Chega a hora do almoço e o que deveria ser um momento de prazer, com uma boa comida caseira para matar a fome, se torna um drama: a criança simplesmente não quer comer. Muita birra, muito choro e muita comida sobrando no prato. Às vezes, não são só as verduras e legumes que sobram, mas também o arroz e o feijão.
É claro que a situação é exagerada, mas a resistência dos filhos à boa alimentação é um problema enfrentado diariamente por muitos pais e mães. Esse foi o tema do Bem Estar desta quinta-feira (14).
Para explicar o que acontece nessas situações e dar dicas de como contornar a dificuldade, trouxemos ao estúdio a pediatra Ana Escobar, nossa consultora, e a nutricionista Lara Natacci
Além das dicas acima, as especialistas recomendaram cardápios nutritivos e saudáveis para as crianças.
No café da manhã, três opções foram apresentadas: leite batido com aveia e banana; cereal com morango e iogurte; pão com queijo e suco de uva.
No lanche escolar, outras três sugestões: biscoito integral com suco de soja e maçã; barrinha de cereal com iogurte líquido e pêra; sanduíche de pão integral com queijo branco e suco de laranja.
Se a criança começa a comer melhor, vale dar uma recompensa, mas é preciso ter cuidado nessa hora. Esse prêmio não deve ser a sobremesa, pois isso pode estragar o apetite da criança.
Além disso, há um aspecto que parece óbvio, mas que é sempre importante ter em mente: seu filho é apenas uma criança. O corpo é dele é bem menor que o seu, logo a boca, o estômago e a necessidade por alimentos também são.
Sendo assim, corte os alimentos em pedaços bem pequenos, de forma que ele possa comer sozinho. A criança é capaz de ajustar a porção de acordo com a necessidade.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Dar o exemplo e não castigar ajudam a fazer a criança comer melhor
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Dr. Frederico Lobo
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Estudo com macacos diz que status social eleva estresse hormonal
Estar no topo da sociedade aumenta o estresse hormonal e acarreta um custo psicológico maior do que se pensava até agora, segundo estudo realizado em um grupo de babuínos selvagens pela Universidade de Princeton publicado na revista 'Science'.
Trabalhos anteriores afirmaram que as vantagens de estar no alto da hierarquia social, como maior acesso a alimentos e relações amorosas, superavam os inconvenientes, por isso consideravam que os chamados 'machos alfa' sofriam menos estresse que pessoas de outra categoria.
No entanto, um ecologista de Princeton e sua equipe rebateram esta teoria através do estudo de 125 babuínos selvagens, animais geneticamente próximos ao homem que também vivem em sociedades complexas. Segundo a pesquisa, o estresse sofrido pelos macacos de maior categoria acontece devido à energia utilizada para manter sua posição.
'Uma conclusão importante de nosso estudo é que para alguns animais, e possivelmente também para os humanos, ocupar a posição mais alta em uma sociedade implica custos e benefícios únicos, que podem persistir tanto quando a ordem social se mantém estável como quando experimenta mudanças', explicou o diretor da pesquisa, Laurence Gesquiere.
Por isso, os resultados do estudo poderiam ter implicações na análise das hierarquias sociais e do impacto da posição social na saúde e no bem-estar, tanto em animais como em humanos.
A pesquisa foi baseada em uma amostra de 125 machos adultos de cinco grupos sociais diferentes de uma comunidade de babuínos do Quênia. Durante nove anos, os pesquisadores mediram os níveis de testosterona e glucocorticoide nas fezes dos macacos.
Os dados coletados são até dez vezes mais completos que os disponíveis anteriormente para primatas não humanos, o que, segundo os especialista, permitiu controlar importantes variáveis que poderiam afetar os resultados.
'O tamanho da amostra e o período estudado permitem que os resultados não dependam das características de cada indivíduo particular, e reflitam os efeitos em longo prazo de ocupar uma posição alta na sociedade', declarou a pesquisadora Susan Alberts.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/07/estudo-com-macacos-diz-que-status-social-eleva-estresse-hormonal.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Trabalhos anteriores afirmaram que as vantagens de estar no alto da hierarquia social, como maior acesso a alimentos e relações amorosas, superavam os inconvenientes, por isso consideravam que os chamados 'machos alfa' sofriam menos estresse que pessoas de outra categoria.
No entanto, um ecologista de Princeton e sua equipe rebateram esta teoria através do estudo de 125 babuínos selvagens, animais geneticamente próximos ao homem que também vivem em sociedades complexas. Segundo a pesquisa, o estresse sofrido pelos macacos de maior categoria acontece devido à energia utilizada para manter sua posição.
'Uma conclusão importante de nosso estudo é que para alguns animais, e possivelmente também para os humanos, ocupar a posição mais alta em uma sociedade implica custos e benefícios únicos, que podem persistir tanto quando a ordem social se mantém estável como quando experimenta mudanças', explicou o diretor da pesquisa, Laurence Gesquiere.
Por isso, os resultados do estudo poderiam ter implicações na análise das hierarquias sociais e do impacto da posição social na saúde e no bem-estar, tanto em animais como em humanos.
A pesquisa foi baseada em uma amostra de 125 machos adultos de cinco grupos sociais diferentes de uma comunidade de babuínos do Quênia. Durante nove anos, os pesquisadores mediram os níveis de testosterona e glucocorticoide nas fezes dos macacos.
Os dados coletados são até dez vezes mais completos que os disponíveis anteriormente para primatas não humanos, o que, segundo os especialista, permitiu controlar importantes variáveis que poderiam afetar os resultados.
'O tamanho da amostra e o período estudado permitem que os resultados não dependam das características de cada indivíduo particular, e reflitam os efeitos em longo prazo de ocupar uma posição alta na sociedade', declarou a pesquisadora Susan Alberts.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/07/estudo-com-macacos-diz-que-status-social-eleva-estresse-hormonal.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
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quarta-feira, 6 de julho de 2011
Poluição do ar causa depressão e raciocínio lento em roedores, diz estudo
A exposição prolongada à poluição pode danificar o cérebro e causar problemas de aprendizagem, memória e até depressão, indica um estudo feito com camundongos, publicado na revista "Molecular Psychiatry".
A pesquisa é uma das primeiras a observar o impacto de poluentes no cérebro.
Uma das autoras do estudo, Laura Fonken, da Universidade de Ohio, diz que a descoberta pode ter implicações importantes para pessoas que vivem e trabalham em áreas urbanas poluídas.
"Os resultados sugerem que a poluição pode ter efeitos negativos visíveis sobre o cérebro, o que pode levar a uma série de problemas de saúde."
Fonken e seus colegas dividiram os roedores em dois grupos: um foi exposto a ar puro, enquanto o outro respirou ar poluído, durante seis horas diárias, cinco vezes por semana, de abril de 2009 a janeiro de 2010.
Os pesquisadores tentaram recriar a concentração de poluentes em algumas áreas urbanas, com partículas de 2,5 micrômetros (milésimos de milímetro), que podem chegar a áreas profundas dos órgãos do corpo.
Passados dez meses, os camundongos foram submetidos a testes de aprendizagem e memória no laboratório.
Depois de cinco dias de treinamento, eles foram colocados em uma área muito iluminada. Os animais tinham dois minutos para encontrar um buraco escuro, onde se sentem mais confortáveis. Aqueles que respiraram o ar poluído levaram mais tempo para saber onde estava o buraco.
Em outro experimento, os camundongos expostos ao ar poluído apresentaram níveis mais altos de depressão e ansiedade que os demais. A autora ainda destacou que o estudo foi feito apenas com roedores do sexo masculino. "A depressão afeta as mulheres desproporcionalmente, por isso, gostaria de analisar os efeitos da exposição em fêmeas no futuro."
Para descobrir como a poluição levou a essas mudanças de memória e humor, a equipe comparou o hipocampo (área do cérebro ligada à memória e a outras funções) dos dois grupos e descobriu claras diferenças físicas.
Camundongos expostos ao ar poluído tinham dendritos (áreas ramificadas dos neurônios, que conduzem impulsos nervosos a outras células) mais curtos, por exemplo.
Para a neurologista Sonia Brucki, do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, os problemas pulmonares ligados à poluição prejudicam as trocas gasosas, o que compromete o funcionamento cerebral. Para Fonken, ainda não se sabe se os danos são permanentes. "Não investigamos isso, mas pretendemos fazer mais estudos no futuro."
Artigo (abstract): http://www.nature.com/mp/journal/vaop/ncurrent/full/mp201176a.html
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/939739-poluicao-do-ar-causa-depressao-e-raciocinio-lento-em-roedores-diz-estudo.shtml
A pesquisa é uma das primeiras a observar o impacto de poluentes no cérebro.
Uma das autoras do estudo, Laura Fonken, da Universidade de Ohio, diz que a descoberta pode ter implicações importantes para pessoas que vivem e trabalham em áreas urbanas poluídas.
"Os resultados sugerem que a poluição pode ter efeitos negativos visíveis sobre o cérebro, o que pode levar a uma série de problemas de saúde."
Fonken e seus colegas dividiram os roedores em dois grupos: um foi exposto a ar puro, enquanto o outro respirou ar poluído, durante seis horas diárias, cinco vezes por semana, de abril de 2009 a janeiro de 2010.
Os pesquisadores tentaram recriar a concentração de poluentes em algumas áreas urbanas, com partículas de 2,5 micrômetros (milésimos de milímetro), que podem chegar a áreas profundas dos órgãos do corpo.
Passados dez meses, os camundongos foram submetidos a testes de aprendizagem e memória no laboratório.
Depois de cinco dias de treinamento, eles foram colocados em uma área muito iluminada. Os animais tinham dois minutos para encontrar um buraco escuro, onde se sentem mais confortáveis. Aqueles que respiraram o ar poluído levaram mais tempo para saber onde estava o buraco.
Em outro experimento, os camundongos expostos ao ar poluído apresentaram níveis mais altos de depressão e ansiedade que os demais. A autora ainda destacou que o estudo foi feito apenas com roedores do sexo masculino. "A depressão afeta as mulheres desproporcionalmente, por isso, gostaria de analisar os efeitos da exposição em fêmeas no futuro."
Para descobrir como a poluição levou a essas mudanças de memória e humor, a equipe comparou o hipocampo (área do cérebro ligada à memória e a outras funções) dos dois grupos e descobriu claras diferenças físicas.
Camundongos expostos ao ar poluído tinham dendritos (áreas ramificadas dos neurônios, que conduzem impulsos nervosos a outras células) mais curtos, por exemplo.
Para a neurologista Sonia Brucki, do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, os problemas pulmonares ligados à poluição prejudicam as trocas gasosas, o que compromete o funcionamento cerebral. Para Fonken, ainda não se sabe se os danos são permanentes. "Não investigamos isso, mas pretendemos fazer mais estudos no futuro."
Artigo (abstract): http://www.nature.com/mp/journal/vaop/ncurrent/full/mp201176a.html
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/939739-poluicao-do-ar-causa-depressao-e-raciocinio-lento-em-roedores-diz-estudo.shtml
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Riscos da inatividade física
Mulheres que ficam sentadas por longos períodos todos os dias tem de 2 a 3 vezes mais chances de desenvolver um coágulo de sangue nos pulmões do que mulheres mais ativas. É o que diz um estudo publicado no British Medical Journal, o primeiro a provar que uma vida sedentária aumenta o risco de desenvolver uma embolia pulmonar- causa comum de doenças cardíacas.
Embora o risco seja pequeno, o equivalente a 7 casos a cada 10000 mil pessoas por ano, e apenas ligeiramente superior ao observado nas usuárias de contraceptivos orais ou que viajam longos trechos de avião, a descoberta pode ter maiores implicações na saúde. A embolia pulmonar desenvolve-se quando parte ou a totalidade do coágulo de sangue viaja através da corrente sanguínea das veias das pernas até os pulmões. Os sintomas incluem dificuldade para respirar, dor no peito e tosse.
Enquanto outros estudos têm explorado a relação entre atividade física e embolia pulmonar, poucos dados estão disponíveis ligando a condição com a inatividade física.
Os pesquisadores estudaram cerca de 70 mil enfermeiras num período de 18 anos que forneciam informações detalhadas sobre seus hábitos de vida através do preenchimento de questionários.
Eles descobriram que o risco de embolia pulmonar é duas vezes maior em mulheres que gastam mais tempo sentadas (mais de 41 horas por semana fora do trabalho) em comparação àquelas que permanecem menos tempo sentadas (menos de 10 horas por semana fora do trabalho).
Os resultados levaram em conta fatores como idade, índice de massa corporal e tabagismo, aumentando a evidência de que a inatividade física é uma das principais causas desta condição. Inclusive, o estudo mostra que o sedentarismo correlacionado à doença cardíaca e hipertensão pode ser um dos mecanismos que associam doença cardiovascular à doença venosa. Os pesquisadores terminam o estudo sugerindo, inclusive, que campanhas de saúde pública deveriam ser veiculadas para que haja redução na incidência da doença.
Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=11504
Embora o risco seja pequeno, o equivalente a 7 casos a cada 10000 mil pessoas por ano, e apenas ligeiramente superior ao observado nas usuárias de contraceptivos orais ou que viajam longos trechos de avião, a descoberta pode ter maiores implicações na saúde. A embolia pulmonar desenvolve-se quando parte ou a totalidade do coágulo de sangue viaja através da corrente sanguínea das veias das pernas até os pulmões. Os sintomas incluem dificuldade para respirar, dor no peito e tosse.
Enquanto outros estudos têm explorado a relação entre atividade física e embolia pulmonar, poucos dados estão disponíveis ligando a condição com a inatividade física.
Os pesquisadores estudaram cerca de 70 mil enfermeiras num período de 18 anos que forneciam informações detalhadas sobre seus hábitos de vida através do preenchimento de questionários.
Eles descobriram que o risco de embolia pulmonar é duas vezes maior em mulheres que gastam mais tempo sentadas (mais de 41 horas por semana fora do trabalho) em comparação àquelas que permanecem menos tempo sentadas (menos de 10 horas por semana fora do trabalho).
Os resultados levaram em conta fatores como idade, índice de massa corporal e tabagismo, aumentando a evidência de que a inatividade física é uma das principais causas desta condição. Inclusive, o estudo mostra que o sedentarismo correlacionado à doença cardíaca e hipertensão pode ser um dos mecanismos que associam doença cardiovascular à doença venosa. Os pesquisadores terminam o estudo sugerindo, inclusive, que campanhas de saúde pública deveriam ser veiculadas para que haja redução na incidência da doença.
Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=11504
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Barulho constante no ambiente de trabalho dobra riscos de doença cardíaca
O estudo foi feito com base em dados de uma pesquisa realizada nos EUA entre 1999 e 2004 com mais de 6 mil trabalhadores, que envolveu entrevistas em domicílio com detalhes sobre estilo de vida, exames médicos e amostras sanguíneas.
Os participantes foram agrupados entre aqueles que conviviam com barulho constante no ambiente de trabalho, com intensidade que os impedia de falar em tom normal, e aqueles que não tinham este problema.
Trabalhadores que sofriam com problemas de barulho no ambiente de trabalho somaram 21%. A maioria destes eram homens, com idade média de 40 anos, fumavam e estavam acima do peso – fatores de risco para doenças cardíacas. Segundo a pesquisa, em comparação com aqueles que conviviam em um ambiente de trabalho tranquilo, estes apresentavam três e quatro vezes mais probabilidade de ter angina, doença arterial coronariana ou um ataque cardíaco.
Os exames de sangue destes trabalhadores não indicaram níveis altos de colesterol ou proteínas inflamatórias, ambas associadas a doenças cardíacas. Porém, a pressão arterial diastólica, que mede a pressão das paredes da artéria quando o coração relaxa entre os batimentos cardíacos, foi maior do que o normal – uma condição conhecida como hipertensão diastólica isolada, ou IDH, um preditor independente de problemas cardíacos graves.
Para os autores, o barulho constante pode ser um estressor tão forte como uma emoção súbita ou esforço físico. “Este estudo sugere que a exposição excessiva ao barulho no ambiente de trabalho é uma importante questão de saúde ocupacional e merece atenção especial”, concluem.
Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=11503
Os participantes foram agrupados entre aqueles que conviviam com barulho constante no ambiente de trabalho, com intensidade que os impedia de falar em tom normal, e aqueles que não tinham este problema.
Trabalhadores que sofriam com problemas de barulho no ambiente de trabalho somaram 21%. A maioria destes eram homens, com idade média de 40 anos, fumavam e estavam acima do peso – fatores de risco para doenças cardíacas. Segundo a pesquisa, em comparação com aqueles que conviviam em um ambiente de trabalho tranquilo, estes apresentavam três e quatro vezes mais probabilidade de ter angina, doença arterial coronariana ou um ataque cardíaco.
Os exames de sangue destes trabalhadores não indicaram níveis altos de colesterol ou proteínas inflamatórias, ambas associadas a doenças cardíacas. Porém, a pressão arterial diastólica, que mede a pressão das paredes da artéria quando o coração relaxa entre os batimentos cardíacos, foi maior do que o normal – uma condição conhecida como hipertensão diastólica isolada, ou IDH, um preditor independente de problemas cardíacos graves.
Para os autores, o barulho constante pode ser um estressor tão forte como uma emoção súbita ou esforço físico. “Este estudo sugere que a exposição excessiva ao barulho no ambiente de trabalho é uma importante questão de saúde ocupacional e merece atenção especial”, concluem.
Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=11503
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segunda-feira, 4 de julho de 2011
Compulsão alimentar
Os transtornos alimentares são patologias graves que demandam políticas de saúde, mas são escassos os centros especializados para o devido tratamento que requer para o mesmo uma equipe multidisciplinar, formada por psiquiatras, clínicos, psicólogos e nutricionistas.
A falta de informação a respeito deste tema faz que muitos ignorem uma relação psicopatológica com a alimentação, desta forma a dieta ou até uma reeducação alimentar não gerará o efeito esperado: do emagrecimento e da aquisição de saúde como um todo. Não me surpreendo que tantas pessoas tenham se frustrado pela eterna "guerra" com a balança, sem levar em conta que possivelmente precisaria ser tratado em psicoterapia sua "relação com a comida", o que não se consegue colocar em palavras que é "descontado" nessa alimentação.
A maioria dos programas de emagrecimento só diz o que comer e o que não comer e as quantidades, mas muitos pacientes confirmam que isso raramente é suficiente. A parte difícil da dieta é se manter na mesma, porque ela nos remete a privação e renúncia, quando na verdade a palavra "dieta" no grego significa "estilo de vida".
Existem diferentes tipos de transtornos alimentares (anorexia, bulimia, vigorexia), mas hoje quero ressaltar a Compulsão Alimentar que geralmente gera obesidade, (mas também pode acometer pessoas de peso normal) e é caracterizada pela perda de controle sobre a quantidade de alimentos consumidos que posteriormente provoca sensações e sentimentos de culpa e arrependimento. Para este tipo de paciente se torna imprescindível que não haja "alimentos proibidos" em uma dieta, porque para o compulsivo tudo que é proibido vira "fissura".
De maneira geral é importante pensar que não existem mesmo alimentos proibidos e sim alimentos "não planejados" para uma reeducação alimentar progressiva e permanente, até porque o maior problema não são as calorias por si só (que muitos tanto contam), mas o HÁBITO de alimentação saudável que não conseguem incorporar em sua vida, devido a suas vivências afetivas com a comida. Porque o alimento remete desde a infância ao afeto, no seio materno o bebê encontra afago para o seu choro (que nem sempre é de fome). Mais tarde quando a criança é bem comportada ganha a sobremesa, na adolescência os namorados se presenteiam com bombons e por aí vai; e quando surge uma carência afetiva ou angústia a compensação pode então ser buscada em uma guloseima.
Considero importante a apropriação destas informações porque muitos se consideram fracassados nos seus projetos de emagrecimento, sem saber que existem tais transtornos psíquicos, mas que eles podem e devem ser tratados em terapia. Muitas pessoas acreditam erroneamente que não são capazes de fortalecer seus propósitos por acharem que comer é "automático", mas comer nunca é automático. A digestão é automática. O bater do seu coração é automático. Comer não é. Antes de comer sempre temos alguns pensamentos mesmo que não estejamos completamente conscientes deles, por isso é preciso aprender a modificar o pensamento e encontrar outras fontes de prazer, como vida social, familiar, afetiva, uma atividade física que goste, um hobby que te deixe feliz para que comer seja apenas uma delas, mas não a ÚNICA no seu dia-a-dia.
Uma boa dica é colocar no papel tudo o que consome durante o dia anotando também o que sente naquele momento e observar se está de fato com fome ou agindo por impulso, fuga, tristeza ou raiva. Assim se surpreenderá com a quantidade e qualidade dos alimentos que consome.
Lembrando que é indispensável a ajuda médica e nutricional para identificar quais serão as mudanças necessárias e como trilhar um caminho rumo ao equilíbrio e saúde através da alimentação.
O papel do psicoterapeuta é tentar aliviar as dores do viver interrogando as motivações conscientes e inconscientes dos pacientes que lhe procuram. Portanto, se julgar necessário procure sim um profissional especializado, use o descontentamento com sua imagem como o combustível para acelerar uma mudança permanente a favor de sua saúde física, psíquica e emocional.
Autora: Dra. Marília Gabriela Ferreira - Psicoterapeuta com ênfase em sintomas alimentares. CRP 04/34852. É colaboradora da Liga da saúde.
A falta de informação a respeito deste tema faz que muitos ignorem uma relação psicopatológica com a alimentação, desta forma a dieta ou até uma reeducação alimentar não gerará o efeito esperado: do emagrecimento e da aquisição de saúde como um todo. Não me surpreendo que tantas pessoas tenham se frustrado pela eterna "guerra" com a balança, sem levar em conta que possivelmente precisaria ser tratado em psicoterapia sua "relação com a comida", o que não se consegue colocar em palavras que é "descontado" nessa alimentação.
A maioria dos programas de emagrecimento só diz o que comer e o que não comer e as quantidades, mas muitos pacientes confirmam que isso raramente é suficiente. A parte difícil da dieta é se manter na mesma, porque ela nos remete a privação e renúncia, quando na verdade a palavra "dieta" no grego significa "estilo de vida".
Existem diferentes tipos de transtornos alimentares (anorexia, bulimia, vigorexia), mas hoje quero ressaltar a Compulsão Alimentar que geralmente gera obesidade, (mas também pode acometer pessoas de peso normal) e é caracterizada pela perda de controle sobre a quantidade de alimentos consumidos que posteriormente provoca sensações e sentimentos de culpa e arrependimento. Para este tipo de paciente se torna imprescindível que não haja "alimentos proibidos" em uma dieta, porque para o compulsivo tudo que é proibido vira "fissura".
De maneira geral é importante pensar que não existem mesmo alimentos proibidos e sim alimentos "não planejados" para uma reeducação alimentar progressiva e permanente, até porque o maior problema não são as calorias por si só (que muitos tanto contam), mas o HÁBITO de alimentação saudável que não conseguem incorporar em sua vida, devido a suas vivências afetivas com a comida. Porque o alimento remete desde a infância ao afeto, no seio materno o bebê encontra afago para o seu choro (que nem sempre é de fome). Mais tarde quando a criança é bem comportada ganha a sobremesa, na adolescência os namorados se presenteiam com bombons e por aí vai; e quando surge uma carência afetiva ou angústia a compensação pode então ser buscada em uma guloseima.
Considero importante a apropriação destas informações porque muitos se consideram fracassados nos seus projetos de emagrecimento, sem saber que existem tais transtornos psíquicos, mas que eles podem e devem ser tratados em terapia. Muitas pessoas acreditam erroneamente que não são capazes de fortalecer seus propósitos por acharem que comer é "automático", mas comer nunca é automático. A digestão é automática. O bater do seu coração é automático. Comer não é. Antes de comer sempre temos alguns pensamentos mesmo que não estejamos completamente conscientes deles, por isso é preciso aprender a modificar o pensamento e encontrar outras fontes de prazer, como vida social, familiar, afetiva, uma atividade física que goste, um hobby que te deixe feliz para que comer seja apenas uma delas, mas não a ÚNICA no seu dia-a-dia.
Uma boa dica é colocar no papel tudo o que consome durante o dia anotando também o que sente naquele momento e observar se está de fato com fome ou agindo por impulso, fuga, tristeza ou raiva. Assim se surpreenderá com a quantidade e qualidade dos alimentos que consome.
Lembrando que é indispensável a ajuda médica e nutricional para identificar quais serão as mudanças necessárias e como trilhar um caminho rumo ao equilíbrio e saúde através da alimentação.
O papel do psicoterapeuta é tentar aliviar as dores do viver interrogando as motivações conscientes e inconscientes dos pacientes que lhe procuram. Portanto, se julgar necessário procure sim um profissional especializado, use o descontentamento com sua imagem como o combustível para acelerar uma mudança permanente a favor de sua saúde física, psíquica e emocional.
Autora: Dra. Marília Gabriela Ferreira - Psicoterapeuta com ênfase em sintomas alimentares. CRP 04/34852. É colaboradora da Liga da saúde.
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Azeite de oliva pode reduzir o risco de derrame cerebral
Pesquisa realizada na Universidade de Medicina de Columbia e publicada na revista Neurology, avaliou 7.625 adultos franceses com idade mínima de 65 anos e concluiu que aqueles que consomem regularmente azeite de oliva têm 41% menos chances de sofrerem um derrame cerebral em comparação àqueles que não ingerem o condimento.
Já conhecido pelos benefícios que traz à saúde, o azeite ajuda a controlar fatores de risco para doenças cardíacas, como hipertensão, acúmulo de gordura abdominal e colesterol alto.
E sua ingestão regular esta associada à redução dos riscos de ataque cardíaco.
Fonte: www.hebron.com.br
Já conhecido pelos benefícios que traz à saúde, o azeite ajuda a controlar fatores de risco para doenças cardíacas, como hipertensão, acúmulo de gordura abdominal e colesterol alto.
E sua ingestão regular esta associada à redução dos riscos de ataque cardíaco.
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Substitutos de gordura podem tornar as pessoas mais gordas
Pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, analisaram o efeito que as substâncias sintéticas utilizadas na substituição de gordura em alimentos de baixa caloria têm na saúde, e descobriram que elas podem ter efeito contrário ao desejado e levar ao ganho de peso.
O estudo foi realizado com ratos submetidos a uma dieta especial. Um primeiro grupo recebeu alimentos com gordura convencional, e o segundo produtos que utilizavam gorduras sintéticas para ter baixas calorias.
Os resultados mostraram que aqueles que se alimentaram dos produtos com gordura sintética ganharam mais peso e tiveram maior dificuldade em perdê-lo depois.
Fonte: www.hebron.com.br
O estudo foi realizado com ratos submetidos a uma dieta especial. Um primeiro grupo recebeu alimentos com gordura convencional, e o segundo produtos que utilizavam gorduras sintéticas para ter baixas calorias.
Os resultados mostraram que aqueles que se alimentaram dos produtos com gordura sintética ganharam mais peso e tiveram maior dificuldade em perdê-lo depois.
Fonte: www.hebron.com.br
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Mães que fumam durante gravidez reduzem colesterol bom de filhos
Fumar durante a gravidez reduz a taxa de colesterol "bom" (HDL) na criança, segundo um estudo realizado por pesquisadores australianos com crianças de oito anos divulgado no site do European Heart Journal, órgão da Sociedade Europeia de Cardiologia.
Segundo o estudo, os filhos de mães que fumam durante sua gravidez apresentam taxas de colesterol HDL de 1,3 milimol por litro, contra 1,5 no caso dos filhos de mães não fumantes. Após levar em consideração diversos fatores (exposição ao tabaco depois do nascimento, duração da lactância, falta de atividade física, massa corporal), a diferença entre uns e outros era de 0,15 mmol/l.
A diferença foi considerada significativa, segundo este estudo elaborado com 405 crianças de oito anos de idade em bom estado de saúde. Segundo David Celermajer, professor de Cardiologia na Universidade de Sydney, "os resultados indicam que o tabagismo da mãe gera características negativas na saúde do feto, o que pode deixá-lo predisposto no futuro a ataques cardíacos". Tais efeitos parecem durar pelo menos oito anos e, segundo ele, provavelmente, muito mais tempo.
O professor destaca que os níveis de colesterol "tendem a se manter da infância à idade adulta", e que alguns estudos demonstraram que cada aumento de 0,025 mmol/l nos níveis de colesterol HDL "reduz aproximadamente entre 2 e 3% o risco de problemas coronários". A diferença de 0,15 mmol/l entre os filhos de mães fumantes e não fumantes representar para os primeiros um aumento dos riscos de problemas coronários "de entre 10 e 15%", de acordo com o especialista.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Segundo o estudo, os filhos de mães que fumam durante sua gravidez apresentam taxas de colesterol HDL de 1,3 milimol por litro, contra 1,5 no caso dos filhos de mães não fumantes. Após levar em consideração diversos fatores (exposição ao tabaco depois do nascimento, duração da lactância, falta de atividade física, massa corporal), a diferença entre uns e outros era de 0,15 mmol/l.
A diferença foi considerada significativa, segundo este estudo elaborado com 405 crianças de oito anos de idade em bom estado de saúde. Segundo David Celermajer, professor de Cardiologia na Universidade de Sydney, "os resultados indicam que o tabagismo da mãe gera características negativas na saúde do feto, o que pode deixá-lo predisposto no futuro a ataques cardíacos". Tais efeitos parecem durar pelo menos oito anos e, segundo ele, provavelmente, muito mais tempo.
O professor destaca que os níveis de colesterol "tendem a se manter da infância à idade adulta", e que alguns estudos demonstraram que cada aumento de 0,025 mmol/l nos níveis de colesterol HDL "reduz aproximadamente entre 2 e 3% o risco de problemas coronários". A diferença de 0,15 mmol/l entre os filhos de mães fumantes e não fumantes representar para os primeiros um aumento dos riscos de problemas coronários "de entre 10 e 15%", de acordo com o especialista.
Fonte: http://www.hebron.com.br/
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Câncer de próstata mata mais fumantes
Fumar aumenta em 61% o risco de morte para pacientes com câncer de próstata em relação a não fumantes que têm a doença. Essa é a neoplasia de maior incidência entre os homens brasileiros, excluindo-se o câncer de pele não-melanoma, e o segundo tipo de tumor mais letal entre eles.
O tabaco também eleva em 61% o risco de reincidência desse tipo de câncer. Essas são as principais conclusões de um estudo com 5.366 homens coordenado pela Escola de Saúde Pública de Harvard (Harvard School of Public Health) e publicado no último número da revista científica Journal of the American Medical Association (Jama).
Médicos ouvidos pela reportagem dizem que o estudo é “contundente” e muda as orientações até então dadas pelos médicos aos pacientes. “Largar o cigarro passa a ser uma medida importante para ajudar no tratamento.
Com esse dado, podemos dizer ao paciente que, se parar de fumar, terá maior chance de sobreviver”, avalia o urologista Gustavo Cardoso Guimarães, do Hospital A.C.Camargo. Isso porque, afirma ele, “quando recebe o diagnóstico de câncer de próstata, atualmente, o paciente tem pouco a mudar em termos de comportamento que traga impacto a sua sobrevida.”
A pesquisa concluiu ainda que, entre os fumantes, o estágio do tumor era mais avançado no momento do diagnóstico, em média. Foram analisados homens diagnosticados durante um período de 20 anos, de 1986 a 2006. “É mais um motivo para não fumar”, sentencia o professor Edward Giovannucci, um dos autores do estudo. Guimarães enfatiza que os dados evidenciam o quanto fumantes respondem pior aos tratamentos. Ele destaca os dados do estudo relacionados aos efeitos do tempo de exposição ao tabaco. Homens que tinham parado de fumar há mais de 10 anos ou os que, nos últimos 10 anos, vinham fumando menos de 20 maços por ano, responderam ao tratamento de modo semelhante aos que nunca haviam fumado.
Fonte: www.hebron.com.br
O tabaco também eleva em 61% o risco de reincidência desse tipo de câncer. Essas são as principais conclusões de um estudo com 5.366 homens coordenado pela Escola de Saúde Pública de Harvard (Harvard School of Public Health) e publicado no último número da revista científica Journal of the American Medical Association (Jama).
Médicos ouvidos pela reportagem dizem que o estudo é “contundente” e muda as orientações até então dadas pelos médicos aos pacientes. “Largar o cigarro passa a ser uma medida importante para ajudar no tratamento.
Com esse dado, podemos dizer ao paciente que, se parar de fumar, terá maior chance de sobreviver”, avalia o urologista Gustavo Cardoso Guimarães, do Hospital A.C.Camargo. Isso porque, afirma ele, “quando recebe o diagnóstico de câncer de próstata, atualmente, o paciente tem pouco a mudar em termos de comportamento que traga impacto a sua sobrevida.”
A pesquisa concluiu ainda que, entre os fumantes, o estágio do tumor era mais avançado no momento do diagnóstico, em média. Foram analisados homens diagnosticados durante um período de 20 anos, de 1986 a 2006. “É mais um motivo para não fumar”, sentencia o professor Edward Giovannucci, um dos autores do estudo. Guimarães enfatiza que os dados evidenciam o quanto fumantes respondem pior aos tratamentos. Ele destaca os dados do estudo relacionados aos efeitos do tempo de exposição ao tabaco. Homens que tinham parado de fumar há mais de 10 anos ou os que, nos últimos 10 anos, vinham fumando menos de 20 maços por ano, responderam ao tratamento de modo semelhante aos que nunca haviam fumado.
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Assistência ao parto poderia salvar 3,5 milhões de vidas ao ano
Uma assistência ao parto adequada poderia salvar 3,5 milhões de vidas ao ano, como garante um relatório da ONU apresentado segunda-feira, 20, na cidade sul-africana de Durban durante a Confederação Internacional de Parteiras realizado a cada três anos.
Pelo relatório, elaborado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), as mortes de mães e crianças em 58 países seriam drasticamente reduzidas se melhorassem os partos antes de 2015 e se fosse superado o déficit de parteiras, que chega a 350 mil profissionais.
A cada ano, 358 mil mulheres perdem a vida na gravidez ou no parto, 2 milhões de recém-nascidos morrem nas primeiras 24 horas de vida e 2,6 milhões de crianças nascem mortas, devido ao fato de o atendimento médico ser inadequado ou insuficiente, detalha o comunicado da Confederação Internacional das Parteiras.
O relatório revela que a menos que 112 mil novas parteiras sejam qualificadas, 38 dos 58 países pesquisados talvez não alcancem até 2015, um dos Objetivos do Milênio das Nações Unidas: que 95% dos partos sejam atendidos por equipes qualificadas.
Além disso, se existissem centros de saúde suficientes, aponta o relatório, que atendessem sem demora as complicações, poderiam ser evitadas muitas mortes: 61% de todos os óbitos maternos, a metade das mortes prévias ao nascimento e 60% das mortes de recém-nascidos.
Fonte: www.hebron.com.br
Pelo relatório, elaborado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), as mortes de mães e crianças em 58 países seriam drasticamente reduzidas se melhorassem os partos antes de 2015 e se fosse superado o déficit de parteiras, que chega a 350 mil profissionais.
A cada ano, 358 mil mulheres perdem a vida na gravidez ou no parto, 2 milhões de recém-nascidos morrem nas primeiras 24 horas de vida e 2,6 milhões de crianças nascem mortas, devido ao fato de o atendimento médico ser inadequado ou insuficiente, detalha o comunicado da Confederação Internacional das Parteiras.
O relatório revela que a menos que 112 mil novas parteiras sejam qualificadas, 38 dos 58 países pesquisados talvez não alcancem até 2015, um dos Objetivos do Milênio das Nações Unidas: que 95% dos partos sejam atendidos por equipes qualificadas.
Além disso, se existissem centros de saúde suficientes, aponta o relatório, que atendessem sem demora as complicações, poderiam ser evitadas muitas mortes: 61% de todos os óbitos maternos, a metade das mortes prévias ao nascimento e 60% das mortes de recém-nascidos.
Fonte: www.hebron.com.br
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Álcool em excesso danifica cérebro
O cérebro humano não está inteiramente desenvolvido até os 25 anos de idade. Assim, jovens que consumem bebidas alcoólicas em excesso podem estar causando danos ao seu sistema nervoso.
Pesquisadores da Universidade de Cincinnati (EUA) analisaram os cérebros de 29 pessoas, entre 18 e 25 anos, que abusavam de álcool nos finais de semana – quatro ou mais doses para mulheres e cinco ou mais doses para homens.
A análise mostrou que esse hábito estava causando danos ao córtex pré-frontal. Essa área do cérebro está relacionada a atividades como o controle de impulsos, processamento de emoções, planejamentos e decisões.
O pesquisador Tim McQueeny explica que esse efeito nocivo pode ocorrer porque “o álcool pode ser neurotóxico para os neurônios, ou, já que o cérebro está se desenvolvendo aos 20 anos, ele poderia estar interagindo com fatores desenvolvimentistas e possivelmente alterando a forma com que o cérebro cresce”.
8. Olíbano Fonte: www.hebron.com.br
Pesquisadores da Universidade de Cincinnati (EUA) analisaram os cérebros de 29 pessoas, entre 18 e 25 anos, que abusavam de álcool nos finais de semana – quatro ou mais doses para mulheres e cinco ou mais doses para homens.
A análise mostrou que esse hábito estava causando danos ao córtex pré-frontal. Essa área do cérebro está relacionada a atividades como o controle de impulsos, processamento de emoções, planejamentos e decisões.
O pesquisador Tim McQueeny explica que esse efeito nocivo pode ocorrer porque “o álcool pode ser neurotóxico para os neurônios, ou, já que o cérebro está se desenvolvendo aos 20 anos, ele poderia estar interagindo com fatores desenvolvimentistas e possivelmente alterando a forma com que o cérebro cresce”.
8. Olíbano Fonte: www.hebron.com.br
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Contagem de calorias não é prioridade em dietas
A quantidade de calorias nos alimentos consumidos é extremamente importante para dietas e a manutenção do peso, mas de acordo com um novo estudo, o tipo de comida pode ser mais importante para quem quer emagrecer.
Pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) desenvolveram um estudo que mostrou que durante o período da pesquisa (20 anos), dietas que incluíam batatas, pão branco, carne e bebidas açucaradas foram associadas a estatísticas mais altas de ganho de peso.
Outro resultado obtido mostrou que o consumo de batatas fritas causou maior ganho de peso do que o consumo de sobremesas ricas em açúcar. Alimentos integrais foram mais associados à perda de peso quando comparados aos alimentos refinados, apesar de a contagem de calorias ser a mesma.
Os pesquisadores acreditam que o estudo mostra que comer menos e exercitar mais pode ser um conselho simplista. Ao fazerem dietas para os pacientes, nutricionistas devem levar em conta outras qualidades dos alimentos além da quantidade de calorias presente neles
Fonte: http://www.hebron.com.br/
Pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) desenvolveram um estudo que mostrou que durante o período da pesquisa (20 anos), dietas que incluíam batatas, pão branco, carne e bebidas açucaradas foram associadas a estatísticas mais altas de ganho de peso.
Outro resultado obtido mostrou que o consumo de batatas fritas causou maior ganho de peso do que o consumo de sobremesas ricas em açúcar. Alimentos integrais foram mais associados à perda de peso quando comparados aos alimentos refinados, apesar de a contagem de calorias ser a mesma.
Os pesquisadores acreditam que o estudo mostra que comer menos e exercitar mais pode ser um conselho simplista. Ao fazerem dietas para os pacientes, nutricionistas devem levar em conta outras qualidades dos alimentos além da quantidade de calorias presente neles
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Dormir mais no fim de semana não compensa semana sem descanso
Quem pensa que ao dormir mais no fim de semana vai compensar as horas de sono perdidas de segunda à sexta-feira está enganado.
Segundo pesquisadores da Faculdade de Medicina Penn State, nos Estados Unidos, uma semana de noites mal-dormidas não pode ser resolvida com horas a mais de descanso aos sábados e domingos.
Monitorando homens e mulheres que passaram 13 noites dormindo em um laboratório, tendo o sono restrito a seis horas por noite, os cientistas verificaram uma queda na performance das atividades diárias, o que não melhorou após um fim de semana com mais horas de descanso.
A pesquisa indica que ficar um pouco mais na cama apenas conferiu um pouco mais de disposição aos participantes, mas que eles ainda permaneceram lentos e um pouco mau-humorados
Segundo pesquisadores da Faculdade de Medicina Penn State, nos Estados Unidos, uma semana de noites mal-dormidas não pode ser resolvida com horas a mais de descanso aos sábados e domingos.
Monitorando homens e mulheres que passaram 13 noites dormindo em um laboratório, tendo o sono restrito a seis horas por noite, os cientistas verificaram uma queda na performance das atividades diárias, o que não melhorou após um fim de semana com mais horas de descanso.
A pesquisa indica que ficar um pouco mais na cama apenas conferiu um pouco mais de disposição aos participantes, mas que eles ainda permaneceram lentos e um pouco mau-humorados
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Vida estressante na cidade
Nascer e crescer em uma cidade grande está geralmente associado a um maior risco de desenvolver problemas como ansiedade e distúrbios de comportamento. Mas não se conhecem os mecanismos biológicos por trás dessas associações.
Um novo estudo, conduzido por pesquisadores da Alemanha e do Canadá, é o primeiro a mostrar que duas regiões no cérebro, que atuam na regulação tanto da emoção como do estresse, são particularmente afetadas pela vida urbana. A pesquisa foi destacada na capa da edição atual da revista Nature.
Segundo Jens Pruessner, da Universidade McGill, no Canadá, e colegas, os resultados poderão ajudar no desenvolvimento de estratégias para melhorar a qualidade de vida nessas áreas. “Estudos anteriores mostraram que o risco de desenvolver ansiedade é 21% maior para pessoas que vivem em grandes cidades, as quais também têm 39% mais chances de desenvolver distúrbios de comportamento.
Além disso, a incidência de esquizofrenia é quase duas vezes maior em quem vive em cidades. Esses números são preocupantes e determinar a biologia por trás dessas manifestações é o primeiro passo para remediar essa tendência”, disse Pruessner.
Os pesquisadores avaliaram as atividades cerebrais de voluntários saudáveis de áreas urbanas e rurais na Alemanha. Por meio da análise de imagens obtidas por ressonância magnética funcional, o grupo observou que viver nas cidades estava associado com maiores respostas ao estresse na amígdala, parte do cérebro envolvida no controle da emoção e do humor.
Por outro lado, ter crescido em área urbana se mostrou associado com atividade maior no córtex cingulado, região envolvida na regulação do estresse. “Os resultados sugerem que diferentes regiões no cérebro são sensíveis à experiência de viver na cidade durante períodos distintos da vida de um indivíduo. Novas pesquisas poderão esclarecer a relação entre esses efeitos e psicopatologias”, disse Pruessner.
Fonte: Bom dia doutor da Hebron
Um novo estudo, conduzido por pesquisadores da Alemanha e do Canadá, é o primeiro a mostrar que duas regiões no cérebro, que atuam na regulação tanto da emoção como do estresse, são particularmente afetadas pela vida urbana. A pesquisa foi destacada na capa da edição atual da revista Nature.
Segundo Jens Pruessner, da Universidade McGill, no Canadá, e colegas, os resultados poderão ajudar no desenvolvimento de estratégias para melhorar a qualidade de vida nessas áreas. “Estudos anteriores mostraram que o risco de desenvolver ansiedade é 21% maior para pessoas que vivem em grandes cidades, as quais também têm 39% mais chances de desenvolver distúrbios de comportamento.
Além disso, a incidência de esquizofrenia é quase duas vezes maior em quem vive em cidades. Esses números são preocupantes e determinar a biologia por trás dessas manifestações é o primeiro passo para remediar essa tendência”, disse Pruessner.
Os pesquisadores avaliaram as atividades cerebrais de voluntários saudáveis de áreas urbanas e rurais na Alemanha. Por meio da análise de imagens obtidas por ressonância magnética funcional, o grupo observou que viver nas cidades estava associado com maiores respostas ao estresse na amígdala, parte do cérebro envolvida no controle da emoção e do humor.
Por outro lado, ter crescido em área urbana se mostrou associado com atividade maior no córtex cingulado, região envolvida na regulação do estresse. “Os resultados sugerem que diferentes regiões no cérebro são sensíveis à experiência de viver na cidade durante períodos distintos da vida de um indivíduo. Novas pesquisas poderão esclarecer a relação entre esses efeitos e psicopatologias”, disse Pruessner.
Fonte: Bom dia doutor da Hebron
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quarta-feira, 29 de junho de 2011
A frugalidade alimentar
A frugalidade é a simplicidade dos costumes e hábitos, é desfrutar a virtude de se reconhecer o valor da vida. Com ela, podemos sentir a natureza e honrá-la em sua origem no passo do compasso, na fonte das necessidades, vivendo-se o “porquê” e o “como” das coisas.
Quanto ao frugal na alimentação, a natureza humildemente oferta seus alimentos para nos servir, em diversidade de cores, sabores, formas e conteúdos, respeitando nossas preferências em variados níveis e nos fornecendo tudo aquilo que precisamos para viver em harmonia. Entretanto, o ser humano comumente inverte os valores e insiste em ser escravo da alimentação, ao passo que pode utilizá-la para servir seu corpo com o que lhe é necessário.
Tem-se aí o desnecessário que, por vezes, passa a ser o foco principal de consumo. As pessoas se alimentam cada vez mais do que é artificial, enfeitado, processado, aditivado e do complicado. Ao invés de consumirem alimentos com nutrientes certeiros, ingerem-se substâncias ultra-reinventadas, com nomes esquisitos, grandes e com números (vide rótulos) que de fato não nutrem e sim, enganam ou viciam em outras substâncias parecidas.
Com tal alimentação precária, o ser humano transforma seu corpo numa máquina movida à ilusão e suportada pelo vício alimentar. No entanto, assim como uma árvore não cresce sem chão ou como um navio não navega sem água, bem se sabe que a ilusão não nutre células, nem tecidos e nem órgãos. Nós precisamos de alimentos de boa qualidade nutricional para promovermos nosso preenchimento ideal.
Em contrapartida, a alimentação equilibrada em sua essência pode trazer foco e criatividade, pois vem da naturalidade e resgata não só a natureza, mas o natural: ressalta-se o que de fato é vida em vez do artificial. Isso porque somos mais que carne e ossos movidos por sangue em pulsação, nós somos uma máquina repleta de parafusos traduzida numa verdadeira obra de arte, que carece de suprimentos específicos e de uma boa manutenção.
Dessa maneira, podemos perceber um caminho universal para uma alimentação saudável. O jeito é dizer adeus para o que não convém, para o que atrasa, embaraça os pensamentos, embaça a visão, esfumaça o coração e retarda a digestão. A simplicidade aniquila o que confunde o paladar e perturba os instintos. Ela afina, pois.
Viva o frugal. Façamos de nós então uma arte moldada pela natureza com as ferramentas alimentares. E que a alimentação seja a métrica, que o bom hábito leve à rima e que a real nutrição se revele em poesia.
Autora: Isis Moreira - Estudante de Nutrição - UNB
http://www.alimentando.net/
Quanto ao frugal na alimentação, a natureza humildemente oferta seus alimentos para nos servir, em diversidade de cores, sabores, formas e conteúdos, respeitando nossas preferências em variados níveis e nos fornecendo tudo aquilo que precisamos para viver em harmonia. Entretanto, o ser humano comumente inverte os valores e insiste em ser escravo da alimentação, ao passo que pode utilizá-la para servir seu corpo com o que lhe é necessário.
Tem-se aí o desnecessário que, por vezes, passa a ser o foco principal de consumo. As pessoas se alimentam cada vez mais do que é artificial, enfeitado, processado, aditivado e do complicado. Ao invés de consumirem alimentos com nutrientes certeiros, ingerem-se substâncias ultra-reinventadas, com nomes esquisitos, grandes e com números (vide rótulos) que de fato não nutrem e sim, enganam ou viciam em outras substâncias parecidas.
Com tal alimentação precária, o ser humano transforma seu corpo numa máquina movida à ilusão e suportada pelo vício alimentar. No entanto, assim como uma árvore não cresce sem chão ou como um navio não navega sem água, bem se sabe que a ilusão não nutre células, nem tecidos e nem órgãos. Nós precisamos de alimentos de boa qualidade nutricional para promovermos nosso preenchimento ideal.
Em contrapartida, a alimentação equilibrada em sua essência pode trazer foco e criatividade, pois vem da naturalidade e resgata não só a natureza, mas o natural: ressalta-se o que de fato é vida em vez do artificial. Isso porque somos mais que carne e ossos movidos por sangue em pulsação, nós somos uma máquina repleta de parafusos traduzida numa verdadeira obra de arte, que carece de suprimentos específicos e de uma boa manutenção.
Dessa maneira, podemos perceber um caminho universal para uma alimentação saudável. O jeito é dizer adeus para o que não convém, para o que atrasa, embaraça os pensamentos, embaça a visão, esfumaça o coração e retarda a digestão. A simplicidade aniquila o que confunde o paladar e perturba os instintos. Ela afina, pois.
Viva o frugal. Façamos de nós então uma arte moldada pela natureza com as ferramentas alimentares. E que a alimentação seja a métrica, que o bom hábito leve à rima e que a real nutrição se revele em poesia.
Autora: Isis Moreira - Estudante de Nutrição - UNB
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Células tumorais expostas à "quinta sinfonia", de Beethoven, perderam tamanho ou morreram
Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven. O "pam-pam-pam-pam" que abre uma das mais famosas composições da História.
Descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.
A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.
- Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.
Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade. O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.
- Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o > "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço - temporal - pondera a pesquisadora.
- Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.
"Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?
Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade.
Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.
- Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora.
Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.
A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouvi-la com som ambiente ou fone de ouvido.
- Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.
Fonte: O Globo - Renato Grandelle
Descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.
A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.
- Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.
Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade. O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.
- Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o > "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço - temporal - pondera a pesquisadora.
- Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas.
"Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?
Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade.
Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.
- Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora.
Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.
A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouvi-la com som ambiente ou fone de ouvido.
- Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.
Fonte: O Globo - Renato Grandelle
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Até os bebês estão obesos: como fomos parar aqui?
Uma criança de 4 anos chegou mancando no hospital. Ele estava carregando tanto peso que deslocou seus quadris. O menino, um exemplo extremo de obesidade infantil, tem mais de 45 quilos e um índice de massa corporal (IMC) 99% acima de sua faixa etária.
Na semana passada, o Instituto de Medicina americano divulgou seu primeiro relatório enfocando políticas de prevenção da obesidade para crianças menores de 5 anos de idade.
Nos EUA, quase 10% dos bebês e crianças pequenas carregam excesso de peso para seu comprimento. 1 em cada 5 crianças de 2 a 5 anos está acima do peso ou obesa – antes mesmo de entrar no jardim de infância.
Crianças obesas mostram anormalidades metabólicas na insulina, nas enzimas do fígado e no colesterol, problemas geralmente detectados em adultos mais velhos.
Médicos contam que já viram sinais de artrite e diabetes em crianças de 8 anos. Os pacientes têm elevada resistência à insulina e consequente descoloração da pele em torno dos pescoços e braços. Elas não estão doentes ainda, mas caminham nessa direção.
Segundo especialistas, má alimentação, tamanho grande de porções, falta de atividade física, sono inadequado e pais desinformados estão contribuindo para um maior número de crianças com sobrepeso e jovens obesos.
As famílias e adultos que cuidam das crianças podem, sem querer, fazer escolhas alimentares ruins. A boa notícia é que essa é uma idade ideal para fazer mudanças de estilo de vida. Os pais têm mais controle sobre o que criança come, em comparação com os adolescentes.
Um dos problemas observados pelos especialistas é de que as crianças jovens estão constantemente bebendo calorias vazias, como bebidas energéticas, suco de frutas e outras bebidas açucaradas.
Os bebês ficam só na mamadeira muito tempo, e quando passam para outras bebidas, ficam tomando golinhos constantemente, durante todo o dia.
O problema é que há uma desconexão na mente das pessoas: as mães não sabem direito as consequências disso. Por exemplo, elas estão acostumadas a pensar que suco é bom, mas não percebem todo o açúcar que vem neles.
Porém, nem todos os problemas têm a ver apenas com estilo de vida. Há o caso de uma menina, Tylynn, que com oito semanas ganhou 2,72 quilos em duas semanas. Os médicos ficaram intrigados. A criança começou a ganhar peso drasticamente em 18 meses.
A mãe tomou várias medidas, e nada funcionou. A família transformou a dieta em apenas frutas, legumes e carnes magras. Tylynn e sua irmã mais nova dançam e fazem aulas de natação e caminhadas. Enquanto sua irmã mais nova é magra, a menina continua obesa.
Foi quando descobriram, na idade de 4, que Tylynn tinha hipometabolismo, o que faz com que seu corpo queime energia lentamente e, portanto, ganhe peso rapidamente. A mãe se sente muito mal, contando que não consegue mais suportar aquele olhar de “quanta comida você está dando para sua filha?”.
E para os pequenos obesos também é ruim. Além do desgaste físico, a obesidade pode ter um efeito emocional de longa duração nas crianças, como depressão.
Entretanto, como a maioria dos casos é devido a estilo de vida, a situação geralmente tem concerto. Confira recomendações de pediatras para criar um bebê saudável:
Antes do nascimento: o bebê tem mais chances de ser obeso se seus pais forem obesos. Durante a gravidez, a saúde da mãe, como seu aumento de peso e diabetes gestacional, são fatores de risco para a obesidade do bebê. Comer por dois durante a gravidez é errado. Comer por dois não significa comer em dobro.
Bebês: estudos mostram que bebês alimentados com fórmulas (ao invés de amamentados), e que recebem alimentos sólidos antes dos quatro meses, têm maior risco de se tornarem obesos. Crianças alimentadas com fórmula podem consumir mais alimentos e calorias. O Instituto de Medicina americano recomenda amamentação durante a infância. A Academia Americana de Pediatria aconselha as mães a amamentarem exclusivamente durante os primeiros seis meses, podendo continuar a amamentação por um ano.
Crianças: o crescimento das crianças deve ser monitorado pelos profissionais de saúde porque os pais tendem a subestimar o peso de seus filhos. Existe uma crença popular de que um bebê gordinho é um bebê saudável, e que logo as crianças vão crescer e emagrecer. Essa visão é errada. Um estudo mostrou que apenas metade dos pais de crianças obesas reconhece que seu filho está acima do peso.
Crianças pré-escolares devem ser encorajadas a se exercitarem durante o dia. Elas devem brincar ao ar livre, ter acesso a playgrounds ou gramados e um ambiente adequado em creches. Alimentação, atividade física e TV não devem ser usados como incentivo ou punição; especialistas dizem que há outros meios de promover comportamentos ou desestimulá-los.
Os adultos devem dar o exemplo de uma alimentação saudável e incentivar as crianças a comerem frutas, legumes, proteínas magras, cereais integrais e laticínios de baixa ou sem gordura. As crianças devem dormir bem (e poder dormir mais), porque as mais pesadas dormem menos que as crianças de peso normal. A TV afeta o sono dos pré-escolares: os especialistas também aconselham limitação do tempo na frente das telas, o que por sua vez também limita a exposição a anúncios de comidas não saudáveis.
Fonte: http://hypescience.com/ate-os-bebes-estao-obesos-como-fomos-parar-aqui/
Na semana passada, o Instituto de Medicina americano divulgou seu primeiro relatório enfocando políticas de prevenção da obesidade para crianças menores de 5 anos de idade.
Nos EUA, quase 10% dos bebês e crianças pequenas carregam excesso de peso para seu comprimento. 1 em cada 5 crianças de 2 a 5 anos está acima do peso ou obesa – antes mesmo de entrar no jardim de infância.
Crianças obesas mostram anormalidades metabólicas na insulina, nas enzimas do fígado e no colesterol, problemas geralmente detectados em adultos mais velhos.
Médicos contam que já viram sinais de artrite e diabetes em crianças de 8 anos. Os pacientes têm elevada resistência à insulina e consequente descoloração da pele em torno dos pescoços e braços. Elas não estão doentes ainda, mas caminham nessa direção.
Segundo especialistas, má alimentação, tamanho grande de porções, falta de atividade física, sono inadequado e pais desinformados estão contribuindo para um maior número de crianças com sobrepeso e jovens obesos.
As famílias e adultos que cuidam das crianças podem, sem querer, fazer escolhas alimentares ruins. A boa notícia é que essa é uma idade ideal para fazer mudanças de estilo de vida. Os pais têm mais controle sobre o que criança come, em comparação com os adolescentes.
Um dos problemas observados pelos especialistas é de que as crianças jovens estão constantemente bebendo calorias vazias, como bebidas energéticas, suco de frutas e outras bebidas açucaradas.
Os bebês ficam só na mamadeira muito tempo, e quando passam para outras bebidas, ficam tomando golinhos constantemente, durante todo o dia.
O problema é que há uma desconexão na mente das pessoas: as mães não sabem direito as consequências disso. Por exemplo, elas estão acostumadas a pensar que suco é bom, mas não percebem todo o açúcar que vem neles.
Porém, nem todos os problemas têm a ver apenas com estilo de vida. Há o caso de uma menina, Tylynn, que com oito semanas ganhou 2,72 quilos em duas semanas. Os médicos ficaram intrigados. A criança começou a ganhar peso drasticamente em 18 meses.
A mãe tomou várias medidas, e nada funcionou. A família transformou a dieta em apenas frutas, legumes e carnes magras. Tylynn e sua irmã mais nova dançam e fazem aulas de natação e caminhadas. Enquanto sua irmã mais nova é magra, a menina continua obesa.
Foi quando descobriram, na idade de 4, que Tylynn tinha hipometabolismo, o que faz com que seu corpo queime energia lentamente e, portanto, ganhe peso rapidamente. A mãe se sente muito mal, contando que não consegue mais suportar aquele olhar de “quanta comida você está dando para sua filha?”.
E para os pequenos obesos também é ruim. Além do desgaste físico, a obesidade pode ter um efeito emocional de longa duração nas crianças, como depressão.
Entretanto, como a maioria dos casos é devido a estilo de vida, a situação geralmente tem concerto. Confira recomendações de pediatras para criar um bebê saudável:
Antes do nascimento: o bebê tem mais chances de ser obeso se seus pais forem obesos. Durante a gravidez, a saúde da mãe, como seu aumento de peso e diabetes gestacional, são fatores de risco para a obesidade do bebê. Comer por dois durante a gravidez é errado. Comer por dois não significa comer em dobro.
Bebês: estudos mostram que bebês alimentados com fórmulas (ao invés de amamentados), e que recebem alimentos sólidos antes dos quatro meses, têm maior risco de se tornarem obesos. Crianças alimentadas com fórmula podem consumir mais alimentos e calorias. O Instituto de Medicina americano recomenda amamentação durante a infância. A Academia Americana de Pediatria aconselha as mães a amamentarem exclusivamente durante os primeiros seis meses, podendo continuar a amamentação por um ano.
Crianças: o crescimento das crianças deve ser monitorado pelos profissionais de saúde porque os pais tendem a subestimar o peso de seus filhos. Existe uma crença popular de que um bebê gordinho é um bebê saudável, e que logo as crianças vão crescer e emagrecer. Essa visão é errada. Um estudo mostrou que apenas metade dos pais de crianças obesas reconhece que seu filho está acima do peso.
Crianças pré-escolares devem ser encorajadas a se exercitarem durante o dia. Elas devem brincar ao ar livre, ter acesso a playgrounds ou gramados e um ambiente adequado em creches. Alimentação, atividade física e TV não devem ser usados como incentivo ou punição; especialistas dizem que há outros meios de promover comportamentos ou desestimulá-los.
Os adultos devem dar o exemplo de uma alimentação saudável e incentivar as crianças a comerem frutas, legumes, proteínas magras, cereais integrais e laticínios de baixa ou sem gordura. As crianças devem dormir bem (e poder dormir mais), porque as mais pesadas dormem menos que as crianças de peso normal. A TV afeta o sono dos pré-escolares: os especialistas também aconselham limitação do tempo na frente das telas, o que por sua vez também limita a exposição a anúncios de comidas não saudáveis.
Fonte: http://hypescience.com/ate-os-bebes-estao-obesos-como-fomos-parar-aqui/
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Dr. Frederico Lobo
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Usar maconha antes dos 15 anos reduz memória em até 30%
O uso de maconha antes dos 15 anos -quando o cérebro ainda está em processo de amadurecimento- prejudica a capacidade de recuperar as informações, reduzindo a memória dos usuários em até 30%.
Os danos são proporcionais à quantidade de droga usada: quanto mais se fuma, maiores são os estragos. E eles persistem mesmo se houver um período de abstinência de um mês.
Os resultados são de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo apresentada no 7º Congresso Anual de Cérebro, Comportamento e Emoções, em Gramado (RS).
"Os usuários precoces têm resultados significativamente inferiores também em ouras áreas, como a capacidade de controlar seus impulsos", diz a neuropsicóloga Maria Alice Fontes, uma das autoras do trabalho.
Se o uso se inicia após os 15 anos, no entanto, as chances de prejuízo nessas funções diminui.
"Não é que seja o consumo da maconha fique seguro, longe disso. Mas ele se torna menos nocivo, porque o cérebro já passou dessa etapa de desenvolvimento", afirmou a pesquisadora.
O estudo foi publicado na última edição do "The British Journal of Psychiatry".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/935827-usar-maconha-antes-dos-15-anos-reduz-memoria-em-ate-30.shtml
Os danos são proporcionais à quantidade de droga usada: quanto mais se fuma, maiores são os estragos. E eles persistem mesmo se houver um período de abstinência de um mês.
Os resultados são de uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo apresentada no 7º Congresso Anual de Cérebro, Comportamento e Emoções, em Gramado (RS).
"Os usuários precoces têm resultados significativamente inferiores também em ouras áreas, como a capacidade de controlar seus impulsos", diz a neuropsicóloga Maria Alice Fontes, uma das autoras do trabalho.
Se o uso se inicia após os 15 anos, no entanto, as chances de prejuízo nessas funções diminui.
"Não é que seja o consumo da maconha fique seguro, longe disso. Mas ele se torna menos nocivo, porque o cérebro já passou dessa etapa de desenvolvimento", afirmou a pesquisadora.
O estudo foi publicado na última edição do "The British Journal of Psychiatry".
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/935827-usar-maconha-antes-dos-15-anos-reduz-memoria-em-ate-30.shtml
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Dr. Frederico Lobo
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terça-feira, 28 de junho de 2011
Bisfenol-A altera comportamento de roedores
Testes conduzidos em uma espécie de camundongo selvagem indicaram novos riscos para o ambiente, e talvez para a saúde, ligados ao bisfenol-A, componente de mamadeiras e de vários outros produtos industrializados.
O consumo de níveis supostamente seguros da molécula fez com que camundongos machos ficassem com sua capacidade de localização espacial prejudicada.
Pior ainda (para eles): as fêmeas da espécie passaram a esnobá-los, como se soubessem que havia algo de errado com os bichos. Os achados estão na revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA, e foram obtidos por Cheryl Rosenberg e seus colegas da Universidade do Missouri.
Os pesquisadores demonstram cautela na hora de relacionar os resultados com possíveis efeitos sobre meninos humanos, mas afirmam que é preciso levá-los em conta e continuar os estudos.
Mimetizador
O bisfenol-A é empregado amplamente por indústrias do mundo todo para a fabricação de plásticos e resinas. Além das mamadeiras, os produtos que contêm bisfenol-A incluem resinas dentárias, lentes de contato, CDs e DVDs e o revestimento interno de latas de refrigerante ou outras bebidas.
O grande problema da molécula e de seus derivados é o fato de o organismo de vertebrados como nós "interpretarem" as substâncias como hormônios sexuais --os mesmos que o corpo produz para gerar as características típicas de cada sexo.
Mas os hormônios sexuais também têm papel importante em uma série de outras dinâmicas do organismo, do sistema imune (de defesa) à capacidade mental, o que sugere uma ampla gama de potenciais problemas ligados à overdose de bisfenol-A.
A questão é saber se esses problemas estão mesmo acontecendo. Por via das dúvidas, há países cogitando barrar total ou parcialmente o uso.
Os pesquisadores tentaram investigar o efeito da molécula numa espécie em que há diferenças claras de comportamento entre machos e fêmeas, o camundongo Peromyscus maniculatus.
Entre esses bichos, os machos são polígamos e, na época do acasalamento, transformam-se em grandes exploradores, atravessando distâncias relativamente grandes para chegar até as fêmeas, que estão dispersas pelo território natal dos animais.
Perdidos
Como não havia muito jeito de espalhar os bichinhos por quilômetros e quilômetros, os cientistas testaram essa capacidade nos machos ensinando-os a se deslocar por um labirinto de laboratório. Antes disso, porém, os roedores foram divididos em dois grupos principais.
Num deles, os bichos recebiam bisfenol-A durante a gravidez e após o nascimento, em quantidades comparáveis às ingeridas por humanos em países industrializados. No outro grupo, a substância não estava na dieta.
Além de se tornarem pouco atraentes para as fêmeas, os bichos que ingeriam bisfenol-A também se saíam pior no labirinto --ou seja, sofreriam para achar parceiras caso estivessem na natureza.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/935847-usado-em-plasticos-bisfenol-a-altera-comportamento-de-roedores.shtml
O consumo de níveis supostamente seguros da molécula fez com que camundongos machos ficassem com sua capacidade de localização espacial prejudicada.
Pior ainda (para eles): as fêmeas da espécie passaram a esnobá-los, como se soubessem que havia algo de errado com os bichos. Os achados estão na revista "PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA, e foram obtidos por Cheryl Rosenberg e seus colegas da Universidade do Missouri.
Os pesquisadores demonstram cautela na hora de relacionar os resultados com possíveis efeitos sobre meninos humanos, mas afirmam que é preciso levá-los em conta e continuar os estudos.
Mimetizador
O bisfenol-A é empregado amplamente por indústrias do mundo todo para a fabricação de plásticos e resinas. Além das mamadeiras, os produtos que contêm bisfenol-A incluem resinas dentárias, lentes de contato, CDs e DVDs e o revestimento interno de latas de refrigerante ou outras bebidas.
O grande problema da molécula e de seus derivados é o fato de o organismo de vertebrados como nós "interpretarem" as substâncias como hormônios sexuais --os mesmos que o corpo produz para gerar as características típicas de cada sexo.
Mas os hormônios sexuais também têm papel importante em uma série de outras dinâmicas do organismo, do sistema imune (de defesa) à capacidade mental, o que sugere uma ampla gama de potenciais problemas ligados à overdose de bisfenol-A.
A questão é saber se esses problemas estão mesmo acontecendo. Por via das dúvidas, há países cogitando barrar total ou parcialmente o uso.
Os pesquisadores tentaram investigar o efeito da molécula numa espécie em que há diferenças claras de comportamento entre machos e fêmeas, o camundongo Peromyscus maniculatus.
Entre esses bichos, os machos são polígamos e, na época do acasalamento, transformam-se em grandes exploradores, atravessando distâncias relativamente grandes para chegar até as fêmeas, que estão dispersas pelo território natal dos animais.
Perdidos
Como não havia muito jeito de espalhar os bichinhos por quilômetros e quilômetros, os cientistas testaram essa capacidade nos machos ensinando-os a se deslocar por um labirinto de laboratório. Antes disso, porém, os roedores foram divididos em dois grupos principais.
Num deles, os bichos recebiam bisfenol-A durante a gravidez e após o nascimento, em quantidades comparáveis às ingeridas por humanos em países industrializados. No outro grupo, a substância não estava na dieta.
Além de se tornarem pouco atraentes para as fêmeas, os bichos que ingeriam bisfenol-A também se saíam pior no labirinto --ou seja, sofreriam para achar parceiras caso estivessem na natureza.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/935847-usado-em-plasticos-bisfenol-a-altera-comportamento-de-roedores.shtml
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Dr. Frederico Lobo
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domingo, 26 de junho de 2011
“As dificuldades são os interesses das empresas e os lobbies”, diz deputado Alfredo Sirkis
Alfredo Sirkis, deputado autor de Projeto de Lei que proíbe o uso de bisfenol A no Brasil, acredita que informação e campanhas educativas são fundamentais para prevenir doenças associadas ao químico
Em busca de cortes nos custos e aumento nos lucros, há algumas décadas as empresas passaram a vender seus produtos em embalagens de plástico, latas de alumínio e outros materiais com a justificativa de que poderiam oferecer produtos mais baratos aos consumidores. Muitos anos depois, vários estudos científicos comprovaram que substâncias químicas, utilizadas na fabricação dessas embalagens economicamente eficientes, migram da embalagem para o conteúdo interno. Entre essas substâncias, uma das mais prejudiais é o bisfenol A (BPA), associado a doenças como câncer, infertilidade, aborto, obesidade e puberdade precoce.
Por conta disso, o BPA já é proibido no Canadá, na Costa Rica, na Malásia e em toda a União Europeia. Nos Estados Unidos, vários estados e cidades já proíbem o uso do químico em produtos infantis. Na China, o governo anunciou na semana passada que, além de o químico estar proibido na fabricação de mamadeiras, quem infringir a lei poderá ser condenado à pena de morte.
No Brasil o processo de proibição ainda está pouco adiantado, mas o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) quer agilizar o passo. Ele apresentou na Câmara dos Deputados, em janeiro de 2011, o Projeto de Lei nº 1197/2011, que proíbe a comercialização, em território nacional, de alimentos sólidos, bebidas e medicamentos embalados em material cuja composição química contenha bisfenol A, ftalatos e outras substâncias químicas prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. O Tao do Consumo entrevistou o deputado Sirkis.
Em que fase está o Projeto de Lei de vossa autoria que proíbe a venda de alimentos, bebidas e medicamentos que contêm bisfenol-A e outras substâncias prejudiciais à saúde e ao meio ambiente?
Está na fase inicial. Foi apresentado e agora vai às comissões.
Qual é a sua expectativa em relação à aprovação desse Projeto de Lei?
Espero que seja aprovado porque diz respeito à saúde da população como um todo. As dificuldades são os interesses das empresas que utilizam essa substância e os lobbies que dispõem tradicionalmente na Câmara.
A recente proibição do bisfenol-A na União Europeia pode ajudar na aprovação da lei no Brasil?
Em tese sim. Mostra que o problema é real e que os países mais avançados se preocupam com isso.
Por que deve existir uma lei que proíba a utilização de bisfenol-A na fabricação do plástico e no revestimento interno de latas de bebidas e alimentos?
Pelos estudos científicos que demonstram o risco potencial para a saúde e dentro do princípio da precaução.
Além da lei, o que mais é necessário para que a população brasileira não esteja mais exposta ao bisfenol-A?
Campanhas educativas que deveriam estar a cargo do Ministério da Saúde.
O que as empresas poderiam fazer antes mesmo da lei entrar em vigor para demonstrar que se preocupam com os consumidores?
Seria útil se a embalagem do produto informasse existência da substância, como se faz atualmente em relação à gordura trans, por exemplo.
O que o senhor faz no dia a dia para reduzir sua própria exposição ao bisfenol-A?
Estou examinando e pesquisando melhor os produtos que consumo.
Quais outros benefícios a sociedade pode obter ao adotar hábitos de consumo mais saudáveis?
Além de prevenir doenças através de um consumo mais saudável, reduziríamos a pressão sobre o sistema de saúde e possibilitaríamos um melhor atendimento a quem de fato viesse a precisar.
Por Fernanda Medeiros e Fabiana Dupont
Fonte: http://www.otaodoconsumo.com.br/voce-e-o-que-come-na-embalagem-que-consome/%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%e2%80%9cas-dificuldades-sao-os-interesses-das-empresas-e-os-lobbies%e2%80%9d
Em busca de cortes nos custos e aumento nos lucros, há algumas décadas as empresas passaram a vender seus produtos em embalagens de plástico, latas de alumínio e outros materiais com a justificativa de que poderiam oferecer produtos mais baratos aos consumidores. Muitos anos depois, vários estudos científicos comprovaram que substâncias químicas, utilizadas na fabricação dessas embalagens economicamente eficientes, migram da embalagem para o conteúdo interno. Entre essas substâncias, uma das mais prejudiais é o bisfenol A (BPA), associado a doenças como câncer, infertilidade, aborto, obesidade e puberdade precoce.
Por conta disso, o BPA já é proibido no Canadá, na Costa Rica, na Malásia e em toda a União Europeia. Nos Estados Unidos, vários estados e cidades já proíbem o uso do químico em produtos infantis. Na China, o governo anunciou na semana passada que, além de o químico estar proibido na fabricação de mamadeiras, quem infringir a lei poderá ser condenado à pena de morte.
No Brasil o processo de proibição ainda está pouco adiantado, mas o deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) quer agilizar o passo. Ele apresentou na Câmara dos Deputados, em janeiro de 2011, o Projeto de Lei nº 1197/2011, que proíbe a comercialização, em território nacional, de alimentos sólidos, bebidas e medicamentos embalados em material cuja composição química contenha bisfenol A, ftalatos e outras substâncias químicas prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente. O Tao do Consumo entrevistou o deputado Sirkis.
Em que fase está o Projeto de Lei de vossa autoria que proíbe a venda de alimentos, bebidas e medicamentos que contêm bisfenol-A e outras substâncias prejudiciais à saúde e ao meio ambiente?
Está na fase inicial. Foi apresentado e agora vai às comissões.
Qual é a sua expectativa em relação à aprovação desse Projeto de Lei?
Espero que seja aprovado porque diz respeito à saúde da população como um todo. As dificuldades são os interesses das empresas que utilizam essa substância e os lobbies que dispõem tradicionalmente na Câmara.
A recente proibição do bisfenol-A na União Europeia pode ajudar na aprovação da lei no Brasil?
Em tese sim. Mostra que o problema é real e que os países mais avançados se preocupam com isso.
Por que deve existir uma lei que proíba a utilização de bisfenol-A na fabricação do plástico e no revestimento interno de latas de bebidas e alimentos?
Pelos estudos científicos que demonstram o risco potencial para a saúde e dentro do princípio da precaução.
Além da lei, o que mais é necessário para que a população brasileira não esteja mais exposta ao bisfenol-A?
Campanhas educativas que deveriam estar a cargo do Ministério da Saúde.
O que as empresas poderiam fazer antes mesmo da lei entrar em vigor para demonstrar que se preocupam com os consumidores?
Seria útil se a embalagem do produto informasse existência da substância, como se faz atualmente em relação à gordura trans, por exemplo.
O que o senhor faz no dia a dia para reduzir sua própria exposição ao bisfenol-A?
Estou examinando e pesquisando melhor os produtos que consumo.
Quais outros benefícios a sociedade pode obter ao adotar hábitos de consumo mais saudáveis?
Além de prevenir doenças através de um consumo mais saudável, reduziríamos a pressão sobre o sistema de saúde e possibilitaríamos um melhor atendimento a quem de fato viesse a precisar.
Por Fernanda Medeiros e Fabiana Dupont
Fonte: http://www.otaodoconsumo.com.br/voce-e-o-que-come-na-embalagem-que-consome/%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%ef%bb%bf%e2%80%9cas-dificuldades-sao-os-interesses-das-empresas-e-os-lobbies%e2%80%9d
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Energia eólica ganha impulso e reforça matriz renovável no País
O Brasil aposta no potencial dos seus ventos para ampliar o leque de opções e garantir a sustentabilidade no fornecimento de energia. O investimento em energia eólica ganhou força nos últimos dois anos. Atualmente, a energia eólica no Brasil possui aproximadamente 1,1 GW (gigawatt) de potência instalada, o equivalente a quase uma usina nuclear brasileira (Angra 1 tem 0,65 GW e Angra 2 tem potência de 1,35 GW). Antigamente, os famosos moinhos captavam o vento para moer grãos, por exemplo. Agora eles receberam uma nova tarefa: produzir energia elétrica. O mecanismo funciona geralmente por intermédio de um dispositivo que transforma a energia dos ventos em energia elétrica e mecânica.
O coordenador de Tecnologia e Inovação em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano, lembra que a primeira turbina foi instalada na Dinamarca (Europa), em 1976, para geração de energia elétrica conectada à rede. "Hoje existem mais de 30 mil turbinas eólicas no mundo. Elas também começaram a crescer em tamanho. Antes elas cabiam numa sala, por exemplo, hoje os postes que seguram as turbinas podem ter até 120 metros de altura", observa.
Apesar do crescimento recente, utilizar o potencial dos ventos ainda é novidade no País. O primeiro leilão de comercialização de energia, voltado exclusivamente para fonte eólica, foi realizado em 2009. O resultado foi a contratação de 1,8 Gigawatt (GW), distribuídos em 71 empreendimentos de geração eólica em cinco estados das regiões Nordeste e Sul. Já no leilão de 2010, foram contratadas mais 70 usinas eólicas, com potência total de 2 GW, também distribuídos em vários estados.
Vantagens - Um dos motivos que estimulam o investimento em energia eólica no país é o preço competitivo no mercado em relação às outras energias. Eduardo Soriano avalia a trajetória de queda do valor atribuído à energia nos últimos anos. Segundo ele, as primeiras instalações tinham preços cerca de duas a três vezes maiores na comparação com o custo atual. "Nos últimos anos, houve leilões específicos para energia eólica. Os primeiros preços beiravam R$ 300,00/megawatts hora. No leilão de 2009 foi em torno R$ 148,00 e no leilão 2010 foi de R$ 130,00. Então se pode ver que houve uma redução de preços da energia eólica no Brasil e ela está entrando de uma forma muito competitiva", informa o especialista em energia do MCT.
Outro ponto favorável à energia eólica é a necessidade em se compor matrizes energéticas mais limpas, renováveis e menos poluentes. O Brasil já é um dos países que têm mais energias renováveis na sua matriz energética. Em torno de 45% da energia produzida no Brasil vêm de fonte renovável, sendo 90% na geração de energia elétrica.
A energia eólica contribui para a manutenção dos altos índices de energias renováveis da matriz energética brasileira, mas na avaliação de Soriano, ela não pode ser encarada com uma solução definitiva e o Brasil não pode desprezar outras opções. Ele alerta que é fundamental para um país não depender de só uma fonte de energia. "Tem que diversificar as fontes. Vamos supor que o vento pare. Não vai ter energia?", indaga. "Então é preciso ter uma diversificação, um pouco de energia eólica, hidráulica, termonuclear, termelétrica, carvão e óleo. É preciso ter as várias fontes funcionando em conjunto para que se possa ter uma segurança energética", sustenta.
Por conta da instabilidade dos ventos, a energia eólica compõe o sistema brasileiro de distribuição de energia e não chega a atender uma cidade específica. É conectada às várias linhas de distribuição de energia espalhadas pelas diversas regiões brasileiras. Além da região Nordeste, os ventos do Sul do País e também do Rio de Janeiro concentram os ventos com potencial para a geração de energia, especialmente, na faixa do litoral. Ao contrário de locais como a Dinamarca, que possui usinas eólicas no mar, no Brasil elas estão instaladas em terra.
Investimento - O investimento governamental também incentiva o crescimento do setor. As primeiras instalações surgiram a partir de um programa do Ministério de Minas e Energia, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que subsidiou a energia eólica no Brasil, além de outras alternativas como a geração a partir da bioenergia e a energia hidráulica de pequeno porte. Desde 2002, o MCT investe recursos em pesquisa, principalmente na produção de peças, parques e sistemas para geradores eólicos, tais como: conversores, elementos mecânicos de torres, sistemas de controle, aerogeradores de pequeno porte, pás etc.
Em 2009 e 2010, o ministério implementou editais de subvenção econômica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), direcionado para empresas, nos quais foram aprovados 14 projetos envolvendo recursos da ordem de R$ 25 milhões (incluindo as contrapartidas empresariais). Tais investimentos, aliados aos incentivos governamentais para a implantação da energia eólica na matriz energética, têm alavancado no Brasil o mercado de peças e partes, o que está contribuindo com o aumento dos índices de nacionalização dos aerogeradores que estão sendo produzidos no País por diversas empresas. Alguns itens como pás, estão sendo exportados para diversos países do mundo.
Agora o grande desafio a ser superado é a falta de mão de obra especializada e de laboratórios capacitados. Para isso, o MCT deve lançar, ainda neste ano, um edital, no valor em torno de R$ 15 milhões, para formar recursos humanos de alto nível (pós-graduação, mestrado e doutorado) e criar laboratórios nos diversos estados, com prioridade para os locais com projetos em energia eólica. A carência de profissionais na área de energia é uma situação preocupante na avaliação de Eduardo Soriano.
De acordo com ele, está faltando engenheiros e técnicos no mundo inteiro na área de projetos, de implantação e de operação de energia eólica. O que representa uma deficiência que precisa ser suprida para dar suporte a esse crescimento da energia eólica. "Para ser competitivo, não basta ter só ventos, equipamentos e uma política de implantação de energia eólica. Precisamos ter também recursos humanos e laboratórios pra dar suporte a esse crescimento da energia eólica no Brasil", reforça Soriano
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWWNlUsRmeTxmWhN2aKVVVB1TP
O coordenador de Tecnologia e Inovação em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano, lembra que a primeira turbina foi instalada na Dinamarca (Europa), em 1976, para geração de energia elétrica conectada à rede. "Hoje existem mais de 30 mil turbinas eólicas no mundo. Elas também começaram a crescer em tamanho. Antes elas cabiam numa sala, por exemplo, hoje os postes que seguram as turbinas podem ter até 120 metros de altura", observa.
Apesar do crescimento recente, utilizar o potencial dos ventos ainda é novidade no País. O primeiro leilão de comercialização de energia, voltado exclusivamente para fonte eólica, foi realizado em 2009. O resultado foi a contratação de 1,8 Gigawatt (GW), distribuídos em 71 empreendimentos de geração eólica em cinco estados das regiões Nordeste e Sul. Já no leilão de 2010, foram contratadas mais 70 usinas eólicas, com potência total de 2 GW, também distribuídos em vários estados.
Vantagens - Um dos motivos que estimulam o investimento em energia eólica no país é o preço competitivo no mercado em relação às outras energias. Eduardo Soriano avalia a trajetória de queda do valor atribuído à energia nos últimos anos. Segundo ele, as primeiras instalações tinham preços cerca de duas a três vezes maiores na comparação com o custo atual. "Nos últimos anos, houve leilões específicos para energia eólica. Os primeiros preços beiravam R$ 300,00/megawatts hora. No leilão de 2009 foi em torno R$ 148,00 e no leilão 2010 foi de R$ 130,00. Então se pode ver que houve uma redução de preços da energia eólica no Brasil e ela está entrando de uma forma muito competitiva", informa o especialista em energia do MCT.
Outro ponto favorável à energia eólica é a necessidade em se compor matrizes energéticas mais limpas, renováveis e menos poluentes. O Brasil já é um dos países que têm mais energias renováveis na sua matriz energética. Em torno de 45% da energia produzida no Brasil vêm de fonte renovável, sendo 90% na geração de energia elétrica.
A energia eólica contribui para a manutenção dos altos índices de energias renováveis da matriz energética brasileira, mas na avaliação de Soriano, ela não pode ser encarada com uma solução definitiva e o Brasil não pode desprezar outras opções. Ele alerta que é fundamental para um país não depender de só uma fonte de energia. "Tem que diversificar as fontes. Vamos supor que o vento pare. Não vai ter energia?", indaga. "Então é preciso ter uma diversificação, um pouco de energia eólica, hidráulica, termonuclear, termelétrica, carvão e óleo. É preciso ter as várias fontes funcionando em conjunto para que se possa ter uma segurança energética", sustenta.
Por conta da instabilidade dos ventos, a energia eólica compõe o sistema brasileiro de distribuição de energia e não chega a atender uma cidade específica. É conectada às várias linhas de distribuição de energia espalhadas pelas diversas regiões brasileiras. Além da região Nordeste, os ventos do Sul do País e também do Rio de Janeiro concentram os ventos com potencial para a geração de energia, especialmente, na faixa do litoral. Ao contrário de locais como a Dinamarca, que possui usinas eólicas no mar, no Brasil elas estão instaladas em terra.
Investimento - O investimento governamental também incentiva o crescimento do setor. As primeiras instalações surgiram a partir de um programa do Ministério de Minas e Energia, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que subsidiou a energia eólica no Brasil, além de outras alternativas como a geração a partir da bioenergia e a energia hidráulica de pequeno porte. Desde 2002, o MCT investe recursos em pesquisa, principalmente na produção de peças, parques e sistemas para geradores eólicos, tais como: conversores, elementos mecânicos de torres, sistemas de controle, aerogeradores de pequeno porte, pás etc.
Em 2009 e 2010, o ministério implementou editais de subvenção econômica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), direcionado para empresas, nos quais foram aprovados 14 projetos envolvendo recursos da ordem de R$ 25 milhões (incluindo as contrapartidas empresariais). Tais investimentos, aliados aos incentivos governamentais para a implantação da energia eólica na matriz energética, têm alavancado no Brasil o mercado de peças e partes, o que está contribuindo com o aumento dos índices de nacionalização dos aerogeradores que estão sendo produzidos no País por diversas empresas. Alguns itens como pás, estão sendo exportados para diversos países do mundo.
Agora o grande desafio a ser superado é a falta de mão de obra especializada e de laboratórios capacitados. Para isso, o MCT deve lançar, ainda neste ano, um edital, no valor em torno de R$ 15 milhões, para formar recursos humanos de alto nível (pós-graduação, mestrado e doutorado) e criar laboratórios nos diversos estados, com prioridade para os locais com projetos em energia eólica. A carência de profissionais na área de energia é uma situação preocupante na avaliação de Eduardo Soriano.
De acordo com ele, está faltando engenheiros e técnicos no mundo inteiro na área de projetos, de implantação e de operação de energia eólica. O que representa uma deficiência que precisa ser suprida para dar suporte a esse crescimento da energia eólica. "Para ser competitivo, não basta ter só ventos, equipamentos e uma política de implantação de energia eólica. Precisamos ter também recursos humanos e laboratórios pra dar suporte a esse crescimento da energia eólica no Brasil", reforça Soriano
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWWNlUsRmeTxmWhN2aKVVVB1TP
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Agrotóxicos em plantações de fumo prejudicam produtores e seus vizinhos
O clima na sala da casa é pesado. Não existe momento de descontração nesta tarde fria em Rio Azul, a 180 quilômetros de Curitiba. Do lado de fora, as crianças se divertem com o opaco colorido das casas de alvenaria típicas do Paraná. Dentro, os adultos têm uma tensa conversa. Lídia Maria Bandacheski do Prado, de 35 anos, tem a tristeza estampada no rosto. Nas mãos, a fraqueza provocada pelo uso de agrotóxicos. À frente das pernas, um andador mostra que os problemas notados há uma década e agravados há quatro anos estão longe de encontrar solução. “Teve época que não conseguia sair da cama. Tem dia que fica pior, que não consigo fazer nada, me paralisa as pernas, me paralisa os braços.”
Uma visita ao hospital em 2001 deu início ao calvário de Lídia, dona de uma pequena propriedade. Passaram-se muitos anos até que uma equipe da Universidade Federal do Paraná esclarecesse que ela sofre de intoxicação crônica por agrotóxicos. “Fique quase dois anos sem dormir direito. Com dor nos braços, nas pernas. Era um fantasma dentro de casa”, lamenta. Nascida e criada na roça, Lídia viu a morte prematura do pai transformá-la em uma das chefes da família. Aos 9 anos, passou a ajudar a mãe diretamente no plantio de fumo, uma prática que até hoje não foi retirada do mapa da produção de tabaco no Brasil. Se hoje persistem problemas no manejo do agrotóxico, naquela época não se tinha a menor ideia dos efeitos dessa substância sobre a saúde humana.
Uma das práticas era cavar um buraco no chão e ali preparar, com as mãos desprotegidas, o “tempero”, a dissolução dos defensivos agrícolas em água. “Naquela época a gente vivia dentro do paiol. A mãe cozinhava dentro do barracão, a gente dormia em cima das pilhas de fumo”, conta a agricultora.
Pesquisas
O caso de Lídia chamou a atenção dos integrantes do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da UFPR, que em 2009 passou a analisar a intoxicação por agrotóxicos em Rio Azul, cidade em que 45% das riquezas passam pelo tabaco. É um dos muitos municípios paranaenses responsáveis pela produção de 150 mil toneladas de fumo ao ano, oscilando entre 15% e 20% do tabaco nacional, setor comandado pelo Rio Grande do Sul. São pequenas propriedades, na maioria entre zero e dez hectares, empregando em sua quase totalidade mão de obra familiar.
Ao mesmo tempo, o Paraná figura entre os quatro estados que mais consomem defensivos agrícolas no Brasil, dado que é atribuído também à soja e ao milho. “Apesar de uma redução nos últimos anos, ainda se utiliza muito agrotóxico na cadeia do fumo. É um trabalho extremamente penoso, com equipamento costal, que dá problemas na coluna e reumatismo”, adverte Amadeu Bonatto, coordenador técnico do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (Deser).
O levantamento de dados por parte do Núcleo de Saúde Coletiva está na fase final. Ao levantar os casos registrados de intoxicação por agrotóxicos nos últimos dez anos em Rio Azul, os pesquisadores apenas ratificaram a impressão de que a cidade segue a média nacional de subnotificação deste tipo de ocorrência. “Os produtores ficam tontos, sentem ânsia de vômito, mas a relação entre agrotóxico e sintomas nem sempre é feita”, lembra Paulo de Oliveira Perna, coordenador do núcleo, que adverte que também entre os agentes de saúde a questão dos agrotóxicos é subestimada.
Um dos obstáculos para o convencimento é também cultural. A maioria dos agricultores, criado nesse ambiente, sempre resistiu a acreditar que aquilo que sempre foi feito possa estar errado – cada organismo reage de uma maneira à exposição ao agrotóxico e a intoxicação crônica pode levar anos para se consumar. Outra questão é a baixíssima escolaridade: segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), 89,9% dos trabalhadores do setor não completaram o ensino fundamental, o que dificulta a leitura das bulas e a aplicação das dosagens corretas.
Alguns vizinhos de Lídia custam a acreditar que as falhas de memória e as perdas parciais de movimento de pernas e da visão sejam resultado do uso dos venenos. Para desafiar as constatações científicas, um vizinho chegou a mergulhar em um tambor “temperado”. Não satisfeito, continua levando os filhos ao trabalho na roça. Uma das filhas de Lídia, submetida à mesma rotina quando a família não sabia dos efeitos nocivos do agrotóxico, teve extraída parte do aparelho urinário.
Empresas
O Ministério Público do Trabalho avalia que as empresas devem ser culpadas pelos danos provocados por defensivos agrícolas. Sem ingressar nos pormenores dos contratos estabelecidos entre fumageiras e fumicultores, tema que será abordado na próxima reportagem da série, os agricultores utilizam os produtos e as quantidades entregues pelas empresas. “Os engenheiros agrônomos são contratados pela própria empresa, o que configura conflito de interesses. As empresas exigem não apenas a quantidade, mas a marca do agrotóxico”, assinala a procuradora Margaret Ramos de Carvalho. Na safra 2010/11, o uso do Gamit 500 rendeu dores de cabeça aos produtores de orgânicos de São João do Triunfo (leia quadro abaixo).
“Pude perceber que tinha problema de saúde quando deixei de produzir fumo químico. Sentia dor de cabeça, tontura, mas não sabia que era o agrotóxico”, recorda Anderson Sviech, um produtor de Palmeira, a 80 quilômetros de Curitiba. Um embaço nos olhos, muitas vezes, é interpretado como conjuntivite. Perda de apetite e irritabilidade são outros sintomas subestimados. O uso dos equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs, é uma questão à parte. “A indústria quer falar que foi o produtor que não usou, mas mesmo usando não protege. Quando se está aspergindo, o veneno passa, não tem como”, reclama Paulo Perna, da Universidade Federal do Paraná.
Outra argumentação das fumageiras é de que os trabalhadores não cumprem o chamado “prazo de carência” após a aplicação do agrotóxico, ou seja, não ficam distantes da plantação tempo suficiente para que o veneno se dissipe. O problema, como se sabe, é que as propriedades são muito pequenas e as plantações ficam logo ao lado das residências.
Folha verde
A parede do paiol de Evaldo Gross, de 47 anos, mostra que ele sabe os efeitos dos agrotóxicos: alguns cartazes fornecidos pela fumageira indicam quais EPIs devem ser utilizados em cada fase da lavoura. No entanto, a colheita ocorre em pleno verão, e Evaldo se queixa que a roupa de proteção acaba queimando a pele. O resultado do contato direto com a planta é a chamada “doença da folha verde” do tabaco. Trata-se da manifestação de uma série de sintomas causados pelo contato com a folha molhada, que libera nicotina. “Quando chega a tarde, começa a dar moleza nas pernas, dá ânsia. Um mal-estar tremendo. E não tem remédio, tem de esperar passar. Te trava o sono, atravessa a noite sem dormir”, afirma Evaldo. Ao fim de um dia de trabalho na época de colheita, um produtor fica exposto a 54 miligramas de nicotina, o equivalente a 36 cigarros.
Apesar dos problemas, os fumicultores têm poucas alternativas para mudar a produção. É comum ouvir que a renda vem em primeiro lugar, a saúde em segundo, e o resto depois. Lídia, mesmo com as limitações provocadas pelos agrotóxicos, sentia-se obrigada a seguir cultivando fumo para ter um sustento. Só parou porque, após a constatação da intoxicação crônica, nenhuma fumageira quis manter vínculos com a agricultora. Sem alternativas economicamente viáveis para uma propriedade de oito hectares, ela e a família se preparam para engrossar uma área urbana.
Em São João, o triunfo é do agrotóxico
São João do Triunfo é uma pequena e montanhosa cidade, vizinha de Palmeira e uma das grandesprodutoras de fumo. Há bairros inteiros que vivem em torno da fumicultura. Azar dos vizinhos. Em março deste ano, um grupo de agricultores autointitulado Coletivo Triunfo divulgou uma carta na qual se queixa que as propriedades responsáveis pela produção de alimentos sofreram contaminação por agrotóxicos.
Eles contam que o problema se agravou este ano e acusam as empresas de ter receitado aos fumicultores o Gamit 500, herbicida proibido pela Secretaria de Agricultura do Paraná. A recomendação da bula das variações de Gamit permitidas no estado é de que se mantenha uma distância de 800 metros em relação a lavouras de milho e girassol, hortas e pomares.
Como isso não ocorreu, os agricultores denunciam a morte de pássaros e plantas, além de problemas de saúde em algumas famílias. Silvestre de Oliveira Santos, um senhor corpulento de Fernandes Pinheiro, cidade colada a São João, trabalha com a possibilidade de ruir os esforços empreendidos na certificação de seus produtos orgânicos, uma medida que abriria novos mercados e renderia melhor remuneração. “A gente estava há dez anos trabalhando nisso. Trabalhando em organização e avaliação”, lamenta.
Ele conta que na época em que o vizinho aplicou Gamit, as plantas amarelaram e as frutas caíram. Agora, acredita que boa parte da plantação vai acabar secando. “Se vier aplicar Gamit de novo, temos que tomar providência. Se não aplicar, pode plantar o que quiser aqui do lado, não tem problema.”
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRVVONlYHZEUTxmWhN2aKVVVB1TP
Uma visita ao hospital em 2001 deu início ao calvário de Lídia, dona de uma pequena propriedade. Passaram-se muitos anos até que uma equipe da Universidade Federal do Paraná esclarecesse que ela sofre de intoxicação crônica por agrotóxicos. “Fique quase dois anos sem dormir direito. Com dor nos braços, nas pernas. Era um fantasma dentro de casa”, lamenta. Nascida e criada na roça, Lídia viu a morte prematura do pai transformá-la em uma das chefes da família. Aos 9 anos, passou a ajudar a mãe diretamente no plantio de fumo, uma prática que até hoje não foi retirada do mapa da produção de tabaco no Brasil. Se hoje persistem problemas no manejo do agrotóxico, naquela época não se tinha a menor ideia dos efeitos dessa substância sobre a saúde humana.
Uma das práticas era cavar um buraco no chão e ali preparar, com as mãos desprotegidas, o “tempero”, a dissolução dos defensivos agrícolas em água. “Naquela época a gente vivia dentro do paiol. A mãe cozinhava dentro do barracão, a gente dormia em cima das pilhas de fumo”, conta a agricultora.
Pesquisas
O caso de Lídia chamou a atenção dos integrantes do Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva da UFPR, que em 2009 passou a analisar a intoxicação por agrotóxicos em Rio Azul, cidade em que 45% das riquezas passam pelo tabaco. É um dos muitos municípios paranaenses responsáveis pela produção de 150 mil toneladas de fumo ao ano, oscilando entre 15% e 20% do tabaco nacional, setor comandado pelo Rio Grande do Sul. São pequenas propriedades, na maioria entre zero e dez hectares, empregando em sua quase totalidade mão de obra familiar.
Ao mesmo tempo, o Paraná figura entre os quatro estados que mais consomem defensivos agrícolas no Brasil, dado que é atribuído também à soja e ao milho. “Apesar de uma redução nos últimos anos, ainda se utiliza muito agrotóxico na cadeia do fumo. É um trabalho extremamente penoso, com equipamento costal, que dá problemas na coluna e reumatismo”, adverte Amadeu Bonatto, coordenador técnico do Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (Deser).
O levantamento de dados por parte do Núcleo de Saúde Coletiva está na fase final. Ao levantar os casos registrados de intoxicação por agrotóxicos nos últimos dez anos em Rio Azul, os pesquisadores apenas ratificaram a impressão de que a cidade segue a média nacional de subnotificação deste tipo de ocorrência. “Os produtores ficam tontos, sentem ânsia de vômito, mas a relação entre agrotóxico e sintomas nem sempre é feita”, lembra Paulo de Oliveira Perna, coordenador do núcleo, que adverte que também entre os agentes de saúde a questão dos agrotóxicos é subestimada.
Um dos obstáculos para o convencimento é também cultural. A maioria dos agricultores, criado nesse ambiente, sempre resistiu a acreditar que aquilo que sempre foi feito possa estar errado – cada organismo reage de uma maneira à exposição ao agrotóxico e a intoxicação crônica pode levar anos para se consumar. Outra questão é a baixíssima escolaridade: segundo dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), 89,9% dos trabalhadores do setor não completaram o ensino fundamental, o que dificulta a leitura das bulas e a aplicação das dosagens corretas.
Alguns vizinhos de Lídia custam a acreditar que as falhas de memória e as perdas parciais de movimento de pernas e da visão sejam resultado do uso dos venenos. Para desafiar as constatações científicas, um vizinho chegou a mergulhar em um tambor “temperado”. Não satisfeito, continua levando os filhos ao trabalho na roça. Uma das filhas de Lídia, submetida à mesma rotina quando a família não sabia dos efeitos nocivos do agrotóxico, teve extraída parte do aparelho urinário.
Empresas
O Ministério Público do Trabalho avalia que as empresas devem ser culpadas pelos danos provocados por defensivos agrícolas. Sem ingressar nos pormenores dos contratos estabelecidos entre fumageiras e fumicultores, tema que será abordado na próxima reportagem da série, os agricultores utilizam os produtos e as quantidades entregues pelas empresas. “Os engenheiros agrônomos são contratados pela própria empresa, o que configura conflito de interesses. As empresas exigem não apenas a quantidade, mas a marca do agrotóxico”, assinala a procuradora Margaret Ramos de Carvalho. Na safra 2010/11, o uso do Gamit 500 rendeu dores de cabeça aos produtores de orgânicos de São João do Triunfo (leia quadro abaixo).
“Pude perceber que tinha problema de saúde quando deixei de produzir fumo químico. Sentia dor de cabeça, tontura, mas não sabia que era o agrotóxico”, recorda Anderson Sviech, um produtor de Palmeira, a 80 quilômetros de Curitiba. Um embaço nos olhos, muitas vezes, é interpretado como conjuntivite. Perda de apetite e irritabilidade são outros sintomas subestimados. O uso dos equipamentos de proteção individual, os chamados EPIs, é uma questão à parte. “A indústria quer falar que foi o produtor que não usou, mas mesmo usando não protege. Quando se está aspergindo, o veneno passa, não tem como”, reclama Paulo Perna, da Universidade Federal do Paraná.
Outra argumentação das fumageiras é de que os trabalhadores não cumprem o chamado “prazo de carência” após a aplicação do agrotóxico, ou seja, não ficam distantes da plantação tempo suficiente para que o veneno se dissipe. O problema, como se sabe, é que as propriedades são muito pequenas e as plantações ficam logo ao lado das residências.
Folha verde
A parede do paiol de Evaldo Gross, de 47 anos, mostra que ele sabe os efeitos dos agrotóxicos: alguns cartazes fornecidos pela fumageira indicam quais EPIs devem ser utilizados em cada fase da lavoura. No entanto, a colheita ocorre em pleno verão, e Evaldo se queixa que a roupa de proteção acaba queimando a pele. O resultado do contato direto com a planta é a chamada “doença da folha verde” do tabaco. Trata-se da manifestação de uma série de sintomas causados pelo contato com a folha molhada, que libera nicotina. “Quando chega a tarde, começa a dar moleza nas pernas, dá ânsia. Um mal-estar tremendo. E não tem remédio, tem de esperar passar. Te trava o sono, atravessa a noite sem dormir”, afirma Evaldo. Ao fim de um dia de trabalho na época de colheita, um produtor fica exposto a 54 miligramas de nicotina, o equivalente a 36 cigarros.
Apesar dos problemas, os fumicultores têm poucas alternativas para mudar a produção. É comum ouvir que a renda vem em primeiro lugar, a saúde em segundo, e o resto depois. Lídia, mesmo com as limitações provocadas pelos agrotóxicos, sentia-se obrigada a seguir cultivando fumo para ter um sustento. Só parou porque, após a constatação da intoxicação crônica, nenhuma fumageira quis manter vínculos com a agricultora. Sem alternativas economicamente viáveis para uma propriedade de oito hectares, ela e a família se preparam para engrossar uma área urbana.
Em São João, o triunfo é do agrotóxico
São João do Triunfo é uma pequena e montanhosa cidade, vizinha de Palmeira e uma das grandesprodutoras de fumo. Há bairros inteiros que vivem em torno da fumicultura. Azar dos vizinhos. Em março deste ano, um grupo de agricultores autointitulado Coletivo Triunfo divulgou uma carta na qual se queixa que as propriedades responsáveis pela produção de alimentos sofreram contaminação por agrotóxicos.
Eles contam que o problema se agravou este ano e acusam as empresas de ter receitado aos fumicultores o Gamit 500, herbicida proibido pela Secretaria de Agricultura do Paraná. A recomendação da bula das variações de Gamit permitidas no estado é de que se mantenha uma distância de 800 metros em relação a lavouras de milho e girassol, hortas e pomares.
Como isso não ocorreu, os agricultores denunciam a morte de pássaros e plantas, além de problemas de saúde em algumas famílias. Silvestre de Oliveira Santos, um senhor corpulento de Fernandes Pinheiro, cidade colada a São João, trabalha com a possibilidade de ruir os esforços empreendidos na certificação de seus produtos orgânicos, uma medida que abriria novos mercados e renderia melhor remuneração. “A gente estava há dez anos trabalhando nisso. Trabalhando em organização e avaliação”, lamenta.
Ele conta que na época em que o vizinho aplicou Gamit, as plantas amarelaram e as frutas caíram. Agora, acredita que boa parte da plantação vai acabar secando. “Se vier aplicar Gamit de novo, temos que tomar providência. Se não aplicar, pode plantar o que quiser aqui do lado, não tem problema.”
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRVVONlYHZEUTxmWhN2aKVVVB1TP
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Dr. Frederico Lobo
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O nome é diferente, mas o plástico é o mesmo
Será que o plástico feito com material vegetal é melhor? Em março, a Pepsi divulgou para a imprensa “a primeira garrafa feita 100% a base de plantas, uma garrafa PET feita com fontes renováveis”. Em seguida, a Coca devolveu: “Odwalla, do grupo Coca-Cola é a primeira indústria a comercializar embalagens feitas 100% a base de plantas”.
As manchetes seguintes foram ainda mais fortes: “Garrafas da Pepsi: agora sem plástico” (Christian Science Monitor), “Pepsi pressiona mercado com garrafas feitas a base de plantas, uma garrafa 100% sem plástico” (GreenBiz), “Coca-Cola está desenvolvendo garrafas de plástico reciclado e materiais vegetais” (Guardian).
No mês passado a Coca-Cola lançou um comercial para sua água mineral Dasani argumentando que a embalagem feita com material vegetal foi desenvolvida para “fazer a diferença”.
Mas, apesar de todo o barulho, as garrafas a base de plantas ainda resultam no velho e conhecido plástico. As empresas simplesmente substituíram combustíveis fósseis (como o petróleo e o gás natural) pelo etanol. E embora o etanol seja renovável e fonte de baixa emissão de carbono, o plástico resultante é quimicamente idêntico ao PET (polietileno tereftalato) ou ao PEAD (polietileno de alta densidade), materiais comumente usados na fabricação de garrafas plásticas. E, uma vez que o material vegetal se torna plástico, eles causam os mesmos impactos ambientais que um plástico feito de combustível fóssil.
Ou seja, como não são biodegradáveis, poluem os oceanos e o solo e ainda contaminam os alimentos com químicos que migram da embalagem para o conteúdo interno. “Eles estão simplesmente utilizando plantas para fazer os mesmos polímeros que se encontram em plásticos. Isso não tem efeito nenhum para o meio ambiente”, explica Marcus Eriksen, um dos criadores da 5 Gyres, entidade que estuda a poluição de plástico em áreas como a grande mancha de lixo do Oceano Pacífico.
Eriksen e sua equipe acabam de explorar as cinco maiores correntes do mundo onde o plástico se acumula. Eles acharam plástico se acumulando em várias das ilhas pesquisadas e no estômago de pássaros e peixes mortos que consumiram plástico, pensando se tratar de pequenos peixes ou algas marinhas.
O plástico feito a base de plantas (ou não) prejudica a saúde de humanos da mesma forma. Os perigos de aditivos químicos normalmente usados em sua produção – como ftalatos e bisfenol A – têm sido amplamente divulgados: os dois já foram associados à obesidade, autismo e várias formas de câncer.
“Algumas formulas de bioplásticos usam os mesmos tipos de aditivos que os plásticos feitos com petróleo ou gás natural”, reconhece Melissa Hockstad, vice presidente da SPE (The Society of the Plastics Industry), uma associação de indústrias de plástico dos Estados Unidos. “Algumas empresas estão trabalhando para conseguir alternativas” diz Hockstad. A dúvida é: se as empresas “estão trabalhando no desenvolvimento”, esses bioaditivos ainda não existem
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlUspFWTxmWhN2aKVVVB1TP
As manchetes seguintes foram ainda mais fortes: “Garrafas da Pepsi: agora sem plástico” (Christian Science Monitor), “Pepsi pressiona mercado com garrafas feitas a base de plantas, uma garrafa 100% sem plástico” (GreenBiz), “Coca-Cola está desenvolvendo garrafas de plástico reciclado e materiais vegetais” (Guardian).
No mês passado a Coca-Cola lançou um comercial para sua água mineral Dasani argumentando que a embalagem feita com material vegetal foi desenvolvida para “fazer a diferença”.
Mas, apesar de todo o barulho, as garrafas a base de plantas ainda resultam no velho e conhecido plástico. As empresas simplesmente substituíram combustíveis fósseis (como o petróleo e o gás natural) pelo etanol. E embora o etanol seja renovável e fonte de baixa emissão de carbono, o plástico resultante é quimicamente idêntico ao PET (polietileno tereftalato) ou ao PEAD (polietileno de alta densidade), materiais comumente usados na fabricação de garrafas plásticas. E, uma vez que o material vegetal se torna plástico, eles causam os mesmos impactos ambientais que um plástico feito de combustível fóssil.
Ou seja, como não são biodegradáveis, poluem os oceanos e o solo e ainda contaminam os alimentos com químicos que migram da embalagem para o conteúdo interno. “Eles estão simplesmente utilizando plantas para fazer os mesmos polímeros que se encontram em plásticos. Isso não tem efeito nenhum para o meio ambiente”, explica Marcus Eriksen, um dos criadores da 5 Gyres, entidade que estuda a poluição de plástico em áreas como a grande mancha de lixo do Oceano Pacífico.
Eriksen e sua equipe acabam de explorar as cinco maiores correntes do mundo onde o plástico se acumula. Eles acharam plástico se acumulando em várias das ilhas pesquisadas e no estômago de pássaros e peixes mortos que consumiram plástico, pensando se tratar de pequenos peixes ou algas marinhas.
O plástico feito a base de plantas (ou não) prejudica a saúde de humanos da mesma forma. Os perigos de aditivos químicos normalmente usados em sua produção – como ftalatos e bisfenol A – têm sido amplamente divulgados: os dois já foram associados à obesidade, autismo e várias formas de câncer.
“Algumas formulas de bioplásticos usam os mesmos tipos de aditivos que os plásticos feitos com petróleo ou gás natural”, reconhece Melissa Hockstad, vice presidente da SPE (The Society of the Plastics Industry), uma associação de indústrias de plástico dos Estados Unidos. “Algumas empresas estão trabalhando para conseguir alternativas” diz Hockstad. A dúvida é: se as empresas “estão trabalhando no desenvolvimento”, esses bioaditivos ainda não existem
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlUspFWTxmWhN2aKVVVB1TP
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Dr. Frederico Lobo
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Agricultor contaminado com grandes quantidades de agrotóxico
Cientistas de Leipzig descobriram teores elevados do herbicida glifosato em um fazendeiro da Saxônia. A quantidade encontrada é mil vezes superior à média de outras amostras, afirmou a veterinária e microbiologista Monika Krueger, da Universidade de Leipzig, para a revista Exakt, da rede MDR de notícias. A professora Monika Krueger considera que os índices encontrados na urina do agricultor são preocupantes.
O glifosato é o herbicida mais utilizado mundialmente no controle de ervas daninhas. Milhares de toneladas são pulverizadas nos campos, só na Alemanha. Organizações ambientalistas vêm alertando há anos para potenciais problemas de saúde provocados pelo glifosato e seus aditivos. A consultora de Preservação Ambiental e Transgênicos da NABU (Sociedade de Preservação Ambiental da Alemanha), Steffi Ober, avalia o uso do glifosato como sendo uma espécie de “teste cego em toda a população.”
Especialistas suspeitam que o envenenamento com glifosato abre um perigoso caminho para bactérias causadoras de botulismo; bactérias que normalmente não prejudicam seres humanos saudáveis. O referido agricultor, no caso, vem sofrendo há algum tempo intensos distúrbios nervosos (causados pela toxina de uma bactéria, Clostridium botulinum).
Os sintomas do agricultor agora podem ser esclarecidos como sendo decorrentes de uma intoxicação causada pela toxina botulínica simultânea à contaminação com glifosato. Segundo a Prof. Monika Krüger “Esta é nossa primeira hipótese: de que se trata de um efeito resultante da ação do glifosato.” Os cientistas agora estão analisando mais pessoas com relação a possíveis efeitos do herbicida.
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlUsRmdXxmWhN2aKVVVB1TP
O glifosato é o herbicida mais utilizado mundialmente no controle de ervas daninhas. Milhares de toneladas são pulverizadas nos campos, só na Alemanha. Organizações ambientalistas vêm alertando há anos para potenciais problemas de saúde provocados pelo glifosato e seus aditivos. A consultora de Preservação Ambiental e Transgênicos da NABU (Sociedade de Preservação Ambiental da Alemanha), Steffi Ober, avalia o uso do glifosato como sendo uma espécie de “teste cego em toda a população.”
Especialistas suspeitam que o envenenamento com glifosato abre um perigoso caminho para bactérias causadoras de botulismo; bactérias que normalmente não prejudicam seres humanos saudáveis. O referido agricultor, no caso, vem sofrendo há algum tempo intensos distúrbios nervosos (causados pela toxina de uma bactéria, Clostridium botulinum).
Os sintomas do agricultor agora podem ser esclarecidos como sendo decorrentes de uma intoxicação causada pela toxina botulínica simultânea à contaminação com glifosato. Segundo a Prof. Monika Krüger “Esta é nossa primeira hipótese: de que se trata de um efeito resultante da ação do glifosato.” Os cientistas agora estão analisando mais pessoas com relação a possíveis efeitos do herbicida.
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRFWwJlUsRmdXxmWhN2aKVVVB1TP
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Dr. Frederico Lobo
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ONU discute impactos de pesticidas em crianças na agricultura
As Nações Unidas lançaram um alerta sobre os riscos causados por pesticidas a crianças que trabalham em lavouras. A Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO, e a Organização Internacional do Trabalho, OIT, discutiram o tema durante a 5ª. Conferência das Partes de Roterdã, sobre substâncias químicas nocivas. O evento termina nesta sexta-feira, em Genebra.
Segundo as Nações Unidas, cerca de 68 milhões trabalham na agricultura. Atividades do setor estão entre as três mais perigosas para qualquer pessoa em termos de acidentes de trabalho fatais ou não. E para as crianças, os riscos são ainda maiores.
A especialista em crianças trabalhando na agricultura da OIT, Paola Termine, contou que elas têm uma tolerância mais baixa às substâncias tóxicas, já que respiram, comem e bebem de forma proporcional ao peso do corpo.
Termine alertou que a exposição a produtos químicos perigosos e pesticidas pode afetar o desenvolvimento físico e neurológico das crianças, que têm menos noção sobre situações de risco. A contaminação pode ocorrer quando as crianças pulverizam as plantações, ou até mesmo indireta quando mães trabalham nos campos carregando seus bebês nas costas.
A Convenção de Roterdã, criada em 1998, entrou em vigor seis anos depois. O objetivo é estabelecer o “direito de saber” e proteger a saúde humana e o meio ambiente dos riscos da exposição aos pesticidas e produtos químicos nocivos.
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRlVONlUsRmdXxmWhN2aKVVVB1TP
Segundo as Nações Unidas, cerca de 68 milhões trabalham na agricultura. Atividades do setor estão entre as três mais perigosas para qualquer pessoa em termos de acidentes de trabalho fatais ou não. E para as crianças, os riscos são ainda maiores.
A especialista em crianças trabalhando na agricultura da OIT, Paola Termine, contou que elas têm uma tolerância mais baixa às substâncias tóxicas, já que respiram, comem e bebem de forma proporcional ao peso do corpo.
Termine alertou que a exposição a produtos químicos perigosos e pesticidas pode afetar o desenvolvimento físico e neurológico das crianças, que têm menos noção sobre situações de risco. A contaminação pode ocorrer quando as crianças pulverizam as plantações, ou até mesmo indireta quando mães trabalham nos campos carregando seus bebês nas costas.
A Convenção de Roterdã, criada em 1998, entrou em vigor seis anos depois. O objetivo é estabelecer o “direito de saber” e proteger a saúde humana e o meio ambiente dos riscos da exposição aos pesticidas e produtos químicos nocivos.
Fonte: http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id=VZlSXRlVONlUsRmdXxmWhN2aKVVVB1TP
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Dr. Frederico Lobo
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quinta-feira, 23 de junho de 2011
Intoxicação infantil: como evitar
Principal causa de internação de crianças, a intoxicação ainda é um dos motivos que mais preocupam os pais e profissionais da saúde infantil. De acordo com uma pesquisa do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), crianças menores de 5 anos representam 35% dos casos de intoxicação por medicamentos, no Brasil.
INTOXICAÇÃO
É causada pela ingestão de medicamentos e substâncias tóxicas ou venenosas, além da intoxicação alimentar e também pelo contato com animais peçonhentos. As principais ocorrências de intoxicação são acidentais, pois a criança é atraída pela caixinha do medicamento colorido ou pelas embalagens do produto de limpeza, por exemplo,e isso aguça a curiosidade dela, que vai querer mexer e até tomar.
O pediatra Sérgio Sarrubo, diretor do hospital estadual Darcy Vargas, unidade de referência em atendimento infantil em São Paulo, enfatiza que os medicamentos são ingeridos por crianças que os encontram em local de fácil acesso,deixados pelo adulto. Guardar medicamentos em locais inadequados pode exercer atração visual nas crianças, o que as deixa mais exposta a esse tipo de acidente, afirma.
MEDIDAS PREVENTIVAS
COMO IDENTIFICAR UMA CRIANÇA VÍTIMA DE INTOXICAÇÃO
Segundo o pediatra, muitas vezes os pais pegam a criança no flagrante e então é possível identificar o que foi tomado e a quantidade para explicar ao médico. Tenha sempre em mente o pronto socorro mais próximo de onde vocês está, alerta Dr. Sérgio. Vá imediatamente a uma unidade básica de saúde e leve a embalagem do produto.
Os tipos de medicamentos que mais causam ocorrências de intoxicação infantil são os psicotrópicos e anti-convulsivos. O pediatra esclarece sobre os sintomas que esses remédios provocam. Se a criança está com comportamento estranho, com sonolência ou prostração, não recorre à estímulos, com baixa coordenação motora e os sintomas não estão acompanhados de febre, então existe a suspeita de que ela possa ter ingerido algo, esclarece.
Mas o principal alerta está para a forma de socorro. As pessoas não sabem como socorrer em emergência, lembra Sérgio. Para os pais, é ainda mais importante saber qual é a unidade de atendimentohospitalar mais próxima e estar preparado para ir até lá comoem casos de intoxicação.
Em caso de dúvida, também é possível ligar gratuitamente para o Centro de Intoxicações da sua região, que oferece orientação em caso de emergência infantil provocado por exposição à intoxicação e envenenamento. Veja alguns telefones abaixo:
São Paulo – CEATOX/SP 0800.148.110
São Paulo – CCI/SP 0800.771.3733
Porto Alegre – CIT/RS 0800.780.200
Curitiba – CIT/PR 0800.410.148
Salvador – CIAVE/BA 0800.284.4343
Florianópolis – CIT/SC 0800.643.5252
Fonte: http://institutohealtho.wordpress.com/2011/06/10/intoxicacao-infantil-como-evitar/
- Mantenha todos os produtos tóxicos em local seguro e trancado, fora do alcance das mãos e dos olhos das crianças, de modo a não despertar sua curiosidade;
- Pílulas coloridas, embalagens e garrafas bonitas, brilhantes e atraentes, odor e sabor adocicados despertam a atenção e a curiosidade natural das crianças; não estimule essa curiosidade;
- É importante que a criança aprenda que remédio não é bala, doce ou refresco; quando sozinha, ela poderá ingerir o medicamento.
- Lembre-se: remédio é remédio;
- Evite tomar remédio na frente das crianças;
- Não dê remédio no escuro para que não haja trocas perigosas e mantenha sempre os medicamentos nas embalagens originais;
- Cuidado com remédios de uso infantil e de adulto com embalagens muito parecidas;
- Guarde produtos de limpeza longe dos alimentos;
- Antes de jogar fora uma embalagem, despeje todo o conteúdo na pia ou vaso sanitário;
- Jogue fora os remédios vencidos
- Não reutilize embalagens de produtos tóxicos
Fonte: http://institutohealtho.wordpress.com/2011/06/10/intoxicacao-infantil-como-evitar/
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terça-feira, 21 de junho de 2011
Morte fetal x posição materna durante o sono
Mulheres que não dormem posicionadas do lado esquerdo nas últimas noites de gravidez tem um risco dobrado de morte fetal tardia em comparação com mulheres que dormem em seu lado esquerdo, mostra uma pesquisa publicada no bmj.com.
Eles explicam que o risco absoluto de morte fetal tardia para as mulheres que dormiram do lado esquerdo foi de 1,96 por 1.000 em comparação a 3,93 por 1.000 para aquelas que dormiram em qualquer outra posição (por exemplo, deitada de costas ou na lateral direita).No entanto, os autores ressaltam que este aumento do risco é pequeno.
A pesquisa também revela que as mulheres que se levantam para ir ao banheiro uma vez ou menos nas últimas noites (comparada com as que levantam mais vezes), e aquelas que dormem regularmente mais durante o dia do que à noite no último mês de gravidez, tem maior probabilidade de ter um bebê natimorto.
Os autores sugerem que a diminuição do fluxo sangüíneo para o bebê quando a mãe está deitada de costas ou do lado direito por longos períodos pode ajudar a explicar esta associação.
No entanto, eles concluem que "se os resultados forem confirmados, promover a melhor posição para dormir no final da gravidez podm ter potencial para reduzir a incidência de morte fetal tardia".Eles salientam que esta é uma nova observação, e estudos confirmatórios são necessários antes que recomendações de saúde pública possam ser feitas.
Fonte: http://group.bmj.com/group/media/latest-news/sleep-position-in-late-pregnancy-could-increase-risk-of-late-stillbirth
Eles explicam que o risco absoluto de morte fetal tardia para as mulheres que dormiram do lado esquerdo foi de 1,96 por 1.000 em comparação a 3,93 por 1.000 para aquelas que dormiram em qualquer outra posição (por exemplo, deitada de costas ou na lateral direita).No entanto, os autores ressaltam que este aumento do risco é pequeno.
A pesquisa também revela que as mulheres que se levantam para ir ao banheiro uma vez ou menos nas últimas noites (comparada com as que levantam mais vezes), e aquelas que dormem regularmente mais durante o dia do que à noite no último mês de gravidez, tem maior probabilidade de ter um bebê natimorto.
Os autores sugerem que a diminuição do fluxo sangüíneo para o bebê quando a mãe está deitada de costas ou do lado direito por longos períodos pode ajudar a explicar esta associação.
No entanto, eles concluem que "se os resultados forem confirmados, promover a melhor posição para dormir no final da gravidez podm ter potencial para reduzir a incidência de morte fetal tardia".Eles salientam que esta é uma nova observação, e estudos confirmatórios são necessários antes que recomendações de saúde pública possam ser feitas.
Fonte: http://group.bmj.com/group/media/latest-news/sleep-position-in-late-pregnancy-could-increase-risk-of-late-stillbirth
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Dieta pobre em carboidrato e rica em proteínas associada a menor risco de câncer
ScienceDaily (15 de junho de 2011), de acordo com um estudo publicado na Cancer Research, comer uma dieta com baixo teor de carboidratos e alto de proteínas pode reduzir o risco de câncer e retardar o crescimento de tumores já existentes .
O estudo foi realizado em camundongos, mas os cientistas envolvidos concordam que as descobertas biológicas são fortes e definitivas o suficiente para que um efeito em seres humanos possa ser considerado.
Eles descobriram que as células do tumor cresceram consistentemente mais lentamente na segunda dieta..15% de carboidratos, 58% de proteínas e 26% de gorduras segunda - que é semelhante à dieta de South Beach, mas superior em proteína - continha primeira dieta, uma dieta típica ocidental, continha cerca de 55% de carboidratos, 23% de proteínas e 22% de gorduras.Krystal e seus colegas implantaram em várias linhagens de camundongos células tumorais humanas ou células tumorais de ratos, que receberam uma de duas dietas.
Curiosamente, apenas um na dieta ocidental alcançou uma expectativa de vida normal (cerca de 2 anos), 70% deles morreram de câncer, enquanto apenas 30% dos ratos na dieta pobre em carboidratos desenvolveram câncer e mais de metade destes ratos alcançou ou ultrapassou a expectativa de vida normal.
Restringir a ingestão de carboidratos pode limitar significativamente a glicemia e insulina, um hormônio que tem sido demonstrado em vários estudos promover o crescimento de tumores em humanos e camundongos., Krystal disse que as células tumorais, ao contrário das células normais, precisam significativamente de mais glicose para crescer e se desenvolver.
Além disso, uma dieta com baixo teor de carboidratos, e alto de proteínas tem potencial de aumentar a capacidade do sistema imune para matar as células cancerígenas, como também pode impedir a obesidade, o que leva à inflamação crônica e câncer.
O estudo foi realizado em camundongos, mas os cientistas envolvidos concordam que as descobertas biológicas são fortes e definitivas o suficiente para que um efeito em seres humanos possa ser considerado.
Eles descobriram que as células do tumor cresceram consistentemente mais lentamente na segunda dieta..15% de carboidratos, 58% de proteínas e 26% de gorduras segunda - que é semelhante à dieta de South Beach, mas superior em proteína - continha primeira dieta, uma dieta típica ocidental, continha cerca de 55% de carboidratos, 23% de proteínas e 22% de gorduras.Krystal e seus colegas implantaram em várias linhagens de camundongos células tumorais humanas ou células tumorais de ratos, que receberam uma de duas dietas.
Curiosamente, apenas um na dieta ocidental alcançou uma expectativa de vida normal (cerca de 2 anos), 70% deles morreram de câncer, enquanto apenas 30% dos ratos na dieta pobre em carboidratos desenvolveram câncer e mais de metade destes ratos alcançou ou ultrapassou a expectativa de vida normal.
Restringir a ingestão de carboidratos pode limitar significativamente a glicemia e insulina, um hormônio que tem sido demonstrado em vários estudos promover o crescimento de tumores em humanos e camundongos., Krystal disse que as células tumorais, ao contrário das células normais, precisam significativamente de mais glicose para crescer e se desenvolver.
Além disso, uma dieta com baixo teor de carboidratos, e alto de proteínas tem potencial de aumentar a capacidade do sistema imune para matar as células cancerígenas, como também pode impedir a obesidade, o que leva à inflamação crônica e câncer.
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Exposição a longo prazo à poluição do ar é fortemente ligada a asma não controlada
Exposição a longo prazo à poluição do ar é fortemente ligada a asma não controlada, sugere pesquisa publicada online no Journal of Epidemiology and Community Health. As descobertas realizadas se confirmaram independentemente de fatores de risco tradicionalmente associados com a piora da asma, como o peso, tabagismo e uso de corticosteróides inalados.
Sabe-se que a poluição atmosférica tem um papel no agravamento dos sintomas respiratórios, incluindo aumento do uso de medicamentos e admissões hospitalares, mas não era claro se havia algum efeito da poluição do ar a longo prazo no controle da asma.
Os pesquisadores baseiam suas conclusões no estudo de 501 adultos com asma ativa que completaram um questionário detalhado sobre a saúde respiratória, entre 2003 e 2007.
Os pesquisadores calcularam os níveis de ozônio (O 3 ), óxido nitroso (NO 2 ) e partículas (PM 10 ) que cada participante teria sido exposto em seu endereço residencial, usando dados do Instituto Francês do Meio Ambiente.
O controle da asma foi medido de acordo com os sintomas, ataques de asma e função pulmonar ou FEV1.
Menos da metade (44%) dos 481 pacientes asmáticos, cuja a informação sobre os níveis de poluentes estava disponível, tinha asma bem controlada.
Níveis de ozônio e partículas foram fortemente associados com pior controle da asma, com a exposição a longo prazo ao ozônio conferindo um risco 69% maior de asma não controlada, e à partículas aumentando o risco em 35%.
Ambos os poluentes foram associados com cada uma das três medidas utilizadas para avaliar o controle da asma.
"Nossos resultados indicam que tanto as concentrações de ozônio e de partículas no ambiente comprometem o controle da asma em adultos ", concluem os autores, acrescentando:". Os resultados são robustos "
Fonte: www.jech.bmj.com
Sabe-se que a poluição atmosférica tem um papel no agravamento dos sintomas respiratórios, incluindo aumento do uso de medicamentos e admissões hospitalares, mas não era claro se havia algum efeito da poluição do ar a longo prazo no controle da asma.
Os pesquisadores baseiam suas conclusões no estudo de 501 adultos com asma ativa que completaram um questionário detalhado sobre a saúde respiratória, entre 2003 e 2007.
Os pesquisadores calcularam os níveis de ozônio (O 3 ), óxido nitroso (NO 2 ) e partículas (PM 10 ) que cada participante teria sido exposto em seu endereço residencial, usando dados do Instituto Francês do Meio Ambiente.
O controle da asma foi medido de acordo com os sintomas, ataques de asma e função pulmonar ou FEV1.
Menos da metade (44%) dos 481 pacientes asmáticos, cuja a informação sobre os níveis de poluentes estava disponível, tinha asma bem controlada.
Níveis de ozônio e partículas foram fortemente associados com pior controle da asma, com a exposição a longo prazo ao ozônio conferindo um risco 69% maior de asma não controlada, e à partículas aumentando o risco em 35%.
Ambos os poluentes foram associados com cada uma das três medidas utilizadas para avaliar o controle da asma.
"Nossos resultados indicam que tanto as concentrações de ozônio e de partículas no ambiente comprometem o controle da asma em adultos ", concluem os autores, acrescentando:". Os resultados são robustos "
Fonte: www.jech.bmj.com
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quarta-feira, 8 de junho de 2011
Exposição ao bisfenol A é subestimada, diz estudo
Pesquisa mostrou que a substância presente no plástico se acumula mais rapidamente no corpo do que se pensava anteriormente
Para o estudo, os pesquisadores expuseram um grupo de camundongos a uma dieta diária e suplementada com BPA e compararam com outro grupo que teve uma única exposição à substância. Eles encontraram uma absorção aumentada e acumulação de BPA no sangue dos animais.
O estudo foi publicado na revista científica Environmental Health Perspectives. Esta é a primeira pesquisa a examinar as concentrações de BPA em modelos animais depois da exposição durante uma dieta regular e diária – o que, segundo os pesquisadores, é o melhor método para se aproximar da exposição crônica e contínua como a que ocorre com os seres humanos. Nos levantamentos anteriores, os ratos eram expostos uma única vez à substância.
No texto, os cientistas pontuam que mais de 90% das pessoas nos Estados Unidos possuem concentrações de BPA no corpo. “Nós acreditamos que estes estudos realizados em ratos em que a exposição ao BPA é através da dieta é uma representação mais precisa do que acontece com o BPA no corpo humano”, disse a pesquisadora Cheryl Rosenfeld. Segundo ela, mais estudos são necessários para saber o mecanismo de concentração, absorção e distribuição do BPA na corrente sanguínea.
Saiba como evitar a substância, que também está presentes em outros produtos usados no dia a dia:
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/exposicao-ao-bisfenol-a-e-subestimada-diz-estudo
Para o estudo, os pesquisadores expuseram um grupo de camundongos a uma dieta diária e suplementada com BPA e compararam com outro grupo que teve uma única exposição à substância. Eles encontraram uma absorção aumentada e acumulação de BPA no sangue dos animais.
O estudo foi publicado na revista científica Environmental Health Perspectives. Esta é a primeira pesquisa a examinar as concentrações de BPA em modelos animais depois da exposição durante uma dieta regular e diária – o que, segundo os pesquisadores, é o melhor método para se aproximar da exposição crônica e contínua como a que ocorre com os seres humanos. Nos levantamentos anteriores, os ratos eram expostos uma única vez à substância.
No texto, os cientistas pontuam que mais de 90% das pessoas nos Estados Unidos possuem concentrações de BPA no corpo. “Nós acreditamos que estes estudos realizados em ratos em que a exposição ao BPA é através da dieta é uma representação mais precisa do que acontece com o BPA no corpo humano”, disse a pesquisadora Cheryl Rosenfeld. Segundo ela, mais estudos são necessários para saber o mecanismo de concentração, absorção e distribuição do BPA na corrente sanguínea.
Saiba como evitar a substância, que também está presentes em outros produtos usados no dia a dia:
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/exposicao-ao-bisfenol-a-e-subestimada-diz-estudo
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terça-feira, 7 de junho de 2011
Causas não-clássicas de obesidade
Hoje foi noticiado no site da Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e Síndrome Metabólica:
CBOSM: Disruptores endócrinos entre as causas da obesidade
Diante de um público que lotou o auditório para assistir ao simpósio dedicado às causas não clássicas da obesidade, no segundo dia do Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, com muitas pessoas de pé, o Dr. Mario José Abdalla Saad, professor e pesquisador da Unicamp, apresentou novos dados sobre o papel da flora bacteriana intestinal no organismo de quem apresenta obesidade.
- A flora intestinal do obeso é diferente comparada à do indivíduo com peso normal. Há uma concentração de bactérias, que se renovam constantemente, como os firmicutes – explicou. O Dr. Saad citou um estudo com ratos, durante o qual foi realizado um transplante de flora intestinal de animais obesos em magros, o que resultou em aumento de peso.
- Sabe-se pouco ainda sobre a flora intestinal, a qual sofre influências genética, ambiental e da alimentação. Não se sabe ainda se a pessoa é obesa por ter essa flora intestinal, ou se apresenta tal flora por ser obesa. O fato é que já existe um tipo de flora X identificada com a obesidade – explicou aos presentes.
Cálcio e Vitamina D
Em seguida, o Dr. Luiz Henrique Griz, professor da Universidade do Estado de Pernambuco, comentou estudos que mostram a associação entre deficiência de vitamina D e de cálcio no aumento do risco da obesidade. Algumas análises norte-americanas identificam o baixo consumo de cálcio com o risco maior de obesidade, citou.
- Justifica-se a realização de um estudo clínico randomizado, com controle de placebo, para comprovar melhor a relação entre baixa ingestão de cálcio e obesidade – conclui o endocrinologista.
Disruptores endócrinos
O Dr. Nelson Rassi, investigador do Centro de Pesquisas Clínicas em Endocrinologia do Hospital Geral de Goiânia (HGG), surpreendeu o público ao mostrar dados que comprovam o efeito de substâncias largamente utilizadas pela indústria - e presente em produtos como latas de leite em pó para bebês e mamadeiras - no desenvolvimento da obesidade.
- Além de fatores como genética, excesso alimentar e falta de atividade física, os disruptores endócrinos surgem como um novo e desafiante dado no estudo das causas da obesidade – afirmou.
O bisfenol, presente em produtos para crianças ou em latas de refrigerante, foi apontado em pesquisas como um fator relacionado ao aumento de gordura em ratas. Testes apontam a presença do aditivo na urina de 95% de crianças e adolescentes nos Estados Unidos, citou o Dr. Rassi. Já o ftalato, composto químico proibido recentemente na fabricação de brinquedos e relacionado ao aumento da resistência à insulina, ainda é encontrado em embalagens de perfumes, por exemplo.
- Análises mostram que os disruptores podem exercer forte influência em pequenas quantidades. Quanto mais jovem a pessoa, mais fortes os efeitos no organismo. Por isso, a exposição a esse tipo de composto químico deve ser muito controlada em crianças. Nossa legislação, infelizmente, é muito mansa sobre o assunto, e deixa muito a desejar – avaliou.
Fonte: http://www.abeso.org.br/pagina/350/congresso-da-abeso.shtml
CBOSM: Disruptores endócrinos entre as causas da obesidade
Diante de um público que lotou o auditório para assistir ao simpósio dedicado às causas não clássicas da obesidade, no segundo dia do Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, com muitas pessoas de pé, o Dr. Mario José Abdalla Saad, professor e pesquisador da Unicamp, apresentou novos dados sobre o papel da flora bacteriana intestinal no organismo de quem apresenta obesidade.
- A flora intestinal do obeso é diferente comparada à do indivíduo com peso normal. Há uma concentração de bactérias, que se renovam constantemente, como os firmicutes – explicou. O Dr. Saad citou um estudo com ratos, durante o qual foi realizado um transplante de flora intestinal de animais obesos em magros, o que resultou em aumento de peso.
- Sabe-se pouco ainda sobre a flora intestinal, a qual sofre influências genética, ambiental e da alimentação. Não se sabe ainda se a pessoa é obesa por ter essa flora intestinal, ou se apresenta tal flora por ser obesa. O fato é que já existe um tipo de flora X identificada com a obesidade – explicou aos presentes.
Cálcio e Vitamina D
Em seguida, o Dr. Luiz Henrique Griz, professor da Universidade do Estado de Pernambuco, comentou estudos que mostram a associação entre deficiência de vitamina D e de cálcio no aumento do risco da obesidade. Algumas análises norte-americanas identificam o baixo consumo de cálcio com o risco maior de obesidade, citou.
- Justifica-se a realização de um estudo clínico randomizado, com controle de placebo, para comprovar melhor a relação entre baixa ingestão de cálcio e obesidade – conclui o endocrinologista.
Disruptores endócrinos
O Dr. Nelson Rassi, investigador do Centro de Pesquisas Clínicas em Endocrinologia do Hospital Geral de Goiânia (HGG), surpreendeu o público ao mostrar dados que comprovam o efeito de substâncias largamente utilizadas pela indústria - e presente em produtos como latas de leite em pó para bebês e mamadeiras - no desenvolvimento da obesidade.
- Além de fatores como genética, excesso alimentar e falta de atividade física, os disruptores endócrinos surgem como um novo e desafiante dado no estudo das causas da obesidade – afirmou.
O bisfenol, presente em produtos para crianças ou em latas de refrigerante, foi apontado em pesquisas como um fator relacionado ao aumento de gordura em ratas. Testes apontam a presença do aditivo na urina de 95% de crianças e adolescentes nos Estados Unidos, citou o Dr. Rassi. Já o ftalato, composto químico proibido recentemente na fabricação de brinquedos e relacionado ao aumento da resistência à insulina, ainda é encontrado em embalagens de perfumes, por exemplo.
- Análises mostram que os disruptores podem exercer forte influência em pequenas quantidades. Quanto mais jovem a pessoa, mais fortes os efeitos no organismo. Por isso, a exposição a esse tipo de composto químico deve ser muito controlada em crianças. Nossa legislação, infelizmente, é muito mansa sobre o assunto, e deixa muito a desejar – avaliou.
Fonte: http://www.abeso.org.br/pagina/350/congresso-da-abeso.shtml
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contaminantes ambientais
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Lista de substâncias classificadas pela IARC (OMS)
Para os que escreveram perguntando se eu tinha a lista das substâncias classificadas em grupos pelo IARC, abaixo a classificação e o link:
Agentes classificados pela IARC (Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer )
Agentes classificados pela IARC (Agência Internacional para a Pesquisa sobre o Câncer )
- Grupo 1: Cancerígenos para humanos: 107 agentes
- Grupo 2A: Provavelmente Cancerígenos para humanos: 59 agentes
- Grupo 2B: Possivelmente Cancerígenos para humanos: 266 agentes
- Grupo 3: Não classificado como Cancerígeno para humanos: 508 agentes
- Grupo 4: Provavelmente não Cancerígeno para humanos: 1 agente
Lista classificada em grupos: http://monographs.iarc.fr/ENG/Classification/ClassificationsGroupOrder.pdf
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Ação antipoluente deve considerar gênero: Homens e mulheres enfrentam riscos diferentes na exposição a produtos tóxicos
A política de gestão de produtos tóxicos, que provocam cerca de 20 mil mortes por ano, precisa levar em conta que homens e mulheres estão expostos de modo diferente a essas substâncias químicas e que seus organismos reagem distintamente à contaminação. É o que recomenda a cartilha Produtos Químicos e Gênero, lançada pelo Grupo de Meio Ambiente e Energia do PNUD.
Programas com essas características podem compreender melhor as diferenças socioculturais e biológicas e combater de modo mais preciso a contaminação. Nas comunidades rurais dos países em desenvolvimento, por exemplo, os homens geralmente são mais expostos à contaminação durante a aplicação dos produtos tóxicos, e as mulheres (e às vezes as crianças), durante o plantio e a colheita. Elas também entram em contato mais frequente com substâncias perigosas presentes em cosméticos e itens de higiene pessoal, como sabonetes, cremes e xampus.
No setor de saúde, em que a maioria dos trabalhadores é do sexo feminino, as mulheres estão mais sujeitas a contaminação de agentes químicos utilizados em procedimentos médicos. Como as mulheres e meninas também costumam cuidar da limpeza doméstica, ficam expostas em maior grau a substâncias tóxicas presentes em mercadorias desse tipo.
Do ponto de vista biológico, por ter maior proporção de gordura corporal, as mulheres armazenam quantidades mais altas de poluentes ambientais em seus tecidos. Além disso, em algumas fases, como gravidez, lactação e menopausa, o organismo feminino sofre rápidas mudanças, que potencializam a vulnerabilidade.
Os homens, por sua vez, estão comumente em maior risco de exposição a componentes tóxicos usados na mineração, em operações de curtume e oficinas mecânicas. Sob uma perspectiva fisiológica, uma série de estudos destaca o aumento mundial nos incidentes de câncer de testículo e de outros transtornos reprodutivos masculinos, incluindo a diminuição na quantidade e qualidade dos espermatozoides.
Para enfrentar essa situação, o PNUD recomenda uma abordagem multidisciplinar, envolvendo todos os ministérios que atuam diretamente na gestão de produtos químicos — como o do meio ambiente, indústria, trabalho, saúde, mulheres, agricultura, educação e comércio —, além de associações industriais, sindicatos, laboratórios, universidades, e organizações da sociedade civil.
A cartilha, voltada a gestores de políticas para o setor, aponta que é fundamental garantir a participação de populações vulneráveis que geralmente são sub-representadas nos processos decisórios, como mulheres, trabalhadores e comunidades indígenas.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/06/01/acao-antipoluente-deve-considerar-genero-homens-e-mulheres-enfrentam-riscos-diferentes-na-exposicao-a-produtos-toxicos/
Programas com essas características podem compreender melhor as diferenças socioculturais e biológicas e combater de modo mais preciso a contaminação. Nas comunidades rurais dos países em desenvolvimento, por exemplo, os homens geralmente são mais expostos à contaminação durante a aplicação dos produtos tóxicos, e as mulheres (e às vezes as crianças), durante o plantio e a colheita. Elas também entram em contato mais frequente com substâncias perigosas presentes em cosméticos e itens de higiene pessoal, como sabonetes, cremes e xampus.
No setor de saúde, em que a maioria dos trabalhadores é do sexo feminino, as mulheres estão mais sujeitas a contaminação de agentes químicos utilizados em procedimentos médicos. Como as mulheres e meninas também costumam cuidar da limpeza doméstica, ficam expostas em maior grau a substâncias tóxicas presentes em mercadorias desse tipo.
Do ponto de vista biológico, por ter maior proporção de gordura corporal, as mulheres armazenam quantidades mais altas de poluentes ambientais em seus tecidos. Além disso, em algumas fases, como gravidez, lactação e menopausa, o organismo feminino sofre rápidas mudanças, que potencializam a vulnerabilidade.
Os homens, por sua vez, estão comumente em maior risco de exposição a componentes tóxicos usados na mineração, em operações de curtume e oficinas mecânicas. Sob uma perspectiva fisiológica, uma série de estudos destaca o aumento mundial nos incidentes de câncer de testículo e de outros transtornos reprodutivos masculinos, incluindo a diminuição na quantidade e qualidade dos espermatozoides.
Para enfrentar essa situação, o PNUD recomenda uma abordagem multidisciplinar, envolvendo todos os ministérios que atuam diretamente na gestão de produtos químicos — como o do meio ambiente, indústria, trabalho, saúde, mulheres, agricultura, educação e comércio —, além de associações industriais, sindicatos, laboratórios, universidades, e organizações da sociedade civil.
A cartilha, voltada a gestores de políticas para o setor, aponta que é fundamental garantir a participação de populações vulneráveis que geralmente são sub-representadas nos processos decisórios, como mulheres, trabalhadores e comunidades indígenas.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2011/06/01/acao-antipoluente-deve-considerar-genero-homens-e-mulheres-enfrentam-riscos-diferentes-na-exposicao-a-produtos-toxicos/
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Poluentes orgânicos persistentes
Efeitos adversos dos adoçantes à saúde
Você já deve ter ouvido falar mal do adoçante alguma vez na sua vida, não é verdade? E também já deve ter ouvido aquela frase: “Adoçante engorda, afinal quem é magro não usa adoçante. Só quem usa adoçante são os gordinhos.”
O uso de adoçantes gera muita polêmica. Há quem diga que eles causem diversos tipos de problemas. Os estudos em humanos ainda não são conclusivos. Porém, diversas pesquisas em animais apontam possíveis danos à saúde.
Quem são?
Adoçantes são produtos constituídos a partir de um edulcorante, que tem a capacidade de “adoçar” mais do que o açúcar normal. A função inicial era substituir o açúcar para diabéticos, mas hoje, muitas pessoas os usam mesmo sem ter certeza do que podem proporcionar, principalmente a longo prazo.
Outra questão importante: será que você usa a mesma quantidade de adoçante que usava há 5 anos para adoçar seu cafezinho? Normalmente, ao longo dos anos, o indivíduo vai aumentando aos poucos a quantidade de gotinhas e sachês.
Por quê?
Temos, na língua, estruturas conhecidas como receptores. São eles que “sentem” o sabor doce. Ao longo do tempo, eles vão se acostumando ao sabor, ou seja, vão dessensibilizando, e isso faz com que você coloque uma maior quantidade de adoçante para sentir o mesmo sabor ”doce” que sentia há anos. Assim, o consumo de algo que possivelmente gera malefícios para sua saúde acaba aumentando. Será que vale a pena?
Aqui estão listados alguns dos adoçantes existentes: Acessulfame-Klem, aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose, frutose, lactose, maltodextrina, manitol, sorbitol, steviosídeo, xilitol.
Possivelmente, você já os consumiu e nem sabia disto, pois muitos produtos industrializados recebem a adição de edulcorantes para deixar o produto mais “saboroso”, mesmo que ele não seja Light. Portanto, no final das contas, você estará consumindo grandes quantidades.
Alguns adoçantes, como ciclamato ou sacarina, apresentam níveis elevados de sódio, que é um dos inimigos da hipertensão arterial.
O aspartame, o acessulfame e o ciclamato devem ser utilizados com cautela, até porque existem estudos, mesmo que ainda inconclusivos, relacionando essas substâncias com o câncer.
A própria frutose, usada como adoçante, é considerada por alguns autores como uma toxina ambiental com implicações de saúde. Em determinado estudo feito com animais, a ingestão de frutose foi considerada um fator de risco para doença renal, que inclui hipertensão glomerular e inflamação renal.
Além disso, existem estudos em desenvolvimento e que buscam uma relação dos adoçantes com o alzheimer e com a doença de parkinson, duas patologias que têm se apresentando mais frequentes nos últimos tempos.
Engordam ou não?
Pesquisas mostram a existência de uma associação entre o consumo de bebidas adoçadas artificialmente e ganho de peso em crianças. Estudos clínicos controlados com crianças são muito limitados e não demonstram claramente efeitos metabólicos benéficos ou adversos de adoçantes artificiais. Atualmente, não há nenhuma forte evidência clínica de causalidade a respeito do uso de adoçantes artificiais e os efeitos na saúde metabólica, mas é importante observarmos que existem possíveis contribuições desses adoçantes artificiais para o aumento global da obesidade infantil e ,inclusive, do diabetes.
A evidência de uma relação causal que liga o uso de adoçantes artificiais ao ganho de peso e outros efeitos para a saúde metabólica é limitada. No entanto, estudos recentes em animais fornecem informações intrigantes que suportam um papel metabólico ativo de adoçantes artificiais.
Adoçante e fome
Provavelmente, você já deve ter percebido que, ao se fazer uma dieta, consegue-se ficar o dia inteiro comendo alimentos diet e light, cheios de edulcorantes, mas quando chega no final do dia, fica bem mais difícil manter-se controlado.
Muitas vezes, não é isto que faz você desistir da dieta?
Isto pode acontecer porque, quando consumimos os adoçantes, “enganamos” nosso cérebro, pois não lhe damos o que ele mais quer: o açúcar.
Os adoçantes não satisfazem a real necessidade de nosso corpo. Os carboidratos são nutrientes, presentes em diversos alimentos que, quando consumidos, liberam glicose, ou seja, açúcar para o nosso corpo utilizar em suas diversas funções, tais como: respiração, batimento do coração, raciocínio, etc.
Quando chega no fim do dia, o seu cérebro grita: QUERO açucar! Portanto, seria muito mais interessante controlar as quantidades de carboidratos do que ficar o dia enteiro enchendo seu organismo de adoçantes.
Não é por que os adoçantes apresentam suspeitas, que devemos passar a usar o açúcar indiscriminadamente.
Vale lembrar também que o consumo de açúcares está diretamente relacionado ao aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, a hipertensão e a obesidade.
O melhor amigo de nossa saúde é o equilíbrio.
Então, diante de tantas informações, o que fazer?
O mais recomendado seria diminuir o consumo de adoçantes e procurar sentir o sabor do que for consumir antes de adicionar os edulcorantes. Assim, aos poucos, você se acostumará e descobrirá um delicioso sabor no que consome, independentemente da adição de qualquer substância.
Algo muito útil que podemos fazer por nossa saúde é diminuir o “código de barra”, ou seja, comer e beber o mínimo possível de alimentos industrializados. Assim, evitamos o consumo excessivo de corantes, gorduras saturadas, açúcares, sódio e, inclusive, de adoçantes.
* Texto elaborado pela Dra. Patrícia Azevedo Rung, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.
Fonte: http://www.vponline.com.br/blog/home.php/
O uso de adoçantes gera muita polêmica. Há quem diga que eles causem diversos tipos de problemas. Os estudos em humanos ainda não são conclusivos. Porém, diversas pesquisas em animais apontam possíveis danos à saúde.
Quem são?
Adoçantes são produtos constituídos a partir de um edulcorante, que tem a capacidade de “adoçar” mais do que o açúcar normal. A função inicial era substituir o açúcar para diabéticos, mas hoje, muitas pessoas os usam mesmo sem ter certeza do que podem proporcionar, principalmente a longo prazo.
Outra questão importante: será que você usa a mesma quantidade de adoçante que usava há 5 anos para adoçar seu cafezinho? Normalmente, ao longo dos anos, o indivíduo vai aumentando aos poucos a quantidade de gotinhas e sachês.
Por quê?
Temos, na língua, estruturas conhecidas como receptores. São eles que “sentem” o sabor doce. Ao longo do tempo, eles vão se acostumando ao sabor, ou seja, vão dessensibilizando, e isso faz com que você coloque uma maior quantidade de adoçante para sentir o mesmo sabor ”doce” que sentia há anos. Assim, o consumo de algo que possivelmente gera malefícios para sua saúde acaba aumentando. Será que vale a pena?
Aqui estão listados alguns dos adoçantes existentes: Acessulfame-Klem, aspartame, ciclamato, sacarina, sucralose, frutose, lactose, maltodextrina, manitol, sorbitol, steviosídeo, xilitol.
Possivelmente, você já os consumiu e nem sabia disto, pois muitos produtos industrializados recebem a adição de edulcorantes para deixar o produto mais “saboroso”, mesmo que ele não seja Light. Portanto, no final das contas, você estará consumindo grandes quantidades.
Alguns adoçantes, como ciclamato ou sacarina, apresentam níveis elevados de sódio, que é um dos inimigos da hipertensão arterial.
O aspartame, o acessulfame e o ciclamato devem ser utilizados com cautela, até porque existem estudos, mesmo que ainda inconclusivos, relacionando essas substâncias com o câncer.
A própria frutose, usada como adoçante, é considerada por alguns autores como uma toxina ambiental com implicações de saúde. Em determinado estudo feito com animais, a ingestão de frutose foi considerada um fator de risco para doença renal, que inclui hipertensão glomerular e inflamação renal.
Além disso, existem estudos em desenvolvimento e que buscam uma relação dos adoçantes com o alzheimer e com a doença de parkinson, duas patologias que têm se apresentando mais frequentes nos últimos tempos.
Engordam ou não?
Pesquisas mostram a existência de uma associação entre o consumo de bebidas adoçadas artificialmente e ganho de peso em crianças. Estudos clínicos controlados com crianças são muito limitados e não demonstram claramente efeitos metabólicos benéficos ou adversos de adoçantes artificiais. Atualmente, não há nenhuma forte evidência clínica de causalidade a respeito do uso de adoçantes artificiais e os efeitos na saúde metabólica, mas é importante observarmos que existem possíveis contribuições desses adoçantes artificiais para o aumento global da obesidade infantil e ,inclusive, do diabetes.
A evidência de uma relação causal que liga o uso de adoçantes artificiais ao ganho de peso e outros efeitos para a saúde metabólica é limitada. No entanto, estudos recentes em animais fornecem informações intrigantes que suportam um papel metabólico ativo de adoçantes artificiais.
Adoçante e fome
Provavelmente, você já deve ter percebido que, ao se fazer uma dieta, consegue-se ficar o dia inteiro comendo alimentos diet e light, cheios de edulcorantes, mas quando chega no final do dia, fica bem mais difícil manter-se controlado.
Muitas vezes, não é isto que faz você desistir da dieta?
Isto pode acontecer porque, quando consumimos os adoçantes, “enganamos” nosso cérebro, pois não lhe damos o que ele mais quer: o açúcar.
Os adoçantes não satisfazem a real necessidade de nosso corpo. Os carboidratos são nutrientes, presentes em diversos alimentos que, quando consumidos, liberam glicose, ou seja, açúcar para o nosso corpo utilizar em suas diversas funções, tais como: respiração, batimento do coração, raciocínio, etc.
Quando chega no fim do dia, o seu cérebro grita: QUERO açucar! Portanto, seria muito mais interessante controlar as quantidades de carboidratos do que ficar o dia enteiro enchendo seu organismo de adoçantes.
Não é por que os adoçantes apresentam suspeitas, que devemos passar a usar o açúcar indiscriminadamente.
Vale lembrar também que o consumo de açúcares está diretamente relacionado ao aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, a hipertensão e a obesidade.
O melhor amigo de nossa saúde é o equilíbrio.
Então, diante de tantas informações, o que fazer?
O mais recomendado seria diminuir o consumo de adoçantes e procurar sentir o sabor do que for consumir antes de adicionar os edulcorantes. Assim, aos poucos, você se acostumará e descobrirá um delicioso sabor no que consome, independentemente da adição de qualquer substância.
Algo muito útil que podemos fazer por nossa saúde é diminuir o “código de barra”, ou seja, comer e beber o mínimo possível de alimentos industrializados. Assim, evitamos o consumo excessivo de corantes, gorduras saturadas, açúcares, sódio e, inclusive, de adoçantes.
* Texto elaborado pela Dra. Patrícia Azevedo Rung, aluna bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/ Divisão Ensino e Pesquisa.
Fonte: http://www.vponline.com.br/blog/home.php/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
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18:03
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União Europeia e China vetam uso de bisfenol
A importação e venda de mamadeiras que contenham bisfenol A (BPA) está proibida a partir de hoje em todos os países da União Europeia. Também hoje entra em vigor na China uma lei que proíbe a produção de frascos para alimentação infantil que contenham o químico.
Presente no policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente, e também na resina que reveste latas de alimentos, o BPA simula no organismo a ação do hormônio estrogênio, podendo causar desequilíbrio no sistema endócrino. Estudos em animais mostram inúmeros efeitos danosos, mas os resultados em humanos são inconclusivos.
Não se sabe se há riscos à saúde nas quantidades permitidas pela legislação. Mas especialistas concordam que a gestação e os primeiros dois anos de vida são os períodos de maior vulnerabilidade, pois os bebês estão em rápido desenvolvimento e têm pouca massa.
O BPA já foi banido no Canadá, na Costa Rica, na Malásia e em pelo menos 11 Estados americanos. No Brasil, a proibição do químico está em discussão no Congresso. Em abril, a Justiça determinou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamentasse em 40 dias a inclusão de um alerta sobre a presença da substância nas embalagens dos produtos. A agência conseguiu prorrogar o prazo até agosto e está recorrendo da decisão.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,uniao-europeia-e-china-vetam-uso-de-bisfenol,726429,0.htm
Presente no policarbonato, um tipo de plástico rígido e transparente, e também na resina que reveste latas de alimentos, o BPA simula no organismo a ação do hormônio estrogênio, podendo causar desequilíbrio no sistema endócrino. Estudos em animais mostram inúmeros efeitos danosos, mas os resultados em humanos são inconclusivos.
Não se sabe se há riscos à saúde nas quantidades permitidas pela legislação. Mas especialistas concordam que a gestação e os primeiros dois anos de vida são os períodos de maior vulnerabilidade, pois os bebês estão em rápido desenvolvimento e têm pouca massa.
O BPA já foi banido no Canadá, na Costa Rica, na Malásia e em pelo menos 11 Estados americanos. No Brasil, a proibição do químico está em discussão no Congresso. Em abril, a Justiça determinou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamentasse em 40 dias a inclusão de um alerta sobre a presença da substância nas embalagens dos produtos. A agência conseguiu prorrogar o prazo até agosto e está recorrendo da decisão.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,uniao-europeia-e-china-vetam-uso-de-bisfenol,726429,0.htm
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Dr. Frederico Lobo
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