimento dessa tecnologia que gera muito dinheiro para as empresas produtoras.
Recentemente a Anvisa decidiu pelo banimento de dois agrotóxicos – o endosulfan e o metamidofós. Como a senhora avalia a atitude do país no monitoramento desses agrotóxicos?
Ambos são muito toxicos, têm efeitos adversos muito importantes e esses efeitos são proibitivos. A nossa legislação é muito clara: se o produto tiver evidências de efeitos carcinogênicos, mutagênicos, que podem afetar o desenvolvimento embrionário, etc, tem que ser proibido. Então, o que fazemos é buscar se existem essas evidências para poder manter ou não o produto autorizado.
E hoje há muita pesquisa sobre os efeitos dos agrotóxicos?
A maior parte dos estudos são experimentais, em laborátorios, com animais, com os protocolos que são estabelecidos pelas agências internacionais, e com esses estudos as evidências são muito fortes. Agora, também procuramos levantar evidências clínicas e epidemiológicas, que embora em menor quantidade, também encontramos bastantes informações que mostram efeitos em populações expostas, em situações de pessoas que tiveram agravos e, nesses casos, o profissional que atendeu conseguiu estabelecer relações entre o agravo e a exposição ao agrotóxico. Esse material foi todo usado para orientar a decisão da Anvisa de propor o banimento do Endossulfan e do Metamidofós.
E em que aspectos é preciso avançar para que se tenha mais pesquisa e se consiga avaliar melhor os efeitos desses produtos?
Primeiro, as empresas não poderiam ter o registro apenas com estudos dirigidos pela empresa, porque a maioria desses estudos tem conflitos de interesse. Deveria haver um fundo setorial dessas empresas para que o governo induzisse pesquisas nas universidades públicas; para que as universidades e os institutos de pesquisa públicos pudessem ampliar a capacidade de pesquisas nestas áreas, porque a maior parte das pesquisas que as empresas colocam para defender o interesse da molécula [componente base do agrotóxico], são os estudos que eles promoveram e que não tiveram o controle do setor público.
A autorização dos agrotóxicos é feita apenas com base nesses estudos?
As moléculas que estão em processo de reavaliação pela Anvisa hoje, no passado foram autorizadas apenas com base nesses estudos das empresas. Hoje já temos um papel um pouco mais cuidadoso das agências, basicamente da Anvisa, porém quem ainda tem a obrigação de apresentar as evidências de que a molécula não traz agressividade à saúde é a empresa. Portanto, não temos contra-povas e poderíamos ter contra-provas feitas por órgãos públicos. A reprodução da pesquisa poderia ser feita por um instituto de pesquisa público, com uma certificação de que de fato aquele resultado foi obtido. E não ser baseado apenas em estudos experimentais, mas também de ordem clínica e epidemiológica, porque não se reproduzem os mesmos efeitos de uma espécie para outra.
Mas e no caso de produtos novos, já que não haveria ainda evidências clínicas?
Por serem novos teriam que passar por todos os estudos experimentais os mais precaucionários possíveis, inclusive utilizando células humanas experimentalmente, por exemplo. Isso se pode fazer com amostras de sangue, não precisa explorar a pessoa, pode-se fazer cultura de células humanas para fazer certos testes. E depois, se não tiver nenhuma evidência de mutagenicidade nem outras evidências, a molécula deveria ser utilizada com muita parcimônia, de forma que as pessoas que fossem expostas no trabalho pudessem ser acompanhadas com o tempo, para ver se de fato não houve nenhum problema. Porque após a concessão do registro, não há a previsão de nenhuma reavaliação periódica. A molécula deveria passar a cada cinco anos obrigatoriamente por uma reavaliação a partir de dados coletados em função de monitoramento, mas não há monitoramento nenhum. É questão de ter uma política para isso, que implicaria novos procedimentos dos três orgãos – Anvisa, Ministério da Agricultura e Ministério do Meio Ambiente -, porque o registro passa pela concordância dos três orgãos.
E a política existente hoje foi concordada com os três órgãos?
Os órgãos são mais ou menos independentes, mas quem faz o registro é o Ministério da Agricultura, com base nos pareceres da Anvisa e do Ibama e no seu próprio. Mas do ponto de vista legal, quem dá o registro para a utilização é o Ministério da Agricultura. Mas a Anvisa pode pedir a reavaliação no caso de danos à saúde. Mas a saúde teria que ter não só esse processo. Se os estudos mostram, depois de comprovados, que foram bem feitos, que não há nenhum efeito proibitivo, então, o produto deveria entrar numa quarentena e ficar sob observação. Ao mesmo tempo a população potencialmente exposta deveria ser monitorada e, a cada cinco anos, reveríamos o registro. Essa seria a conduta certa da saúde, mas não existe isso. Cada vez que a Anvisa chama um produto para reavaliar porque na literatura internacional aparecem publicações afirmando que o produto é toxico para a saúde humana, o lobby econômico tenta impedir. Por isso todo o processo é judicializado e o Ministério da Agricultura está direto contra a reavaliação e a favor da manutenção da molécula. Então, é difícil porque além do lobby do agronegócio, há também a própria parte do governo que pressiona a favor de manter a molécula no mercado.
A senhora considera que este lobby seria dificultado com os estudos mais eficientes?
O conflito de interesses existe, mas o que não pode é esse escancaramento das agências governamentais em receber e aceitar esse tipo de pressão. As empresas têm o direito de defender os seus negócios, mas sem que obviamente a saúde pública e o meio ambiente sofram danos. Elas têm que provar que não causam danos para saúde, mas elas não só não provam que não causam danos, como também usam de artícficios cientificistas para obter o registro. Por outro lado, as instituições públicas de pesquisa não estudam, então fica difícil. O governo deve ter uma política de ciência, tecnologia, inovação tecnológica e de resguardo da saúde e do meio ambiente contra a introdução de novas tecnologias que não estão devidamente asseguradas.
E de que forma podemos pensar no fim do uso dessas substâncias tóxicas?
Essa é uma pergunta que fazemos o tempo todo. Até o final da década de 60, a produção agrícola era feita sem o uso dessas substâncias. Na história da humanidade, a agricultura é a primeira grande revolução produtiva e a maior parte do tempo foi feita sem isso. E existe toda uma ciência da tecnologia, do que chamamos hoje de agroecologia, que é o que o pessoal fazia antigamente. Agora, na medida em que se muda o modelo de produção na base da monocultura extensiva e em agroquímico, se condiciona e se cria um empobrecimento do solo. E à medida que existem mais agroquímicos, mais pragas resistentes exigem mais química, e, assim, cria-se um círculo vicioso de dependência química. E aí é preciso desmamar, como acontece com uma pessoa com dependência química, mas para desmamar é preciso primeiro garantir aos produtores que passarão para uma agricultura tipo agroecológica ou orgânica, incentivos e segurança, para que eles possam produzir. Como aconteceu antes, quando o crédito rural foi condicionado ao uso do agrotóxico, agora pode acontecer o contrário: ser dado o crédito para aqueles que não usarão agrotóxicos, fazer o inverso e criar uma nova escola de agricultura. As indústrias de agrotóxicos ganharam as universidades e as escolas de agronomia, que passaram a ensinar os agrônomos a só produzirem com química. Então, é preciso reformular o ensino da agronomia também.
E a sociedade em geral e os trabalhadores rurais estão convencidos da importância desta mudança?
Eu acho que a consciência cresceu muito, porque esse modelo é insustentável e se torna cada vez mais caro e cada vez mais dependente de tecnologias pelas quais se terá que pagar royalties e etc. Com isso, a soberania alimentar e a soberania produtiva também vão se perdendo. Esses conflitos permitem espaço para que essas outras alternativas se coloquem. Hoje no Brasil está muito vivo o movimento pela agroecologia, cada vez mais está havendo espaço e interesse por esse outro modelo. Mas não é facil porque não há incentivo por parte do governo. Então, precisaríamos politizar mais essa discussão para que possamos ter, por parte do Estado, outra postura pública perante essas questões.
Ainda existem muito agrotóxicos que são proibidos em outros países e ainda permitidos no Brasil?
Há vários. Esses onze agrotóxicos que estamos no processo de revisão junto à Anvisa estão sendo revistos justamente porque já foram denunciados os efeitos proibitivos deles. E a Anvisa tem uma lista de cerca de 60 produtos já proibidos em outros países. É muito lento esse processo porque infelizmente não temos uma conjuntura política e jurídica favorável à proteção da sáude, mas sim favorável à produção.
Entrevista da Escola Politécnica de Sáude Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), publicada pelo EcoDebate, 11/02/2011
sábado, 12 de fevereiro de 2011
‘Há muitas evidências de danos dos agrotóxicos à saúde’, entrevista com a pesquisadora Lia Giraldo
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Dr. Frederico Lobo
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Novos dados da obesidade no mundo. Fica uma pergunta no ar
Na primeira semana de fevereiro saiu os resultados do último grande estudo sobre obesidade no mundo. Somos meio bilhão de adultos obesos acima de 20 anos, um em cada 10 adultos. Isso significa que a proporção de obesos dobrou nos últimos 30 anos.
Os números são de uma pesquisa publicada na última semana na revista científica The Lancet, baseada em dados epidemiológicos de vários países que incluem mais de 9 milhões de participantes. Ao mesmo tempo, um dado curioso chamou a atenção dos pesquisadores em outros dois estudos: a queda dos índices de hipertensão arterial e de colesterol nos países desenvolvidos nesse mesmo período.
O estudo foi realizado por pesquisadores americanos, ingleses e suíços e revela que em 2008 mais de uma pessoa em cada dez, na população mundial adulta, já era obesa, com maior porcentagem entre as mulheres. Entre os países ricos, os Estados Unidos aparecem em primeiro lugar, desde 1980, na taxa de obesidade, enquanto a população japonesa se mostra como a menos afetada pelo problema. O Brasil está na 19ª posição no ranking mundial de obesidade masculina e na 15ª posição na obesidade feminina.
Esses dados nos levam a uma análise crítica da nossa metodologia e de nosso arsenal de tratamento da obesidade. Estamos perdendo a guerra contra esse mal, que responde pela grande incidência paralela de diabetes e elevadas taxas de mortalidade potencialmente evitáveis no mundo.
O que poderia explicar o sucesso na redução das taxas de colesterol e pressão arterial e o fracasso na redução do peso das pessoas? Obesidade, colesterol e hipertensão arterial são doenças crônicas muito semelhantes em suas causas e consequências. Todas associadas a estilos de vida inadequados com sedentarismo, stress e erros alimentares. Todas dependem de reeducação alimentar, atividade física e medicamentos. Então, com tantas semelhanças, o que poderia explicar o avanço da obesidade no mundo, tendo em vista a redução das duas outras doenças?
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-02-01_2011-02-15.html#2011_02-11_08_46_25-142670378-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Os números são de uma pesquisa publicada na última semana na revista científica The Lancet, baseada em dados epidemiológicos de vários países que incluem mais de 9 milhões de participantes. Ao mesmo tempo, um dado curioso chamou a atenção dos pesquisadores em outros dois estudos: a queda dos índices de hipertensão arterial e de colesterol nos países desenvolvidos nesse mesmo período.
O estudo foi realizado por pesquisadores americanos, ingleses e suíços e revela que em 2008 mais de uma pessoa em cada dez, na população mundial adulta, já era obesa, com maior porcentagem entre as mulheres. Entre os países ricos, os Estados Unidos aparecem em primeiro lugar, desde 1980, na taxa de obesidade, enquanto a população japonesa se mostra como a menos afetada pelo problema. O Brasil está na 19ª posição no ranking mundial de obesidade masculina e na 15ª posição na obesidade feminina.
Esses dados nos levam a uma análise crítica da nossa metodologia e de nosso arsenal de tratamento da obesidade. Estamos perdendo a guerra contra esse mal, que responde pela grande incidência paralela de diabetes e elevadas taxas de mortalidade potencialmente evitáveis no mundo.
O que poderia explicar o sucesso na redução das taxas de colesterol e pressão arterial e o fracasso na redução do peso das pessoas? Obesidade, colesterol e hipertensão arterial são doenças crônicas muito semelhantes em suas causas e consequências. Todas associadas a estilos de vida inadequados com sedentarismo, stress e erros alimentares. Todas dependem de reeducação alimentar, atividade física e medicamentos. Então, com tantas semelhanças, o que poderia explicar o avanço da obesidade no mundo, tendo em vista a redução das duas outras doenças?
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-02-01_2011-02-15.html#2011_02-11_08_46_25-142670378-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
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Fumar maconha pode adiantar o aparecimento da esquizofrenia
Fumar maconha pode adiantar em quase três anos o aparecimento de esquizofrenia e de outros quadros psicóticos.
A conclusão é de uma revisão de 83 estudos científicos já publicados sobre a relação entre o consumo dessa erva e o transtorno. Os resultados, divulgados no periódico médico "Archives of General Psychiatry", dão mais munição a pesquisadores que se opõem à liberação da substância ilícita. No total, os pesquisadores das universidades de New South Wales, Austrália, e Emory, EUA, avaliaram dados de mais de 22 mil portadores de distúrbios psicóticos _sendo 8.167 deles usuários de maconha.
A doença aparecia em média 2,7 anos (cerca de 32 meses) antes entre quem consumia a erva do que nos membros do grupo-controle.
"Acredito que essa relação seja de causa e consequência, e a maconha tem um papel importante [no aparecimento precoce do transtorno] em certas pessoas", disse à Folha o psiquiatra australiano Matthew Large, um dos autores do estudo.
Uma hipótese é que pessoas com predisposição genética para esquizofrenia são mais suscetíveis à influência da maconha.
Nelas, os quadros psicóticos poderiam ser desencadeados pela alteração na concentração de neurotransmissores como dopamina e serotonina, causada pela droga, o que desregularia o funcionamento cerebral.
"Pessoas com histórico familiar de esquizofrenia devem ser instruídas a jamais usar essa droga. Não dá pra arriscar", diz Hélio Elkis, coordenador do Projeto Esquizofrenia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Segundo o psiquiatra, quanto mais cedo aparece a doença, pior o prognóstico. "Se surge na adolescência, o cérebro não teve tempo de se desenvolver completamente." Isso piora o deficit cognitivo, próprio do transtorno.
Ansiolíticos
Mas para Marcelo Niel, psiquiatra do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, deve-se ter cuidado ao fazer a relação direta entre esquizofrenia e uso da cânabis.
"Em alguns pacientes com vulnerabilidade, isso pode acontecer, mas há fatores que devem ser considerados", ressalva.
Niel afirma que, como a esquizofrenia geralmente começa quando os indivíduos são adolescentes ou adultos jovens, pode ser que o consumo da substância esteja mais relacionado a um hábito do grupo social naquela idade do que a uma causalidade.
"E muitos pacientes esquizofrênicos começam a fumar maconha para aliviar os sintomas do estágio inicial da doença, como ansiedade e depressão", diz.
Matthew Large, o autor do estudo, sugere: "Jovens deveriam evitar o uso de maconha ou, mais precisamente, deveriam se conscientizar sobre os seus riscos.
Como informá-los disso já é outra história", completa.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/873922-fumar-maconha-pode-adiantar-o-aparecimento-da-esquizofrenia.shtml
A conclusão é de uma revisão de 83 estudos científicos já publicados sobre a relação entre o consumo dessa erva e o transtorno. Os resultados, divulgados no periódico médico "Archives of General Psychiatry", dão mais munição a pesquisadores que se opõem à liberação da substância ilícita. No total, os pesquisadores das universidades de New South Wales, Austrália, e Emory, EUA, avaliaram dados de mais de 22 mil portadores de distúrbios psicóticos _sendo 8.167 deles usuários de maconha.
A doença aparecia em média 2,7 anos (cerca de 32 meses) antes entre quem consumia a erva do que nos membros do grupo-controle.
"Acredito que essa relação seja de causa e consequência, e a maconha tem um papel importante [no aparecimento precoce do transtorno] em certas pessoas", disse à Folha o psiquiatra australiano Matthew Large, um dos autores do estudo.
Uma hipótese é que pessoas com predisposição genética para esquizofrenia são mais suscetíveis à influência da maconha.
Nelas, os quadros psicóticos poderiam ser desencadeados pela alteração na concentração de neurotransmissores como dopamina e serotonina, causada pela droga, o que desregularia o funcionamento cerebral.
"Pessoas com histórico familiar de esquizofrenia devem ser instruídas a jamais usar essa droga. Não dá pra arriscar", diz Hélio Elkis, coordenador do Projeto Esquizofrenia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Segundo o psiquiatra, quanto mais cedo aparece a doença, pior o prognóstico. "Se surge na adolescência, o cérebro não teve tempo de se desenvolver completamente." Isso piora o deficit cognitivo, próprio do transtorno.
Ansiolíticos
Mas para Marcelo Niel, psiquiatra do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, deve-se ter cuidado ao fazer a relação direta entre esquizofrenia e uso da cânabis.
"Em alguns pacientes com vulnerabilidade, isso pode acontecer, mas há fatores que devem ser considerados", ressalva.
Niel afirma que, como a esquizofrenia geralmente começa quando os indivíduos são adolescentes ou adultos jovens, pode ser que o consumo da substância esteja mais relacionado a um hábito do grupo social naquela idade do que a uma causalidade.
"E muitos pacientes esquizofrênicos começam a fumar maconha para aliviar os sintomas do estágio inicial da doença, como ansiedade e depressão", diz.
Matthew Large, o autor do estudo, sugere: "Jovens deveriam evitar o uso de maconha ou, mais precisamente, deveriam se conscientizar sobre os seus riscos.
Como informá-los disso já é outra história", completa.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/873922-fumar-maconha-pode-adiantar-o-aparecimento-da-esquizofrenia.shtml
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Álcool mata mais que Aids, tuberculose e violência, diz OMS
O álcool causa quase 4% das mortes no mundo todo, mais do que a Aids, a tuberculose e a violência, alertou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta sexta-feira.
O aumento da renda tem provocado o consumo excessivo em países populosos da África e da Ásia, incluindo Índia e África do Sul. Além disso, beber em excesso é um problema em muitos países desenvolvidos, informou a agência das Nações Unidas.
No entanto, as políticas de controle do álcool são fracas e ainda não são prioridade para a maioria dos governos, apesar do impacto que o hábito causa na sociedade: acidentes de carro, violência, doenças, abandono de crianças e ausência no trabalho, de acordo com o relatório.
Cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente por causas relacionadas ao álcool, disse a OMS em seu "Relatório Global da Situação sobre Álcool e Saúde".
"O uso prejudicial do álcool é especialmente fatal em grupos etários mais jovens e beber é o principal fator de risco de morte no mundo entre homens de 15 a 59 anos", afirma o relatório.
Na Rússia e na CEI (Comunidade dos Estados Independentes), uma em cada cinco mortes ocorre devido ao consumo prejudicial, a taxa mais elevada do planeta.
A bebedeira, que muitas vezes leva a um comportamentos de risco, agora é prevalente no Brasil, Cazaquistão, México, Rússia, África do Sul e na Ucrânia, e está aumentando entre outras populações, segundo a OMS.
"Mundialmente, cerca de 11% dos consumidores de álcool bebem bastante em ocasiões semanais; os homens superam as mulheres em quatro a cada uma. Eles praticam constantemente um consumo de risco em níveis muito mais elevados do que as mulheres em todas as regiões", disse o relatório.
Em maio passado, ministros da Saúde dos 193 países-membros da OMS concordaram em tentar conter o consumo excessivo de álcool e de outras formas crescentes do uso excessivo por meio de altos impostos sobre bebidas alcoólicas e restrições mais rígidas de comercialização.
Fonte: http://bit.ly/hwP2Xw
O aumento da renda tem provocado o consumo excessivo em países populosos da África e da Ásia, incluindo Índia e África do Sul. Além disso, beber em excesso é um problema em muitos países desenvolvidos, informou a agência das Nações Unidas.
No entanto, as políticas de controle do álcool são fracas e ainda não são prioridade para a maioria dos governos, apesar do impacto que o hábito causa na sociedade: acidentes de carro, violência, doenças, abandono de crianças e ausência no trabalho, de acordo com o relatório.
Cerca de 2,5 milhões de pessoas morrem anualmente por causas relacionadas ao álcool, disse a OMS em seu "Relatório Global da Situação sobre Álcool e Saúde".
"O uso prejudicial do álcool é especialmente fatal em grupos etários mais jovens e beber é o principal fator de risco de morte no mundo entre homens de 15 a 59 anos", afirma o relatório.
Na Rússia e na CEI (Comunidade dos Estados Independentes), uma em cada cinco mortes ocorre devido ao consumo prejudicial, a taxa mais elevada do planeta.
A bebedeira, que muitas vezes leva a um comportamentos de risco, agora é prevalente no Brasil, Cazaquistão, México, Rússia, África do Sul e na Ucrânia, e está aumentando entre outras populações, segundo a OMS.
"Mundialmente, cerca de 11% dos consumidores de álcool bebem bastante em ocasiões semanais; os homens superam as mulheres em quatro a cada uma. Eles praticam constantemente um consumo de risco em níveis muito mais elevados do que as mulheres em todas as regiões", disse o relatório.
Em maio passado, ministros da Saúde dos 193 países-membros da OMS concordaram em tentar conter o consumo excessivo de álcool e de outras formas crescentes do uso excessivo por meio de altos impostos sobre bebidas alcoólicas e restrições mais rígidas de comercialização.
Fonte: http://bit.ly/hwP2Xw
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Bisfenol (BPA) e estudos recentes
Muita gente chega aqui no blog ao procurar sobre Bisfenol no google. Afinal, o que é o Bifesnol ? Por que estão falando tanto dele? Por que está sendo proibido em alguns países ? Quais seus reais impactos sobre a saúde humana ?
Conceito
O Bisfenol-A (BPA) é um composto utilizado na fabricação do policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente. Serve para diluir a resina de poliéster a fim de torná-la mais líquida e facilitar sua laminação.
Onde está presente
O BPA está presente em recipientes de alimentos e bebidas, como mamadeiras, embalagens plásticas e copos infantis. Além disso, pode ser encontrado no revestimento interno (forro) de enlatados (para evitar a oxidação), garrafas reutilizáveis de água (do tipo squeeze) e garrafões de água mineral. Também é encontrado em uma variedade de produtos, incluindo lentes de óculos, CDs e DVDs, computadores, eletrodomésticos, ferramentas pesadas, equipamentos esportivos, equipamentos médicos. As resinas epóxi são facilmente formadas e resistem a químicos, o que fazem delas úteis em produtos tais como placas de circuito impresso, tintas e adesivos, selantes dentais e película de revestimento interno de latas de metal. Os produtos plásticos compostos por BPA, comercialmente produzidos desde a década de 50, tornaram-se onipresentes devido a resistência de seus fragmentos, transparência visual e por ter alta resistência ao calor e à eletricidade.
O problema
Com o passar dos tempos, a colagem que conecta os blocos feitos com o BPA, deteriora, liberando moléculas de BPA. A quantidade liberada é realmente muito baixa, mas os plásticos estão tão dispersos — estão presentes nas mamadeiras infantis, nas garrafas d’água, nas latas de metal para alimentos, nas embalagens para estocar alimentos, que a população está constantemente sendo exposta a estas pequenas contaminações.
Num estudo de 2003-2004, feito pelo CDC/U.S. Centers for Disease Control (nt.: Centros de Controle de Doenças dos EUA, equivale ao Ministério da Saúde brasileiro), perto de 93% das pessoas testadas, com idade de seis anos e acima, tinham BPA A detectável em suas urinas; as fêmeas tinham níveis um pouco mais altos do que os machos. Estudo recente publicado pela Universidade da California, mostrou que 96% das gestantes estudas na California, apresentavam BPA na urina.
O BPA é uma substância que se enquadra no grupo dos Disruptores endócrinos, ou também denominados de Desreguladores endócrinos. O próprio nome já diz, é uma substância química semelhante a um hormônio que promove alterações no sistema endócrino (mimetiza hormônios, se liga a receptores hormonais, ativa substâncias hormônio-dependentes).
Diversos estudos científicos têm encontrado efeitos notáveis da exposição perinatal do BPA, que incluem:
1) Alterações no desenvolvimento da próstata e da glândula mamária;
2) Hiperplasia intraductal e lesões pré-neoplásicas da glândula mamária na idade adulta;
3) Alterações no útero e ovário;
4) Alterações ligadas ao dimorfismo sexual no adulto;
5) Alterações comportamentais, tais como hiperatividade, aumento de agressividade e déficit de atenção;
6) Alterações no comportamento sexual;
7) Aumento da susceptibilidade ao vício de drogas.
8) Alterações tireoideanas
Embora os riscos inerentes à exposição ao BPA sejam no desenvolvimento fetal, bebês, crianças e mulheres grávidas, há também uma grande preocupação com os efeitos dessa substância em adultos. Tem sido relatado em estudos científicos que o bisfenol-A pode estar relacionado com doença cardiovascular, diabetes, obesidade e disfunção hepática.
Panorama no Brasil
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) limita o uso da substância em 0,6 mg para cada quilo de embalagem.
Já na União Europeia a partir desse ano está proibida a fabricação de mamadeiras com o BPA. Mas atualmente ainda não há um consenso sobre a recomendação no uso desta substância.
Em novembro de 2010 a Organização Mundial da Saúde (OMS) promoveu um encontro com especialistas para avaliar as evidências científicas sobre o tema e concluiu que os alimentos são, de fato, a principal fonte de exposição ao BPA. Produtos como brinquedos, resina dentária e papel de nota fiscal teriam importância menor. Os especialistas afirmaram, porém, que os níveis de BPA encontrados em humanos são baixos, indicando que o químico é rapidamente metabolizado e eliminado pela urina.
Médicos conscientes
“O problema é que estamos expostos a uma contaminação contínua e há uma ação combinada do bisfenol com outros desreguladores endócrinos presentes no cotidiano, como agrotóxicos e até o fitoestrógeno da soja. Não se sabe até que ponto um pode potencializar o outro”, afirma a médica Ieda Verreschi, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo. A entidade promoveu no final de 2010 um fórum sobre o assunto e lançou a campanha Diga Não ao Bisfenol A, a Vida Não Tem Plano B. Segundo Dra. Ieda, há indícios de que os desreguladores endócrinos são perigosos mesmo em concentrações inferiores ao limite permitido pela legislação. “Nesse caso, vale o princípio da precaução. Devemos considerar o bisfenol como potencialmente perigoso até provar o contrário.”
Bem, a ANVISA afirma que não há estudos suficientes para proibir a utilização do mesmo na fabricação de determinados plásticos. Mas a União Européia foi um pouco cautelosa e proibiu pelo menos em mamadeiras. O que já é um avanço !
Atualidade
Essa semana um jornal de Brasília me procurou pra uma entrevista sobre o tema, sendo assim fiz uma busca sobre o que havia de mais atual sobre Bisfenol. Até o momento em 2011 (sim, 2011) foram publicados na maior base de dados (Pubmed) "somente" 17 artigos sobre o Bisfenol: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=bisphenol
Quase que semanalmente estão publicando estudos sobre BPA.
Os mais recentes mostram correlação entre BPA e desenvolvimento de hiperatividade e déficit de atenção em filhotes de ratas expostas a baixas doses de BPA durante a gestação.
Artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21277317
Outro estudo mostra que que exposição ao BPA durante a gestação e lactação leva a alterações morfológicas no cérebro dos filhotes e com isso alterações comportamentais na fase adulta.
Artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21277127
A faculdade de Harvard publicou um artigo sobre BPA e saúde de crianças e afirmam categoricamente que apesar de AINDA não existirem estudos em humanos, os estudos em animais mostram alterações. Portanto o BPA é uma substância preocupante e profissionais de saúde devem orientar os pacientes a evitarem exposição.
Artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21293273
Dicas para evitar exposição ao BPA
1 – Use mamadeiras e utensílios de vidro ou bpa free para os bebês
2 – Não esquente embalagens de plástico com bebidas e alimentos no microondas. O bisfenol é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
3 – Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina époxi no revestimento destas embalagens.
4 – Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos.
5 – Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças
6 – Caso utilize embalagens plásticas (tanto de garrafas quanto embalagens alimentares) evitar o uso de embalagens que tenham os símbolos de reciclagem 3 (V) e 7 (PC) na parte posterior da embalagem, eles podem conter bisfenol-A em sua composição .
Conceito
O Bisfenol-A (BPA) é um composto utilizado na fabricação do policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente. Serve para diluir a resina de poliéster a fim de torná-la mais líquida e facilitar sua laminação.
Onde está presente
O BPA está presente em recipientes de alimentos e bebidas, como mamadeiras, embalagens plásticas e copos infantis. Além disso, pode ser encontrado no revestimento interno (forro) de enlatados (para evitar a oxidação), garrafas reutilizáveis de água (do tipo squeeze) e garrafões de água mineral. Também é encontrado em uma variedade de produtos, incluindo lentes de óculos, CDs e DVDs, computadores, eletrodomésticos, ferramentas pesadas, equipamentos esportivos, equipamentos médicos. As resinas epóxi são facilmente formadas e resistem a químicos, o que fazem delas úteis em produtos tais como placas de circuito impresso, tintas e adesivos, selantes dentais e película de revestimento interno de latas de metal. Os produtos plásticos compostos por BPA, comercialmente produzidos desde a década de 50, tornaram-se onipresentes devido a resistência de seus fragmentos, transparência visual e por ter alta resistência ao calor e à eletricidade.
O problema
Com o passar dos tempos, a colagem que conecta os blocos feitos com o BPA, deteriora, liberando moléculas de BPA. A quantidade liberada é realmente muito baixa, mas os plásticos estão tão dispersos — estão presentes nas mamadeiras infantis, nas garrafas d’água, nas latas de metal para alimentos, nas embalagens para estocar alimentos, que a população está constantemente sendo exposta a estas pequenas contaminações.
Num estudo de 2003-2004, feito pelo CDC/U.S. Centers for Disease Control (nt.: Centros de Controle de Doenças dos EUA, equivale ao Ministério da Saúde brasileiro), perto de 93% das pessoas testadas, com idade de seis anos e acima, tinham BPA A detectável em suas urinas; as fêmeas tinham níveis um pouco mais altos do que os machos. Estudo recente publicado pela Universidade da California, mostrou que 96% das gestantes estudas na California, apresentavam BPA na urina.
O BPA é uma substância que se enquadra no grupo dos Disruptores endócrinos, ou também denominados de Desreguladores endócrinos. O próprio nome já diz, é uma substância química semelhante a um hormônio que promove alterações no sistema endócrino (mimetiza hormônios, se liga a receptores hormonais, ativa substâncias hormônio-dependentes).
Diversos estudos científicos têm encontrado efeitos notáveis da exposição perinatal do BPA, que incluem:
1) Alterações no desenvolvimento da próstata e da glândula mamária;
2) Hiperplasia intraductal e lesões pré-neoplásicas da glândula mamária na idade adulta;
3) Alterações no útero e ovário;
4) Alterações ligadas ao dimorfismo sexual no adulto;
5) Alterações comportamentais, tais como hiperatividade, aumento de agressividade e déficit de atenção;
6) Alterações no comportamento sexual;
7) Aumento da susceptibilidade ao vício de drogas.
8) Alterações tireoideanas
Embora os riscos inerentes à exposição ao BPA sejam no desenvolvimento fetal, bebês, crianças e mulheres grávidas, há também uma grande preocupação com os efeitos dessa substância em adultos. Tem sido relatado em estudos científicos que o bisfenol-A pode estar relacionado com doença cardiovascular, diabetes, obesidade e disfunção hepática.
Panorama no Brasil
No Brasil, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) limita o uso da substância em 0,6 mg para cada quilo de embalagem.
Já na União Europeia a partir desse ano está proibida a fabricação de mamadeiras com o BPA. Mas atualmente ainda não há um consenso sobre a recomendação no uso desta substância.
Em novembro de 2010 a Organização Mundial da Saúde (OMS) promoveu um encontro com especialistas para avaliar as evidências científicas sobre o tema e concluiu que os alimentos são, de fato, a principal fonte de exposição ao BPA. Produtos como brinquedos, resina dentária e papel de nota fiscal teriam importância menor. Os especialistas afirmaram, porém, que os níveis de BPA encontrados em humanos são baixos, indicando que o químico é rapidamente metabolizado e eliminado pela urina.
Médicos conscientes
“O problema é que estamos expostos a uma contaminação contínua e há uma ação combinada do bisfenol com outros desreguladores endócrinos presentes no cotidiano, como agrotóxicos e até o fitoestrógeno da soja. Não se sabe até que ponto um pode potencializar o outro”, afirma a médica Ieda Verreschi, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo. A entidade promoveu no final de 2010 um fórum sobre o assunto e lançou a campanha Diga Não ao Bisfenol A, a Vida Não Tem Plano B. Segundo Dra. Ieda, há indícios de que os desreguladores endócrinos são perigosos mesmo em concentrações inferiores ao limite permitido pela legislação. “Nesse caso, vale o princípio da precaução. Devemos considerar o bisfenol como potencialmente perigoso até provar o contrário.”
Bem, a ANVISA afirma que não há estudos suficientes para proibir a utilização do mesmo na fabricação de determinados plásticos. Mas a União Européia foi um pouco cautelosa e proibiu pelo menos em mamadeiras. O que já é um avanço !
Atualidade
Essa semana um jornal de Brasília me procurou pra uma entrevista sobre o tema, sendo assim fiz uma busca sobre o que havia de mais atual sobre Bisfenol. Até o momento em 2011 (sim, 2011) foram publicados na maior base de dados (Pubmed) "somente" 17 artigos sobre o Bisfenol: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=bisphenol
Quase que semanalmente estão publicando estudos sobre BPA.
Os mais recentes mostram correlação entre BPA e desenvolvimento de hiperatividade e déficit de atenção em filhotes de ratas expostas a baixas doses de BPA durante a gestação.
Artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21277317
Outro estudo mostra que que exposição ao BPA durante a gestação e lactação leva a alterações morfológicas no cérebro dos filhotes e com isso alterações comportamentais na fase adulta.
Artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21277127
A faculdade de Harvard publicou um artigo sobre BPA e saúde de crianças e afirmam categoricamente que apesar de AINDA não existirem estudos em humanos, os estudos em animais mostram alterações. Portanto o BPA é uma substância preocupante e profissionais de saúde devem orientar os pacientes a evitarem exposição.
Artigo: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21293273
Dicas para evitar exposição ao BPA
1 – Use mamadeiras e utensílios de vidro ou bpa free para os bebês
2 – Não esquente embalagens de plástico com bebidas e alimentos no microondas. O bisfenol é liberado em maiores quantidades quando o plástico é aquecido.
3 – Evite o consumo de alimentos e bebidas enlatadas, pois o bisfenol é utilizado como resina époxi no revestimento destas embalagens.
4 – Evite pratos, copos e outros utensílios de plástico. Opte pelo vidro, porcelana e aço inoxidável na hora de armazenar bebidas e alimentos.
5 – Descarte utensílios de plástico lascados ou arranhados. Evite lavá-los com detergentes fortes ou colocá-los na máquina de lavar louças
6 – Caso utilize embalagens plásticas (tanto de garrafas quanto embalagens alimentares) evitar o uso de embalagens que tenham os símbolos de reciclagem 3 (V) e 7 (PC) na parte posterior da embalagem, eles podem conter bisfenol-A em sua composição .
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
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Medicamento 'a base de curry' pode ajudar na recuperação de AVC
Testes realizados com cobaias animais sugerem que um novo medicamento híbrido, fabricado em parte com curry, pode ajudar a regenerar os neurônios depois de um acidente vascular cerebral (AVC), indicaram pesquisadores americanos nesta quinta-feira.
O composto molecular do curry contém curcumina, um pigmento natural de cor amarela extraído do açafrão (Curcuma longa ou açafrão-da-terra) muito popular no sudeste asiático e no Oriente Médio.
Testes em humanos com o medicamento, que restaura as ligações que alimentam os neurônios, poderão ter início em breve, de acordo com o cientista Paul Lapchak, do conceituado centro médico Cedars-Sinai.
A nova droga não ataca os coágulos que provocam o AVC, mas, quando administrada durante uma hora EM coelhos (que seria equivalente a três horas para humanos), "reduziu os 'déficits motores' - problemas musculares e de coordenação motora - provocados pelo derrame", segundo o estudo.
O composto híbrido, chamado de CNB-001, "atravessa a barreira hematoencefálica, é rapidamente distribuído no cérebro e regula uma série de mecanismos cruciais envolvidos na sobrevivência dos neurônios", explica Lapchak.
O especialista apresentou suas conclusões no Congresso sobre Acidentes Vasculares Cerebrais da Associação Internacional do Coração.
Lapchak destaca que o tempero em si não apresenta os benefícios do medicamento, uma vez que não é bem absorvido pelo organismo e não é capaz de atingir seu objetivo em altas concentrações.
Além disso, sua entrada no cérebro é naturalmente bloqueada pelo mecanismo de proteção conhecido como barreira hematoencefálica, que filtra as substâncias que chegam ao sistema nervoso central através da corrente sanguínea.
Conhecido como ativador do plasminogênio tecidual (tPA), a substância é injetada diretamente na veia para dissolver coágulos e restituir o fluxo sanguíneo.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/02/medicamento-base-de-curry-pode-ajudar-na-recuperacao-de-avc.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
O composto molecular do curry contém curcumina, um pigmento natural de cor amarela extraído do açafrão (Curcuma longa ou açafrão-da-terra) muito popular no sudeste asiático e no Oriente Médio.
Testes em humanos com o medicamento, que restaura as ligações que alimentam os neurônios, poderão ter início em breve, de acordo com o cientista Paul Lapchak, do conceituado centro médico Cedars-Sinai.
A nova droga não ataca os coágulos que provocam o AVC, mas, quando administrada durante uma hora EM coelhos (que seria equivalente a três horas para humanos), "reduziu os 'déficits motores' - problemas musculares e de coordenação motora - provocados pelo derrame", segundo o estudo.
O composto híbrido, chamado de CNB-001, "atravessa a barreira hematoencefálica, é rapidamente distribuído no cérebro e regula uma série de mecanismos cruciais envolvidos na sobrevivência dos neurônios", explica Lapchak.
O especialista apresentou suas conclusões no Congresso sobre Acidentes Vasculares Cerebrais da Associação Internacional do Coração.
Lapchak destaca que o tempero em si não apresenta os benefícios do medicamento, uma vez que não é bem absorvido pelo organismo e não é capaz de atingir seu objetivo em altas concentrações.
Além disso, sua entrada no cérebro é naturalmente bloqueada pelo mecanismo de proteção conhecido como barreira hematoencefálica, que filtra as substâncias que chegam ao sistema nervoso central através da corrente sanguínea.
Conhecido como ativador do plasminogênio tecidual (tPA), a substância é injetada diretamente na veia para dissolver coágulos e restituir o fluxo sanguíneo.
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/02/medicamento-base-de-curry-pode-ajudar-na-recuperacao-de-avc.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
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Dr. Frederico Lobo
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Ar condicionado dobra risco de sintomas da síndrome do olho seco
Olhos vermelhos, ardência, coceira e visão borrada são os sintomas da síndrome do olho seco que está lotando os consultórios. De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Queiroz Neto, na última semana o número de pacientes com sintomas de olho seco dobrou. Não é para menos.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que a incidência da síndrome salta de 10% para 20% no verão entre trabalhadores que abusam do ar condicionado em ambientes fechados e sem ventilação. Nessas condições, o ar se torna muito seco e até quem tem produção normal de lágrima pode sentir algum desconforto ocular, afirma Neto. O problema, ressalta, é que a exposição diária ao ar seco pode fazer com que este incômodo progrida para uma alteração crônica do filme lacrimal.
O especialista explica que a síndrome do olho seco é a mudança da qualidade ou quantidade em uma das três camadas da lágrima – oleosa (externa), aquosa (intermediária) e protéica (interna). A baixa umidade dos ambientes refrigerados, observa, provoca a evaporação da camada aquosa. Sem lubrificação, os olhos ficam mais vulneráveis a inflamações e infecções. Para piorar, dados da OMS mostram que a higiene precária do ar condicionado facilita a proliferação de vírus, bactérias e fungos em 30% das empresas instaladas no Brasil.
“É isso que explica porque a conjuntivite representa uma das principais causas de afastamento do trabalho durante o verão”, afirma.
Fatores de risco
Queiroz Neto diz que o olho seco pode acometer tanto homens como mulheres, mas a população feminina tem duas vezes mais chance de ter o problema. Isso porque, a síndrome pode estar relacionada às oscilações no nível do estrogênio durante a fase reprodutiva e à falta dele na pós menopausa.
“Blefarite intermitente (inflamação da pálpebra) pode ocorrer por falta de testosterona na região palpebral que interfere no funcionamento da glândula que secreta a lágrima”, explica.
Além do ar seco e alterações hormonais, o médico aponta como fatores de risco:
Medicamentos: Descongestionantes, anti-histamínicos, tranquilizantes antidepressivos, diuréticos, pílula anticoncepcional, anestésicos, beta bloqueadores, anticolinérgicos.
Doenças: Artrite, lúpus, sarcoidose, Síndrome de Sjögren, alergias e Parkinson
Lente de Contato: Hidrofílicas que se hidratam da lágrima
Idade: A partir de 65 anos nossos olhos reduzem em 60% a produção lacrimal
Excesso de lágrima artificial irrita os olhos
O único colírio indicado na terapia de olho seco é a lágrima artificial. Ao contrário do que muitos imaginam não é um medicamento inofensivo. O oftalmologista conta que alguns pacientes instilam este tipo de colírio até 10 vezes ao dia quando a indicação é de 4 vezes. O excesso provoca irritação por causa dos conservantes.
“Como diz o ditado – a diferença entre veneno e remédio é a dose”, afirma. Nem a lágrima artificial é só uma “aguinha” e é necessário analisar a lágrima para indicar o tratamento correto. Para olho seco evaporativo são indicadas fórmulas mais aquosas. Para deficiência na produção da lágrima, as fórmulas são viscosas, esclarece.
Quando a produção lacrimal é prejudicada por blefarite intermitente o tratamento pode ser feito com um creme que contém testosterona. Em casos de inflamações mais graves, destaca, pode ser indicada cortisona ou ciclosporina, um supressor imunológico. A medicação adequada depende sempre da avaliação médica.
“Usar colírio por conta própria pode causar doenças graves como a catarata e o glaucoma que podem levar à cegueira”, adverte.
O tratamento de olho seco severo, destaca, pode exigir o enxerto de plugs provisórios ou permanentes para ocluir o canal da lágrima.
Dicas de prevenção
O especialista diz que para estimular a produção lacrimal, a recomendação é evitar o consumo de carne bovina, gorduras e carboidratos. O primeiro passo para melhorar a lubrificação dos olhos é beber 2 litros de água ao dia. A alimentação deve incluir as fontes de ácidos graxos encontrados na semente de linhaça, óleo de peixes e amêndoas, além de frutas, verduras e legumes ricos em vitaminas A e E.
Nas atividades que exigem concentração visual como o uso de computador ele diz que as dicas são: posicionar a tela 30 graus abaixo da linha dos olhos, fazer pausas de cinco minutos a cada hora de trabalho e piscar voluntariamente.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/02/10/ar-condicionado-dobra-risco-de-sintomas-da-sindrome-do-olho-seco/
A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que a incidência da síndrome salta de 10% para 20% no verão entre trabalhadores que abusam do ar condicionado em ambientes fechados e sem ventilação. Nessas condições, o ar se torna muito seco e até quem tem produção normal de lágrima pode sentir algum desconforto ocular, afirma Neto. O problema, ressalta, é que a exposição diária ao ar seco pode fazer com que este incômodo progrida para uma alteração crônica do filme lacrimal.
O especialista explica que a síndrome do olho seco é a mudança da qualidade ou quantidade em uma das três camadas da lágrima – oleosa (externa), aquosa (intermediária) e protéica (interna). A baixa umidade dos ambientes refrigerados, observa, provoca a evaporação da camada aquosa. Sem lubrificação, os olhos ficam mais vulneráveis a inflamações e infecções. Para piorar, dados da OMS mostram que a higiene precária do ar condicionado facilita a proliferação de vírus, bactérias e fungos em 30% das empresas instaladas no Brasil.
“É isso que explica porque a conjuntivite representa uma das principais causas de afastamento do trabalho durante o verão”, afirma.
Fatores de risco
Queiroz Neto diz que o olho seco pode acometer tanto homens como mulheres, mas a população feminina tem duas vezes mais chance de ter o problema. Isso porque, a síndrome pode estar relacionada às oscilações no nível do estrogênio durante a fase reprodutiva e à falta dele na pós menopausa.
“Blefarite intermitente (inflamação da pálpebra) pode ocorrer por falta de testosterona na região palpebral que interfere no funcionamento da glândula que secreta a lágrima”, explica.
Além do ar seco e alterações hormonais, o médico aponta como fatores de risco:
Medicamentos: Descongestionantes, anti-histamínicos, tranquilizantes antidepressivos, diuréticos, pílula anticoncepcional, anestésicos, beta bloqueadores, anticolinérgicos.
Doenças: Artrite, lúpus, sarcoidose, Síndrome de Sjögren, alergias e Parkinson
Lente de Contato: Hidrofílicas que se hidratam da lágrima
Idade: A partir de 65 anos nossos olhos reduzem em 60% a produção lacrimal
Excesso de lágrima artificial irrita os olhos
O único colírio indicado na terapia de olho seco é a lágrima artificial. Ao contrário do que muitos imaginam não é um medicamento inofensivo. O oftalmologista conta que alguns pacientes instilam este tipo de colírio até 10 vezes ao dia quando a indicação é de 4 vezes. O excesso provoca irritação por causa dos conservantes.
“Como diz o ditado – a diferença entre veneno e remédio é a dose”, afirma. Nem a lágrima artificial é só uma “aguinha” e é necessário analisar a lágrima para indicar o tratamento correto. Para olho seco evaporativo são indicadas fórmulas mais aquosas. Para deficiência na produção da lágrima, as fórmulas são viscosas, esclarece.
Quando a produção lacrimal é prejudicada por blefarite intermitente o tratamento pode ser feito com um creme que contém testosterona. Em casos de inflamações mais graves, destaca, pode ser indicada cortisona ou ciclosporina, um supressor imunológico. A medicação adequada depende sempre da avaliação médica.
“Usar colírio por conta própria pode causar doenças graves como a catarata e o glaucoma que podem levar à cegueira”, adverte.
O tratamento de olho seco severo, destaca, pode exigir o enxerto de plugs provisórios ou permanentes para ocluir o canal da lágrima.
Dicas de prevenção
O especialista diz que para estimular a produção lacrimal, a recomendação é evitar o consumo de carne bovina, gorduras e carboidratos. O primeiro passo para melhorar a lubrificação dos olhos é beber 2 litros de água ao dia. A alimentação deve incluir as fontes de ácidos graxos encontrados na semente de linhaça, óleo de peixes e amêndoas, além de frutas, verduras e legumes ricos em vitaminas A e E.
Nas atividades que exigem concentração visual como o uso de computador ele diz que as dicas são: posicionar a tela 30 graus abaixo da linha dos olhos, fazer pausas de cinco minutos a cada hora de trabalho e piscar voluntariamente.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/02/10/ar-condicionado-dobra-risco-de-sintomas-da-sindrome-do-olho-seco/
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Dr. Frederico Lobo
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Chá verde e chá branco
Muito se fala sobre as propriedades funcionais do chá branco e verde, mas qual é a real diferença entre eles?
Tanto o chá verde, quanto o chá branco são produzidos a partir de um processo químico de oxidação (incorretamente chamado de fermentação) das folhas de uma planta chamada Camelia Sinensis.
Entretanto, a diferença entre esses dois chás é que o branco é colhido quando as folhas ainda estão bem jovens, ou seja, o que distingue um chá do outro é quando as folhas da planta são colhidas.
Além disso, os estudos comprovam que essas catequinas do chá branco são mais ativas que as catequinas de outros chás. Portanto, acredita-se que, por apresentarem maior concentração de catequinas, seu efeito é mais potente. Porém, vale ressaltar que os estudos sobre o consumo de chá branco em humanos são escassos.
As catequinas presentes nos chás obtidos da Camelia Sinensis são consideradas potentes antioxidantes e antiinflamatórios, pois inibem a ativação do fator NF-kB, que é um ativador da inflamação. Por isso, o consumo regular de chá verde oferece diversos efeitos protetores ao organismo, devido à redução do processo inflamatório de uma maneira geral.
Os estudos indicam que o consumo ideal de chá verde para garantir os benefícios das catequinas é de 4 a 5 xícaras ao dia. Porém, é importante lembrar que ele nunca deve ser reaquecido.
Ação anti-cancerígena do chá verde
Muitos estudos sugerem que o consumo de chá verde está relacionado com a diminuição do risco de diversos tipos de cânceres.
Uma meta-análise publicada em 2006 que avaliou estudos epidemiológicos encontrou que o consumo elevado do chá verde (> 5 xícaras/dia) foi associado com uma redução de 20% no risco de câncer de mama (risco relativo = 0,78, 95% intervalo de confiança [IC], 0,61 a 0,98).
Outra meta-análise também publicada em 2006 encontrou que o alto consumo de chá verde foi associado com uma redução de 18% no risco de câncer colorretal (risco relativo = 0,82; 95% IC, 0,69-0,98).
Os resultados mostraram que o grupo tratado apresentou redução significativa no peso corporal, índice de massa corporal, massa gorda e circunferência da cintura e do quadril (p < 0,05).
Um estudo de coorte prospectivo com mais de 40.000 adultos japoneses mostrou que o consumo de chá verde foi inversamente associado com a mortalidade por doença cardiovascular. As mulheres que consumiram cinco ou mais xícaras/dia apresentaram 31% menos mortalidade por doença cardiovascular.
Um estudo duplo-cego randomizado controlado por placebo com 240 adultos chineses com hipercolesterolemia leve a moderada analisou a suplementação diária do extrato de chá-verde enriquecido com teaflavina. O grupo suplementado apresentou redução de 16,4% nos níveis de LDL (lipoproteína de baixa densidade) e em 11,3% nos níveis de colesterol total em comparação com o grupo placebo.
Obs: Muitos pacientes me perguntam:
1) Dr, como preparo o chá verde?
2) Dr, o chá verde em saquinho tem efeito ??
3) Dr, qual é melhor , cápsula de chá verde ou o chá in natura ?
1 litro de água filtrada
1 rama de canela ou erva doce
Ferver de preferência em uma chaleira por no mínimo 5 minutos, até no máximo 10 minutos. Se for possível mexer com uma colher de pau.
Desligar o fogo, esperar esfriar um pouco e começar a tomar. Pode ser armazenado na geladeira por até 24 horas. Mas geralmente indo o seguinte: fazer cedo e tomar até as 14:00.
Atenção, evite de ingeri-lo próximo às refeições ou após pois os polifenóis impedem a absorção de cálcio, magnésio, ferro e zinco.
Para ler mais sobre o preparo: http://www.scielo.br/pdf/cta/v30s1/29.pdf
2 - Chá verde em sachê
Eu prefiro comprar o chá verde orgânico da mãe terra, a quantidade de chá verde no sachê é pouca, portanto faz-se necessário utilizar vários sachês.
3 - Cápsulas (extrato) ou in natura
Existem estudos comparativos e cada um tem suas vantagens. A cápsula tem a questão da comodidade, praticidade, porém o chá in natura (quando adicionado outras ervas ou sucos) pode ser saboroso e uma forma de aumentar a ingestão de água (algo muito comum entre meus pacientes, principalmente mulheres). Portanto estimulo o uso do chá in natura.
Apenas a título de curiosidade:
Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
Tanto o chá verde, quanto o chá branco são produzidos a partir de um processo químico de oxidação (incorretamente chamado de fermentação) das folhas de uma planta chamada Camelia Sinensis.
Entretanto, a diferença entre esses dois chás é que o branco é colhido quando as folhas ainda estão bem jovens, ou seja, o que distingue um chá do outro é quando as folhas da planta são colhidas.
As pesquisas indicam que o chá branco, por ter folhas mais jovens, possui maior concentração de catequinas, que são as principais substâncias ativas do chá branco e do chá verde.
Além disso, os estudos comprovam que essas catequinas do chá branco são mais ativas que as catequinas de outros chás. Portanto, acredita-se que, por apresentarem maior concentração de catequinas, seu efeito é mais potente. Porém, vale ressaltar que os estudos sobre o consumo de chá branco em humanos são escassos.
A maior parte dos estudos descrevem fitoquímicos presentes no Chá verde. Como já foi dito acima, consiste em um produto obtido a partir da planta Camellia sinensis, contém mais de 200 compostos, em que os mais conhecidos e mais abundantes são os polifenóis. Estes incluem:
- Epicatequinas (EC),
- Epigalocatequinas (EGC),
- Epicatequina-3-galato (ECG),
- Epigalocatequina-3-galato (EGCG)
As catequinas presentes nos chás obtidos da Camelia Sinensis são consideradas potentes antioxidantes e antiinflamatórios, pois inibem a ativação do fator NF-kB, que é um ativador da inflamação. Por isso, o consumo regular de chá verde oferece diversos efeitos protetores ao organismo, devido à redução do processo inflamatório de uma maneira geral.
Os estudos indicam que o consumo ideal de chá verde para garantir os benefícios das catequinas é de 4 a 5 xícaras ao dia. Porém, é importante lembrar que ele nunca deve ser reaquecido.
Ação anti-cancerígena do chá verde
Muitos estudos sugerem que o consumo de chá verde está relacionado com a diminuição do risco de diversos tipos de cânceres.
Uma meta-análise publicada em 2006 que avaliou estudos epidemiológicos encontrou que o consumo elevado do chá verde (> 5 xícaras/dia) foi associado com uma redução de 20% no risco de câncer de mama (risco relativo = 0,78, 95% intervalo de confiança [IC], 0,61 a 0,98).
Outra meta-análise também publicada em 2006 encontrou que o alto consumo de chá verde foi associado com uma redução de 18% no risco de câncer colorretal (risco relativo = 0,82; 95% IC, 0,69-0,98).
Outros estudos avaliaram a relação entre o chá verde e câncer de próstata. Um estudo científico controlado acompanhou 60 pacientes com neoplasia intraepitelial prostática de alto grau (NIP, lesão benigna). Os pacientes foram agrupados de forma aleatória para receber durante um ano o extrato de catequinas do chá verde (200 mg, 3x/dia) ou placebo. Trinta por cento dos pacientes do grupo placebo (n=9) evoluíram para o câncer de próstata, enquanto que no grupo chá verde foi de apenas 3% (n=1). Um estudo epidemiológico com cerca de 50.000 homens japoneses mostrou uma relação dose-dependente entre o consumo de chá verde e redução no risco de câncer de próstata avançado.
Ação no Sobrepeso/Obesidade
Estudos clínicos têm analisado o efeito do chá verde na perda e na manutenção do peso. Um estudo duplo-cego e controlado comparou os efeitos da ingestão do extrato de chá verde em 240 adultos japoneses obesos.
Os resultados mostraram que o grupo tratado apresentou redução significativa no peso corporal, índice de massa corporal, massa gorda e circunferência da cintura e do quadril (p < 0,05).
Ação nas doenças cardiovasculares
Estudos epidemiológicos sugerem que a ingestão de chá verde está associada a um menor risco de doenças cardiovasculares.
Um estudo de coorte prospectivo com mais de 40.000 adultos japoneses mostrou que o consumo de chá verde foi inversamente associado com a mortalidade por doença cardiovascular. As mulheres que consumiram cinco ou mais xícaras/dia apresentaram 31% menos mortalidade por doença cardiovascular.
Um estudo duplo-cego randomizado controlado por placebo com 240 adultos chineses com hipercolesterolemia leve a moderada analisou a suplementação diária do extrato de chá-verde enriquecido com teaflavina. O grupo suplementado apresentou redução de 16,4% nos níveis de LDL (lipoproteína de baixa densidade) e em 11,3% nos níveis de colesterol total em comparação com o grupo placebo.
Fontes:
1 - VP Consultoria Nutricional
2 - Artigo da Dra. Rita de Cássia Borges de Castro (publicado no Nutritotal)
1 - VP Consultoria Nutricional
2 - Artigo da Dra. Rita de Cássia Borges de Castro (publicado no Nutritotal)
Obs: Muitos pacientes me perguntam:
1) Dr, como preparo o chá verde?
2) Dr, o chá verde em saquinho tem efeito ??
3) Dr, qual é melhor , cápsula de chá verde ou o chá in natura ?
Bem, vamos por partes.
1 - Preparo do cháTem gente que é leiga e não sabe o que está falando quando afirma que o chá tem q ser feito em infusão. Tem estudos mostrando que infusão por até 10 minutos e manutenção em geladeira por até 24h não ocasiona perda dos polifenóis e catequinas. Portanto vai aí a dica pra preparar um chá verde saboroso:
1 colher de sobremesa de chá verde ( +- 10g)1 litro de água filtrada
1 rama de canela ou erva doce
Ferver de preferência em uma chaleira por no mínimo 5 minutos, até no máximo 10 minutos. Se for possível mexer com uma colher de pau.
Desligar o fogo, esperar esfriar um pouco e começar a tomar. Pode ser armazenado na geladeira por até 24 horas. Mas geralmente indo o seguinte: fazer cedo e tomar até as 14:00.
Atenção, evite de ingeri-lo próximo às refeições ou após pois os polifenóis impedem a absorção de cálcio, magnésio, ferro e zinco.
Para ler mais sobre o preparo: http://www.scielo.br/pdf/cta/v30s1/29.pdf
2 - Chá verde em sachê
Eu prefiro comprar o chá verde orgânico da mãe terra, a quantidade de chá verde no sachê é pouca, portanto faz-se necessário utilizar vários sachês.
3 - Cápsulas (extrato) ou in natura
Existem estudos comparativos e cada um tem suas vantagens. A cápsula tem a questão da comodidade, praticidade, porém o chá in natura (quando adicionado outras ervas ou sucos) pode ser saboroso e uma forma de aumentar a ingestão de água (algo muito comum entre meus pacientes, principalmente mulheres). Portanto estimulo o uso do chá in natura.
Apenas a título de curiosidade:
- Obesidade: o chá in natura tem efeito maior que o extrato, mas o efeito no índice de massa corpórea (IMC) é igual para os dois.
- A pressão arterial diastólica reduziu nos dois.
- Triglicerídeos reduziram com o chá in natura e não reduziram tanto com o extrato.
Dr. Frederico Lobo
Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
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Pesquisa conclui que o consumo de brócolis combate inflamações respiratórias
Pesquisadores da University of California – Los Angeles, UCLA, relatam que um composto naturalmente encontrado em crucíferos, como brócolis e outros vegetais, pode ajudar a proteger contra inflamações respiratórias, que provocam asma, rinite alérgica e doença pulmonar obstrutiva crônica.
Publicada na edição de março da revista Clinical Immunology, a pesquisa mostra que sulforaphane, um produto químico no brócolis, desencadeia um aumento de enzimas antioxidantes nas vias respiratórias humanas, oferecendo proteção contra o ataque dos radicais livres que respiramos diariamente com o ar poluído , pólen, escape de diesel e fumo do tabaco.
“Este é um dos primeiros estudos mostrando que brócolis, amplamente disponível como fonte alimentar , ofereceu potentes efeitos biológicos para estimular uma resposta antioxidante em seres humanos”, disse o Dr. Marc Riedl, pesquisador líder do estudo e professor assistente de Imunologia Clínica e Alergia na David Geffen School of Medicine, da UCLA.
“Encontramos de duas a três vezes mais enzimas antioxidantes nas celular da via aérea nasal nos participantes do estudo, que tinham comido uma preparação de brócolis”, diz Riedl. “Essa estratégia pode oferecer proteção contra processos inflamatórios e poderia conduzir a potenciais tratamentos para uma variedade de condições respiratórias.”
A equipe trabalhou com 65 voluntários, que foram dadas diferentes doses orais de alfafa ou brócolis. Brócolis é a mais rica fonte natural de sulforaphane e a alfafa, que não contêm o composto, serviu como um placebo.
Lavagens de fossas nasais foram coletadas no início e no final do estudo para avaliar a expressão gênica de enzimas antioxidantes em células das vias aéreas superiores. Os investigadores encontraram um aumento significativo das enzimas antioxidantes nos que consumiram brócolis, em doses de 100 gramas ou mais, em comparação com o grupo placebo.
A dose máxima de 200 gramas gerou um aumento de 101% de uma enzima antioxidante chamada GSTP1 e um aumento de 199% outra enzima chamada NQO1.
“Uma grande vantagem do sulforaphane é que ele parece aumentar uma ampla gama de enzimas antioxidantes, compostos que podem ajudar a sua eficácia em bloquear os efeitos nocivos da poluição do ar”, disse Riedl.
Segundo os autores, não foram identificados efeitos colaterais graves nos participantes do estudo, demonstrando que esta pode ser uma forma eficaz, segura de estratégia de estimula antioxidante, para ajudar a reduzir o impacto inflamatórias dos radicais livres.
O estudo não permite identificar uma posologia específica mas, ainda assim, os pesquisadores destacam a recomendação do consumo diário de crucíferos, incluindo brócolis e outros vegetais, como parte de uma dieta saudável.
O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health, pelo National Institute of Environmental Health Sciences e pela U.S. Environmental Protection Agency (EPA).
O artigo “Oral sulforaphane increases Phase II antioxidant enzymes in the human upper airway“, publicado na revista Clinical Immunology, Volume 130, Issue 3, March 2009, Pages 244-251, apenas está disponível para assinantes.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2009/03/05/pesquisa-conclui-que-o-consumo-de-brocolis-combate-inflamacoes-respiratorias/
Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
Publicada na edição de março da revista Clinical Immunology, a pesquisa mostra que sulforaphane, um produto químico no brócolis, desencadeia um aumento de enzimas antioxidantes nas vias respiratórias humanas, oferecendo proteção contra o ataque dos radicais livres que respiramos diariamente com o ar poluído , pólen, escape de diesel e fumo do tabaco.
“Este é um dos primeiros estudos mostrando que brócolis, amplamente disponível como fonte alimentar , ofereceu potentes efeitos biológicos para estimular uma resposta antioxidante em seres humanos”, disse o Dr. Marc Riedl, pesquisador líder do estudo e professor assistente de Imunologia Clínica e Alergia na David Geffen School of Medicine, da UCLA.
“Encontramos de duas a três vezes mais enzimas antioxidantes nas celular da via aérea nasal nos participantes do estudo, que tinham comido uma preparação de brócolis”, diz Riedl. “Essa estratégia pode oferecer proteção contra processos inflamatórios e poderia conduzir a potenciais tratamentos para uma variedade de condições respiratórias.”
A equipe trabalhou com 65 voluntários, que foram dadas diferentes doses orais de alfafa ou brócolis. Brócolis é a mais rica fonte natural de sulforaphane e a alfafa, que não contêm o composto, serviu como um placebo.
Lavagens de fossas nasais foram coletadas no início e no final do estudo para avaliar a expressão gênica de enzimas antioxidantes em células das vias aéreas superiores. Os investigadores encontraram um aumento significativo das enzimas antioxidantes nos que consumiram brócolis, em doses de 100 gramas ou mais, em comparação com o grupo placebo.
A dose máxima de 200 gramas gerou um aumento de 101% de uma enzima antioxidante chamada GSTP1 e um aumento de 199% outra enzima chamada NQO1.
“Uma grande vantagem do sulforaphane é que ele parece aumentar uma ampla gama de enzimas antioxidantes, compostos que podem ajudar a sua eficácia em bloquear os efeitos nocivos da poluição do ar”, disse Riedl.
Segundo os autores, não foram identificados efeitos colaterais graves nos participantes do estudo, demonstrando que esta pode ser uma forma eficaz, segura de estratégia de estimula antioxidante, para ajudar a reduzir o impacto inflamatórias dos radicais livres.
O estudo não permite identificar uma posologia específica mas, ainda assim, os pesquisadores destacam a recomendação do consumo diário de crucíferos, incluindo brócolis e outros vegetais, como parte de uma dieta saudável.
O estudo foi financiado pelo National Institutes of Health, pelo National Institute of Environmental Health Sciences e pela U.S. Environmental Protection Agency (EPA).
O artigo “Oral sulforaphane increases Phase II antioxidant enzymes in the human upper airway“, publicado na revista Clinical Immunology, Volume 130, Issue 3, March 2009, Pages 244-251, apenas está disponível para assinantes.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2009/03/05/pesquisa-conclui-que-o-consumo-de-brocolis-combate-inflamacoes-respiratorias/
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brócolis; sulforafano
Cozinhar demais o brócolis pode destruir suas substâncias benéficas
O brócolis é fonte de cálcio (a melhor dentre os vegetais, por ter um cálcio com boa biodisponibilidade) e contêm substâncias com potentes propriedades anticancerígenas. Essa substância é denominada de Sulforafano e estudos têm evidenciado que ele pode ser um agente extremamente potente contra o câncer.
Além disso o sulforafano também tem propriedades anti-inflamatórias, que são vistas com interesse pelos cientistas por sua capacidade de combater os efeitos de muitas doenças crônicas que acompanham a obesidade e o envelhecimento.
Entretanto, cozinhá-lo da forma errada pode destruir a enzima que fornece o Sulforafano.
“O brócolis, preparado corretamente, é um agente anti-câncer extremamente potente – três a cinco porções por semana já são suficientes para causar efeito. Mas, para conseguir os benefícios do brócolis, a enzima mirosinase tem que estar presente; se ela não está lá, o sulforafano, componente preventivo do câncer e anti-inflamatório, não é formado”, diz Elizabeth Jeffery da Universidade de Illinois (EUA). O correto é cozinhar o vegetal no vapor de 2 a 4 minutos. Assim a enzima e os demais nutrientes o brócolis são mantidos.
A parte do brócolis mais abundante em mirosinase são os brotos da planta, que podem ser incluídos na dieta de diversas formas. Os brotos do brócolis quando ingeridos com as outras partes da planta potencializam os efeitos benéficos, já que assim os níveis das substâncias que previnem o câncer ficam mais altos.
O brócolis também traz benefícios para diabéticos e evita dandos nos rins e retina.
Fonte: http://www.upi.com/Health_News/2011/02/06/Overcooking-broccoli-hurts-health-benefit/UPI-16591296968434/
Além disso o sulforafano também tem propriedades anti-inflamatórias, que são vistas com interesse pelos cientistas por sua capacidade de combater os efeitos de muitas doenças crônicas que acompanham a obesidade e o envelhecimento.
Entretanto, cozinhá-lo da forma errada pode destruir a enzima que fornece o Sulforafano.
“O brócolis, preparado corretamente, é um agente anti-câncer extremamente potente – três a cinco porções por semana já são suficientes para causar efeito. Mas, para conseguir os benefícios do brócolis, a enzima mirosinase tem que estar presente; se ela não está lá, o sulforafano, componente preventivo do câncer e anti-inflamatório, não é formado”, diz Elizabeth Jeffery da Universidade de Illinois (EUA). O correto é cozinhar o vegetal no vapor de 2 a 4 minutos. Assim a enzima e os demais nutrientes o brócolis são mantidos.
A parte do brócolis mais abundante em mirosinase são os brotos da planta, que podem ser incluídos na dieta de diversas formas. Os brotos do brócolis quando ingeridos com as outras partes da planta potencializam os efeitos benéficos, já que assim os níveis das substâncias que previnem o câncer ficam mais altos.
O brócolis também traz benefícios para diabéticos e evita dandos nos rins e retina.
Fonte: http://www.upi.com/Health_News/2011/02/06/Overcooking-broccoli-hurts-health-benefit/UPI-16591296968434/
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Acupuntura e exercícios são benéficos para portadoras de síndrome do ovário policistíco (SOP)
A síndrome do ovário policístico afeta de 20% a 30% das mulheres que estão na idade fértil.
A síndrome faz com que os ovários produzam mais testosterona, podendo causar acne, obesidade e um crescimento incomum de pelos no corpo.
Além disso, ela também pode fazer com que a ovulação e a menstruação da mulher sejam irregulares.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Gothenburg (Suécia) dividiu as participantes de um estudo em três grupos. As mulheres do primeiro tiveram sessões de acupuntura onde as agulhas eram estimuladas manualmente e com correntes elétricas fracas. O segundo grupo recebeu instruções de se exercitar três vezes por semana e o terceiro funcionou como grupo controle.
Os resultados mostraram que houve redução no nível de testosterona nas mulheres que se exercitaram e também naquelas que tiveram as sessões de acupuntura.
Outra melhora que houve no quadro geral das participantes foi que os ciclos menstruais das mulheres desses grupos ficaram mais regulares. Dos dois tratamentos, a acupuntura foi o mais eficaz.
Fonte: http://www.eurekalert.org/pub_releases/2011-02/uog-wwp020711.php
A síndrome faz com que os ovários produzam mais testosterona, podendo causar acne, obesidade e um crescimento incomum de pelos no corpo.
Além disso, ela também pode fazer com que a ovulação e a menstruação da mulher sejam irregulares.
Uma equipe de cientistas da Universidade de Gothenburg (Suécia) dividiu as participantes de um estudo em três grupos. As mulheres do primeiro tiveram sessões de acupuntura onde as agulhas eram estimuladas manualmente e com correntes elétricas fracas. O segundo grupo recebeu instruções de se exercitar três vezes por semana e o terceiro funcionou como grupo controle.
Os resultados mostraram que houve redução no nível de testosterona nas mulheres que se exercitaram e também naquelas que tiveram as sessões de acupuntura.
Outra melhora que houve no quadro geral das participantes foi que os ciclos menstruais das mulheres desses grupos ficaram mais regulares. Dos dois tratamentos, a acupuntura foi o mais eficaz.
Fonte: http://www.eurekalert.org/pub_releases/2011-02/uog-wwp020711.php
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Refrigerante diet pode aumentar chances de doenças vasculares
O consumo de refrigerante diet - que não tem açúcar na fórmula - pode trazer um risco muito maior de doenças vasculares em comparação com aqueles que não bebem refrigerante, de acordo com uma pesquisa apresentada na Conferência Internacional de Derrame de 2001, da Associação Americana de Derrame.
Em pesquisas envolvendo 2.564 pessoas no Northern Manhattan Study (NOMAS) da Universidade de Columbia, cientistas apontaram que pessoas que beberam refrigerante diet todos os dias apresentaram um risco 61% maior de doenças vasculares do que aqueles que relataram não beber refrigerante.
Sal. Em uma pesquisa separada com 2.657 participantes também no NOMAS, cientistas descobriram que a ingestão elevada de sal, independente da hipertensão, foi associada a um aumento significante no risco de acidente vascular cerebral isquêmico (quando um vaso sanguíneo é bloqueado e corta o fluxo de sangue para o cérebro).
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,refrigerante-diet-pode-aumentar-chances-de-doencas-vasculares,677402,0.htm
Segundo o estudo, as pessoas que consumiram mais de 4.000 miligramas de sódio por dia tinham mais que o dobro do risco de AVC em comparação com aqueles que consomem menos de 1.500 mg por dia.
Em pesquisas envolvendo 2.564 pessoas no Northern Manhattan Study (NOMAS) da Universidade de Columbia, cientistas apontaram que pessoas que beberam refrigerante diet todos os dias apresentaram um risco 61% maior de doenças vasculares do que aqueles que relataram não beber refrigerante.
Sal. Em uma pesquisa separada com 2.657 participantes também no NOMAS, cientistas descobriram que a ingestão elevada de sal, independente da hipertensão, foi associada a um aumento significante no risco de acidente vascular cerebral isquêmico (quando um vaso sanguíneo é bloqueado e corta o fluxo de sangue para o cérebro).
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,refrigerante-diet-pode-aumentar-chances-de-doencas-vasculares,677402,0.htm
Segundo o estudo, as pessoas que consumiram mais de 4.000 miligramas de sódio por dia tinham mais que o dobro do risco de AVC em comparação com aqueles que consomem menos de 1.500 mg por dia.
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Romã - Excelente fonte de antioxidantes
Considerada desde o império romano como um símbolo de riqueza, a romã contém, entre os diversos compostos bioativos, as antocianinas. Assim como a vitamina C, vitamina E e o betacaroteno, por terem deficiência de elétrons, as antocianinas captam facilmente os radicais livres.
Esses radicais, se produzidos ou absorvidos em excesso, aumentam os riscos para doenças como hipertensão, cataratas, artrite e envelhecimento precoce.
Isso pode ocorrer principalmente quando há demasiada ingestão de bebidas alcoólicas, estresse intenso e muita exposição à poluição, ao tabaco e ao Sol, situações que danificam as células saudáveis.
De acordo com estudos da Universidade de Baroda, na Índia, o fruto tem três vezes mais capacidade antioxidante do que o vinho e o chá verde. Não é por acaso que os povos árabes acreditavam em suas propriedades para fins medicinais.
Compostos da romã
Agora, a Embrapa, juntamente com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está tentando desenvolver novas técnicas para o aproveitamento desses elementos da fruta.
O mercado para a romã no Brasil tem crescido consistentemente, o que tem ampliado as áreas cultivadas com o fruto.
A pesquisadora Regina Isabel Nogueira, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro), espera obter a antocianina e outros compostos bioativos concentrando-os e estabilizando-os por microencapsulação por um processo chamado spray drier.
Nesse processo, pequenas gotas de material líquido são recobertas com um fino filme protetor.
Os materiais microencapsulados (material ativo ou núcleo) são envoltos num material formador de filme (material de parede ou agente encapsulante) onde cápsulas extremamente pequenas podem liberar o conteúdo de forma controlada e sob condições específicas.
Trata-se de uma tecnologia inovadora que tem sido empregada com êxito na indústria de cosméticos, farmacêutica e alimentícia.
Óleo de romã
Também será estudado o óleo obtido por prensagem das sementes da fruta com o objetivo de caracterizar o perfil dos ácidos graxos e as propriedades que possam interessar à indústria de alimentos.
A pesquisadora ainda prevê a opção de cristalizar a casca da romã, expondo-a em contato com a calda de açúcar para reduzir em até 50% o teor de água. Com isto, a fruta aumenta seu tempo de conservação e diminui seu peso e volume, gerando economia no custo de transporte, além de adocicar seu sabor levemente ácido.
Este processo, por ser muito simples, poderá despertar o interesse de produtores como uma forma de apresentar a fruta para consumo de forma semelhante à encontrada hoje por meio do gengibre cristalizado.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=antioxidantes-roma&id=6163
Obs: 2011 mal começou e a Pubmed está cheia de artigos sobre A Romã http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=pomegranate
Obs2: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
Esses radicais, se produzidos ou absorvidos em excesso, aumentam os riscos para doenças como hipertensão, cataratas, artrite e envelhecimento precoce.
Isso pode ocorrer principalmente quando há demasiada ingestão de bebidas alcoólicas, estresse intenso e muita exposição à poluição, ao tabaco e ao Sol, situações que danificam as células saudáveis.
De acordo com estudos da Universidade de Baroda, na Índia, o fruto tem três vezes mais capacidade antioxidante do que o vinho e o chá verde. Não é por acaso que os povos árabes acreditavam em suas propriedades para fins medicinais.
Compostos da romã
Agora, a Embrapa, juntamente com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está tentando desenvolver novas técnicas para o aproveitamento desses elementos da fruta.
O mercado para a romã no Brasil tem crescido consistentemente, o que tem ampliado as áreas cultivadas com o fruto.
A pesquisadora Regina Isabel Nogueira, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro), espera obter a antocianina e outros compostos bioativos concentrando-os e estabilizando-os por microencapsulação por um processo chamado spray drier.
Nesse processo, pequenas gotas de material líquido são recobertas com um fino filme protetor.
Os materiais microencapsulados (material ativo ou núcleo) são envoltos num material formador de filme (material de parede ou agente encapsulante) onde cápsulas extremamente pequenas podem liberar o conteúdo de forma controlada e sob condições específicas.
Trata-se de uma tecnologia inovadora que tem sido empregada com êxito na indústria de cosméticos, farmacêutica e alimentícia.
Óleo de romã
Também será estudado o óleo obtido por prensagem das sementes da fruta com o objetivo de caracterizar o perfil dos ácidos graxos e as propriedades que possam interessar à indústria de alimentos.
A pesquisadora ainda prevê a opção de cristalizar a casca da romã, expondo-a em contato com a calda de açúcar para reduzir em até 50% o teor de água. Com isto, a fruta aumenta seu tempo de conservação e diminui seu peso e volume, gerando economia no custo de transporte, além de adocicar seu sabor levemente ácido.
Este processo, por ser muito simples, poderá despertar o interesse de produtores como uma forma de apresentar a fruta para consumo de forma semelhante à encontrada hoje por meio do gengibre cristalizado.
Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=antioxidantes-roma&id=6163
Obs: 2011 mal começou e a Pubmed está cheia de artigos sobre A Romã http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed?term=pomegranate
Obs2: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Chocolate pode conter mais antioxidantes que suco de frutas, diz pesquisa
Cientistas vêm atribuindo aos antioxidantes - como os flavanoides, substância da classe dos polifenóis - um grande número de benefícios à saúde, entre eles a prevenção de males cardíacos, de alterações no sistema nervoso e até mesmo do surgimento de rugas.
No estudo, pesquisadores do Centro para Saúde e Nutrição da Hershey, uma companhia americana fabricante de chocolates, analisaram e compararam a capacidade antioxidante, o conteúdo total de polifenóis e o conteúdo total de flavonoides de sucos e pós de frutas, cacau em pó natural, chocolate amargo (com maior porcentagem de cacau do que o chocolate ao leite) e um pó industrializado para fazer chocolate quente.
As frutas incluídas no estudo foram açaí, romã, oxicoco (cranberry) e mirtilo (blueberry), chamadas de “superfrutas” devido às suas capacidades antioxidantes.
Debra Miller, uma das líderes da pesquisa, afirmou que, com base no valor nutritivo verificado no estudo, "as sementes de cacau devem ser consideradas uma 'superfruta' e produtos derivados do extrato de semente de cacau, como pó de cacau e chocolate escuro, como 'superalimentos'".
A pesquisa foi divulgada na publicação especializada Chemistry Central Journal.
Chocolate quente
A análise demonstrou que a capacidade antioxidante do cacau em pó foi maior do que as dos pós de mirtilo, oxicoco e de romã, na comparação por grama.
Em relação ao chocolate amargo, a análise não mostrou uma capacidade antioxidante ou presença de polifenóis significativamente maior do que a do pó de romã, mas ela foi maior do que a de todos os outros pós testados.
Mas no chocolate amargo, como no caso do pó de cacau, a presença de flavonoides foi maior do que todos os pós de frutas e o achocolatado.
Na comparação com sucos de frutas, o chocolate amargo e bebidas feitas com o pó de cacau natural mostraram ter maior total de flavanoides. No total, o chocolate só perdeu em capacidade antioxidante e total de polifenois para o suco de romã.
Os cientistas também notaram que o achocolatado fabricado para fazer chocolate quente não tem tantos benefícios oxidantes.
O problema com esses pós é que eles passam por um processo de alcalinização para suavizar o sabor do cacau. Mas, neste processo, os compostos de polifenóis são destruídos.
"Os produtos feitos com cacau alcalinizado têm valores baixos de atividade antioxidante, conteúdo total de polifenóis e conteúdo total de flavonoides", afirma o estudo.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/02/110207_chocolate_superfruta_fn.shtml
Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
No estudo, pesquisadores do Centro para Saúde e Nutrição da Hershey, uma companhia americana fabricante de chocolates, analisaram e compararam a capacidade antioxidante, o conteúdo total de polifenóis e o conteúdo total de flavonoides de sucos e pós de frutas, cacau em pó natural, chocolate amargo (com maior porcentagem de cacau do que o chocolate ao leite) e um pó industrializado para fazer chocolate quente.
As frutas incluídas no estudo foram açaí, romã, oxicoco (cranberry) e mirtilo (blueberry), chamadas de “superfrutas” devido às suas capacidades antioxidantes.
Debra Miller, uma das líderes da pesquisa, afirmou que, com base no valor nutritivo verificado no estudo, "as sementes de cacau devem ser consideradas uma 'superfruta' e produtos derivados do extrato de semente de cacau, como pó de cacau e chocolate escuro, como 'superalimentos'".
A pesquisa foi divulgada na publicação especializada Chemistry Central Journal.
Chocolate quente
A análise demonstrou que a capacidade antioxidante do cacau em pó foi maior do que as dos pós de mirtilo, oxicoco e de romã, na comparação por grama.
Em relação ao chocolate amargo, a análise não mostrou uma capacidade antioxidante ou presença de polifenóis significativamente maior do que a do pó de romã, mas ela foi maior do que a de todos os outros pós testados.
Mas no chocolate amargo, como no caso do pó de cacau, a presença de flavonoides foi maior do que todos os pós de frutas e o achocolatado.
Na comparação com sucos de frutas, o chocolate amargo e bebidas feitas com o pó de cacau natural mostraram ter maior total de flavanoides. No total, o chocolate só perdeu em capacidade antioxidante e total de polifenois para o suco de romã.
Os cientistas também notaram que o achocolatado fabricado para fazer chocolate quente não tem tantos benefícios oxidantes.
O problema com esses pós é que eles passam por um processo de alcalinização para suavizar o sabor do cacau. Mas, neste processo, os compostos de polifenóis são destruídos.
"Os produtos feitos com cacau alcalinizado têm valores baixos de atividade antioxidante, conteúdo total de polifenóis e conteúdo total de flavonoides", afirma o estudo.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/02/110207_chocolate_superfruta_fn.shtml
Obs: Para ler mais sobre Antioxidantes no blog, veja o post: http://www.ecologiamedica.net/2010/11/antioxidantes.html
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Agência ambiental dos EUA planeja novos limites de substâncias tóxicas na água potável
O governo Obama disse na quarta-feira que imporia limites aos níveis permitidos de um novo conjunto de substâncias químicas tóxicas na água potável, incluindo os primeiros limites ao perclorato, um composto encontrado em combustível para foguetes e fogos de artifício que contamina as reservas de água em 26 Estados.
A medida, anunciada pela administradora da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), Lisa P. Jackson, é um grande passo visando atualizar as leis de água limpa do país, que estão atrasadas em relação à ciência ambiental e de saúde. Reportagem de John M. Broder, The New York Times News Service.
Vários estudos mostram que centenas de substâncias químicas industriais e agrícolas, incluindo vários carcinógenos conhecidos, estão presentes nos sistemas de água municipais. As leis e programas de fiscalização do país não acompanharam o ritmo da disseminação da contaminação, o que representa riscos de saúde significativos para milhões.
A decisão de quarta-feira de regulamentar o perclorato reverteu uma conclusão de 2008 do governo Bush, de que um padrão nacional para a substância era desnecessário e faria pouco para reduzir os riscos à saúde humana.
Jackson anunciou sua intenção de rever os padrões de água potável do país há um ano, ordenando uma extensa revisão dos efeitos para a saúde do perclorato e de outras substâncias tóxicas encontradas nas reservas municipais de água. Ela anunciou na quarta-feira que sua agência estabeleceria padrões para até 16 outras substâncias tóxicas e carcinógenas.
A agência disse que levaria de três a quatro anos para concluir as regulamentações.
“Apesar de termos implantado padrões para tratar de mais de 90 contaminantes da água potável”, disse Jackson em um depoimento perante o Comitê de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado, “há muito mais contaminantes de preocupação emergente, que a ciência apenas recentemente nos permitiu detectar em níveis muito baixos”.
“Nós precisamos continuar acompanhando o aumento do conhecimento e as implicações para a saúde pública de um crescente número de substâncias químicas que podem estar presentes em nossos produtos, nossa água e nossos corpos”, ela disse.
O perclorato pode ocorrer naturalmente, mas altas concentrações foram encontradas perto de instalações militares, onde era usado em testes de foguetes, e ao redor de lugares onde fogos de artifício, sinalizadores e propelentes sólidos são produzidos. Pesquisadores de saúde descobriram que a substância pode debilitar o funcionamento da tireóide e potencialmente atrapalhar o crescimento de fetos, bebês e crianças.
As empresas que trabalham para as forças armadas e usam a substância reclamaram de regulamentações mais duras, dizendo que substitutos são mais caros.
Mas ambientalistas e autoridades de alguns serviços de água municipais pedem há anos por regras mais duras para o perclorato e várias substâncias químicas carcinógenas, incluindo solventes industriais e de lavagem a seco.
A agência ambiental encontrou quantidades mensuráveis de perclorato em 26 Estados e dois territórios americanos, que ela diz que poderiam contaminar a água potável de entre 5 milhões a 17 milhões de americanos. A Food and Drug Administration, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, encontrou a substância em mais da metade dos alimentos que testou, e pesquisadores de saúde encontraram traços dela em amostras de leite materno.
A agência ainda não estabeleceu um limite de fato para a quantidade de perclorato permissível na água potável, mas deu início ao processo para estabelecimento de um padrão.
A senadora Barbara Boxer, democrata da Califórnia e presidente do comitê ambiental, e alguns defensores ambientais saudaram o anúncio como sendo um forte passo em prol do bem-estar e da saúde pública.
Mas Rena Steinzor, uma professora de Direito da Universidade de Maryland e presidente do Centro para Reforma Progressista, criticou a EPA por demorar tanto para decidir pela regulamentação do perclorato e pelo que ela chamou de prazo “sem pressa” para emitir uma decisão final. A agência disse que publicaria uma regulamentação proposta em até dois anos e emitiria a regulamentação final 18 meses depois disso.
“A regulamentação do perclorato não deveria ser vista como algo a longo prazo, como uma meta para a qual encontraremos tempo, mas uma prioridade urgente de saúde pública”, ela escreveu em um blog na quarta-feira.
As indústrias que usam o perclorato disseram que a decisão da EPA não é justificada porque as exposições potenciais à substância química são baixas demais para ameaçar a saúde humana. O Birô de Informação do Perclorato, que representa a Lockheed Martin, Aerojet e outros usuários industriais, disse que 13 Estados, que cobrem a maioria dos locais de contaminação por perclorato, já aprovaram alguma política de controle, o que torna um padrão nacional supérfluo. O grupo disse que um processo de regulamentação seria caro e tomaria tempo, com pouco ou nenhum benefício para a saúde pública.
A EPA também disse na quarta-feira que desenvolveria uma regra única para governar um grupo de compostos orgânicos voláteis usados como solventes, incluindo o tricloroetileno e tetracloroetileno, e vários outros contaminantes não regulamentados. Ao agrupá-los, a agência ambiental poderá agir mais rapidamente e fornecer uma orientação mais simples para as autoridades responsáveis pela supervisão das reservas de água, disseram representantes da agência.
Tradução: George El Khouri Andolfato
The New York Times News Service, no UOL Notícias.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/02/04/agencia-ambiental-dos-eua-planeja-novos-limites-de-substancias-toxicas-na-agua-potavel/
A medida, anunciada pela administradora da Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), Lisa P. Jackson, é um grande passo visando atualizar as leis de água limpa do país, que estão atrasadas em relação à ciência ambiental e de saúde. Reportagem de John M. Broder, The New York Times News Service.
Vários estudos mostram que centenas de substâncias químicas industriais e agrícolas, incluindo vários carcinógenos conhecidos, estão presentes nos sistemas de água municipais. As leis e programas de fiscalização do país não acompanharam o ritmo da disseminação da contaminação, o que representa riscos de saúde significativos para milhões.
A decisão de quarta-feira de regulamentar o perclorato reverteu uma conclusão de 2008 do governo Bush, de que um padrão nacional para a substância era desnecessário e faria pouco para reduzir os riscos à saúde humana.
Jackson anunciou sua intenção de rever os padrões de água potável do país há um ano, ordenando uma extensa revisão dos efeitos para a saúde do perclorato e de outras substâncias tóxicas encontradas nas reservas municipais de água. Ela anunciou na quarta-feira que sua agência estabeleceria padrões para até 16 outras substâncias tóxicas e carcinógenas.
A agência disse que levaria de três a quatro anos para concluir as regulamentações.
“Apesar de termos implantado padrões para tratar de mais de 90 contaminantes da água potável”, disse Jackson em um depoimento perante o Comitê de Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado, “há muito mais contaminantes de preocupação emergente, que a ciência apenas recentemente nos permitiu detectar em níveis muito baixos”.
“Nós precisamos continuar acompanhando o aumento do conhecimento e as implicações para a saúde pública de um crescente número de substâncias químicas que podem estar presentes em nossos produtos, nossa água e nossos corpos”, ela disse.
O perclorato pode ocorrer naturalmente, mas altas concentrações foram encontradas perto de instalações militares, onde era usado em testes de foguetes, e ao redor de lugares onde fogos de artifício, sinalizadores e propelentes sólidos são produzidos. Pesquisadores de saúde descobriram que a substância pode debilitar o funcionamento da tireóide e potencialmente atrapalhar o crescimento de fetos, bebês e crianças.
As empresas que trabalham para as forças armadas e usam a substância reclamaram de regulamentações mais duras, dizendo que substitutos são mais caros.
Mas ambientalistas e autoridades de alguns serviços de água municipais pedem há anos por regras mais duras para o perclorato e várias substâncias químicas carcinógenas, incluindo solventes industriais e de lavagem a seco.
A agência ambiental encontrou quantidades mensuráveis de perclorato em 26 Estados e dois territórios americanos, que ela diz que poderiam contaminar a água potável de entre 5 milhões a 17 milhões de americanos. A Food and Drug Administration, a agência reguladora de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, encontrou a substância em mais da metade dos alimentos que testou, e pesquisadores de saúde encontraram traços dela em amostras de leite materno.
A agência ainda não estabeleceu um limite de fato para a quantidade de perclorato permissível na água potável, mas deu início ao processo para estabelecimento de um padrão.
A senadora Barbara Boxer, democrata da Califórnia e presidente do comitê ambiental, e alguns defensores ambientais saudaram o anúncio como sendo um forte passo em prol do bem-estar e da saúde pública.
Mas Rena Steinzor, uma professora de Direito da Universidade de Maryland e presidente do Centro para Reforma Progressista, criticou a EPA por demorar tanto para decidir pela regulamentação do perclorato e pelo que ela chamou de prazo “sem pressa” para emitir uma decisão final. A agência disse que publicaria uma regulamentação proposta em até dois anos e emitiria a regulamentação final 18 meses depois disso.
“A regulamentação do perclorato não deveria ser vista como algo a longo prazo, como uma meta para a qual encontraremos tempo, mas uma prioridade urgente de saúde pública”, ela escreveu em um blog na quarta-feira.
As indústrias que usam o perclorato disseram que a decisão da EPA não é justificada porque as exposições potenciais à substância química são baixas demais para ameaçar a saúde humana. O Birô de Informação do Perclorato, que representa a Lockheed Martin, Aerojet e outros usuários industriais, disse que 13 Estados, que cobrem a maioria dos locais de contaminação por perclorato, já aprovaram alguma política de controle, o que torna um padrão nacional supérfluo. O grupo disse que um processo de regulamentação seria caro e tomaria tempo, com pouco ou nenhum benefício para a saúde pública.
A EPA também disse na quarta-feira que desenvolveria uma regra única para governar um grupo de compostos orgânicos voláteis usados como solventes, incluindo o tricloroetileno e tetracloroetileno, e vários outros contaminantes não regulamentados. Ao agrupá-los, a agência ambiental poderá agir mais rapidamente e fornecer uma orientação mais simples para as autoridades responsáveis pela supervisão das reservas de água, disseram representantes da agência.
Tradução: George El Khouri Andolfato
The New York Times News Service, no UOL Notícias.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/02/04/agencia-ambiental-dos-eua-planeja-novos-limites-de-substancias-toxicas-na-agua-potavel/
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Qual a panela ideal ? por Dr. Frederico Lobo
Mas porquê? Hoje já sabemos que as panelas liberam substâncias muitas vezes tóxicas e que são incorporadas aos alimentos durante o preparo das refeições. Posteriormente tais substâncias podem se acumular no nosso organismo. Sugiro que você agende uma consulta para saber qual a panela ideal para você.
Na hora de escolhermos as panelas que utilizaremos, além da praticidade e conforto, precisamos também estar atentos aos problemas que elas podem causar na nossa saúde. Mesmo que as panelas liberem apenas pequenas quantidades de substâncias tóxicas, precisamos levar em conta que isso ocorre em todas as refeições, durante anos seguidos, o que faz com pequenas quantidades, ao longo dos anos, se transformem em grandes quantidades acumuladas no organismo. "De grão em grão a galinha enche o papo"
Panelas de alumínio
As panelas de alumínio são as mais comuns e as mais baratas, mas liberam quantidades variáveis de alumínio nos alimentos podendo causar doenças. Diversos estudos têm demonstrado que a intoxicação por alumínio é um fator importante no mal de Alzheimer e de Parkinson, nas Doenças Ósseas e na Hiperatividade Infantil.
Diversos fatores contribuem para a migração do alumínio das panelas para os alimentos, como por exemplo: a acidez ou alcalinidade dos alimentos, a qualidade da liga de alumínio utilizada pela indústria, o tempo de uso do utensílio, o tempo da duração do cozimento dos alimentos, a presença de sal ou açúcar, entre outros.
Alimentos como tomate e o café, durante o seu preparo, incorporam uma grande quantidade de alumínio.
Pesquisas mostram que a migração do alumínio é maior em panelas de pressão do que em panelas normais ou em fôrmas de bolo. Na limpeza é indicado o uso de bucha macia ao invés de esponjas de aço.
Quando o material é polido com as esponjas tipo “bombril”, há remoção da camada de óxido de alumínio, que dificulta a passagem do alumínio para os alimentos.
Além das panelas, existe um aumento da quantidade de alumínio nas bebidas enlatadas e estocadas em recipientes de alumínio, como produtos enlatados, refrigerantes, cervejas e chá.
As pessoas que utilizam freqüentemente bebidas enlatadas podem estar consumindo quantidades de alumínio consideravelmente elevadas.
Outras fontes de alumínio que precisam ser consideradas são: determinados aditivos alimentares, água, fermentos, em conservas de picles e de queijos, entre outras fontes.
Panelas de inox
As panelas de inox são muito conhecidas pela sua beleza e resistência. O aço inoxidável, conhecido popularmente como inox, é composto por ferro, cromo e níquel. Sendo a proporção destes metais nos utensílios bastante variável: de 50 a 88% para o ferro, 11 a 30% para o cromo e de zero a 31% para o níquel. Entretanto, vários outros elementos como manganês e cobre, podem estar presentes em pequenas quantidades.
As panelas de inox demoram a esquentar, mas também a esfriar. O aconselhável é não escovar a panela com esponja de aço, tipo “bombril”. No polimento forma-se uma camada protetora de óxido que ajuda a impedir que os metais passem para os alimentos. Da mesma forma, não se deve usar cloro ou água com sal na limpeza dessas panelas. As panelas de inox podem liberar pequenas quantidades de ferro e cromo e níquel, que são seus constituintes.
O cromo nas pequenas quantidades em que é liberado pode ter um efeito benéfico a saúde.
O ferro é um nutriente que embora benéfico para as pessoas com anemia, em excesso pode trazer problemas a saúde como veremos no item abaixo.
O níquel pode causar a exacerbação de alergias, dermatites de contato e asma e diversas outras alergias. Devido a esses problemas é recomendado que pessoas sensíveis ao níquel não utilizem utensílios de inox na cocção e preparo dos alimentos pois, a migração deste do utensílio para o alimento, apesar de pequena, não é desprezível, ainda mais se considerarmos o efeito acumulativo do consumo diário de alimentos preparados em utensílios de aço inoxidável.
Os principais fatores que afetam a migração desses minerais da superfície da panela são:
- a acidez dos alimentos,
- o tempo de cozimento,
- temperatura,
- agitação,
- teor da água de preparação.
É importante que antes de usar pela primeira vez uma panela de inox ela seja usada para ferver água, que deverá ser jogada fora, por três vezes
Panelas de ferro
As panelas de ferro já fazem parte da cultura culinária nacional. São particularmente usadas no preparo da tradicional cozinha mineira. São muito conhecidas no combate a anemia pela liberação de ferro que ocorre durante o cozimento dos alimentos.
A utilização de utensílios de ferro na cocção dos alimentos aumenta significantemente a quantidade de ferro e manganês consumida. Guardar alimentos em panela de ferro aumenta consideravelmente o teor de ferro e manganês do alimento o que é ruim do ponto de vista do paladar do alimento e da saúde.
Formas de pizza de ferro são interessantes, porque tornam a pizza mais quente e crocante do que as assadas em forma de alumínio, sem que o ferro migre da forma para a pizza.
Iogurte, tomate e outros alimentos ácidos e líquidos, quando preparados ou armazenados em panelas de ferro adquirem um teor elevado de ferro.
O ferro que sai da panela e vai para os alimentos é utilizado pelo organismo como o ferro oriundo de alimentos vegetais.
O uso da panela de ferro pode ser útil para vegetarianos, mulheres em idade fértil que tenham um sangramento menstrual excessivo e crianças.
Entretanto, embora a anemia devida a deficiência do ferro seja conhecida por todos, o excesso de ferro que é menos divulgado é extremamente nocivo a saúde. Diversos estudos associam o excesso de ferro ao aumento da freqüência de infarto do miocárdio e derrames. Além disso, é estimado que 1 em cada 200 pessoas apresente uma doença genética chamada Hemocromatose, que ocorre devido ao acúmulo de taxas altas de ferro no organismo, causando problemas sérios no fígado, no coração e no sistema endócrino como diabetes, impotência e hipotireoidismo.
Vários fatores influenciam na maior liberação de ferro da panela para o alimento: quanto mais ácido o alimento maior a liberação de ferro. O tomate, por exemplo, libera uma grande quantidade de ferro da panela durante o cozimento. O teor de água como o tempo de cocção dos alimentos exercem uma influência direta no acréscimo de ferro ao alimento.
Panelas de vidro
As panelas de vidro são as únicas que não transferem qualquer resíduo para a comida, sendo ideais do ponto de vista da saúde. Além disso são lindas e a transparência permite ver o processo de elaboração dos alimentos. A facilidade da limpeza é outro ponto positivo. Os pontos negativos são o preço e fragilidade do material.
Peças de cristal antigas, como por exemplo, taças de vinho, são feitas a partir de uma matéria prima que contém 24 a 32% de óxido de chumbo. Bebidas alcoólicas mantidas nesses recipientes de vidro cristal contendo chumbo apresentam a concentração de chumbo aumentada ao longo do tempo. Atualmente, as taças de cristal não contem mais chumbo.
O vidro tem a seu favor também o fato de ser um material totalmente reciclável ou seja, seria a panela mais ecologicamente correta.
Panelas de cobre
As panelas de cobre, embora muito bonitas e de transmissão rápida e homogênea do calor, são mais úteis como objetos decorativos na cozinha, porque a quantidade de cobre que migra para o alimento, especialmente para os mais ácidos, pode causar uma intoxicação.
O excesso de cobre, mesmo em pequenas quantidades, pode produzir náuseas, vômitos e diarréia. Já a ingestão contínua de quantidades maiores de cobre pode causar dano renal, alterações osteoarticulares, dores nas juntas e até lesões cerebrais.
Os utensílios de cobre podem ser utilizados se tiverem a superfície interna revestida com politetrafluoretileno (PTFE), titânio ou aço inoxidável.
Panelas de cerâmicas
A panelas de cerâmica sofrem um tratamento térmico em fornos de alta temperatura. Em seguida recebem uma camada fina e contínua de um vidrado, também conhecido com esmalte, que é submetido a queima a 1300ºC, adquirindo uma aspecto vítreo.
A vitrificação torna a panela com uma superfície mais homogênea, impermeável, sem porosidade, ou seja, a panela fica esteticamente mais bonita e com características que a tornam mais higiênica. Entretanto, é muito importante ter certeza que os corantes utilizados na vitrificação não sejam a base de chumbo ou cádmio.
É comum encontrar em países pouco desenvolvidos produtos cerâmicos elaborados com óxido de chumbo na vitrificação.
O chumbo é facilmente dissolvido no alimento, especialmente os ácidos. Saladas, frutas ácidas ou fermentados em contato com esse material podem ficar contaminados com componentes pesados como chumbo, mercúrio e cádmio que são altamente tóxicos, sendo que o chumbo causa inclusive diminuição da capacidade mental em crianças. No Brasil, estudo realizado em 1985 demonstrou que 30% das panelas estudadas liberavam chumbo durante o cozimento dos alimentos. Outros estudos encontraram liberação de chumbo em panelas Mexicanas e Italianas.
O forno de micro ondas também aumenta a passagem destes metais tóxicos para o alimento.
Atualmente, existem normas e regulamentações da ANVISA para a confecção de panelas de cerâmica destinadas ao preparo de alimentos.
Panelas de Teflon
O teflon, que é um composto antiaderente é muito utilizado devido a grande praticidade na limpeza e por dispensar o uso de gordura no preparo dos alimentos. É constituído por polímeros de fluorocarbono, especialmente o politetrafluoretileno (PTFE).
Atualmente, as panelas mais modernas são revestidas de teflon II que utiliza o primer que é uma substância usada para ligar o teflon ao alumínio. O novo revestimento impede que o material passe para o alimento quando o teflon descasca.
Devido ao teflon, os metais do material que constitui a panela não passam para o alimento enquanto o teflon estiver íntegro.
Altas temperaturas por tempo prolongado podem danificar o teflon, comprometendo a qualidade do revestimento quanto aumentando a chance de ter tanto o PTFE quanto o componente fluoreto transmitido aos alimentos.
Além disso, em temperaturas acima de 280ºC o PTFE sofre pirólise e libera, com a degradação térmica, mais de 15 gases tóxicos, que ocasionam a morte de passarinhos e galinhas.
O ácido Perfluorooctânico (PFOA) que também é liberado pelo teflon, é um produto considerado preocupante pela “US Environmental Protection Agency (EPA)”. Quase todas as pessoas possuem PFOA em seu sangue. O PFOA causa câncer e problemas de desenvolvimento em animais de laboratório. O EPA concluiu em sua pesquisa que o PFOA provavelmente é carcinogênico mas as pesquisas não foram suficientes para determinar seu potencial carcinogênico em humanos.
As panelas de teflon também liberam quantidades mínimas de benzeno nos alimentos, que não são consideradas tóxicas pelo FDA. Alguns cientistas acreditam que ocorra a formação de aminas heterocíclicas que são compostos cancerígenos.
Uma grande preocupação com as panelas de teflon é a ecológica. Pesquisadores da Universidade de Toronto, no Canadá, descobriram que o teflon se corrompe quando atinge altas temperaturas no preparo dos alimentos liberando gases CFC, responsáveis pela destruição da camada de ozônio.
Panelas esmaltadas ou de ágata
As panelas esmaltadas atraem pela beleza, pela variedade de cores e desenhos, mas podem fazer tão mal quanto às de cerâmica vitrificada se o esmalte usado for a base de elementos tóxicos como o chumbo e o cádmio. Isso ocorre principalmente nas panelas feitas antes de 1980. O mesmo ocorre com utensílios pintados à mão, que vão desde colheres, facas, recipientes culinários, entre outros.
Geralmente as panelas de ágata tem boa retenção de calor devido à base de ferro, mas são mais leves devido a menor espessura do ferro utilizado para ser esmaltado. Devido ao esmalte essas panelas são facilmente limpas.
Atualmente existem no mercado panelas esmaltadas que seguem o padrão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para materiais que entram em contato com os alimentos. Essas panelas são seguras, não transferem nenhum elemento tóxico para os alimentos e podem ser usadas para cozinhar e guardar alimentos com segurança.
Panelas de pedra-sabão
As panelas de pedra sabão além da beleza são antiaderentes e retem o calor por muito tempo. São muito pesadas. São feitas de estealito que é uma rocha abundante em Minas Gerais, que já era utilizada na confecção de utensílios culinários pelos índios. Durante o cozimento libera quantidades expressivas de elementos nutricionalmente importantes como cálcio, magnésio, ferro e manganês. As panelas não curadas liberam também uma quantidade importante de níquel. Elas não devem ser usadas para guardar alimentos, porque mesmo quando curadas, liberam níquel nos alimentos que ficam por longos períodos em contato com essas panelas.
A panela é comprada ''crua'', por isso a cor dela é clara, e precisa ser curada com óleo ou gordura antes da utilização. Uma das técnicas de cura mais difundidas consiste em untar a panela com óleo por dentro e por fora, encher o recipiente com água e levar ao forno, na temperatura de 200° por 2 horas. Desligar o forno e aguardar que a panela esteja resfriada para tirar do forno. Repetir o procedimento antes do primeiro uso
Panelas de barro
A confecção de panelas de barro no Brasil tem uma tradição de 400 anos no Espírito Santo, tendo sido iniciada pelos índios e atualmente produzidas pela população local de forma mais rústica e irregulares. Depois de confeccionadas são queimadas em fogueiras feitas ao ar livre. Ainda quentes são recobertas por tanino que dá a coloração característica da panela.
Não existem estudos sobre a migração de substâncias tóxicas destas panelas para os alimentos. É recomendado curar a panela com óleo quente antes do primeira utilização.
Referências
1) "Por Dentro das Panelas" - Késia Diego Quintaes - Ed.Varela
2) AGARWAL, P. et al. Studies on leaching of Cr and Ni from stainless steel utensils in certain acids and in some Indian drinks. Science of the Total Environment, Amsterdam, v.199, n.3, p.271-275, 1997.
3) AIKOH, H., NISHIO, M.R. Aluminium content of varius canned an bottled beverages. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, New York, v.56, n.1, p.1-7, 1996.
4) BOUCHER M, EHMLER TJ, BERMUDEZ AJ. Polytetrafluoroethylene gas intoxication in broiler chickens. Avian Dis. 2000;44(2):449-53.
5) BRITTIN, H.C., NOSSAMAN, C.E. Iron content of food cooked in iron utensils. Journal of the American Dietetic Association, Chicago, v.86, n.7, p.897-901, 1986.
6) CHENG, Y.J., BRITTIN, H.C. Iron in food: effect of continued use of iron cookware. Journal of Food Science, Chicago, v.56, n.2, p.584-585, 1991.
7) FIMREITE, N., HANSEN, O.O., PETTERSEN, H.C. Aluminium concentrations in selected foods prepared in aluminium cookware, and its implications for human health. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, New York, v.58, n.1, p.1-7, 1997.
8) GRAMICCIONI, L., INGRAO, G., MILANA, M.R., SANTARONI, P., TOMASSI, G. Aluminium levels in Italian diets and in selected foods from aluminium utensils. Food Additives and Contaminants, London, v.13, n.7, p.767-774, 1996.
9) KULIGOWSKI, J., HALPERIN, K.M. Stainless steel cookware as a significant source of nickel, chromium, and iron. Archives of Environmental Contamination and Toxicology, New York, v.23, n.2, p.211-215, 1992
10) KUMAR, R., SRIVASTAVA, P.K., SRIVASTAVA, S.P. Leaching of heavy metals (Cr, Fe and Ni) from stainless steel utensils in food simulants and food materials. Bulletin of Environmental Contamination and Toxicology, New York, v.53, n.2, p.259-266, 1994.
11) LUCKEY, T.D., VENUGOPAL, B. Metal toxity in mammals: physiologic and chemical basis for metal toxity. New York : Plenum Press, 1977. v.1
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A carência de vitamina D
Devido à maior incidência do câncer de pele, temos seguido a recomendação de diminuir ou mesmo evitar a exposição da pele ao sol. Em todas as idades, o banho de sol tem sido restrito às primeiras horas da manhã e ao final da tarde e na maioria das vezes tem sido ignorado. Entretanto, o sol é necessário para que a vitamina D seja sintetizada no nosso organismo.
Pesquisas tem evidenciado os problemas de saúde que a falta da vitamina D acarreta em todas as faixas etárias. Em um estudo realizado nos USA em 2008, e publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”, cerca de metade das crianças e adultos norte-americanos apresentam níveis inferiores ao ideal de vitamina D e até 10% das crianças apresentam sérias deficiências.
Além da má calcificação óssea em crianças e adolescentes, e da osteoporose nas mulheres na pós menopausa e no homem idoso, pesquisas mais recentes associam a deficiência de vitamina D às mais variadas doenças como asma, infecções de repetição, doenças auto imunes, aumento de casos de câncer, alterações cardiovasculares e alterações cerebrais como Síndrome de Parkinson, Mal de Alzheimer e Esquizofrenia.
A comunidade científica continua a debater qual seria o nível ideal de vitamina D para o organismo. As pessoas em geral são classificadas como deficientes caso a presença do composto no sangue seja inferior a entre 15 e 20 nanogramas por mililitro. Mas muitos médicos acreditam agora que o nível ideal de vitamina D deveria ser superior a 30 nanogramas por mililitro.
A principal fonte de vitamina D para o ser humano é a exposição à luz solar. Tudo o que diminua a transmissão de radiação solar UVB para a superfície da Terra ou qualquer coisa que interfira com a penetração da radiação UVB na pele irá afetar a síntese cutânea de vitamina D3. A melanina, pigmento que dá cor a pele humana, é extremamente eficiente em absorver a radiação UVB, portanto, o aumento da pigmentação da pele reduz acentuadamente a síntese de vitamina D3. Da mesma forma, um filtro solar com proteção solar 15 absorve 99% da radiação UVB incidente, e assim, quando aplicados na pele, diminuem 99% a síntese de vitamina D3.
Além do sol, a vitamina D pode ser encontrada em alguns alimentos, como por exemplo, no peixe – uma porção de 100 gramas de salmão fresco oferece entre 600 e mil unidades internacionais de vitamina D. Os alimentos fortificados com vitamina D são na maioria das vezes insuficientes para satisfazer as necessidades de uma criança ou de um adulto em vitamina D.
Referências
1. Developmental Vitamin D Deficiency and Risk of Schizophrenia: A 10-Year Update. McGrath JJ, Burne TH, Féron F, Mackay-Sim A, Eyles DW. Schizophr Bull. 2010 Sep 10.
2. Role of vitamin d in cardiovascular health. Reddy Vanga S, Good M, Howard PA, Vacek JL. r J Cardiol. 2010 Sep 15;106(6):798-805. Epub 2010 Aug 1.
3. Nutrition in oncology: the case of micronutrients (review). Ströhle A, Zänker K, Hahn A. Oncol Rep. 2010 Oct;24(4):815-28.
4. The role of vitamin D in asthma. Sandhu MS, Casale TB. Ann Allergy Asthma Immunol. 2010 Sep;105(3):191-9.
5. Assessing vitamin D in the central nervous system.Holmøy T, Moen SM. Acta Neurol Scand Suppl. 2010;(190):88-92.
6. Vitamin D deficiency and its relationship with rás mineral density among postmenopausal women living in the tropics. Bandeira F, Griz L, Freese E et all. Arq rás Endocrinol Metab. 2010;54(2):227-232.7. Assessment of Vitamin D in Population-Based Studies Vitamin D deficiency: a worldwide problem with health consequences. Michael F Holick and Tai C Chen. American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 87, No. 4, 1080S-1086S, April 2008.
Fonte: http://www.clinicaberenicewilke.com.br/9889/69075.html
Pesquisas tem evidenciado os problemas de saúde que a falta da vitamina D acarreta em todas as faixas etárias. Em um estudo realizado nos USA em 2008, e publicado no “American Journal of Clinical Nutrition”, cerca de metade das crianças e adultos norte-americanos apresentam níveis inferiores ao ideal de vitamina D e até 10% das crianças apresentam sérias deficiências.
Além da má calcificação óssea em crianças e adolescentes, e da osteoporose nas mulheres na pós menopausa e no homem idoso, pesquisas mais recentes associam a deficiência de vitamina D às mais variadas doenças como asma, infecções de repetição, doenças auto imunes, aumento de casos de câncer, alterações cardiovasculares e alterações cerebrais como Síndrome de Parkinson, Mal de Alzheimer e Esquizofrenia.
A comunidade científica continua a debater qual seria o nível ideal de vitamina D para o organismo. As pessoas em geral são classificadas como deficientes caso a presença do composto no sangue seja inferior a entre 15 e 20 nanogramas por mililitro. Mas muitos médicos acreditam agora que o nível ideal de vitamina D deveria ser superior a 30 nanogramas por mililitro.
A principal fonte de vitamina D para o ser humano é a exposição à luz solar. Tudo o que diminua a transmissão de radiação solar UVB para a superfície da Terra ou qualquer coisa que interfira com a penetração da radiação UVB na pele irá afetar a síntese cutânea de vitamina D3. A melanina, pigmento que dá cor a pele humana, é extremamente eficiente em absorver a radiação UVB, portanto, o aumento da pigmentação da pele reduz acentuadamente a síntese de vitamina D3. Da mesma forma, um filtro solar com proteção solar 15 absorve 99% da radiação UVB incidente, e assim, quando aplicados na pele, diminuem 99% a síntese de vitamina D3.
Além do sol, a vitamina D pode ser encontrada em alguns alimentos, como por exemplo, no peixe – uma porção de 100 gramas de salmão fresco oferece entre 600 e mil unidades internacionais de vitamina D. Os alimentos fortificados com vitamina D são na maioria das vezes insuficientes para satisfazer as necessidades de uma criança ou de um adulto em vitamina D.
Referências
1. Developmental Vitamin D Deficiency and Risk of Schizophrenia: A 10-Year Update. McGrath JJ, Burne TH, Féron F, Mackay-Sim A, Eyles DW. Schizophr Bull. 2010 Sep 10.
2. Role of vitamin d in cardiovascular health. Reddy Vanga S, Good M, Howard PA, Vacek JL. r J Cardiol. 2010 Sep 15;106(6):798-805. Epub 2010 Aug 1.
3. Nutrition in oncology: the case of micronutrients (review). Ströhle A, Zänker K, Hahn A. Oncol Rep. 2010 Oct;24(4):815-28.
4. The role of vitamin D in asthma. Sandhu MS, Casale TB. Ann Allergy Asthma Immunol. 2010 Sep;105(3):191-9.
5. Assessing vitamin D in the central nervous system.Holmøy T, Moen SM. Acta Neurol Scand Suppl. 2010;(190):88-92.
6. Vitamin D deficiency and its relationship with rás mineral density among postmenopausal women living in the tropics. Bandeira F, Griz L, Freese E et all. Arq rás Endocrinol Metab. 2010;54(2):227-232.7. Assessment of Vitamin D in Population-Based Studies Vitamin D deficiency: a worldwide problem with health consequences. Michael F Holick and Tai C Chen. American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 87, No. 4, 1080S-1086S, April 2008.
Fonte: http://www.clinicaberenicewilke.com.br/9889/69075.html
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Meditação pode alterar estrutura do cérebro, diz estudo
De olhos fechados, em silêncio e, de preferência, sentados, os praticantes da meditação de atenção plena devem se concentrar em apenas uma coisa: a respiração. A técnica é antiga, da tradição budista, mas começou a ser mais difundida depois de ter sido usada em um curso não religioso de redução de estresse, criado em 1979 por Jon Kabat-Zinn, professor da Escola Médica da Universidade de Massachussets.
Os benefícios da técnica, conhecida também como "mindfulness", já foram relatados em vários estudos.
A lista vai da melhora de sintomas de esclerose múltipla (como diz estudo publicado na "Neurology") à prevenção de novos episódios de depressão (demonstrada em artigo na "Archives of General Psychiatry"). Mas, agora, um estudo mostra, pela primeira vez, os efeitos provocados por essa meditação no cérebro.
A pesquisa, publicada hoje na "Psychiatry Research: Neuroimaging", foi feita pela Harvard Medical School, nos EUA, em conjunto com um instituto de neuroimagem da Alemanha e a Universidade de Massachussets. E o mais importante: as mudanças ocorreram em apenas oito semanas de meditação em praticantes adultos iniciantes.
As conclusões foram feitas após comparações entre as ressonâncias magnéticas dos que praticaram a meditação e de um grupo-controle que não fez as aulas.
Outros estudos já haviam sugerido que a meditação causa mudanças no cérebro. Mas eles não excluíam a possibilidade de haver diferenças preexistentes entre os grupos de meditadores experientes e não meditadores.
Ou seja, não era possível afirmar se os efeitos eram causados pela prática.
MENOS ESTRESSE
Todos os 16 participantes da pesquisa, com idades de 25 a 55 anos, deveriam obedecer a um critério: não ter feito nenhuma aula de meditação "mindfulness" nos últimos seis meses ou mais de dez aulas em toda a vida.
Eles frequentaram oito encontros semanais, com duração de duas horas e meia.
Também foram instruídos a fazer 45 minutos de exercícios diários e a praticar os ensinamentos da meditação em atividades do dia a dia, como andar, comer e tomar banho.
Para avaliar as mudanças, todos os participantes e o grupo-controle fizeram ressonâncias magnéticas antes e depois do período de aulas.
Os exames iniciais não indicaram diferenças entre grupos, mas as ressonâncias feitas após o curso mostraram um aumento na concentração de massa cinzenta no hipocampo esquerdo naqueles que haviam meditado.
Análises do cérebro todo revelaram mais quatro aumentos de massa cinzenta: no córtex cingulado posterior, na junção temporo-parietal e mais dois no cerebelo.
BENEFÍCIOS
Britta Hölzel, pesquisadora da Harvard Medical School e uma das autoras do estudo, disse à Folha que isso pode significar uma melhora em regiões envolvidas com aprendizagem, memória, emoções e estresse.
O aumento da massa cinzenta no hipocampo é benéfico porque ali há uma maior concentração de neurônios, afirma Sonia Brucki, do departamento científico de neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.
"Antes, acreditava-se que a pessoa só perdia neurônios durante a vida. Agora, vemos que podem brotar em qualquer fase da vida, e determinadas atividades fazem a estrutura do cérebro mudar."
Isso significa que o cérebro adulto também é plástico, capaz de ser moldado.
No ano passado, um estudo dos mesmos pesquisadores já mostrava redução da massa cinzenta na amígdala cerebral, uma região relacionada à ansiedade e ao estresse, em pessoas que fizeram meditação por oito semanas.
Mas qualquer um que começar a meditar amanhã terá esses mesmos efeitos benéficos em algumas semanas?
"Provavelmente sim", diz a neurologista Sonia Brucki.
Ela ressalta, no entanto, que a idade média dos participantes da pesquisa é baixa e, por isso, não dá para afirmar com certeza que isso acontecerá com pessoas de todas as idades.
Agora, a pesquisadora Britta Hölzel quer entender como essas mudanças no cérebro estão relacionadas diretamente à melhora da vidas das pessoas.
"Essa é uma área nova, e pouco se sabe sobre o cérebro e os mecanismos psicológicos relacionados a ele. Mas os resultados até agora são animadores."
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868050-meditacao-muda-estrutura-do-cerebro-diz-estudo.shtml
Os benefícios da técnica, conhecida também como "mindfulness", já foram relatados em vários estudos.
A lista vai da melhora de sintomas de esclerose múltipla (como diz estudo publicado na "Neurology") à prevenção de novos episódios de depressão (demonstrada em artigo na "Archives of General Psychiatry"). Mas, agora, um estudo mostra, pela primeira vez, os efeitos provocados por essa meditação no cérebro.
A pesquisa, publicada hoje na "Psychiatry Research: Neuroimaging", foi feita pela Harvard Medical School, nos EUA, em conjunto com um instituto de neuroimagem da Alemanha e a Universidade de Massachussets. E o mais importante: as mudanças ocorreram em apenas oito semanas de meditação em praticantes adultos iniciantes.
As conclusões foram feitas após comparações entre as ressonâncias magnéticas dos que praticaram a meditação e de um grupo-controle que não fez as aulas.
Outros estudos já haviam sugerido que a meditação causa mudanças no cérebro. Mas eles não excluíam a possibilidade de haver diferenças preexistentes entre os grupos de meditadores experientes e não meditadores.
Ou seja, não era possível afirmar se os efeitos eram causados pela prática.
MENOS ESTRESSE
Todos os 16 participantes da pesquisa, com idades de 25 a 55 anos, deveriam obedecer a um critério: não ter feito nenhuma aula de meditação "mindfulness" nos últimos seis meses ou mais de dez aulas em toda a vida.
Eles frequentaram oito encontros semanais, com duração de duas horas e meia.
Também foram instruídos a fazer 45 minutos de exercícios diários e a praticar os ensinamentos da meditação em atividades do dia a dia, como andar, comer e tomar banho.
Para avaliar as mudanças, todos os participantes e o grupo-controle fizeram ressonâncias magnéticas antes e depois do período de aulas.
Os exames iniciais não indicaram diferenças entre grupos, mas as ressonâncias feitas após o curso mostraram um aumento na concentração de massa cinzenta no hipocampo esquerdo naqueles que haviam meditado.
Análises do cérebro todo revelaram mais quatro aumentos de massa cinzenta: no córtex cingulado posterior, na junção temporo-parietal e mais dois no cerebelo.
BENEFÍCIOS
Britta Hölzel, pesquisadora da Harvard Medical School e uma das autoras do estudo, disse à Folha que isso pode significar uma melhora em regiões envolvidas com aprendizagem, memória, emoções e estresse.
O aumento da massa cinzenta no hipocampo é benéfico porque ali há uma maior concentração de neurônios, afirma Sonia Brucki, do departamento científico de neurologia cognitiva e do envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia.
"Antes, acreditava-se que a pessoa só perdia neurônios durante a vida. Agora, vemos que podem brotar em qualquer fase da vida, e determinadas atividades fazem a estrutura do cérebro mudar."
Isso significa que o cérebro adulto também é plástico, capaz de ser moldado.
No ano passado, um estudo dos mesmos pesquisadores já mostrava redução da massa cinzenta na amígdala cerebral, uma região relacionada à ansiedade e ao estresse, em pessoas que fizeram meditação por oito semanas.
Mas qualquer um que começar a meditar amanhã terá esses mesmos efeitos benéficos em algumas semanas?
"Provavelmente sim", diz a neurologista Sonia Brucki.
Ela ressalta, no entanto, que a idade média dos participantes da pesquisa é baixa e, por isso, não dá para afirmar com certeza que isso acontecerá com pessoas de todas as idades.
Agora, a pesquisadora Britta Hölzel quer entender como essas mudanças no cérebro estão relacionadas diretamente à melhora da vidas das pessoas.
"Essa é uma área nova, e pouco se sabe sobre o cérebro e os mecanismos psicológicos relacionados a ele. Mas os resultados até agora são animadores."
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868050-meditacao-muda-estrutura-do-cerebro-diz-estudo.shtml
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Exercícios físicos podem melhorar memória de idosos
A prática regular de exercícios físicos moderados durante um ano pode aumentar o tamanho do hipocampo cerebral em adultos com mais de 55 anos, proporcionando um aumento da memória espacial, segundo um novo estudo.
O hipocampo é a área do cérebro responsável pela formação de todos os tipos de memória.
O estudo, conduzido por pesquisadores das universidades de Pittsburgh, Illinois, Rice e Ohio State, foi publicado na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".
"Os resultados de nossa pesquisa são particularmente interessantes por sugerirem que mesmo modestas quantidades de exercício podem fazer com que adultos idosos sedentários registrem melhora substancial da memória e da saúde do cérebro", explica Art Kramer, diretor do Beckman Institute na Universidade de Illinois e principal autor do estudo.
"Estas melhorias têm implicações importantes para a saúde de nossos cidadãos e para o aumento da população idosa em todo o mundo", acrescenta.
Para seu projeto, os cientistas convocaram 120 idosos sedentários sem qualquer sinal de senilidade e divididos ao acaso em dois grupos. O primeiro começou a praticar um regime de exercícios leves, como caminhar 40 minutos por dia, três vezes por semana. O segundo manteve apenas atividades como alongamento e exercícios de tonificação muscular.
Os resultados mostram que o grupo que praticou a atividade aeróbica registrou um aumento do volume do hipocampo nos dois lados do cérebro (2,12% no esquerdo, 1,97% no direito).
As mesmas regiões do cérebro dos participantes que ficaram no grupo dos exercícios de alongamento sofreram um aumento de 1,4% e 1,43%, respectivamente.
"Estamos acostumados a achar que a atrofia que ocorre no hipocampo no fim da vida é praticamente inevitável", diz o autor. "Mas nós mostramos que mesmo exercícios moderados durante um ano podem aumentar o tamanho desta estrutura. O cérebro nesta fase permanece maleável".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868435-exercicios-fisicos-podem-melhorar-memoria-de-idosos.shtml
O hipocampo é a área do cérebro responsável pela formação de todos os tipos de memória.
O estudo, conduzido por pesquisadores das universidades de Pittsburgh, Illinois, Rice e Ohio State, foi publicado na revista especializada "Proceedings of the National Academy of Sciences".
"Os resultados de nossa pesquisa são particularmente interessantes por sugerirem que mesmo modestas quantidades de exercício podem fazer com que adultos idosos sedentários registrem melhora substancial da memória e da saúde do cérebro", explica Art Kramer, diretor do Beckman Institute na Universidade de Illinois e principal autor do estudo.
"Estas melhorias têm implicações importantes para a saúde de nossos cidadãos e para o aumento da população idosa em todo o mundo", acrescenta.
Para seu projeto, os cientistas convocaram 120 idosos sedentários sem qualquer sinal de senilidade e divididos ao acaso em dois grupos. O primeiro começou a praticar um regime de exercícios leves, como caminhar 40 minutos por dia, três vezes por semana. O segundo manteve apenas atividades como alongamento e exercícios de tonificação muscular.
Os resultados mostram que o grupo que praticou a atividade aeróbica registrou um aumento do volume do hipocampo nos dois lados do cérebro (2,12% no esquerdo, 1,97% no direito).
As mesmas regiões do cérebro dos participantes que ficaram no grupo dos exercícios de alongamento sofreram um aumento de 1,4% e 1,43%, respectivamente.
"Estamos acostumados a achar que a atrofia que ocorre no hipocampo no fim da vida é praticamente inevitável", diz o autor. "Mas nós mostramos que mesmo exercícios moderados durante um ano podem aumentar o tamanho desta estrutura. O cérebro nesta fase permanece maleável".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/868435-exercicios-fisicos-podem-melhorar-memoria-de-idosos.shtml
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
A internet pode até ajudar uma consulta médica, mas não substituí-la
Com o livre acesso dos pacientes à informação, há também fatores positivos que enriquecem uma consulta médica e nutricional. A monotonia das consultas unilaterais, onde sempre impera um monólogo tende a acabar. O médico orienta e o paciente concorda. Os pacientes estão falando mais, perguntando mais e exigindo uma explicação mais convincente dos seus males.
Com um maior esclarecimento, os pacientes tendem a aderir melhor ao seu tratamento. Entendem porque estão tomando esse ou aquele remédio e passam a encarar uma orientação nutricional com uma maior possibilidade de adequação ao plano proposto. Passam a saber trocar alimentos e comer adequadamente em casa, no trabalho e no lazer. Não precisam mais das tabelas e tem maior liberdade de conduzir seu tratamento.
A informação adequada nunca é demais. Não se constitui em um desafio ao médico. Perguntar enriquece a consulta e não ofende. Pelo contrário, dá ao médico e à nutricionista a chance de estreitar os laços da relação e fidelizar o paciente. Com isso o paciente pode entender a diferença entre uma consulta virtual e uma consulta real. Isso será muito bom para ambas as partes.
Apesar das freqüentes solicitações dos e-pacientes em serem consultados e medicados pela internet, eles precisam entender o risco dessa atitude. Nada substitui a consulta médica, pois ela define as sutis diferenças entre as pessoas e suas doenças e comprovam que diferentes pessoas com doenças semelhantes muitas vezes devem ser tratadas de maneiras diferentes. Assim, as descrições superficiais dos problemas médicos expostos pela internet nunca poderão substituir a riqueza de uma consulta médica tradicional.
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-01_2011-01-15.html
Com um maior esclarecimento, os pacientes tendem a aderir melhor ao seu tratamento. Entendem porque estão tomando esse ou aquele remédio e passam a encarar uma orientação nutricional com uma maior possibilidade de adequação ao plano proposto. Passam a saber trocar alimentos e comer adequadamente em casa, no trabalho e no lazer. Não precisam mais das tabelas e tem maior liberdade de conduzir seu tratamento.
A informação adequada nunca é demais. Não se constitui em um desafio ao médico. Perguntar enriquece a consulta e não ofende. Pelo contrário, dá ao médico e à nutricionista a chance de estreitar os laços da relação e fidelizar o paciente. Com isso o paciente pode entender a diferença entre uma consulta virtual e uma consulta real. Isso será muito bom para ambas as partes.
Apesar das freqüentes solicitações dos e-pacientes em serem consultados e medicados pela internet, eles precisam entender o risco dessa atitude. Nada substitui a consulta médica, pois ela define as sutis diferenças entre as pessoas e suas doenças e comprovam que diferentes pessoas com doenças semelhantes muitas vezes devem ser tratadas de maneiras diferentes. Assim, as descrições superficiais dos problemas médicos expostos pela internet nunca poderão substituir a riqueza de uma consulta médica tradicional.
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-01_2011-01-15.html
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A polêmica sobre os riscos e benefícios do álcool
Nos últimos 10 anos, uma verdadeira polêmica tem sacudido as discussões médicas e seus debates acadêmicos. No centro do debate, o álcool, suscitando posições diametralmente opostas, expondo a verdade sobre o tema: não há consenso, portanto o mais correto é dizer que não sabemos ao certo, se os benefícios superam os riscos.
Tudo começou com um estudo da Organização Mundial de Saúde publicado na revista médica The Lancet em 1992, demonstrando uma menor incidência de infarto entre os franceses, apesar dos conhecidos fatores de risco dessa população como tabagismo e elevada ingestão de gordura saturada. O segredo dos franceses foi atribuído ao seu consumo regular de vinho tinto, que aumentaria a fração protetora do colesterol, o chamado HDL.
Depois desse, muitos outros trabalhos científicos sérios e de alta credibilidade, descrevem as maravilhas do consumo regular e moderado do vinho. Além do vinho, os pesquisadores passaram a descrever os benefícios do próprio álcool, seja ele oriundo de bebidas fermentadas ou destiladas. Um dos estudos de grande relevância no assunto também foi publicado no periódico The Lancet em 1994, mostrando uma queda progressiva da mortalidade por doenças cardiovasculares em povos com maior índice de ingestão de bebidas alcoólicas em geral.
A polêmica continua nos dias de hoje como a recente publicação da revista Internal and Emergency Medicine nesse mês, recomendando o consumo de álcool para melhorar a saúde do coração e concluindo que quem bebe pouco deve ser encorajado a continuar.
Apesar do sucesso entre o público leigo, os benefícios do álcool são constantemente questionados pela comunidade científica e a polêmica continua.
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-16_2011-01-31.html#2011_01-31_08_43_06-142670378-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Tudo começou com um estudo da Organização Mundial de Saúde publicado na revista médica The Lancet em 1992, demonstrando uma menor incidência de infarto entre os franceses, apesar dos conhecidos fatores de risco dessa população como tabagismo e elevada ingestão de gordura saturada. O segredo dos franceses foi atribuído ao seu consumo regular de vinho tinto, que aumentaria a fração protetora do colesterol, o chamado HDL.
Depois desse, muitos outros trabalhos científicos sérios e de alta credibilidade, descrevem as maravilhas do consumo regular e moderado do vinho. Além do vinho, os pesquisadores passaram a descrever os benefícios do próprio álcool, seja ele oriundo de bebidas fermentadas ou destiladas. Um dos estudos de grande relevância no assunto também foi publicado no periódico The Lancet em 1994, mostrando uma queda progressiva da mortalidade por doenças cardiovasculares em povos com maior índice de ingestão de bebidas alcoólicas em geral.
A polêmica continua nos dias de hoje como a recente publicação da revista Internal and Emergency Medicine nesse mês, recomendando o consumo de álcool para melhorar a saúde do coração e concluindo que quem bebe pouco deve ser encorajado a continuar.
Apesar do sucesso entre o público leigo, os benefícios do álcool são constantemente questionados pela comunidade científica e a polêmica continua.
Fonte: http://comersemculpa.blog.uol.com.br/arch2011-01-16_2011-01-31.html#2011_01-31_08_43_06-142670378-0?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
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Pessoas otimistas vivem melhor
Um artigo publicado recentemente no periódico Current Directions in Psychological Science revisou diversas pesquisas para determinar se é verdade que o otimismo é benéfico para a saúde.
O pesquisador Anthony Ong, da Universidade de Cornell (EUA) sugere a partir da sua pesquisa que emoções positivas podem ser antídotos poderosos contra estresse, dores e doenças.
Ele especula que as pessoas mais felizes são aquelas que têm uma atitude pró-ativa em relação ao envelhecimento ou que evitam comportamentos pouco saudáveis. São indivíduos que fazem exercícios regularmente, não fumam e praticam sexo seguro.
Atitudes como essas se tornam cada vez mais importantes à medida que a idade avança e as doenças se tornam mais freqüentes. Além disso, pessoas mais positivas têm níveis menores de estresse.
Ong diz que “Todos nós envelhecemos. É como nós envelhecemos, entretanto, que determina a qualidade das nossas vidas”.
Fonte: http://http://www.hebron.com.br/
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Obesidade aumenta o risco de câncer
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde no relatório Saúde Brasil de 2010 apontam para um dado alarmante: 46,6% da população brasileira esta acima do peso. O excesso de gordura no corpo pode acarretar em doenças como diabetes, problemas cardíacos e surgimentos de cânceres.
O câncer é a segunda maior causa de mortes no mundo. Só no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que a doença deva atingir cerca de um milhão de pessoas em 2011. Em 2010 o INCA, em parceria com o Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF), publicou o documento Polítcas e Ações para prevenção do Câncer no Brasil: Alimentação, Nutrição e Atividade Física, que concluiu que parte considerável desses casos poderiam ser evitados com o combate à obesidade.
A alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras, associadas à atividades físicas, pode ajudar na prevenção do câncer. Por outro lado, uma alimentação rica em gorduras, alimentos industrializados, sal e álcool aumentam os riscos de desenvolver tumores.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
O câncer é a segunda maior causa de mortes no mundo. Só no Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que a doença deva atingir cerca de um milhão de pessoas em 2011. Em 2010 o INCA, em parceria com o Fundo Mundial para Pesquisa contra o Câncer (WCRF), publicou o documento Polítcas e Ações para prevenção do Câncer no Brasil: Alimentação, Nutrição e Atividade Física, que concluiu que parte considerável desses casos poderiam ser evitados com o combate à obesidade.
A alimentação balanceada, rica em frutas, verduras, cereais e carnes magras, associadas à atividades físicas, pode ajudar na prevenção do câncer. Por outro lado, uma alimentação rica em gorduras, alimentos industrializados, sal e álcool aumentam os riscos de desenvolver tumores.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
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Anvisa propõe novas exigências para registro de produtos agrotóxicos
Apresentação de estudos sobre avaliação de riscos nos trabalhadores rurais será requisito obrigatório para registro de agrotóxicos no Brasil. É o que prevê a consulta pública aberta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta sexta-feira (28/1).
A avaliação do risco é um procedimento mais sensível e acurado que permite analisar possíveis efeitos dos agrotóxicos na saúde. “Apesar de já analisarmos a toxicidade das substâncias presentes nos agrotóxicos, a avaliação do risco possibilitará reduzir ainda mais os agravos indesejados associados à exposição da população a esses produtos”, explica o diretor da Anvisa, Agenor Álvares. Os agrotóxicos que causam mutações genéticas, câncer, alterações fetais, e danos reprodutivos continuarão impedidos de registro, conforme determinado pela Lei.
Outra novidade proposta é que os estudos, apresentados pelas empresas para que a Agência realize análise toxicológica dos agrotóxicos, sejam conduzidos em laboratórios com certificação de Boas Práticas Laboratoriais (BPL). “Essa ação permitirá maior segurança quanto à credibilidade dos estudos apresentados e maior rastreabilidade dos resultados, além de uniformizar nosso trabalho com o do Ibama, que já efetua essa exigência”, afirma Álvares. Além disso, harmoniza a documentação de avaliações toxicológicas com o que já era solicitado para os estudos de resíduos de agrotóxicos em alimentos, de acordo com a resolução da Anvisa de 2006.
A consulta pública atualiza, ainda, os estudos que devem ser apresentados pelas empresas para obtenção de avaliação toxicológica de agrotóxicos e produtos técnicos. Os critérios de classificação toxicológica dos produtos também foram revisados. Para Álvares, a nova proposta permite ao Brasil estar alinhado às normas internacionais mais atualizadas para avaliação de agrotóxicos e produtos técnicos.
Registro
No Brasil, o registro de agrotóxicos é realizado pelo Ministério da Agricultura, órgão que analisa a eficácia agronômica desses produtos. Porém, a anuência da Anvisa e do Ibama é requisito obrigatório para que o agrotóxico possa ser registrado.
A Anvisa realiza avaliação toxicológica dos produtos quanto ao impacto na saúde da população. Já o Ibama observa os riscos que essas substâncias oferecem ao meio ambiente.
Atualização
A Consulta Pública 02/2011 propõe uma atualização da Portaria 03/1992 do Ministério da Saúde. A proposta é resultado de dois anos de trabalho da Agência e foi aprovada na Agenda Regulatória de 2009, instrumento que expõe os temas considerados pela Anvisa como prioritários para regulação.
Participação
Sugestões para Consulta Pública 02/2011 deverão ser encaminhadas por escrito, no prazo de 60 dias,para o endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, SIA, Trecho 5, Área Especial 57, Bloco D – sub-solo, Brasília/DF, CEP 71.205-050; por Fax 61-3462-5726; ou para o email: toxicologia@anvisa.gov.br
Confira aqui a íntegra da consulta pública.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/01/31/anvisa-propoe-novas-exigencias-para-registro-de-produtos-agrotoxicos/
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