Entrevista de Manuela Azenha, de Cuiabá (MT) via Viomundo, com Wanderlei Pignati, expõe que até 13 metais pesados, 13 solventes, 22 agrotóxicos e 6 desinfetantes na água que você bebe !
Há cinco anos, Lucas do Rio Verde, município de Mato Grosso, foi vítima de um acidente ampliado de contaminação tóxica por pulverização aérea. Wanderlei Pignati, médico e doutor na área de toxicologia, fez parte da equipe de perícia no local. Apesar de inconclusiva, ela revelava índices preocupantes de contaminação.
Em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Pignati passou então a dirigir suas pesquisas à região Centro-Oeste. Professor na Universidade Federal do Mato Grosso, há dez anos ele estuda os impactos do agronegócio na saúde coletiva. É o estado onde mais se aplica agrotóxicos e fertilizantes químicos no Brasil, país campeão no consumo mundial dessas substâncias. Pignati alerta que três grandes bacias hidrográficas se localizam no Mato Grosso, portanto quando se mexe com agrotóxico no estado, a contaminação da água produz impacto enorme.
O projeto de pesquisa coordenado por Pignati tem o compromisso de levar às populações afetadas os dados levantados e os diagnósticos. Para ele, é fundamental promover um movimento social de vigilância sanitária e ambiental que envolva não só entidades do governo, mas a sociedade civil organizada e participativa.
Diferentemente da União Européia, aqui a legislação não acompanha a produção de conhecimento científico acerca do tema. Segundo Pignati, a legislação nacional, permissiva demais, limita a poluição das indústrias urbanas e rurais, enquanto paralelamente a legaliza.
As portarias de potabilidade da água, por exemplo, ampliaram cada vez mais o limite de resíduos tóxicos na água que bebemos. E na revisão da portaria que está prestes a acontecer, pretende-se ampliar ainda mais.
Pignati condena a campanha nacional em prol do álcool e do biodiesel, energias que considera altamente prejudiciais e poluentes para o país que as produz: “Se engendrou toda uma campanha para dizer que o biodiesel viria da mamona, do girassol, de produtos que incentivariam a agricultura familiar, mas é mentira, vem quase tudo do óleo de soja”.
Assim como a pesquisadora cearense Raquel Rigotto, Pignati também questiona a confiabilidade do “uso seguro dos agrotóxicos”, um aparato de normas e procedimentos que mesmo se contasse com estrutura para seu funcionamento ideal, ainda assim não garantiria o manejo absolutamente seguro dos venenos.
Para Pignati, a falta de investimento na vigilância à saúde e ao ambiente no Brasil é uma questão de prioridade: “Tem muito dinheiro para vigilância, mas não para o homem. Existe um verdadeiro SUS que cuida de soja e gado, produtos para exportação”.
Viomundo – Desde o acidente de Lucas do Rio Verde, o que o senhor vem pesquisando?
Wanderlei Pignati – Na verdade, faz mais de dez anos que pesquisamos os impactos do agronegócio ao homem e ao ambiente.
Na safra de 2009 pra 2010, Mato Grosso usou 105 milhões de litros de agrotóxico. O Brasil usou 900 milhões, quase 1 bilhão de litros de agrotóxicos. É o maior consumidor do mundo. E Lucas do Rio Verde usou 5 milhões em 2009. Aonde vai parar esse volume todo? É isso o que temos pesquisado.
Estudamos a contaminação das águas e para isso a gente trabalha com bacias. No Mato Grosso, você tem várias bacias. A bacia do Pantanal, que é do rio Paraguai e nasce aqui no estado. Tem a bacia do Araguaia, uma de suas grandes nascentes é o rio Morto, aqui em Campo Verde. E a bacia do Amazonas em Lucas do Rio Verde, cujas nascentes são os rios Verde e Teles Pires.
Portanto, quando você mexe com agrotóxico e fertilizante químico no Mato Grosso, está mexendo com as três grandes bacias do Brasil: a do Araguaia, a Amazônica e a do Pantanal. A bacia do Pantanal é uma questão mais séria ainda porque ela vai atingir outros países, como Paraguai, Argentina e Uruguai. Tem três grandes bacias e três biomas no estado: o pantanal, o cerrado e a floresta.
As nascentes dos rios dessas bacias estão dentro das plantações de soja. É o mesmo caso da bacia do Xingu, o maior parque indígena do Brasil. As suas nascentes estão nos municípios em volta, onde está cheio de plantação de soja, de milho e algodão. Queriam implantar mais uma série de usinas de açúcar e álcool no entorno do pantanal, mas veio um decreto do presidente proibindo. O agronegócio não respeita essa questão das bacias e nem das nascentes dos rios. Essa problemática é o que estudamos.
Em Lucas do Rio Verde, em 2006, houve um acidente agudo que saiu na mídia. Na mídia daqui, saiu pouco porque é muito comprometida com quem a paga, que na época era o governador Blairo Maggi. Ele tem a mídia sob controle. Na época, estavam dissecando soja em torno das plantações, que se estendem até a beira da cidade. Planta-se e pulveriza-se com trator ou com avião. Em Lucas, pulverizava-se a soja transgênica, que é muito pior para o ambiente do que a soja normal.
A maioria da soja já é transgênica?
Wanderlei Pignati – No Mato Grosso, 80% dessa última safra já é. No Rio Grande do Sul, é 95%. Agora está entrando muito milho transgênico também. Aqui, tira-se a soja e planta-se o milho. São duas safras grandes de plantação aqui.
Os transgênicos exigem mais agrotóxicos?
Wanderlei Pignati – A soja transgênica sim, porque não é resistente à praga, ela é resistente a um agrotóxico, que é o glifosato. Esse é um agrotóxico bastante usado, que a Monsanto patenteou com o nome de Roundup. Na soja comum, você não pode usar o glifosato depois de ela ter nascido, porque ele mata o mato e a soja também. Mata minhoca, fungo, bactérias sensíveis a ele. Por biotecnologia, pegaram uma bactéria resistente ao glifosato e injetaram o DNA dessa bactéria no DNA da soja.
Então, o glifosato só era usado antes da soja nascer para matar as ervas daninhas. Agora, como é resistente, aplica-se o glifosato a cada quinze dias e o uso dele foi multiplicado na soja. Depois, precisa madurar e dissecar a soja rapidamente para plantar o milho. No meio natural, demora um mês e pouco. Com esse dissecante, em três dias a soja madura, seca e a máquina já pode entrar na plantação. Isso para aproveitar as chuvas da segunda safra e plantar o milho. Mas para dissecar agora já não se pode usar o glifosato, porque a soja é resistente a ele. Então usa-se outro tipo de agrotóxico, o diquat ou o paraquat, classificado como classe 1, extremamente tóxico. O glifosato é classe 4, tóxico também, mas pouco. O paraquat é proibido na União Européia.
Além de multiplicar o uso do glifosato, você agora usa um agrotóxico extremamente tóxico como secante [da soja]. E não é tóxico só para o humano, ele é altamente perigoso para o ambiente, porque mata tudo quanto é coisa, abelha, pássaro. E no caso de Lucas, eles estavam dissecando a soja de avião, usando diquat e paraquat em torno da cidade.
Uma nuvem foi para dentro da cidade e queimou todas as plantas medicinais. Tinha um horto de plantas medicinais com mais de 100 canteiros que abastecia várias cidades. Foram queimadas as hortaliças e plantas ornamentais da cidade também. Deu um surto agudo de vômito, diarréia e alergia de pele em crianças e idosos. Os médicos classificaram como rotavirose.
Nós da Universidade Federal do Mato Grosso fomos chamados pelo Ministério Público de Lucas do Rio Verde e do estado para fazer uma perícia. A gente viu que a coisa era bastante séria, um acidente sério que acontece todo dia. É a chamada deriva de agrotóxico. É previsível, porque os agrônomos sabem que tem vento, o vento não está parado. Então, você passa agrotóxico perto da cidade e o vento vai levá-lo para lá.
O pessoal se esconde por trás da palavra “deriva” para dizer que aquilo foi um acidente, mas é um acontecimento previsível. Passar um agrotóxico extremamente tóxico a partir de um avião é mais previsível ainda. Mesmo quando o agrotóxico já está no solo, ele depois se evapora. Jogar veneno é um ataque quase de guerra. Não se trata de pesticida ou defensivo agrícola. Na legislação, está como agrotóxico. O trabalhador que está passando o agrotóxico pode estar protegido com todos os EPI (equipamento de proteção individual), mas e o ambiente? Vai colocar EPI nas outras plantas? Querem matar os insetos, o fungo, a erva daninha. Então teria de colocar EPI nos outros animais, como no peixe e no cavalo.
O uso seguro do agrotóxico é altamente questionável. Pode ser seguro para o trabalhador, isso se ele usar todos os EPI. Mesmo assim, tem toda uma questão da eficiência e eficácia desses EPI. Sou também médico do trabalho e a gente vê isso. A eficiência e eficácia do EPI é de 90%, se [os trabalhadores] usarem máscara com o filtro químico adequado. E o resto do vestimento? Agrotóxico penetra até pelo olho! Pela mucosa, pela pele. Então teria que ter até um cilindro de oxigênio para respirar igual a um astronauta. O filtro pega 80% ou 90% dos tipos de agrotóxico. Hoje, você tem mais de 600 tipos de princípios ativos e são 1.500 tipos de produtos formulados. Tem agrotóxicos novos com moléculas muito pequenas que passam pelo filtro. Então, com toda a proteção ideal, você protege o trabalhador. Mas, e o ambiente?
Os resíduos vão sair na água, depois na chuva, vão ficar no ar, vão para o lençol freático. A gente viu isso na cidade, depois fizemos uma perícia mas ficou inconclusiva. Por isso, resolvemos fazer uma pesquisa junto com a Fiocruz. Ao mesmo tempo, estava-se articulando pesquisas em outros estados aqui da região Centro-Oeste. O nome da nossa pesquisa é “Avaliação do risco à saúde humana decorrente do uso do agrotóxico na agricultura e pecuária na região Centro-Oeste”. A gente pegou dois municípios e um município-controle, em que quase não se usa agrotóxico.
As pesquisas em Lucas do Rio Verde já estão bastante avançadas?
Wanderlei Pignati – Já. Talvez a análise do leite materno tenha sido um dos últimos tópicos, mas a gente continua com sapos e com peixes. Em outros municípios, a gente não fez o teste do leite, por exemplo. Mas isso porque Lucas é o maior produtor de milho no estado do Mato Grosso, terceiro em produção de soja. Então achamos que era necessário o trabalho. Analisamos o leite materno de 62 mulheres em Lucas, 20% das nutrizes amamentando no ano passado. Todas as amostras revelaram algum agrotóxico. Mas o que mais deu nessas amostras é um derivado de DDT, que se usava na agricultura até 1985 e na saúde pública, até 1998, para combater a malária.
Só que ele é cumulativo, entra na gordura e não sai mais. O segundo que mais deu foi endossulfam, 40%. É um clorado proibido faz 20 anos na União Européia. E por ser um clorado também fica acumulado na gordura. Retirar o leite é uma maneira de analisar os resíduos de agrotóxico na gordura, menos agressiva que uma biópsia. Quando a mulher fabrica o leite, as gorduras mais antigas vão para o leite.
Depois desse acidente, despertou na população um movimento de querer saber o que está acontecendo.
E depois que a perícia averigua a causa do acidente, o que acontece?
Wanderlei Pignati – Algumas coisas você comprova na hora, outras demoram anos. Fazemos análise de resíduo de agrotóxico na água, no solo, na chuva, no leite.
Para avaliar o leite, a gente começou há três anos a desenvolver uma técnica para analisar dez agrotóxicos de uma só vez. Uma substância isolada é custosa em termos de dinheiro e tempo e, analisando dez substâncias, a chance de encontrar resíduos é maior. Das amostras, 100% deram pelo menos um tipo de agrotóxico. Pegamos os 27 tipos de agrotóxicos mais consumidos na região do Mato Grosso e fizemos as análises. Dentre os 27 mais consumidos, você não tem o glifosato, por exemplo, que é o herbicida mais usado no país, porque não tínhamos tecnologia no Brasil para analisá-lo. Hoje tem, mas é muito cara. Os únicos que fazem esse exame são meia dúzia de laboratórios.
Periodicamente a gente levanta dados, tem as dissertações de alunos. No nosso grupo de estudos, tem uma aluna que estuda resíduo de agrotóxico em leite, outra que estudou agrotóxicos e câncer. Onde tem a maior incidência de câncer aqui no MT? Justamente nas regiões produtoras do estado. Em torno de Sinop: Lucas do Rio Verde, Sorriso, Nova Mutum, que são os municípios no entorno. A região de Tangará da Serra, Sapezal, Campos Novos dos Parecis, que são os grandes produtores de soja. E a região de Rondonópolis, Primavera, Campo Verde, Itiquira, onde se produz muito algodão.
São as grandes regiões produtoras onde tem maior incidência de câncer, má formação, intoxicação aguda. Você tem 80% a 90% desmatado nesses lugares. Se está desmatado, é porque está se plantando soja, milho e algodão até a beira das casas. Mato Grosso produz 50% do algodão do Brasil e é justamente a cultura que mais usa agrotóxico. No Mato Grosso, em média, um hectare de soja usa dez litros de agrotóxico: herbicida, inseticida, fungicida e o dissecante. O milho usa seis litros. A cana, quatro litros e o algodão, vinte.
Como a gente tem grande produção de soja — são seis milhões de hectares de soja no Mato Grosso –, dá 60 milhões de litros de agrotóxico na soja. Obtemos esses números no INDEA [Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso], onde todo receituário agronômico e uso de agrotóxico é registrado. Na maioria dos estados não tem, mas deveria haver esse banco de dados. São 40 municípios que consomem 80% desses 100 milhões de litros de agrotóxicos.
No geral, ocorre uma contaminação, inclusive da chuva, que tem muito agrotóxico presente. Ele evapora, depois desce, principalmente no período de chuva, que é quando mais se usa agrotóxico. Na entressafra, chove pouquíssimo. Então, quase ninguém está plantando. O agrotóxico evapora, desce e vai para toda região, não só para aquele município onde foi aplicado. Vai para o ar também. Se você está pulverizando a alguns metros de uma escola, esse ar vai para os alunos, para os professores. E os poços artesianos a alguns metros de uma grande plantação de soja, milho ou algodão também se contaminam.
Com o tempo, o agrotóxico vai penetrando no solo e sai no poço, mesmo que esteja a 50, 60, 70 metros de profundidade. Isso é o que a gente chama de poço semi-artesiano e a maioria é assim. Uma região de cerrado tem pouco abastecimento por córrego, é mais por poço artesiano que as cidades e comunidades rurais se abastecem.
Encaminhamos o relatório dessa pesquisa para o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico]. Lá em Lucas, a gente já fez uma audiência pública na Câmara Municipal, onde apresentamos esses dados. Estavam presentes vários professores, vereadores, os secretários da saúde, educação e agricultura. As Secretarias da Agricultura e do Meio Ambiente são juntas em 140 dos 141 municípios de Mato Grosso. O grande poluidor do meio ambiente — a agricultura químico-dependente, que desmata e usa muito agrotóxico e fertilizante químico – tem o mesmo gestor e fiscalizador que o meio ambiente. A maioria dos secretários da agricultura é de fazendeiros, eles não vão denunciar a poluição dos colegas deles. Aqui no estado, a única exceção é Cuiabá, mas é onde não tem agricultura.
O MP [Ministério Público] está elaborando um termo de ajuste de conduta. Em Campo Verde também teve uma audiência pública para estabelecer uma legislação com os dados parciais que a gente já tinha e fazer uma legislação que determinasse a distância mínima para pulverização no entorno da cidade. O promotor recebeu o relatório e está preparando um ajuste de conduta também.
Esses lugares são semelhantes entre si, porque são dos 40 municípios do estado que consomem 80% dos agrotóxicos, dos fertilizantes químicos e das sementes. A dinâmica é parecida nesses 40 municípios. Desmata-se e pulveriza-se até a beira do córrego, no entorno dele e nas nascentes. As comunidades rurais e a própria cidade ficam ilhadas no meio das plantações.
No pasto, usa-se muito herbicida e inseticida e isso vai entrar no ciclo da carne. Os outros suínos e as aves são contaminados pela soja e pelo milho, porque a ração desses animais é à base desses produtos. Dessa maneira, os resíduos dos agrotóxicos vão parar nos alimentos.
O Ministério da Saúde analisou 20 tipos de alimentos e 30% pelo menos deram algum tipo de agrotóxico. A maioria dos agrotóxicos analisados — foram mais de cem – é autorizado aqui no Brasil.
Uma boa parte, uns 14, está sob revisão. Dois ou três foram proibidos e o endossulfam, bastante usado aqui e muito tóxico, vai ser proibido a partir de julho de 2013.
Metamidofois, outro fosforado, que dá muito problema no sistema nervoso, psiquiátrico, até doença de Parkinson, vai ser proibido a partir de julho do ano que vem. Esses são proibidos há vinte anos na União Europeia e aqui quando é proibido, é só partir de 2013. Sabe-se que o metamidofós é cancerígeno, neurotóxico e mesmo assim só será proibido a partir de julho do ano que vem.
Já existe conhecimento científico suficiente para uma política mais incisiva? Por que é tão permissiva a legislação brasileira em relação aos agrotóxicos?
Wanderlei Pignati – Você tem a lei do agrotóxico, a Lei 7.802 de 1989, depois regulamentada pelo decreto 4074, de 2002. Mas existem alguns furos. Primeiro, quem está fiscalizando? É um volume imenso de agrotóxicos, todos permitidos no Brasil. Teria de haver alguns critérios. E os critérios que existem, como a distância mínima de 500 metros de nascente de água, casas, criação de animais, ninguém respeita.
Mas os critérios no Brasil são diferentes? Por que os proibidos lá fora, aqui são permitidos?
Wanderlei Pignati – São diferentes. Os mais tóxicos são proibidos lá e aqui permitidos. Isso por causa da nossa dependência econômica. Quem governa o Brasil? Aqui, no Mato Grosso, os grandes governantes são fazendeiros, assim como no Goiás. Falo de governantes não só do executivo, mas do legislativo também. Deputados estaduais, os vereadores, uma boa parte é fazendeiro e comprometido com esse modelo de desenvolvimento.
Não querem mudar agora o Código Florestal para devastar mais ainda? Aqui, no Mato Grosso, 80% estão devastados por quê? Na região Amazônica também. Segundo a lei, teria que desmatar 20% e preservar 80% nas áreas de floresta, de preservação permanente. No cerrado, você pode desmatar 70% e deixar 30%.
Os agrotóxicos são fabricados lá fora e vêm para o Brasil. O compromisso dos empresários que vendem esses produtos não é com a saúde. E o grande fazendeiro quer saber de matar o que ele chama de praga.
A gente tem que inverter isso, quem é a praga que começou a desmatar, depois a usar um monte de veneno? Dá para produzir sem o veneno? Dá, é o modelo da agroecologia. Entra no modelo dos orgânicos.
O maior produtor de açúcar e álcool orgânico é o Brasil. É produzido numa cidade do interior de São Paulo, Sertãozinho. São 16 mil hectares de cana num processo industrial semelhante ao outro, tem máquina cortando mas sem usar uma gota de fertilizante químico ou agrotóxico. Começou 30 anos atrás, selecionando as sementes, as mudas de cana resistentes. Montou-se um laboratório próprio, com biólogo, engenheiro, para eles mesmos selecionarem ao invés de comprar sementes já selecionadas.
Diferentemente dos outros produtores, que dependem da meia dúzia de empresas que dominam toda indústria de semente de soja, milho, algodão, feijão, arroz. Essas empresas não fazem seleção para não usar agrotóxico ou fertilizante químico, se não como vai ficar a indústria deles, de fertilizante e agrotóxico? O mesmo dono da patente da semente é o dono do agrotóxico e do fertilizante químico. E mais ainda: é o mesmo que produz o medicamento, da indústria química.
Hoje, uma boa parte de medicação que a gente usa para tratar pessoas que tiveram infecção aguda, câncer ou uma outra doença neurológica, psiquiátrica, é produzido por quem produz fertilizante químico e agrotóxico. É um complexo químico-industrial, estão todos ligados.
É um tanto esquizofrênico para essa sociedade que se diz desenvolvida. Tem que ser outro modelo de desenvolvimento, isso porque eu estou discutindo a área agrícola sem entrar na indústria urbana, que é semelhante.
Existe uma legislação para limitar a poluição e uma legislação paralela para legalizá-la. Os jornalistas perguntam quanto que é o limite máximo permitido de agrotóxico no litro d’água? A gente já chegou a esse grau de não questionamento, de não se indignar, de acatar isso.
Se você pegar a Portaria 518 de 2004, do Ministério da Saúde, que chama-se Portaria da Potabilidade da Água, dá pra ver o que é permitido ter na água hoje. A gente fala muito de coliformes fecais. Mas e os agrotóxicos são permitidos? E os solventes? E metais pesados? Todos eles são permitidos.
O litro de água que você bebe hoje, de acordo com essa portaria, pode ter 13 tipos de metais pesados, 13 tipos de solventes, 22 tipos de agrotóxicos diferentes e 6 tipos de desinfetantes. Hoje, a questão mais importante na contaminação da água não é mais a bactéria, mas toda essa contaminação química.
Essas portarias de potabilidade da água aumentaram cada vez mais o limite de contaminação. Por quê?
Wanderlei Pignati – Se você comparar essa portaria com a da União Européia, vai ver que aqui tem 22 tipos de agrotóxicos enquanto lá pode ter, no máximo, cinco. Os limites lá são ínfimos.
Enquanto lá você pode ter 20 microgramas de glifosato, aqui pode ter 500 microgramas. E ainda querem subir para mais. A primeira portaria, de 1977, podia ter 12 agrotóxicos, 10 metais pesados, zero solventes e zero derivados de desinfetantes. A seguinte já é de 1990. A vigente é de 2004. Isso acompanha o crescimento da população urbana e rural, que se reflete na água. Os agrotóxicos são a poluição rural. Não se faz um tratamento adequado da água, só tiram os coliformes, botam cloro e fazem um tratamento primário. Esse tratamento, de 100 anos atrás, é feito por decantação.
Você coloca o produto, ele decanta, vai todo para o fundo, aí você aspira. É como limpar uma piscina. E os produtos químicos que ficaram dissolvidos na água? Quem usa muito solvente são as indústrias urbanas. Metais pesados são usados nas indústrias urbanas e na agricultura também, junto com os fertilizantes químicos. Aquilo se acumula durante anos e sai na água. A portaria da potabilidade da água reflete a legalização da poluição urbana e rural.
Como o desenvolvimento urbano e rural foi crescendo, as portarias foram permitindo cada vez mais?
Wanderlei Pignati – Sim, porque essas substâncias vão sendo usadas cada vez mais. Depois, na revisão da portaria, já querem aumentar o limite. Querem tirar alguns agrotóxicos antigos e colocar outros novos. É uma sociedade sem muita informação e sem muita indignação. A grande mídia fala de limite máximo de resíduo como se fosse uma banalidade. Tudo isso é permitido na água? O leite da vaca tem um monte de coisa permitida também, agrotóxicos que são muito usados no pasto e vão parar na carne e no leite.
Agora, quando é carne para exportar e existe esse limite de resíduo, aí fazemos as análises. Às vezes, volta soja e carne porque não foram aprovados pelo nível de resíduo de lá [do país importador]. Alguém já viu incinerar aqueles vários navios de soja que voltaram? Depois que o produto saiu da indústria e foi para o supermercado daqui, seja carne, frango, soja, milho, quem fiscaliza?
A vigilância sanitária do município ou do estado tem que ir fazer as análises, e não se faz isso de maneira rotineira. Quando fazem análise de algum produto, analisam o coliforme fecal. Vêem se aquele produto entrou em putrefação. Mas vai fazer análise de resíduo de agrotóxico, que é cara?
Não fazem as análises por falta de estrutura?
Wanderlei Pignati – Por falta de estrutura, mas não tem estrutura porque não tem investimento. Mas para exportar não fazem as análises? E para cuidar da saúde do boi e da soja? Existe muito dinheiro para a vigilância à saúde no Brasil, mas não para o homem. Existe a vigilância do boi e da soja. O SUS do boi e da soja. A vigilância do boi e da soja tem escritórios do governo do estado nos 142 municípios, com agrônomo, veterinário. Tem mais de 20 carros. Quem é que faz toda a estrutura para vacinar 27 milhões de cabeças de gado do Mato Grosso?
Fazem campanha, o veterinário vai todo mês na fazenda ver se vacinou ou não contra febre aftosa. O fazendeiro compra a vacina, tudo bem, que é o custo menor. Aqui, no Mato Grosso, você tem 500 mil crianças abaixo de cinco anos e qual é a cobertura contra sarampo, hepatite, meningite, tuberculose? Vacinou quantos por cento das crianças? As 27 milhões de cabeças [de gado] estão todas vacinadas, do contrário não são exportadas. A infraestrutura é com o dinheiro público, mas os bois são de dinheiro privado. Com a soja, é a mesma coisa. Tem toda uma estrutura para não espalhar a ferrugem, que é um fungo da soja. Os agrônomos da Saúde tiram amostra, orientam os fazendeiros, fazem análise. O boi para exportar recebe cuidado, mas o que fica aqui e vai parar no supermercado, não.
O Mato Grosso é o maior produtor agrícola e maior consumidor de agrotóxico do país. O senhor acha que a alta produtividade de Mato Grosso depende do agrotóxico?
Wanderlei Pignati – As duas coisas estão ligadas. Cada vez se consome mais. Há dez anos, o hectare de soja consumia 8 litros e não 10 litros de agrotóxico, como hoje. Porque hoje você tem uma série de plantas já resistentes aos vários tipos de agrotóxicos. Então, primeiro você usa mais para ver se resolve. Depois, você troca por outro mais tóxico.
Mas é viável eliminar os agrotóxicos?
Wanderlei Pignati – Se você partir do sistema e começar a substituir a semente, sair desse domínio da semente, lógico que é viável, em grande escala. Como acontece em Sertãozinho, o maior produtor de açúcar orgânico do mundo. Eles exportam 99,9% dos produtos para União Européia. Hoje em dia a UE está preferindo nossos produtos orgânicos. Hoje tem algumas fazendas produzindo soja orgânica ou mesmo a soja tradicional, não transgênica, que já consome menos agrotóxico.
A UE prefere a soja não transgênica não só por causa do gene da bactéria que foi colocado junto com o da soja, mas também por causa dos resíduos do agrotóxico. Tem um nível de glifosato maior e depois, para dissecar, é usado o diquat ou paraquat, que é proibido na UE. Na China, na Índia, nos países do Oriente Médio e da África, esses produtos entram. Vamos levar a poluição para os nossos irmãos da África, da Ásia, que lá não tem controle nenhum. A sociedade precisa abrir os olhos e se mobilizar.
O governo Lula manteve esse modelo de desenvolvimento?
Wanderlei Pignati – Manteve, inclusive incentivou muito. Ele entrou dizendo que faria reforma agrária e fez praticamente nada. Ele fez 10% do que foi prometido. Em relação aos fazendeiros, ajudou o investimento na produção do biodiesel, da cana, ajudou a arrumar os portos, as estradas, mantendo algumas coisas do Fernando Henrique Cardoso. Por exemplo, manteve a antiga lei Kandir, em que os produtos rurais são isentos de imposto de exportação e do ICMS, então produzem soja e não fica um tostão aqui. Só produto industrializado é que paga imposto. Então, por que a gente produz tanta soja, exporta e mantém pouca industrialização aqui?
A carne é a mesma coisa, se você industrializar o que tem no frigorífico e transformar em salsicha, linguiça, aí paga imposto. E ainda vieram os governos estaduais, acabando com o ICMS.
Agrotóxico não paga ICMS, mas medicamento paga. Carros usados na agricultura, como tratores, não pagam ICMS aqui em Mato Grosso. São um monte de benesses que os governos federal e estadual deram ao agronegócio. Para a agricultura familiar, deu um pouquinho, para não dizer que não deu nada. Deram 95% aos grandes e 5% para a agricultura familiar.
Essa assistência técnica que o governo dá para os grandes produtores de boi e soja não tem nos assentamentos rurais. O governo manteve o modelo e ampliou mais ainda com o negócio do biodiesel, do álcool, dizendo que é a energia mais limpa do mundo. É mais limpa quando está dentro do navio, pronta para exportar, pois aqui dentro o álcool é a energia mais suja do mundo. E agora o biodiesel. Tem que desmatar, usar agrotóxico, fertilizante químico, é o que mais emprega trabalho escravo, é o que mais está matando trabalhador na zona rural, inclusive de exaustão. Polui com os detritos dessas indústrias rurais.
Nossa gasolina tem que ter 20% de álcool e se consome muito nos carros a álcool. Agora, por decreto governamental, o diesel é 5% biodiesel. E de onde vem? Se engendrou toda uma campanha para dizer que viria da mamona, do girassol, de produtos que incentivariam a agricultura familiar. Mentira, hoje, 95% vem do óleo de soja. O Mato Grosso é um dos maiores produtores de biodiesel. Você pega o óleo de soja, que é um alimento, e transforma em óleo para ser misturado com o diesel lá em Paulínia [São Paulo]. O Lula incentivou isso. A maior indústria de biodiesel do Brasil fica aqui em Barra do Bugres e há dois anos o Lula veio aqui inaugurar. Agora já tem dezenas no país todo. Assim como o álcool, com o qual poderia se produzir açúcar e outros alimentos em vez de ser produzido para carros.
Do governo Dilma pode se esperar alguma mudança?
Wanderlei Pignati – É continuidade do governo que prioriza o desenvolvimento industrial urbano e rural nesse mesmo modelo. Pode piorar ainda mais se passar essa reforma do Código Florestal. Não é o governo da Dilma, é de vários partidos, como foi o do Lula. Um monte de empresários que permitem e mantêm esse modelo. A gente pensou que o governo Lula fosse mudar, não digo acabar com o capitalismo, mas, pelo menos, mudar um pouco essa correlação. Melhorar a agricultura familiar, ir no sentido da agroecologia, dar o mesmo privilégio de financiamento para os grandes e pequenos produtores. Nada disso aconteceu.
Lula ampliou o sistema de crédito para a agricultura familiar. O senhor não acha o suficiente para inverter o rumo do desenvolvimento?
Ele ampliou no orçamento, mas no financeiro, quem conseguiu pegar? Grande parte dos assentamentos não tem uma legalização que pode ir lá pegar o financiamento. E se conseguir pegar, cadê a assistência técnica para ele produzir? A agricultura familiar vive um drama. Os pequenos produtores podem pegar 10 mil reais e o grande pega 10 milhões, 20 milhões. Desses 10 milhões de reais, ele vai investir oito e com os outros dois milhões, ele compra apartamento, outras coisas.
O pequeno, que pegou 10 mil reais para produzir, é com muito sacrifício, bota toda a família para trabalhar. São políticas iguais para o grande e para o pequeno — e não funciona assim. Tem de ter uma estrutura de crédito, de manejo, de assistência, que hoje não há. O grande produtor tem seus agrônomos. O pequeno, não. Fica sendo uma política mais demonstrativa, “dei tantos milhões”. Mas quantos pegaram? E os que pegaram o financiamento, quantos cumpriram aquilo? O pequeno gosta de cumprir. Os grandes não precisam, porque depois vem a anistia, eles não pagam impostos
Fonte: http://www.viomundo.com.br/entrevistas/wanderlei-pignati-dinheiro-para-a-vigilancia-de-boi-e-soja-tem-para-a-saude-do-homem-nao.html
segunda-feira, 2 de maio de 2011
O médico e especialista em agrotóxicos Wanderlei Pignati, expõe que há até 13 metais pesados, 13 solventes, 22 agrotóxicos e 6 desinfetantes na água que bebemos
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
13:10
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sexta-feira, 29 de abril de 2011
Triglicérides pode ser mais perigoso que colesterol para AVC
Um estudo de pesquisadores na Dinamarca mostrou que o nível de triglicérides sem jejum está relacionado a um risco maior de AVC em homens e mulheres. Já o colesterol alto esta associado a tal risco apenas entre os homens. A pesquisa, que analisou dados de 33 anos, foi publicada pelo jornal científico “Annals of Neurology”.
Evidências médicas sugerem que o alto nível de triglicérides sem jejum demonstra uma grande quantidade de fragmentos de lipoproteínas, partículas semelhantes ao LDL – conhecido como “colesterol ruim”.
Ambos contribuem para a formação de placas que podem levar ao entupimento das vias coronarianas. “Interessantemente, as guias atuais de prevenção de derrames têm recomendações quanto a níveis desejáveis de colesterol, mas não de triglicérides sem jejum”, disse a autora do artigo, Marianne Benn, do Hospital Universitário de Copenhague.
“Nosso estudo foi o primeiro a examinar o risco de derrame para níveis muito altos de triglicérides sem jejum em comparação com níveis muito altos de colesterol na população geral”, prosseguiu. Mulheres com o triglicérides em 443 mg/dL têm uma possibilidade quase 3,9 vezes maior de sofrerem um derrame, em comparação com as que tem o nível em até 89 mg/dL.
Entre os homens, com estes mesmos indicadores, o risco é 2,3 vezes maior. No entanto, quando o nível de colesterol passa de 348 mg/dL, o risco relativo sobe para 4,4. O estudo acompanhou 7.579 mulheres e 6.372 homens, todos brancos e de origem dinamarquesa. Seus dados começaram a ser coletados entre 1976 e 1978 e foram analisados ao longo de até 33 anos.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Evidências médicas sugerem que o alto nível de triglicérides sem jejum demonstra uma grande quantidade de fragmentos de lipoproteínas, partículas semelhantes ao LDL – conhecido como “colesterol ruim”.
Ambos contribuem para a formação de placas que podem levar ao entupimento das vias coronarianas. “Interessantemente, as guias atuais de prevenção de derrames têm recomendações quanto a níveis desejáveis de colesterol, mas não de triglicérides sem jejum”, disse a autora do artigo, Marianne Benn, do Hospital Universitário de Copenhague.
“Nosso estudo foi o primeiro a examinar o risco de derrame para níveis muito altos de triglicérides sem jejum em comparação com níveis muito altos de colesterol na população geral”, prosseguiu. Mulheres com o triglicérides em 443 mg/dL têm uma possibilidade quase 3,9 vezes maior de sofrerem um derrame, em comparação com as que tem o nível em até 89 mg/dL.
Entre os homens, com estes mesmos indicadores, o risco é 2,3 vezes maior. No entanto, quando o nível de colesterol passa de 348 mg/dL, o risco relativo sobe para 4,4. O estudo acompanhou 7.579 mulheres e 6.372 homens, todos brancos e de origem dinamarquesa. Seus dados começaram a ser coletados entre 1976 e 1978 e foram analisados ao longo de até 33 anos.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
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Gene ligado ao consumo de álcool
Uma pesquisa conduzida por um grupo internacional de dezenas de cientistas conseguiu identificar um gene que pode ter um papel importante no consumo de álcool.
O estudo é destaque na nova edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Os pesquisadores analisaram amostras de DNA de mais de 26 mil voluntários em busca de genes que pudessem afetar o consumo de bebidas alcoólicas.
Os resultados foram comparados com dados de outras 21 mil pessoas. Os participantes disseram quando bebiam por meio de questionários. De acordo com os autores, encontrar uma variante genética que influencia os níveis de consumo de álcool pode levar a um melhor entendimento sobre os mecanismos por trás do alcoolismo.
O gene é denominado AUTS2, sigla para “candidato para suscetibilidade ao autismo número 2”. Estudos anteriores indicaram a relação do gene com o autismo e com o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.
A nova pesquisa, liderada por cientistas do Imperial College London e do King's College London, verificou que há duas versões do AUTS2, uma três vezes mais comum do que a outra. Indivíduos com a versão menos comum do gene bebem em média 5% menos álcool do que as pessoas com a versão mais comum, apontou o estudo.
O gene se mostrou mais ativo nas regiões do cérebro associadas com mecanismos de recompensa neurofisiológicas, o que sugere que possa ter um papel importante na regulagem na resposta à ingestão de bebidas alcoólicas. Sabe-se que o consumo de álcool é parcialmente determinado geneticamente, mas até agora o único gene conhecido com contribuição significativa era um que decodifica a álcool-desidrogenase, enzima que quebra as moléculas do álcool no fígado. “Claro que há muitos fatores que afetam quanto de álcool uma pessoa bebe, mas sabemos que os genes têm um papel importante.
A diferença promovida por esse gene específico [AUTS2] é pequena, mas, ao descobrir o seu papel, abrimos uma nova área na pesquisa sobre os mecanismos biológicos que controlam a ingestão de bebidas alcoólicas”, disse Paul Elliott, da Escola de Saúde Pública do Imperial College London, um dos coordenadores da pesquisa.
“Uma vez que as pessoas bebem por motivos muito diferentes, entender o comportamento especificamente influenciado pelo gene identificado ajuda a compreender melhor as bases biológicas desses motivos. Esse é um passo importante em busca do desenvolvimento de prevenções e tratamentos individuais para o abuso de álcool e para o alcoolismo”, disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College London, primeiro autor do artigo.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
O estudo é destaque na nova edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Os pesquisadores analisaram amostras de DNA de mais de 26 mil voluntários em busca de genes que pudessem afetar o consumo de bebidas alcoólicas.
Os resultados foram comparados com dados de outras 21 mil pessoas. Os participantes disseram quando bebiam por meio de questionários. De acordo com os autores, encontrar uma variante genética que influencia os níveis de consumo de álcool pode levar a um melhor entendimento sobre os mecanismos por trás do alcoolismo.
O gene é denominado AUTS2, sigla para “candidato para suscetibilidade ao autismo número 2”. Estudos anteriores indicaram a relação do gene com o autismo e com o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.
A nova pesquisa, liderada por cientistas do Imperial College London e do King's College London, verificou que há duas versões do AUTS2, uma três vezes mais comum do que a outra. Indivíduos com a versão menos comum do gene bebem em média 5% menos álcool do que as pessoas com a versão mais comum, apontou o estudo.
O gene se mostrou mais ativo nas regiões do cérebro associadas com mecanismos de recompensa neurofisiológicas, o que sugere que possa ter um papel importante na regulagem na resposta à ingestão de bebidas alcoólicas. Sabe-se que o consumo de álcool é parcialmente determinado geneticamente, mas até agora o único gene conhecido com contribuição significativa era um que decodifica a álcool-desidrogenase, enzima que quebra as moléculas do álcool no fígado. “Claro que há muitos fatores que afetam quanto de álcool uma pessoa bebe, mas sabemos que os genes têm um papel importante.
A diferença promovida por esse gene específico [AUTS2] é pequena, mas, ao descobrir o seu papel, abrimos uma nova área na pesquisa sobre os mecanismos biológicos que controlam a ingestão de bebidas alcoólicas”, disse Paul Elliott, da Escola de Saúde Pública do Imperial College London, um dos coordenadores da pesquisa.
“Uma vez que as pessoas bebem por motivos muito diferentes, entender o comportamento especificamente influenciado pelo gene identificado ajuda a compreender melhor as bases biológicas desses motivos. Esse é um passo importante em busca do desenvolvimento de prevenções e tratamentos individuais para o abuso de álcool e para o alcoolismo”, disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College London, primeiro autor do artigo.
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Componente do brócolis pode ajudar pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Cientistas americanos descobriram que o sulforafano, composto encontrado nos brotos de brócolis, poderia ajudar a eliminar a bactérias que afetam os pulmões, segundo um estudo publicado na revista americana "Science Translational".
O sulforafano está presente nas verduras da família da couve e se apresenta como um possível tratamento para prevenir ou reduzir as infecções que frequentemente afetam os fumantes e os pacientes com doenças pulmonares.
Um pulmão saudável se encarrega por si mesmo de expulsar as pequenas partículas de pó, os resíduos e as bactérias estranhas que entram através do aparelho respiratório junto com o oxigênio que respiramos. No entanto, este sistema de "autolimpeza" é disfuncional nos fumantes, e as pessoas com um tipo de doença chamada enfermidade pulmonar obstrutiva crônica (Epoc) ou Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uma grave patologia respiratória.
As duas formas mais frequentes da doença são a bronquite crônica, definida por uma tosse prolongada com muco, e o enfisema, que ajuda a deterioração dos pulmões a longo prazo. O Epoc, que afeta 24 milhões de americanos e 210 milhões de pessoas no mundo todo, é a terceira causa de morte nos Estados Unidos. O médico Shyam Biswal, do Departamento de Ciências da Saúde Ambiental da Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins analisaram os macrófagos (células do sistema imunológico) dos pulmões de pacientes com a enfermidade, assim como os de ratos expostos à fumaça do cigarro.
Os pesquisadores concluíram que o tratamento com sulforafano estimula a ativação da via de sinalização celular Nrf2 tanto nas células humanas dos pulmões com Epoc quanto as dos pulmões dos ratos expostos à fumaça. A ativação da via Nrf2 restaura a capacidade dos macrófagos pulmonares para eliminar as bactérias dos pulmões, com o que uma dieta rica em sulforafano poderia ajudar aos doentes a melhorarem.
"Nossas descobertas sugerem que os macrófagos dos pulmões dos pacientes com a enfermidade têm uma falha no processo chamado fagocitose, que consiste na destruição de bactérias ou agentes nocivos para o organismo", disse Biswal.
Os pesquisadores descobriram que, ainda segundo o médico, "a ativação da via Nrf2 induzida pelo sulforafano restaurou a capacidade dos macrófagos pulmonares para se unir e combater as bactérias".
"O estudo poderá ajudar a explicar a relação entre a dieta e a doença pulmonar, e aumenta o potencial de novos enfoques para o tratamento da doença frequentemente devastadora", afirmou Robert Wise, professor de Medicina da Escola de Medicina de Johns Hopkins e co-autor da pesquisa.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
O sulforafano está presente nas verduras da família da couve e se apresenta como um possível tratamento para prevenir ou reduzir as infecções que frequentemente afetam os fumantes e os pacientes com doenças pulmonares.
Um pulmão saudável se encarrega por si mesmo de expulsar as pequenas partículas de pó, os resíduos e as bactérias estranhas que entram através do aparelho respiratório junto com o oxigênio que respiramos. No entanto, este sistema de "autolimpeza" é disfuncional nos fumantes, e as pessoas com um tipo de doença chamada enfermidade pulmonar obstrutiva crônica (Epoc) ou Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uma grave patologia respiratória.
As duas formas mais frequentes da doença são a bronquite crônica, definida por uma tosse prolongada com muco, e o enfisema, que ajuda a deterioração dos pulmões a longo prazo. O Epoc, que afeta 24 milhões de americanos e 210 milhões de pessoas no mundo todo, é a terceira causa de morte nos Estados Unidos. O médico Shyam Biswal, do Departamento de Ciências da Saúde Ambiental da Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins analisaram os macrófagos (células do sistema imunológico) dos pulmões de pacientes com a enfermidade, assim como os de ratos expostos à fumaça do cigarro.
Os pesquisadores concluíram que o tratamento com sulforafano estimula a ativação da via de sinalização celular Nrf2 tanto nas células humanas dos pulmões com Epoc quanto as dos pulmões dos ratos expostos à fumaça. A ativação da via Nrf2 restaura a capacidade dos macrófagos pulmonares para eliminar as bactérias dos pulmões, com o que uma dieta rica em sulforafano poderia ajudar aos doentes a melhorarem.
"Nossas descobertas sugerem que os macrófagos dos pulmões dos pacientes com a enfermidade têm uma falha no processo chamado fagocitose, que consiste na destruição de bactérias ou agentes nocivos para o organismo", disse Biswal.
Os pesquisadores descobriram que, ainda segundo o médico, "a ativação da via Nrf2 induzida pelo sulforafano restaurou a capacidade dos macrófagos pulmonares para se unir e combater as bactérias".
"O estudo poderá ajudar a explicar a relação entre a dieta e a doença pulmonar, e aumenta o potencial de novos enfoques para o tratamento da doença frequentemente devastadora", afirmou Robert Wise, professor de Medicina da Escola de Medicina de Johns Hopkins e co-autor da pesquisa.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
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Consumo de ômega-3 durante a gravidez reduz risco de depressão pós-parto
O consumo durante a gravidez do ácido graxo ômega-3, encontrado em peixes como o salmão, reduz o risco de depressão pós-parto, segundo um estudo de cientistas americanos.
A doutora Michelle Price Judge, da Escola de Enfermagem da Universidade de Connecticut, demonstrara previamente que o consumo durante a gravidez do ácido docosahexaenoico (DHA), um ácido graxo poli-insaturado da série ômega-3, auxilia o desenvolvimento do bebê e quis saber o efeito que poderia ter na depressão pós-parto.
Para o novo estudo, analisou os hábitos alimentares de 52 mulheres grávidas que foram divididas em dois grupos. Metade tomou um placebo e às mulheres do outro grupo foram administrados 300 miligramas de DHA cinco dias por semana entre as semanas 24 e 40 da gravidez, uma quantidade similar à de meia porção de salmão.
Os especialistas acompanharam as mães e mediram sua situação emocional através de uma escala de depressão pós-parto realizada pela doutora Cheryl Beck, da Universidade de Connecticut e coautora do estudo.
Segundo outras pesquisas mencionadas pelos autores, aproximadamente 25% das mães padecem deste tipo de depressão, que afeta as relações familiares e tem consequências no desenvolvimento afetivo da criança.
A análise dos dados indica que as mães que fizeram parte do grupo que consumiu pescado foram menos propensas a manifestar sintomas relacionados com a ansiedade. Michelle e sua equipe assinalaram durante o Congresso de Biologia Experimental 2011, realizado em Washington, que seria necessário um estudo maior para entender o porquê e o alcance dos benefícios do ômega-3 para a saúde mental da mãe. Ainda assim, foi recomendado o consumo de peixes ricos neste tipo de ácidos graxos entre dois e três dias por semana, já que são ricos em proteínas e minerais
Fonte: http://www.hebron.com.br/
A doutora Michelle Price Judge, da Escola de Enfermagem da Universidade de Connecticut, demonstrara previamente que o consumo durante a gravidez do ácido docosahexaenoico (DHA), um ácido graxo poli-insaturado da série ômega-3, auxilia o desenvolvimento do bebê e quis saber o efeito que poderia ter na depressão pós-parto.
Para o novo estudo, analisou os hábitos alimentares de 52 mulheres grávidas que foram divididas em dois grupos. Metade tomou um placebo e às mulheres do outro grupo foram administrados 300 miligramas de DHA cinco dias por semana entre as semanas 24 e 40 da gravidez, uma quantidade similar à de meia porção de salmão.
Os especialistas acompanharam as mães e mediram sua situação emocional através de uma escala de depressão pós-parto realizada pela doutora Cheryl Beck, da Universidade de Connecticut e coautora do estudo.
Segundo outras pesquisas mencionadas pelos autores, aproximadamente 25% das mães padecem deste tipo de depressão, que afeta as relações familiares e tem consequências no desenvolvimento afetivo da criança.
A análise dos dados indica que as mães que fizeram parte do grupo que consumiu pescado foram menos propensas a manifestar sintomas relacionados com a ansiedade. Michelle e sua equipe assinalaram durante o Congresso de Biologia Experimental 2011, realizado em Washington, que seria necessário um estudo maior para entender o porquê e o alcance dos benefícios do ômega-3 para a saúde mental da mãe. Ainda assim, foi recomendado o consumo de peixes ricos neste tipo de ácidos graxos entre dois e três dias por semana, já que são ricos em proteínas e minerais
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gestação,
ômega 3
Distrações da memória
A capacidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo cai à medida que o homem envelhece. Uma nova pesquisa aponta que o motivo pelo qual pessoas mais velhas têm mais dificuldade em alternar tarefas está nas redes neurais.
Lidar com múltiplas tarefas envolve a memória de curta duração, que define a capacidade de manter e manipular uma determinada informação em um período de tempo.
Essa memória de trabalho é a base de todas as operações mentais, de decorar um número de telefone a digitá-lo em um aparelho, de manter o ritmo de uma conversa a conduzir funções complexas como raciocinar ou aprender.
“Os resultados do estudo sugerem que o impacto negativo das múltiplas tarefas na memória de trabalho não é necessariamente um problema com a memória, mas deriva de uma interação entre atenção e memória”, disse Adam Gazzaley, professor da Universidade da Califórnia em San Francisco, um dos autores do estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
De acordo com o estudo, a dificuldade em realizar mais de uma tarefa em um mesmo período de tempo está no momento de alternar entre uma atividade e outra. O problema fundamental não são as próprias tarefas ou as interrupções, mas as distrações. A pesquisa indica que a capacidade do cérebro em ignorar informações irrelevantes cai com a idade e que isso impacta na memória de trabalho.
O estudo reforça que as “coisas da idade”, como costumam ser chamados episódios comuns de distração e esquecimento, têm um impacto maior em indivíduos mais velhos
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Lidar com múltiplas tarefas envolve a memória de curta duração, que define a capacidade de manter e manipular uma determinada informação em um período de tempo.
Essa memória de trabalho é a base de todas as operações mentais, de decorar um número de telefone a digitá-lo em um aparelho, de manter o ritmo de uma conversa a conduzir funções complexas como raciocinar ou aprender.
“Os resultados do estudo sugerem que o impacto negativo das múltiplas tarefas na memória de trabalho não é necessariamente um problema com a memória, mas deriva de uma interação entre atenção e memória”, disse Adam Gazzaley, professor da Universidade da Califórnia em San Francisco, um dos autores do estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
De acordo com o estudo, a dificuldade em realizar mais de uma tarefa em um mesmo período de tempo está no momento de alternar entre uma atividade e outra. O problema fundamental não são as próprias tarefas ou as interrupções, mas as distrações. A pesquisa indica que a capacidade do cérebro em ignorar informações irrelevantes cai com a idade e que isso impacta na memória de trabalho.
O estudo reforça que as “coisas da idade”, como costumam ser chamados episódios comuns de distração e esquecimento, têm um impacto maior em indivíduos mais velhos
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Caminhadas podem beneficiar pacientes de Mal de Parkinson
Uma nova pesquisa desenvolvida na Universidade de Maryland e apresentado na 63ª reunião anual da American Academy of Neurology, evidenciou que portadores de doença de Parkinson podem se beneficiar mais de caminhadas em esteiras a uma velocidade confortável do que praticando o exercício com mais intensidade, aumentando velocidade e inclinação.
Em um experimento, 67 pessoas que sofrem da doença foram separadas em três grupos que se exercitaram de formas diferentes. Um grupo fez caminhada de baixa intensidade por 50 minutos em uma esteira, o segundo grupo fez caminhada de alta intensidade por 30 minutos e o terceiro fez alongamentos com pesos.
Os indivíduos praticaram os exercícios três vezes por semana durante um período de três meses. Os resultados mostraram que todos os tipos de exercícios foram benéficos para os pacientes, mas que a caminhada de baixa intensidade proporcionou melhorias mais consistentes de mobilidade dos pacientes.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Em um experimento, 67 pessoas que sofrem da doença foram separadas em três grupos que se exercitaram de formas diferentes. Um grupo fez caminhada de baixa intensidade por 50 minutos em uma esteira, o segundo grupo fez caminhada de alta intensidade por 30 minutos e o terceiro fez alongamentos com pesos.
Os indivíduos praticaram os exercícios três vezes por semana durante um período de três meses. Os resultados mostraram que todos os tipos de exercícios foram benéficos para os pacientes, mas que a caminhada de baixa intensidade proporcionou melhorias mais consistentes de mobilidade dos pacientes.
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Estrogênio diminui riscos de câncer e doenças cardíacas
Em uma descoberta que desafia a ciência convencional a respeito dos riscos de certos hormônios usados na menopausa, um importante estudo de caráter governamental apontou que, após anos usando terapias de reposição apenas com estrogênio, algumas mulheres apresentaram risco consideravelmente menor de câncer de mama e ataque cardíaco.
A pesquisa, parte do difundido estudo Women's Health Initiative, acabou por surpreender as mulheres e seus médicos, que, durante anos, ouviram notícias amedrontadoras sobre os riscos da terapia de reposição hormonal.
No entanto, muitos desses receios têm a ver com o uso de uma combinação de dois hormônios, o estrogênio e a progesterona, prescritos para aliviar a sensação de calor e outros sintomas decorrentes da menopausa, sempre mostrando aumentar o risco de câncer de mama nas mulheres.
As novas descobertas, recentemente divulgadas no The Journal of the American Medical Association (JAMA), provêm do estudo Women's Health Initiative feito com 10.739 mulheres que já passaram por histerectomia, a remoção cirúrgica do útero ou parte dele.
Aproximadamente um terço das mulheres no mundo com mais de 50 anos já fizeram essa cirurgia. O estudo Women’s Health Initiative foi iniciado em 1991 pelo National Institutes of Health como uma investigação minuciosa do uso de hormônios e outros problemas relacionados à saúde das mulheres em período pós-menopausa.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
A pesquisa, parte do difundido estudo Women's Health Initiative, acabou por surpreender as mulheres e seus médicos, que, durante anos, ouviram notícias amedrontadoras sobre os riscos da terapia de reposição hormonal.
No entanto, muitos desses receios têm a ver com o uso de uma combinação de dois hormônios, o estrogênio e a progesterona, prescritos para aliviar a sensação de calor e outros sintomas decorrentes da menopausa, sempre mostrando aumentar o risco de câncer de mama nas mulheres.
As novas descobertas, recentemente divulgadas no The Journal of the American Medical Association (JAMA), provêm do estudo Women's Health Initiative feito com 10.739 mulheres que já passaram por histerectomia, a remoção cirúrgica do útero ou parte dele.
Aproximadamente um terço das mulheres no mundo com mais de 50 anos já fizeram essa cirurgia. O estudo Women’s Health Initiative foi iniciado em 1991 pelo National Institutes of Health como uma investigação minuciosa do uso de hormônios e outros problemas relacionados à saúde das mulheres em período pós-menopausa.
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Estudo mostra que câncer de ovário começa nas trompas
Um grupo de pesquisadores norte-americanos conseguiu recriar em laboratório o processo de formação do câncer de ovário, produzindo evidências sólidas de que os tumores começam nas trompas de falópio, e não nos próprios ovários, de acordo com um estudo publicado segunda-feira (18).
A descoberta pode ajudar a descobrir novas maneiras de combater o câncer nos ovários - que, na maior parte dos casos, não apresenta sintomas que permitam seu diagnóstico precoce, espalhando-se pelo organismo sem ser percebido.
O câncer nos ovários é o quinto mais mortífero para as mulheres. Ao todo, afeta 200 mil pessoas por ano, matando cerca de 115 mil em média. Estudos anteriores já haviam desenvolvido hipóteses dando conta de que este carcinoma pode, na verdade, ter origem em algum outro órgão, mas a pesquisa dos cientistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, de Boston, é a primeira a mostrar como a doença começa no tecido das trompas de falópio.
As trompas de falópio - ou tubas uterinas - são os canais por onde o óvulo desce dos ovários para o útero durante o ciclo reprodutivo feminino. Ronny Drapkin, principal autor do estudo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", disse que análises anteriores feitas com tecido tubário de mulheres com predisposição a desenvolver o câncer de ovário já haviam mostrado "traços de células que eram antecessores de sérios tipos de câncer".
Assim, sua equipe decidiu tentar replicar o processo de formação do câncer dentro do laboratório. Os pesquisadores usaram células tubárias e alteraram sua programação genética para que elas se dividissem como células cancerosas. "Da mesma forma que as células de um tumor, estas células cancerosas 'artificiais' se proliferaram rapidamente e conseguiram deixar seu tecido de origem para crescer em outro local", indica o estudo.
"Quando implantadas em cobaias animais, elas também deram origem a tumores estrutural, genética e comportamentalmente semelhantes ao HGSOC (sigla científica para câncer de ovário) humano", explica.
Para Drapkin, a descoberta mostra que as células tubárias são a fonte do câncer de ovário, e dá pistas para o desenvolvimento de futuros tratamentos. "Estudos como este vão nos ajudar a identificar os diferentes tipos de câncer de ovário e, possivelmente, a descobrir marcadores biológicos - proteínas no sangue - que apontam a presença da doença", afirmou Drapkin, que é professor assistente da Escola de Medicina de Harvard.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
A descoberta pode ajudar a descobrir novas maneiras de combater o câncer nos ovários - que, na maior parte dos casos, não apresenta sintomas que permitam seu diagnóstico precoce, espalhando-se pelo organismo sem ser percebido.
O câncer nos ovários é o quinto mais mortífero para as mulheres. Ao todo, afeta 200 mil pessoas por ano, matando cerca de 115 mil em média. Estudos anteriores já haviam desenvolvido hipóteses dando conta de que este carcinoma pode, na verdade, ter origem em algum outro órgão, mas a pesquisa dos cientistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, de Boston, é a primeira a mostrar como a doença começa no tecido das trompas de falópio.
As trompas de falópio - ou tubas uterinas - são os canais por onde o óvulo desce dos ovários para o útero durante o ciclo reprodutivo feminino. Ronny Drapkin, principal autor do estudo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", disse que análises anteriores feitas com tecido tubário de mulheres com predisposição a desenvolver o câncer de ovário já haviam mostrado "traços de células que eram antecessores de sérios tipos de câncer".
Assim, sua equipe decidiu tentar replicar o processo de formação do câncer dentro do laboratório. Os pesquisadores usaram células tubárias e alteraram sua programação genética para que elas se dividissem como células cancerosas. "Da mesma forma que as células de um tumor, estas células cancerosas 'artificiais' se proliferaram rapidamente e conseguiram deixar seu tecido de origem para crescer em outro local", indica o estudo.
"Quando implantadas em cobaias animais, elas também deram origem a tumores estrutural, genética e comportamentalmente semelhantes ao HGSOC (sigla científica para câncer de ovário) humano", explica.
Para Drapkin, a descoberta mostra que as células tubárias são a fonte do câncer de ovário, e dá pistas para o desenvolvimento de futuros tratamentos. "Estudos como este vão nos ajudar a identificar os diferentes tipos de câncer de ovário e, possivelmente, a descobrir marcadores biológicos - proteínas no sangue - que apontam a presença da doença", afirmou Drapkin, que é professor assistente da Escola de Medicina de Harvard.
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câncer de ovário
Dieta de poucos carboidratos ajuda na redução de gordura no fígado
Uma nova pesquisa desenvolvida na Universidade do Texas (EUA) e publicada essa semana no American Journal of Clinical Nutrition, levou médicos a afirmarem que reduzir a ingestão de carboidratos é mais eficiente para diminuir a gordura no fígado do que a redução de calorias.
Em um experimento, cientistas recrutaram 18 pessoas com gordura no fígado (não causada por álcool) e designaram a um grupo uma dieta com poucas caloria0s, enquanto o segundo grupo seguiu uma dieta com poucos carboidratos.
Após 14 dias, os participantes da dieta de poucos carboidratos tinham perdido mais gordura do fígado do que o outro grupo.
Os pesquisadores ainda não sabem explicar a diferença de perda de gordura entre os dois grupos, mas eles acreditam que a descoberta pode ser significativa para tratamentos de diversas doenças, como a diabetes e a resistência à insulina.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Em um experimento, cientistas recrutaram 18 pessoas com gordura no fígado (não causada por álcool) e designaram a um grupo uma dieta com poucas caloria0s, enquanto o segundo grupo seguiu uma dieta com poucos carboidratos.
Após 14 dias, os participantes da dieta de poucos carboidratos tinham perdido mais gordura do fígado do que o outro grupo.
Os pesquisadores ainda não sabem explicar a diferença de perda de gordura entre os dois grupos, mas eles acreditam que a descoberta pode ser significativa para tratamentos de diversas doenças, como a diabetes e a resistência à insulina.
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Pagar pessoas para perder peso funciona, indica estudo
Um estudo britânico de 400 pessoas, batizado de "libras por quilos", descobriu que quase metade dos analisados perdeu mais de 5% do seu peso corporal. O artigo foi publicado no "Journal of Public Health".
Em média, os indivíduos --muitos deles trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês)-- perderam cerca de 4 kg em um ano e receberam cerca de 180 libras.
A informação foi publicada no site do jornal britânico "The Telegraph" nesta sexta-feira.
Segundo os pesquisadores, os resultados mostram que o esquema funciona tanto quando programas de perda de peso existentes e poderia ser estendido para todo o país.
Para Clare Relton, da Universidade de Sheffield, "o recrutamento para este programa de incentivo financeiro sugere que a perda de peso pode ser aceitável pelo público em geral e pelos funcionários do NHS, além de homens e mulheres".
O presidente do National Obesity Forum, David Haslam, disse que, anteriormente, estava cético em relação à pesquisa, no caso dos pacientes pararem de perder peso se deixassem de ser pagos.
Mas em declaração à revista "Pulse", disse: "Quatro quilos em um ano é um número muito bom. Se estamos interessados nos ganhos para a saúde, este é o negócio".
A incitava "libras por quilos" recrutou 402 pessoas, 42,5% das quais eram funcionárias do NHS. A média de idade era de 45,1 anos; a média inicial de peso, 101,8 kg; e mais da metade era do sexo feminino.
Os participantes foram submetidos a planos de perda de peso de diversas durações e pesados novamente no fim de cada um.
No total, 44,8% tiveram perda de peso "clinicamente significativa" de mais de 5% do seu peso corporal; 23,6% perderam mais de 10%.
Apenas 38% dos participantes terminaram seus planos, número abaixo do de esquemas existentes, como o Vigilantes do Peso.
Mas a perda de peso média de 5 kg em 12 meses, incluindo aqueles que desistiram, foi maior do que a média do Vigilantes do Peso --4,02 kg.
Mesmo admitindo que aqueles que desistiram retornaram ao seu peso original, os dados sugerem que a perda de peso média geral para todos aqueles que participaram foi de 4 kg.
A incitava teve custo total de 75 mil libras e uma média de 186,57 libras por paciente.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/909233-pagar-pessoas-para-perder-peso-funciona-indica-estudo.shtml
Em média, os indivíduos --muitos deles trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês)-- perderam cerca de 4 kg em um ano e receberam cerca de 180 libras.
A informação foi publicada no site do jornal britânico "The Telegraph" nesta sexta-feira.
Segundo os pesquisadores, os resultados mostram que o esquema funciona tanto quando programas de perda de peso existentes e poderia ser estendido para todo o país.
Para Clare Relton, da Universidade de Sheffield, "o recrutamento para este programa de incentivo financeiro sugere que a perda de peso pode ser aceitável pelo público em geral e pelos funcionários do NHS, além de homens e mulheres".
O presidente do National Obesity Forum, David Haslam, disse que, anteriormente, estava cético em relação à pesquisa, no caso dos pacientes pararem de perder peso se deixassem de ser pagos.
Mas em declaração à revista "Pulse", disse: "Quatro quilos em um ano é um número muito bom. Se estamos interessados nos ganhos para a saúde, este é o negócio".
A incitava "libras por quilos" recrutou 402 pessoas, 42,5% das quais eram funcionárias do NHS. A média de idade era de 45,1 anos; a média inicial de peso, 101,8 kg; e mais da metade era do sexo feminino.
Os participantes foram submetidos a planos de perda de peso de diversas durações e pesados novamente no fim de cada um.
No total, 44,8% tiveram perda de peso "clinicamente significativa" de mais de 5% do seu peso corporal; 23,6% perderam mais de 10%.
Apenas 38% dos participantes terminaram seus planos, número abaixo do de esquemas existentes, como o Vigilantes do Peso.
Mas a perda de peso média de 5 kg em 12 meses, incluindo aqueles que desistiram, foi maior do que a média do Vigilantes do Peso --4,02 kg.
Mesmo admitindo que aqueles que desistiram retornaram ao seu peso original, os dados sugerem que a perda de peso média geral para todos aqueles que participaram foi de 4 kg.
A incitava teve custo total de 75 mil libras e uma média de 186,57 libras por paciente.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/909233-pagar-pessoas-para-perder-peso-funciona-indica-estudo.shtml
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Dr. Frederico Lobo
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Coca-Cola rejeita pedido para tirar bisfenol A de suas latas
Pedido veio de acionistas preocupados com a crescente pressão da população e proibição do químico em vários países; pesquisas associam substância a câncer, diabetes e obesidade
Mesmo depois da Comunidade Europeia ter proibido o bisfenol A (BPA).
Mesmo depois de todas as pesquisas científicas terem associado o químico à doenças como diabetes e câncer.
Mesmo depois das mães do Canadá terem saído às ruas pedindo o fim do químico em embalagens de alimentos.
Mesmo depois da indústria de alimentação no Japão ter retirado voluntariamente o bisfenol do contato com seus produtos.
Mesmo depois de todas as campanhas e comprovações sobre os malefícios do bisfenol A, o CEO da Coca-Cola, Muhtar Kent, disse ontem que empresa não acredita que haja evidências científicas suficientes para descontinuar o uso de BPA na resina epóxi utilizada como revestimento interno de suas latas.
A declaração aconteceu ontem durante a assembléia anual, realizada em Atlanta (EUA), em resposta à solicitação de um grupo de acionistas que pediu o fim do BPA nas embalagens de refrigerantes e sucos. A proposta dos acionistas teve esse ano 26% de adesão, 20% a mais de apoio do que no ano passado, quando idéia semelhante foi apresentada.
Risco Financeiro? – A proposta foi apresentada por três grupos que defendem os direitos dos acionistas e pede que a Coca-Cola “prepare um relatório para os acionistas revelando como está respondendo à crescente preocupação de consumidores em relação à segurança do BPA em produtos; desenhe um plano para desenvolver alternativas à resina epóxi com BPA; e revele o que a empresa está fazendo para manter sua liderança e a confiança do público neste tema. Michael Passoff, estrategista senior do grupo As You Sow, um dos grupos de acionistas, novamente rotulou a Coca como “uma indústria que está ficando para trás” alertando que isso “não era um bom sinal para seus investidores”.
A proposta foi apoiada por investidores de peso, incluindo a ISS e a Glass Lewis, duas das maiores empresas de consultoria no gerenciamento de ações dos Estados Unidos, além de acionistas institucionais como a CalPERS, o maior fundo de pensão do mundo.
A Domini Social Investments e a Trillium Asset Management Corporation também fazem parte da aliança, que afirmou que o receio está baseado “no risco financeiro e regulatório” que a empresa pode estar se expondo ao “ignorar os avanços na pesquisa científica, a reavaliação de agências regulatórias e a preocupação com o potencial risco à saúde que o BPA representa, assim como novas propostas legislativas que estão considerando a proibição do bisfenol A.”
A Coca-Cola afirmou que concorda com o consenso de agências regulatórias em vários países que afirma que o BPA presente no revestimento interno de latas não representa um risco à saúde humana. “Se tivéssemos qualquer dúvida em relação à segurança de nossas embalagens, nós descontinuaríamos o uso do BPA,”disse Kent na assembleia ontem. “É simples assim”.
No website da empresa foi publicada a seguinte declaração: “Estamos trabalhando com terceiros para produzir outros tipos de revestimento interno que incluem produtos sem BPA. Atualmente, o único sistema comercialmente viável para revestimento interno de latas para produção em massa de bebidas embaladas com latas de alumínio contém o BPA.”
“Nós levamos muito a sério a preocupação de nossos consumidores e queremos que saibam que temos confiança na segurança de todas as embalagens que utilizamos em nossas bebidas.”
Fontes: Food Production Daily - 28 de abril de 2011 e http://www.otaodoconsumo.com.br/voce-e-o-que-come-na-embalagem-que-consome/coca-cola-rejeita-pedido-para-tirar-bisfenol-a-de-suas-latas
Mesmo depois da Comunidade Europeia ter proibido o bisfenol A (BPA).
Mesmo depois de todas as pesquisas científicas terem associado o químico à doenças como diabetes e câncer.
Mesmo depois das mães do Canadá terem saído às ruas pedindo o fim do químico em embalagens de alimentos.
Mesmo depois da indústria de alimentação no Japão ter retirado voluntariamente o bisfenol do contato com seus produtos.
Mesmo depois de todas as campanhas e comprovações sobre os malefícios do bisfenol A, o CEO da Coca-Cola, Muhtar Kent, disse ontem que empresa não acredita que haja evidências científicas suficientes para descontinuar o uso de BPA na resina epóxi utilizada como revestimento interno de suas latas.
A declaração aconteceu ontem durante a assembléia anual, realizada em Atlanta (EUA), em resposta à solicitação de um grupo de acionistas que pediu o fim do BPA nas embalagens de refrigerantes e sucos. A proposta dos acionistas teve esse ano 26% de adesão, 20% a mais de apoio do que no ano passado, quando idéia semelhante foi apresentada.
Risco Financeiro? – A proposta foi apresentada por três grupos que defendem os direitos dos acionistas e pede que a Coca-Cola “prepare um relatório para os acionistas revelando como está respondendo à crescente preocupação de consumidores em relação à segurança do BPA em produtos; desenhe um plano para desenvolver alternativas à resina epóxi com BPA; e revele o que a empresa está fazendo para manter sua liderança e a confiança do público neste tema. Michael Passoff, estrategista senior do grupo As You Sow, um dos grupos de acionistas, novamente rotulou a Coca como “uma indústria que está ficando para trás” alertando que isso “não era um bom sinal para seus investidores”.
A proposta foi apoiada por investidores de peso, incluindo a ISS e a Glass Lewis, duas das maiores empresas de consultoria no gerenciamento de ações dos Estados Unidos, além de acionistas institucionais como a CalPERS, o maior fundo de pensão do mundo.
A Domini Social Investments e a Trillium Asset Management Corporation também fazem parte da aliança, que afirmou que o receio está baseado “no risco financeiro e regulatório” que a empresa pode estar se expondo ao “ignorar os avanços na pesquisa científica, a reavaliação de agências regulatórias e a preocupação com o potencial risco à saúde que o BPA representa, assim como novas propostas legislativas que estão considerando a proibição do bisfenol A.”
A Coca-Cola afirmou que concorda com o consenso de agências regulatórias em vários países que afirma que o BPA presente no revestimento interno de latas não representa um risco à saúde humana. “Se tivéssemos qualquer dúvida em relação à segurança de nossas embalagens, nós descontinuaríamos o uso do BPA,”disse Kent na assembleia ontem. “É simples assim”.
No website da empresa foi publicada a seguinte declaração: “Estamos trabalhando com terceiros para produzir outros tipos de revestimento interno que incluem produtos sem BPA. Atualmente, o único sistema comercialmente viável para revestimento interno de latas para produção em massa de bebidas embaladas com latas de alumínio contém o BPA.”
“Nós levamos muito a sério a preocupação de nossos consumidores e queremos que saibam que temos confiança na segurança de todas as embalagens que utilizamos em nossas bebidas.”
Fontes: Food Production Daily - 28 de abril de 2011 e http://www.otaodoconsumo.com.br/voce-e-o-que-come-na-embalagem-que-consome/coca-cola-rejeita-pedido-para-tirar-bisfenol-a-de-suas-latas
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7 coisas tóxicas que você não deveria jogar no lixo
Muita gente não pensa duas vezes em jogar no lixo algo que parece não prestar. O problema é que o lixo não é um sumidouro, ele é a primeira parada de algo que foi descartado. Substancias tóxicas contidas no nosso lixo podem ser muito prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Veja abaixo uma lista de 7 coisas que deveriam ser destinadas com cuidado.
1 – Óleo de motor
Não só o óleo de motor, mas também o óleo de cozinha podem entupir tubulações de esgoto e atrapalhar os processos de tratamento de água e esgoto das empresas de saneamento. Além disso, óleo de motor derramado no chão pode contaminar águas subterrâneas. “Um galão de óleo pode contaminar um milhão de galões de água pura”, explica a representante do site Earth911, Jennifer Berry. A maneira correta de se livrar do óleo é colocá-lo em uma garrafinha com tampa e levar para centros de reciclagem, postos de gasolina ou oficinas de carros.
2 – Eletrônicos
Um problema que o mundo está tendo que lidar atualmente é o lixo eletrônico, mas não aquele spam que você recebe por e-mail, mas a quantidade de aparelhos de TV, DVD, computadores, celulares, câmeras, impressoras, videogames, iPods que são jogados por aí. Alguns países da Europa e os EUA produzem tanto e-lixo que precisam mandar para outros países. “Estes objetos contêm metais pesados como cádmio e chumbo que podem contaminar o meio ambiente”, disse Jennifer. É melhor encontrar alguém que esteja precisando destes aparelhos e fazer uma doação.
3 – Tinta
Tintas à base de óleo, revestimentos, corantes, vernizes, removedores de tinta são lixos extremamente perigosos porque contêm produtos químicos que podem ser prejudiciais a humanos, animais e ao meio ambiente. Eles nunca devem ser jogados no lixo ou em ralos. Latas que não foram usadas devem ser estocadas com cuidado ou devolvidas, ou você pode doar para escolas ou organizações.,
4 – Pilhas e baterias
Diferentes tipos de baterias devem ser destinadas de diferentes maneiras, mas nenhuma delas deve ser jogada no lixo tradicional, nem nas lixeiras de reciclagem. Elas devem ser destinadas para reciclagem. Muitas lojas têm lixos especiais para pilhas. Elas contêm materiais tóxicos e corrosivos, por isso devem ser descartadas com cuidado. A bateria do carro também faz parte deste grupo.
3 – Lâmpadas
Lâmpadas fluorescents contém minúsculas partes de mercúrio (cerca de 5 mg) que podem vazar caso ela se quebre. Por isso, elas devem ser descartadas em lugares que recolham lixo tóxico.
2 – Detector de fumaça
Este aparelho não é muito comum no nosso dia-a-dia, geralmente os vemos em hospitais ou hotéis, mas eles também são tóxicos. Os dispositivos contêm uma quantidade pequena de radiação para detecção da fumaça. É extremamente importante que não sejam atirados em qualquer lixeira. Deve-se retirar suas pilhas (que também devem ser encaminhadas, como dito anteriormente) e, em seguida, devolvê-lo ao fabricante.
1 – Termômetros
Os termômetros tradicionais contêm em média 500 mg de mercúrio e representa um risco à saúde em caso de quebra, principalmente para mulheres grávidas e crianças, porque prejudica o crescimento do sistema nervoso do bebê e dos garotos. É preciso mandá-lo para o lixo tóxico. [LifesLittleMysteries]
Fonte: http://hypescience.com/7-coisas-toxicas-que-voce-nao-deveria-jogar-no-lixo/
1 – Óleo de motor
Não só o óleo de motor, mas também o óleo de cozinha podem entupir tubulações de esgoto e atrapalhar os processos de tratamento de água e esgoto das empresas de saneamento. Além disso, óleo de motor derramado no chão pode contaminar águas subterrâneas. “Um galão de óleo pode contaminar um milhão de galões de água pura”, explica a representante do site Earth911, Jennifer Berry. A maneira correta de se livrar do óleo é colocá-lo em uma garrafinha com tampa e levar para centros de reciclagem, postos de gasolina ou oficinas de carros.
2 – Eletrônicos
Um problema que o mundo está tendo que lidar atualmente é o lixo eletrônico, mas não aquele spam que você recebe por e-mail, mas a quantidade de aparelhos de TV, DVD, computadores, celulares, câmeras, impressoras, videogames, iPods que são jogados por aí. Alguns países da Europa e os EUA produzem tanto e-lixo que precisam mandar para outros países. “Estes objetos contêm metais pesados como cádmio e chumbo que podem contaminar o meio ambiente”, disse Jennifer. É melhor encontrar alguém que esteja precisando destes aparelhos e fazer uma doação.
3 – Tinta
Tintas à base de óleo, revestimentos, corantes, vernizes, removedores de tinta são lixos extremamente perigosos porque contêm produtos químicos que podem ser prejudiciais a humanos, animais e ao meio ambiente. Eles nunca devem ser jogados no lixo ou em ralos. Latas que não foram usadas devem ser estocadas com cuidado ou devolvidas, ou você pode doar para escolas ou organizações.,
4 – Pilhas e baterias
Diferentes tipos de baterias devem ser destinadas de diferentes maneiras, mas nenhuma delas deve ser jogada no lixo tradicional, nem nas lixeiras de reciclagem. Elas devem ser destinadas para reciclagem. Muitas lojas têm lixos especiais para pilhas. Elas contêm materiais tóxicos e corrosivos, por isso devem ser descartadas com cuidado. A bateria do carro também faz parte deste grupo.
3 – Lâmpadas
Lâmpadas fluorescents contém minúsculas partes de mercúrio (cerca de 5 mg) que podem vazar caso ela se quebre. Por isso, elas devem ser descartadas em lugares que recolham lixo tóxico.
2 – Detector de fumaça
Este aparelho não é muito comum no nosso dia-a-dia, geralmente os vemos em hospitais ou hotéis, mas eles também são tóxicos. Os dispositivos contêm uma quantidade pequena de radiação para detecção da fumaça. É extremamente importante que não sejam atirados em qualquer lixeira. Deve-se retirar suas pilhas (que também devem ser encaminhadas, como dito anteriormente) e, em seguida, devolvê-lo ao fabricante.
1 – Termômetros
Os termômetros tradicionais contêm em média 500 mg de mercúrio e representa um risco à saúde em caso de quebra, principalmente para mulheres grávidas e crianças, porque prejudica o crescimento do sistema nervoso do bebê e dos garotos. É preciso mandá-lo para o lixo tóxico. [LifesLittleMysteries]
Fonte: http://hypescience.com/7-coisas-toxicas-que-voce-nao-deveria-jogar-no-lixo/
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quinta-feira, 21 de abril de 2011
Estudos relacionam obesidade a flora intestinal "ruim"
Os cientistas estão, nos últimos anos, começando a entender como vivem os trilhões de seres que há no intestino de cada ser humano. Ainda que seja você quem come chocolate todos os dias, uma flora intestinal que não ajuda pode ser a culpada pelos seus pneuzinhos, dizem os pesquisadores.
Em 2006, um estudo na "Nature" mostrou que gordos tinham um tipo diferente de flora intestinal. Não se sabia bem se a obesidade era causa ou consequência.
Três anos depois, um pesquisador americano, Jeffrey Gordon, da Universidade Washington, propôs na "Science Translational Medicine" que engordar era consequência. Ele dizia que as pessoas deveriam saber que tipo de bactérias há em seu intestino para saber se eram vulneráveis à obesidade.
Agora, um outro trabalho na "Nature" mostra que existem três diferentes tipos de flora intestinal. Do mesmo jeito que cada ser humano tem um tipo sanguíneo, todos tem um "tipo intestinal".
Cada um representa um tipo de bactéria diferente que predomina no intestino. Assim, ao menos por enquanto, esses tipos não tem nomes fáceis como "O positivo" ou "A negativo", mas "predominância de Bacteroides" ou "predominância de Prevotella".
Ficou claro para os pesquisadores que o tipo intestinal nada tem a ver com com a etnia do indivíduo, com o seu país de origem ou com a sua maneira de se alimentar.
Como cada bactéria tem uma eficiência diferente na hora de extrair energia dos alimentos, é possível que aquele amigo que come feito quem nunca viu comida e continua magro tenha tido a sorte de nascer com o tipo de flora intestinal certa.
Os cientistas, de várias instituições europeias (com colaboração da Universidade Federal de Minas Gerais), não conseguiram, porém, apontar qual das três floras intestinais é de gordinho e qual é de "magro de ruim". Estudaram bactérias de europeus, americanos e japoneses.
Era um grupo de poucas dezenas de pessoas. Os cientistas estão planejando repetir o trabalho agora com 400.
Mesmo que eles consigam novos resultados, certamente o tipo intestinal não será a única explicação para a obesidade. Outros fatores, como a alimentação e questões genéticas não relacionados ao intestino, certamente têm um peso grande.
De qualquer forma, não é possível subestimar o papel das bactérias no organismo humano.
Elas são muitas: enquanto o corpo humano tem cerca de 10 trilhões de células, cada pessoa carrega consigo mais de 300 trilhões de bactérias de todos os tipos.
Ou seja: há bem mais células de bactérias em você do que células de você mesmo.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/905599-estudos-relacionam-obesidade-a-flora-intestinal-ruim.shtml
Em 2006, um estudo na "Nature" mostrou que gordos tinham um tipo diferente de flora intestinal. Não se sabia bem se a obesidade era causa ou consequência.
Três anos depois, um pesquisador americano, Jeffrey Gordon, da Universidade Washington, propôs na "Science Translational Medicine" que engordar era consequência. Ele dizia que as pessoas deveriam saber que tipo de bactérias há em seu intestino para saber se eram vulneráveis à obesidade.
Agora, um outro trabalho na "Nature" mostra que existem três diferentes tipos de flora intestinal. Do mesmo jeito que cada ser humano tem um tipo sanguíneo, todos tem um "tipo intestinal".
Cada um representa um tipo de bactéria diferente que predomina no intestino. Assim, ao menos por enquanto, esses tipos não tem nomes fáceis como "O positivo" ou "A negativo", mas "predominância de Bacteroides" ou "predominância de Prevotella".
Ficou claro para os pesquisadores que o tipo intestinal nada tem a ver com com a etnia do indivíduo, com o seu país de origem ou com a sua maneira de se alimentar.
Como cada bactéria tem uma eficiência diferente na hora de extrair energia dos alimentos, é possível que aquele amigo que come feito quem nunca viu comida e continua magro tenha tido a sorte de nascer com o tipo de flora intestinal certa.
Os cientistas, de várias instituições europeias (com colaboração da Universidade Federal de Minas Gerais), não conseguiram, porém, apontar qual das três floras intestinais é de gordinho e qual é de "magro de ruim". Estudaram bactérias de europeus, americanos e japoneses.
Era um grupo de poucas dezenas de pessoas. Os cientistas estão planejando repetir o trabalho agora com 400.
Mesmo que eles consigam novos resultados, certamente o tipo intestinal não será a única explicação para a obesidade. Outros fatores, como a alimentação e questões genéticas não relacionados ao intestino, certamente têm um peso grande.
De qualquer forma, não é possível subestimar o papel das bactérias no organismo humano.
Elas são muitas: enquanto o corpo humano tem cerca de 10 trilhões de células, cada pessoa carrega consigo mais de 300 trilhões de bactérias de todos os tipos.
Ou seja: há bem mais células de bactérias em você do que células de você mesmo.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/905599-estudos-relacionam-obesidade-a-flora-intestinal-ruim.shtml
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quarta-feira, 20 de abril de 2011
Alergias podem ser fator de risco para depressão
A primavera sempre traz um surto de espirros, fungadas e narizes obstruídos.
Mas alergias sazonais podem ser psicologicamente prejudiciais? Uma onda de pesquisa emergente sugere que pode acontecer. Ainda que não haja evidências firmes que alergias causam depressão, vastos estudos mostram que pessoas que sofrem de alergia realmente apresentam maior risco de depressão.
Alergias graves podem trazer sonolência, dores de cabeça, fadiga e uma sensação geral de mal-estar físico, que juntos podem piorar o humor. Estudos identificaram que reações alérgicas liberam compostos no corpo chamados citoquinas, que desempenham um papel na inflamação e pode reduzir os níveis do hormônio serotonina, que ajuda a manter as sensações de bem-estar. E é de conhecimento comum que algumas medicações comuns para alergia, como corticosteroides, podem causar ansiedade e oscilações de humor.
Muitos estudos de grande porte descobriram que o risco de depressão em pessoas com alergias graves é duas vezes maior que em pessoas sem alergias.
Em 2008, pesquisadores da University of Maryland reportaram que essa conexão pode ajudar a explicar um amplamente observado mas mal compreendido aumento de suicídios durante a primavera todo ano. Analisando registros médicos, os autores viram que em alguns pacientes, mudanças nos sintomas de alergia durante as temporadas de baixa e alta polinização se correlacionavam com mudanças em seus níveis de depressão e ansiedade.
Um estudo populacional finlandês de 2003 constatou uma relação entre alergias e depressão; contudo, mulheres tendiam muito mais a serem afetadas.
Em 2000, um estudo com gêmeos, na Finlândia também, mostrou um risco comum de depressão e alergias, um resultado de influências genéticas, escreveram os autores.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5075077-EI8147,00-Estudos+apontam+que+alergias+podem+levar+a+depressao.html
Mas alergias sazonais podem ser psicologicamente prejudiciais? Uma onda de pesquisa emergente sugere que pode acontecer. Ainda que não haja evidências firmes que alergias causam depressão, vastos estudos mostram que pessoas que sofrem de alergia realmente apresentam maior risco de depressão.
Alergias graves podem trazer sonolência, dores de cabeça, fadiga e uma sensação geral de mal-estar físico, que juntos podem piorar o humor. Estudos identificaram que reações alérgicas liberam compostos no corpo chamados citoquinas, que desempenham um papel na inflamação e pode reduzir os níveis do hormônio serotonina, que ajuda a manter as sensações de bem-estar. E é de conhecimento comum que algumas medicações comuns para alergia, como corticosteroides, podem causar ansiedade e oscilações de humor.
Muitos estudos de grande porte descobriram que o risco de depressão em pessoas com alergias graves é duas vezes maior que em pessoas sem alergias.
Em 2008, pesquisadores da University of Maryland reportaram que essa conexão pode ajudar a explicar um amplamente observado mas mal compreendido aumento de suicídios durante a primavera todo ano. Analisando registros médicos, os autores viram que em alguns pacientes, mudanças nos sintomas de alergia durante as temporadas de baixa e alta polinização se correlacionavam com mudanças em seus níveis de depressão e ansiedade.
Um estudo populacional finlandês de 2003 constatou uma relação entre alergias e depressão; contudo, mulheres tendiam muito mais a serem afetadas.
Em 2000, um estudo com gêmeos, na Finlândia também, mostrou um risco comum de depressão e alergias, um resultado de influências genéticas, escreveram os autores.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5075077-EI8147,00-Estudos+apontam+que+alergias+podem+levar+a+depressao.html
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Terapia com luz pode diminuir sintomas em pacientes depressivos
O inverno com certeza tem um ar mais triste do que outras épocas. Se você fica para baixo em tais meses do ano, pode estar sofrendo de transtorno afetivo sazonal (TAS). Nos EUA, as pessoas têm combatido a depressão com uma dose extra de luz artificial durante o dia.
Agora, um novo estudo descobriu que a terapia da luz é eficaz para tratar outros tipos de depressão também. Por exemplo, pessoas com TAS podem ter uma sensação que perdura ao longo dos meses de inverno, às vezes até mesmo na primavera, porque os dias mais curtos não os fornecem bastante luz solar direta.
O tratamento com luz brilhante (TLB), também conhecido como fototerapia, é uma terapia diária que consiste em passar pelo menos 30 minutos olhando indiretamente para uma “caixa de luz” que contém um tipo específico de luz.
As caixas de luz imitam os comprimentos de onda de luz solar e são mais brilhantes do que as lâmpadas normais; emitem um feixe de pelo menos 10.000 lux, uma medida da intensidade da luz. A luz do sol varia de 32.000 a 100.000 lux em um dia médio.
Recentemente, os cientistas descobriram que a TLB era eficaz no tratamento de sintomas como mau humor, ansiedade, letargia, irritabilidade e fadiga nas pessoas com TAS porque estimulava a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que promovem sentimentos positivos.
Eles então testaram a TLB em pessoas que sofrem de Transtorno Depressivo Maior (TDM), também conhecida como depressão clínica, uma forma de depressão que bagunça os ritmos circadianos em um forma semelhante a TAS. A condição é especialmente prevalente em idosos, e muitos dos quais não recebem suficiente exposição ao sol.
A equipe forneceu uma luz azul brilhante a 42 pacientes de 60 anos ou mais com TDM, para usar em casa por uma hora todas as manhãs durante três semanas. Outros 47 pacientes receberam uma tênue luz vermelha como placebo. 58% dos pacientes com TDM e a luz azul relataram menos sintomas depressivos, enquanto apenas 34% do grupo placebo relataram uma diminuição.
Os benefícios da terapia podem ser em parte devido à forma como o organismo repõe o seu ritmo circadiano a um estado mais natural após a exposição extra à caixa de luz. Os pesquisadores também observaram um maior aumento do hormônio melatonina entre aqueles que receberam a terapia da luz.
Segundo os pesquisadores, simplesmente utilizar mais luzes e lâmpadas com potência maior pode, literalmente, adicionar mais brilho para a vida de uma pessoa deprimida. Se a TLB reduziu a depressão não sazonal em pacientes idosos, a iluminação adicional pode ser facilmente implementada nas casas dos pacientes para servir como complemento no tratamento antidepressivo.
Fonte: http://hypescience.com/terapia-com-luz-pode-diminuir-sintomas-em-pacientes-depressivos/
Agora, um novo estudo descobriu que a terapia da luz é eficaz para tratar outros tipos de depressão também. Por exemplo, pessoas com TAS podem ter uma sensação que perdura ao longo dos meses de inverno, às vezes até mesmo na primavera, porque os dias mais curtos não os fornecem bastante luz solar direta.
O tratamento com luz brilhante (TLB), também conhecido como fototerapia, é uma terapia diária que consiste em passar pelo menos 30 minutos olhando indiretamente para uma “caixa de luz” que contém um tipo específico de luz.
As caixas de luz imitam os comprimentos de onda de luz solar e são mais brilhantes do que as lâmpadas normais; emitem um feixe de pelo menos 10.000 lux, uma medida da intensidade da luz. A luz do sol varia de 32.000 a 100.000 lux em um dia médio.
Recentemente, os cientistas descobriram que a TLB era eficaz no tratamento de sintomas como mau humor, ansiedade, letargia, irritabilidade e fadiga nas pessoas com TAS porque estimulava a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que promovem sentimentos positivos.
Eles então testaram a TLB em pessoas que sofrem de Transtorno Depressivo Maior (TDM), também conhecida como depressão clínica, uma forma de depressão que bagunça os ritmos circadianos em um forma semelhante a TAS. A condição é especialmente prevalente em idosos, e muitos dos quais não recebem suficiente exposição ao sol.
A equipe forneceu uma luz azul brilhante a 42 pacientes de 60 anos ou mais com TDM, para usar em casa por uma hora todas as manhãs durante três semanas. Outros 47 pacientes receberam uma tênue luz vermelha como placebo. 58% dos pacientes com TDM e a luz azul relataram menos sintomas depressivos, enquanto apenas 34% do grupo placebo relataram uma diminuição.
Os benefícios da terapia podem ser em parte devido à forma como o organismo repõe o seu ritmo circadiano a um estado mais natural após a exposição extra à caixa de luz. Os pesquisadores também observaram um maior aumento do hormônio melatonina entre aqueles que receberam a terapia da luz.
Segundo os pesquisadores, simplesmente utilizar mais luzes e lâmpadas com potência maior pode, literalmente, adicionar mais brilho para a vida de uma pessoa deprimida. Se a TLB reduziu a depressão não sazonal em pacientes idosos, a iluminação adicional pode ser facilmente implementada nas casas dos pacientes para servir como complemento no tratamento antidepressivo.
Fonte: http://hypescience.com/terapia-com-luz-pode-diminuir-sintomas-em-pacientes-depressivos/
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domingo, 17 de abril de 2011
O estresse pode ser gatilho para o Transtorno bipolar
A estrela de Hollywood Catherine Zeta-Jones, famosa por seu papel em “A máscara do Zorro” e vencedora do Oscar em 2003, se internou em um hospital psiquiátrico no início deste mês para tratamento do transtorno bipolar tipo II.
O assessor da atriz anunciou que a decisão de procurar um estabelecimento médico se deu, pelo menos em parte, devido ao estresse causado pelo tratamento contra o câncer de garganta de seu marido Michael Douglas, além de sua batalha judicial sobre rendimentos de filmes recentes.
Os grandes eventos da vida podem desencadear mudanças repentinas de humor em pessoas com a doença, mesmo se elas estivessem “indo bem”. Ou seja, mesmo que eles já estejam seguindo um tratamento, se relacionando bem com as pessoas à sua volta e contando com uma boa equipe de apoio, afirma David Solomon, professor de Psiquiatria Clínica da Universidade Brown, Rhode Island, EUA e diretor assistente do Programa de Transtornos do Humor no Hospital de Rhode Island.
O transtorno bipolar II inclui episódios de depressão e hipomania, uma euforia consideravelmente leve. O transtorno bipolar II é menos grave do que o I, que inclui a mania, hipomania e depressão mais intensa.
Transtornos de humor bipolar afeta 2,6% dos adultos nos EUA. A maioria dos casos, porém, são considerados graves, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde. No Brasil, o transtorno atinge 5 milhões de pessoas. E atenção para os habitantes da cidade de São Paulo: chega a 8,6% da população os atingidos pela bipolaridade. No mundo, a taxa é de 2%
“Embora apenas Zeta-Jones e seu médico saibam o que provocou sua decisão de procurar ajuda, não me surpreenderia que um indivíduo sob tanta pressão e estresse acabasse sofrendo um episódio semelhante”, diz Solomon.
Os eventos estressantes não podem causar transtorno bipolar por si só, mas eles são capazes de “dar um empurrãozinho” em quem é geneticamente vulneráveis à mudança drástica de humor, coloca Solomon.
“A maioria das pessoas com a doença têm uma vulnerabilidade genética para o transtorno”, conta Solomon. Algumas pessoas que são criadas em lares estáveis e amorosos podem nunca ter essa vulnerabilidade explorada, e viver a vida inteira sem manifestar qualquer sinal de distúrbio bipolar.
Entretanto, para muitas pessoas – que têm vulnerabilidade genética ou não – eventos estressantes desencadeiam uma piora no estado de saúde em geral, inclusive na lado emocional, como é possivelmente o caso de Zeta-Jones.
“Há muitos bons tratamentos, tais como medicamentos e psicoterapia, mas os pacientes respondem de forma muito variada a eles. Zeta-Jones certamente será capaz de se valer dos dois, o que é uma coisa boa. Espero que ela melhore”, completa Solomon. [LiveScience]
Fonte: http://hypescience.com/estresse-pode-desencadear-transtorno-bipolar/
O assessor da atriz anunciou que a decisão de procurar um estabelecimento médico se deu, pelo menos em parte, devido ao estresse causado pelo tratamento contra o câncer de garganta de seu marido Michael Douglas, além de sua batalha judicial sobre rendimentos de filmes recentes.
Os grandes eventos da vida podem desencadear mudanças repentinas de humor em pessoas com a doença, mesmo se elas estivessem “indo bem”. Ou seja, mesmo que eles já estejam seguindo um tratamento, se relacionando bem com as pessoas à sua volta e contando com uma boa equipe de apoio, afirma David Solomon, professor de Psiquiatria Clínica da Universidade Brown, Rhode Island, EUA e diretor assistente do Programa de Transtornos do Humor no Hospital de Rhode Island.
O transtorno bipolar II inclui episódios de depressão e hipomania, uma euforia consideravelmente leve. O transtorno bipolar II é menos grave do que o I, que inclui a mania, hipomania e depressão mais intensa.
Transtornos de humor bipolar afeta 2,6% dos adultos nos EUA. A maioria dos casos, porém, são considerados graves, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde. No Brasil, o transtorno atinge 5 milhões de pessoas. E atenção para os habitantes da cidade de São Paulo: chega a 8,6% da população os atingidos pela bipolaridade. No mundo, a taxa é de 2%
“Embora apenas Zeta-Jones e seu médico saibam o que provocou sua decisão de procurar ajuda, não me surpreenderia que um indivíduo sob tanta pressão e estresse acabasse sofrendo um episódio semelhante”, diz Solomon.
Os eventos estressantes não podem causar transtorno bipolar por si só, mas eles são capazes de “dar um empurrãozinho” em quem é geneticamente vulneráveis à mudança drástica de humor, coloca Solomon.
“A maioria das pessoas com a doença têm uma vulnerabilidade genética para o transtorno”, conta Solomon. Algumas pessoas que são criadas em lares estáveis e amorosos podem nunca ter essa vulnerabilidade explorada, e viver a vida inteira sem manifestar qualquer sinal de distúrbio bipolar.
Entretanto, para muitas pessoas – que têm vulnerabilidade genética ou não – eventos estressantes desencadeiam uma piora no estado de saúde em geral, inclusive na lado emocional, como é possivelmente o caso de Zeta-Jones.
“Há muitos bons tratamentos, tais como medicamentos e psicoterapia, mas os pacientes respondem de forma muito variada a eles. Zeta-Jones certamente será capaz de se valer dos dois, o que é uma coisa boa. Espero que ela melhore”, completa Solomon. [LiveScience]
Fonte: http://hypescience.com/estresse-pode-desencadear-transtorno-bipolar/
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sexta-feira, 15 de abril de 2011
75g de maçã/dia tem impacto sobre o colesterol (ruim e bom)
Segundo um novo estudo, as mulheres que comem uma maçã por dia podem diminuir seus níveis de colesterol ruim e aumentar seus níveis de colesterol bom sem ganhar peso.
160 mulheres com idades entre 45 e 65 anos participaram do estudo. Os pesquisadores formaram dois grupos; um grupo comeu 75 gramas de maçãs secas todos os dias durante um ano, e o outro grupo comeu outra fruta seca por um ano. Amostras de sangue foram tomadas depois de três meses, seis meses e no final do período de estudo.
As mulheres que comeram 75 gramas de maçãs secas todos os dias durante seis meses tiveram uma diminuição de 23% no colesterol LDL (ruim) e um aumento de 4% nos níveis de colesterol HDL (bom).
Depois de um ano, as mulheres que comeram maçã seca apresentavam menores níveis de colesterol ruim, de hidroperóxido lipídico (o produto de radicais livres tóxicos, que causam danos e morte às células no corpo) e da proteína C-reativa, um indicador de inflamação no corpo.
Os pesquisadores também descobriram que o excesso de 240 calorias consumidas por dia a partir da maçã seca não levou a ganho de peso nas mulheres; na verdade, elas perderam em média 1,5 kg ao longo do ano.
Segundo os cientistas, mesmo que as participantes do estudo tenham comido maçãs secas, o efeito provavelmente seria o mesmo se elas comessem maçãs frescas. Embora seja difícil fazer uma comparação exata, uma xícara de maçãs picadas frescas seria equivalente a um quarto de xícara de maçãs secas.
Os pesquisadores acreditam que os benefícios da fruta, que baixam o colesterol, provavelmente vêm de seu alto teor de fibras, o que pesquisas anteriores demonstraram que pode diminuir os níveis de colesterol ruim.
Como diria o velho ditado: ONE APPLE A DAY KEEPS THE DOCTOR AWAY
Fonte: http://www.livescience.com/13688-apple-day-lowers-cholesterol.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+Livesciencecom+%28LiveScience.com+Science+Headline+Feed%29&utm_content=Google+Reader
OBS: Dar preferência à fruta inteira (polpa+casca) e de preferência orgânica.
160 mulheres com idades entre 45 e 65 anos participaram do estudo. Os pesquisadores formaram dois grupos; um grupo comeu 75 gramas de maçãs secas todos os dias durante um ano, e o outro grupo comeu outra fruta seca por um ano. Amostras de sangue foram tomadas depois de três meses, seis meses e no final do período de estudo.
As mulheres que comeram 75 gramas de maçãs secas todos os dias durante seis meses tiveram uma diminuição de 23% no colesterol LDL (ruim) e um aumento de 4% nos níveis de colesterol HDL (bom).
Depois de um ano, as mulheres que comeram maçã seca apresentavam menores níveis de colesterol ruim, de hidroperóxido lipídico (o produto de radicais livres tóxicos, que causam danos e morte às células no corpo) e da proteína C-reativa, um indicador de inflamação no corpo.
Os pesquisadores também descobriram que o excesso de 240 calorias consumidas por dia a partir da maçã seca não levou a ganho de peso nas mulheres; na verdade, elas perderam em média 1,5 kg ao longo do ano.
Segundo os cientistas, mesmo que as participantes do estudo tenham comido maçãs secas, o efeito provavelmente seria o mesmo se elas comessem maçãs frescas. Embora seja difícil fazer uma comparação exata, uma xícara de maçãs picadas frescas seria equivalente a um quarto de xícara de maçãs secas.
Os pesquisadores acreditam que os benefícios da fruta, que baixam o colesterol, provavelmente vêm de seu alto teor de fibras, o que pesquisas anteriores demonstraram que pode diminuir os níveis de colesterol ruim.
Como diria o velho ditado: ONE APPLE A DAY KEEPS THE DOCTOR AWAY
Fonte: http://www.livescience.com/13688-apple-day-lowers-cholesterol.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+Livesciencecom+%28LiveScience.com+Science+Headline+Feed%29&utm_content=Google+Reader
OBS: Dar preferência à fruta inteira (polpa+casca) e de preferência orgânica.
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quinta-feira, 14 de abril de 2011
Fabricantes devem informar presença de Bisfenol-A (BPA) na composição de produtos
A Justiça Federal em São Paulo determinou que, em 40 dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamente a obrigatoriedade de informação “adequada e ostensiva” sobre a presença da substância bisfenol A (BPA) nas embalagens de alguns tipos de produtos. A decisão, tomada terça-feira (5), é do juiz federal substituto Eurico Zecchin Maiolino, da 13ª Vara Federal Cível, em caráter liminar. A Anvisa informou que ainda não foi notificada.
O bisfenol A é uma substância química utilizada na fabricação de plásticos que torna o produto final mais flexível, transparente e resistente. Em latas, é usado como revestimento interno para proteger a embalagem da ferrugem. No entanto, o bisfenol usado nesse tipo de embalagem pode contaminar os alimentos.
No organismo, o produto funciona como o estrogênio (hormônio feminino). Segundo o Ministério Público Federal (MPF), estudos científicos comprovam o potencial nocivo do bisfenol à saúde das pessoas, em especial de mulheres e crianças.
De acordo com a pesquisadora Fabiana Dupont, membro do grupo de estudos sobre desreguladores endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), o produto afeta, principalmente, os fetos e já foi relacionado a câncer de mama e de próstata, diabetes, obesidade, puberdade precoce, puberdade tardia, problemas cardíacos e comportamentos sociais atípicos em crianças.
“Colocar na embalagem [o alerta sobre a presença de bisfenol] é um passo muito importante porque, só de estar na rotulagem, o consumidor vai estar ciente que essa substância está presente ou não. Além dessa rotulagem, seria importante desenvolver, lançar uma campanha para informar aos consumidores sobre os riscos potenciais”, disse a pesquisadora. Ela criou um sítio na internet para denunciar os riscos do bisfenol.
O produto já foi proibido de ser usado em mamadeiras e copos infantis na União Europeia, no Canadá, na China e na Malásia. Nos Estados Unidos, algumas empresas já não utilizam mais o bisfenol e outras estabeleceram metas para deixar de usá-lo. No Japão, a indústria de bebidas também abandonou o produto.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/04/08/fabricantes-devem-informar-presenca-de-bisfenol-a-bpa-na-composicao-de-produtos/
O bisfenol A é uma substância química utilizada na fabricação de plásticos que torna o produto final mais flexível, transparente e resistente. Em latas, é usado como revestimento interno para proteger a embalagem da ferrugem. No entanto, o bisfenol usado nesse tipo de embalagem pode contaminar os alimentos.
No organismo, o produto funciona como o estrogênio (hormônio feminino). Segundo o Ministério Público Federal (MPF), estudos científicos comprovam o potencial nocivo do bisfenol à saúde das pessoas, em especial de mulheres e crianças.
De acordo com a pesquisadora Fabiana Dupont, membro do grupo de estudos sobre desreguladores endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), o produto afeta, principalmente, os fetos e já foi relacionado a câncer de mama e de próstata, diabetes, obesidade, puberdade precoce, puberdade tardia, problemas cardíacos e comportamentos sociais atípicos em crianças.
“Colocar na embalagem [o alerta sobre a presença de bisfenol] é um passo muito importante porque, só de estar na rotulagem, o consumidor vai estar ciente que essa substância está presente ou não. Além dessa rotulagem, seria importante desenvolver, lançar uma campanha para informar aos consumidores sobre os riscos potenciais”, disse a pesquisadora. Ela criou um sítio na internet para denunciar os riscos do bisfenol.
O produto já foi proibido de ser usado em mamadeiras e copos infantis na União Europeia, no Canadá, na China e na Malásia. Nos Estados Unidos, algumas empresas já não utilizam mais o bisfenol e outras estabeleceram metas para deixar de usá-lo. No Japão, a indústria de bebidas também abandonou o produto.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/04/08/fabricantes-devem-informar-presenca-de-bisfenol-a-bpa-na-composicao-de-produtos/
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quarta-feira, 13 de abril de 2011
A campanha nacional contra o uso de agrotóxicos
Mais de 20 entidades da sociedade civil brasileira, movimentos sociais, entidades ambientalistas e grupos de pesquisadores lançaram uma campanha nacional, de caráter permanente, contra o uso dos agrotóxicos no Brasil.
A campanha pretende abrir um debate com a população sobre a falta de fiscalização, uso, consumo e venda de agrotóxicos, a contaminação dos solos e das águas e denunciar os impactos dos venenos na saúde dos trabalhadores, das comunidades rurais e dos consumidores nas cidades.
O secretário-executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Denis Monteiro, apresenta os objetivos da campanha.
“A primeira questão é que nós precisamos estabelecer uma coalizão, uma convergência ampla dos movimentos da área da saúde, da agricultura, comunicação e direito, para fazer a denúncia permanente desse modelo baseado no uso de agrotóxicos e transgênicos que tornou o Brasil campeão mundial do uso de agrotóxicos; e os impactos são gravíssimos na saúde dos trabalhadores, no meio ambiente, na contaminação das águas. ’’
Segundo Monteiro, além do caráter de denúncia, a campanha pretende também apresentar à sociedade o modelo proposto pelas entidades, mais saudável, baseado na pequena agricultura.
“Outro campo de articulação é mostrar para a sociedade e avançar na construção de outro modelo de agricultura, baseado na agricultura familiar, camponesa, em toda sua diversidade, dos povos e comunidades tradicionais, assentamentos de reforma agrária, e que este modelo sim pode produzir alimentos com fartura, alimentos de qualidade, com diversidade e sem uso de agrotóxicos. Temos estudos que mostram que a agroecologia é viável, produz em quantidade e em qualidade, e o local para a agroecologia acontecer são as áreas da agricultura familiar. Então outro campo de articulação importante é avançar na construção destas experiências em agroecologia que a gente já vem construindo, multiplicá-las pelo país, mostrando que este é o futuro da agricultura, e não vai ter futuro para o planeta se a gente não construir este modelo alternativo ao modelo que está aí’’
Monteiro aponta ainda que a atuação no âmbito das políticas públicas também se constituirá em um eixo importante da campanha.
“A Anvisa tem um trabalho de análise de resíduos de agrotóxicos e alimentos, que precisa ser ampliado para mais culturas, ter aumentada sua abrangência; está também fazendo reavaliações de agrotóxicos que têm um impacto terrível na saúde, propondo restrição ao uso e banimento de produtos. Por outro lado, precisamos avançar nas políticas direcionadas à agricultura familiar, para que elas possam fomentar o resgate da biodiversidade, o resgate das sementes crioulas, possam fortalecer as experiências de comercialização direta dos agricultores familiares com os agricultores. O Programa Nacional de Alimentação Escolar precisa ser efetivado, uma alimentação de melhor qualidade nas escolas, que o dinheiro público usado para alimentação escolar seja destinado à compra da agricultura familiar – a lei aprovada ano passado obriga que no mínimo 30% seja destinado para a compra da agricultura familiar; temos que lutar para que esta conquista seja efetivada.’’
Para o integrante da Via Campesina Brasil e da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, a campanha pretende propor projetos de lei, portarias e iniciativas legais e jurídicas para impedir a expansão dos agrotóxicos.
“Seria uma boa iniciativa que os municípios começassem a legislar, porque é possível que as câmaras proíbam o uso de determinado veneno no seu município, e que a própria população fiscalize. Mas isso não basta ser iniciativa do vereador, é preciso que toda a sociedade se mobilize para garantir, inclusive, que o comércio não venda, que os fazendeiros não usem e que, afinal, nós vamos criando territórios livres de agrotóxicos, e vocês vão ver como a qualidade de vida vai melhorar muito nesses municípios.”
Stedile ainda avalia a natureza do uso dos agrotóxicos no Brasil e suas graves consequências.
“Nós estamos aplicando um bilhão de litros por ano, e isso representa, em média, cinco litros de veneno por pessoa. Não há parâmetro similar em qualquer outra sociedade do planeta, nem sequer nos Estados Unidos, que são a matriz indutora de toda a utilização de venenos na agricultura a partir da Segunda Guerra Mundial.”
Para Stedile, a redução e a eventual erradicação do uso de agrotóxicos dependem, fundamentalmente, da conscientização da população.
“Então nós esperamos que, daqui para diante, possamos congregar este conjunto de forças sociais, desde os movimentos sociais, dos trabalhadores, dos pesquisadores, dos médicos, das universidades, dos institutos de ciência, para fazermos uma grande articulação nacional e, de fato, conseguirmos paulatinamente ir diminuindo o consumo de venenos, até chegarmos, quiçá, em médio prazo, à eliminação total do uso de agrotóxicos na agricultura brasileira – o que seria uma grande conquista para toda a sociedade. Para que se tenha uma idéia, eu acho que a campanha contra os agrotóxicos é muito parecida com a campanha contra o fumo, porque no fundo o tabaco também usa muito agrotóxico, o tabaco é um veneno, causa gravíssimos problemas de saúde para a população, e somente de uns dez anos pra cá é que a sociedade brasileira começou a se conscientizar e fazer uma campanha contra o cigarro. E nós conseguimos reduzir: 30% da população eram fumantes e, hoje, só 12% são fumantes’’
De acordo com Letícia Silva, da Anvisa, é preciso que a campanha consiga promover uma grande consulta junto à sociedade brasileira sobre o tema.
“Não sei o tempo: quando colocamos a possibilidade de retirada de um produto agrotóxico do mercado, muitas vezes a gente recebe poucas manifestações favoráveis à retirada daquele produto no mercado, e muitas manifestações pela manutenção do produto no mercado. Então acho que a primeira coisa, a mais simples – e que independe até de uma grande mobilização – são as organizações da sociedade mostrarem o que estão pensando a respeito, mostrar o seu desejo com relação aos produtos agrotóxicos. Querem realmente que sejam controlados? Que produtos precisariam ser banidos, quais estão causando intoxicação? “
A campanha nacional contra o uso de agrotóxicos também promoverá iniciativas ligadas à educação – com a produção de cartilhas para as escolas – e realizará seminários regionais e audiências públicas.
Reportagem: Maria Mello.
Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/9576-A-campanha-nacional-contra-o-uso-de-agrotoxicos
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terça-feira, 12 de abril de 2011
Mercado dos agrotóxicos, legislação e irregularidades
O Brasil é o principal destino de agrotóxicos proibidos no exterior, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Pelo menos dez variedades vendidas livremente aos agricultores, no Brasil, não circulam na União Europeia e Estados Unidos. Para fabricantes e fornecedores, os riscos de prejuízo são mínimos. Desde 2002, apenas quatro produtos foram barrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Um exemplo é o endossulfam, uma substância considerada altamente tóxica e associada a problemas reprodutivos. Por isso é vetado em 45 países. No entanto, a comissão formada pela Anvisa, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e Ministério da Agricultura decidiu que o produto será banido somente em 2013. Em 2009, o Brasil importou mais de duas mil toneladas do endossulfam, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior. Para a gerente de normatização da Avisa, Letícia Silva, isso é resultado da pressão das empresas.
“A pressão sempre é no sentido de avaliar mais rápido determinado produto, para que ele possa chegar ao mercado mais depressa e passar à frente de outras empresas. No caso de reavaliação, existe pressão para o produto não ser reavaliado. Isto significa poder tirá-lo do mercado. Isso ocorreu tanto no âmbito político, com tentativas de sustar a reavaliação toxicológica iniciada pela Anvisa, como também no âmbito judicial. As empresas ingressaram com três ações diferentes para impedir a reavaliação daqueles 14 produtos agrotóxicos que Anvisa colocou em avaliação em 2008.”
A pressão das empresas passa por diversas instituições. Em 2010, as empresas Shell e Basf conseguiram reverter uma condenação bilionária, que indenizava ex-funcionários de uma fábrica de agrotóxicos de Paulínia, que ficaram doentes por conta do contato com os produtos químicos. A presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul, Regina Miranda, avalia que a legislação está sofrendo modificações a partir dos interesses das empresas.
“A regulamentação não é clara. E ela vem mudando progressivamente, numa postura de criar essa confusão dos legisladores para judiciar o uso irregular. Numa hora, o agrotóxico é proibido, mas liberam o genérico dele, que recebe outro nome científico e é liberado, mas o nome comercial é proibido. Existe uma confusão em tudo isso. Pouca capacidade do Estado de acompanhar, regular e capacitar agricultores para o uso. Então, ele contamina o trabalhador da indústria que fabrica, contamina o agricultor que o utiliza, no solo, e as pessoas que bebem água contaminada e comem os alimentos com agrotóxicos.”
Um total de 2.195 marcas de agrotóxicos estão registradas no Brasil. Segundo o sindicato do setor, 400 toneladas de produtos sem registro já foram apreendidas desde 2001. O comércio ilegal movimenta R$ 500 milhões por ano.
Letícia Silva, da Anvisa, explica como é o processo de adulteração, a partir do exemplo da empresa israelense Milenia, autuada, em 2009, por fabricar agrotóxicos com formulação diferente da permitida.
“Ela buscou o registro com uma formulação. Aquela formulação colocava o produto como extremamente tóxico. Ela apresentou uma nova formulação e obteve o registro do produto como ‘classe 3’, que é medianamente tóxico. Era um produto utilizado na cultura do fumo, um antibrotante, inibidor de crescimento. Nós tínhamos coletado o produto no mercado e o submetido a uma análise. O INC, da Polícia Federal, constatou que a formulação do produto não era a mesma que havia sido registrado. Quando chegamos [na linha de produção], constatamos que ela tinha adulterado a fórmula e estava produzindo uma fórmula sem registro, que é um produto ‘classe 1’, extremamente tóxico”.
O monocultivo é o principal destino dos agrotóxicos. O integrante do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) Frei Sérgio Görgen afirma que a política de crédito beneficia a monocultura e impõe dificuldades para a produção diversificada.
“Uma única cultura agrícola em uma enorme extensão é induzida pelo crédito, pelos insumos, pela rede de compra e pela indústria. Você quase não consegue sair disso. E quando é soja, é só transgênica, não tem semente convencional. Não tem insumo para manejo de cultivo convencional. Então, o agricultor é obrigado a fazer. E se um assentamento estiver numa região dessas, a maioria ou produzirá soja ou estará fora do mercado. Há uma indução forçada, uma pressão do modelo econômico e político do país para que o monocultivo tome conta de algumas regiões.”
O uso dos agrotóxicos está ligado também ao comércio dos transgênicos. Dados do primeiro semestre de 2010 do Ministério da Agricultura apontam que, de cada quatro variedades de milho lançadas no mercado, três são transgênicas.
As novas variedades de sementes transgênicas surgiram com a promessa de reduzir o consumo de agrotóxicos. Para o coordenador do Greenpeace Iran Magno, o processo foi inverso.
“A promessa era a de que as sementes transgênicas trariam benefícios ao meio ambiente, porque diminuiriam o uso de agrotóxicos. Mas o que está surgindo - e é um fenômeno que já acontece no Brasil- o uso intensivo de glifosato estimulou o desenvolvimento de algumas ervas daninhas resistentes a este produto, as superervas; e os produtores estão utilizando agrotóxicos cada vez mais agressivos ao ambiente e à saúde. Na região Sul, por exemplo, há agricultores utilizando o 24-D, que é um dos ingredientes do ‘Agente Laranja’. Então, o surgimento destas superervas já enterrou as promessas de que os transgênicos iam trazer benefícios ao meio ambiente e à economia do produtor. Eles estão comprando mais agrotóxicos e utilizando os mais agressivos.”
Para a pesquisadora da Universidade Federal do Ceará (UFC) Raquel Rigotto, nem mesmo os grandes produtores suportam o alto custo dos agrotóxicos.
“O preço dos venenos tem sido um custo importante para as empresas. Hoje, elas já começam a se interessar por tecnologias de agricultura orgânica, não por princípio ético de respeito à natureza, mas por causa do custo dos agrotóxicos nos processos de produção dela. Na produção de abacaxi, este custo é de 45%. A reversão desse quadro depende da imposição de limites para esse modelo produtivo. E estes limites devem ser colocados pelo Estado.”
Pesquisas apontam que a disponibilidade de nutrientes fundamentais para a saúde é menor em alimentos produzidos com agrotóxicos. Além disso, o organismo humano não é capaz de eliminar os resíduos ingeridos. A atriz Priscila Camargo considera que o problema não pode ser encarado com naturalidade.
“Nós estamos consumindo, segundo pesquisadores importantes – gente da maior seriedade –, cinco litros de agrotóxicos por ano, cada pessoa. Já pensou em você ficar tomando um lixo químico? A situação é muito grave. Eu fiquei muito impressionada com as informações. A população não tem acesso a isto, porque a grande imprensa não divulga. Nós temos direito a um alimento de qualidade, temos direito a um alimento natural, a uma água natural, como Deus fez.”
Reportagem: Jorge Américo.
´
Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/9571-Mercado-dos-agrotoxicos-legisla%C3%A7%C3%A3o-e-irregularidades
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Contaminação dos alimentos e a saúde pública
Um ditado indiano diz que a gente é aquilo que come. A alimentação sempre ocupou lugar de destaque desde as sociedades milenares. As pessoas comiam para satisfazer as necessidades do corpo, mas também da mente. A comida também se encarregou de perpetuar culturas de povos, passando receitas e costumes de geração para geração, até os dias de hoje.
No entanto, se a gente é o que come, não temos muito o que comemorar. Em nome da correria do dia-a-dia, a alimentação variada de antigamente, com legumes, verduras e frutas, tudo cozido e até mesmo plantado em casa, deu lugar a pães, bolachas, comidas instantâneas e enlatados.
O resultado dos novos maus hábitos foi comprovado em agosto de 2010. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pesquisa em que mostra que a obesidade já é uma epidemia no país. Desde a década de 70, o déficit de alimentação diminuiu, mas o excesso e a obesidade estouraram. Tanto que o IBGE estima que, se for mantido o ritmo de crescimento de pessoas acima do peso, em apenas 10 anos o Brasil terá se igualado aos Estados Unidos.
Ou seja, o brasileiro está comendo mais, no entanto, com menos qualidade, como explica a nutricionista Regina Miranda, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul (Consea).
“Há exemplo do trigo, batata, derivados de trigo como pão e macarrão, são dominante numa dieta diária. Isso, sem sombra de dúvida, empobreceu a alimentação”.
A má alimentação não se restringe apenas a ter uma dieta empobrecida e com pouca variedade por causa da dita falta de tempo. Também é consequência de um novo padrão alimentar que vem sendo imposto com a industrialização dos alimentos. As pessoas têm comida barata à disposição, mas com pouco valor nutritivo, carregado de açúcar, sal, conservantes e gordura hidrogenada. A mudança na alimentação, embora atinja toda a sociedade, é mais perversa entre os mais pobres, analisa Regina.
“O que faz com que as pessoas muito pobres, que têm uma renda baixa, acabam mais destes alimentos porque são mais baratos. Alimentam maior número de pessoas durante o mês. O resultado disso tudo uma humanidade obesa. É um sistema que obesifica as pessoas, que adoecem muito de doenças relacionadas a maus hábitos alimentares como diabetes, pressão alta, cardiopatia”
Neste novo padrão, a comida deixou de ser um alimento e passou a ser tratada como uma mercadoria, vendida aos consumidores, à população. Quem nunca escolheu, no supermercado, a laranja maior, mais lustrosa, a mais bonita? São essas as características que definem o valor nutricional dos alimentos? Há prateiras específicas até mesmo para as crianças, com bolachas e salgadinhos com carinhas e diversos sabores.
Para a nutricionista Regina Miranda, não é a aparência o que deve contar na hora de optarmos por uma alimentação mais saudável, e sim a sua essência.
“Não comemos mais alimentos, comemos mercadoria. Aquilo que vou comer estão embutidos outros valores em troca que não são necessariamente importantes para a minha saúde. Tem valor como uma mercadoria que tem que gerar lucro, tem que ter tempo de prateleira, estar maquiada”.
Muitas vezes, a comida mais bonita e que pode parecer mais apetitosa aos olhos não é necessariamente a melhor para a nossa saúde. Isso porque para deixarem o alimento com essa “boa” aparência, os agricultores usaram agrotóxicos na hora de plantar e produzir. Em 2009, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o líder mundial no uso de veneno agrícola. Foram consumidos 1 bilhão de litros por ano no país. É como se cada brasileiro consumisse, em média, 5 litros de veneno por ano.
A pesquisadora Rosany Bochner coordena o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). Ligado à Fundação Oswaldo Cruz, o sistema centraliza e divulga os casos de envenenamento e intoxicação registrados na rede nacional. Os casos mais registrados pelo sistema são de efeito agudo, que ocorre quando a pessoa apresenta reações logo após a intoxicação.
No entanto, os casos crônicos, em que os efeitos aparecem após a exposição por um longo período aos agrotóxicos, são em grande maioria e não se restringem mais aos agricultores, que lidam diretamente com o veneno. De acordo com Rosany, atinge toda a população, apesar das dificuldades para comprovar que doenças que hoje afetam a população, como câncer, estão relacionadas aos venenos agrícolas.
“Há 10 anos, com certeza não tinha o consumo que se tem hoje. E se você olhar em termos de câncer e tudo mais, essas doenças aumentaram bastante. Se olhar o mapa das doenças hoje, vê que algumas diminuíram com saneamento, vacinas e com algumas coisas que foram feitas. E outras que vêm aumentando. Até porque a vida média aumentou. Mas a questão do câncer chama muito a atenção. Não sei se é uma coincidência, mas se ouve muito”.
Ainda há os problemas ambientais, como lembra o integrante da coordenação nacional da Via Campesina, João Pedro Stedile.
“Afetam o meio ambiente porque destroem os micronutrientes do solo, contaminam a água do lençol freático, evaporam e voltam com as chuvas. E finalmente, se incorporam com os alimentos e as pessoas que consomem estes alimentos acabam ingerindo pequenas doses permanentes de veneno que vão se acumulando no seu organismo e que afeta, em primeiro lugar, o sistema neurológico e, em segundo lugar pode degenerar as células e se transformar em câncer”
Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou que mais de 64% das amostras de pimentão analisadas pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos apontam quantidade de resíduo tóxico acima do permitido. A Anvisa também encontrou , em todos os alimentos analisados, resíduos de agrotóxicos que não são permitidos no Brasil justamente por serem altamente prejudiciais.
A pesquisadora Rosany Bochner, da Fundação Oswaldo Cruz, desmistifica a ideia de que a quantidade de agrotóxicos utilizada é proporcional à escala de grãos produzidos no país.
“Em várias coisas ele [Brasil] não é o maior produtor. É uma ilusão achar que o Brasil é o maior produtor de grãos e que precisaria ser o maior consumidor [de agrotóxicos]. E o Brasil passou de segundo para primeiro, não se iluda, foi exatamente quando os outros países proibiram o uso de alguns produtos e nós não. Logicamente que se tinha uma oferta muito grande de produtos que vieram para cá. Com certeza vieram com preço menor, que se começou a consumir mais”
João Pedro Stedile responsabiliza o agronegócio e as grandes empresas por impor esse modo de produção, baseado no uso de venenos químicos. Ele sugere, por exemplo, a indenização das pessoas que sofreram com os efeitos dos agrotóxicos.
“Espero que algum dia, inclusive, tenhamos leis suficientes não só para proibir o uso do veneno, mas para exigir que estas empresas indenizem as famílias que tenham pacientes com enfermidades decorrentes dos venenos agrícolas”
Reportagem: Raquel Casiraghi.
Março de 2011.
Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/9575-Contaminacao-dos-alimentos-e-a-saude-publica
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segunda-feira, 11 de abril de 2011
Ação terapêutica da meditação na dor
Pesquisadores da escola de Medicina da Universidade Wake Forest Novo procuraram através de um estudo correlacionar meditação com ação terapêutica no controle da dor.
O estudo apesar de não ter contado com um grande número de participantes, teve uma conclusão interessante e que merece investigação.
Participaram do estudo 18 jovens, assintomáticos, sem qualquer problema de saúde e sem experiência com técnicas de meditação. Os mesmos receberam 4 sessões de treinamento em meditação (duração de 20 minutos cada).
Eles aprenderam uma técnica na qual o indivíduo deve prestar atenção no seu padrão respiratório, levando o foco da sua mente para o fôlego sempre que tiver pensamentos que podem distraí-la da prática. A atividade cerebral dos jovens foi medida antes e após o treinamento com ressonâncias magnéticas.
Durante os exames, um aparelho que liberava 120 graus de calor entre intervalos de 12 segundos durante 5 minutos foi preso aos tornozelos dos participantes. Essa temperatura causa dor à maioria das pessoas.
Após o treinamento, a maioria dos indivíduos conseguiu meditar durante o exame, controlando seus pensamentos e bloqueando o barulho da máquina de ressonância. Com a meditação, a intensidade da dor foi reduzida em 40%. O desconforto causado pela dor diminuiu 57%.
Os pesquisadores concluiram que a meditação pode auxiliar no controle da dor, mesmo que a pessoa tenha pouco treinamento.
A meditação vem sendo usada há muito tempo como uma forma de controlar a dor crônica, mas nesses casos os pacientes normalmente são mais instruídos na prática. Os cientistas não sabem dizer se períodos curtos de treinamento poderiam ser efetivos em casos em que a dor é constante. Eles acreditam que a meditação como abordada pela pesquisa pode ajudar pessoas a lidarem com a dor de pós-operatórios e outras situações de dor intensa, porém passageira
O estudo apesar de não ter contado com um grande número de participantes, teve uma conclusão interessante e que merece investigação.
Participaram do estudo 18 jovens, assintomáticos, sem qualquer problema de saúde e sem experiência com técnicas de meditação. Os mesmos receberam 4 sessões de treinamento em meditação (duração de 20 minutos cada).
Eles aprenderam uma técnica na qual o indivíduo deve prestar atenção no seu padrão respiratório, levando o foco da sua mente para o fôlego sempre que tiver pensamentos que podem distraí-la da prática. A atividade cerebral dos jovens foi medida antes e após o treinamento com ressonâncias magnéticas.
Durante os exames, um aparelho que liberava 120 graus de calor entre intervalos de 12 segundos durante 5 minutos foi preso aos tornozelos dos participantes. Essa temperatura causa dor à maioria das pessoas.
Após o treinamento, a maioria dos indivíduos conseguiu meditar durante o exame, controlando seus pensamentos e bloqueando o barulho da máquina de ressonância. Com a meditação, a intensidade da dor foi reduzida em 40%. O desconforto causado pela dor diminuiu 57%.
Os pesquisadores concluiram que a meditação pode auxiliar no controle da dor, mesmo que a pessoa tenha pouco treinamento.
A meditação vem sendo usada há muito tempo como uma forma de controlar a dor crônica, mas nesses casos os pacientes normalmente são mais instruídos na prática. Os cientistas não sabem dizer se períodos curtos de treinamento poderiam ser efetivos em casos em que a dor é constante. Eles acreditam que a meditação como abordada pela pesquisa pode ajudar pessoas a lidarem com a dor de pós-operatórios e outras situações de dor intensa, porém passageira
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Consumo de álcool pode afetar o cérebro
Adolescentes que consomem álcool exageradamente podem ter o crescimento do córtex cerebral afetado, o que resulta em danos cerebrais duradouros.
Segundo pesquisadores da University of North Carolina, a adolescência é um período crítico para o desenvolvimento cerebral, pois é quando o crescimento do córtex atinge o ápice, juntamente com grandes rearranjos dos neurônios.
Fulton Crews, autor da pesquisa, diz que essa remodelação do cérebro, que vai dos 12 aos 20 anos, pode ajudar as pessoas a se adaptarem às exigências da vida na idade adulta se aproxima.
Os resultados sugerem que os indivíduos que bebem muito durante a adolescência podem ser mais propensos a ter déficits que dificultem a adaptação com sucesso às situações de mudança de vida como adultos, possivelmente ligada à química e / ou mudanças estruturais no córtex frontal.
A pesquisa foi publicada na Alcoholism: Clinical and Experimental Research.
Segundo pesquisadores da University of North Carolina, a adolescência é um período crítico para o desenvolvimento cerebral, pois é quando o crescimento do córtex atinge o ápice, juntamente com grandes rearranjos dos neurônios.
Fulton Crews, autor da pesquisa, diz que essa remodelação do cérebro, que vai dos 12 aos 20 anos, pode ajudar as pessoas a se adaptarem às exigências da vida na idade adulta se aproxima.
Os resultados sugerem que os indivíduos que bebem muito durante a adolescência podem ser mais propensos a ter déficits que dificultem a adaptação com sucesso às situações de mudança de vida como adultos, possivelmente ligada à química e / ou mudanças estruturais no córtex frontal.
A pesquisa foi publicada na Alcoholism: Clinical and Experimental Research.
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Síndrome metabólica aumenta riscos de câncer de fígado
Pesquisas mostram que a síndrome metabólica aumenta riscos de doenças de coração e diabetes, mas um novo estudo sugere que essa condição pode também aumentar as chances de desenvolvimento de câncer de fígado.
A síndrome metabólica é um conjunto de problemas e fatores de risco como pressão alta, nível baixo de “bom” colesterol e grande circunferência abdominal. O estudo envolveu 3.649 casos de carcinoma hepatocelular, 743 casos de colangiocarcinoma intra hepático e 195.953 pessoas que não tinham câncer, como um grupo controle.
Uma análise dos dados de todos os participantes mostrou que pessoas que tinham câncer de fígado tinham maior probabilidade de terem histórico de síndrome metabólica. 37,1% dos indivíduos que sofriam de carcinoma hepatocelular tinham histórico da síndrome, assim como 29,7% dos casos de colangiocarcinoma intra hepático, mas apenas 17,1% das pessoas do grupo controle apresentaram o mesmo histórico.
O estudo foi apresentado no American Association for Cancer Research.
A síndrome metabólica é um conjunto de problemas e fatores de risco como pressão alta, nível baixo de “bom” colesterol e grande circunferência abdominal. O estudo envolveu 3.649 casos de carcinoma hepatocelular, 743 casos de colangiocarcinoma intra hepático e 195.953 pessoas que não tinham câncer, como um grupo controle.
Uma análise dos dados de todos os participantes mostrou que pessoas que tinham câncer de fígado tinham maior probabilidade de terem histórico de síndrome metabólica. 37,1% dos indivíduos que sofriam de carcinoma hepatocelular tinham histórico da síndrome, assim como 29,7% dos casos de colangiocarcinoma intra hepático, mas apenas 17,1% das pessoas do grupo controle apresentaram o mesmo histórico.
O estudo foi apresentado no American Association for Cancer Research.
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síndrome metabólica
Saúde física afeta prognóstico de câncer de mama
Mulheres que sofrem de câncer de mama ou que já conseguiram vencer a doença devem tomar cuidados extras com sua saúde.
Estar acima do peso, sedentarismo, pressão alta, diabetes e atrite são alguns dos fatores que comprometem a saúde física da pessoa.
Uma nova pesquisa afirma que mulheres que não são saudáveis correm mais riscos de não sobreviverem à doença ou terem que lutar contra uma recorrência do câncer.
Cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) analisaram dados de 9.387 casos de sobreviventes de câncer de mama em estágio inicial para ver como esses fatores afetam a doença. Eles descobriram que em mulheres que já haviam vencido o câncer de mama, mas tinham uma saúde ruim, as chances de haver uma recorrência ou o surgimento de um novo câncer eram de 27%.
Os pesquisadores descobriram também que o risco de morte (por qualquer motivo) aumentava em 65% em mulheres com saúde ruim.
A pesquisa foi apresentada na reunião anual da American Association for Cancer Research.
Fonte: Bom dia doutor
Estar acima do peso, sedentarismo, pressão alta, diabetes e atrite são alguns dos fatores que comprometem a saúde física da pessoa.
Uma nova pesquisa afirma que mulheres que não são saudáveis correm mais riscos de não sobreviverem à doença ou terem que lutar contra uma recorrência do câncer.
Cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) analisaram dados de 9.387 casos de sobreviventes de câncer de mama em estágio inicial para ver como esses fatores afetam a doença. Eles descobriram que em mulheres que já haviam vencido o câncer de mama, mas tinham uma saúde ruim, as chances de haver uma recorrência ou o surgimento de um novo câncer eram de 27%.
Os pesquisadores descobriram também que o risco de morte (por qualquer motivo) aumentava em 65% em mulheres com saúde ruim.
A pesquisa foi apresentada na reunião anual da American Association for Cancer Research.
Fonte: Bom dia doutor
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estilo de vida
Cerca de 10% dos casos de câncer em homens são atribuíveis ao álcool
Cerca de 1% dos casos de câncer em homens e de 3% em mulheres é atribuível à ingestão de álcool, revela um estudo realizado em oito países europeus.
Os resultados da pesquisa, publicados na revista científica "British Medical Journal"(BMJ), revelam também que pelo menos 40% dos casos de câncer atribuíveis à ingestão de álcool se dão em indivíduos que superam habitualmente os limites recomendados de consumo diário de bebidas alcoólicas.
A pesquisa, dirigida pelo epidemiologista alemão Madlen Schütze, foi realizada em França, Itália, Espanha, Reino Unido, Holanda, Grécia, Alemanha e Dinamarca. "Nossos dados revelam que muitos casos de câncer poderiam ter sido evitados se o consumo de álcool se limitasse às recomendações de muitas organizações de saúde.
E se evitariam muitos mais casos se as pessoas reduzissem sua ingestão de álcool para abaixo desses limites, ou inclusive parassem de beber", afirma Schütze. Os resultados estão baseados nas estimativas de risco de um estudo sobre câncer e nutrição, o Epic, realizado entre 1992 e 2000 com 520 mil pessoas de entre 35 e 70 anos escolhidas ao acaso em dez países europeus e nos dados sobre consumo de álcool da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pesquisa se centrou em 363.988 homens e mulheres incluídos no Epic, que responderam a um questionário sobre sua alimentação e seu estilo de vida. A enquete incluía perguntas específicas sobre o consumo de álcool como a quantidade, a frequência e o tipo de bebida consumida no momento em que foram consultados e nos 12 meses anteriores
Fonte: Bom dia doutor
Os resultados da pesquisa, publicados na revista científica "British Medical Journal"(BMJ), revelam também que pelo menos 40% dos casos de câncer atribuíveis à ingestão de álcool se dão em indivíduos que superam habitualmente os limites recomendados de consumo diário de bebidas alcoólicas.
A pesquisa, dirigida pelo epidemiologista alemão Madlen Schütze, foi realizada em França, Itália, Espanha, Reino Unido, Holanda, Grécia, Alemanha e Dinamarca. "Nossos dados revelam que muitos casos de câncer poderiam ter sido evitados se o consumo de álcool se limitasse às recomendações de muitas organizações de saúde.
E se evitariam muitos mais casos se as pessoas reduzissem sua ingestão de álcool para abaixo desses limites, ou inclusive parassem de beber", afirma Schütze. Os resultados estão baseados nas estimativas de risco de um estudo sobre câncer e nutrição, o Epic, realizado entre 1992 e 2000 com 520 mil pessoas de entre 35 e 70 anos escolhidas ao acaso em dez países europeus e nos dados sobre consumo de álcool da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pesquisa se centrou em 363.988 homens e mulheres incluídos no Epic, que responderam a um questionário sobre sua alimentação e seu estilo de vida. A enquete incluía perguntas específicas sobre o consumo de álcool como a quantidade, a frequência e o tipo de bebida consumida no momento em que foram consultados e nos 12 meses anteriores
Fonte: Bom dia doutor
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quarta-feira, 6 de abril de 2011
Bisfenol pode aumentar risco de diabetes tipo 2
Substância química utilizada em certas embalagens de plástico, inclusive mamadeiras, o bisfenol-A (BPA) já foi acusado de elevar o risco de doenças cardíacas, câncer e problemas de fertilidade. Agora, um novo estudo associa o componente ao diabetes tipo 2.
A conclusão, publicada na “Nature Reviews Endocrinology”, partiu da revisão de mais de 90 estudos que envolvem o BPA e outros componentes químicos tóxicos ao organismo.
Roedores alimentados com uma dieta acrescida de BPA desenvolveram resistência à insulina e perderam a capacidade de manter níveis normais de glicose – um sinal de alerta para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. E um estudo feito em 2010 indicou que ratas prenhas transmitiram esse risco aos filhotes.
Pesquisas similares envolvendo seres humanos apresentaram poucos resultados consistentes. Porém, uma análise feita nos EUA entre 2003 e 2004 com quase 1.500 pessoas mostrou que indivíduos com presença de BPA na urina tinham cerca de três vezes mais risco de ter diabetes tipo 2.
Embora os autores digam que são necessários estudos epidemiológicos mais amplos para estabelecer a conexão entre o BPA e a doença, eles argumentam que já existe evidência suficiente para recomendar que a substância seja evitada.
Fontes:
A conclusão, publicada na “Nature Reviews Endocrinology”, partiu da revisão de mais de 90 estudos que envolvem o BPA e outros componentes químicos tóxicos ao organismo.
Roedores alimentados com uma dieta acrescida de BPA desenvolveram resistência à insulina e perderam a capacidade de manter níveis normais de glicose – um sinal de alerta para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. E um estudo feito em 2010 indicou que ratas prenhas transmitiram esse risco aos filhotes.
Pesquisas similares envolvendo seres humanos apresentaram poucos resultados consistentes. Porém, uma análise feita nos EUA entre 2003 e 2004 com quase 1.500 pessoas mostrou que indivíduos com presença de BPA na urina tinham cerca de três vezes mais risco de ter diabetes tipo 2.
Embora os autores digam que são necessários estudos epidemiológicos mais amplos para estabelecer a conexão entre o BPA e a doença, eles argumentam que já existe evidência suficiente para recomendar que a substância seja evitada.
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segunda-feira, 4 de abril de 2011
Estudo mostra que ioga reduz arritmia cardíaca
A ioga pode ser uma ótima maneira de se manter saudável. Pesquisas anteriores já haviam provado que ela reduz a pressão arterial alta e também os níveis de colesterol. Agora, um estudo apresentado em uma conferência de cardiologia em Nova Orleans, nos Estados Unidos, afirma que a prática regular da ioga pode reduzir pela metade a incidência de arritmia cardíaca.
Segundo os pesquisadores da Universidade do Kansas, fazer ioga três vezes por semana além de diminuir a incidência de arritmias, também reduz sintomas depressivos e ansiedade, ao mesmo tempo que aumenta o bem-estar social em mental.
"Ao que parece, a ioga tem um efeito significativo em ajudar a regular o ritmo cardíaco dos pacientes e melhorar a qualidade de vida em geral", disse o coordenador do estudo, Dhanunjaya Lakkireddy, professor da Universidade do Kansas.
O estudo acompanhou 49 pacientes que sofrem de fibrilação atrial, uma alteração do ritmo cardíaco que acontece quando os sinais elétricos naturais do coração disparam de maneira desorganizada.
Durante os três primeiros meses do estudo, os pacientes seguiram suas rotinas de exercícios habituais. Nos três meses seguintes, os pacientes fizeram três sessões de ioga por semana com um instrutor certificado. Além disso, foram estimulados a praticá-la em casa com a ajuda de um DVD instrutivo.
O estudo apontou que a ioga reduziu a incidência de arritmia cardíaca quase pela metade. Também reduziu os índices de depressão e ansiedade, além de ter melhorado a função física, a saúde geral, a vitalidade, o funcionamento social e a saúde mental.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudo-mostra-que-ioga-reduz-arritmia-cardiaca
Segundo os pesquisadores da Universidade do Kansas, fazer ioga três vezes por semana além de diminuir a incidência de arritmias, também reduz sintomas depressivos e ansiedade, ao mesmo tempo que aumenta o bem-estar social em mental.
"Ao que parece, a ioga tem um efeito significativo em ajudar a regular o ritmo cardíaco dos pacientes e melhorar a qualidade de vida em geral", disse o coordenador do estudo, Dhanunjaya Lakkireddy, professor da Universidade do Kansas.
O estudo acompanhou 49 pacientes que sofrem de fibrilação atrial, uma alteração do ritmo cardíaco que acontece quando os sinais elétricos naturais do coração disparam de maneira desorganizada.
Durante os três primeiros meses do estudo, os pacientes seguiram suas rotinas de exercícios habituais. Nos três meses seguintes, os pacientes fizeram três sessões de ioga por semana com um instrutor certificado. Além disso, foram estimulados a praticá-la em casa com a ajuda de um DVD instrutivo.
O estudo apontou que a ioga reduziu a incidência de arritmia cardíaca quase pela metade. Também reduziu os índices de depressão e ansiedade, além de ter melhorado a função física, a saúde geral, a vitalidade, o funcionamento social e a saúde mental.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudo-mostra-que-ioga-reduz-arritmia-cardiaca
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sábado, 2 de abril de 2011
Especialistas alertam para o perigo dos agrotóxicos para a saúde humana e o meio ambiente
Especialistas que participaram de mesa-redonda promovida pela Rádio Nacional de Brasília, da Empresa Brasil de Comunicação, para debater o uso inadequado de agrotóxicos nas lavouras, alertaram para a importância de substituir os defensivos agrícolas por produtos de menor toxicidade e também para o perigo do uso de agrotóxicos contrabandeados.
Eles observaram que é preocupante a contaminação dos produtos agrícolas e de origem animal que pode afetar a saúde humana. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro e ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, José Luiz Santana, um dos debatedores, ponderou que o uso de defensivos acaba sendo necessário para que a produção agrícola mundial se situe no patamar anual de 2 bilhões de toneladas de grãos.
Por isso, segundo ele, “é preciso que a própria sociedade cobre o emprego correto desses produtos de forma que os efeitos negativos para a saúde do consumidor sejam reduzidos”.
O médico e doutor em toxicologia da Universidade Federal de Mato Grosso Wanderlei Pignatti afirmou que, em 2009, foram utilizados, no Brasil, 720 milhões de litros de agrotóxicos. Só em Mato Grosso, foram consumidos 105 mil litros do produto. Ele indaga “onde vai parar todo esse volume” e defende a reciclagem das embalagens vazias a fim de não contaminarem o meio ambiente.
Pignatti alerta que a chuva e os ventos favorecem a contaminação dos lençóis freáticos. Entre os defensivos agrícolas mais perigosos, ele cita os clorados, que estão proibidos em todo o mundo e ainda são utilizados largamente no Brasil. São defensivos que causam problemas hormonais e que podem afetar a formação de fetos, segundo o médico.
O professor relatou que, nos locais onde o uso de agrotóxicos não é feito com critério, encontram-se casos de contaminação do próprio leite materno, “o alimento mais puro que existe”, o que ocorre pela ingestão do leite de vaca. “A mulher vai ter todo o seu organismo afetado quando o seu leite não estiver puro e os efeitos tóxicos podem ficar armazenados nas camadas de gordura do corpo”.
Ele lembrou ainda há resolução do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que proíbe a pulverização de agrotóxicos num raio de 500 metros onde haja habitação e instalações para abrigar animais, distância que tem que ser observada também em relação às nascentes.
O professor Mauro Banderali, especialista em instrumentação ambiental na área de aterros sanitários, reconhece que, apesar da cultura de separação do lixo tóxico em aterros que há existe no país, ainda não se sabe exatamente o potencial dos agrotóxicos para contaminar o solo e a água e, consequentemente, os seres humanos pelo consumo de alimentos cultivados em áreas pulverizadas. “A preparação do campo para o plantio é, frequentemente, feita sem se saber se vai vir chuva. Quando o tempo traz surpresas, ocorre a contaminação das nascentes em lugares onde a aplicação foi demasiada”.
O professor José Luiz Santana ressalva que há, no país, propriedades muito bem administradas onde há a preocupação de manter práticas sustentáveis. Ele, no entanto, denunciou que há agricultores que usam marcas tidas como ultrapassadas na área dos químicos e que podem ser substituídas por alternativas de produtos mais evoluídos, disponíveis no mercado.
Para ele, apesar da seriedade do assunto, “não se deve assustar as pessoas quanto ao consumo de alimentos”, já que as áreas do governo que cuidam do tema têm o dever de trabalhar pelo bom uso dos agrotóxicos e, além disso, conforme ressaltou, a agricultura conta com um “trabalho de apoio importante por parte de organizações não governamentais que procuram difundir o uso correto dos defensivos agrícolas.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-04-02/especialistas-alertam-para-perigo-dos-agrotoxicos-para-saude-humana-e-meio-ambiente
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quinta-feira, 31 de março de 2011
Como reduzir a exposição ao BPA: dicas valiosas
Sabemos que o Bisfenol-A (BPA) está ao nosso redor e o Centro de Controle de Doenças (CDC) alega que a substância está em quase 95% dos humanos. Estudos de laboratório relacionaram o BPA ao câncer de mama, junto com uma série de outros problemas sérios de saúde.
Mas qual é a principal fonte do BPA que contamina nosso corpo?
Se removermos esta fonte, em quanto diminuem nossos níveis de BPA?
O Fundo do Câncer de Mama e o Instituto Silent Spring conduziram um estudo, publicado hoje na Environmental Health Perspectives para descobrir.
Eles inscreveram 5 famílias em uma investigação que durou 1 semana. Primeiro as famílias ingeriram uma sua alimentação normal (tradicional). Depois, forneceram aos participantes durante 3 dias, refeições orgânicas recém preparadas que evitaram contato com embalagens que contém BPA, tal como comida enlatada e plástico policarbonato. Por fim, as famílias retornaram as suas dietas normais. Mediram seus níveis de BPA em cada estágio.
Enquanto comiam a alimentação orgânica recém-preparada, seus níveis de BPA caíram em média 60%. Aqueles com os níveis de exposição mais elevados tiveram uma redução ainda maior: 75%.
Estes resultados inovadores nos dizem que remover o BPA das embalagens eliminará nossa fonte principal de exposição.
Abaixo um pequeno resumo das mudanças que fizeram na dieta das famílias e dicas de como você pode reproduzi-las em sua própria cozinha:
Fonte: http://blog.saferchemicals.org/2011/03/how-to-reduce-bpa-levels-by-60-percent-in-3-days.html
Mas qual é a principal fonte do BPA que contamina nosso corpo?
Se removermos esta fonte, em quanto diminuem nossos níveis de BPA?
O Fundo do Câncer de Mama e o Instituto Silent Spring conduziram um estudo, publicado hoje na Environmental Health Perspectives para descobrir.
Eles inscreveram 5 famílias em uma investigação que durou 1 semana. Primeiro as famílias ingeriram uma sua alimentação normal (tradicional). Depois, forneceram aos participantes durante 3 dias, refeições orgânicas recém preparadas que evitaram contato com embalagens que contém BPA, tal como comida enlatada e plástico policarbonato. Por fim, as famílias retornaram as suas dietas normais. Mediram seus níveis de BPA em cada estágio.
Enquanto comiam a alimentação orgânica recém-preparada, seus níveis de BPA caíram em média 60%. Aqueles com os níveis de exposição mais elevados tiveram uma redução ainda maior: 75%.
Estes resultados inovadores nos dizem que remover o BPA das embalagens eliminará nossa fonte principal de exposição.
Abaixo um pequeno resumo das mudanças que fizeram na dieta das famílias e dicas de como você pode reproduzi-las em sua própria cozinha:
- Mude para o aço inoxidável e utilize vidro para armazenamento de alimentos e recipientes de bebidas;
- Transfira alimentos para recipientes de cerâmica ou vidro para usar micro-ondas;
- Considere um recipiente térmico para café – quem faz café em casa pode estar armazenando a água em recipientes baseados em policarbonato ou tubos baseados em ftalato;
- Coma fora de casa, o mínimo possível. Evitem principalmente aqueles restaurantes que não usam ingredientes frescos;
- Restrinja o consume de comida enlatada;
- Escolha frutas e vegetais orgânicos e frescos quando possível e congele quando não for possível;
- Deixe os feijões de molho antes de cozinha-los (você pode fazer a mais e congelá-los);
Fonte: http://blog.saferchemicals.org/2011/03/how-to-reduce-bpa-levels-by-60-percent-in-3-days.html
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