quinta-feira, 19 de maio de 2011

Resveratrol melhora parâmetros em pacientes diabéticos (tipo 2)

Pesquisadores da Hungria publicaram na revista científica British Journal of Nutrition um estudo que mostrou, pela primeira vez, que o resveratrol melhora a sensibilidade à insulina em pacientes diabéticos tipo 2, e que isto pode ser devido à redução do estresse oxidativo.

Por ser um antioxidante eficaz, como mostrado em estudos in vitro e in vivo, o objetivo dos autores foi analisar se o resveratrol tem efeitos benéficos no controle e/ou na melhora da resistência à insulina, e se isto está relacionado com alteração do estresse oxidativo. Além disso, os pesquisadores buscaram elucidar os mecanismos bioquímicos subjacentes que possam explicar os efeitos do resveratrol no diabetes tipo 2.

Trata-se de um estudo duplo-cego e randomizado, que incluiu dezenove pacientes diabéticos tipo 2 e que foram acompanhados durante quatro semanas. O primeiro grupo (n = 10) recebeu resveratrol por via oral, duas vezes ao dia (em cápsulas de gelatina contendo 5 mg de resveratrol cada), e o grupo controle (n = 9) recebeu duas cápsulas de placebo por dia. Os pacientes foram orientados a não consumir bebidas alcoólicas e alimentos que contenham quantidades substanciais de resveratrol, como por exemplo, vinho tinto e uvas vermelhas.

Os pacientes foram avaliados antes, na segunda e quarta semana após a intervenção. Os níveis de glicemia de jejum e insulina foram utilizados para calcular o Índice do Modelo de Avaliação da Homeostase da Resistência à Insulina (HOMA-ir). O nível de estresse oxidativo foi analisado pelos níveis urinários de ortho-tirosina, bem como por meio dos níveis de incretinas e pela razão proteína quinase B fosforilada (pAkt)/proteína quinase B (Akt) em plaquetas.

Após a quarta semana, o resveratrol diminuiu significativamente a resistência à insulina (p = 0,044) e excreção urinária de ortho-tirosina (p = 0,043), enquanto aumentou a relação pAkt/Akt nas plaquetas (p = 0,032), indicando que houve melhor captação de glicose para a célula.

“O estresse oxidativo vem sendo amplamente estudado como componente da etiologia da resistência à insulina. Além disso, a fosforilação da proteína quinase B (pAkt) é um passo essencial para a sinalização da insulina, contribuindo para a entrada da glicose na célula. Assim, estudar esses fatores é fundamental para o entendimento do aumento da sensibilidade à insulina induzida pelo resveratrol”, comentam os autores.

“Os resultados deste estudo parecem sugerir que, em paralelo com a redução da resistência à insulina, o resveratrol pode diminuir o estresse oxidativo e atuar sobre a via de sinalização da Akt. Portanto, o presente estudo mostra que o resveratrol pode se tornar uma ferramenta útil no tratamento do diabetes tipo 2 e na obtenção de uma maior compreensão dos mecanismos envolvidos com a resistência à insulina e estresse oxidativo”, concluem.

Fonte: http://www.nutritotal.com.br/notas_noticias/?acao=bu&id=502

Alimentação da nutriz

Os benefícios da amamentação, tanto para o bebê quanto para a mulher, já estão cientificamente comprovados. A adequada composição nutricional do leite materno torna este alimento ideal para o crescimento, desenvolvimento e sobrevivência do bebê e diminui o índice de mortalidade infantil. Os benefícios para a mulher que amamenta incluem retorno ao peso pré-gestacional mais precocemente e o menor sangramento uterino pós-parto (consequentemente, menos anemia), devido à involução uterina mais rápida provocada pela maior liberação de ocitocina, que é estimulada pela sucção precoce do bebê. Alguns estudos investigam ainda a comprovação da diminuição de risco de câncer, principalmente de mama.

Porém, o sucesso na amamentação depende também de outros fatores, tais como: aspectos psicossociais e culturais, esclarecimento, envolvimento, motivação e acompanhamento de profissionais de saúde preparados para lidar com as possíveis dificuldades desse período.

Muitas mulheres, ao darem à luz, sentem-se pressionadas a eliminarem os quilos ganhos durante a gestação imediatamente após o parto. O dilema da perda do peso adquirido durante a gravidez faz com que as mulheres sejam influenciadas pelas opiniões veiculadas na mídia, por pessoas que as cercam, por crenças e mitos culturais, e acabam se arriscando em dietas da moda, muitas vezes restritivas, sem acompanhamento nutricional. Por falta de conhecimento ou negligência, acabam se prejudicando e, principalmente, prejudicando o desenvolvimento adequado do bebê.

A Revista Boa Forma do mês de novembro de 2010 teve como matéria de capa a perda ponderal de 10Kg em dois meses da apresentadora Adriane Galisteu após o nascimento do filho. Segundo a reportagem, ela tem amamentado o bebê de três meses e buscou ajuda de um grupo especializado para enfrentar as dificuldades que teve com a amamentação, sem interrompê-la, como fazem muitas mulheres. A ingestão de água relatada está dentro da faixa recomendável.

Como mulher da mídia e preocupada com o corpo, a apresentadora buscou retornar a atividade física, fazer massagem e controlar a alimentação (diminuição do consumo de carne vermelha, doces e frituras). Porém, algumas questões importantes chamaram bastante a atenção, sendo o motivo da discussão deste texto. Apesar de relatar que tem conhecimento da necessidade de comer de três em três horas e não pular os lanches, ela afirma que nunca conseguiu cumprir essa recomendação.

Em um quadro na página da revista tem um modelo de cardápio realizado. Adriane realiza três refeições diariamente (desjejum, almoço e jantar), compostas de fruta, café, torrada ou bolo simples (sem recheio ou cobertura), salada, mix de legumes cozidos, carne branca grelhada e sopa. Apesar da reportagem não informar a quantidade ingerida de cada alimento, percebe-se uma baixa ingestão alimentar.

Fazendo um cálculo estimado em porções médias, nota-se que a ingestão energética diária da apresentadora pode estar em torno de 700 Kcal e as quantidades de ingestão de carboidratos, fibras, cálcio e vitaminas B1 e B2 podem estar abaixo dos valores de referência preconizados para uma nutriz saudável.

As necessidades nutricionais durante a lactação são maiores do que na gestação, pois é a fase do período reprodutivo de maior demanda energética, onde o lactente dobra seu peso quatro meses após o nascimento. O aumento do gasto energético está relacionado ao custo adicional necessário para a síntese e secreção do leite materno. Durante o período de amamentação, a nutriz tem suas necessidades energéticas aumentadas em cerca de 500 Kcal/dia para os primeiros 6 meses de lactação e de 400 kcal/dia nos meses subsequentes.

Esse valor adicional pode variar em função do estado materno pré-gestacional (baixo peso, peso adequado, sobrepeso ou obesa) e do ganho de peso durante a gestação e deve ser avaliado e prescrito pelo profissional nutricionista. Algumas fórmulas utilizadas para calcular a necessidade energética de uma pessoa saudável estimam que uma mulher com o peso, altura, idade e atividade física da apresentadora deve consumir em torno de 2000 Kcal/dia. Ou seja, uma lactante com este perfil deveria ingerir em média 2500 Kcal/dia.

A restrição energética não é recomendada durante a gravidez, nem no caso de mulheres obesas. Durante a lactação, algumas pesquisas indicam que o consumo deve ser no mínimo de 1800 Kcal/dia e advertem sobre o risco da prática de dietas com valor energético inferior a 1500 Kcal.

Os nutrientes mais críticos, em caso de baixa ingestão alimentar, são as vitaminas A, B1, B2, B6 e B12, uma vez que o consumo ou estoques maternos baixos afetam mais adversamente o bebê. Além disso, as reservas desses nutrientes no bebê são frequentemente baixas e rapidamente depletadas, tornando-as dependente do conteúdo do leite materno. O efeito da baixa ingestão de cálcio é a longo prazo na densidade óssea materna e não altera a concentração de cálcio no leite materno.

No pós-parto, quando o organismo da mulher está preparado para lactar, nem sempre ela consome a quantidade necessária de calorias para produzir o leite materno. Se estiver amamentando, o organismo irá retirar a reserva acumulada durante a gestação e da alimentação atual da mulher para fabricar o leite materno. A baixa ingestão alimentar pode gerar deficiências nutricionais na mãe e no bebê, provocar crescimento e desenvolvimento deficitário do bebê, com consequente desenvolvimento de doenças em ambos.

São vários os fatores associados com a variação da perda de peso no pós-parto, como os fatores dietéticos, ganho de peso gestacional, estado nutricional pré-gestacional, atividade física, tempo de lactação, idade materna, paridade, renda e escolaridade. Se a nutriz para de amamentar precocemente, conserva as calorias que seriam usadas para fabricar leite materno e conserva o peso ganho na gestação, demorando mais tempo para voltar ao peso pré-gestacional.

Mulheres eutróficas (com peso adequado), que ganham peso nas quantidades recomendadas, usualmente retornam aos seus pesos pré-gestacionais sem requerer nenhuma intervenção.

É esperado que as mulheres lactantes em amamentação exclusiva percam de 0,6 Kg a 0,8 Kg/ mês para os quatro a seis primeiros meses de lactação. Essa perda pode chegar a 500 g por semana e não interferir no crescimento do bebê. Valores superiores entre 2,0 kg a 3,0 kg/mês são considerados excessivos para as mulheres com peso dentro da faixa considerada saudável. Essa perda pode ser influenciada pela quantidade de ingestão calórica e pela prática ou não de atividade física.

A amamentação é um período prazeroso e benéfico para a mulher e para o bebê e não é o momento mais indicado para a prática de dietas alimentares restritivas, visando à perda de peso. As informações contidas na reportagem podem influenciar negativamente as leitoras, levando-as a seguir dieta alimentar semelhante. Recomenda-se que tanto gestantes como nutrizes sejam acompanhadas pelo profissional nutricionista, evitando se expor a riscos. Com acompanhamento nutricional adequado, a nutriz poderá seguir um plano alimentar individualizado e voltado para este momento da sua vida, que proporcionará eliminação gradativa do peso adquirido na gestação sem prejudicar a quantidade e qualidade nutricional do leite produzido.

Dentre as orientações gerais para uma nutriz, destacamos:

- Fazer uma alimentação fracionada em 6 vezes/dia, para garantir níveis glicêmicos constantes e nutrientes;

- Ingerir de 3 a 4 litros de água/dia;

- Aumentar a ingestão de verduras, legumes e frutas;

- Consumir alimentos fonte de ferro (carne e vegetais folhosos verde-escuro), alimentos fonte de cálcio (sardinha, salmão, brócolis, couve, semente de gergelim, amêndoa), e fonte de ácido fólico (peixes, brócolis, tomate, acelga, couve, rúcula);

- Consumir cereais integrais;

- Não consumir bebidas alcoólicas, nem fumar;

- Evitar o consumo de alimentos estimulantes, como café e alguns tipos de chá;

- Não consumir adoçantes

*Texto elaborado pela Dra Carolina de Morais Luiz Pereira, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.

Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e sensibilidade ao glúten

A edição 95 da revista Viva Saúde publicou a matéria “No mundo da Lua”, abordando os sintomas e o tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O TDAH é uma doença caracterizada pelo padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade. É considerada a mais frequente desordem comportamental da infância e atinge cerca de 5% das crianças no Brasil. A criança com déficit de atenção distrai-se facilmente por estímulos do ambiente externo e também do próprio pensamento. Ela também tende à impulsividade: não espera a sua vez, não lê a pergunta até o final e já responde, age sem pensar; apresenta dificuldades em se organizar e planejar aquilo que precisa fazer.
A reportagem traz como tratamento o uso de remédios para melhora dos sintomas da doença. No entanto, a alimentação também exerce papel fundamental na evolução do quadro do paciente.

Novas pesquisas demonstram a correlação entre casos de distúrbio de aprendizado, autismo, atraso de desenvolvimento e transtorno por déficit de atenção e hiperatividade em pacientes sensíveis ao glúten. A sensibilidade ao glúten é um estado de resposta imunológica exagerada à proteína de cereais como o trigo, o centeio, a cevada e a aveia em indivíduos geneticamente predispostos. O mais conhecido caso de intolerância ao glúten é a doença celíaca, uma doença inflamatória autoimune do intestino delgado, com sintomas gastrintestinais como diarreia, distensão e/ou dor abdominal. No entanto, no caso da sensibilidade ao glúten, praticamente qualquer órgão pode ser afetado sem obrigatoriamente haver o comprometimento intestinal.

Alguns pesquisadores acreditam que a exposição prolongada ao glúten nas pessoas sensíveis, ou seja, o consumo exacerbado de pães e massas seria o gatilho para o desenvolvimento dessas doenças neurológicas. Ao ingerir alimentos que contêm glúten, as enzimas digestivas entram em ação para promover sua quebra, permitindo sua absorção adequada. No entanto, por ser uma molécula grande, alguns pedaços dessa proteína não são totalmente quebrados pelas enzimas. Assim, estas macromoléculas parcialmente digeridas podem ultrapassar a barreira intestinal, principalmente nos casos onde há uma permeabilidade intestinal alterada.

Ao atingir a corrente sanguínea, estas macromoléculas são identificadas pelo sistema de células de defesa como “invasoras”, havendo formação de um complexo antígeno-anticorpo. Este complexo viaja pela corrente sanguínea e pode se depositar, por exemplo, no sistema nervoso e causar sintomas psiquiátricos, cognitivos e de comportamento. Nesses casos, a retirada do glúten da dieta alivia os sintomas em um número significativo de pessoas.

Dessa forma, além do tratamento com medicamentos, é preciso avaliar se a criança com TDAH possui uma hipersensibilidade ao glúten, bem como outras deficiências nutricionais importantes. Além disso, em um intestino saudável, a mucosa intestinal está íntegra, não permitindo a passagem dessas macromoléculas. Portanto, é de extrema importância uma alimentação com o objetivo de promover o reparo da mucosa do intestino de um paciente sensível ao glúten e a manutenção de um intestino íntegro. A complementação do tratamento com a Nutrição é, com certeza, garantia de sucesso na melhora dos sintomas e da qualidade de vida do paciente.

*Texto elaborado pelo Dr. Guilherme Barros Fernandes, aluno bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.

Fonte: http://www.vponline.com.br/blog/home.php/

Médicos pedem "morte" de Ronald McDonald

Nos Estados Unidos, centenas de médicos se uniram para tentar forçar o McDonald’s a abandonar seu conhecido mascote, o Ronald McDonald. Em carta publicada nos principais jornais do país, os manifestantes ainda exigem que a rede de fast food pare de promover produtos entre crianças.

A divulgação do manifesto veio para coincidir com a reunião anual de diretores da companhia, que acontece em Chicago nesta quinta-feira, 19. O encontro também foi alvo de um grupo de religiosas, que pediram à rede que falasse publicamente acerca das "preocupações da opinião pública a respeito da relação entre fast food e obesidade infantil".

Já os médicos não querem apenas saber o ponto de vista do McDonald’s, mas que o "McLanche Feliz" não seja mais acompanhado de brindes direcionados às crianças. A campanha vem sendo conduzida pela Corporação de Responsabilidade Internacional (Corporate Accountability International).

Em comunicado, a companhia defendeu tanto o palhaço mascote quando sua política de publicidade. "Como o rosto da Ronald McDonald House Charities (braço encarregado das atividades de caridade do grupo), Ronald é um embaixador a serviço do bem, que dá mensagens importantes às crianças sobre segurança, alfabetização e um estilo de vida ativo e equilibrado", afirma.

"Servimos alimentos de alta qualidade e nossos ‘McLanches Felizes’ propõem opções e variedade nas porções adaptadas às crianças."

O Brasil discute

Por aqui a publicidade dirigida às crianças também causa bastante polêmica, o que motivou um seminário, ocorrido na última terça-feira, 17, em que a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados debateu o Projeto de Lei nº 5.921/2001, que propõe alguma regulamentação nesse sentido.

Pesquisas internacionais apontam para a hipervulnerabilidade das crianças frente às relações de consumo, o que fez com que outros países criassem regras e limitações para mensagens comerciais dirigidas ao público infantil, a exemplo da Suécia, Inglaterra e Canadá.

Além do Instituto Alana, representantes do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC/MJ), do Conselho Federal de Psicologia, do Idec, da ANDI, do Conar, da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) e da Associação Brasileira das Empresas de Rádio e Televisão (Abert) também participaram do evento.

Fonte: http://revistaecologica.com/index.php?option=com_content&view=article&id=1603%3Amedicos-pedem-qmorteq-de-ronald-mcdonald&catid=91%3Asaude

terça-feira, 17 de maio de 2011

Café pode proteger mulher de forma agressiva de câncer de mama

O café pode proteger as mulheres de uma forma agressiva de câncer de mama, especialmente se tomadas cinco ou mais xícaras ao dia, de acordo com pesquisa que aparece nesta quarta-feira na publicação "Breast Cancer Research".

As mulheres que bebem bastante café têm possibilidades menores de desenvolver o chamado câncer de mama com receptores de estrogênios negativos, que não respondem a certos fármacos, por isso que a quimioterapia é geralmente a única opção.

Por este estudo, feito por analistas do Instituto Karolinska de Estocolmo, as mulheres que tomam muito café têm possibilidades menores de desenvolver o câncer do que aquelas que bebem pouco.

Os investigadores analisaram os casos de 6.000 mulheres que entraram na menopausa.

Assim, entre as que bebiam cinco xícaras ou mais de café ao dia o risco de desenvolver o câncer de mama se reduzia em 57% comparado com as que tomavam menos de uma xícara cheia.

"Acreditamos que o alto consumo diário de café está associado à significativa redução de câncer de mama com receptores de estrogênios negativos entre as mulheres que entraram na menopausa", assinalam os analistas na citada publicação.

Outros estudos sugeriram que o café reduz o risco de outros cânceres, incluído o de próstata e o de fígado. Os pesquisadores do instituto acreditam que o café pode ter compostos que afetam diferentes tipos de câncer de mama.

Para a diretora de política da organização Breakthrough Breast Cancer, Caitlin Palframan, "o interessante é que esta investigação sugere que o café pode reduzir o risco de câncer de mama (de estrogênios) negativo".

"Mas nem todos os estudos estão de acordo sobre os efeitos de consumir café e, portanto, não encorajaríamos as mulheres a aumentar o consumo de café para protegê-las do câncer de mama".

"O que sabemos é que as mulheres podem reduzir as possibilidades de desenvolver câncer de mama se mantêm bom peso, reduzem o consumo de álcool e fazem atividade física regularmente", acrescentou Palframan

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/914256-cafe-pode-proteger-mulher-de-forma-agressiva-de-cancer-de-mama.shtml

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Como se relacionar com o SOL?


quinta-feira, 12 de maio de 2011

Estudo sugere receita de suco com 7 frutas para proteger coração

Uma pesquisa francesa indica que uma receita que mistura o suco de sete frutas pode diminuir o risco de ataque cardíaco e derrame.

Os cientistas testaram diferentes "vitaminas" com 13 frutas diferentes e descobriram em testes de laboratório com porcos, que algumas misturas eram mais efetivas em fazer com que as paredes das artérias relaxassem.

A receita ideal, segundo os pesquisadores, inclui frutas fáceis de se encontrar no Brasil, como maçã, uva, morango e acerola. Mas encontrar os demais ingredientes - mirtilo, lingonberry (amora-alpina ou arando-vermelho) e chokeberry (conhecida nos Estados Unidos como aronia)- pode ser uma tarefa complicada.

POLIFENÓIS

Estudos anteriores revelaram que compostos encontrados nas frutas, os polifenóis, protegem o coração e impedem o entupimento das artérias.

Os cientistas franceses decidiram então testar o efeito antioxidante de diferentes misturas de sucos de frutas.

Segundo os pesquisadores da Universidade de Strasbourg, o coquetel de sete frutas mais efetivo testado por eles aumentaria o fluxo de sangue para o coração, garantindo um melhor equilíbrio entre nutrientes e oxigênio.

O estudo, publicado no periódico Food and Function, da Royal Society of Chemistry, também descobriu que alguns polifenóis são mais potentes que outros e que sua capacidade de eliminar radicais livres que podem danificar células e DNA é mais importante que a quantidade de polifenóis encontrada em cada fruta.

SAÚDE

Tracy Parker, da organização British Heart Foundation, diz que a pesquisa confirma a evidência de que o consumo de frutas e legumes reduz o risco de doenças cardíacas, mas faz uma ressalva.

"Nós ainda não entendemos por que, ou se, algumas frutas e legumes são melhores que outros. Mesmo este estudo admite que os cientistas não conseguiram estabelecer nenhuma ligação", diz ela.

"O que sabemos é que devemos comer uma boa variedade de frutas e legumes como parte de uma dieta balanceada, e suco de fruta é uma maneira prática e gostosa de fazer isso. Mas precisamos lembrar que sucos contêm menos fibras e mais açúcar que a fruta original."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/912104-estudo-sugere-receita-de-suco-com-7-frutas-para-proteger-coracao.shtml

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O chá-mate e o cheque mate !


O papel do Zinco no desempenho da Insulina

A vinculação do elemento biológico zinco com a produção da insulina, bem como a sua ativação pela união de suas duas cadeias protéicas, é bem conhecida. Neste aspecto, a literatura médica é pródiga. Em 1937, Himsworth (1) publicava seu artigo pioneiro, relatando que a insulina na forma de protamina com zinco, apresentava melhor resultado (aumentando a curva de liberação plasmática) quando administrada subcutaneamente. Anos depois, Tarui (2) publicava seus estudos originais sobre o metabolismo do zinco e aspectos clínicos do diabetes.

Porém, foram Boquist e Lernmark (3) que, trabalhando com modelos animais, provaram que a deficiência nutricional de zinco contribuía para disfunção pancreática e diminuição na oferta de insulina.
Já na década de 1970, cientistas russos liderados por Toroptsev e Ehchenko (4), provaram a importância do conteúdo de zinco nas células das ilhotas de Langerhans (sítio de produção da insulina). Entretanto, no ano de 1983 foi publicada uma pesquisa (5) onde se verificou que diabéticos apresentavam excreção urinária de zinco aumentada, traçando, definitivamente, uma relação inquestionável entre o metabolismo desse mineral e o controle da glicemia. Anos depois tal descoberta foi confirmada (8), levando à suposição que pacientes diabéticos podem apresentar deficiência de zinco.

A partir de 1990 muitos estudos sobre a relação do zinco com o diabetes e atividade insulinérgica são publicados. Shisheva (6) e seus colaboradores mostraram um efeito do zinco ao qual chamaram “insulin-like”, ou seja, semelhante à ação da insulina. Antes, May e Contoreggi (7) já haviam proposto um mecanismo para o efeito “insulin-like” do zinco, mais tarde esclarecido que o elemento interfere no acoplamento das cadeias protéicas alfa e beta desse hormônio - a estrutura do cristal consiste de hexâmeros T3R3f com dois íons zinco por hexâmero (9).

Modernamente, os estudos avançaram e descobriram que defeitos nas proteínas especializadas no transporte do zinco podem ser a chave para explicar a hereditariedade no diabetes. No caso, para a ZnT8, já foram descobertos polimorfismos que incapacitam essa proteína para o transporte do elemento zinco através do organismo, no pâncreas. Uma pesquisa super importante, neste aspecto, foi publicada recentemente (10).

Consoante a todos esses dados fundamentais no estudo do diabetes, muitos autores têm preconizado a suplementação com zinco para os pacientes diabéticos (11-15), a qual foi agora novamente ratificada no estudo com voluntários humanos realizado por Gunasekara e sua equipe (16). Na pesquisa, uma formulação multivitamínica-mineral com zinco, mostrou oferecer significativa melhoria na glicemia e nas dislipidemias.

Fonte: http://celiomendes-saude.blogspot.com/2011/04/o-papel-do-zinco-no-desempenho-da.html

Referências:
1. Protamine Insulin and Zinc Protamine Insulin. Himsworth HP – Br Med J. 1937, 13; 1(3975):541-6.
2. Studies on zinc metabolism. III. Effect of the diabetic state on zinc metabolism: a clinical aspect. Tarui S – Endocr J. 1963 , 10:9-15.
3. Effects on the endocrine pancreas in Chinese hamsters fed zinc deficient diets. Boquist L, Lernmark A – Acta Pathol Microbiol Scand. 1969; 76(2):215-28.
4. The identity of zinc- and insulin-containing granules in the B cells of the islets of Langerhans. Toroptsev IV, Ehchenko VA – Biull Eksp Biol Med. 1970, 69(4):110-3.
5. Prospective and retrospective studies of zinc concentrations in serum, blood clots, hair and urine in young patients with insulin-dependent diabetes mellitus. Hägglöf B, Hallmans G, Holmgren G, Ludvigsson J, Falkmer S – Acta Endocrinol (Copenh). 1983, 102(1):88-95.
6. Insulinlike effects of zinc ion in vitro and in vivo. Preferential effects on desensitized adipocytes and induction of normoglycemia in streptozocin-induced rats. Shisheva A, Gefel D, Shechter Y – Diabetes. 1992, 41(8):982-8.
7. The mechanism of the insulin-like effects of ionic zinc. May JM, Contoreggi CS – J Biol Chem. 1982 Apr 25; 257(8): 4362-8.
8. Type II diabetes mellitus, congestive heart failure, and zinc metabolism. Golik A, Cohen N, Ramot Y, Maor J, Moses R, Weissgarten J, Leonov Y, Modai D – Biol Trace Elem Res. 1993, 39(2-3):171-5.
9. X-ray crystallographic studies on hexameric insulins in the presence of helix-stabilizing agents, thiocyanate, methylparaben, and phenol. Whittingham JL, Chaudhuri S, Dodson EJ, Moody PC, Dodson GG – Biochemistry. 1995, 28;34(47):15553-63.
10. Down-regulation of zinc transporter 8 in the pancreas of db/db mice is rescued by Exendin-4 administration. Liu BY, Jiang Y, Lu Z, Li S, Lu D, Chen B – Mol Med Report. 2011, 4(1):47-52.
11. Effect of diet intervention and oral zinc supplementation on metabolic control in Berardinelli-Seip syndrome. Dantas de Medeiros Rocha E & cols – Ann Nutr Metab. 2010, 57(1):9-17.
12. Zinc supplementation partially prevents renal pathological changes in diabetic rats. Tang Y, Yang Q, Lu J, Zhang X, Suen D, Tan Y, Jin L, Xiao J, Xie R, Rane M, Li X, Cai L – J Nutr Biochem. 2010, 21(3):237-46.
13. The Influence of Zinc Supplementation on the Pancreas of Streptozotocin-Diabetic Rats. Bolkent S, Yanardag R, Bolkent S, Mutlu O – Dig Dis Sci. 2009 Jan 1.
14. Serum zinc levels in diabetic patients and effect of zinc supplementation on glycemic control of type 2 diabetics. Al-Maroof RA, Al-Sharbatti SS – Saudi Med J. 2006, 27(3):344-50.
15. Effect of a zinc-enriched diet on the clinical and metabolic parameters in type 2 diabetic patients. Sharafetdinov KhKh & cols – Vopr Pitan. 2004; 73(4):17-20.
16. Effects of zinc and multimineral vitamin supplementation on glycemic and lipid control in adult diabetes. Gunasekara P, Hettiarachchi M, Liyanage C, Lekamwasam S – Diabetes Metab Syndr Obes. 2011, 4:53-60.

Insônia pode complicar diabetes

Para diabéticos, a má qualidade do sono pode trazer complicações para a doença e dificultar o tratamento. Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Northwestern e na Universidade de Chicago (ambas nos EUA) associou medições de glicose e qualidade de sono em diabéticos e não diabéticos, e concluiu que até mesmo a resistência da pessoa à insulina pode ser afetada por problemas de sono.

A má qualidade de sono é um problema que geralmente acompanha a diabetes e existem pesquisas que propõe que ela seja também um dos fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Em pessoas que sofrem de diabetes 2, problemas como apneia e distúrbios do sono são mais comuns.

“Pior qualidade de sono em pessoas com diabetes foi associada ao pior controle dos seus níveis de glicose no sangue. Pessoas que têm problemas para controlar seus níveis sanguíneos de glicose têm mais riscos de terem complicações. Eles têm uma qualidade de vida reduzida. E, eles têm a expectativa de vida reduzia”, alerta a autora da pesquisa, Kristen Knutson.

Para a pesquisa, cientistas acompanharam 40 diabéticos durante seis noites. Antes do experimento, os participantes que roncavam, tinham insônia ou sofriam outros problemas para dormir reportaram suas dificuldades. Amostras de sangue foram recolhidas para a medição de níveis de insulina e glicose, e os voluntários usaram monitores no pulso para medição de movimentos durante a noite.

O experimento mostrou que os diabéticos que dormiam mal tinham níveis 23% mais altos de glicose no sangue de manhã e níveis de insulina 48% mais altos. Combinando esses números, os cientistas estimaram que diabéticos que têm problemas para dormir têm a resistência à insulina 82% mais alta do que diabéticos que dormem bem.

Para Kutson, o próximo passo para a sua pesquisa é analisar como o tratamento de problemas do sono podem ajudar no tratamento da doença. “Para alguém que já tem diabetes, adicionar um tratamento de sono, seja ele para tratar apneia ou insônia, pode ser uma ajuda adicional para eles controlarem sua doença”, ela completa.

A pesquisa foi publicada na edição de junho do periódico Diabetes Care

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9110&mode=browse

Sedentarismo pode causar dores nas costas

Dores nas costas – ou lombalgia - é um problema frequente em idosos, mas a condição tem se tornado cada vez mais comum entre jovens, e isso pode ser devido ao estilo de vida sedentário que muitos deles levam. Somente no Brasil, 80% da população sofre de lombalgia.

Além do sedentarismo, outros fatores que podem levar a pessoa a desenvolver a lombalgia são a obesidade, a má postura e a genética. A Dra. Simone Gianella Valduga, radiologista da área de ressonância músculo-magnética, explica que “o idoso sente dores nas costas, mais por um processo degenerativo, no entanto os jovens estão sentindo essas dores também. A sobrecarga na coluna e o desalinhamento em função da má postura - e de muitas horas no computador - além da falta de exercícios são os principais motivos para essas dores aparecerem cada vez mais cedo”.

O sedentarismo em si é um fator de risco para doenças graves, mas no caso da lombalgia, a falta do exercício físico pode complicar bastante a doença, aumentando dores musculares e danificando articulações - a falta de uso destas pode atrofiá-las.

O tratamento da doença é simples, e o cuidado médico apropriado pode fazer com que a pessoa evite o uso de medicamentos. O diagnóstico é rápido, feito através de raio-x, ressonância magnética ou tomografia computadorizada. O tratamento pode ser feito através de fisioterapia ou até mesmo de forma alternativa, com natação, acupuntura ou pilates. Caso não ocorra melhora, a cirurgia pode ser indicada.

Quem quer evitar as dores (e também outras doenças) deve conversar com um profissional sobre as melhores opções de exercício e transformar atividades físicas em rotina.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9122&mode=browse

Postura anti-fumo de pais pode proteger filhos

Existem estudos que mostram que filhos de pais que mantém posturas anti-fumo dentro de casa têm probabilidades menores de começarem a fumar. O monitoramento dos pais e o diálogo protege adolescentes contra o vício.

À medida que os jovens ficam mais velhos, essa proteção pode perder força. Para avaliar como a família pode continuar a proteger os adolescentes do cigarro, cientistas do Cincinnati Children’s Hospital Medical Center (EUA) estudaram 3.473 pais de filhos não fumantes. Os participantes foram acompanhados de 1999 a 2001 (tempo1) e de 2002 a 2003 (tempo 2). O objetivo era observar se os jovens começariam a fumar dentro do período do estudo e também analisar mudanças nos fatores familiares. As famílias analisadas eram de origem branca, negra ou hispânica.

Entre os tempos 1 e 2 houve uma diminuição significativa dos níveis de proteção que os fatores familiares exerciam sobre os adolescentes não fumantes e os que começaram a fumar. Porém, esses fatores mostraram serem mais fortes entre os jovens que não fumavam. Níveis mais altos de conectividade entre pais e filhos e monitoramento em brancos e hispânicos diminuíam as chances de os jovens iniciarem o hábito em 30%.

Alguns fatores familiares que foram associados à diminuição da proteção paterna foram: punição (aumento de 43% dos riscos em todos os grupos étnicos), monitoramento (aumento de 42% em negros) e conectividade (aumento de até 26% de riscos em negros e hispânicos).

A Dra. Melinda Mahabee-Gittens, autora da pesquisa, explica que “mesmo que os níveis de fatores familiares protetivos diminuíram à medida que os jovens ficavam mais velhos, eles continuaram sendo importantes na proteção contra a iniciação ao fumo”.

A pesquisa foi apresentada na reunião anual da Pediatric Academic Societies no dia 2 de maio.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9126&mode=browse

Uso de medicamento para déficit de atenção é excessivo em crianças

Uma pesquisa desenvolvida na USP, Unicamp, Instituto Glia de pesquisa em neurociências e do Albert Einsten College of Medicine (EUA) mostra que aproximadamente 75% das crianças e adolescentes brasileiros recebendo tratamento para déficit de atenção foram diagnosticados incorretamente.

O estudo analisou 5.961 jovens de todo o país entre 4 e 18 anos de idade. Para determinar se os diagnósticos dos participantes eram corretos, cientistas aplicaram questionários, onde os pais e professores determinaram a ocorrência do transtorno usando o manual americano de diagnóstico em psiquiatria DSM-4 Esses dados foram comparados com informações dadas pelos pais sobre os diagnósticos que seus filhos já haviam recebido antes da pesquisa.

Dentre os jovens que participaram do estudo, apenas 23,7% realmente sofriam de déficit de atenção. Dos que recebiam medicamento para o transtorno, apenas 27,3% precisavam do tratamento.

Além de diagnósticos equivocados trazerem complicações para o paciente, o abuso de medicamentos pode causar efeitos colaterais graves. O medicamento usado no tratamento dessa condição é o metilfenidato, princípio ativo da Ritalina e do Concerta. Ele age no sistema nervoso central, fazendo com que a pessoa consiga se concentrar melhor.

O uso indiscriminado da droga é bastante comum entre adultos, porém, de acordo com a especialista em psiquiatria Maria da Graça de Castro “não há comprovação científica de que a ritalina traga benefícios. para quem não tem déficit de atenção”.

Entre 60% e 80% dos casos infantis de déficit de atenção prevalecem na vida adulta do paciente. Porém o uso de medicamentos deve ser feito com acompanhamento médico. Estima-se que 4% dos adultos brasileiros possam sofrer dessa condição.

Fonte: http://boasaude.uol.com.br/news/index.cfm?news_id=9128&mode=browse&fromhome=y

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Ossos do punho e risco de diabetes

Medir a circunferência do pulso pode ser uma nova forma de identificar quais crianças e adolescentes obesos têm maior risco de desenvolver resistência à insulina e doença cardiovascular, afirmam cientistas em artigo publicado na revista Circulation, da American Heart Association.

Ao analisar as medidas de 477 jovens, os pesquisadores verificaram que aqueles que tinham o osso do pulso aumentado tinham 17% mais chance de desenvolver resistência à insulina. A resistência à insulina, também chamada de pré-diabete, é uma condição em que o organismo produz a insulina, mas não consegue usá-la de forma eficiente no metabolismo da glicose. A disfunção metabólica é um fator de risco para o desenvolvimento, no futuro, de doença cardiovascular.

Segundo os autores, o tamanho do pulso mostrou ser um indicador mais preciso para prever o risco de resistência à insulina do que o índice de massa corporal (IMC). Estudo anteriores mostraram que, durante o período de crescimento, os altos níveis de insulina circulando no organismo atuam como um anabolizante para o tecido ósseo. O estudo não aponta, contudo, qual é a medida considerada normal e a partir de que tamanho o risco estaria presente.

Se novos estudos conseguirem validar uma tabela com as medidas consideradas ideais de acordo com o sexo, a idade e as diferenças populacionais, a descoberta terá grande importância na prática clínica, afirma Marcus Malachias, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. "Hoje, não temos bons métodos para diagnosticar resistência à insulina em crianças. E o problema está se tornando cada vez mais comum entre elas", completa.

Fonte: http://www.consulfarma.com/detalhes_noticias.php?id=130113

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ovos: colesterol e risco cardiovascular

Todo dia a mesma ladainha na hora de fazer as orientações nutricionais para pacientes dislipidêmicos (seja aumento do colesterol ou de triglicérides):

- O senhor pode comer até 4 ovos por semana.
- Mas doutor e o colesterol?
- Fica tranquilo pq não irá aumentar.

 Mais um mito quebrado !
Próximo paciente...

Um estudo publicado esse ano no European Journal of Clinical Nutrition, seguiu 14185 indivíduos ao longo de 6 anos e constatou que não havia diferenças entre os grupos estudados no que toca a doença cardiovascular (infarto agudo do miocárdio, AVC ou cirurgia cardíaca e revascularização).

 Os grupos foram divididos conforme o consumo de ovo:
1) nenhum ovo1 por semana,
2) 2 a 4 ovos por semana,
3) 4 por semana

Foram avaliados 2 vezes ao ano durante 6 anos. Após ajuste para confundidores como sexo, idade, calorias ingeridas, adesão à dieta mediterrânica e outros fatores de risco cardiovascular, não foi encontrada qualquer associação entre o consumo de ovo (muito ou pouco) e as doenças cardiovasculares.

Outro estudo, publicado em 2010  no Nutrition Journal buscou verificar o efeito do uso moderado (2 a 3 ovos por dia) na função endotelial e nos níveis de coltesterol e triglicérides em pacientes já portadores de dislipidemia. O estudo conclui que  uso moderado de ovos (2 a 3/dia) não alterou função endotelial e dislipidemia de adultos dislipidêmicos. Já o que eles chamam de Ovo substituto apresentou benefícios, talvez por ter 12 vitaminas. Para ler mais, acesse o link: http://www.nutritionj.com/content/9/1/28

Com isso percebe-se que existe uma fobia dos ovos por parte de alguns pacientes com alterações cardiovasculares prévia. Isso leva muitas pessoas a evitar a vida toda o seu consumo, sem necessidade. O ovo é muito rico nutricionalmente, pois possui por exemplo: Ácido fólico, Riboflavina, Vitamina B12, Vitamina D, Vitamina A, Vitamina K, Selénio, Colina, Luteína, Zeaxantina.

Ao consumir ovo não precisamos de juntar carne nem peixe, ele tem uma proteína de altíssimo valor biológico. As formas mais saudáveis e que preferencialmente devem ser consumidas são: Ovo mexido (em azeite e a temperaturas moderadas), ovo escaldado, ovo cozido (com a gema mal cozinhada). De preferência sempre a Ovos caipiras e se possível (se tiver na sua região) opte pelos caipiras enriquecidos com ômega 3.

Fontes:
  1. http://www.nature.com/ejcn/journal/vaop/ncurrent/abs/ejcn201130a.html 
  2. http://www.nutritionj.com/content/9/1/28

Taxas de metabolismo podem prever mortalidade


Jejum pode fazer bem à saúde

Sempre que se fala em jejum as pessoas pensam em religião, dieta ou manifestações políticas. Mas ficar sem comer pode trazer benefícios à saúde, em especial do coração, dizem pesquisadores do Centro Médico Intermountain, em Utah, Estados Unidos.


Segundo os especialistas, o jejum reduz os riscos de doença arterial coronariana (caracterizada pelo estreitamento dos vasos sanguíneos em decorrência do espessamento das artérias) e diabetes, além de fazer mudanças significativas no nível de colesterol sanguíneo.

O efeito que o jejum tem sobre a saúde já vem sendo estudado há anos, e pesquisas anteriores mostram que ele realmente tem efeito benéfico na redução no risco da doença cardíaca, que é a principal causa de morte entre homens e mulheres dos Estados Unidos.

A nova pesquisa registrou as reações biológicas do organismo durante o período de jejum. Os níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL-C, o "mau" colesterol) e de alta densidade (HDL-C, o "bom" colesterol) aumentaram significativamente: 14% e 6%, respectivamente. Isso elevou a taxa de colesterol total, o que pegou os pesquisadores de surpresa.

"O jejum provoca fome ou estresse. Em resposta, o organismo libera mais colesterol, permitindo utilizar a gordura como fonte de combustível em vez de glicose. Isso diminui o número de células de gordura no corpo", explica Benjamin Horne, diretor de Epidemiologia e Genética Cardiovascular na Faculdade de Medicina Intermountain e principal autor da pesquisa.

"Isso é importante porque quanto menos células de gordura no organismo, menor a probabilidade de resistência à insulina, ou diabetes", completa. Os resultados da pesquisa foram apresentados em 03 de abril, nas sessões científicas anuais do Colégio Americano de Cardiologia, em Nova Orleans.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Deficiência de vitamina D pode explicar diferentes tipos de obesidade entre raças

Pesquisa publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism (JCEM) da Sociedade de Endocrinologia, nos Estados Unidos, mostra que a deficiência de vitamina D está relacionada aos diferentes tipos de obesidade em crianças no que se refere à raça.

Crianças com deficiência em vitamina D apresentam níveis mais elevados de gordura corporal, mas o estudo mostrou que as crianças negras eram mais propensas a ter níveis mais elevados de gordura sob a pele, já as crianças brancas entre seus órgãos internos.

O estudo analisou as diferenças raciais na relação entre o status da vitamina D, o Índice de Massa Corporal (IMC), os níveis de gordura, distribuição da gordura corporal e níveis de lipídios saudáveis, em crianças negras e brancas com idade entre 8 e 18 anos.

"A deficiência de vitamina D é crescente na juventude americana, e há alguns indícios de que os baixos dessa podem ter um papel importante no aumento das taxas de diabetes tipo 2 em adultos. É possível que o mesmo possa ser verdade para os jovens com esse tipo de diabetes ", diz Silva Arslanian, da Universidade de Pittsburgh e principal autor do estudo.

"Nosso estudo descobriu que a vitamina D foi associada com maiores níveis de gordura e baixos níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL), também conhecido como bom colesterol, tanto em crianças brancas e negras", completa.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Triglicérides pode ser mais perigoso que colesterol para AVC

Um estudo de pesquisadores na Dinamarca mostrou que o nível de triglicérides sem jejum está relacionado a um risco maior de AVC em homens e mulheres. Já o colesterol alto esta associado a tal risco apenas entre os homens. A pesquisa, que analisou dados de 33 anos, foi publicada pelo jornal científico “Annals of Neurology”.

Evidências médicas sugerem que o alto nível de triglicérides sem jejum demonstra uma grande quantidade de fragmentos de lipoproteínas, partículas semelhantes ao LDL – conhecido como “colesterol ruim”.

Ambos contribuem para a formação de placas que podem levar ao entupimento das vias coronarianas. “Interessantemente, as guias atuais de prevenção de derrames têm recomendações quanto a níveis desejáveis de colesterol, mas não de triglicérides sem jejum”, disse a autora do artigo, Marianne Benn, do Hospital Universitário de Copenhague.

“Nosso estudo foi o primeiro a examinar o risco de derrame para níveis muito altos de triglicérides sem jejum em comparação com níveis muito altos de colesterol na população geral”, prosseguiu. Mulheres com o triglicérides em 443 mg/dL têm uma possibilidade quase 3,9 vezes maior de sofrerem um derrame, em comparação com as que tem o nível em até 89 mg/dL.

Entre os homens, com estes mesmos indicadores, o risco é 2,3 vezes maior. No entanto, quando o nível de colesterol passa de 348 mg/dL, o risco relativo sobe para 4,4. O estudo acompanhou 7.579 mulheres e 6.372 homens, todos brancos e de origem dinamarquesa. Seus dados começaram a ser coletados entre 1976 e 1978 e foram analisados ao longo de até 33 anos.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Gene ligado ao consumo de álcool

Uma pesquisa conduzida por um grupo internacional de dezenas de cientistas conseguiu identificar um gene que pode ter um papel importante no consumo de álcool.

O estudo é destaque na nova edição da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Os pesquisadores analisaram amostras de DNA de mais de 26 mil voluntários em busca de genes que pudessem afetar o consumo de bebidas alcoólicas.

Os resultados foram comparados com dados de outras 21 mil pessoas. Os participantes disseram quando bebiam por meio de questionários. De acordo com os autores, encontrar uma variante genética que influencia os níveis de consumo de álcool pode levar a um melhor entendimento sobre os mecanismos por trás do alcoolismo.

O gene é denominado AUTS2, sigla para “candidato para suscetibilidade ao autismo número 2”. Estudos anteriores indicaram a relação do gene com o autismo e com o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.

A nova pesquisa, liderada por cientistas do Imperial College London e do King's College London, verificou que há duas versões do AUTS2, uma três vezes mais comum do que a outra. Indivíduos com a versão menos comum do gene bebem em média 5% menos álcool do que as pessoas com a versão mais comum, apontou o estudo.

O gene se mostrou mais ativo nas regiões do cérebro associadas com mecanismos de recompensa neurofisiológicas, o que sugere que possa ter um papel importante na regulagem na resposta à ingestão de bebidas alcoólicas. Sabe-se que o consumo de álcool é parcialmente determinado geneticamente, mas até agora o único gene conhecido com contribuição significativa era um que decodifica a álcool-desidrogenase, enzima que quebra as moléculas do álcool no fígado. “Claro que há muitos fatores que afetam quanto de álcool uma pessoa bebe, mas sabemos que os genes têm um papel importante.

A diferença promovida por esse gene específico [AUTS2] é pequena, mas, ao descobrir o seu papel, abrimos uma nova área na pesquisa sobre os mecanismos biológicos que controlam a ingestão de bebidas alcoólicas”, disse Paul Elliott, da Escola de Saúde Pública do Imperial College London, um dos coordenadores da pesquisa.

“Uma vez que as pessoas bebem por motivos muito diferentes, entender o comportamento especificamente influenciado pelo gene identificado ajuda a compreender melhor as bases biológicas desses motivos. Esse é um passo importante em busca do desenvolvimento de prevenções e tratamentos individuais para o abuso de álcool e para o alcoolismo”, disse Gunter Schumann, do Instituto de Psiquiatria do King's College London, primeiro autor do artigo.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Componente do brócolis pode ajudar pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

Cientistas americanos descobriram que o sulforafano, composto encontrado nos brotos de brócolis, poderia ajudar a eliminar a bactérias que afetam os pulmões, segundo um estudo publicado na revista americana "Science Translational".

O sulforafano está presente nas verduras da família da couve e se apresenta como um possível tratamento para prevenir ou reduzir as infecções que frequentemente afetam os fumantes e os pacientes com doenças pulmonares.

Um pulmão saudável se encarrega por si mesmo de expulsar as pequenas partículas de pó, os resíduos e as bactérias estranhas que entram através do aparelho respiratório junto com o oxigênio que respiramos. No entanto, este sistema de "autolimpeza" é disfuncional nos fumantes, e as pessoas com um tipo de doença chamada enfermidade pulmonar obstrutiva crônica (Epoc) ou Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), uma grave patologia respiratória.

As duas formas mais frequentes da doença são a bronquite crônica, definida por uma tosse prolongada com muco, e o enfisema, que ajuda a deterioração dos pulmões a longo prazo. O Epoc, que afeta 24 milhões de americanos e 210 milhões de pessoas no mundo todo, é a terceira causa de morte nos Estados Unidos. O médico Shyam Biswal, do Departamento de Ciências da Saúde Ambiental da Escola Bloomberg de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins analisaram os macrófagos (células do sistema imunológico) dos pulmões de pacientes com a enfermidade, assim como os de ratos expostos à fumaça do cigarro.

Os pesquisadores concluíram que o tratamento com sulforafano estimula a ativação da via de sinalização celular Nrf2 tanto nas células humanas dos pulmões com Epoc quanto as dos pulmões dos ratos expostos à fumaça. A ativação da via Nrf2 restaura a capacidade dos macrófagos pulmonares para eliminar as bactérias dos pulmões, com o que uma dieta rica em sulforafano poderia ajudar aos doentes a melhorarem.

"Nossas descobertas sugerem que os macrófagos dos pulmões dos pacientes com a enfermidade têm uma falha no processo chamado fagocitose, que consiste na destruição de bactérias ou agentes nocivos para o organismo", disse Biswal.

Os pesquisadores descobriram que, ainda segundo o médico, "a ativação da via Nrf2 induzida pelo sulforafano restaurou a capacidade dos macrófagos pulmonares para se unir e combater as bactérias".

"O estudo poderá ajudar a explicar a relação entre a dieta e a doença pulmonar, e aumenta o potencial de novos enfoques para o tratamento da doença frequentemente devastadora", afirmou Robert Wise, professor de Medicina da Escola de Medicina de Johns Hopkins e co-autor da pesquisa.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Consumo de ômega-3 durante a gravidez reduz risco de depressão pós-parto

O consumo durante a gravidez do ácido graxo ômega-3, encontrado em peixes como o salmão, reduz o risco de depressão pós-parto, segundo um estudo de cientistas americanos.

A doutora Michelle Price Judge, da Escola de Enfermagem da Universidade de Connecticut, demonstrara previamente que o consumo durante a gravidez do ácido docosahexaenoico (DHA), um ácido graxo poli-insaturado da série ômega-3, auxilia o desenvolvimento do bebê e quis saber o efeito que poderia ter na depressão pós-parto.

 Para o novo estudo, analisou os hábitos alimentares de 52 mulheres grávidas que foram divididas em dois grupos. Metade tomou um placebo e às mulheres do outro grupo foram administrados 300 miligramas de DHA cinco dias por semana entre as semanas 24 e 40 da gravidez, uma quantidade similar à de meia porção de salmão.

Os especialistas acompanharam as mães e mediram sua situação emocional através de uma escala de depressão pós-parto realizada pela doutora Cheryl Beck, da Universidade de Connecticut e coautora do estudo.

Segundo outras pesquisas mencionadas pelos autores, aproximadamente 25% das mães padecem deste tipo de depressão, que afeta as relações familiares e tem consequências no desenvolvimento afetivo da criança.

A análise dos dados indica que as mães que fizeram parte do grupo que consumiu pescado foram menos propensas a manifestar sintomas relacionados com a ansiedade. Michelle e sua equipe assinalaram durante o Congresso de Biologia Experimental 2011, realizado em Washington, que seria necessário um estudo maior para entender o porquê e o alcance dos benefícios do ômega-3 para a saúde mental da mãe. Ainda assim, foi recomendado o consumo de peixes ricos neste tipo de ácidos graxos entre dois e três dias por semana, já que são ricos em proteínas e minerais

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Distrações da memória

A capacidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo cai à medida que o homem envelhece. Uma nova pesquisa aponta que o motivo pelo qual pessoas mais velhas têm mais dificuldade em alternar tarefas está nas redes neurais.

Lidar com múltiplas tarefas envolve a memória de curta duração, que define a capacidade de manter e manipular uma determinada informação em um período de tempo.

Essa memória de trabalho é a base de todas as operações mentais, de decorar um número de telefone a digitá-lo em um aparelho, de manter o ritmo de uma conversa a conduzir funções complexas como raciocinar ou aprender.

“Os resultados do estudo sugerem que o impacto negativo das múltiplas tarefas na memória de trabalho não é necessariamente um problema com a memória, mas deriva de uma interação entre atenção e memória”, disse Adam Gazzaley, professor da Universidade da Califórnia em San Francisco, um dos autores do estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

De acordo com o estudo, a dificuldade em realizar mais de uma tarefa em um mesmo período de tempo está no momento de alternar entre uma atividade e outra. O problema fundamental não são as próprias tarefas ou as interrupções, mas as distrações. A pesquisa indica que a capacidade do cérebro em ignorar informações irrelevantes cai com a idade e que isso impacta na memória de trabalho.

O estudo reforça que as “coisas da idade”, como costumam ser chamados episódios comuns de distração e esquecimento, têm um impacto maior em indivíduos mais velhos

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Caminhadas podem beneficiar pacientes de Mal de Parkinson

Uma nova pesquisa desenvolvida na Universidade de Maryland e apresentado na 63ª reunião anual da American Academy of Neurology, evidenciou que portadores de doença de Parkinson podem se beneficiar mais de caminhadas em esteiras a uma velocidade confortável do que praticando o exercício com mais intensidade, aumentando velocidade e inclinação.

Em um experimento, 67 pessoas que sofrem da doença foram separadas em três grupos que se exercitaram de formas diferentes. Um grupo fez caminhada de baixa intensidade por 50 minutos em uma esteira, o segundo grupo fez caminhada de alta intensidade por 30 minutos e o terceiro fez alongamentos com pesos.

Os indivíduos praticaram os exercícios três vezes por semana durante um período de três meses. Os resultados mostraram que todos os tipos de exercícios foram benéficos para os pacientes, mas que a caminhada de baixa intensidade proporcionou melhorias mais consistentes de mobilidade dos pacientes.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Estrogênio diminui riscos de câncer e doenças cardíacas

Em uma descoberta que desafia a ciência convencional a respeito dos riscos de certos hormônios usados na menopausa, um importante estudo de caráter governamental apontou que, após anos usando terapias de reposição apenas com estrogênio, algumas mulheres apresentaram risco consideravelmente menor de câncer de mama e ataque cardíaco.

A pesquisa, parte do difundido estudo Women's Health Initiative, acabou por surpreender as mulheres e seus médicos, que, durante anos, ouviram notícias amedrontadoras sobre os riscos da terapia de reposição hormonal.

No entanto, muitos desses receios têm a ver com o uso de uma combinação de dois hormônios, o estrogênio e a progesterona, prescritos para aliviar a sensação de calor e outros sintomas decorrentes da menopausa, sempre mostrando aumentar o risco de câncer de mama nas mulheres.

As novas descobertas, recentemente divulgadas no The Journal of the American Medical Association (JAMA), provêm do estudo Women's Health Initiative feito com 10.739 mulheres que já passaram por histerectomia, a remoção cirúrgica do útero ou parte dele.

Aproximadamente um terço das mulheres no mundo com mais de 50 anos já fizeram essa cirurgia. O estudo Women’s Health Initiative foi iniciado em 1991 pelo National Institutes of Health como uma investigação minuciosa do uso de hormônios e outros problemas relacionados à saúde das mulheres em período pós-menopausa.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Estudo mostra que câncer de ovário começa nas trompas

Um grupo de pesquisadores norte-americanos conseguiu recriar em laboratório o processo de formação do câncer de ovário, produzindo evidências sólidas de que os tumores começam nas trompas de falópio, e não nos próprios ovários, de acordo com um estudo publicado segunda-feira (18).

A descoberta pode ajudar a descobrir novas maneiras de combater o câncer nos ovários - que, na maior parte dos casos, não apresenta sintomas que permitam seu diagnóstico precoce, espalhando-se pelo organismo sem ser percebido.

O câncer nos ovários é o quinto mais mortífero para as mulheres. Ao todo, afeta 200 mil pessoas por ano, matando cerca de 115 mil em média. Estudos anteriores já haviam desenvolvido hipóteses dando conta de que este carcinoma pode, na verdade, ter origem em algum outro órgão, mas a pesquisa dos cientistas do Instituto do Câncer Dana-Farber, de Boston, é a primeira a mostrar como a doença começa no tecido das trompas de falópio.

As trompas de falópio - ou tubas uterinas - são os canais por onde o óvulo desce dos ovários para o útero durante o ciclo reprodutivo feminino. Ronny Drapkin, principal autor do estudo publicado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences", disse que análises anteriores feitas com tecido tubário de mulheres com predisposição a desenvolver o câncer de ovário já haviam mostrado "traços de células que eram antecessores de sérios tipos de câncer".

Assim, sua equipe decidiu tentar replicar o processo de formação do câncer dentro do laboratório. Os pesquisadores usaram células tubárias e alteraram sua programação genética para que elas se dividissem como células cancerosas. "Da mesma forma que as células de um tumor, estas células cancerosas 'artificiais' se proliferaram rapidamente e conseguiram deixar seu tecido de origem para crescer em outro local", indica o estudo.

"Quando implantadas em cobaias animais, elas também deram origem a tumores estrutural, genética e comportamentalmente semelhantes ao HGSOC (sigla científica para câncer de ovário) humano", explica.

Para Drapkin, a descoberta mostra que as células tubárias são a fonte do câncer de ovário, e dá pistas para o desenvolvimento de futuros tratamentos. "Estudos como este vão nos ajudar a identificar os diferentes tipos de câncer de ovário e, possivelmente, a descobrir marcadores biológicos - proteínas no sangue - que apontam a presença da doença", afirmou Drapkin, que é professor assistente da Escola de Medicina de Harvard.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Dieta de poucos carboidratos ajuda na redução de gordura no fígado

Uma nova pesquisa desenvolvida na Universidade do Texas (EUA) e publicada essa semana no American Journal of Clinical Nutrition, levou médicos a afirmarem que reduzir a ingestão de carboidratos é mais eficiente para diminuir a gordura no fígado do que a redução de calorias.

Em um experimento, cientistas recrutaram 18 pessoas com gordura no fígado (não causada por álcool) e designaram a um grupo uma dieta com poucas caloria0s, enquanto o segundo grupo seguiu uma dieta com poucos carboidratos.

Após 14 dias, os participantes da dieta de poucos carboidratos tinham perdido mais gordura do fígado do que o outro grupo.

Os pesquisadores ainda não sabem explicar a diferença de perda de gordura entre os dois grupos, mas eles acreditam que a descoberta pode ser significativa para tratamentos de diversas doenças, como a diabetes e a resistência à insulina.

Fonte: http://www.hebron.com.br/

Pagar pessoas para perder peso funciona, indica estudo

Um estudo britânico de 400 pessoas, batizado de "libras por quilos", descobriu que quase metade dos analisados perdeu mais de 5% do seu peso corporal. O artigo foi publicado no "Journal of Public Health".

Em média, os indivíduos --muitos deles trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês)-- perderam cerca de 4 kg em um ano e receberam cerca de 180 libras.

A informação foi publicada no site do jornal britânico "The Telegraph" nesta sexta-feira.

Segundo os pesquisadores, os resultados mostram que o esquema funciona tanto quando programas de perda de peso existentes e poderia ser estendido para todo o país.

Para Clare Relton, da Universidade de Sheffield, "o recrutamento para este programa de incentivo financeiro sugere que a perda de peso pode ser aceitável pelo público em geral e pelos funcionários do NHS, além de homens e mulheres".

O presidente do National Obesity Forum, David Haslam, disse que, anteriormente, estava cético em relação à pesquisa, no caso dos pacientes pararem de perder peso se deixassem de ser pagos.

Mas em declaração à revista "Pulse", disse: "Quatro quilos em um ano é um número muito bom. Se estamos interessados nos ganhos para a saúde, este é o negócio".

A incitava "libras por quilos" recrutou 402 pessoas, 42,5% das quais eram funcionárias do NHS. A média de idade era de 45,1 anos; a média inicial de peso, 101,8 kg; e mais da metade era do sexo feminino.

Os participantes foram submetidos a planos de perda de peso de diversas durações e pesados novamente no fim de cada um.

No total, 44,8% tiveram perda de peso "clinicamente significativa" de mais de 5% do seu peso corporal; 23,6% perderam mais de 10%.

Apenas 38% dos participantes terminaram seus planos, número abaixo do de esquemas existentes, como o Vigilantes do Peso.

Mas a perda de peso média de 5 kg em 12 meses, incluindo aqueles que desistiram, foi maior do que a média do Vigilantes do Peso --4,02 kg.

Mesmo admitindo que aqueles que desistiram retornaram ao seu peso original, os dados sugerem que a perda de peso média geral para todos aqueles que participaram foi de 4 kg.

A incitava teve custo total de 75 mil libras e uma média de 186,57 libras por paciente.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/909233-pagar-pessoas-para-perder-peso-funciona-indica-estudo.shtml

Coca-Cola rejeita pedido para tirar bisfenol A de suas latas

Pedido veio de acionistas preocupados com a crescente pressão da população e proibição do químico em vários países; pesquisas associam substância a câncer, diabetes e obesidade

Mesmo depois da Comunidade Europeia ter proibido o bisfenol A (BPA).

Mesmo depois de todas as pesquisas científicas terem associado o químico à doenças como diabetes e câncer.

Mesmo depois das mães do Canadá terem saído às ruas pedindo o fim do químico em embalagens de alimentos.

Mesmo depois da indústria de alimentação no Japão ter retirado voluntariamente o bisfenol do contato com seus produtos.

Mesmo depois de todas as campanhas e comprovações sobre os malefícios do bisfenol A, o CEO da Coca-Cola, Muhtar Kent, disse ontem que empresa não acredita que haja evidências científicas suficientes para descontinuar o uso de BPA na resina epóxi utilizada como revestimento interno de suas latas.

A declaração aconteceu ontem durante a assembléia anual, realizada em Atlanta (EUA), em resposta à solicitação de um grupo de acionistas que pediu o fim do BPA nas embalagens de refrigerantes e sucos. A proposta dos acionistas teve esse ano 26% de adesão, 20% a mais de apoio do que no ano passado, quando idéia semelhante foi apresentada.

Risco Financeiro? – A proposta foi apresentada por três grupos que defendem os direitos dos acionistas e pede que a Coca-Cola “prepare um relatório para os acionistas revelando como está respondendo à crescente preocupação de consumidores em relação à segurança do BPA em produtos; desenhe um plano para desenvolver alternativas à resina epóxi com BPA; e revele o que a empresa está fazendo para manter sua liderança e a confiança do público neste tema. Michael Passoff, estrategista senior do grupo As You Sow, um dos grupos de acionistas, novamente rotulou a Coca como “uma indústria que está ficando para trás” alertando que isso “não era um bom sinal para seus investidores”.

A proposta foi apoiada por investidores de peso, incluindo a ISS e a Glass Lewis, duas das maiores empresas de consultoria no gerenciamento de ações dos Estados Unidos, além de acionistas institucionais como a CalPERS, o maior fundo de pensão do mundo.

A Domini Social Investments e a Trillium Asset Management Corporation também fazem parte da aliança, que afirmou que o receio está baseado “no risco financeiro e regulatório” que a empresa pode estar se expondo ao “ignorar os avanços na pesquisa científica, a reavaliação de agências regulatórias e a preocupação com o potencial risco à saúde que o BPA representa, assim como novas propostas legislativas que estão considerando a proibição do bisfenol A.”

A Coca-Cola afirmou que concorda com o consenso de agências regulatórias em vários países que afirma que o BPA presente no revestimento interno de latas não representa um risco à saúde humana. “Se tivéssemos qualquer dúvida em relação à segurança de nossas embalagens, nós descontinuaríamos o uso do BPA,”disse Kent na assembleia ontem. “É simples assim”.

No website da empresa foi publicada a seguinte declaração: “Estamos trabalhando com terceiros para produzir outros tipos de revestimento interno que incluem produtos sem BPA. Atualmente, o único sistema comercialmente viável para revestimento interno de latas para produção em massa de bebidas embaladas com latas de alumínio contém o BPA.”

“Nós levamos muito a sério a preocupação de nossos consumidores e queremos que saibam que temos confiança na segurança de todas as embalagens que utilizamos em nossas bebidas.”

Fontes: Food Production Daily - 28 de abril de 2011 e http://www.otaodoconsumo.com.br/voce-e-o-que-come-na-embalagem-que-consome/coca-cola-rejeita-pedido-para-tirar-bisfenol-a-de-suas-latas

7 coisas tóxicas que você não deveria jogar no lixo

Muita gente não pensa duas vezes em jogar no lixo algo que parece não prestar. O problema é que o lixo não é um sumidouro, ele é a primeira parada de algo que foi descartado. Substancias tóxicas contidas no nosso lixo podem ser muito prejudicial à saúde e ao meio ambiente. Veja abaixo uma lista de 7 coisas que deveriam ser destinadas com cuidado.

1 – Óleo de motor

Não só o óleo de motor, mas também o óleo de cozinha podem entupir tubulações de esgoto e atrapalhar os processos de tratamento de água e esgoto das empresas de saneamento. Além disso, óleo de motor derramado no chão pode contaminar águas subterrâneas. “Um galão de óleo pode contaminar um milhão de galões de água pura”, explica a representante do site Earth911, Jennifer Berry. A maneira correta de se livrar do óleo é colocá-lo em uma garrafinha com tampa e levar para centros de reciclagem, postos de gasolina ou oficinas de carros.

2 – Eletrônicos

Um problema que o mundo está tendo que lidar atualmente é o lixo eletrônico, mas não aquele spam que você recebe por e-mail, mas a quantidade de aparelhos de TV, DVD, computadores, celulares, câmeras, impressoras, videogames, iPods que são jogados por aí. Alguns países da Europa e os EUA produzem tanto e-lixo que precisam mandar para outros países. “Estes objetos contêm metais pesados como cádmio e chumbo que podem contaminar o meio ambiente”, disse Jennifer. É melhor encontrar alguém que esteja precisando destes aparelhos e fazer uma doação.

3 – Tinta

Tintas à base de óleo, revestimentos, corantes, vernizes, removedores de tinta são lixos extremamente perigosos porque contêm produtos químicos que podem ser prejudiciais a humanos, animais e ao meio ambiente. Eles nunca devem ser jogados no lixo ou em ralos. Latas que não foram usadas devem ser estocadas com cuidado ou devolvidas, ou você pode doar para escolas ou organizações.,

4 – Pilhas e baterias

Diferentes tipos de baterias devem ser destinadas de diferentes maneiras, mas nenhuma delas deve ser jogada no lixo tradicional, nem nas lixeiras de reciclagem. Elas devem ser destinadas para reciclagem. Muitas lojas têm lixos especiais para pilhas. Elas contêm materiais tóxicos e corrosivos, por isso devem ser descartadas com cuidado. A bateria do carro também faz parte deste grupo.

3 – Lâmpadas

Lâmpadas fluorescents contém minúsculas partes de mercúrio (cerca de 5 mg) que podem vazar caso ela se quebre. Por isso, elas devem ser descartadas em lugares que recolham lixo tóxico.

2 – Detector de fumaça

Este aparelho não é muito comum no nosso dia-a-dia, geralmente os vemos em hospitais ou hotéis, mas eles também são tóxicos. Os dispositivos contêm uma quantidade pequena de radiação para detecção da fumaça. É extremamente importante que não sejam atirados em qualquer lixeira. Deve-se retirar suas pilhas (que também devem ser encaminhadas, como dito anteriormente) e, em seguida, devolvê-lo ao fabricante.

1 – Termômetros

Os termômetros tradicionais contêm em média 500 mg de mercúrio e representa um risco à saúde em caso de quebra, principalmente para mulheres grávidas e crianças, porque prejudica o crescimento do sistema nervoso do bebê e dos garotos. É preciso mandá-lo para o lixo tóxico. [LifesLittleMysteries]

Fonte: http://hypescience.com/7-coisas-toxicas-que-voce-nao-deveria-jogar-no-lixo/

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Estudos relacionam obesidade a flora intestinal "ruim"

Os cientistas estão, nos últimos anos, começando a entender como vivem os trilhões de seres que há no intestino de cada ser humano. Ainda que seja você quem come chocolate todos os dias, uma flora intestinal que não ajuda pode ser a culpada pelos seus pneuzinhos, dizem os pesquisadores.

Em 2006, um estudo na "Nature" mostrou que gordos tinham um tipo diferente de flora intestinal. Não se sabia bem se a obesidade era causa ou consequência.

Três anos depois, um pesquisador americano, Jeffrey Gordon, da Universidade Washington, propôs na "Science Translational Medicine" que engordar era consequência. Ele dizia que as pessoas deveriam saber que tipo de bactérias há em seu intestino para saber se eram vulneráveis à obesidade.

Agora, um outro trabalho na "Nature" mostra que existem três diferentes tipos de flora intestinal. Do mesmo jeito que cada ser humano tem um tipo sanguíneo, todos tem um "tipo intestinal".

Cada um representa um tipo de bactéria diferente que predomina no intestino. Assim, ao menos por enquanto, esses tipos não tem nomes fáceis como "O positivo" ou "A negativo", mas "predominância de Bacteroides" ou "predominância de Prevotella".

Ficou claro para os pesquisadores que o tipo intestinal nada tem a ver com com a etnia do indivíduo, com o seu país de origem ou com a sua maneira de se alimentar.

Como cada bactéria tem uma eficiência diferente na hora de extrair energia dos alimentos, é possível que aquele amigo que come feito quem nunca viu comida e continua magro tenha tido a sorte de nascer com o tipo de flora intestinal certa.

Os cientistas, de várias instituições europeias (com colaboração da Universidade Federal de Minas Gerais), não conseguiram, porém, apontar qual das três floras intestinais é de gordinho e qual é de "magro de ruim". Estudaram bactérias de europeus, americanos e japoneses.

Era um grupo de poucas dezenas de pessoas. Os cientistas estão planejando repetir o trabalho agora com 400.

Mesmo que eles consigam novos resultados, certamente o tipo intestinal não será a única explicação para a obesidade. Outros fatores, como a alimentação e questões genéticas não relacionados ao intestino, certamente têm um peso grande.

De qualquer forma, não é possível subestimar o papel das bactérias no organismo humano.

Elas são muitas: enquanto o corpo humano tem cerca de 10 trilhões de células, cada pessoa carrega consigo mais de 300 trilhões de bactérias de todos os tipos.

Ou seja: há bem mais células de bactérias em você do que células de você mesmo.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/905599-estudos-relacionam-obesidade-a-flora-intestinal-ruim.shtml

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Alergias podem ser fator de risco para depressão

A primavera sempre traz um surto de espirros, fungadas e narizes obstruídos.

Mas alergias sazonais podem ser psicologicamente prejudiciais? Uma onda de pesquisa emergente sugere que pode acontecer. Ainda que não haja evidências firmes que alergias causam depressão, vastos estudos mostram que pessoas que sofrem de alergia realmente apresentam maior risco de depressão.

Alergias graves podem trazer sonolência, dores de cabeça, fadiga e uma sensação geral de mal-estar físico, que juntos podem piorar o humor.  Estudos identificaram que reações alérgicas liberam compostos no corpo chamados citoquinas, que desempenham um papel na inflamação e pode reduzir os níveis do hormônio serotonina, que ajuda a manter as sensações de bem-estar. E é de conhecimento comum que algumas medicações comuns para alergia, como corticosteroides, podem causar ansiedade e oscilações de humor.

Muitos estudos de grande porte descobriram que o risco de depressão em pessoas com alergias graves é duas vezes maior que em pessoas sem alergias.

Em 2008, pesquisadores da University of Maryland reportaram que essa conexão pode ajudar a explicar um amplamente observado mas mal compreendido aumento de suicídios durante a primavera todo ano. Analisando registros médicos, os autores viram que em alguns pacientes, mudanças nos sintomas de alergia durante as temporadas de baixa e alta polinização se correlacionavam com mudanças em seus níveis de depressão e ansiedade.

Um estudo populacional finlandês de 2003 constatou uma relação entre alergias e depressão; contudo, mulheres tendiam muito mais a serem afetadas.

Em 2000, um estudo com gêmeos, na Finlândia também, mostrou um risco comum de depressão e alergias, um resultado de influências genéticas, escreveram os autores.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI5075077-EI8147,00-Estudos+apontam+que+alergias+podem+levar+a+depressao.html

Terapia com luz pode diminuir sintomas em pacientes depressivos

O inverno com certeza tem um ar mais triste do que outras épocas. Se você fica para baixo em tais meses do ano, pode estar sofrendo de transtorno afetivo sazonal (TAS). Nos EUA, as pessoas têm combatido a depressão com uma dose extra de luz artificial durante o dia.

Agora, um novo estudo descobriu que a terapia da luz é eficaz para tratar outros tipos de depressão também. Por exemplo, pessoas com TAS podem ter uma sensação que perdura ao longo dos meses de inverno, às vezes até mesmo na primavera, porque os dias mais curtos não os fornecem bastante luz solar direta.

O tratamento com luz brilhante (TLB), também conhecido como fototerapia, é uma terapia diária que consiste em passar pelo menos 30 minutos olhando indiretamente para uma “caixa de luz” que contém um tipo específico de luz.

As caixas de luz imitam os comprimentos de onda de luz solar e são mais brilhantes do que as lâmpadas normais; emitem um feixe de pelo menos 10.000 lux, uma medida da intensidade da luz. A luz do sol varia de 32.000 a 100.000 lux em um dia médio.

Recentemente, os cientistas descobriram que a TLB era eficaz no tratamento de sintomas como mau humor, ansiedade, letargia, irritabilidade e fadiga nas pessoas com TAS porque estimulava a produção de neurotransmissores como a serotonina e a dopamina, que promovem sentimentos positivos.

Eles então testaram a TLB em pessoas que sofrem de Transtorno Depressivo Maior (TDM), também conhecida como depressão clínica, uma forma de depressão que bagunça os ritmos circadianos em um forma semelhante a TAS. A condição é especialmente prevalente em idosos, e muitos dos quais não recebem suficiente exposição ao sol.

A equipe forneceu uma luz azul brilhante a 42 pacientes de 60 anos ou mais com TDM, para usar em casa por uma hora todas as manhãs durante três semanas. Outros 47 pacientes receberam uma tênue luz vermelha como placebo. 58% dos pacientes com TDM e a luz azul relataram menos sintomas depressivos, enquanto apenas 34% do grupo placebo relataram uma diminuição.

Os benefícios da terapia podem ser em parte devido à forma como o organismo repõe o seu ritmo circadiano a um estado mais natural após a exposição extra à caixa de luz. Os pesquisadores também observaram um maior aumento do hormônio melatonina entre aqueles que receberam a terapia da luz.

Segundo os pesquisadores, simplesmente utilizar mais luzes e lâmpadas com potência maior pode, literalmente, adicionar mais brilho para a vida de uma pessoa deprimida. Se a TLB reduziu a depressão não sazonal em pacientes idosos, a iluminação adicional pode ser facilmente implementada nas casas dos pacientes para servir como complemento no tratamento antidepressivo.

Fonte: http://hypescience.com/terapia-com-luz-pode-diminuir-sintomas-em-pacientes-depressivos/

domingo, 17 de abril de 2011

O estresse pode ser gatilho para o Transtorno bipolar

A estrela de Hollywood Catherine Zeta-Jones, famosa por seu papel em “A máscara do Zorro” e vencedora do Oscar em 2003, se internou em um hospital psiquiátrico no início deste mês para tratamento do transtorno bipolar tipo II.

O assessor da atriz anunciou que a decisão de procurar um estabelecimento médico se deu, pelo menos em parte, devido ao estresse causado pelo tratamento contra o câncer de garganta de seu marido Michael Douglas, além de sua batalha judicial sobre rendimentos de filmes recentes.

Os grandes eventos da vida podem desencadear mudanças repentinas de humor em pessoas com a doença, mesmo se elas estivessem “indo bem”. Ou seja, mesmo que eles já estejam seguindo um tratamento, se relacionando bem com as pessoas à sua volta e contando com uma boa equipe de apoio, afirma David Solomon, professor de Psiquiatria Clínica da Universidade Brown, Rhode Island, EUA e diretor assistente do Programa de Transtornos do Humor no Hospital de Rhode Island.

O transtorno bipolar II inclui episódios de depressão e hipomania, uma euforia consideravelmente leve. O transtorno bipolar II é menos grave do que o I, que inclui a mania, hipomania e depressão mais intensa.

Transtornos de humor bipolar afeta 2,6% dos adultos nos EUA. A maioria dos casos, porém, são considerados graves, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde. No Brasil, o transtorno atinge 5 milhões de pessoas. E atenção para os habitantes da cidade de São Paulo: chega a 8,6% da população os atingidos pela bipolaridade. No mundo, a taxa é de 2%

“Embora apenas Zeta-Jones e seu médico saibam o que provocou sua decisão de procurar ajuda, não me surpreenderia que um indivíduo sob tanta pressão e estresse acabasse sofrendo um episódio semelhante”, diz Solomon.

Os eventos estressantes não podem causar transtorno bipolar por si só, mas eles são capazes de “dar um empurrãozinho” em quem é geneticamente vulneráveis à mudança drástica de humor, coloca Solomon.

“A maioria das pessoas com a doença têm uma vulnerabilidade genética para o transtorno”, conta Solomon. Algumas pessoas que são criadas em lares estáveis ​​e amorosos podem nunca ter essa vulnerabilidade explorada, e viver a vida inteira sem manifestar qualquer sinal de distúrbio bipolar.

Entretanto, para muitas pessoas – que têm vulnerabilidade genética ou não – eventos estressantes desencadeiam uma piora no estado de saúde em geral, inclusive na lado emocional, como é possivelmente o caso de Zeta-Jones.

“Há muitos bons tratamentos, tais como medicamentos e psicoterapia, mas os pacientes respondem de forma muito variada a eles. Zeta-Jones certamente será capaz de se valer dos dois, o que é uma coisa boa. Espero que ela melhore”, completa Solomon. [LiveScience]

Fonte: http://hypescience.com/estresse-pode-desencadear-transtorno-bipolar/

sexta-feira, 15 de abril de 2011

75g de maçã/dia tem impacto sobre o colesterol (ruim e bom)

Segundo um novo estudo, as mulheres que comem uma maçã por dia podem diminuir seus níveis de colesterol ruim e aumentar seus níveis de colesterol bom sem ganhar peso.

160 mulheres com idades entre 45 e 65 anos participaram do estudo. Os pesquisadores formaram dois grupos; um grupo comeu 75 gramas de maçãs secas todos os dias durante um ano, e o outro grupo comeu outra fruta seca por um ano. Amostras de sangue foram tomadas depois de três meses, seis meses e no final do período de estudo.

As mulheres que comeram 75 gramas de maçãs secas todos os dias durante seis meses tiveram uma diminuição de 23% no colesterol LDL (ruim) e um aumento de 4% nos níveis de colesterol HDL (bom).
Depois de um ano, as mulheres que comeram maçã seca apresentavam menores níveis de colesterol ruim, de hidroperóxido lipídico (o produto de radicais livres tóxicos, que causam danos e morte às células no corpo) e da proteína C-reativa, um indicador de inflamação no corpo.

Os pesquisadores também descobriram que o excesso de 240 calorias consumidas por dia a partir da maçã seca não levou a ganho de peso nas mulheres; na verdade, elas perderam em média 1,5 kg ao longo do ano.
Segundo os cientistas, mesmo que as participantes do estudo tenham comido maçãs secas, o efeito provavelmente seria o mesmo se elas comessem maçãs frescas. Embora seja difícil fazer uma comparação exata, uma xícara de maçãs picadas frescas seria equivalente a um quarto de xícara de maçãs secas.

Os pesquisadores acreditam que os benefícios da fruta, que baixam o colesterol, provavelmente vêm de seu alto teor de fibras, o que pesquisas anteriores demonstraram que pode diminuir os níveis de colesterol ruim.

Como diria o velho ditado: ONE APPLE A DAY KEEPS THE DOCTOR AWAY

Fonte: http://www.livescience.com/13688-apple-day-lowers-cholesterol.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+Livesciencecom+%28LiveScience.com+Science+Headline+Feed%29&utm_content=Google+Reader

OBS: Dar preferência à fruta inteira (polpa+casca) e de preferência orgânica.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fabricantes devem informar presença de Bisfenol-A (BPA) na composição de produtos

A Justiça Federal em São Paulo determinou que, em 40 dias, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamente a obrigatoriedade de informação “adequada e ostensiva” sobre a presença da substância bisfenol A (BPA) nas embalagens de alguns tipos de produtos. A decisão, tomada terça-feira (5), é do juiz federal substituto Eurico Zecchin Maiolino, da 13ª Vara Federal Cível, em caráter liminar. A Anvisa informou que ainda não foi notificada.

O bisfenol A é uma substância química utilizada na fabricação de plásticos que torna o produto final mais flexível, transparente e resistente. Em latas, é usado como revestimento interno para proteger a embalagem da ferrugem. No entanto, o bisfenol usado nesse tipo de embalagem pode contaminar os alimentos.

No organismo, o produto funciona como o estrogênio (hormônio feminino). Segundo o Ministério Público Federal (MPF), estudos científicos comprovam o potencial nocivo do bisfenol à saúde das pessoas, em especial de mulheres e crianças.

De acordo com a pesquisadora Fabiana Dupont, membro do grupo de estudos sobre desreguladores endócrinos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), o produto afeta, principalmente, os fetos e já foi relacionado a câncer de mama e de próstata, diabetes, obesidade, puberdade precoce, puberdade tardia, problemas cardíacos e comportamentos sociais atípicos em crianças.

“Colocar na embalagem [o alerta sobre a presença de bisfenol] é um passo muito importante porque, só de estar na rotulagem, o consumidor vai estar ciente que essa substância está presente ou não. Além dessa rotulagem, seria importante desenvolver, lançar uma campanha para informar aos consumidores sobre os riscos potenciais”, disse a pesquisadora. Ela criou um sítio na internet para denunciar os riscos do bisfenol.

O produto já foi proibido de ser usado em mamadeiras e copos infantis na União Europeia, no Canadá, na China e na Malásia. Nos Estados Unidos, algumas empresas já não utilizam mais o bisfenol e outras estabeleceram metas para deixar de usá-lo. No Japão, a indústria de bebidas também abandonou o produto.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/04/08/fabricantes-devem-informar-presenca-de-bisfenol-a-bpa-na-composicao-de-produtos/

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tamanho do pulso pode detectar jovens com risco de doença cardiovascular

Segundo um novo estudo, a medição do osso do pulso pode ser uma nova forma de identificar quais crianças e adolescentes com sobrepeso têm mais chances de desenvolver doença cardiovascular.

477 crianças e adolescentes (idade média de 10 anos) com sobrepeso e obesas participaram do estudo. Os pesquisadores descobriram que a circunferência do pulso representa 12 a 17% da variação total da resistência à insulina nas crianças. A resistência à insulina é explicada apenas pelo tamanho do tecido ósseo no pulso, e não pelo tecido adiposo.

Muitos estudos mostram que a doença cardiovascular aterosclerótica, causada pelo estreitamento das artérias, começa a se desenvolver na infância. A resistência à insulina, uma condição na qual o organismo produz insulina, mas não pode usá-la de forma eficiente para quebrar o açúcar no sangue, é um fator de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular.

Níveis altos de insulina aumentam o risco de desenvolver resistência à insulina, o que aumenta o risco de desenvolver doença cardiovascular. Embora o excesso de gordura corporal esteja ligado a vários fatores de risco para doença cardíaca, incluindo a resistência à insulina, a medição da gordura corporal em crianças é problemática, em parte por causa da rapidez com que seus corpos mudam durante a puberdade.

Essa é a primeira evidência de que a circunferência do pulso é altamente correlacionada com resistência à insulina. Como a circunferência do pulso é facilmente medida, se o trabalho for confirmado por estudos futuros, o perímetro do punho pode ser usado para prever a resistência à insulina, e consequentemente o risco de doença cardiovascular.

Os pesquisadores mediram a circunferência do pulso das crianças manualmente, com uma fita métrica (de pano). Um subgrupo de 51 crianças também foi submetido a uma técnica de imagem chamada de ressonância nuclear magnética, para medir precisamente suas áreas ósseas versus áreas de gordura dos pulsos. Todas as crianças foram submetidas a exames de sangue para medir seus níveis de insulina e quantificar sua resistência à insulina.

A análise do grupo inteiro indicou que o perímetro do punho representa 12% da variação na resistência à insulina e nos níveis de insulina. A análise de imagens indicou que o tamanho do osso do pulso é responsável por 17% da variação de resistência à insulina.

Os pesquisadores descobriram que a correlação entre a secção transversal dos ossos do punho e a resistência à insulina é muito mais forte do que a correlação entre o índice de massa corporal (IMC) e os níveis de insulina ou resistência à insulina (o IMC é um valor numérico de peso e altura usado clinicamente para avaliar o peso de uma pessoa).

Vários estudos recentes afirmam que altos níveis de insulina no sangue estão associados com aumento da massa óssea. A maneira com que a insulina pode agir como um fator de crescimento tornou-se mais clara com a descoberta do fator 1 de crescimento símile a insulina, um hormônio com estrutura química similar à insulina que regula a produção de células ósseas.

A circunferência do pulso pode ser um marcador para metabolismo ósseo aumentado na presença de altos níveis de insulina. Se assim for, a circunferência do punho pode ser uma ferramenta segura para averiguar o risco das crianças e adolescentes.

Segundo os cientistas, uma das grandes prioridades da prática clínica atual é a identificação de jovens em risco aumentado de resistência à insulina, por isso a nova descoberta pode ser muito útil

Fonte: http://hypescience.com/tamanho-do-pulso-pode-detectar-jovens-com-risco-de-doenca-cardiovascular/

terça-feira, 12 de abril de 2011

Contaminação dos alimentos e a saúde pública


Um ditado indiano diz que a gente é aquilo que come. A alimentação sempre ocupou lugar de destaque desde as sociedades milenares. As pessoas comiam para satisfazer as necessidades do corpo, mas também da mente. A comida também se encarregou de perpetuar culturas de povos, passando receitas e costumes de geração para geração, até os dias de hoje.

No entanto, se a gente é o que come, não temos muito o que comemorar. Em nome da correria do dia-a-dia, a alimentação variada de antigamente, com legumes, verduras e frutas, tudo cozido e até mesmo plantado em casa, deu lugar a pães, bolachas, comidas instantâneas e enlatados.

O resultado dos novos maus hábitos foi comprovado em agosto de 2010. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou pesquisa em que mostra que a obesidade já é uma epidemia no país. Desde a década de 70, o déficit de alimentação diminuiu, mas o excesso e a obesidade estouraram. Tanto que o IBGE estima que, se for mantido o ritmo de crescimento de pessoas acima do peso, em apenas 10 anos o Brasil terá se igualado aos Estados Unidos.

Ou seja, o brasileiro está comendo mais, no entanto, com menos qualidade, como explica a nutricionista Regina Miranda, presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do Rio Grande do Sul (Consea).

“Há exemplo do trigo, batata, derivados de trigo como pão e macarrão, são dominante numa dieta diária. Isso, sem sombra de dúvida, empobreceu a alimentação”.

A má alimentação não se restringe apenas a ter uma dieta empobrecida e com pouca variedade por causa da dita falta de tempo. Também é consequência de um novo padrão alimentar que vem sendo imposto com a industrialização dos alimentos. As pessoas têm comida barata à disposição, mas com pouco valor nutritivo, carregado de açúcar, sal, conservantes e gordura hidrogenada. A mudança na alimentação, embora atinja toda a sociedade, é mais perversa entre os mais pobres, analisa Regina.

“O que faz com que as pessoas muito pobres, que têm uma renda baixa, acabam mais destes alimentos porque são mais baratos. Alimentam maior número de pessoas durante o mês. O resultado disso tudo uma humanidade obesa. É um sistema que obesifica as pessoas, que adoecem muito de doenças relacionadas a maus hábitos alimentares como diabetes, pressão alta, cardiopatia”

Neste novo padrão, a comida deixou de ser um alimento e passou a ser tratada como uma mercadoria, vendida aos consumidores, à população. Quem nunca escolheu, no supermercado, a laranja maior, mais lustrosa, a mais bonita? São essas as características que definem o valor nutricional dos alimentos? Há prateiras específicas até mesmo para as crianças, com bolachas e salgadinhos com carinhas e diversos sabores.

Para a nutricionista Regina Miranda, não é a aparência o que deve contar na hora de optarmos por uma alimentação mais saudável, e sim a sua essência.

“Não comemos mais alimentos, comemos mercadoria. Aquilo que vou comer estão embutidos outros valores em troca que não são necessariamente importantes para a minha saúde. Tem valor como uma mercadoria que tem que gerar lucro, tem que ter tempo de prateleira, estar maquiada”.

Muitas vezes, a comida mais bonita e que pode parecer mais apetitosa aos olhos não é necessariamente a melhor para a nossa saúde. Isso porque para deixarem o alimento com essa “boa” aparência, os agricultores usaram agrotóxicos na hora de plantar e produzir. Em 2009, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos e se tornou o líder mundial no uso de veneno agrícola. Foram consumidos 1 bilhão de litros por ano no país. É como se cada brasileiro consumisse, em média, 5 litros de veneno por ano.

A pesquisadora Rosany Bochner coordena o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX). Ligado à Fundação Oswaldo Cruz, o sistema centraliza e divulga os casos de envenenamento e intoxicação registrados na rede nacional. Os casos mais registrados pelo sistema são de efeito agudo, que ocorre quando a pessoa apresenta reações logo após a intoxicação.

No entanto, os casos crônicos, em que os efeitos aparecem após a exposição por um longo período aos agrotóxicos, são em grande maioria e não se restringem mais aos agricultores, que lidam diretamente com o veneno. De acordo com Rosany, atinge toda a população, apesar das dificuldades para comprovar que doenças que hoje afetam a população, como câncer, estão relacionadas aos venenos agrícolas.

“Há 10 anos, com certeza não tinha o consumo que se tem hoje. E se você olhar em termos de câncer e tudo mais, essas doenças aumentaram bastante. Se olhar o mapa das doenças hoje, vê que algumas diminuíram com saneamento, vacinas e com algumas coisas que foram feitas. E outras que vêm aumentando. Até porque a vida média aumentou. Mas a questão do câncer chama muito a atenção. Não sei se é uma coincidência, mas se ouve muito”.

Ainda há os problemas ambientais, como lembra o integrante da coordenação nacional da Via Campesina, João Pedro Stedile.

“Afetam o meio ambiente porque destroem os micronutrientes do solo, contaminam a água do lençol freático, evaporam e voltam com as chuvas. E finalmente, se incorporam com os alimentos e as pessoas que consomem estes alimentos acabam ingerindo pequenas doses permanentes de veneno que vão se acumulando no seu organismo e que afeta, em primeiro lugar, o sistema neurológico e, em segundo lugar pode degenerar as células e se transformar em câncer”

Em 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou que mais de 64% das amostras de pimentão analisadas pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos apontam quantidade de resíduo tóxico acima do permitido. A Anvisa também encontrou , em todos os alimentos analisados, resíduos de agrotóxicos que não são permitidos no Brasil justamente por serem altamente prejudiciais.

A pesquisadora Rosany Bochner, da Fundação Oswaldo Cruz, desmistifica a ideia de que a quantidade de agrotóxicos utilizada é proporcional à escala de grãos produzidos no país.

“Em várias coisas ele [Brasil] não é o maior produtor. É uma ilusão achar que o Brasil é o maior produtor de grãos e que precisaria ser o maior consumidor [de agrotóxicos]. E o Brasil passou de segundo para primeiro, não se iluda, foi exatamente quando os outros países proibiram o uso de alguns produtos e nós não. Logicamente que se tinha uma oferta muito grande de produtos que vieram para cá. Com certeza vieram com preço menor, que se começou a consumir mais”

João Pedro Stedile responsabiliza o agronegócio e as grandes empresas por impor esse modo de produção, baseado no uso de venenos químicos. Ele sugere, por exemplo, a indenização das pessoas que sofreram com os efeitos dos agrotóxicos.

“Espero que algum dia, inclusive, tenhamos leis suficientes não só para proibir o uso do veneno, mas para exigir que estas empresas indenizem as famílias que tenham pacientes com enfermidades decorrentes dos venenos agrícolas”

Reportagem: Raquel Casiraghi.

Março de 2011.

Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/9575-Contaminacao-dos-alimentos-e-a-saude-publica