Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven. O "pam-pam-pam-pam" que abre uma das mais famosas composições da História.
Descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.
A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.
- Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.
Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade. O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.
- Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o > "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço - temporal - pondera a pesquisadora.
- Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.
"Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?
Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade.
Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.
- Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora.
Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.
A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouvi-la com som ambiente ou fone de ouvido.
- Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.
Fonte: O Globo - Renato Grandelle
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Células tumorais expostas à "quinta sinfonia", de Beethoven, perderam tamanho ou morreram
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Dr. Frederico Lobo
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Até os bebês estão obesos: como fomos parar aqui?
Uma criança de 4 anos chegou mancando no hospital. Ele estava carregando tanto peso que deslocou seus quadris. O menino, um exemplo extremo de obesidade infantil, tem mais de 45 quilos e um índice de massa corporal (IMC) 99% acima de sua faixa etária.
Na semana passada, o Instituto de Medicina americano divulgou seu primeiro relatório enfocando políticas de prevenção da obesidade para crianças menores de 5 anos de idade.
Nos EUA, quase 10% dos bebês e crianças pequenas carregam excesso de peso para seu comprimento. 1 em cada 5 crianças de 2 a 5 anos está acima do peso ou obesa – antes mesmo de entrar no jardim de infância.
Crianças obesas mostram anormalidades metabólicas na insulina, nas enzimas do fígado e no colesterol, problemas geralmente detectados em adultos mais velhos.
Médicos contam que já viram sinais de artrite e diabetes em crianças de 8 anos. Os pacientes têm elevada resistência à insulina e consequente descoloração da pele em torno dos pescoços e braços. Elas não estão doentes ainda, mas caminham nessa direção.
Segundo especialistas, má alimentação, tamanho grande de porções, falta de atividade física, sono inadequado e pais desinformados estão contribuindo para um maior número de crianças com sobrepeso e jovens obesos.
As famílias e adultos que cuidam das crianças podem, sem querer, fazer escolhas alimentares ruins. A boa notícia é que essa é uma idade ideal para fazer mudanças de estilo de vida. Os pais têm mais controle sobre o que criança come, em comparação com os adolescentes.
Um dos problemas observados pelos especialistas é de que as crianças jovens estão constantemente bebendo calorias vazias, como bebidas energéticas, suco de frutas e outras bebidas açucaradas.
Os bebês ficam só na mamadeira muito tempo, e quando passam para outras bebidas, ficam tomando golinhos constantemente, durante todo o dia.
O problema é que há uma desconexão na mente das pessoas: as mães não sabem direito as consequências disso. Por exemplo, elas estão acostumadas a pensar que suco é bom, mas não percebem todo o açúcar que vem neles.
Porém, nem todos os problemas têm a ver apenas com estilo de vida. Há o caso de uma menina, Tylynn, que com oito semanas ganhou 2,72 quilos em duas semanas. Os médicos ficaram intrigados. A criança começou a ganhar peso drasticamente em 18 meses.
A mãe tomou várias medidas, e nada funcionou. A família transformou a dieta em apenas frutas, legumes e carnes magras. Tylynn e sua irmã mais nova dançam e fazem aulas de natação e caminhadas. Enquanto sua irmã mais nova é magra, a menina continua obesa.
Foi quando descobriram, na idade de 4, que Tylynn tinha hipometabolismo, o que faz com que seu corpo queime energia lentamente e, portanto, ganhe peso rapidamente. A mãe se sente muito mal, contando que não consegue mais suportar aquele olhar de “quanta comida você está dando para sua filha?”.
E para os pequenos obesos também é ruim. Além do desgaste físico, a obesidade pode ter um efeito emocional de longa duração nas crianças, como depressão.
Entretanto, como a maioria dos casos é devido a estilo de vida, a situação geralmente tem concerto. Confira recomendações de pediatras para criar um bebê saudável:
Antes do nascimento: o bebê tem mais chances de ser obeso se seus pais forem obesos. Durante a gravidez, a saúde da mãe, como seu aumento de peso e diabetes gestacional, são fatores de risco para a obesidade do bebê. Comer por dois durante a gravidez é errado. Comer por dois não significa comer em dobro.
Bebês: estudos mostram que bebês alimentados com fórmulas (ao invés de amamentados), e que recebem alimentos sólidos antes dos quatro meses, têm maior risco de se tornarem obesos. Crianças alimentadas com fórmula podem consumir mais alimentos e calorias. O Instituto de Medicina americano recomenda amamentação durante a infância. A Academia Americana de Pediatria aconselha as mães a amamentarem exclusivamente durante os primeiros seis meses, podendo continuar a amamentação por um ano.
Crianças: o crescimento das crianças deve ser monitorado pelos profissionais de saúde porque os pais tendem a subestimar o peso de seus filhos. Existe uma crença popular de que um bebê gordinho é um bebê saudável, e que logo as crianças vão crescer e emagrecer. Essa visão é errada. Um estudo mostrou que apenas metade dos pais de crianças obesas reconhece que seu filho está acima do peso.
Crianças pré-escolares devem ser encorajadas a se exercitarem durante o dia. Elas devem brincar ao ar livre, ter acesso a playgrounds ou gramados e um ambiente adequado em creches. Alimentação, atividade física e TV não devem ser usados como incentivo ou punição; especialistas dizem que há outros meios de promover comportamentos ou desestimulá-los.
Os adultos devem dar o exemplo de uma alimentação saudável e incentivar as crianças a comerem frutas, legumes, proteínas magras, cereais integrais e laticínios de baixa ou sem gordura. As crianças devem dormir bem (e poder dormir mais), porque as mais pesadas dormem menos que as crianças de peso normal. A TV afeta o sono dos pré-escolares: os especialistas também aconselham limitação do tempo na frente das telas, o que por sua vez também limita a exposição a anúncios de comidas não saudáveis.
Fonte: http://hypescience.com/ate-os-bebes-estao-obesos-como-fomos-parar-aqui/
Na semana passada, o Instituto de Medicina americano divulgou seu primeiro relatório enfocando políticas de prevenção da obesidade para crianças menores de 5 anos de idade.
Nos EUA, quase 10% dos bebês e crianças pequenas carregam excesso de peso para seu comprimento. 1 em cada 5 crianças de 2 a 5 anos está acima do peso ou obesa – antes mesmo de entrar no jardim de infância.
Crianças obesas mostram anormalidades metabólicas na insulina, nas enzimas do fígado e no colesterol, problemas geralmente detectados em adultos mais velhos.
Médicos contam que já viram sinais de artrite e diabetes em crianças de 8 anos. Os pacientes têm elevada resistência à insulina e consequente descoloração da pele em torno dos pescoços e braços. Elas não estão doentes ainda, mas caminham nessa direção.
Segundo especialistas, má alimentação, tamanho grande de porções, falta de atividade física, sono inadequado e pais desinformados estão contribuindo para um maior número de crianças com sobrepeso e jovens obesos.
As famílias e adultos que cuidam das crianças podem, sem querer, fazer escolhas alimentares ruins. A boa notícia é que essa é uma idade ideal para fazer mudanças de estilo de vida. Os pais têm mais controle sobre o que criança come, em comparação com os adolescentes.
Um dos problemas observados pelos especialistas é de que as crianças jovens estão constantemente bebendo calorias vazias, como bebidas energéticas, suco de frutas e outras bebidas açucaradas.
Os bebês ficam só na mamadeira muito tempo, e quando passam para outras bebidas, ficam tomando golinhos constantemente, durante todo o dia.
O problema é que há uma desconexão na mente das pessoas: as mães não sabem direito as consequências disso. Por exemplo, elas estão acostumadas a pensar que suco é bom, mas não percebem todo o açúcar que vem neles.
Porém, nem todos os problemas têm a ver apenas com estilo de vida. Há o caso de uma menina, Tylynn, que com oito semanas ganhou 2,72 quilos em duas semanas. Os médicos ficaram intrigados. A criança começou a ganhar peso drasticamente em 18 meses.
A mãe tomou várias medidas, e nada funcionou. A família transformou a dieta em apenas frutas, legumes e carnes magras. Tylynn e sua irmã mais nova dançam e fazem aulas de natação e caminhadas. Enquanto sua irmã mais nova é magra, a menina continua obesa.
Foi quando descobriram, na idade de 4, que Tylynn tinha hipometabolismo, o que faz com que seu corpo queime energia lentamente e, portanto, ganhe peso rapidamente. A mãe se sente muito mal, contando que não consegue mais suportar aquele olhar de “quanta comida você está dando para sua filha?”.
E para os pequenos obesos também é ruim. Além do desgaste físico, a obesidade pode ter um efeito emocional de longa duração nas crianças, como depressão.
Entretanto, como a maioria dos casos é devido a estilo de vida, a situação geralmente tem concerto. Confira recomendações de pediatras para criar um bebê saudável:
Antes do nascimento: o bebê tem mais chances de ser obeso se seus pais forem obesos. Durante a gravidez, a saúde da mãe, como seu aumento de peso e diabetes gestacional, são fatores de risco para a obesidade do bebê. Comer por dois durante a gravidez é errado. Comer por dois não significa comer em dobro.
Bebês: estudos mostram que bebês alimentados com fórmulas (ao invés de amamentados), e que recebem alimentos sólidos antes dos quatro meses, têm maior risco de se tornarem obesos. Crianças alimentadas com fórmula podem consumir mais alimentos e calorias. O Instituto de Medicina americano recomenda amamentação durante a infância. A Academia Americana de Pediatria aconselha as mães a amamentarem exclusivamente durante os primeiros seis meses, podendo continuar a amamentação por um ano.
Crianças: o crescimento das crianças deve ser monitorado pelos profissionais de saúde porque os pais tendem a subestimar o peso de seus filhos. Existe uma crença popular de que um bebê gordinho é um bebê saudável, e que logo as crianças vão crescer e emagrecer. Essa visão é errada. Um estudo mostrou que apenas metade dos pais de crianças obesas reconhece que seu filho está acima do peso.
Crianças pré-escolares devem ser encorajadas a se exercitarem durante o dia. Elas devem brincar ao ar livre, ter acesso a playgrounds ou gramados e um ambiente adequado em creches. Alimentação, atividade física e TV não devem ser usados como incentivo ou punição; especialistas dizem que há outros meios de promover comportamentos ou desestimulá-los.
Os adultos devem dar o exemplo de uma alimentação saudável e incentivar as crianças a comerem frutas, legumes, proteínas magras, cereais integrais e laticínios de baixa ou sem gordura. As crianças devem dormir bem (e poder dormir mais), porque as mais pesadas dormem menos que as crianças de peso normal. A TV afeta o sono dos pré-escolares: os especialistas também aconselham limitação do tempo na frente das telas, o que por sua vez também limita a exposição a anúncios de comidas não saudáveis.
Fonte: http://hypescience.com/ate-os-bebes-estao-obesos-como-fomos-parar-aqui/
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Dr. Frederico Lobo
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Usar maconha antes dos 15 anos reduz memória em até 30%
O uso de maconha antes dos 15 anos -quando o cérebro ainda está em processo de amadurecimento- prejudica a capacidade de recuperar as informações, reduzindo a memória dos usuários em até 30%.
Os danos são proporcionais à quantidade de droga usada: quanto mais se fuma, maiores são os estragos. E eles persistem mesmo se houver um período de abstinência de um mês.
Os resultados são de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo apresentada no 7º Congresso Anual de Cérebro, Comportamento e Emoções, em Gramado (RS).
"Os usuários precoces têm resultados significativamente inferiores também em ouras áreas, como a capacidade de controlar seus impulsos", diz a neuropsicóloga Maria Alice Fontes, uma das autoras do trabalho.
Se o uso se inicia após os 15 anos, no entanto, as chances de prejuízo nessas funções diminui.
"Não é que seja o consumo da maconha fique seguro, longe disso. Mas ele se torna menos nocivo, porque o cérebro já passou dessa etapa de desenvolvimento", afirmou a pesquisadora.
O estudo foi publicado na última edição do "The British Journal of Psychiatry".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/935827-usar-maconha-antes-dos-15-anos-reduz-memoria-em-ate-30.shtml
Os danos são proporcionais à quantidade de droga usada: quanto mais se fuma, maiores são os estragos. E eles persistem mesmo se houver um período de abstinência de um mês.
Os resultados são de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo apresentada no 7º Congresso Anual de Cérebro, Comportamento e Emoções, em Gramado (RS).
"Os usuários precoces têm resultados significativamente inferiores também em ouras áreas, como a capacidade de controlar seus impulsos", diz a neuropsicóloga Maria Alice Fontes, uma das autoras do trabalho.
Se o uso se inicia após os 15 anos, no entanto, as chances de prejuízo nessas funções diminui.
"Não é que seja o consumo da maconha fique seguro, longe disso. Mas ele se torna menos nocivo, porque o cérebro já passou dessa etapa de desenvolvimento", afirmou a pesquisadora.
O estudo foi publicado na última edição do "The British Journal of Psychiatry".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/935827-usar-maconha-antes-dos-15-anos-reduz-memoria-em-ate-30.shtml
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Dr. Frederico Lobo
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terça-feira, 28 de junho de 2011
Bisfenol-A altera comportamento de roedores
Testes conduzidos em uma espécie de camundongo selvagem indicaram novos riscos para o ambiente, e talvez para a saúde, ligados ao bisfenol-A, componente de mamadeiras e de vários outros produtos industrializados.
O consumo de níveis supostamente seguros da molécula fez com que camundongos machos ficassem com sua capacidade de localização espacial prejudicada.
Pior ainda (para eles): as fêmeas da espécie passaram a esnobá-los, como se soubessem que havia algo de errado com os bichos. Os achados estão na revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA, e foram obtidos por Cheryl Rosenberg e seus colegas da Universidade do Missouri.
Os pesquisadores demonstram cautela na hora de relacionar os resultados com possíveis efeitos sobre meninos humanos, mas afirmam que é preciso levá-los em conta e continuar os estudos.
Mimetizador
O bisfenol-A é empregado amplamente por indústrias do mundo todo para a fabricação de plásticos e resinas. Além das mamadeiras, os produtos que contêm bisfenol-A incluem resinas dentárias, lentes de contato, CDs e DVDs e o revestimento interno de latas de refrigerante ou outras bebidas.
O grande problema da molécula e de seus derivados é o fato de o organismo de vertebrados como nós "interpretarem" as substâncias como hormônios sexuais --os mesmos que o corpo produz para gerar as características típicas de cada sexo.
Mas os hormônios sexuais também têm papel importante em uma série de outras dinâmicas do organismo, do sistema imune (de defesa) à capacidade mental, o que sugere uma ampla gama de potenciais problemas ligados à overdose de bisfenol-A.
A questão é saber se esses problemas estão mesmo acontecendo. Por via das dúvidas, há países cogitando barrar total ou parcialmente o uso.
Os pesquisadores tentaram investigar o efeito da molécula numa espécie em que há diferenças claras de comportamento entre machos e fêmeas, o camundongo Peromyscus maniculatus.
Entre esses bichos, os machos são polígamos e, na época do acasalamento, transformam-se em grandes exploradores, atravessando distâncias relativamente grandes para chegar até as fêmeas, que estão dispersas pelo território natal dos animais.
Perdidos
Como não havia muito jeito de espalhar os bichinhos por quilômetros e quilômetros, os cientistas testaram essa capacidade nos machos ensinando-os a se deslocar por um labirinto de laboratório. Antes disso, porém, os roedores foram divididos em dois grupos principais.
Num deles, os bichos recebiam bisfenol-A durante a gravidez e após o nascimento, em quantidades comparáveis às ingeridas por humanos em países industrializados. No outro grupo, a substância não estava na dieta.
Além de se tornarem pouco atraentes para as fêmeas, os bichos que ingeriam bisfenol-A também se saíam pior no labirinto --ou seja, sofreriam para achar parceiras caso estivessem na natureza.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/935847-usado-em-plasticos-bisfenol-a-altera-comportamento-de-roedores.shtml
O consumo de níveis supostamente seguros da molécula fez com que camundongos machos ficassem com sua capacidade de localização espacial prejudicada.
Pior ainda (para eles): as fêmeas da espécie passaram a esnobá-los, como se soubessem que havia algo de errado com os bichos. Os achados estão na revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA, e foram obtidos por Cheryl Rosenberg e seus colegas da Universidade do Missouri.
Os pesquisadores demonstram cautela na hora de relacionar os resultados com possíveis efeitos sobre meninos humanos, mas afirmam que é preciso levá-los em conta e continuar os estudos.
Mimetizador
O bisfenol-A é empregado amplamente por indústrias do mundo todo para a fabricação de plásticos e resinas. Além das mamadeiras, os produtos que contêm bisfenol-A incluem resinas dentárias, lentes de contato, CDs e DVDs e o revestimento interno de latas de refrigerante ou outras bebidas.
O grande problema da molécula e de seus derivados é o fato de o organismo de vertebrados como nós "interpretarem" as substâncias como hormônios sexuais --os mesmos que o corpo produz para gerar as características típicas de cada sexo.
Mas os hormônios sexuais também têm papel importante em uma série de outras dinâmicas do organismo, do sistema imune (de defesa) à capacidade mental, o que sugere uma ampla gama de potenciais problemas ligados à overdose de bisfenol-A.
A questão é saber se esses problemas estão mesmo acontecendo. Por via das dúvidas, há países cogitando barrar total ou parcialmente o uso.
Os pesquisadores tentaram investigar o efeito da molécula numa espécie em que há diferenças claras de comportamento entre machos e fêmeas, o camundongo Peromyscus maniculatus.
Entre esses bichos, os machos são polígamos e, na época do acasalamento, transformam-se em grandes exploradores, atravessando distâncias relativamente grandes para chegar até as fêmeas, que estão dispersas pelo território natal dos animais.
Perdidos
Como não havia muito jeito de espalhar os bichinhos por quilômetros e quilômetros, os cientistas testaram essa capacidade nos machos ensinando-os a se deslocar por um labirinto de laboratório. Antes disso, porém, os roedores foram divididos em dois grupos principais.
Num deles, os bichos recebiam bisfenol-A durante a gravidez e após o nascimento, em quantidades comparáveis às ingeridas por humanos em países industrializados. No outro grupo, a substância não estava na dieta.
Além de se tornarem pouco atraentes para as fêmeas, os bichos que ingeriam bisfenol-A também se saíam pior no labirinto --ou seja, sofreriam para achar parceiras caso estivessem na natureza.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/935847-usado-em-plasticos-bisfenol-a-altera-comportamento-de-roedores.shtml
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Dr. Frederico Lobo
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domingo, 26 de junho de 2011
“As dificuldades são os interesses das empresas e os lobbies”, diz deputado Alfredo Sirkis
Alfredo Sirkis, deputado autor de Projeto de Lei que proíbe o uso de bisfenol A no Brasil, acredita que informação e campanhas educativas são fundamentais para prevenir doenças associadas ao químico
Em busca de cortes nos custos e aumento nos lucros, há algumas décadas as empresas passaram a vender seus produtos em embalagens de plástico, latas de alumínio e outros materiais com a justificativa de que poderiam oferecer produtos mais baratos aos consumidores. Muitos anos depois, vários estudos científicos comprovaram que substâncias químicas, utilizadas na fabricação dessas embalagens economicamente eficientes, migram da embalagem para o conteúdo interno. Entre essas substâncias, uma das mais prejudiais é o bisfenol A (BPA), associado a doenças como câncer, infertilidade, aborto, obesidade e puberdade precoce.
Por conta disso, o BPA já é proibido no Canadá, na Costa Rica, na Malásia e em toda a União Europeia. Nos Estados Unidos, vários estados e cidades já proíbem o uso do químico em produtos infantis. Na China, o governo anunciou na semana passada que, além de o químico estar proibido na fabricação de mamadeiras, quem infringir a lei poderá ser condenado à pena de morte.
No Brasil o processo de proibição ainda está pouco adiantado, mas o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) quer agilizar o passo. Ele apresentou na Câmara dos Deputados, em janeiro de 2011, o Projeto de Lei nº 1197/2011, que proíbe a comercialização, em território nacional, de alimentos sólidos, bebidas e medicamentos embalados em material cuja composição química contenha bisfenol A, ftalatos e outras substâncias químicas prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. O Tao do Consumo entrevistou o deputado Sirkis.
Em que fase está o Projeto de Lei de vossa autoria que proíbe a venda de alimentos, bebidas e medicamentos que contêm bisfenol-A e outras substâncias prejudiciais à saúde e ao meio ambiente?
Está na fase inicial. Foi apresentado e agora vai às comissões.
Qual é a sua expectativa em relação à aprovação desse Projeto de Lei?
Espero que seja aprovado porque diz respeito à saúde da população como um todo. As dificuldades são os interesses das empresas que utilizam essa substância e os lobbies que dispõem tradicionalmente na Câmara.
A recente proibição do bisfenol-A na União Europeia pode ajudar na aprovação da lei no Brasil?
Em tese sim. Mostra que o problema é real e que os países mais avançados se preocupam com isso.
Por que deve existir uma lei que proíba a utilização de bisfenol-A na fabricação do plástico e no revestimento interno de latas de bebidas e alimentos?
Pelos estudos científicos que demonstram o risco potencial para a saúde e dentro do princípio da precaução.
Além da lei, o que mais é necessário para que a população brasileira não esteja mais exposta ao bisfenol-A?
Campanhas educativas que deveriam estar a cargo do Ministério da Saúde.
O que as empresas poderiam fazer antes mesmo da lei entrar em vigor para demonstrar que se preocupam com os consumidores?
Seria útil se a embalagem do produto informasse existência da substância, como se faz atualmente em relação à gordura trans, por exemplo.
O que o senhor faz no dia a dia para reduzir sua própria exposição ao bisfenol-A?
Estou examinando e pesquisando melhor os produtos que consumo.
Quais outros benefícios a sociedade pode obter ao adotar hábitos de consumo mais saudáveis?
Além de prevenir doenças através de um consumo mais saudável, reduziríamos a pressão sobre o sistema de saúde e possibilitaríamos um melhor atendimento a quem de fato viesse a precisar.
Por Fernanda Medeiros e Fabiana Dupont
Fonte: http://www.otaodoconsumo.com.br/voce-e-o-que-come-na-embalagem-que-consome/%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%e2%80%9cas-dificuldades-sao-os-interesses-das-empresas-e-os-lobbies%e2%80%9d
Em busca de cortes nos custos e aumento nos lucros, há algumas décadas as empresas passaram a vender seus produtos em embalagens de plástico, latas de alumínio e outros materiais com a justificativa de que poderiam oferecer produtos mais baratos aos consumidores. Muitos anos depois, vários estudos científicos comprovaram que substâncias químicas, utilizadas na fabricação dessas embalagens economicamente eficientes, migram da embalagem para o conteúdo interno. Entre essas substâncias, uma das mais prejudiais é o bisfenol A (BPA), associado a doenças como câncer, infertilidade, aborto, obesidade e puberdade precoce.
Por conta disso, o BPA já é proibido no Canadá, na Costa Rica, na Malásia e em toda a União Europeia. Nos Estados Unidos, vários estados e cidades já proíbem o uso do químico em produtos infantis. Na China, o governo anunciou na semana passada que, além de o químico estar proibido na fabricação de mamadeiras, quem infringir a lei poderá ser condenado à pena de morte.
No Brasil o processo de proibição ainda está pouco adiantado, mas o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) quer agilizar o passo. Ele apresentou na Câmara dos Deputados, em janeiro de 2011, o Projeto de Lei nº 1197/2011, que proíbe a comercialização, em território nacional, de alimentos sólidos, bebidas e medicamentos embalados em material cuja composição química contenha bisfenol A, ftalatos e outras substâncias químicas prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. O Tao do Consumo entrevistou o deputado Sirkis.
Em que fase está o Projeto de Lei de vossa autoria que proíbe a venda de alimentos, bebidas e medicamentos que contêm bisfenol-A e outras substâncias prejudiciais à saúde e ao meio ambiente?
Está na fase inicial. Foi apresentado e agora vai às comissões.
Qual é a sua expectativa em relação à aprovação desse Projeto de Lei?
Espero que seja aprovado porque diz respeito à saúde da população como um todo. As dificuldades são os interesses das empresas que utilizam essa substância e os lobbies que dispõem tradicionalmente na Câmara.
A recente proibição do bisfenol-A na União Europeia pode ajudar na aprovação da lei no Brasil?
Em tese sim. Mostra que o problema é real e que os países mais avançados se preocupam com isso.
Por que deve existir uma lei que proíba a utilização de bisfenol-A na fabricação do plástico e no revestimento interno de latas de bebidas e alimentos?
Pelos estudos científicos que demonstram o risco potencial para a saúde e dentro do princípio da precaução.
Além da lei, o que mais é necessário para que a população brasileira não esteja mais exposta ao bisfenol-A?
Campanhas educativas que deveriam estar a cargo do Ministério da Saúde.
O que as empresas poderiam fazer antes mesmo da lei entrar em vigor para demonstrar que se preocupam com os consumidores?
Seria útil se a embalagem do produto informasse existência da substância, como se faz atualmente em relação à gordura trans, por exemplo.
O que o senhor faz no dia a dia para reduzir sua própria exposição ao bisfenol-A?
Estou examinando e pesquisando melhor os produtos que consumo.
Quais outros benefícios a sociedade pode obter ao adotar hábitos de consumo mais saudáveis?
Além de prevenir doenças através de um consumo mais saudável, reduziríamos a pressão sobre o sistema de saúde e possibilitaríamos um melhor atendimento a quem de fato viesse a precisar.
Por Fernanda Medeiros e Fabiana Dupont
Fonte: http://www.otaodoconsumo.com.br/voce-e-o-que-come-na-embalagem-que-consome/%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%e2%80%9cas-dificuldades-sao-os-interesses-das-empresas-e-os-lobbies%e2%80%9d
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Energia eólica ganha impulso e reforça matriz renovável no País
O Brasil aposta no potencial dos seus ventos para ampliar o leque de opções e garantir a sustentabilidade no fornecimento de energia. O investimento em energia eólica ganhou força nos últimos dois anos. Atualmente, a energia eólica no Brasil possui aproximadamente 1,1 GW (gigawatt) de potência instalada, o equivalente a quase uma usina nuclear brasileira (Angra 1 tem 0,65 GW e Angra 2 tem potência de 1,35 GW). Antigamente, os famosos moinhos captavam o vento para moer grãos, por exemplo. Agora eles receberam uma nova tarefa: produzir energia elétrica. O mecanismo funciona geralmente por intermédio de um dispositivo que transforma a energia dos ventos em energia elétrica e mecânica.
O coordenador de Tecnologia e Inovação em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano, lembra que a primeira turbina foi instalada na Dinamarca (Europa), em 1976, para geração de energia elétrica conectada à rede. "Hoje existem mais de 30 mil turbinas eólicas no mundo. Elas também começaram a crescer em tamanho. Antes elas cabiam numa sala, por exemplo, hoje os postes que seguram as turbinas podem ter até 120 metros de altura", observa.
Apesar do crescimento recente, utilizar o potencial dos ventos ainda é novidade no País. O primeiro leilão de comercialização de energia, voltado exclusivamente para fonte eólica, foi realizado em 2009. O resultado foi a contratação de 1,8 Gigawatt (GW), distribuídos em 71 empreendimentos de geração eólica em cinco estados das regiões Nordeste e Sul. Já no leilão de 2010, foram contratadas mais 70 usinas eólicas, com potência total de 2 GW, também distribuídos em vários estados.
Vantagens - Um dos motivos que estimulam o investimento em energia eólica no país é o preço competitivo no mercado em relação às outras energias. Eduardo Soriano avalia a trajetória de queda do valor atribuído à energia nos últimos anos. Segundo ele, as primeiras instalações tinham preços cerca de duas a três vezes maiores na comparação com o custo atual. "Nos últimos anos, houve leilões específicos para energia eólica. Os primeiros preços beiravam R$ 300,00/megawatts hora. No leilão de 2009 foi em torno R$ 148,00 e no leilão 2010 foi de R$ 130,00. Então se pode ver que houve uma redução de preços da energia eólica no Brasil e ela está entrando de uma forma muito competitiva", informa o especialista em energia do MCT.
Outro ponto favorável à energia eólica é a necessidade em se compor matrizes energéticas mais limpas, renováveis e menos poluentes. O Brasil já é um dos países que têm mais energias renováveis na sua matriz energética. Em torno de 45% da energia produzida no Brasil vêm de fonte renovável, sendo 90% na geração de energia elétrica.
A energia eólica contribui para a manutenção dos altos índices de energias renováveis da matriz energética brasileira, mas na avaliação de Soriano, ela não pode ser encarada com uma solução definitiva e o Brasil não pode desprezar outras opções. Ele alerta que é fundamental para um país não depender de só uma fonte de energia. "Tem que diversificar as fontes. Vamos supor que o vento pare. Não vai ter energia?", indaga. "Então é preciso ter uma diversificação, um pouco de energia eólica, hidráulica, termonuclear, termelétrica, carvão e óleo. É preciso ter as várias fontes funcionando em conjunto para que se possa ter uma segurança energética", sustenta.
Por conta da instabilidade dos ventos, a energia eólica compõe o sistema brasileiro de distribuição de energia e não chega a atender uma cidade específica. É conectada às várias linhas de distribuição de energia espalhadas pelas diversas regiões brasileiras. Além da região Nordeste, os ventos do Sul do País e também do Rio de Janeiro concentram os ventos com potencial para a geração de energia, especialmente, na faixa do litoral. Ao contrário de locais como a Dinamarca, que possui usinas eólicas no mar, no Brasil elas estão instaladas em terra.
Investimento - O investimento governamental também incentiva o crescimento do setor. As primeiras instalações surgiram a partir de um programa do Ministério de Minas e Energia, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que subsidiou a energia eólica no Brasil, além de outras alternativas como a geração a partir da bioenergia e a energia hidráulica de pequeno porte. Desde 2002, o MCT investe recursos em pesquisa, principalmente na produção de peças, parques e sistemas para geradores eólicos, tais como: conversores, elementos mecânicos de torres, sistemas de controle, aerogeradores de pequeno porte, pás etc.
Em 2009 e 2010, o ministério implementou editais de subvenção econômica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), direcionado para empresas, nos quais foram aprovados 14 projetos envolvendo recursos da ordem de R$ 25 milhões (incluindo as contrapartidas empresariais). Tais investimentos, aliados aos incentivos governamentais para a implantação da energia eólica na matriz energética, têm alavancado no Brasil o mercado de peças e partes, o que está contribuindo com o aumento dos índices de nacionalização dos aerogeradores que estão sendo produzidos no País por diversas empresas. Alguns itens como pás, estão sendo exportados para diversos países do mundo.
Agora o grande desafio a ser superado é a falta de mão de obra especializada e de laboratórios capacitados. Para isso, o MCT deve lançar, ainda neste ano, um edital, no valor em torno de R$ 15 milhões, para formar recursos humanos de alto nível (pós-graduação, mestrado e doutorado) e criar laboratórios nos diversos estados, com prioridade para os locais com projetos em energia eólica. A carência de profissionais na área de energia é uma situação preocupante na avaliação de Eduardo Soriano.
De acordo com ele, está faltando engenheiros e técnicos no mundo inteiro na área de projetos, de implantação e de operação de energia eólica. O que representa uma deficiência que precisa ser suprida para dar suporte a esse crescimento da energia eólica. "Para ser competitivo, não basta ter só ventos, equipamentos e uma política de implantação de energia eólica. Precisamos ter também recursos humanos e laboratórios pra dar suporte a esse crescimento da energia eólica no Brasil", reforça Soriano
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWWNlUsRmeTxmWhN2aKVVVB1TP
O coordenador de Tecnologia e Inovação em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano, lembra que a primeira turbina foi instalada na Dinamarca (Europa), em 1976, para geração de energia elétrica conectada à rede. "Hoje existem mais de 30 mil turbinas eólicas no mundo. Elas também começaram a crescer em tamanho. Antes elas cabiam numa sala, por exemplo, hoje os postes que seguram as turbinas podem ter até 120 metros de altura", observa.
Apesar do crescimento recente, utilizar o potencial dos ventos ainda é novidade no País. O primeiro leilão de comercialização de energia, voltado exclusivamente para fonte eólica, foi realizado em 2009. O resultado foi a contratação de 1,8 Gigawatt (GW), distribuídos em 71 empreendimentos de geração eólica em cinco estados das regiões Nordeste e Sul. Já no leilão de 2010, foram contratadas mais 70 usinas eólicas, com potência total de 2 GW, também distribuídos em vários estados.
Vantagens - Um dos motivos que estimulam o investimento em energia eólica no país é o preço competitivo no mercado em relação às outras energias. Eduardo Soriano avalia a trajetória de queda do valor atribuído à energia nos últimos anos. Segundo ele, as primeiras instalações tinham preços cerca de duas a três vezes maiores na comparação com o custo atual. "Nos últimos anos, houve leilões específicos para energia eólica. Os primeiros preços beiravam R$ 300,00/megawatts hora. No leilão de 2009 foi em torno R$ 148,00 e no leilão 2010 foi de R$ 130,00. Então se pode ver que houve uma redução de preços da energia eólica no Brasil e ela está entrando de uma forma muito competitiva", informa o especialista em energia do MCT.
Outro ponto favorável à energia eólica é a necessidade em se compor matrizes energéticas mais limpas, renováveis e menos poluentes. O Brasil já é um dos países que têm mais energias renováveis na sua matriz energética. Em torno de 45% da energia produzida no Brasil vêm de fonte renovável, sendo 90% na geração de energia elétrica.
A energia eólica contribui para a manutenção dos altos índices de energias renováveis da matriz energética brasileira, mas na avaliação de Soriano, ela não pode ser encarada com uma solução definitiva e o Brasil não pode desprezar outras opções. Ele alerta que é fundamental para um país não depender de só uma fonte de energia. "Tem que diversificar as fontes. Vamos supor que o vento pare. Não vai ter energia?", indaga. "Então é preciso ter uma diversificação, um pouco de energia eólica, hidráulica, termonuclear, termelétrica, carvão e óleo. É preciso ter as várias fontes funcionando em conjunto para que se possa ter uma segurança energética", sustenta.
Por conta da instabilidade dos ventos, a energia eólica compõe o sistema brasileiro de distribuição de energia e não chega a atender uma cidade específica. É conectada às várias linhas de distribuição de energia espalhadas pelas diversas regiões brasileiras. Além da região Nordeste, os ventos do Sul do País e também do Rio de Janeiro concentram os ventos com potencial para a geração de energia, especialmente, na faixa do litoral. Ao contrário de locais como a Dinamarca, que possui usinas eólicas no mar, no Brasil elas estão instaladas em terra.
Investimento - O investimento governamental também incentiva o crescimento do setor. As primeiras instalações surgiram a partir de um programa do Ministério de Minas e Energia, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que subsidiou a energia eólica no Brasil, além de outras alternativas como a geração a partir da bioenergia e a energia hidráulica de pequeno porte. Desde 2002, o MCT investe recursos em pesquisa, principalmente na produção de peças, parques e sistemas para geradores eólicos, tais como: conversores, elementos mecânicos de torres, sistemas de controle, aerogeradores de pequeno porte, pás etc.
Em 2009 e 2010, o ministério implementou editais de subvenção econômica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), direcionado para empresas, nos quais foram aprovados 14 projetos envolvendo recursos da ordem de R$ 25 milhões (incluindo as contrapartidas empresariais). Tais investimentos, aliados aos incentivos governamentais para a implantação da energia eólica na matriz energética, têm alavancado no Brasil o mercado de peças e partes, o que está contribuindo com o aumento dos índices de nacionalização dos aerogeradores que estão sendo produzidos no País por diversas empresas. Alguns itens como pás, estão sendo exportados para diversos países do mundo.
Agora o grande desafio a ser superado é a falta de mão de obra especializada e de laboratórios capacitados. Para isso, o MCT deve lançar, ainda neste ano, um edital, no valor em torno de R$ 15 milhões, para formar recursos humanos de alto nível (pós-graduação, mestrado e doutorado) e criar laboratórios nos diversos estados, com prioridade para os locais com projetos em energia eólica. A carência de profissionais na área de energia é uma situação preocupante na avaliação de Eduardo Soriano.
De acordo com ele, está faltando engenheiros e técnicos no mundo inteiro na área de projetos, de implantação e de operação de energia eólica. O que representa uma deficiência que precisa ser suprida para dar suporte a esse crescimento da energia eólica. "Para ser competitivo, não basta ter só ventos, equipamentos e uma política de implantação de energia eólica. Precisamos ter também recursos humanos e laboratórios pra dar suporte a esse crescimento da energia eólica no Brasil", reforça Soriano
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWWNlUsRmeTxmWhN2aKVVVB1TP
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Dr. Frederico Lobo
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Agrotóxicos em plantações de fumo prejudicam produtores e seus vizinhos
O clima na sala da casa é pesado. Não existe momento de descontração nesta tarde fria em Rio Azul, a 180 quilômetros de Curitiba. Do lado de fora, as crianças se divertem com o opaco colorido das casas de alvenaria típicas do Paraná. Dentro, os adultos têm uma tensa conversa. Lídia Maria Bandacheski do Prado, de 35 anos, tem a tristeza estampada no rosto. Nas mãos, a fraqueza provocada pelo uso de agrotóxicos. À frente das pernas, um andador mostra que os problemas notados há uma década e agravados há quatro anos estão longe de encontrar solução. “Teve época que não conseguia sair da cama. Tem dia que fica pior, que não consigo fazer nada, me paralisa as pernas, me paralisa os braços.”
Uma visita ao hospital em 2001 deu início ao calvário de Lídia, dona de uma pequena propriedade. Passaram-se muitos anos até que uma equipe da Universidade Federal do Paraná esclarecesse que ela sofre de intoxicação crônica por agrotóxicos. “Fique quase dois anos sem dormir direito. Com dor nos braços, nas pernas. Era um fantasma dentro de casa”, lamenta. Nascida e criada na roça, Lídia viu a morte prematura do pai transformá-la em uma das chefes da família. Aos 9 anos, passou a ajudar a mãe diretamente no plantio de fumo, uma prática que até hoje não foi retirada do mapa da produção de tabaco no Brasil. Se hoje persistem problemas no manejo do agrotóxico, naquela época não se tinha a menor ideia dos efeitos dessa substância sobre a saúde humana.
Uma das práticas era cavar um buraco no chão e ali preparar, com as mãos desprotegidas, o “tempero”, a dissolução dos defensivos agrícolas em água. “Naquela época a gente vivia dentro do paiol. A mãe cozinhava dentro do barracão, a gente dormia em cima das pilhas de fumo”, conta a agricultora.
Pesquisas
O caso de Lídia chamou a atenção dos integrantes do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da UFPR, que em 2009 passou a analisar a intoxicação por agrotóxicos em Rio Azul, cidade em que 45% das riquezas passam pelo tabaco. É um dos muitos municípios paranaenses responsáveis pela produção de 150 mil toneladas de fumo ao ano, oscilando entre 15% e 20% do tabaco nacional, setor comandado pelo Rio Grande do Sul. São pequenas propriedades, na maioria entre zero e dez hectares, empregando em sua quase totalidade mão de obra familiar.
Ao mesmo tempo, o Paraná figura entre os quatro estados que mais consomem defensivos agrícolas no Brasil, dado que é atribuído também à soja e ao milho. “Apesar de uma redução nos últimos anos, ainda se utiliza muito agrotóxico na cadeia do fumo. É um trabalho extremamente penoso, com equipamento costal, que dá problemas na coluna e reumatismo”, adverte Amadeu Bonatto, coordenador técnico do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (Deser).
O levantamento de dados por parte do Núcleo de Saúde Coletiva está na fase final. Ao levantar os casos registrados de intoxicação por agrotóxicos nos últimos dez anos em Rio Azul, os pesquisadores apenas ratificaram a impressão de que a cidade segue a média nacional de subnotificação deste tipo de ocorrência. “Os produtores ficam tontos, sentem ânsia de vômito, mas a relação entre agrotóxico e sintomas nem sempre é feita”, lembra Paulo de Oliveira Perna, coordenador do núcleo, que adverte que também entre os agentes de saúde a questão dos agrotóxicos é subestimada.
Um dos obstáculos para o convencimento é também cultural. A maioria dos agricultores, criado nesse ambiente, sempre resistiu a acreditar que aquilo que sempre foi feito possa estar errado – cada organismo reage de uma maneira à exposição ao agrotóxico e a intoxicação crônica pode levar anos para se consumar. Outra questão é a baixíssima escolaridade: segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), 89,9% dos trabalhadores do setor não completaram o ensino fundamental, o que dificulta a leitura das bulas e a aplicação das dosagens corretas.
Alguns vizinhos de Lídia custam a acreditar que as falhas de memória e as perdas parciais de movimento de pernas e da visão sejam resultado do uso dos venenos. Para desafiar as constatações científicas, um vizinho chegou a mergulhar em um tambor “temperado”. Não satisfeito, continua levando os filhos ao trabalho na roça. Uma das filhas de Lídia, submetida à mesma rotina quando a família não sabia dos efeitos nocivos do agrotóxico, teve extraída parte do aparelho urinário.
Empresas
O Ministério Público do Trabalho avalia que as empresas devem ser culpadas pelos danos provocados por defensivos agrícolas. Sem ingressar nos pormenores dos contratos estabelecidos entre fumageiras e fumicultores, tema que será abordado na próxima reportagem da série, os agricultores utilizam os produtos e as quantidades entregues pelas empresas. “Os engenheiros agrônomos são contratados pela própria empresa, o que configura conflito de interesses. As empresas exigem não apenas a quantidade, mas a marca do agrotóxico”, assinala a procuradora Margaret Ramos de Carvalho. Na safra 2010/11, o uso do Gamit 500 rendeu dores de cabeça aos produtores de orgânicos de São João do Triunfo (leia quadro abaixo).
“Pude perceber que tinha problema de saúde quando deixei de produzir fumo químico. Sentia dor de cabeça, tontura, mas não sabia que era o agrotóxico”, recorda Anderson Sviech, um produtor de Palmeira, a 80 quilômetros de Curitiba. Um embaço nos olhos, muitas vezes, é interpretado como conjuntivite. Perda de apetite e irritabilidade são outros sintomas subestimados. O uso dos equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs, é uma questão à parte. “A indústria quer falar que foi o produtor que não usou, mas mesmo usando não protege. Quando se está aspergindo, o veneno passa, não tem como”, reclama Paulo Perna, da Universidade Federal do Paraná.
Outra argumentação das fumageiras é de que os trabalhadores não cumprem o chamado “prazo de carência” após a aplicação do agrotóxico, ou seja, não ficam distantes da plantação tempo suficiente para que o veneno se dissipe. O problema, como se sabe, é que as propriedades são muito pequenas e as plantações ficam logo ao lado das residências.
Folha verde
A parede do paiol de Evaldo Gross, de 47 anos, mostra que ele sabe os efeitos dos agrotóxicos: alguns cartazes fornecidos pela fumageira indicam quais EPIs devem ser utilizados em cada fase da lavoura. No entanto, a colheita ocorre em pleno verão, e Evaldo se queixa que a roupa de proteção acaba queimando a pele. O resultado do contato direto com a planta é a chamada “doença da folha verde” do tabaco. Trata-se da manifestação de uma série de sintomas causados pelo contato com a folha molhada, que libera nicotina. “Quando chega a tarde, começa a dar moleza nas pernas, dá ânsia. Um mal-estar tremendo. E não tem remédio, tem de esperar passar. Te trava o sono, atravessa a noite sem dormir”, afirma Evaldo. Ao fim de um dia de trabalho na época de colheita, um produtor fica exposto a 54 miligramas de nicotina, o equivalente a 36 cigarros.
Apesar dos problemas, os fumicultores têm poucas alternativas para mudar a produção. É comum ouvir que a renda vem em primeiro lugar, a saúde em segundo, e o resto depois. Lídia, mesmo com as limitações provocadas pelos agrotóxicos, sentia-se obrigada a seguir cultivando fumo para ter um sustento. Só parou porque, após a constatação da intoxicação crônica, nenhuma fumageira quis manter vínculos com a agricultora. Sem alternativas economicamente viáveis para uma propriedade de oito hectares, ela e a família se preparam para engrossar uma área urbana.
Em São João, o triunfo é do agrotóxico
São João do Triunfo é uma pequena e montanhosa cidade, vizinha de Palmeira e uma das grandesprodutoras de fumo. Há bairros inteiros que vivem em torno da fumicultura. Azar dos vizinhos. Em março deste ano, um grupo de agricultores autointitulado Coletivo Triunfo divulgou uma carta na qual se queixa que as propriedades responsáveis pela produção de alimentos sofreram contaminação por agrotóxicos.
Eles contam que o problema se agravou este ano e acusam as empresas de ter receitado aos fumicultores o Gamit 500, herbicida proibido pela Secretaria de Agricultura do Paraná. A recomendação da bula das variações de Gamit permitidas no estado é de que se mantenha uma distância de 800 metros em relação a lavouras de milho e girassol, hortas e pomares.
Como isso não ocorreu, os agricultores denunciam a morte de pássaros e plantas, além de problemas de saúde em algumas famílias. Silvestre de Oliveira Santos, um senhor corpulento de Fernandes Pinheiro, cidade colada a São João, trabalha com a possibilidade de ruir os esforços empreendidos na certificação de seus produtos orgânicos, uma medida que abriria novos mercados e renderia melhor remuneração. “A gente estava há dez anos trabalhando nisso. Trabalhando em organização e avaliação”, lamenta.
Ele conta que na época em que o vizinho aplicou Gamit, as plantas amarelaram e as frutas caíram. Agora, acredita que boa parte da plantação vai acabar secando. “Se vier aplicar Gamit de novo, temos que tomar providência. Se não aplicar, pode plantar o que quiser aqui do lado, não tem problema.”
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRVVONlYHZEUTxmWhN2aKVVVB1TP
Uma visita ao hospital em 2001 deu início ao calvário de Lídia, dona de uma pequena propriedade. Passaram-se muitos anos até que uma equipe da Universidade Federal do Paraná esclarecesse que ela sofre de intoxicação crônica por agrotóxicos. “Fique quase dois anos sem dormir direito. Com dor nos braços, nas pernas. Era um fantasma dentro de casa”, lamenta. Nascida e criada na roça, Lídia viu a morte prematura do pai transformá-la em uma das chefes da família. Aos 9 anos, passou a ajudar a mãe diretamente no plantio de fumo, uma prática que até hoje não foi retirada do mapa da produção de tabaco no Brasil. Se hoje persistem problemas no manejo do agrotóxico, naquela época não se tinha a menor ideia dos efeitos dessa substância sobre a saúde humana.
Uma das práticas era cavar um buraco no chão e ali preparar, com as mãos desprotegidas, o “tempero”, a dissolução dos defensivos agrícolas em água. “Naquela época a gente vivia dentro do paiol. A mãe cozinhava dentro do barracão, a gente dormia em cima das pilhas de fumo”, conta a agricultora.
Pesquisas
O caso de Lídia chamou a atenção dos integrantes do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da UFPR, que em 2009 passou a analisar a intoxicação por agrotóxicos em Rio Azul, cidade em que 45% das riquezas passam pelo tabaco. É um dos muitos municípios paranaenses responsáveis pela produção de 150 mil toneladas de fumo ao ano, oscilando entre 15% e 20% do tabaco nacional, setor comandado pelo Rio Grande do Sul. São pequenas propriedades, na maioria entre zero e dez hectares, empregando em sua quase totalidade mão de obra familiar.
Ao mesmo tempo, o Paraná figura entre os quatro estados que mais consomem defensivos agrícolas no Brasil, dado que é atribuído também à soja e ao milho. “Apesar de uma redução nos últimos anos, ainda se utiliza muito agrotóxico na cadeia do fumo. É um trabalho extremamente penoso, com equipamento costal, que dá problemas na coluna e reumatismo”, adverte Amadeu Bonatto, coordenador técnico do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (Deser).
O levantamento de dados por parte do Núcleo de Saúde Coletiva está na fase final. Ao levantar os casos registrados de intoxicação por agrotóxicos nos últimos dez anos em Rio Azul, os pesquisadores apenas ratificaram a impressão de que a cidade segue a média nacional de subnotificação deste tipo de ocorrência. “Os produtores ficam tontos, sentem ânsia de vômito, mas a relação entre agrotóxico e sintomas nem sempre é feita”, lembra Paulo de Oliveira Perna, coordenador do núcleo, que adverte que também entre os agentes de saúde a questão dos agrotóxicos é subestimada.
Um dos obstáculos para o convencimento é também cultural. A maioria dos agricultores, criado nesse ambiente, sempre resistiu a acreditar que aquilo que sempre foi feito possa estar errado – cada organismo reage de uma maneira à exposição ao agrotóxico e a intoxicação crônica pode levar anos para se consumar. Outra questão é a baixíssima escolaridade: segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), 89,9% dos trabalhadores do setor não completaram o ensino fundamental, o que dificulta a leitura das bulas e a aplicação das dosagens corretas.
Alguns vizinhos de Lídia custam a acreditar que as falhas de memória e as perdas parciais de movimento de pernas e da visão sejam resultado do uso dos venenos. Para desafiar as constatações científicas, um vizinho chegou a mergulhar em um tambor “temperado”. Não satisfeito, continua levando os filhos ao trabalho na roça. Uma das filhas de Lídia, submetida à mesma rotina quando a família não sabia dos efeitos nocivos do agrotóxico, teve extraída parte do aparelho urinário.
Empresas
O Ministério Público do Trabalho avalia que as empresas devem ser culpadas pelos danos provocados por defensivos agrícolas. Sem ingressar nos pormenores dos contratos estabelecidos entre fumageiras e fumicultores, tema que será abordado na próxima reportagem da série, os agricultores utilizam os produtos e as quantidades entregues pelas empresas. “Os engenheiros agrônomos são contratados pela própria empresa, o que configura conflito de interesses. As empresas exigem não apenas a quantidade, mas a marca do agrotóxico”, assinala a procuradora Margaret Ramos de Carvalho. Na safra 2010/11, o uso do Gamit 500 rendeu dores de cabeça aos produtores de orgânicos de São João do Triunfo (leia quadro abaixo).
“Pude perceber que tinha problema de saúde quando deixei de produzir fumo químico. Sentia dor de cabeça, tontura, mas não sabia que era o agrotóxico”, recorda Anderson Sviech, um produtor de Palmeira, a 80 quilômetros de Curitiba. Um embaço nos olhos, muitas vezes, é interpretado como conjuntivite. Perda de apetite e irritabilidade são outros sintomas subestimados. O uso dos equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs, é uma questão à parte. “A indústria quer falar que foi o produtor que não usou, mas mesmo usando não protege. Quando se está aspergindo, o veneno passa, não tem como”, reclama Paulo Perna, da Universidade Federal do Paraná.
Outra argumentação das fumageiras é de que os trabalhadores não cumprem o chamado “prazo de carência” após a aplicação do agrotóxico, ou seja, não ficam distantes da plantação tempo suficiente para que o veneno se dissipe. O problema, como se sabe, é que as propriedades são muito pequenas e as plantações ficam logo ao lado das residências.
Folha verde
A parede do paiol de Evaldo Gross, de 47 anos, mostra que ele sabe os efeitos dos agrotóxicos: alguns cartazes fornecidos pela fumageira indicam quais EPIs devem ser utilizados em cada fase da lavoura. No entanto, a colheita ocorre em pleno verão, e Evaldo se queixa que a roupa de proteção acaba queimando a pele. O resultado do contato direto com a planta é a chamada “doença da folha verde” do tabaco. Trata-se da manifestação de uma série de sintomas causados pelo contato com a folha molhada, que libera nicotina. “Quando chega a tarde, começa a dar moleza nas pernas, dá ânsia. Um mal-estar tremendo. E não tem remédio, tem de esperar passar. Te trava o sono, atravessa a noite sem dormir”, afirma Evaldo. Ao fim de um dia de trabalho na época de colheita, um produtor fica exposto a 54 miligramas de nicotina, o equivalente a 36 cigarros.
Apesar dos problemas, os fumicultores têm poucas alternativas para mudar a produção. É comum ouvir que a renda vem em primeiro lugar, a saúde em segundo, e o resto depois. Lídia, mesmo com as limitações provocadas pelos agrotóxicos, sentia-se obrigada a seguir cultivando fumo para ter um sustento. Só parou porque, após a constatação da intoxicação crônica, nenhuma fumageira quis manter vínculos com a agricultora. Sem alternativas economicamente viáveis para uma propriedade de oito hectares, ela e a família se preparam para engrossar uma área urbana.
Em São João, o triunfo é do agrotóxico
São João do Triunfo é uma pequena e montanhosa cidade, vizinha de Palmeira e uma das grandesprodutoras de fumo. Há bairros inteiros que vivem em torno da fumicultura. Azar dos vizinhos. Em março deste ano, um grupo de agricultores autointitulado Coletivo Triunfo divulgou uma carta na qual se queixa que as propriedades responsáveis pela produção de alimentos sofreram contaminação por agrotóxicos.
Eles contam que o problema se agravou este ano e acusam as empresas de ter receitado aos fumicultores o Gamit 500, herbicida proibido pela Secretaria de Agricultura do Paraná. A recomendação da bula das variações de Gamit permitidas no estado é de que se mantenha uma distância de 800 metros em relação a lavouras de milho e girassol, hortas e pomares.
Como isso não ocorreu, os agricultores denunciam a morte de pássaros e plantas, além de problemas de saúde em algumas famílias. Silvestre de Oliveira Santos, um senhor corpulento de Fernandes Pinheiro, cidade colada a São João, trabalha com a possibilidade de ruir os esforços empreendidos na certificação de seus produtos orgânicos, uma medida que abriria novos mercados e renderia melhor remuneração. “A gente estava há dez anos trabalhando nisso. Trabalhando em organização e avaliação”, lamenta.
Ele conta que na época em que o vizinho aplicou Gamit, as plantas amarelaram e as frutas caíram. Agora, acredita que boa parte da plantação vai acabar secando. “Se vier aplicar Gamit de novo, temos que tomar providência. Se não aplicar, pode plantar o que quiser aqui do lado, não tem problema.”
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRVVONlYHZEUTxmWhN2aKVVVB1TP
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Dr. Frederico Lobo
às
21:35
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O nome é diferente, mas o plástico é o mesmo
Será que o plástico feito com material vegetal é melhor? Em março, a Pepsi divulgou para a imprensa “a primeira garrafa feita 100% a base de plantas, uma garrafa PET feita com fontes renováveis”. Em seguida, a Coca devolveu: “Odwalla, do grupo Coca-Cola é a primeira indústria a comercializar embalagens feitas 100% a base de plantas”.
As manchetes seguintes foram ainda mais fortes: “Garrafas da Pepsi: agora sem plástico” (Christian Science Monitor), “Pepsi pressiona mercado com garrafas feitas a base de plantas, uma garrafa 100% sem plástico” (GreenBiz), “Coca-Cola está desenvolvendo garrafas de plástico reciclado e materiais vegetais” (Guardian).
No mês passado a Coca-Cola lançou um comercial para sua água mineral Dasani argumentando que a embalagem feita com material vegetal foi desenvolvida para “fazer a diferença”.
Mas, apesar de todo o barulho, as garrafas a base de plantas ainda resultam no velho e conhecido plástico. As empresas simplesmente substituíram combustíveis fósseis (como o petróleo e o gás natural) pelo etanol. E embora o etanol seja renovável e fonte de baixa emissão de carbono, o plástico resultante é quimicamente idêntico ao PET (polietileno tereftalato) ou ao PEAD (polietileno de alta densidade), materiais comumente usados na fabricação de garrafas plásticas. E, uma vez que o material vegetal se torna plástico, eles causam os mesmos impactos ambientais que um plástico feito de combustível fóssil.
Ou seja, como não são biodegradáveis, poluem os oceanos e o solo e ainda contaminam os alimentos com químicos que migram da embalagem para o conteúdo interno. “Eles estão simplesmente utilizando plantas para fazer os mesmos polímeros que se encontram em plásticos. Isso não tem efeito nenhum para o meio ambiente”, explica Marcus Eriksen, um dos criadores da 5 Gyres, entidade que estuda a poluição de plástico em áreas como a grande mancha de lixo do Oceano Pacífico.
Eriksen e sua equipe acabam de explorar as cinco maiores correntes do mundo onde o plástico se acumula. Eles acharam plástico se acumulando em várias das ilhas pesquisadas e no estômago de pássaros e peixes mortos que consumiram plástico, pensando se tratar de pequenos peixes ou algas marinhas.
O plástico feito a base de plantas (ou não) prejudica a saúde de humanos da mesma forma. Os perigos de aditivos químicos normalmente usados em sua produção – como ftalatos e bisfenol A – têm sido amplamente divulgados: os dois já foram associados à obesidade, autismo e várias formas de câncer.
“Algumas formulas de bioplásticos usam os mesmos tipos de aditivos que os plásticos feitos com petróleo ou gás natural”, reconhece Melissa Hockstad, vice presidente da SPE (The Society of the Plastics Industry), uma associação de indústrias de plástico dos Estados Unidos. “Algumas empresas estão trabalhando para conseguir alternativas” diz Hockstad. A dúvida é: se as empresas “estão trabalhando no desenvolvimento”, esses bioaditivos ainda não existem
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlUspFWTxmWhN2aKVVVB1TP
As manchetes seguintes foram ainda mais fortes: “Garrafas da Pepsi: agora sem plástico” (Christian Science Monitor), “Pepsi pressiona mercado com garrafas feitas a base de plantas, uma garrafa 100% sem plástico” (GreenBiz), “Coca-Cola está desenvolvendo garrafas de plástico reciclado e materiais vegetais” (Guardian).
No mês passado a Coca-Cola lançou um comercial para sua água mineral Dasani argumentando que a embalagem feita com material vegetal foi desenvolvida para “fazer a diferença”.
Mas, apesar de todo o barulho, as garrafas a base de plantas ainda resultam no velho e conhecido plástico. As empresas simplesmente substituíram combustíveis fósseis (como o petróleo e o gás natural) pelo etanol. E embora o etanol seja renovável e fonte de baixa emissão de carbono, o plástico resultante é quimicamente idêntico ao PET (polietileno tereftalato) ou ao PEAD (polietileno de alta densidade), materiais comumente usados na fabricação de garrafas plásticas. E, uma vez que o material vegetal se torna plástico, eles causam os mesmos impactos ambientais que um plástico feito de combustível fóssil.
Ou seja, como não são biodegradáveis, poluem os oceanos e o solo e ainda contaminam os alimentos com químicos que migram da embalagem para o conteúdo interno. “Eles estão simplesmente utilizando plantas para fazer os mesmos polímeros que se encontram em plásticos. Isso não tem efeito nenhum para o meio ambiente”, explica Marcus Eriksen, um dos criadores da 5 Gyres, entidade que estuda a poluição de plástico em áreas como a grande mancha de lixo do Oceano Pacífico.
Eriksen e sua equipe acabam de explorar as cinco maiores correntes do mundo onde o plástico se acumula. Eles acharam plástico se acumulando em várias das ilhas pesquisadas e no estômago de pássaros e peixes mortos que consumiram plástico, pensando se tratar de pequenos peixes ou algas marinhas.
O plástico feito a base de plantas (ou não) prejudica a saúde de humanos da mesma forma. Os perigos de aditivos químicos normalmente usados em sua produção – como ftalatos e bisfenol A – têm sido amplamente divulgados: os dois já foram associados à obesidade, autismo e várias formas de câncer.
“Algumas formulas de bioplásticos usam os mesmos tipos de aditivos que os plásticos feitos com petróleo ou gás natural”, reconhece Melissa Hockstad, vice presidente da SPE (The Society of the Plastics Industry), uma associação de indústrias de plástico dos Estados Unidos. “Algumas empresas estão trabalhando para conseguir alternativas” diz Hockstad. A dúvida é: se as empresas “estão trabalhando no desenvolvimento”, esses bioaditivos ainda não existem
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlUspFWTxmWhN2aKVVVB1TP
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Agricultor contaminado com grandes quantidades de agrotóxico
Cientistas de Leipzig descobriram teores elevados do herbicida glifosato em um fazendeiro da Saxônia. A quantidade encontrada é mil vezes superior à média de outras amostras, afirmou a veterinária e microbiologista Monika Krueger, da Universidade de Leipzig, para a revista Exakt, da rede MDR de notícias. A professora Monika Krueger considera que os índices encontrados na urina do agricultor são preocupantes.
O glifosato é o herbicida mais utilizado mundialmente no controle de ervas daninhas. Milhares de toneladas são pulverizadas nos campos, só na Alemanha. Organizações ambientalistas vêm alertando há anos para potenciais problemas de saúde provocados pelo glifosato e seus aditivos. A consultora de Preservação Ambiental e Transgênicos da NABU (Sociedade de Preservação Ambiental da Alemanha), Steffi Ober, avalia o uso do glifosato como sendo uma espécie de “teste cego em toda a população.”
Especialistas suspeitam que o envenenamento com glifosato abre um perigoso caminho para bactérias causadoras de botulismo; bactérias que normalmente não prejudicam seres humanos saudáveis. O referido agricultor, no caso, vem sofrendo há algum tempo intensos distúrbios nervosos (causados pela toxina de uma bactéria, Clostridium botulinum).
Os sintomas do agricultor agora podem ser esclarecidos como sendo decorrentes de uma intoxicação causada pela toxina botulínica simultânea à contaminação com glifosato. Segundo a Prof. Monika Krüger “Esta é nossa primeira hipótese: de que se trata de um efeito resultante da ação do glifosato.” Os cientistas agora estão analisando mais pessoas com relação a possíveis efeitos do herbicida.
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlUsRmdXxmWhN2aKVVVB1TP
O glifosato é o herbicida mais utilizado mundialmente no controle de ervas daninhas. Milhares de toneladas são pulverizadas nos campos, só na Alemanha. Organizações ambientalistas vêm alertando há anos para potenciais problemas de saúde provocados pelo glifosato e seus aditivos. A consultora de Preservação Ambiental e Transgênicos da NABU (Sociedade de Preservação Ambiental da Alemanha), Steffi Ober, avalia o uso do glifosato como sendo uma espécie de “teste cego em toda a população.”
Especialistas suspeitam que o envenenamento com glifosato abre um perigoso caminho para bactérias causadoras de botulismo; bactérias que normalmente não prejudicam seres humanos saudáveis. O referido agricultor, no caso, vem sofrendo há algum tempo intensos distúrbios nervosos (causados pela toxina de uma bactéria, Clostridium botulinum).
Os sintomas do agricultor agora podem ser esclarecidos como sendo decorrentes de uma intoxicação causada pela toxina botulínica simultânea à contaminação com glifosato. Segundo a Prof. Monika Krüger “Esta é nossa primeira hipótese: de que se trata de um efeito resultante da ação do glifosato.” Os cientistas agora estão analisando mais pessoas com relação a possíveis efeitos do herbicida.
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlUsRmdXxmWhN2aKVVVB1TP
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ONU discute impactos de pesticidas em crianças na agricultura
As Nações Unidas lançaram um alerta sobre os riscos causados por pesticidas a crianças que trabalham em lavouras. A Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, e a Organização Internacional do Trabalho, OIT, discutiram o tema durante a 5ª. Conferência das Partes de Roterdã, sobre substâncias químicas nocivas. O evento termina nesta sexta-feira, em Genebra.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 68 milhões trabalham na agricultura. Atividades do setor estão entre as três mais perigosas para qualquer pessoa em termos de acidentes de trabalho fatais ou não. E para as crianças, os riscos são ainda maiores.
A especialista em crianças trabalhando na agricultura da OIT, Paola Termine, contou que elas têm uma tolerância mais baixa às substâncias tóxicas, já que respiram, comem e bebem de forma proporcional ao peso do corpo.
Termine alertou que a exposição a produtos químicos perigosos e pesticidas pode afetar o desenvolvimento físico e neurológico das crianças, que têm menos noção sobre situações de risco. A contaminação pode ocorrer quando as crianças pulverizam as plantações, ou até mesmo indireta quando mães trabalham nos campos carregando seus bebês nas costas.
A Convenção de Roterdã, criada em 1998, entrou em vigor seis anos depois. O objetivo é estabelecer o “direito de saber” e proteger a saúde humana e o meio ambiente dos riscos da exposição aos pesticidas e produtos químicos nocivos.
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRlVONlUsRmdXxmWhN2aKVVVB1TP
Segundo as Nações Unidas, cerca de 68 milhões trabalham na agricultura. Atividades do setor estão entre as três mais perigosas para qualquer pessoa em termos de acidentes de trabalho fatais ou não. E para as crianças, os riscos são ainda maiores.
A especialista em crianças trabalhando na agricultura da OIT, Paola Termine, contou que elas têm uma tolerância mais baixa às substâncias tóxicas, já que respiram, comem e bebem de forma proporcional ao peso do corpo.
Termine alertou que a exposição a produtos químicos perigosos e pesticidas pode afetar o desenvolvimento físico e neurológico das crianças, que têm menos noção sobre situações de risco. A contaminação pode ocorrer quando as crianças pulverizam as plantações, ou até mesmo indireta quando mães trabalham nos campos carregando seus bebês nas costas.
A Convenção de Roterdã, criada em 1998, entrou em vigor seis anos depois. O objetivo é estabelecer o “direito de saber” e proteger a saúde humana e o meio ambiente dos riscos da exposição aos pesticidas e produtos químicos nocivos.
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRlVONlUsRmdXxmWhN2aKVVVB1TP
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quinta-feira, 23 de junho de 2011
Intoxicação infantil: como evitar
Principal causa de internação de crianças, a intoxicação ainda é um dos motivos que mais preocupam os pais e profissionais da saúde infantil. De acordo com uma pesquisa do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), crianças menores de 5 anos representam 35% dos casos de intoxicação por medicamentos, no Brasil.
INTOXICAÇÃO
É causada pela ingestão de medicamentos e substâncias tóxicas ou venenosas, além da intoxicação alimentar e também pelo contato com animais peçonhentos. As principais ocorrências de intoxicação são acidentais, pois a criança é atraída pela caixinha do medicamento colorido ou pelas embalagens do produto de limpeza, por exemplo,e isso aguça a curiosidade dela, que vai querer mexer e até tomar.
O pediatra Sérgio Sarrubo, diretor do hospital estadual Darcy Vargas, unidade de referência em atendimento infantil em São Paulo, enfatiza que os medicamentos são ingeridos por crianças que os encontram em local de fácil acesso,deixados pelo adulto. Guardar medicamentos em locais inadequados pode exercer atração visual nas crianças, o que as deixa mais exposta a esse tipo de acidente, afirma.
MEDIDAS PREVENTIVAS
COMO IDENTIFICAR UMA CRIANÇA VÍTIMA DE INTOXICAÇÃO
Segundo o pediatra, muitas vezes os pais pegam a criança no flagrante e então é possível identificar o que foi tomado e a quantidade para explicar ao médico. Tenha sempre em mente o pronto socorro mais próximo de onde vocês está, alerta Dr. Sérgio. Vá imediatamente a uma unidade básica de saúde e leve a embalagem do produto.
Os tipos de medicamentos que mais causam ocorrências de intoxicação infantil são os psicotrópicos e anti-convulsivos. O pediatra esclarece sobre os sintomas que esses remédios provocam. Se a criança está com comportamento estranho, com sonolência ou prostração, não recorre à estímulos, com baixa coordenação motora e os sintomas não estão acompanhados de febre, então existe a suspeita de que ela possa ter ingerido algo, esclarece.
Mas o principal alerta está para a forma de socorro. As pessoas não sabem como socorrer em emergência, lembra Sérgio. Para os pais, é ainda mais importante saber qual é a unidade de atendimentohospitalar mais próxima e estar preparado para ir até lá comoem casos de intoxicação.
Em caso de dúvida, também é possível ligar gratuitamente para o Centro de Intoxicações da sua região, que oferece orientação em caso de emergência infantil provocado por exposição à intoxicação e envenenamento. Veja alguns telefones abaixo:
São Paulo – CEATOX/SP 0800.148.110
São Paulo – CCI/SP 0800.771.3733
Porto Alegre – CIT/RS 0800.780.200
Curitiba – CIT/PR 0800.410.148
Salvador – CIAVE/BA 0800.284.4343
Florianópolis – CIT/SC 0800.643.5252
Fonte: http://institutohealtho.wordpress.com/2011/06/10/intoxicacao-infantil-como-evitar/
- Mantenha todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças, de modo a não despertar sua curiosidade;
- Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule essa curiosidade;
- É importante que a criança aprenda que remédio não é bala, doce ou refresco; quando sozinha, ela poderá ingerir o medicamento.
- Lembre-se: remédio é remédio;
- Evite tomar remédio na frente das crianças;
- Não dê remédio no escuro para que não haja trocas perigosas e mantenha sempre os medicamentos nas embalagens originais;
- Cuidado com remédios de uso infantil e de adulto com embalagens muito parecidas;
- Guarde produtos de limpeza longe dos alimentos;
- Antes de jogar fora uma embalagem, despeje todo o conteúdo na pia ou vaso sanitário;
- Jogue fora os remédios vencidos
- Não reutilize embalagens de produtos tóxicos
Fonte: http://institutohealtho.wordpress.com/2011/06/10/intoxicacao-infantil-como-evitar/
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terça-feira, 21 de junho de 2011
Morte fetal x posição materna durante o sono
Mulheres que não dormem posicionadas do lado esquerdo nas últimas noites de gravidez tem um risco dobrado de morte fetal tardia em comparação com mulheres que dormem em seu lado esquerdo, mostra uma pesquisa publicada no bmj.com.
Eles explicam que o risco absoluto de morte fetal tardia para as mulheres que dormiram do lado esquerdo foi de 1,96 por 1.000 em comparação a 3,93 por 1.000 para aquelas que dormiram em qualquer outra posição (por exemplo, deitada de costas ou na lateral direita).No entanto, os autores ressaltam que este aumento do risco é pequeno.
A pesquisa também revela que as mulheres que se levantam para ir ao banheiro uma vez ou menos nas últimas noites (comparada com as que levantam mais vezes), e aquelas que dormem regularmente mais durante o dia do que à noite no último mês de gravidez, tem maior probabilidade de ter um bebê natimorto.
Os autores sugerem que a diminuição do fluxo sangüíneo para o bebê quando a mãe está deitada de costas ou do lado direito por longos períodos pode ajudar a explicar esta associação.
No entanto, eles concluem que "se os resultados forem confirmados, promover a melhor posição para dormir no final da gravidez podm ter potencial para reduzir a incidência de morte fetal tardia".Eles salientam que esta é uma nova observação, e estudos confirmatórios são necessários antes que recomendações de saúde pública possam ser feitas.
Fonte: http://group.bmj.com/group/media/latest-news/sleep-position-in-late-pregnancy-could-increase-risk-of-late-stillbirth
Eles explicam que o risco absoluto de morte fetal tardia para as mulheres que dormiram do lado esquerdo foi de 1,96 por 1.000 em comparação a 3,93 por 1.000 para aquelas que dormiram em qualquer outra posição (por exemplo, deitada de costas ou na lateral direita).No entanto, os autores ressaltam que este aumento do risco é pequeno.
A pesquisa também revela que as mulheres que se levantam para ir ao banheiro uma vez ou menos nas últimas noites (comparada com as que levantam mais vezes), e aquelas que dormem regularmente mais durante o dia do que à noite no último mês de gravidez, tem maior probabilidade de ter um bebê natimorto.
Os autores sugerem que a diminuição do fluxo sangüíneo para o bebê quando a mãe está deitada de costas ou do lado direito por longos períodos pode ajudar a explicar esta associação.
No entanto, eles concluem que "se os resultados forem confirmados, promover a melhor posição para dormir no final da gravidez podm ter potencial para reduzir a incidência de morte fetal tardia".Eles salientam que esta é uma nova observação, e estudos confirmatórios são necessários antes que recomendações de saúde pública possam ser feitas.
Fonte: http://group.bmj.com/group/media/latest-news/sleep-position-in-late-pregnancy-could-increase-risk-of-late-stillbirth
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Dieta pobre em carboidrato e rica em proteínas associada a menor risco de câncer
ScienceDaily (15 de junho de 2011), de acordo com um estudo publicado na Cancer Research, comer uma dieta com baixo teor de carboidratos e alto de proteínas pode reduzir o risco de câncer e retardar o crescimento de tumores já existentes .
O estudo foi realizado em camundongos, mas os cientistas envolvidos concordam que as descobertas biológicas são fortes e definitivas o suficiente para que um efeito em seres humanos possa ser considerado.
Eles descobriram que as células do tumor cresceram consistentemente mais lentamente na segunda dieta..15% de carboidratos, 58% de proteínas e 26% de gorduras segunda - que é semelhante à dieta de South Beach, mas superior em proteína - continha primeira dieta, uma dieta típica ocidental, continha cerca de 55% de carboidratos, 23% de proteínas e 22% de gorduras.Krystal e seus colegas implantaram em várias linhagens de camundongos células tumorais humanas ou células tumorais de ratos, que receberam uma de duas dietas.
Curiosamente, apenas um na dieta ocidental alcançou uma expectativa de vida normal (cerca de 2 anos), 70% deles morreram de câncer, enquanto apenas 30% dos ratos na dieta pobre em carboidratos desenvolveram câncer e mais de metade destes ratos alcançou ou ultrapassou a expectativa de vida normal.
Restringir a ingestão de carboidratos pode limitar significativamente a glicemia e insulina, um hormônio que tem sido demonstrado em vários estudos promover o crescimento de tumores em humanos e camundongos., Krystal disse que as células tumorais, ao contrário das células normais, precisam significativamente de mais glicose para crescer e se desenvolver.
Além disso, uma dieta com baixo teor de carboidratos, e alto de proteínas tem potencial de aumentar a capacidade do sistema imune para matar as células cancerígenas, como também pode impedir a obesidade, o que leva à inflamação crônica e câncer.
O estudo foi realizado em camundongos, mas os cientistas envolvidos concordam que as descobertas biológicas são fortes e definitivas o suficiente para que um efeito em seres humanos possa ser considerado.
Eles descobriram que as células do tumor cresceram consistentemente mais lentamente na segunda dieta..15% de carboidratos, 58% de proteínas e 26% de gorduras segunda - que é semelhante à dieta de South Beach, mas superior em proteína - continha primeira dieta, uma dieta típica ocidental, continha cerca de 55% de carboidratos, 23% de proteínas e 22% de gorduras.Krystal e seus colegas implantaram em várias linhagens de camundongos células tumorais humanas ou células tumorais de ratos, que receberam uma de duas dietas.
Curiosamente, apenas um na dieta ocidental alcançou uma expectativa de vida normal (cerca de 2 anos), 70% deles morreram de câncer, enquanto apenas 30% dos ratos na dieta pobre em carboidratos desenvolveram câncer e mais de metade destes ratos alcançou ou ultrapassou a expectativa de vida normal.
Restringir a ingestão de carboidratos pode limitar significativamente a glicemia e insulina, um hormônio que tem sido demonstrado em vários estudos promover o crescimento de tumores em humanos e camundongos., Krystal disse que as células tumorais, ao contrário das células normais, precisam significativamente de mais glicose para crescer e se desenvolver.
Além disso, uma dieta com baixo teor de carboidratos, e alto de proteínas tem potencial de aumentar a capacidade do sistema imune para matar as células cancerígenas, como também pode impedir a obesidade, o que leva à inflamação crônica e câncer.
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Exposição a longo prazo à poluição do ar é fortemente ligada a asma não controlada
Exposição a longo prazo à poluição do ar é fortemente ligada a asma não controlada, sugere pesquisa publicada online no Journal of Epidemiology and Community Health. As descobertas realizadas se confirmaram independentemente de fatores de risco tradicionalmente associados com a piora da asma, como o peso, tabagismo e uso de corticosteróides inalados.
Sabe-se que a poluição atmosférica tem um papel no agravamento dos sintomas respiratórios, incluindo aumento do uso de medicamentos e admissões hospitalares, mas não era claro se havia algum efeito da poluição do ar a longo prazo no controle da asma.
Os pesquisadores baseiam suas conclusões no estudo de 501 adultos com asma ativa que completaram um questionário detalhado sobre a saúde respiratória, entre 2003 e 2007.
Os pesquisadores calcularam os níveis de ozônio (O 3 ), óxido nitroso (NO 2 ) e partículas (PM 10 ) que cada participante teria sido exposto em seu endereço residencial, usando dados do Instituto Francês do Meio Ambiente.
O controle da asma foi medido de acordo com os sintomas, ataques de asma e função pulmonar ou FEV1.
Menos da metade (44%) dos 481 pacientes asmáticos, cuja a informação sobre os níveis de poluentes estava disponível, tinha asma bem controlada.
Níveis de ozônio e partículas foram fortemente associados com pior controle da asma, com a exposição a longo prazo ao ozônio conferindo um risco 69% maior de asma não controlada, e à partículas aumentando o risco em 35%.
Ambos os poluentes foram associados com cada uma das três medidas utilizadas para avaliar o controle da asma.
"Nossos resultados indicam que tanto as concentrações de ozônio e de partículas no ambiente comprometem o controle da asma em adultos ", concluem os autores, acrescentando:". Os resultados são robustos "
Fonte: www.jech.bmj.com
Sabe-se que a poluição atmosférica tem um papel no agravamento dos sintomas respiratórios, incluindo aumento do uso de medicamentos e admissões hospitalares, mas não era claro se havia algum efeito da poluição do ar a longo prazo no controle da asma.
Os pesquisadores baseiam suas conclusões no estudo de 501 adultos com asma ativa que completaram um questionário detalhado sobre a saúde respiratória, entre 2003 e 2007.
Os pesquisadores calcularam os níveis de ozônio (O 3 ), óxido nitroso (NO 2 ) e partículas (PM 10 ) que cada participante teria sido exposto em seu endereço residencial, usando dados do Instituto Francês do Meio Ambiente.
O controle da asma foi medido de acordo com os sintomas, ataques de asma e função pulmonar ou FEV1.
Menos da metade (44%) dos 481 pacientes asmáticos, cuja a informação sobre os níveis de poluentes estava disponível, tinha asma bem controlada.
Níveis de ozônio e partículas foram fortemente associados com pior controle da asma, com a exposição a longo prazo ao ozônio conferindo um risco 69% maior de asma não controlada, e à partículas aumentando o risco em 35%.
Ambos os poluentes foram associados com cada uma das três medidas utilizadas para avaliar o controle da asma.
"Nossos resultados indicam que tanto as concentrações de ozônio e de partículas no ambiente comprometem o controle da asma em adultos ", concluem os autores, acrescentando:". Os resultados são robustos "
Fonte: www.jech.bmj.com
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asma,
Poluição atmosférica
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Exposição ao bisfenol A é subestimada, diz estudo
Pesquisa mostrou que a substância presente no plástico se acumula mais rapidamente no corpo do que se pensava anteriormente
Para o estudo, os pesquisadores expuseram um grupo de camundongos a uma dieta diária e suplementada com BPA e compararam com outro grupo que teve uma única exposição à substância. Eles encontraram uma absorção aumentada e acumulação de BPA no sangue dos animais.
O estudo foi publicado na revista científica Environmental Health Perspectives. Esta é a primeira pesquisa a examinar as concentrações de BPA em modelos animais depois da exposição durante uma dieta regular e diária – o que, segundo os pesquisadores, é o melhor método para se aproximar da exposição crônica e contínua como a que ocorre com os seres humanos. Nos levantamentos anteriores, os ratos eram expostos uma única vez à substância.
No texto, os cientistas pontuam que mais de 90% das pessoas nos Estados Unidos possuem concentrações de BPA no corpo. “Nós acreditamos que estes estudos realizados em ratos em que a exposição ao BPA é através da dieta é uma representação mais precisa do que acontece com o BPA no corpo humano”, disse a pesquisadora Cheryl Rosenfeld. Segundo ela, mais estudos são necessários para saber o mecanismo de concentração, absorção e distribuição do BPA na corrente sanguínea.
Saiba como evitar a substância, que também está presentes em outros produtos usados no dia a dia:
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/exposicao-ao-bisfenol-a-e-subestimada-diz-estudo
Para o estudo, os pesquisadores expuseram um grupo de camundongos a uma dieta diária e suplementada com BPA e compararam com outro grupo que teve uma única exposição à substância. Eles encontraram uma absorção aumentada e acumulação de BPA no sangue dos animais.
O estudo foi publicado na revista científica Environmental Health Perspectives. Esta é a primeira pesquisa a examinar as concentrações de BPA em modelos animais depois da exposição durante uma dieta regular e diária – o que, segundo os pesquisadores, é o melhor método para se aproximar da exposição crônica e contínua como a que ocorre com os seres humanos. Nos levantamentos anteriores, os ratos eram expostos uma única vez à substância.
No texto, os cientistas pontuam que mais de 90% das pessoas nos Estados Unidos possuem concentrações de BPA no corpo. “Nós acreditamos que estes estudos realizados em ratos em que a exposição ao BPA é através da dieta é uma representação mais precisa do que acontece com o BPA no corpo humano”, disse a pesquisadora Cheryl Rosenfeld. Segundo ela, mais estudos são necessários para saber o mecanismo de concentração, absorção e distribuição do BPA na corrente sanguínea.
Saiba como evitar a substância, que também está presentes em outros produtos usados no dia a dia:
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/exposicao-ao-bisfenol-a-e-subestimada-diz-estudo
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terça-feira, 7 de junho de 2011
Causas não-clássicas de obesidade
Hoje foi noticiado no site da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e Síndrome Metabólica:
CBOSM: Disruptores endócrinos entre as causas da obesidade
Diante de um público que lotou o auditório para assistir ao simpósio dedicado às causas não clássicas da obesidade, no segundo dia do Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, com muitas pessoas de pé, o Dr. Mario José Abdalla Saad, professor e pesquisador da Unicamp, apresentou novos dados sobre o papel da flora bacteriana intestinal no organismo de quem apresenta obesidade.
- A flora intestinal do obeso é diferente comparada à do indivíduo com peso normal. Há uma concentração de bactérias, que se renovam constantemente, como os firmicutes – explicou. O Dr. Saad citou um estudo com ratos, durante o qual foi realizado um transplante de flora intestinal de animais obesos em magros, o que resultou em aumento de peso.
- Sabe-se pouco ainda sobre a flora intestinal, a qual sofre influências genética, ambiental e da alimentação. Não se sabe ainda se a pessoa é obesa por ter essa flora intestinal, ou se apresenta tal flora por ser obesa. O fato é que já existe um tipo de flora X identificada com a obesidade – explicou aos presentes.
Cálcio e Vitamina D
Em seguida, o Dr. Luiz Henrique Griz, professor da Universidade do Estado de Pernambuco, comentou estudos que mostram a associação entre deficiência de vitamina D e de cálcio no aumento do risco da obesidade. Algumas análises norte-americanas identificam o baixo consumo de cálcio com o risco maior de obesidade, citou.
- Justifica-se a realização de um estudo clínico randomizado, com controle de placebo, para comprovar melhor a relação entre baixa ingestão de cálcio e obesidade – conclui o endocrinologista.
Disruptores endócrinos
O Dr. Nelson Rassi, investigador do Centro de Pesquisas Clínicas em Endocrinologia do Hospital Geral de Goiânia (HGG), surpreendeu o público ao mostrar dados que comprovam o efeito de substâncias largamente utilizadas pela indústria - e presente em produtos como latas de leite em pó para bebês e mamadeiras - no desenvolvimento da obesidade.
- Além de fatores como genética, excesso alimentar e falta de atividade física, os disruptores endócrinos surgem como um novo e desafiante dado no estudo das causas da obesidade – afirmou.
O bisfenol, presente em produtos para crianças ou em latas de refrigerante, foi apontado em pesquisas como um fator relacionado ao aumento de gordura em ratas. Testes apontam a presença do aditivo na urina de 95% de crianças e adolescentes nos Estados Unidos, citou o Dr. Rassi. Já o ftalato, composto químico proibido recentemente na fabricação de brinquedos e relacionado ao aumento da resistência à insulina, ainda é encontrado em embalagens de perfumes, por exemplo.
- Análises mostram que os disruptores podem exercer forte influência em pequenas quantidades. Quanto mais jovem a pessoa, mais fortes os efeitos no organismo. Por isso, a exposição a esse tipo de composto químico deve ser muito controlada em crianças. Nossa legislação, infelizmente, é muito mansa sobre o assunto, e deixa muito a desejar – avaliou.
Fonte: http://www.abeso.org.br/pagina/350/congresso-da-abeso.shtml
CBOSM: Disruptores endócrinos entre as causas da obesidade
Diante de um público que lotou o auditório para assistir ao simpósio dedicado às causas não clássicas da obesidade, no segundo dia do Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, com muitas pessoas de pé, o Dr. Mario José Abdalla Saad, professor e pesquisador da Unicamp, apresentou novos dados sobre o papel da flora bacteriana intestinal no organismo de quem apresenta obesidade.
- A flora intestinal do obeso é diferente comparada à do indivíduo com peso normal. Há uma concentração de bactérias, que se renovam constantemente, como os firmicutes – explicou. O Dr. Saad citou um estudo com ratos, durante o qual foi realizado um transplante de flora intestinal de animais obesos em magros, o que resultou em aumento de peso.
- Sabe-se pouco ainda sobre a flora intestinal, a qual sofre influências genética, ambiental e da alimentação. Não se sabe ainda se a pessoa é obesa por ter essa flora intestinal, ou se apresenta tal flora por ser obesa. O fato é que já existe um tipo de flora X identificada com a obesidade – explicou aos presentes.
Cálcio e Vitamina D
Em seguida, o Dr. Luiz Henrique Griz, professor da Universidade do Estado de Pernambuco, comentou estudos que mostram a associação entre deficiência de vitamina D e de cálcio no aumento do risco da obesidade. Algumas análises norte-americanas identificam o baixo consumo de cálcio com o risco maior de obesidade, citou.
- Justifica-se a realização de um estudo clínico randomizado, com controle de placebo, para comprovar melhor a relação entre baixa ingestão de cálcio e obesidade – conclui o endocrinologista.
Disruptores endócrinos
O Dr. Nelson Rassi, investigador do Centro de Pesquisas Clínicas em Endocrinologia do Hospital Geral de Goiânia (HGG), surpreendeu o público ao mostrar dados que comprovam o efeito de substâncias largamente utilizadas pela indústria - e presente em produtos como latas de leite em pó para bebês e mamadeiras - no desenvolvimento da obesidade.
- Além de fatores como genética, excesso alimentar e falta de atividade física, os disruptores endócrinos surgem como um novo e desafiante dado no estudo das causas da obesidade – afirmou.
O bisfenol, presente em produtos para crianças ou em latas de refrigerante, foi apontado em pesquisas como um fator relacionado ao aumento de gordura em ratas. Testes apontam a presença do aditivo na urina de 95% de crianças e adolescentes nos Estados Unidos, citou o Dr. Rassi. Já o ftalato, composto químico proibido recentemente na fabricação de brinquedos e relacionado ao aumento da resistência à insulina, ainda é encontrado em embalagens de perfumes, por exemplo.
- Análises mostram que os disruptores podem exercer forte influência em pequenas quantidades. Quanto mais jovem a pessoa, mais fortes os efeitos no organismo. Por isso, a exposição a esse tipo de composto químico deve ser muito controlada em crianças. Nossa legislação, infelizmente, é muito mansa sobre o assunto, e deixa muito a desejar – avaliou.
Fonte: http://www.abeso.org.br/pagina/350/congresso-da-abeso.shtml
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Marcadores:
contaminantes ambientais
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Lista de substâncias classificadas pela IARC (OMS)
Para os que escreveram perguntando se eu tinha a lista das substâncias classificadas em grupos pelo IARC, abaixo a classificação e o link:
Agentes classificados pela IARC (Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer )
Agentes classificados pela IARC (Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer )
- Grupo 1: Cancerígenos para humanos: 107 agentes
- Grupo 2A: Provavelmente Cancerígenos para humanos: 59 agentes
- Grupo 2B: Possivelmente Cancerígenos para humanos: 266 agentes
- Grupo 3: Não classificado como Cancerígeno para humanos: 508 agentes
- Grupo 4: Provavelmente não Cancerígeno para humanos: 1 agente
Lista classificada em grupos: http://monographs.iarc.fr/ENG/Classification/ClassificationsGroupOrder.pdf
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Ação antipoluente deve considerar gênero: Homens e mulheres enfrentam riscos diferentes na exposição a produtos tóxicos
A política de gestão de produtos tóxicos, que provocam cerca de 20 mil mortes por ano, precisa levar em conta que homens e mulheres estão expostos de modo diferente a essas substâncias químicas e que seus organismos reagem distintamente à contaminação. É o que recomenda a cartilha Produtos Químicos e Gênero, lançada pelo Grupo de Meio Ambiente e Energia do PNUD.
Programas com essas características podem compreender melhor as diferenças socioculturais e biológicas e combater de modo mais preciso a contaminação. Nas comunidades rurais dos países em desenvolvimento, por exemplo, os homens geralmente são mais expostos à contaminação durante a aplicação dos produtos tóxicos, e as mulheres (e às vezes as crianças), durante o plantio e a colheita. Elas também entram em contato mais frequente com substâncias perigosas presentes em cosméticos e itens de higiene pessoal, como sabonetes, cremes e xampus.
No setor de saúde, em que a maioria dos trabalhadores é do sexo feminino, as mulheres estão mais sujeitas a contaminação de agentes químicos utilizados em procedimentos médicos. Como as mulheres e meninas também costumam cuidar da limpeza doméstica, ficam expostas em maior grau a substâncias tóxicas presentes em mercadorias desse tipo.
Do ponto de vista biológico, por ter maior proporção de gordura corporal, as mulheres armazenam quantidades mais altas de poluentes ambientais em seus tecidos. Além disso, em algumas fases, como gravidez, lactação e menopausa, o organismo feminino sofre rápidas mudanças, que potencializam a vulnerabilidade.
Os homens, por sua vez, estão comumente em maior risco de exposição a componentes tóxicos usados na mineração, em operações de curtume e oficinas mecânicas. Sob uma perspectiva fisiológica, uma série de estudos destaca o aumento mundial nos incidentes de câncer de testículo e de outros transtornos reprodutivos masculinos, incluindo a diminuição na quantidade e qualidade dos espermatozoides.
Para enfrentar essa situação, o PNUD recomenda uma abordagem multidisciplinar, envolvendo todos os ministérios que atuam diretamente na gestão de produtos químicos — como o do meio ambiente, indústria, trabalho, saúde, mulheres, agricultura, educação e comércio —, além de associações industriais, sindicatos, laboratórios, universidades, e organizações da sociedade civil.
A cartilha, voltada a gestores de políticas para o setor, aponta que é fundamental garantir a participação de populações vulneráveis que geralmente são sub-representadas nos processos decisórios, como mulheres, trabalhadores e comunidades indígenas.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/06/01/acao-antipoluente-deve-considerar-genero-homens-e-mulheres-enfrentam-riscos-diferentes-na-exposicao-a-produtos-toxicos/
Programas com essas características podem compreender melhor as diferenças socioculturais e biológicas e combater de modo mais preciso a contaminação. Nas comunidades rurais dos países em desenvolvimento, por exemplo, os homens geralmente são mais expostos à contaminação durante a aplicação dos produtos tóxicos, e as mulheres (e às vezes as crianças), durante o plantio e a colheita. Elas também entram em contato mais frequente com substâncias perigosas presentes em cosméticos e itens de higiene pessoal, como sabonetes, cremes e xampus.
No setor de saúde, em que a maioria dos trabalhadores é do sexo feminino, as mulheres estão mais sujeitas a contaminação de agentes químicos utilizados em procedimentos médicos. Como as mulheres e meninas também costumam cuidar da limpeza doméstica, ficam expostas em maior grau a substâncias tóxicas presentes em mercadorias desse tipo.
Do ponto de vista biológico, por ter maior proporção de gordura corporal, as mulheres armazenam quantidades mais altas de poluentes ambientais em seus tecidos. Além disso, em algumas fases, como gravidez, lactação e menopausa, o organismo feminino sofre rápidas mudanças, que potencializam a vulnerabilidade.
Os homens, por sua vez, estão comumente em maior risco de exposição a componentes tóxicos usados na mineração, em operações de curtume e oficinas mecânicas. Sob uma perspectiva fisiológica, uma série de estudos destaca o aumento mundial nos incidentes de câncer de testículo e de outros transtornos reprodutivos masculinos, incluindo a diminuição na quantidade e qualidade dos espermatozoides.
Para enfrentar essa situação, o PNUD recomenda uma abordagem multidisciplinar, envolvendo todos os ministérios que atuam diretamente na gestão de produtos químicos — como o do meio ambiente, indústria, trabalho, saúde, mulheres, agricultura, educação e comércio —, além de associações industriais, sindicatos, laboratórios, universidades, e organizações da sociedade civil.
A cartilha, voltada a gestores de políticas para o setor, aponta que é fundamental garantir a participação de populações vulneráveis que geralmente são sub-representadas nos processos decisórios, como mulheres, trabalhadores e comunidades indígenas.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/06/01/acao-antipoluente-deve-considerar-genero-homens-e-mulheres-enfrentam-riscos-diferentes-na-exposicao-a-produtos-toxicos/
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Dr. Frederico Lobo
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contaminantes ambientais,
Poluentes orgânicos persistentes
Efeitos adversos dos adoçantes à saúde
Você já deve ter ouvido falar mal do adoçante alguma vez na sua vida, não é verdade? E também já deve ter ouvido aquela frase: “Adoçante engorda, afinal quem é magro não usa adoçante. Só quem usa adoçante são os gordinhos.”
O uso de adoçantes gera muita polêmica. Há quem diga que eles causem diversos tipos de problemas. Os estudos em humanos ainda não são conclusivos. Porém, diversas pesquisas em animais apontam possíveis danos à saúde.
Quem são?
Adoçantes são produtos constituídos a partir de um edulcorante, que tem a capacidade de “adoçar” mais do que o açúcar normal. A função inicial era substituir o açúcar para diabéticos, mas hoje, muitas pessoas os usam mesmo sem ter certeza do que podem proporcionar, principalmente a longo prazo.
Outra questão importante: será que você usa a mesma quantidade de adoçante que usava há 5 anos para adoçar seu cafezinho? Normalmente, ao longo dos anos, o indivíduo vai aumentando aos poucos a quantidade de gotinhas e sachês.
Por quê?
Temos, na língua, estruturas conhecidas como receptores. São eles que “sentem” o sabor doce. Ao longo do tempo, eles vão se acostumando ao sabor, ou seja, vão dessensibilizando, e isso faz com que você coloque uma maior quantidade de adoçante para sentir o mesmo sabor ”doce” que sentia há anos. Assim, o consumo de algo que possivelmente gera malefícios para sua saúde acaba aumentando. Será que vale a pena?
Aqui estão listados alguns dos adoçantes existentes: Acessulfame-Klem, aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose, frutose, lactose, maltodextrina, manitol, sorbitol, steviosídeo, xilitol.
Possivelmente, você já os consumiu e nem sabia disto, pois muitos produtos industrializados recebem a adição de edulcorantes para deixar o produto mais “saboroso”, mesmo que ele não seja Light. Portanto, no final das contas, você estará consumindo grandes quantidades.
Alguns adoçantes, como ciclamato ou sacarina, apresentam níveis elevados de sódio, que é um dos inimigos da hipertensão arterial.
O aspartame, o acessulfame e o ciclamato devem ser utilizados com cautela, até porque existem estudos, mesmo que ainda inconclusivos, relacionando essas substâncias com o câncer.
A própria frutose, usada como adoçante, é considerada por alguns autores como uma toxina ambiental com implicações de saúde. Em determinado estudo feito com animais, a ingestão de frutose foi considerada um fator de risco para doença renal, que inclui hipertensão glomerular e inflamação renal.
Além disso, existem estudos em desenvolvimento e que buscam uma relação dos adoçantes com o alzheimer e com a doença de parkinson, duas patologias que têm se apresentando mais frequentes nos últimos tempos.
Engordam ou não?
Pesquisas mostram a existência de uma associação entre o consumo de bebidas adoçadas artificialmente e ganho de peso em crianças. Estudos clínicos controlados com crianças são muito limitados e não demonstram claramente efeitos metabólicos benéficos ou adversos de adoçantes artificiais. Atualmente, não há nenhuma forte evidência clínica de causalidade a respeito do uso de adoçantes artificiais e os efeitos na saúde metabólica, mas é importante observarmos que existem possíveis contribuições desses adoçantes artificiais para o aumento global da obesidade infantil e ,inclusive, do diabetes.
A evidência de uma relação causal que liga o uso de adoçantes artificiais ao ganho de peso e outros efeitos para a saúde metabólica é limitada. No entanto, estudos recentes em animais fornecem informações intrigantes que suportam um papel metabólico ativo de adoçantes artificiais.
Adoçante e fome
Provavelmente, você já deve ter percebido que, ao se fazer uma dieta, consegue-se ficar o dia inteiro comendo alimentos diet e light, cheios de edulcorantes, mas quando chega no final do dia, fica bem mais difícil manter-se controlado.
Muitas vezes, não é isto que faz você desistir da dieta?
Isto pode acontecer porque, quando consumimos os adoçantes, “enganamos” nosso cérebro, pois não lhe damos o que ele mais quer: o açúcar.
Os adoçantes não satisfazem a real necessidade de nosso corpo. Os carboidratos são nutrientes, presentes em diversos alimentos que, quando consumidos, liberam glicose, ou seja, açúcar para o nosso corpo utilizar em suas diversas funções, tais como: respiração, batimento do coração, raciocínio, etc.
Quando chega no fim do dia, o seu cérebro grita: QUERO açucar! Portanto, seria muito mais interessante controlar as quantidades de carboidratos do que ficar o dia enteiro enchendo seu organismo de adoçantes.
Não é por que os adoçantes apresentam suspeitas, que devemos passar a usar o açúcar indiscriminadamente.
Vale lembrar também que o consumo de açúcares está diretamente relacionado ao aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, a hipertensão e a obesidade.
O melhor amigo de nossa saúde é o equilíbrio.
Então, diante de tantas informações, o que fazer?
O mais recomendado seria diminuir o consumo de adoçantes e procurar sentir o sabor do que for consumir antes de adicionar os edulcorantes. Assim, aos poucos, você se acostumará e descobrirá um delicioso sabor no que consome, independentemente da adição de qualquer substância.
Algo muito útil que podemos fazer por nossa saúde é diminuir o “código de barra”, ou seja, comer e beber o mínimo possível de alimentos industrializados. Assim, evitamos o consumo excessivo de corantes, gorduras saturadas, açúcares, sódio e, inclusive, de adoçantes.
* Texto elaborado pela Dra. Patrícia Azevedo Rung, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.
Fonte: http://www.vponline.com.br/blog/home.php/
O uso de adoçantes gera muita polêmica. Há quem diga que eles causem diversos tipos de problemas. Os estudos em humanos ainda não são conclusivos. Porém, diversas pesquisas em animais apontam possíveis danos à saúde.
Quem são?
Adoçantes são produtos constituídos a partir de um edulcorante, que tem a capacidade de “adoçar” mais do que o açúcar normal. A função inicial era substituir o açúcar para diabéticos, mas hoje, muitas pessoas os usam mesmo sem ter certeza do que podem proporcionar, principalmente a longo prazo.
Outra questão importante: será que você usa a mesma quantidade de adoçante que usava há 5 anos para adoçar seu cafezinho? Normalmente, ao longo dos anos, o indivíduo vai aumentando aos poucos a quantidade de gotinhas e sachês.
Por quê?
Temos, na língua, estruturas conhecidas como receptores. São eles que “sentem” o sabor doce. Ao longo do tempo, eles vão se acostumando ao sabor, ou seja, vão dessensibilizando, e isso faz com que você coloque uma maior quantidade de adoçante para sentir o mesmo sabor ”doce” que sentia há anos. Assim, o consumo de algo que possivelmente gera malefícios para sua saúde acaba aumentando. Será que vale a pena?
Aqui estão listados alguns dos adoçantes existentes: Acessulfame-Klem, aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose, frutose, lactose, maltodextrina, manitol, sorbitol, steviosídeo, xilitol.
Possivelmente, você já os consumiu e nem sabia disto, pois muitos produtos industrializados recebem a adição de edulcorantes para deixar o produto mais “saboroso”, mesmo que ele não seja Light. Portanto, no final das contas, você estará consumindo grandes quantidades.
Alguns adoçantes, como ciclamato ou sacarina, apresentam níveis elevados de sódio, que é um dos inimigos da hipertensão arterial.
O aspartame, o acessulfame e o ciclamato devem ser utilizados com cautela, até porque existem estudos, mesmo que ainda inconclusivos, relacionando essas substâncias com o câncer.
A própria frutose, usada como adoçante, é considerada por alguns autores como uma toxina ambiental com implicações de saúde. Em determinado estudo feito com animais, a ingestão de frutose foi considerada um fator de risco para doença renal, que inclui hipertensão glomerular e inflamação renal.
Além disso, existem estudos em desenvolvimento e que buscam uma relação dos adoçantes com o alzheimer e com a doença de parkinson, duas patologias que têm se apresentando mais frequentes nos últimos tempos.
Engordam ou não?
Pesquisas mostram a existência de uma associação entre o consumo de bebidas adoçadas artificialmente e ganho de peso em crianças. Estudos clínicos controlados com crianças são muito limitados e não demonstram claramente efeitos metabólicos benéficos ou adversos de adoçantes artificiais. Atualmente, não há nenhuma forte evidência clínica de causalidade a respeito do uso de adoçantes artificiais e os efeitos na saúde metabólica, mas é importante observarmos que existem possíveis contribuições desses adoçantes artificiais para o aumento global da obesidade infantil e ,inclusive, do diabetes.
A evidência de uma relação causal que liga o uso de adoçantes artificiais ao ganho de peso e outros efeitos para a saúde metabólica é limitada. No entanto, estudos recentes em animais fornecem informações intrigantes que suportam um papel metabólico ativo de adoçantes artificiais.
Adoçante e fome
Provavelmente, você já deve ter percebido que, ao se fazer uma dieta, consegue-se ficar o dia inteiro comendo alimentos diet e light, cheios de edulcorantes, mas quando chega no final do dia, fica bem mais difícil manter-se controlado.
Muitas vezes, não é isto que faz você desistir da dieta?
Isto pode acontecer porque, quando consumimos os adoçantes, “enganamos” nosso cérebro, pois não lhe damos o que ele mais quer: o açúcar.
Os adoçantes não satisfazem a real necessidade de nosso corpo. Os carboidratos são nutrientes, presentes em diversos alimentos que, quando consumidos, liberam glicose, ou seja, açúcar para o nosso corpo utilizar em suas diversas funções, tais como: respiração, batimento do coração, raciocínio, etc.
Quando chega no fim do dia, o seu cérebro grita: QUERO açucar! Portanto, seria muito mais interessante controlar as quantidades de carboidratos do que ficar o dia enteiro enchendo seu organismo de adoçantes.
Não é por que os adoçantes apresentam suspeitas, que devemos passar a usar o açúcar indiscriminadamente.
Vale lembrar também que o consumo de açúcares está diretamente relacionado ao aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, a hipertensão e a obesidade.
O melhor amigo de nossa saúde é o equilíbrio.
Então, diante de tantas informações, o que fazer?
O mais recomendado seria diminuir o consumo de adoçantes e procurar sentir o sabor do que for consumir antes de adicionar os edulcorantes. Assim, aos poucos, você se acostumará e descobrirá um delicioso sabor no que consome, independentemente da adição de qualquer substância.
Algo muito útil que podemos fazer por nossa saúde é diminuir o “código de barra”, ou seja, comer e beber o mínimo possível de alimentos industrializados. Assim, evitamos o consumo excessivo de corantes, gorduras saturadas, açúcares, sódio e, inclusive, de adoçantes.
* Texto elaborado pela Dra. Patrícia Azevedo Rung, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.
Fonte: http://www.vponline.com.br/blog/home.php/
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Dr. Frederico Lobo
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União Europeia e China vetam uso de bisfenol
A importação e venda de mamadeiras que contenham bisfenol A (BPA) está proibida a partir de hoje em todos os países da União Europeia. Também hoje entra em vigor na China uma lei que proíbe a produção de frascos para alimentação infantil que contenham o químico.
Presente no policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente, e também na resina que reveste latas de alimentos, o BPA simula no organismo a ação do hormônio estrogênio, podendo causar desequilíbrio no sistema endócrino. Estudos em animais mostram inúmeros efeitos danosos, mas os resultados em humanos são inconclusivos.
Não se sabe se há riscos à saúde nas quantidades permitidas pela legislação. Mas especialistas concordam que a gestação e os primeiros dois anos de vida são os períodos de maior vulnerabilidade, pois os bebês estão em rápido desenvolvimento e têm pouca massa.
O BPA já foi banido no Canadá, na Costa Rica, na Malásia e em pelo menos 11 Estados americanos. No Brasil, a proibição do químico está em discussão no Congresso. Em abril, a Justiça determinou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamentasse em 40 dias a inclusão de um alerta sobre a presença da substância nas embalagens dos produtos. A agência conseguiu prorrogar o prazo até agosto e está recorrendo da decisão.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,uniao-europeia-e-china-vetam-uso-de-bisfenol,726429,0.htm
Presente no policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente, e também na resina que reveste latas de alimentos, o BPA simula no organismo a ação do hormônio estrogênio, podendo causar desequilíbrio no sistema endócrino. Estudos em animais mostram inúmeros efeitos danosos, mas os resultados em humanos são inconclusivos.
Não se sabe se há riscos à saúde nas quantidades permitidas pela legislação. Mas especialistas concordam que a gestação e os primeiros dois anos de vida são os períodos de maior vulnerabilidade, pois os bebês estão em rápido desenvolvimento e têm pouca massa.
O BPA já foi banido no Canadá, na Costa Rica, na Malásia e em pelo menos 11 Estados americanos. No Brasil, a proibição do químico está em discussão no Congresso. Em abril, a Justiça determinou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamentasse em 40 dias a inclusão de um alerta sobre a presença da substância nas embalagens dos produtos. A agência conseguiu prorrogar o prazo até agosto e está recorrendo da decisão.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,uniao-europeia-e-china-vetam-uso-de-bisfenol,726429,0.htm
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Dr. Frederico Lobo
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Anvisa e Bisfenol-A,
bpa
terça-feira, 31 de maio de 2011
VII Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos - Por que vale a pena priorizar os Orgânicos ?
Do dia 30 de Maio a 5 de Junho comemora-se a 7ª Semana Nacional dos Alimentos Orgânicos. Nada mais justo que um post evidenciando os benefícios do uso de orgânicos. Para falar de orgânicos é inevitável que não se cite um assunto de saúde pública: Uso de Agrotóxicos.
Os agrotóxicos são usados no mundo desde a Década de 30, como por exemplo o DDT (sigla de Dicloro-Difenil-Tricloroetano), um inseticida barato e altamente eficaz a curto prazo. A longo prazo tem efeitos prejudiciais à saúde humana, pois permanece no ambiente por décadas. Foi banido de vários países por ser cancerígeno e atingir o sistema nervoso central e periférico como todos organoclorados.
Os organofosforados e carbamatos são uma classe de agrotóxicos bastante usada atualmente. Há estudos inconclusivos que mostram correlação com alterações musculares, efeito neurotóxico e ação disruptora endócrina (pode se ligar a receptores de hormônios e mimetizar a ação destes). Mensalmente são publicados artigos que evidenciam possíveis efeitos dos agrotóxicos para a saúde de seres vivos.
Penso da seguinte maneira: se há risco potencial, porquê consumir um alimento cultivado com agrotóxicos, se temos a opção orgânica ?
Orgânicos são alimentos plantados naturalmente sem o uso de nenhum pesticida como inseticidas, bactericidas, herbicidas, nematicidas, acaricidas, fungicidas de natureza física, química ou biológica. Resumindo: Orgânicos são produtos cultivados sem a adição de Agrotóxicos (ou como alguns chamam, Defensivos Agrícolas).
A produção de orgânicos sempre que possível, baseia-se:
1) No uso de estercos animais, 2) Rotação de culturas, 3) Adubação verde, 4) Compostagem e 5) Controle biológico de pragas e doenças.
Tem como principal objetivo a manutenção da estrutura do solo além da sua produtividade, gerando alimentos saudáveis e produzidos baseados em uma relação harmônica com a natureza (homem/natureza, homem/animais homem/homem). Por esses motivos, eu como médico e ecologista defendo essa causa. Alguns aspectos que sempre ressalto para quem me pergunta "Dr. porque vc está nessa de defender ecologia associada à medicina?":
1) Aspectos sanitários: alimentos orgânicos não possuem "defensivos" agrícolas sintéticos ou qualquer tipo de venenos que possa comprometer a saúde de qualquer ser na escala evolutiva, seja ele um invertebrado, seja ele um homo sapiens. Princípio este que jurei na minha formatura. Princípio este criado pelo pai da Medicina (Hipócrates) "primum non nocere" que significa em primeiro lugar não lesar.
2) Aspectos ecológicos: a agricultura orgânica por não utilizar métodos agressivos e nocivos para a natureza, evita a degradação do meio ambiente. Isso inclui: manutenção das características do solo (as vezes adubando através de rochagem, mas sem utilizar fertilizantes sintéticos), manutenção da potabilidade da água e pureza do ar. A agricultura orgânica geralmente é familiar e ocorre de forma sustentável, na qual se respeita ciclos milenares (plantio/colheita). Desenvolvimento e preservação ambiental andam de forma conjunta.
De formal geral, a agricultura orgânica é baseada em três idéias. São elas:
1) Cultivo natural: é proibido o uso de agrotóxicos, adubos químicos e artificiais e conservantes no processo de produção.
2) Equilíbrio ecológico: A produção respeita o equilíbrio microbiológico do solo e as diferentes épocas de safra. O processo fica mais sustentável, não degradando a biodiversidade.
3) Respeito ao homem: o trabalhador tem que ser respeitado (leis trabalhistas, ganho por produtividade, treinamento profissional e qualidade de vida).
Para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário conhecer diversas ciências (agronomia, ecologia, nutrição, medicina, economia, entre outras). Assim, o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, tem condições de oferecer ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta em que vivemos.
Será que é orgânico mesmo? Como saber?
Se você pretende consumir alimentos orgânicos fique atento para não ser enganado. Procure sempre pelo selo de qualidade emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura. Para ganhar o selo, os produtores seguem várias precauções e têm suas lavouras fiscalizadas a cada semestre. A presença do selo garante, portanto, a procedência e a qualidade dos produtos.
Existem 10 principais motivos para se optar por orgânicos, são eles:
1) São mais nutritivos e saborosos: Com solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, se obtém alimentos mais nutritivos. A comida fica mais saborosa, conservam-se suas propriedades naturais como vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas. Em solos equilibrados as plantas crescem mais saudáveis, preservam-se suas características originais como aroma, cor e sabor. Consumindo produtos orgânicos é possível apreciar o sabor natural dos alimentos. Além disso, quando se utiliza o sistema de Rochagem na adubagem o alimento fica mais rico devido a inserção de minerais ESSENCIAIS na composição do solo. Algumas pesquisas internacionais (há pesquisas que dizem o contrário) demonstram que alimentos orgânicos apresentam, em média:
2) Sáude garantida: Como citei, agrotóxicos estão associados a diversas patologias, dentre elas:
1) Cânceres dos mais viversos tipos; 2) Alergias alimentares; 3) Asma; 4) Infertilidade; 5) Alterações hormonais principalmente quando se trata de hormônios sexuais; 6) Hiperatividade em adultos e crianças; 7) Déficit de atenção; 8) Doenças neurodegenerativas; 9) Aumento da produção de radicais livres e diminuição da produção de antioxidantes; 10) Intoxicação por metais pesados Um relatório da Academia Americana de Ciências, de 1982, calculou em 1.400.000 o número de novos casos de câncer provocados por agrotóxicos. Vale a pena ler um post que publiquei no meu blog sobre a recente pesquisa da Anvisa, na qual a mesma detectou irregularidade em 29% dos alimentos analisados. Veja também esse post sobre a Reavaliação de agrotóxicos e veja o quão grave é a situação.
3) Proteção às futuras gerações: As crianças são os alvos mais vulneráveis da agricultura com agrotóxicos. “Quando uma criança completa um ano de idade, já recebeu a dose máxima aceitável para uma vida inteira, de agrotóxicos que provocam câncer”, diz um relatório recente do Environmental Working Group (Grupo de Trabalho Ambiental). A agricultura orgânica, além disso mais, tem a grande tarefa de legar às futuras gerações um planeta reconstruído.
4) Respeito ao pequeno produtor: O trabalhador rural precisa ser preservado, tanto quanto a qualidade ecológica dos alimentos. Adquirindo produtos ecológicos, contribuímos com a redução da migração de famílias para as cidades, evitando o êxodo rural e ajudando a acabar com o envenenamento por agrotóxicos sofrido por cerca de 1 milhão de agricultores no mundo inteiro.
5) Solos mais férteis: Uma das principais preocupações da Agricultura Orgânica é o solo. O mundo presencia a maior perda de solo fértil pela erosão em função do uso inadequado de práticas agrícolas convencionais. Com a Agricultura Orgânica é possível reverter essa situação.
6) Água pura: Quando são utilizados agrotóxicos e grande quantidade de nitrogênio, ocorre a contaminação nas fontes de água potável. Cuidando desse recurso natural, garante-se o consumo de água pura para o futuro.
7) Biodiversidade: A perda das espécies é um dos principais problemas ambientais. A Agricultura Orgânica preserva sementes por muitos anos e impede o desaparecimento de numerosas espécies, incentivando as culturas mistas e fortalecendo o ecossistema. A Fauna permanece em equilíbrio e todos os seres convivem em harmonia, graças à não utilização de agrotóxicos. A Agricultura Orgânica respeita o equilíbrio da natureza e cria ecossistemas saudáveis.
8) Redução do aquecimento global e economia de energia: O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura e administração florestal sustentáveis podem eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.
9) Custo social e ambiental: O alimento orgânico não é na realidade mais caro que o alimento convencional se consideramos que, indiretamente, estaremos reduzindo:
1) Gastos com MÉDICOS e MEDICAMENTOS
2) CUSTOS com a recuperação ambiental.
10) Cidadania e responsabilidade social: Consumindo orgânicos, estamos exercitando nosso papel social, contribuindo com a conservação e preservação do meio ambiente e apoiando causas sociais relacionadas com a proteção do trabalhador e com a eliminação da mão-de-obra infantil.
Hoje estarei na Radio Vinha FM (91,9) com um grupo de colegas: agrônomos e nutricionista falando sobre Orgânicos e suas vantagens. 12:30 no programa Mesa dos Notáveis.
Os agrotóxicos são usados no mundo desde a Década de 30, como por exemplo o DDT (sigla de Dicloro-Difenil-Tricloroetano), um inseticida barato e altamente eficaz a curto prazo. A longo prazo tem efeitos prejudiciais à saúde humana, pois permanece no ambiente por décadas. Foi banido de vários países por ser cancerígeno e atingir o sistema nervoso central e periférico como todos organoclorados.
Os organofosforados e carbamatos são uma classe de agrotóxicos bastante usada atualmente. Há estudos inconclusivos que mostram correlação com alterações musculares, efeito neurotóxico e ação disruptora endócrina (pode se ligar a receptores de hormônios e mimetizar a ação destes). Mensalmente são publicados artigos que evidenciam possíveis efeitos dos agrotóxicos para a saúde de seres vivos.
Penso da seguinte maneira: se há risco potencial, porquê consumir um alimento cultivado com agrotóxicos, se temos a opção orgânica ?
Orgânicos são alimentos plantados naturalmente sem o uso de nenhum pesticida como inseticidas, bactericidas, herbicidas, nematicidas, acaricidas, fungicidas de natureza física, química ou biológica. Resumindo: Orgânicos são produtos cultivados sem a adição de Agrotóxicos (ou como alguns chamam, Defensivos Agrícolas).
A produção de orgânicos sempre que possível, baseia-se:
1) No uso de estercos animais, 2) Rotação de culturas, 3) Adubação verde, 4) Compostagem e 5) Controle biológico de pragas e doenças.
Tem como principal objetivo a manutenção da estrutura do solo além da sua produtividade, gerando alimentos saudáveis e produzidos baseados em uma relação harmônica com a natureza (homem/natureza, homem/animais homem/homem). Por esses motivos, eu como médico e ecologista defendo essa causa. Alguns aspectos que sempre ressalto para quem me pergunta "Dr. porque vc está nessa de defender ecologia associada à medicina?":
1) Aspectos sanitários: alimentos orgânicos não possuem "defensivos" agrícolas sintéticos ou qualquer tipo de venenos que possa comprometer a saúde de qualquer ser na escala evolutiva, seja ele um invertebrado, seja ele um homo sapiens. Princípio este que jurei na minha formatura. Princípio este criado pelo pai da Medicina (Hipócrates) "primum non nocere" que significa em primeiro lugar não lesar.
2) Aspectos ecológicos: a agricultura orgânica por não utilizar métodos agressivos e nocivos para a natureza, evita a degradação do meio ambiente. Isso inclui: manutenção das características do solo (as vezes adubando através de rochagem, mas sem utilizar fertilizantes sintéticos), manutenção da potabilidade da água e pureza do ar. A agricultura orgânica geralmente é familiar e ocorre de forma sustentável, na qual se respeita ciclos milenares (plantio/colheita). Desenvolvimento e preservação ambiental andam de forma conjunta.
De formal geral, a agricultura orgânica é baseada em três idéias. São elas:
1) Cultivo natural: é proibido o uso de agrotóxicos, adubos químicos e artificiais e conservantes no processo de produção.
2) Equilíbrio ecológico: A produção respeita o equilíbrio microbiológico do solo e as diferentes épocas de safra. O processo fica mais sustentável, não degradando a biodiversidade.
3) Respeito ao homem: o trabalhador tem que ser respeitado (leis trabalhistas, ganho por produtividade, treinamento profissional e qualidade de vida).
Para se obter um alimento verdadeiramente orgânico, é necessário conhecer diversas ciências (agronomia, ecologia, nutrição, medicina, economia, entre outras). Assim, o agricultor, através de um trabalho harmonizado com a natureza, tem condições de oferecer ao consumidor alimentos que promovam não apenas a saúde deste último, mas também do planeta em que vivemos.
Será que é orgânico mesmo? Como saber?
Se você pretende consumir alimentos orgânicos fique atento para não ser enganado. Procure sempre pelo selo de qualidade emitido por certificadoras reconhecidas pelo Ministério da Agricultura. Para ganhar o selo, os produtores seguem várias precauções e têm suas lavouras fiscalizadas a cada semestre. A presença do selo garante, portanto, a procedência e a qualidade dos produtos.
Existem 10 principais motivos para se optar por orgânicos, são eles:
1) São mais nutritivos e saborosos: Com solos balanceados e fertilizados com adubos naturais, se obtém alimentos mais nutritivos. A comida fica mais saborosa, conservam-se suas propriedades naturais como vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas. Em solos equilibrados as plantas crescem mais saudáveis, preservam-se suas características originais como aroma, cor e sabor. Consumindo produtos orgânicos é possível apreciar o sabor natural dos alimentos. Além disso, quando se utiliza o sistema de Rochagem na adubagem o alimento fica mais rico devido a inserção de minerais ESSENCIAIS na composição do solo. Algumas pesquisas internacionais (há pesquisas que dizem o contrário) demonstram que alimentos orgânicos apresentam, em média:
- 63% a mais cálcio, 73% mais ferro, 118% mais magnésio, 178% mais molibdênio, 91% mais fósforo, 125% mais potássio, 60% mais zinco que os alimentos convencionais. Possuem menor quantidade de mercúrio (29%), substancia que pode causar doenças graves (informação publicada no Journal of Applied Nutricion, 1993).
2) Sáude garantida: Como citei, agrotóxicos estão associados a diversas patologias, dentre elas:
1) Cânceres dos mais viversos tipos; 2) Alergias alimentares; 3) Asma; 4) Infertilidade; 5) Alterações hormonais principalmente quando se trata de hormônios sexuais; 6) Hiperatividade em adultos e crianças; 7) Déficit de atenção; 8) Doenças neurodegenerativas; 9) Aumento da produção de radicais livres e diminuição da produção de antioxidantes; 10) Intoxicação por metais pesados Um relatório da Academia Americana de Ciências, de 1982, calculou em 1.400.000 o número de novos casos de câncer provocados por agrotóxicos. Vale a pena ler um post que publiquei no meu blog sobre a recente pesquisa da Anvisa, na qual a mesma detectou irregularidade em 29% dos alimentos analisados. Veja também esse post sobre a Reavaliação de agrotóxicos e veja o quão grave é a situação.
3) Proteção às futuras gerações: As crianças são os alvos mais vulneráveis da agricultura com agrotóxicos. “Quando uma criança completa um ano de idade, já recebeu a dose máxima aceitável para uma vida inteira, de agrotóxicos que provocam câncer”, diz um relatório recente do Environmental Working Group (Grupo de Trabalho Ambiental). A agricultura orgânica, além disso mais, tem a grande tarefa de legar às futuras gerações um planeta reconstruído.
4) Respeito ao pequeno produtor: O trabalhador rural precisa ser preservado, tanto quanto a qualidade ecológica dos alimentos. Adquirindo produtos ecológicos, contribuímos com a redução da migração de famílias para as cidades, evitando o êxodo rural e ajudando a acabar com o envenenamento por agrotóxicos sofrido por cerca de 1 milhão de agricultores no mundo inteiro.
5) Solos mais férteis: Uma das principais preocupações da Agricultura Orgânica é o solo. O mundo presencia a maior perda de solo fértil pela erosão em função do uso inadequado de práticas agrícolas convencionais. Com a Agricultura Orgânica é possível reverter essa situação.
6) Água pura: Quando são utilizados agrotóxicos e grande quantidade de nitrogênio, ocorre a contaminação nas fontes de água potável. Cuidando desse recurso natural, garante-se o consumo de água pura para o futuro.
7) Biodiversidade: A perda das espécies é um dos principais problemas ambientais. A Agricultura Orgânica preserva sementes por muitos anos e impede o desaparecimento de numerosas espécies, incentivando as culturas mistas e fortalecendo o ecossistema. A Fauna permanece em equilíbrio e todos os seres convivem em harmonia, graças à não utilização de agrotóxicos. A Agricultura Orgânica respeita o equilíbrio da natureza e cria ecossistemas saudáveis.
8) Redução do aquecimento global e economia de energia: O solo tratado com substâncias químicas libera uma quantidade enorme de gás carbônico, gás metano e óxido nitroso. A agricultura e administração florestal sustentáveis podem eliminar 25% do aquecimento global. Atualmente, mais energia é consumida para produzir fertilizantes artificiais do que para plantar e colher todas as safras.
9) Custo social e ambiental: O alimento orgânico não é na realidade mais caro que o alimento convencional se consideramos que, indiretamente, estaremos reduzindo:
1) Gastos com MÉDICOS e MEDICAMENTOS
2) CUSTOS com a recuperação ambiental.
10) Cidadania e responsabilidade social: Consumindo orgânicos, estamos exercitando nosso papel social, contribuindo com a conservação e preservação do meio ambiente e apoiando causas sociais relacionadas com a proteção do trabalhador e com a eliminação da mão-de-obra infantil.
Hoje estarei na Radio Vinha FM (91,9) com um grupo de colegas: agrônomos e nutricionista falando sobre Orgânicos e suas vantagens. 12:30 no programa Mesa dos Notáveis.
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Dr. Frederico Lobo
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domingo, 29 de maio de 2011
Bactérias intestinais interferem na química cerebral
De acordo com um estudo publicado na revista “Gastroenterology”, as bactérias intestinais podem influenciar a química do cérebro e o comportamento, nomeadamente nos casos de ansiedade e de depressão.
Esta conclusão é apontada, pela primeira vez, por cientistas da McMaster University, no Canadá, e pode tornar-se de maior relevância tendo em conta vários tipos comuns de doença gastrointestinal, incluindo a síndrome do intestino irritável, que são frequentemente associados a ansiedade ou a depressão.
Além disso, há investigadores que acreditam que alguns transtornos psiquiátricos, tais como o autismo de início tardio, podem estar associados com um teor anormal de bactérias no intestino.
Pessoas saudáveis têm, normalmente, biliões de bactérias no intestino que realizam uma série de funções vitais para a saúde como recolher energia da dieta alimentar, proteger contra infecções e fornecer alimentação às células do intestino.
Nesta investigação foram utilizados ratos adultos saudáveis. Ao alterarem o conteúdo bacteriano normal do intestino com antibióticos, os cientistas verificaram que as cobaias passaram a demonstrar alterações no comportamento, tornando-se menos cautelosas ou ansiosas.
Esta mudança foi acompanhada pelo aumento do factor neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na sigla em inglês), que tem sido associado à depressão e à ansiedade. Contudo, com a interrupção dos antibióticos, os animais voltaram ao comportamento normal.
Premysl Bercik, um dos investigadores envolvidos neste estudo, referiu que estes resultados são importantes e lançam bases para mais investigações sobre o potencial terapêutico das bactérias probióticas no tratamento de distúrbios comportamentais, especialmente os associados às condições gastrointestinais, tais como a síndrome do intestino irritável.
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49188&op=all
Esta conclusão é apontada, pela primeira vez, por cientistas da McMaster University, no Canadá, e pode tornar-se de maior relevância tendo em conta vários tipos comuns de doença gastrointestinal, incluindo a síndrome do intestino irritável, que são frequentemente associados a ansiedade ou a depressão.
Além disso, há investigadores que acreditam que alguns transtornos psiquiátricos, tais como o autismo de início tardio, podem estar associados com um teor anormal de bactérias no intestino.
Pessoas saudáveis têm, normalmente, biliões de bactérias no intestino que realizam uma série de funções vitais para a saúde como recolher energia da dieta alimentar, proteger contra infecções e fornecer alimentação às células do intestino.
Nesta investigação foram utilizados ratos adultos saudáveis. Ao alterarem o conteúdo bacteriano normal do intestino com antibióticos, os cientistas verificaram que as cobaias passaram a demonstrar alterações no comportamento, tornando-se menos cautelosas ou ansiosas.
Esta mudança foi acompanhada pelo aumento do factor neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na sigla em inglês), que tem sido associado à depressão e à ansiedade. Contudo, com a interrupção dos antibióticos, os animais voltaram ao comportamento normal.
Premysl Bercik, um dos investigadores envolvidos neste estudo, referiu que estes resultados são importantes e lançam bases para mais investigações sobre o potencial terapêutico das bactérias probióticas no tratamento de distúrbios comportamentais, especialmente os associados às condições gastrointestinais, tais como a síndrome do intestino irritável.
Fonte: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=49188&op=all
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Dr. Frederico Lobo
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terça-feira, 24 de maio de 2011
Candidíase crônica abordagem Nutrológica
A mulher que nunca sofreu desse mal, que atire a primeira pedra! Sim, pois quando chega o desconforto, quase sempre sabem do que se trata. É uma das queixas ginecológicas mais comuns na minha prática clínica.
Mas porque isso acontece? Primeiro, é importante saber que a Candidíase é uma doença ocasionada por fungos, especificamente pela Candida Albicans, que pode se manifestar na pele (micoses), boca (mais conhecido como “sapinho”), estômago, intestino e no órgão genital feminino.
Várias são as causas para o aparecimento da Candidíase:
- Alteração no sistema imunológico: geralmente deficiente decorrente de déficit de nutrientes ou outras doenças que podem levar a alteração imunológica. As mais comuns são diabetes, pacientes oncológicos em quimioterapia ou pacientes com infecções de repetição e que fazem uso de vários ciclos de antibiótico
- Disbiose intestinal (desequilíbrio na flora intestinal na qual a flora patogênica se sobressai à flora normal),
- Roupas íntimas de tecido sintético
- Má higiene pessoal
- Climatério e menopausa
- Distúrbios hormonais
- Relações sexuais
- Período menstrual
- Consumo exagerado de alimentos ricos de carboidratos refinados
- Dieta com restrição severa de alguns nutrientes, levando ao déficit nutricional.
- Privação de sono
OS sintomas geralmente são ardência, corrimento vaginal em grumos (queijo talhado), vermelhidão, desconforto na relação sexual, irritação. Esses sintomas são especificamente femininos, pois, apesar do homem também se contaminar, quase nunca é manifestado, devido a questões hormonais ou quando manifestamos é a na forma de apenas uma vermelhidão ou ardor na glande.
O que muitas mulheres não entendem, mesmo depois de terem realizado todo o tratamento (o marido também precisa muitas vezes) uso de antifúngicos, cremes vaginais, é que o quadro pode voltar ao longo da vida. E aí entra o ginecologista para fazer a investigação.
Por trás de tudo isso, há outros sintomas que podemos correlacionar com o por quê dessa manifestação persistente:
- Avidez por doces: não se sabe o motivo, mas é uma queixa comum nas pacientes com candidíase de repetição.
- Fadiga inexplicável
- Ansiedade exacerbada
- Presença de Supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO) e Supercrescimento fúngico (SIFO)
Esses sintomas podem coexistir nos quadros de candidíase crônica. Nunca achei explicação lógica e nem evidências na literatura científica, mas o fato é que quando tratamos corretamente através de medicações e dieta, a maioria desses sintomas tendem a melhorar. Porém, com alta recorrência.
Para o fungo sobreviver, é necessário um ambiente favorável para seu crescimento e multiplicação. Isso também é determinado pela alimentação. Simples assim: quando sua alimentação é rica em carboidratos refinados, álcool, refrigerantes e uma dieta pobre em fibras, o ambiente intestinal fica mais propício para uma microbiota patogênica, o que de forma indireta favorece o surgimento da candidiase. A constipação intestinal também pode favorecer a recorrência das crises. Assim como a ocorrência de infecções urinárias de repetição. Ao longo dos anos tenho visto muito isso no consultório.
Hoje em dia, grande parte da população adquiriu hábitos alimentares e comportamentais que os deixam mais expostas e susceptíveis a agressores. Alimentos industrializados, junk foods, refrigerantes e outras facilidades aumentaram a demanda e procura por esse tipo de produto, fazendo com que o fator nutricional e a qualidade do alimento não seja a opção mais importante para alimentação cotidiana.
Os fungos, quando crescem de maneira desordenada, podem favorecer que outros tipos de fungos cresçam também, aproveitando esse ambiente propício e pode influenciar em diversas reações, que vão muito além do desconforto da mulher.
Fique atenta se você ingere carboidratos refinados em excesso. Alguns autores (sem evidência científica) acreditam que o fungo produz uma neurotoxina (substância que envia mensagens para o cérebro), fazendo com que na ausência desses alimentos, você tenha maior avidez por carboidratos refinados, em especial, alimenos doces.
Fique alerta aos principais fatores de risco para um crescimento fúngico desordenado:
- Baixo consumo de frutas, legumes e verduras: baixa ingestão de fibras. Menos de 35g por dia já pode ser facilitador
- Alimentação pobre em nutrientes: baixa densidade nutricional
- Alto consumo de carboidratos refinados
- Jejuns prolongados podem levar a uma redução da atividade imunológica
- Alto consumo de adoçantes artificiais: alguns autores acreditam que eles influenciem a microbiota intestinal
- Estresse mental e emocional (principalmente correlacionado aos fatores acima)
- Uso frequente de antiácidos, antibióticos, corticoides, anticoncepcionais, laxantes
- Higiene e roupas íntimas inadequadas, pouco ventiladas
Para evitar recorrência, sempre ao fazer o tratamento farmacológico para fungos, faz se necessário um tratamento nutricional concomitante.
Somente um médico será capaz de diagnosticar seu caso e instituir o tratamento adequado para seu caso.
O tratamento pode incluir:
- Uso de antifungicos orais como Fluconazol ou Itraconazol
- Uso de cremes vaginais como Nistatina ou Miconazol
- Uso de óvulos vaginais com probióticos e alguns ácidos
- Banhos de assentos
- Ajuste dietético, com adequação do volume calórico
- Uso de fitoterápicos
- Reposição de vitaminas e minerais que se estiverem em déficit podem piorar a resposta imunológica
- Tratamento da doença de base
- Uso de probióticos via Oral (cepas específicas)
Treinei o meu nutricionista ao longo dos anos para elaborar um plano alimentar para tais pacientes. O paciente primeiro passa em consulta comigo e posteriormente o nutricionista elabora o plano alimentar.
A maioria dos casos apresentam melhora quando seguem a dieta à risca. Porém há alta taxa de recorrência, principalmente naquelas pacientes que retomam os hábitos alimentares e de vida anteriores.
Primeira coisa que fazemos aqui na clínica é indicar uma Ginecologista especialista nisso. Ela faz a coleta da secreção vaginal no consultório, lê a lâmina e prescreve o tratamento imediatamente.
Dra. Fernanda Ferrari – Médica Ginecologista e Obstetra (Infecções do trato urinário) – CRM 26482 RQE 18563. Fone: 62 99124-8721. Site: www.fernandaferraria.com.br Instagram: @fernandaferrari
Posteriormente, o paciente passa em consulta comigo e depois com nutricionista Rodrigo.
Autor: Dr. Frederico Lobo - CRM-GO 13192 - RQE 11915 - Médico Nutrólogo
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Saiba o Que Afeta a biodisponibilidade dos nutrientes nos alimentos que você consome
Ouvirmos falar que comer banana é bom porque contém potássio, a laranja por conter vitamina C e assim por diante, cada alimento será fonte principal de determinada vitamina ou mineral. Mas será que os nutrientes que ingerimos através dos alimentos são 100% absorvidos pelo nosso organismo? Será que tomando um copo de leite vou realmente garantir cálcio para os ossos?
O processo digestivo inicia-se na boca (com a mastigação), passa pelo estômago (onde ocorre a digestão) e termina no intestino (local em que o sangue absorve e transporta os nutrientes para as células). Durante esse processo, mais freqüentemente no intestino, ocorre a interação entre os nutrientes (vitaminas e minerais). Essa interação pode ser positiva, quando um nutriente auxilia a absorção de outro, ou negativa quando um nutriente inibe a absorção de outro. Essas interações são conhecidas como biodisponibilidade, que é a quantidade do nutriente presente no alimento que realmente será aproveitada pelo organismo.
A biodisponibilidade pode ser afetada por vários fatores, dentre eles:
- Medicação: Alguns medicamentos possuem substâncias que podem interagir com determinados tipos de nutrientes, diminuindo sua absorção. Por exemplo antibióticos e antiácidos diminuem a biodisponibilidade de minerais.
- Interações nutricionais: É quando dois nutrientes competem entre sí e atrapalham a absorção de ambos. Por exemplo Cálcio e ferro, Fósforo e Magnésio, Zinco e Cobre.
- Estado fisiológico: Algumas patologias depletam nutrientes em grandes quantidades, diminuindo sua biodisponibilidade. Por exemplo diarréia e febre que interferem nas quantidades de sódio e potássio
- Estado nutricional: Se a criança estiver desnutrida e com anemia, o transporte de nutrientes para o fígado é diminuído, sendo que esses nutrientes não chegam a seu alvo.
- Ciclo vital: Em estados como de gestação e lactação, também ocorre depleção de alguns tipos de nutrientes, aumentando as necessidades nutricionais e diminuindo a biodisponibilidade.
Conheça os principais tipos de interações nutricionais. Assim, você poderá combinar melhor os alimentos nas refeições, para obter um maior aproveitamento de nutrientes.
Referências Bibliográficas:
Autora: Dra. Cristiane Spricigo de Lima - Nutricionista, Especialista em Nutrição Esportiva. Autora do Blog NutriCorpo
Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com/2011/05/saiba-o-que-afeta-biodisponibilidade.html
O processo digestivo inicia-se na boca (com a mastigação), passa pelo estômago (onde ocorre a digestão) e termina no intestino (local em que o sangue absorve e transporta os nutrientes para as células). Durante esse processo, mais freqüentemente no intestino, ocorre a interação entre os nutrientes (vitaminas e minerais). Essa interação pode ser positiva, quando um nutriente auxilia a absorção de outro, ou negativa quando um nutriente inibe a absorção de outro. Essas interações são conhecidas como biodisponibilidade, que é a quantidade do nutriente presente no alimento que realmente será aproveitada pelo organismo.
A biodisponibilidade pode ser afetada por vários fatores, dentre eles:
- Medicação: Alguns medicamentos possuem substâncias que podem interagir com determinados tipos de nutrientes, diminuindo sua absorção. Por exemplo antibióticos e antiácidos diminuem a biodisponibilidade de minerais.
- Interações nutricionais: É quando dois nutrientes competem entre sí e atrapalham a absorção de ambos. Por exemplo Cálcio e ferro, Fósforo e Magnésio, Zinco e Cobre.
- Estado fisiológico: Algumas patologias depletam nutrientes em grandes quantidades, diminuindo sua biodisponibilidade. Por exemplo diarréia e febre que interferem nas quantidades de sódio e potássio
- Estado nutricional: Se a criança estiver desnutrida e com anemia, o transporte de nutrientes para o fígado é diminuído, sendo que esses nutrientes não chegam a seu alvo.
- Ciclo vital: Em estados como de gestação e lactação, também ocorre depleção de alguns tipos de nutrientes, aumentando as necessidades nutricionais e diminuindo a biodisponibilidade.
Conheça os principais tipos de interações nutricionais. Assim, você poderá combinar melhor os alimentos nas refeições, para obter um maior aproveitamento de nutrientes.
Referências Bibliográficas:
- Cozzolino SMF. Biodisponibilidade de Minerais. R. Nutr. PUCCAMP. Campinas, 10(2): 87-98, 1997.
- Mahan LK, Escott-Stsmp. Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 10ª edição. Editora Roca. São Paulo, 1998.
Autora: Dra. Cristiane Spricigo de Lima - Nutricionista, Especialista em Nutrição Esportiva. Autora do Blog NutriCorpo
Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com/2011/05/saiba-o-que-afeta-biodisponibilidade.html
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Dr. Frederico Lobo
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Saiba Qual Combustível Seu Corpo Precisa Antes, Durante e Após o Treino....
Em praticamente toda consulta ouço a mesma pergunta. O que devo comer antes de treinar? Preciso comer durante o treino? E depois, como o quê? Pois esta deve ser a dúvida de muitas pessoas. A intenção deste post é falar sobre alimentos e não suplementos, já que os mesmo devem ser individualizados e cada profissional pode optar por um tipo diferente de suplementação pré, durante pós-treino. Vamos às dicas!
O erro mais comum que observamos é aquela história de malhar em jejum pela manhã ou ir treinar em outro horário sem se alimentar “achando” que vai queimar mais gordura. NUNCA, JAMAIS faça isso, assim a única coisa que você vai torrar é músculo e ainda corre o risco de ter hipoglicemia durante o exercício, já que quando o açúcar no sangue está baixo, o organismo não consegue manter a mesma eficiência física.
A refeição pré-treino é determinante para seu desempenho. Afinal, você não pode dirigir um carro sem combustível, por que com seu corpo seria diferente? Até 1 hora antes dos exercícios, coma alimentos que possam fornecer energia aos músculos, como os carboidratos, de preferência de baixo a moderado índice glicêmico. As melhores fontes são: pães torrados, biscoitos de água e sal, frutas(banana, maçã, pêra),iogurte, batata, arroz, macarrão, algumas barras energéticas à base de carboidrato, carboidratos em gel ou líquido. A quantidade de alimentos ingeridos antes dos exercícios deve ser moderada, de forma a não dificultar a digestão e estar rapidamente disponível para ao músculos. As quantidades variam de acordo com a duração e intensidade do seu treino.
Durante os exercícios, para o resfriamento do corpo, existe uma produção de suor (perda de água). Ao mesmo tempo, os carboidratos ingeridos, que foram quebrados em forma de glicose, levam consigo moléculas de água para dentro das fibras musculares. Portanto manter a hidratação é imprescindível. Para aqueles que fazem atividades intensas com duração superior 1 hora podemos lançar mão de bebidas isotônicas, que devem ser consumidas com moderação e com orientação, ou carboidratos em forma de gel ou líquido para manter a performance, dependendo da atividade física.
A refeição pós-treino, é imprescindível porque se você insistir em ficar de barriga vazia, seu corpo vai consumir as calorias erradas para se recuperar do desgaste. Ao invés de queimar gordura, ele vai buscar a energia de que necessita na massa muscular. A regra número um para qualquer pessoa que pratica atividades físicas, seja um atleta de alto nível ou mesmo um iniciante, é alimentar-se logo após o treino. Nessa fase, que chamamos de catabólica, o corpo precisa de energia . No pós-treino intenso é comum anorexia pós-esforço, dificultando o processo alimentar. Neste período recomenda-se ingerir shakes com proteína de rápida absorção e uma mistura de carboidratos com alto índice glicêmico(maltodextrina e dextrose) ou bebidas esportivas. A melhor recuperação pós-treino é obtida ao se combinar o consumo de carboidratos e proteínas, que são extremamente importantes para recompor os músculos. As proteínas estão presentes em alimentos de origem animal, como queijos, iogurtes, leites, carnes, frios magros. Dessa forma, uma refeição ótima após o treino pode ser um sanduíche ou uma combinação de macarrão com frango.
Lembre-se de organizar o restante das refeições do dia e realizar seus treinos com disciplina. Se engana quem pensa que apenas essas refeições farão milagre, o ideal é que você tenha todas as refeições do dia em equilíbrio. Consulte sempre um Nutricionista para te auxiliar na organização e equilíbrio da sua dieta seja qual for seu objetivo.
Fonte: http://www.ligadasaude.blogspot.com/
O erro mais comum que observamos é aquela história de malhar em jejum pela manhã ou ir treinar em outro horário sem se alimentar “achando” que vai queimar mais gordura. NUNCA, JAMAIS faça isso, assim a única coisa que você vai torrar é músculo e ainda corre o risco de ter hipoglicemia durante o exercício, já que quando o açúcar no sangue está baixo, o organismo não consegue manter a mesma eficiência física.
A refeição pré-treino é determinante para seu desempenho. Afinal, você não pode dirigir um carro sem combustível, por que com seu corpo seria diferente? Até 1 hora antes dos exercícios, coma alimentos que possam fornecer energia aos músculos, como os carboidratos, de preferência de baixo a moderado índice glicêmico. As melhores fontes são: pães torrados, biscoitos de água e sal, frutas(banana, maçã, pêra),iogurte, batata, arroz, macarrão, algumas barras energéticas à base de carboidrato, carboidratos em gel ou líquido. A quantidade de alimentos ingeridos antes dos exercícios deve ser moderada, de forma a não dificultar a digestão e estar rapidamente disponível para ao músculos. As quantidades variam de acordo com a duração e intensidade do seu treino.
Durante os exercícios, para o resfriamento do corpo, existe uma produção de suor (perda de água). Ao mesmo tempo, os carboidratos ingeridos, que foram quebrados em forma de glicose, levam consigo moléculas de água para dentro das fibras musculares. Portanto manter a hidratação é imprescindível. Para aqueles que fazem atividades intensas com duração superior 1 hora podemos lançar mão de bebidas isotônicas, que devem ser consumidas com moderação e com orientação, ou carboidratos em forma de gel ou líquido para manter a performance, dependendo da atividade física.
A refeição pós-treino, é imprescindível porque se você insistir em ficar de barriga vazia, seu corpo vai consumir as calorias erradas para se recuperar do desgaste. Ao invés de queimar gordura, ele vai buscar a energia de que necessita na massa muscular. A regra número um para qualquer pessoa que pratica atividades físicas, seja um atleta de alto nível ou mesmo um iniciante, é alimentar-se logo após o treino. Nessa fase, que chamamos de catabólica, o corpo precisa de energia . No pós-treino intenso é comum anorexia pós-esforço, dificultando o processo alimentar. Neste período recomenda-se ingerir shakes com proteína de rápida absorção e uma mistura de carboidratos com alto índice glicêmico(maltodextrina e dextrose) ou bebidas esportivas. A melhor recuperação pós-treino é obtida ao se combinar o consumo de carboidratos e proteínas, que são extremamente importantes para recompor os músculos. As proteínas estão presentes em alimentos de origem animal, como queijos, iogurtes, leites, carnes, frios magros. Dessa forma, uma refeição ótima após o treino pode ser um sanduíche ou uma combinação de macarrão com frango.
Lembre-se de organizar o restante das refeições do dia e realizar seus treinos com disciplina. Se engana quem pensa que apenas essas refeições farão milagre, o ideal é que você tenha todas as refeições do dia em equilíbrio. Consulte sempre um Nutricionista para te auxiliar na organização e equilíbrio da sua dieta seja qual for seu objetivo.
Fonte: http://www.ligadasaude.blogspot.com/
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Dr. Frederico Lobo
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