A incidência de câncer no mundo cresceu 20% na última década, sendo registrados 12 milhões de novos casos por ano – número superior à população da cidade de São Paulo –, informou nesta quarta-feira (7) a organização não governamental (ONG) World Cancer Research Fund (WCRF).
Para efeitos comparativos, na última década a população global passou de cerca de 6,2 bilhões de pessoas a 6,9 bilhões (aumento de cerca de 11%), segundo estatísticas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os cálculos do WCRF, feitos a partir de dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que cerca de 2,8 milhões dos casos de câncer estão relacionados à alimentação, às atividades físicas e ao peso da população, "número que deve crescer dramaticamente ao longo dos próximos dez anos", segundo a ONG.
O alerta é feito em antecipação à conferência da ONU, a ser realizada nos dias 19 e 20 de setembro, sobre as chamadas doenças não transmissíveis – câncer, males cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas e diabetes.
"As doenças não transmissíveis são uma ameaça ao mundo inteiro e, em particular, aos países em desenvolvimento", diz comunicado da WCRF. No caso do Brasil, os dados mais recentes levantados na pesquisa, disponibilizados pelo banco de dados Globocan, da OMS, datam de 2008 e apontam que os tipos mais comuns de câncer são, entre os homens, os de próstata (com 41,6 mil casos registrados) e pulmão (16,3 mil).
Entre as mulheres, a maior incidência é de câncer de mama (42,5 mil casos) e de colo do útero (24,5 mil). Para a WCRF, também aqui muitos casos de câncer têm relação com o estilo de vida. "Estimamos que cerca de 30% dos tipos de câncer que estudamos no Brasil estão relacionados à dieta, às atividades físicas e ao peso", disse à BBC Brasil um porta-voz da ONG, Richard Evans.
"Com relação ao câncer de intestino, um dos tipos mais ligados ao estilo de vida, estimamos que 37% dos casos brasileiros estejam relacionados a esses fatores." Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam um ritmo crescente de obesidade entre as crianças brasileiras: cerca de 16% dos meninos e 12% das meninas com idade entre 5 e 9 anos são hoje obesas, quatro vezes mais do que há 20 anos.
O aumento recente da renda média do brasileiro levou à substituição dos alimentos naturais pelos industrializados e a maiores níveis de estresse e sedentarismo, que estão por trás do crescimento dos índices de obesidade na população, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil em agosto.
O movimento foi acompanhado por um aumento nas taxas de excesso de peso, que passaram de 42,7%, em 2006, para 48,1%, em 2010, segundo pesquisa do Ministério da Saúde.
Fonte: Bom dia doutor
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Os casos de câncer cresceram 20% em uma década no mundo
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Dr. Frederico Lobo
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Gelatina: por que faz mal ?
Gelatina de uva com Agar Agar
Ingredientes- 1 L de suco de uva
- 2 colheres (sopa) de agar-agar
- 2 colheres (sopa) de açúcar mascavo
Modo de Preparo
Aqueça 1/2 L de suco de uva. Acrescente o Agar-agar e o açúcar, mexendo sempre, até dissolver completamente. Adicione o restante do suco e coloque em fôrma molhada. Leve à geladeira até ficar bem firme. Desenforme e decore com uvas naturais e sirva.
Ingredientes- 1 L de suco de uva
- 2 colheres (sopa) de agar-agar
- 2 colheres (sopa) de açúcar mascavo
Modo de Preparo
Aqueça 1/2 L de suco de uva. Acrescente o Agar-agar e o açúcar, mexendo sempre, até dissolver completamente. Adicione o restante do suco e coloque em fôrma molhada. Leve à geladeira até ficar bem firme. Desenforme e decore com uvas naturais e sirva.
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Inhame e seus benefícios
Que tal saber um pouco mais sobre o que esse alimento pode fazer pela sua saúde? Muito comumente utilizado na culinária brasileira, em especial no Norte e Nordeste, o inhame pode ter inúmeros nomes populares e também ser confundido com o cará ou taro. Antes de tudo, é necessário diferenciar as várias formas do tubérculo. O inhame (Dioscorea spp.) pertence à família Dioscoreácea, com nove gêneros e cerca de 850 espécies, sendo o cará uma delas. Já o taro (Colocasia esculenta) pertence à família Araceae, com 105 gêneros e 3.500 espécies. No Brasil, uma mesma espécie de inhame pode ser chamada também de cará, dependendo da região, graças à popularização do nome da espécie, podendo ser considerados equivalentes do ponto de vista nutricional. O mesmo não acontece com o taro, por pertencer à outra família vegetal.
Grande parte das propriedades funcionais do inhame se deve a presença de um fito-hormônio chamado diosgenina, que há muito tempo vem sendo utilizado pela indústria farmacêutica como matéria-prima para produção de corticoesteróides e esteróides sexuais2,3. A diosgenina, que é um tipo de saponina esteroidal, pode ser convertida, no organismo humano, em progesterona, aldosterona, cortisol e estrogênio, graças a uma série de reações enzimáticas.
Desde que a terapia de reposição hormonal com uso do estrogênio sintético mostrou aumentar os riscos de desenvolvimento de desordens como câncer, osteoporose e mal de Alzheimer, inúmeras opções de tratamento alternativo vêm sendo pesquisadas, e o uso da diosgenina é um delas, graças ao seu potencial estrogenotrófico. Um estudo em humanos verificou o efeito da diosgenina na saúde da mulher na pós-menopausa e concluiu que a ingestão de inhame por 30 dias teve efeitos benéficos no status hormonal, no perfil lipídico e na capacidade antioxidante das mulheres analisadas, fatores que levam a redução do risco de desenvolvimento de câncer de mama e doenças cardiovasculares.
Outro efeito da diosgenina é a capacidade hipocolesterolêmica, por suprimir a absorção intestinal e aumentar a sua excreção. Em estudo com animais, o fito-hormônio mostrou também reduzir os níveis plasmático e hepático de colesterol total, aumentar os níveis plasmáticos de lipoproteína de alta densidade (HDL), aumentar a expressão de enzimas antioxidantes, como superóxido dismutase (SOD), glutationa peroxidase (GSH-Px) nos eritrócitos e catalase (CAT) nos eritrócitos e no fígado, além de aumentar a resistência ao dano no DNA linfocitário. Esses resultados sugerem que a diosgenina é eficaz no controle da hipercolesterolemia tanto por melhorar o perfil lipídico como também por modular o estresse oxidativo.
A capacidade de estimular a expressão gênica de enzimas do complexo antioxidante também foi demonstrada em outro estudo em animais, onde se observou o aumento da atividade da SOD e da GSH-Px, tendo sido associado com a melhora do déficit cognitivo causado pelo dano oxidativo em ratos senescentes. A diosgenina também demonstrou atividade anti-alérgica em um estudo com animais, onde foi associada a supressão da produção de IgE e da infiltração e degranulação de mastócitos.
A síndrome pré-menstrual, caracterizada por uma série de sintomas que surge entre 10 e 14 dias antes da menstruação, desaparecendo com o início do fluxo, só se caracteriza como doença se afetar a atividade diária da mulher. Entre esses sintomas estão as tão temidas cólicas abdominais, irritabilidade, ansiedade, cefaléia, edema, ganho de peso, mastalgia e até quadro depressivo. A capacidade de modular o status hormonal da diosgenina acaba conferindo ao inhame uma potente “arma” contra os efeitos indesejados da tensão pré-menstrual (TPM), como é mais conhecida.
Outros efeitos atribuídos ao inhame como a redução de peso, com a conseqüente redução de medidas, e o tratamento da celulite se devem, de uma forma geral, à capacidade já comprovada da diosgenina em melhorar o perfil lipídico e aumentar a capacidade antioxidante e, consequentemente, anti-inflamatória, além é claro, de se tratar de um alimento saudável, composto por carboidrato complexo, baixo conteúdo lipídico, baixo índice glicêmico, alto teor de fibras e micronutrientes. Os efeitos estéticos, na verdade, são apenas o reflexo externo dos efeitos sistêmicos do uso do tubérculo na alimentação.
Há quem diga que o consumo regular do inhame é suficiente para obter os efeitos benéficos à saúde; outros sugerem que os benefícios só aparecem com o uso da suplementação com o extrato, devido à maior concentração do princípio ativo. É provável qu esses efeitos não sejam evidenciados apenas com o consumo do inhame; mas se considerarmos o tubérculo inserido no contexto de uma alimentação saudável, que conte com outras fontes de nutrientes e fitoquímicos, com certeza ele terá sua parcela de contribuição.
Entretanto, é sempre importante se lembrar do conceito de individualidade bioquímica, onde o que para um indivíduo pode ser a cura, para outro pode ser um veneno!!! Todos esses fatores devem ser avaliados por um profissional capacitado, para um tratamento eficiente e eficaz.
Vamos colocar a teoria na prática? Experimente as dicas abaixo:
- Salada de inhame:
Rale e tempere com sal marinho e limão ou com molho de soja.
- Vitamina com inhame:
Coloque no liquidificador um inhame, uma cenoura, alguns ramos de salsa (ou outra folhinha verde, como coentro ou hortelã) e o suco de duas laranjas, com mais água se desejar. Tudo cru. Dá para dois copos.
- Cozido no vapor:
- Cozido no vapor:
Ponha alguns inhames com casca e tudo na parte superior da cuscuzeira, ou numa peneira sobre uma panela com água fervendo, e tampe. Depois de meia hora espete com o garfo para ver se estão macios. Nessa altura a casca solta com muita facilidade, basta puxar que sai inteirinha. É aí que o inhame tem o sabor mais simples e gostoso.
- Purê de inhame:
- Purê de inhame:
Depois de cozinhar os inhames no vapor ou na água, solte a casca e amasse com um garfo; junte um pouquinho de manteiga e de sal marinho, ou molho de soja, e misture bem. Só precisa ir ao fogo de novo se for para esquentar.
- Pastinhas de inhame:
- Pastinhas de inhame:
São ótimas para passar no pão e substituem muito bem as pastas de queijo nas festas. A base é um purê de inhames cozidos e amassados, ao qual se acrescentam azeite ou manteiga, folhas verdes picadinhas (salsinha, manjericão, coentro, cebolinha) ou orégano; uma beterraba cozida e batida no liquidificador com inhame e um pouquinho de água vai produzir uma pasta rosada. Ou ainda batido com azeite, alho, água e sal faz uma delícia de molho tipo maionese. Use a criatividade e ofereça aos amigos uma coisa nova de cada vez!
- Inhame sauté:
- Inhame sauté:
Depois de cozidos e descascados, corte os inhames em rodelas ou pedaços; aqueça azeite numa frigideira; ponha os inhames, e sobre eles bastante folhas verdes picadinhas (salsa ou cebolinha ou manjericão ou coentro ou orégano ou...); umas pitadinhas de sal marinho; mexa rapidamente, baixe o fogo e deixe grudar um pouquinho no fundo para ficar crocante.
- Pizza de frigideira:
- Pizza de frigideira:
Rale inhames crus, misture com farinha de arroz ou de milho, tempere a gosto; achate a massa numa frigideira antiaderente e deixe assar dez minutos de um lado, dez do outro. Com alguma prática dá para fazer isso numa chapa bem quente, levemente untada. O ponto da massa não deve ser nem seco nem aguado.
- Nhoque de inhame:
- Nhoque de inhame:
Faça exatamente como nhoque de batata: cozinhe os inhames, descasque, amasse com farinha de trigo integral (se desejar sem glúten, acrescente fécula de batata ou farinha de arroz) e uma pitada de sal marinho até a massa ficar com a consistência do lóbulo da orelha. Enrole em cordões, corte, ponha para cozinhar de pouco em pouco numa panela com água fervendo. Quando os nhoques subirem é que estarão cozidos. E o molho? Ao gosto do freguês... Engrossando o caldo Cozinhe um ou dois inhames junto com o feijão, que eles desmancham e o caldo fica bem grosso.
- Bolinhos de inhame:
- Bolinhos de inhame:
Cozinhe, descasque e amasse ligeiramente os inhames com um pouco de cebola ralada, cebolinha verde picadinha ou alho-porró em fatias fininhas, umas pitadas de cominho e outras de sal; junte fécula de batata para dar liga, pincele com gema de ovo e asse no forno até a superfície secar.
- Forminhas de inhame:
- Forminhas de inhame:
Descasque e rale os inhames crus na parte mais fina do ralador, para obter uma papa líquida. Junte fubá de milho ou farinha de arroz integral (que se faz tostando o arroz e batendo aos pouquinhos no liquidificador) até conseguir uma consistência boa, mas ainda úmida. Tempere a seu gosto: com sementes de cominho ou de erva-doce, umas pitadinhas de sal, talvez um queijo tipo ricota ralado ou azeitona. Unte forminhas, encha com a massa e ponha em forno bem quente durante cinqüenta minutos.
- Pizza de palmito:
- Pizza de palmito:
Cozinhe, descasque e amasse os inhames; unte um tabuleiro, achate com as mãos bocados do inhame amassado e vá cobrindo com eles o fundo e os lados do tabuleiro. Asse quinze minutos em forno alto. Numa panela, refogue bastante cebola e ponha por cima palmitos frescos pequenos, temperados com alho socado, sal e limão. Deixe cozinhar com tampa por quinze minutos. Tire a massa do forno, despeje o recheio, enfeite com rodelas de tomate ou de pimentão, pique bastante cheiro-verde e espalhe por cima. Leve novamente ao forno por mais dez minutos. Como variação desta receita, você pode não assar a massa antes de colocar o recheio; pode também reservar parte da massa para tampar a pizza, que aí vira um pastelão.
- Bolo salgado de inhame:
- Bolo salgado de inhame:
Deixe de molho duas xícaras de triguilho durante duas ou três horas e esprema; junte a duas xícaras de inhame cozido e duas de farinha de arroz. À parte, refogue alguns legumes com um pouco de tempero, mas não deixe cozinhar. Tire do fogo e misture à massa. Ponha numa fôrma untada, espalhe queijo tipo ricota por cima e leve ao forno alto por quinze minutos. "Cheirou", está pronto.
- Torta de inhame em camadas:
- Torta de inhame em camadas:
Cozinhe, descasque e amasse os inhames; cozinhe e amasse a terça parte de abóbora; refogue uma verdura picadinha tipo espinafre, acelga, agrião, chicória, folhas de nabo ou de cenoura, etc. Unte um pirex com azeite, ponha uma camada de inhame e sobre ela uma de abóbora; outra de inhame e sobre ela a verdura refogada; mais uma de inhame. Pincele ou não com ovo, enfeite com rodelas de cebola, leve ao forno para secar durante 20 minutos.
- Sopa de inhame com missô:
- Sopa de inhame com missô:
O missô, que é desintoxicante, é um alimento tradicional japonês muito usado como tempero, feito de soja fermentada com cereais e sal. Vem em forma de pasta. É muito rico em enzimas, proteínas e vitamina B12, devido ao seu processo de fermentação e dá um gosto todo especial à sopa. Portanto cozinhe os inhames descascados com a mesma quantidade de água, uma ou duas folhinhas de louro e alguns dentes de alho inteiros; depois bata no liquidificador para obter um creme fino. Acrescente o misso, na base de uma colher de chá cheia por pessoa, ou dissolva com um pouco d'água numa tigelinha e deixe que cada um se sirva como quiser. (Algumas pessoas vão preferir sal.) Cebolinha verde picada, por cima, combina muito.
Ficou com água na boca? Que tal experimentar e acrescentar saúde e sabor à sua mesa?
Ficou com água na boca? Que tal experimentar e acrescentar saúde e sabor à sua mesa?
Muita saúde a todos!
Autora: Dra. Sílvia Coelho
Fontes de pesquisa:
- Blog: VP Consultoria Nutricional
- Dra. Vanessa de Nadai http://www.vanessadenadai.blogspot.com/
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Dr. Frederico Lobo
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Programa de Longevidade saudável
Longevidade saudável não é dar hormônios para quem não precisa.
Uma longevidade saudável pode tentar ser adquirida com:
- Adesão a um programa de atividade física regular.
- Ingestão de alimentos orgânicos, de preferência regionais, com bastante variedade.
- 8 horas de sono por noite.
- Manejo adequado do estresse cotidiano.
- Boas relações interpessoais.
- Contribuição social.
- Tempo para lazer.
- Vida afetiva sem tantas oscilações.
- Não ser escravo do trabalho ou do dinheiro ou de qualquer coisa que te tire a liberdade.
- Ter fé em algo.
- Evitar álcool, cigarros, drogas, contaminantes ambientais.
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Dr. Frederico Lobo
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Sou diabético, e agora? O que posso comer?
Todos somos suscetíveis a doenças e, na minha opinião, um dos problemas de saúde que deixa o indivíduo mais “chateado” é o diabetes, não só pela doença em si, mas pelas restrições alimentares que são impostas. Nossa cultura está diretamente relacionada com a comida e tudo é motivo para um almoço, para fazer o doce que a filha mais gosta e por aí vai.
Assim que recebe o diagnóstico de diabetes, a primeira coisa que se pensa é na restrição alimentar: o que posso e o que não posso comer? É muito estressante para a pessoa ouvir que nunca mais pode comer isso ou aquilo, mas a dieta do diabéticos diz respeito mais ao que colocar no consumo diário, e não o que deve ser retirado dele.
Escolher os alimentos corretos e comê-los em quantidades adequadas podem fazer toda diferença numa das principais causas do diabetes tipo 2: a resistência à insulina. O melhor aliado do diabético é uma alimentação saudável e equilibrada e exercícios físicos.
Os diabéticos precisam ingerir carboidratos, frutas, verduras, proteínas e gorduras. Mas, além da preocupação com a resistência à insulina, há certa inquietude quanto ao índice glicêmico do sangue, que pode ser elevado em poucos minutos dependendo do alimento que foi consumido.
Farinha branca, arroz e batata são alimentos de alto índice glicêmico. Eles contêm o tipo de carboidrato que é digerido rapidamente, levando uma grande quantidade de açúcar para o corpo. Os carboidratos são rapidamente absorvidos e assim criam picos de glicose indesejáveis. Quanto maior o tempo que o alimento precisa para ser digerido e absorvido, menor a elevação aguda da glicose. Por isso, recomenda-se que se usem alimentos integrais, que, pelo conteúdo maior de fibras, são absorvidos mais lentamente.
Fonte: Sociedade Brasileira de Diabetes |
Diariamente saem estudos novos que associam determinados alimentos a prevenção e/ou tratamento do diabetes, vamos ver alguns que podem ser úteis e aplicáveis ao nosso dia-a-dia:
Segundo pesquisadores do Instituto de Ciência do Metabolismo do Hospital Addenbrooke, na Inglaterra, você tem mais um motivo para incluir frutas e vegetais na sua dieta: alimentos ricos em vitamina C reduzem o risco de desenvolver diabetes.
Indivíduos que possuíam maiores quantidades apresentaram 62% menos propensão a desenvolver o problema. A substância parece prevenir o surgimento de radicais livres que danificam as células e interferem no metabolismo da glicose, o que pode causar diabetes. Quem apresentou os maiores níveis de vitamina C comiam, em média, 6,5 porções de frutas e vegetais por dia. A dica é abusar de papaia, morango, laranja, melão-cantalupo, pimentão vermelho e brócolis.
Pesquisa publicada no Journal of Medical Food mostrou que os temperos sálvia e orégano previnem os danos causados pelos níveis elevados de glicose no sangue.
A adição de extrato de ervas e condimentos às proteínas do sangue bloquearam a formação de substâncias químicas que engrossam as paredes das artérias no coração e rins, aumentando o risco de prejuízo a esses órgãos.
A curcumina(açafrão) tem sido relatada como a melhor forma para diminuir lipídios e glicose plasmática em ratos diabéticos e para diminuir o peso corporal em ratos obesos, o que pode em parte ser devido à oxidação dos ácidos graxos e aumento da utilização no músculo esquelético. A conclusão do estudo que foi publicado no Nutrition, Metabolism & Cardiovascular Diseases foi de que a curcumina melhora a resistência à insulina muscular, aumentando a oxidação de ácidos graxos e glicose.
Um estudo desenvolvido pela Universidade do Oeste de Ontario, no Canadá, aponta que a tangerina pode não apenas prevenir a obesidade, como oferecer também proteção ao diabetes do tipo 2 e à aterosclerose. O estudo descobriu que a substância nobiletina, presente nos gomos da tangerina, é capaz de promover todos estes benefícios.
O consumo diário de chá de camomila junto com as refeições pode ajudar a prevenir complicações decorrentes do Diabetes tipo II, segundo estudo publicado recentemente por pesquisadores do Japão e Reino Unido. Os animais diabéticos que consumiram o extrato de camomila demonstraram uma redução significativa nos níveis sanguíneos de glicose, quando comparados aos ratos diabéticos ingerindo somente dieta padrão. O extrato de camomila também inibiu a atividade da enzima aldose redutase-2. Esta enzima, muito estudada, contribui para o desenvolvimento de complicações diabéticas, como a neuropatia, catarata, retinopatia e nefropatia.
Uma metanálise que avaliou 37 estudos prospectivos concluiu que dietas contendo alimentos com alto índice glicêmico (IG) ou alta carga glicêmica (CG) aumentaram independentemente o risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2, câncer de mama, doença cardíaca e de vesícula biliar.
Os autores acreditam que a hiperglicemia pós-prandial em indivíduos sem diabetes é o mecanismo universal que contribui para o desenvolvimento de doenças crônicas. O consumo de alimentos com baixo IG e CG pode evitar esse quadro clínico por meio dos efeitos metabólicos causados na função das células beta do pâncreas, na concentração de triacilgliceróis e ácidos graxos livres, além de ter influência na saciedade.
Um estudo realizado por cientistas americanos sugere que o consumo de cafeína entre pacientes de diabetes tipo 2 pode aumentar o nível de açúcar no sangue. Publicada na revista científica Diabetes Care, a pesquisa, realizada na Duke University, nos Estados Unidos, monitorou o nível de açúcar em 14 pacientes diabéticos e sugere que o estimulante pode aumentar o nível de glicose diário em até 8%.
Para realizar o estudo, os cientistas deram dois tipos de comprimidos para os participantes: um placebo e uma cápsula de cafeína, equivalente a quatro xícaras de café. Segundo os pesquisadores uma das causas do aumento no nível de glicose pode ser a interferência da cafeína no processo que transporta a glicose do sangue para o músculo e outras células do corpo. Além disso, a cafeína pode também ativar a liberação de adrenalina, o que contribui para o aumento no nível de açúcar.
Segundo estudo americano publicado no periódico especializado Journal of the American College of Nutrition, a amêndoa tem propriedades que protegem o corpo contra o diabetes tipo 2 e as doenças cardíacas. Os médicos verificaram que após a introdução no cardápio, houve nos pacientes um aumento da sensibilidade à insulina, o que melhora o processamento de açúcares pelo corpo.
O diabético também pode necessitar de suplementos, para saber mais leia aqui o post completo do Dr. Telmo Diniz.
Mas vamos ao que interessa, afinal o que o diabético deve inserir em sua alimentação?
- Adicione mais frutas, verduras e legumes nas suas refeições, eles ajudam a reduzir as calorias ingeridas pela quantidades de fibras. Mas atenção, evite vegetais como beterraba e cenoura cozidos, prefira-os crus, pois diminuem o índice glicêmico!
- Aumente o consumo de peixes, principalmente os fontes de ômega-3 como o salmão e a sardinha que ajudam no controle da glicemia e na prevenção de doenças do cardíacas.
- Amêndoas, nozes, castanha do Brasil, assim como o abacate (sem açúcar, ok?), têm um efeito benéfico no colesterol e ajudam a reverter a resistência à insulina.
- Ervas e condimentos como manjericão, cominho, alho, gengibre, hortelã, orégano, alecrim, tomilho e açafrão podem ajudar a controlar glicemia no sangue.
- Ervas e condimentos como manjericão, cominho, alho, gengibre, hortelã, orégano, alecrim, tomilho e açafrão podem ajudar a controlar glicemia no sangue.
- No café-da-manhã prefira um cereal com alta quantidade de fibras e sem açúcar. Para dar um sabor doce, misture-o com frutas de sua preferência. Esta opção é cheia de nutrientes e demora mais para ser digerida pelo organismo.
- No jantar, prefira as massas de semolina, que têm menor índice glicêmico que as batatas. Incremente com vegetais, tomates, azeite de oliva e outros ingredientes saudáveis.
- Farinha, arroz e pão integral têm menor taxa glicêmica que os refinados/brancos. Quando for fazer suas compras, procure alimentos com a palavra “integral” ou “grãos inteiros” no rótulo.
- Acho que nem precisa falar que o açúcar deve ser exterminado da dieta, não é? Opte pela sucralose ou pela estévia orgânica.
- Outra dica é começar o almoço e o jantar pela salada. Além de serem superimportantes para nossa saúde, preenchem o estômago e fazem você comer menos carboidratos e calorias.
- Os produtos diet podem ser utilizados, mas não exagere, evite o excesso de alimentos industrializados em seu dia-a-dia!
- Se estiver acima do peso, tenha como meta o emagrecimento para ajudar na manutenção/redução da sua glicemia. Dieta + exercício físico com certeza além de melhorar sua qualidade de vida irão melhorar seu tratamento.
Viu como a alimentação pode sim ser gostosa, equilibrada e não ser o fim do mundo? Mas claro, sua dieta terá que passar por uma transformação e uma mudança de hábitos que deverão ser feitos em conjunto com um Nutricionista para que não hajam prejuízos ao seu organismo.
Lembre-se sempre que uma alimentação saudável e equilibrada é a chave para uma saúde perfeita!
Referências Bibliográficas:
- Plasma Vitamin C Level, Fruit and Vegetable Consumption, and the Risk of New-Onset Type 2 Diabetes Mellitus. Archieves of Internal Medicine. Vol. 168 No. 14, July 28, 2008
- Herbs - Spices - Sugars - Diabetes. Journal of Medicinal Foods June 2008; 11(2):275-81
- Curcumin ameliorates macrophage infiltration by inhibiting NF-κB activation and proinflammatory cytokines in streptozotocin induced-diabetic nephropathy. Nutrition & Metabolism 2011, 8:35
- Kato A, Minoshima Y, Yamamoto J, Adachi I, Watson AA, Nash RJ. Protective Effects of Dietary Chamomile Tea on Diabetic Complications. J. Agric. Food Chem. 2008;56:8206–11.
- Caffeine Increases Ambulatory Glucose and Postprandial Responses in Coffee Drinkers With Type 2 Diabetes. Diabetes Care February 2008 vol. 31 no. 2 221-222
- Almond Consumption and Cardiovascular Risk Factors in Adults with Prediabetes. J Am Coll Nutr June 2010 vol. 29 no. 3 189-197
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Umidade baixa, hidratação em alta
Hoje é feriado, dia de ir ao parque brincar com os filhos, fazer caminhadas, ir ao clube, ou seja todas atividades ao ar livre e o ar não anda muito saudável para nossa saúde ultimamente. A falta de chuvas tem deixado a umidade relativa do ar muito baixa, ontem aqui em Goiânia estávamos com 8% , ou seja, clima de deserto. E este clima vem se repetindo em vários estados do país. Está demorando para a moça do tempo trazer boas notícias, mas enquanto isso vamos fazendo o que é possível para melhorar a umidade em nosso ambiente.
A desidratação é muito comum nesta época de seca e quem sofre mais com este clima são os idosos e as crianças, por isso se você convive com algum deles lembre-se de oferecer líquidos com freqüência, deixar garrafinhas próximas e lembrá-los de beber água a todo instante.
Para os adultos, principalmente aqueles que trabalham em ambientes fechados e com ar condicionado garrafinha ou copo d’água do lado, e é para esvaziar, ok? Nada de ter ele como compania cheio ao seu lado o dia inteiro.
Recomenda-se a ingestão de 1ml de água para cada caloria ingerida ao dia ou de 25-30ml por quilo de peso. Pense que a constituição do seu corpo em sua maioria é água, então se não tiver aporte adequado ele não vai funcionar perfeitamente. E não falo apenas de funções internas, dos órgãos vitais, pense na sua pele, de nada adiantar hidratar com cremes se não tomar muita água, tome muita água para ter uma pele saudável, afinal você não quer ser uma uva passa, não é?
As fontes de líquidos podem ser diversas, o ideal é tomar muita água, mas você pode intercalar com sucos, água de côco, chás gelados, evite os diuréticos (ex:chá verde) em dias muito quentes, pois estimulam muito a diurese, podendo desidratar. Evite tomar repositores em excesso a não ser que esteja fazendo exercícios físicos com alta intensidade e desgaste que realmente necessitem de reposição de eletrólitos. Mas esta recomendação deve ser profissional!
Você é daqueles que não é muito fã de tomar água? Procure torná-la aromática, adicione folhinhas de hortelã ou cascas de laranja, limão, erva cidreira ou pingue gotinhas de limão, use sua imaginação, mas nada de açúcar! Garanto que vai ficar mais agradável tomar água.
Fique atento a sintomas como tonturas, náuseas, dores de cabeça, pois são sinais de desidratação. Faça da garrafinha de água sua companheira inseparável nesses dias e sempre!
Nesta época é também comum nosso hábito intestinal bagunçar um pouco, a tendência é que ele fique um pouco mais preso, pois a necessidade de água aumenta e acaba sobrando pouca para hidratação das fezes, então além de consumir mais fibras, aumente a quantidade de líquidos para dar uma forcinha a seu intestino.
Em relação à alimentação procure incluir muitas frutas do café-da-manhã ao jantar, as mais variadas. No almoço e no jantar faça refeições leves, abuse das saladas, carnes magras e grelhadas, nada de pratos gordurosos cheios de molhos cremosos e “pesados” nos dias quentes porque além de terem uma digestão mais lenta irão dar aquela sensação de moleza e já basta o calor. Entre as refeições prefira frutas que contém mais água como melão e melancia ou faça sucos com um toque de hortelã que garante uma maior refrescância.
Mais uma vez friso a importância de ter um cuidado maior com crianças e idosos, além de serem mais vulneráveis são mais dependentes também, portanto, dê atenção especial a eles.
Um excelente feriado a todos! E não se esqueçam da hidratação!
A desidratação é muito comum nesta época de seca e quem sofre mais com este clima são os idosos e as crianças, por isso se você convive com algum deles lembre-se de oferecer líquidos com freqüência, deixar garrafinhas próximas e lembrá-los de beber água a todo instante.
Para os adultos, principalmente aqueles que trabalham em ambientes fechados e com ar condicionado garrafinha ou copo d’água do lado, e é para esvaziar, ok? Nada de ter ele como compania cheio ao seu lado o dia inteiro.
Recomenda-se a ingestão de 1ml de água para cada caloria ingerida ao dia ou de 25-30ml por quilo de peso. Pense que a constituição do seu corpo em sua maioria é água, então se não tiver aporte adequado ele não vai funcionar perfeitamente. E não falo apenas de funções internas, dos órgãos vitais, pense na sua pele, de nada adiantar hidratar com cremes se não tomar muita água, tome muita água para ter uma pele saudável, afinal você não quer ser uma uva passa, não é?
As fontes de líquidos podem ser diversas, o ideal é tomar muita água, mas você pode intercalar com sucos, água de côco, chás gelados, evite os diuréticos (ex:chá verde) em dias muito quentes, pois estimulam muito a diurese, podendo desidratar. Evite tomar repositores em excesso a não ser que esteja fazendo exercícios físicos com alta intensidade e desgaste que realmente necessitem de reposição de eletrólitos. Mas esta recomendação deve ser profissional!
Você é daqueles que não é muito fã de tomar água? Procure torná-la aromática, adicione folhinhas de hortelã ou cascas de laranja, limão, erva cidreira ou pingue gotinhas de limão, use sua imaginação, mas nada de açúcar! Garanto que vai ficar mais agradável tomar água.
Fique atento a sintomas como tonturas, náuseas, dores de cabeça, pois são sinais de desidratação. Faça da garrafinha de água sua companheira inseparável nesses dias e sempre!
Nesta época é também comum nosso hábito intestinal bagunçar um pouco, a tendência é que ele fique um pouco mais preso, pois a necessidade de água aumenta e acaba sobrando pouca para hidratação das fezes, então além de consumir mais fibras, aumente a quantidade de líquidos para dar uma forcinha a seu intestino.
Em relação à alimentação procure incluir muitas frutas do café-da-manhã ao jantar, as mais variadas. No almoço e no jantar faça refeições leves, abuse das saladas, carnes magras e grelhadas, nada de pratos gordurosos cheios de molhos cremosos e “pesados” nos dias quentes porque além de terem uma digestão mais lenta irão dar aquela sensação de moleza e já basta o calor. Entre as refeições prefira frutas que contém mais água como melão e melancia ou faça sucos com um toque de hortelã que garante uma maior refrescância.
Mais uma vez friso a importância de ter um cuidado maior com crianças e idosos, além de serem mais vulneráveis são mais dependentes também, portanto, dê atenção especial a eles.
Um excelente feriado a todos! E não se esqueçam da hidratação!
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Dr. Frederico Lobo
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Panelas
Você sabia que o material das panelas que usamos no preparo dos alimentos pode influenciar na nossa saúde? Mas como? E a antiga frase: “Panela velha é que faz comida boa?” Não é tudo a mesma coisa? A melhor não é a mais bonita, barata ou ainda aquela que a comida não gruda na panela?
Mas saiba por exemplo, que a panela de Alumínio libera este metal tóxico para o alimento, e que este pode trazer sérios danos à sua saúde. Leia mais sobre o assunto (esclarecedor!) na Liga da Saúde: http://ligadasaude.blogspot.com/2011/07/metais-toxicos-voce-tambem-pode-ter-1-2.html
Diante de tantas opções, confira abaixo quais são as vantagens e desvantagens das opções mais utilizadas. Que tal cozinhar (verdadeiramente) mais saudável?
PANELA | VANTAGENS | DESVANTAGENS |
VIDRO | Beleza Inócuo / atóxico Rápido aquecimento Pode ser usado para guardar alimentos | Preço elevado Fragilidade Aderência Requer habilidade para não queimar o alimento |
CERÂMICA | Higienização Nova pode ser usada para guardar alimentos Mantém o alimento aquecido | Liberação de Chumbo e Cádmio se antigas Fragilidade Requer habilidade no preparo para não queimar o alimento |
BARRO | Preço Mantém alimento aquecido Vai ao forno e na chama do fogão | Aparência e acabamento Requer cura Aquecimento lento Facilidade de adesão de restos de alimentos |
COBRE | Rápido aquecimento Aquecimento homogêneo | Libera Cobre Oxida e altera a cor |
FERRO | Libera ferro Durável Bom preço Facil limpeza Mantém calor do alimento | Interfere na cor e no sabor dos alimentos Não permite guardar alimentos Aquecimento lento dos alimentos |
ALUMÍNIO | Rápido aquecimento Preço Facilidade de uso e manipulação | Liberação de alumínio Aderência Não permite guardar alimentos |
INOX | Durabilidade Fácil higienização Mantém o calor do alimento Pode ser usada para guardar alimentos | Libera níquel nas primeiras vezes de uso Aquecimento lento Se nova, requer fervura de água por 3 vezes |
ANTIADERENTE | Rápido aquecimento Fácil higienização Possibilita menos uso de óleo | Com o tempo o antiaderente vai saindo Pode promover formação de substâncias cancerígenas Evitar preparar alimentos fonte de proteínas Não levar ao fogo sem alimento |
Muita saúde a todos!
Dra. Sílvia Coelho
http://www.silviacoelho.com/
Twitter: @drasilviacoelho
Fonte de pesquisa:
- Por dentro das panelas. Késia Diego Quintaes. Editora Varela
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Dr. Frederico Lobo
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sábado, 3 de setembro de 2011
Deficiência da ingestão de Vitamina K2 e o aumento de risco de mortalidade por câncer
Um artigo publicado online em 24 de Março de 2010 no American Journal of Clinical Nutrition descreve os achados de pesquisadores do Centro Alemão de Pesquisa de Câncer e do Centro Alemão de Saúde Ambiental em relação à deficiência da ingestão de Vitamina K2 e o aumento de risco de mortalidade pelo câncer.
A vitamina K1 está presente em hortaliças verde-escuras- espinafre, brócolis, couve de Bruxelas, couve e também em outros alimentos como cenoura, abacate, pepino, alho-poró, tomate, azeite de oliva e laticínios.
Quanto à vitamina K2, as melhores fontes estão na gema do ovo (não temê-la como fonte de colesterol, um receio infundado dado a riqueza dos nutrientes contidos no ovo, sobretudo o de galinha caipira) e o natto, alimento à base de soja fermentada com um alto teor dessa vitamina. Outra fonte recomendável é o leite cru orgânico, difícil de obter por problemas de esterilização e pasteurização obrigatória, que destroem a vitamina K2, além dos queijos suíço Emmental e norueguês Jarlsberg, ambos com teores apreciáveis da K2. Outra alternativa são suplementos como a menaquinona ou MK 7, preparado à base de um extrato de natto, que deve ser obtido de soja não geneticamente modificada.
A pesquisa em tela analisou os dados de 24.340 participantes no estudo relacionado ao Câncer e à Nutrição, cuja sigla é EPIC Heidelberg. Abrangeu pessoas de 35 a 64 anos registradas entre os anos de 1994 a 1998. Os participantes, sem diagnóstico de câncer no início do estudo, foram acompanhados até 2008. No registro foram preenchidos questionários relacionados à ingestão de filoquinona (vitamina K1) e menaquinona (vitamina K2). Já no período de follow-up ou seguimento, ocorreram 1.755 casos de câncer com 458 óbitos. Dentre os participantes, aqueles com a maior ingestão dessas vitaminas evidenciaram um risco 28% menor de morrer em conseqüência do câncer.
A análise posterior dos dados demonstrou que a redução da incidência do câncer correlacionada com a vitamina K2 ocorreu mais no sexo masculino. Quanto à localização do câncer, foram observados 62% de redução do risco de câncer do pulmão e 35% de redução de câncer da próstata nos participantes cuja ingestão de vitamina K2 estava em 25% do grupo com os maiores níveis da K2. É interessante que nenhuma associação foi encontrada entre a vitamina K1 ou filoquinona e a incidência ou a mortalidade pelo câncer.
Em face da grande associação inversa entre a vitamina K2 e a mortalidade pelo câncer em comparação com a incidência da doença, há consistência na hipótese que os fatores que agem sobre a apoptose ou a sustação do ciclo celular exercem um papel positivo na diminuição da carcinogênese. Há também um papel inibitório da vitamina K2 na angiogênese, ligada ao desenvolvimento de metástases.
O estudo mostrou associações inversas entre a ingestão dietética de menaquinonas e o efeito sobre a incidência e a mortalidade do câncer e sugere estudos adicionais com o uso de marcadores do status da vitamina K.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=149&Itemid=39
A vitamina K1 está presente em hortaliças verde-escuras- espinafre, brócolis, couve de Bruxelas, couve e também em outros alimentos como cenoura, abacate, pepino, alho-poró, tomate, azeite de oliva e laticínios.
Quanto à vitamina K2, as melhores fontes estão na gema do ovo (não temê-la como fonte de colesterol, um receio infundado dado a riqueza dos nutrientes contidos no ovo, sobretudo o de galinha caipira) e o natto, alimento à base de soja fermentada com um alto teor dessa vitamina. Outra fonte recomendável é o leite cru orgânico, difícil de obter por problemas de esterilização e pasteurização obrigatória, que destroem a vitamina K2, além dos queijos suíço Emmental e norueguês Jarlsberg, ambos com teores apreciáveis da K2. Outra alternativa são suplementos como a menaquinona ou MK 7, preparado à base de um extrato de natto, que deve ser obtido de soja não geneticamente modificada.
A pesquisa em tela analisou os dados de 24.340 participantes no estudo relacionado ao Câncer e à Nutrição, cuja sigla é EPIC Heidelberg. Abrangeu pessoas de 35 a 64 anos registradas entre os anos de 1994 a 1998. Os participantes, sem diagnóstico de câncer no início do estudo, foram acompanhados até 2008. No registro foram preenchidos questionários relacionados à ingestão de filoquinona (vitamina K1) e menaquinona (vitamina K2). Já no período de follow-up ou seguimento, ocorreram 1.755 casos de câncer com 458 óbitos. Dentre os participantes, aqueles com a maior ingestão dessas vitaminas evidenciaram um risco 28% menor de morrer em conseqüência do câncer.
A análise posterior dos dados demonstrou que a redução da incidência do câncer correlacionada com a vitamina K2 ocorreu mais no sexo masculino. Quanto à localização do câncer, foram observados 62% de redução do risco de câncer do pulmão e 35% de redução de câncer da próstata nos participantes cuja ingestão de vitamina K2 estava em 25% do grupo com os maiores níveis da K2. É interessante que nenhuma associação foi encontrada entre a vitamina K1 ou filoquinona e a incidência ou a mortalidade pelo câncer.
Em face da grande associação inversa entre a vitamina K2 e a mortalidade pelo câncer em comparação com a incidência da doença, há consistência na hipótese que os fatores que agem sobre a apoptose ou a sustação do ciclo celular exercem um papel positivo na diminuição da carcinogênese. Há também um papel inibitório da vitamina K2 na angiogênese, ligada ao desenvolvimento de metástases.
O estudo mostrou associações inversas entre a ingestão dietética de menaquinonas e o efeito sobre a incidência e a mortalidade do câncer e sugere estudos adicionais com o uso de marcadores do status da vitamina K.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=149&Itemid=39
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Vitamina D e déficit cognitivo
Em um artigo a ser publicado no Journal of Geriatric Psychology and Neurology, pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Universidade de Michigan relataram a correlação de baixos níveis de vitamina D com o aumento de déficit cognitivo em homens e mulheres.
Por falar nisso, o déficit cognitivo tem sido apontado como capaz de aumentar o risco de demência, uma das causas predominantes da invalidez na faixa etária dos idosos. O presente estudo incluiu 708 homens e 1.058 mulheres, com idade inscritos a partir de 65 anos como participantes do Health Survey for England 2000.
Por sinal, os testes psicológicos revelaram falhas cognitivas em 212 indivíduos e esses distúrbios se mostraram freqüentes à medida que se constatava níveis baixos de 25 hidroxi, a forma de análise da vitamina D no soro sanguíneo.
Aliás, os participantes cujos níveis de vitamina D estavam em ¼ ou em 25% do grupo na faixa de 8 a 30 nmol por litro evidenciaram um risco de distúrbios cognitivos 2.28 vezes maior do que os homens e mulheres cujos níveis de vitamina D estavam no outro quarto ou 25% do grupo com níveis de vitamina D na faixa de 66 a 170 nmoles por litro.
Segundo os autores do estudo, surgiu uma nova evidencia revelando que o nível de vitamina D medido no soro sanguíneo relaciona-se com déficits cognitivos na população idosa e tem potencial de esclarecimento para definir um diagnostico diferencial. Isso é digno de nota porque a vitamina D 25 hidroxi desempenha um relevante papel na expressão de fatores neurotróficos, ou seja na nutrição nervosa, na estimulação da neurogenese em organismos adultos, ou seja na capacidade de criar novas conexões nervosas, além da homeostase ou regulação do cálcio, e, além disso, nos mecanismos de desintoxicação do organismo. Além disso, a associação entre os níveis sericos de 25 hidroxi e os déficits cognitivos ressalta a importância de micronutrientes na vida dos idosos, geralmente desregulada.
Esse é o primeiro estudo em grande escala na identificação da relação entre a vitamina D e os déficits cognitivos na terceira idade, segundo o co-autor do estudo Iain A. Lang, da Escola de medicina Peninsula de Exeter, Inglaterra.
Como se sabe, a demência é um problema crescente para os serviços de saúde em todo o mundo e as pessoas que têm problemas cognitivos estão em alto risco de desenvolver esse distúrbio. É importante pesquisar os meios que possam reduzir os níveis de demência, que constitui um grande desafio para os serviços de saúde.
Para as pessoas que vivem em países com invernos prolongados sem muita luz solar como no Reino Unido, a síntese natural de vitamina D pode ser um problema, sobretudo para os idosos que ainda se expõem menos ao sol. Essa carência pode ser suprida com a suplementação de vitamina D, proposta no passado para a melhora da estrutura óssea e hoje já recomendada para corrigir o déficit cognitivo e o risco de demência.
Em pesquisa clínica a A Clinica Nutricional tem verificado, que mesmo em Brasília, uma cidade tropical, também ocorre o déficit de vitamina D por baixa exposição ao sol. A análise de rotina do 25 hidroxi, em laboratório associado, tem revelado o déficit da vitamina D em cerca de 40 % dos pacientes, sendo prescrita a suplementação e correção nutricional segundo estudos feitos na California, onde tem ocorrido um déficit freqüente de vitamina D, o que é um paradoxo, já que a California é um dos estados mais ensolarados dos EUA.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=101&Itemid=39
Por falar nisso, o déficit cognitivo tem sido apontado como capaz de aumentar o risco de demência, uma das causas predominantes da invalidez na faixa etária dos idosos. O presente estudo incluiu 708 homens e 1.058 mulheres, com idade inscritos a partir de 65 anos como participantes do Health Survey for England 2000.
Por sinal, os testes psicológicos revelaram falhas cognitivas em 212 indivíduos e esses distúrbios se mostraram freqüentes à medida que se constatava níveis baixos de 25 hidroxi, a forma de análise da vitamina D no soro sanguíneo.
Aliás, os participantes cujos níveis de vitamina D estavam em ¼ ou em 25% do grupo na faixa de 8 a 30 nmol por litro evidenciaram um risco de distúrbios cognitivos 2.28 vezes maior do que os homens e mulheres cujos níveis de vitamina D estavam no outro quarto ou 25% do grupo com níveis de vitamina D na faixa de 66 a 170 nmoles por litro.
Segundo os autores do estudo, surgiu uma nova evidencia revelando que o nível de vitamina D medido no soro sanguíneo relaciona-se com déficits cognitivos na população idosa e tem potencial de esclarecimento para definir um diagnostico diferencial. Isso é digno de nota porque a vitamina D 25 hidroxi desempenha um relevante papel na expressão de fatores neurotróficos, ou seja na nutrição nervosa, na estimulação da neurogenese em organismos adultos, ou seja na capacidade de criar novas conexões nervosas, além da homeostase ou regulação do cálcio, e, além disso, nos mecanismos de desintoxicação do organismo. Além disso, a associação entre os níveis sericos de 25 hidroxi e os déficits cognitivos ressalta a importância de micronutrientes na vida dos idosos, geralmente desregulada.
Esse é o primeiro estudo em grande escala na identificação da relação entre a vitamina D e os déficits cognitivos na terceira idade, segundo o co-autor do estudo Iain A. Lang, da Escola de medicina Peninsula de Exeter, Inglaterra.
Como se sabe, a demência é um problema crescente para os serviços de saúde em todo o mundo e as pessoas que têm problemas cognitivos estão em alto risco de desenvolver esse distúrbio. É importante pesquisar os meios que possam reduzir os níveis de demência, que constitui um grande desafio para os serviços de saúde.
Para as pessoas que vivem em países com invernos prolongados sem muita luz solar como no Reino Unido, a síntese natural de vitamina D pode ser um problema, sobretudo para os idosos que ainda se expõem menos ao sol. Essa carência pode ser suprida com a suplementação de vitamina D, proposta no passado para a melhora da estrutura óssea e hoje já recomendada para corrigir o déficit cognitivo e o risco de demência.
Em pesquisa clínica a A Clinica Nutricional tem verificado, que mesmo em Brasília, uma cidade tropical, também ocorre o déficit de vitamina D por baixa exposição ao sol. A análise de rotina do 25 hidroxi, em laboratório associado, tem revelado o déficit da vitamina D em cerca de 40 % dos pacientes, sendo prescrita a suplementação e correção nutricional segundo estudos feitos na California, onde tem ocorrido um déficit freqüente de vitamina D, o que é um paradoxo, já que a California é um dos estados mais ensolarados dos EUA.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=101&Itemid=39
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Dr. Frederico Lobo
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O perigo da prática de exercícios ao ar livre nas grandes cidades
A prática de exercícios como ciclismo e corridas ao ar livre são mais prazerosos ao ar livre do que em uma academia ou em casa. No entanto, a poluição crescente com o um imprevisto número de veículos torna essa prática mais nociva do que benéfica.
A pesquisa internacional recente tem apontado que micro-partículas das descargas dos motores, inclusive a temível partícula de exaustão do diesel, podem ser inaladas e absorvidas nos pulmões e entram na circulação podendo causar sérios problemas no coração e no cérebro.
No Brasil, esses dados são especialmente alarmantes porque a Petrobrás ainda não cumpriu as exigências internacionais de redução da taxa de enxofre no óleo diesel usado em milhões de veículos, fato que agrava seriamente o problema da poluição ambiental.
Cidades altamente poluídas como Los Angeles e São Paulo, estão qualificados com o agravo ambiental mais sério por maior concentração de partículas de enxofre no diesel e podem propiciar o surgimento de doenças cardiovasculares, doença de Parkinson e derrames cerebrais.
As partículas do diesel, designadas em inglês com a sigla DEP (diesel exaust particles), estimulam células do sistema imunitário, inclusive as micróglias, nome das células imunitárias do sistema nervoso. As micróglias passam a liberar uma enorme quantidade de radicais livres, inclusive o temível o superoxido.
Em uma pesquisa cuidadosamente elaborada, foi demonstrado que o DEP excita intensamente as micróglias a ponto de desencadear reações capazes de destruir os neurônios da substância nigra, núcleo situado no tronco cerebral, cuja perda resulta na doença de Parkinson.
Outras pesquisas também estabeleceram a correlação do DEP com infertilidade masculina por baixa da oligoespermia, ou seja baixo número de espermatozóides, as células germinativas masculinas, e elevação dos níveis de testosterona que pode favorecer o desenvolvimento do autismo nas crianças e no campo da cardiologia , a morte súbita por arritmia cardíaca.
Os veículos pesados, como caminhões e ônibus produzem as descargas mais tóxicas de DEP com partículas mais finas que afetam os pulmões, cérebro e o aparelho circulatório. É assustador que o DEP pode suprimir a imunidade pulmonar criando condições para pneumonias freqüentes e de tratamento mais difícil. A pesquisa mostrou ainda que o DEP pode alterar o sistema endócrino alterando a função dos estrógenos e da testosterona. Foi confirmado experimentalmente que animais maduros que servem de modelo para adultos humanos expostos ao DEP evidenciaram lesão nas espermatogonias, nome técnico das células que geram os espermatozóides nos testículos. Também produziu masculinização de filhotes fêmeas quando houve exposição ao DEP durante a gravidez.
Alertamos, portanto, que o exercício de ciclismo ou corrida ao longo da via pública onde passam veículos, sobretudo pesados, é extremamente arriscado, em face do esforço em maximizar a atividade respiratória e que exige maior consumo de oxigênio, aumentando a inalação das temíveis partículas DEP.
Por este ponto de vista faz mais sentido fazer os exercícios na academia, em casa ou nos parques da cidade, usando as vias públicas somente em horários cujo trânsito esteja mais tranqüilo.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=134&Itemid=39
A pesquisa internacional recente tem apontado que micro-partículas das descargas dos motores, inclusive a temível partícula de exaustão do diesel, podem ser inaladas e absorvidas nos pulmões e entram na circulação podendo causar sérios problemas no coração e no cérebro.
No Brasil, esses dados são especialmente alarmantes porque a Petrobrás ainda não cumpriu as exigências internacionais de redução da taxa de enxofre no óleo diesel usado em milhões de veículos, fato que agrava seriamente o problema da poluição ambiental.
Cidades altamente poluídas como Los Angeles e São Paulo, estão qualificados com o agravo ambiental mais sério por maior concentração de partículas de enxofre no diesel e podem propiciar o surgimento de doenças cardiovasculares, doença de Parkinson e derrames cerebrais.
As partículas do diesel, designadas em inglês com a sigla DEP (diesel exaust particles), estimulam células do sistema imunitário, inclusive as micróglias, nome das células imunitárias do sistema nervoso. As micróglias passam a liberar uma enorme quantidade de radicais livres, inclusive o temível o superoxido.
Em uma pesquisa cuidadosamente elaborada, foi demonstrado que o DEP excita intensamente as micróglias a ponto de desencadear reações capazes de destruir os neurônios da substância nigra, núcleo situado no tronco cerebral, cuja perda resulta na doença de Parkinson.
Outras pesquisas também estabeleceram a correlação do DEP com infertilidade masculina por baixa da oligoespermia, ou seja baixo número de espermatozóides, as células germinativas masculinas, e elevação dos níveis de testosterona que pode favorecer o desenvolvimento do autismo nas crianças e no campo da cardiologia , a morte súbita por arritmia cardíaca.
Os veículos pesados, como caminhões e ônibus produzem as descargas mais tóxicas de DEP com partículas mais finas que afetam os pulmões, cérebro e o aparelho circulatório. É assustador que o DEP pode suprimir a imunidade pulmonar criando condições para pneumonias freqüentes e de tratamento mais difícil. A pesquisa mostrou ainda que o DEP pode alterar o sistema endócrino alterando a função dos estrógenos e da testosterona. Foi confirmado experimentalmente que animais maduros que servem de modelo para adultos humanos expostos ao DEP evidenciaram lesão nas espermatogonias, nome técnico das células que geram os espermatozóides nos testículos. Também produziu masculinização de filhotes fêmeas quando houve exposição ao DEP durante a gravidez.
Alertamos, portanto, que o exercício de ciclismo ou corrida ao longo da via pública onde passam veículos, sobretudo pesados, é extremamente arriscado, em face do esforço em maximizar a atividade respiratória e que exige maior consumo de oxigênio, aumentando a inalação das temíveis partículas DEP.
Por este ponto de vista faz mais sentido fazer os exercícios na academia, em casa ou nos parques da cidade, usando as vias públicas somente em horários cujo trânsito esteja mais tranqüilo.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=134&Itemid=39
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Abacate como alimento funcional
Por ser considerada uma das frutas mais calóricas, o abacate ainda não faz parte da rotina alimentar da maioria das pessoas. Porém, é salutar rever este conceito, pois as pesquisas estão demonstrando que o mesmo óleo responsável pelas temidas calorias desta fruta também apresenta propriedade nutricional importante para a manutenção da saúde, especialmente do coração e cérebro.
Em pesquisa recente, realizada na Esalq-USP, publicada na Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, foi constatado que o óleo de abacate possui substâncias bioativas capazes de prevenir e controlar as dislipidemias (níveis anormais de gorduras no sangue). Nesta pesquisa pode-se comprovar que o perfil de ácidos graxos e esteróis do abacate é semelhante ao perfil do azeite de oliva, podendo desta forma melhorar a qualidade de muitos alimentos industrializados.
Um bom exemplo é substituir o óleo de soja nas composições de óleos mistos de oliva, oferecendo à indústria e ao consumidor um produto mais nutritivo e com menor custo. A pesquisa também mostrou que os processos de extração e refino do óleo a partir da variedade estudada, são tecnicamente viáveis, o que o torna excelente matéria-prima para a indústria de alimentos.
As pesquisas da Universidade da Califórnia mostraram que o abacate possui quantidades generosas de vitamina E e luteína. Outras pesquisas mostraram que ele é rico em glutationa e beta-sisterol. Todas estas substâncias possuem efeito antioxidante e potente ação anticancerígena. Merece destaque o beta-sisterol por participar no mecanismo da diminuição do mau colesterol, e a luteína que protege contra cataratas e a degeneração macular, muito comum em idosos.
De acordo com a pesquisa realizada na Universidade de Shizuoka, no Japão, foi comprovado que a fruta protege o corpo contra toxinas que prejudicam o fígado e dentre 22 qualidades de frutas pesquisadas, o abacate mostrou-se o mais capaz em diminuir danos provocados no órgão (fígado) por fatores semelhantes aos causados pelo vírus da hepatite.
E ainda, segundo pesquisa da Universidade Estadual de Ohio, USA, o abacate quando consumido junto de uma alimentação mista, potencializa a absorção de substâncias como o licopeno, alfa e beta-carotenos, que são úteis na prevenção de cânceres. Essa experiência mostrou que pessoas que consumiam saladas com abacate absorviam 8,3 vezes mais alfa-caroteno; 13,6 vezes mais beta-caroteno; 4,3 vezes mais luteína e 4,4 vezes mais licopeno.
Os diabéticos também são favorecidos com a ingestão desta fruta, pois ajuda no controle do colesterol ruim e ainda melhora a tolerância a glicose, reduzindo a resistência à insulina.
O abacate pode e deve ser consumido cru, ao natural ou adicionado de sucos cítricos (laranja e limão) ou de outras frutas ou ainda na versão salgada e temperada sobre saladas, torradas, pães, etc. Portanto, sabendo do seu generoso valor nutricional é preciso fazer do abacate uma fruta mais presente nos hábitos alimentares, observando que seu consumo não deve ultrapassar ½ xícara de chá/dia, extraindo assim o seu poder funcional (medicamentoso), sem prejudicar a silhueta.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=130&Itemid=81
Em pesquisa recente, realizada na Esalq-USP, publicada na Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos, foi constatado que o óleo de abacate possui substâncias bioativas capazes de prevenir e controlar as dislipidemias (níveis anormais de gorduras no sangue). Nesta pesquisa pode-se comprovar que o perfil de ácidos graxos e esteróis do abacate é semelhante ao perfil do azeite de oliva, podendo desta forma melhorar a qualidade de muitos alimentos industrializados.
Um bom exemplo é substituir o óleo de soja nas composições de óleos mistos de oliva, oferecendo à indústria e ao consumidor um produto mais nutritivo e com menor custo. A pesquisa também mostrou que os processos de extração e refino do óleo a partir da variedade estudada, são tecnicamente viáveis, o que o torna excelente matéria-prima para a indústria de alimentos.
As pesquisas da Universidade da Califórnia mostraram que o abacate possui quantidades generosas de vitamina E e luteína. Outras pesquisas mostraram que ele é rico em glutationa e beta-sisterol. Todas estas substâncias possuem efeito antioxidante e potente ação anticancerígena. Merece destaque o beta-sisterol por participar no mecanismo da diminuição do mau colesterol, e a luteína que protege contra cataratas e a degeneração macular, muito comum em idosos.
De acordo com a pesquisa realizada na Universidade de Shizuoka, no Japão, foi comprovado que a fruta protege o corpo contra toxinas que prejudicam o fígado e dentre 22 qualidades de frutas pesquisadas, o abacate mostrou-se o mais capaz em diminuir danos provocados no órgão (fígado) por fatores semelhantes aos causados pelo vírus da hepatite.
E ainda, segundo pesquisa da Universidade Estadual de Ohio, USA, o abacate quando consumido junto de uma alimentação mista, potencializa a absorção de substâncias como o licopeno, alfa e beta-carotenos, que são úteis na prevenção de cânceres. Essa experiência mostrou que pessoas que consumiam saladas com abacate absorviam 8,3 vezes mais alfa-caroteno; 13,6 vezes mais beta-caroteno; 4,3 vezes mais luteína e 4,4 vezes mais licopeno.
Os diabéticos também são favorecidos com a ingestão desta fruta, pois ajuda no controle do colesterol ruim e ainda melhora a tolerância a glicose, reduzindo a resistência à insulina.
O abacate pode e deve ser consumido cru, ao natural ou adicionado de sucos cítricos (laranja e limão) ou de outras frutas ou ainda na versão salgada e temperada sobre saladas, torradas, pães, etc. Portanto, sabendo do seu generoso valor nutricional é preciso fazer do abacate uma fruta mais presente nos hábitos alimentares, observando que seu consumo não deve ultrapassar ½ xícara de chá/dia, extraindo assim o seu poder funcional (medicamentoso), sem prejudicar a silhueta.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=130&Itemid=81
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Mirtilo - a fruta da longevidade
Fruta até pouco tempo desconhecida, o mirtilo vem tornando-se cada vez mais popular, sendo apontado agora no Brasil como sinônimo de saúde e longevidade. Também conhecido como blueberry, em inglês, ou arándano, em espanhol, esta espécie frutífera nativa dos Estados Unidos e Canadá tem sua popularidade e interesse tanto de produtores como consumidores associados às excepcionais propriedades funcionais da fruta, que tornaram-na conhecida como fruta da longevidade.
Sua riqueza em pigmentos antocianos, substâncias de alto poder antioxidante e preventiva de doenças degenerativas, seu sabor único e sua cor inconfundível são fatores que atraem diretamente o consumidor e também o produtor rural. O mirtilo foi introduzido no Brasil em 1983, pelo então pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Alverides Machado dos Santos, em Pelotas (RS), a partir de plantas provenientes da Universidade da Flórida. Sua expansão na agricultura deu-se a partir de 2003, concentrando a maior produção ainda no estado do Rio Grande do Sul.
Quanto à composição nutricional, o mirtilo possui teores considerados de vitamina C e fibras. E de acordo com pesquisas divulgadas pela UNICAMP e UFRGS, o mirtilo é o alimento com a maior concentração de antocianinas já estudada até o momento, apresentando mais de 25 tipos de antocianos, que vem a ser o pigmento vermelho muito intenso, quase que violeta ou roxo-azulada, que concentra as propriedades medicinais da fruta.
Suas propriedades medicinais recaem sobre a prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer, o mal de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica, além da prevenção do câncer e envelhecimento celular. Outro benefício comprovado é a prevenção e tratamento da catarata e glaucoma, com a possibilidade de reverter ou evitar maiores complicações, melhorando a capacidade de leitura e o foco visual.
O mirtilo encontra-se disponível em alguns supermercados e mercearias mais refinadas, muito bem embalado e refrigerado nos meses de janeiro a fevereiro, e congelado fora desta época. Sua aparência é semelhante ao araçá, porém de cor azul, do tamanho de uma uva. Seu consumo in natura, ou em forma de suco, é o mais recomendado para que sejam extraídas suas propriedades medicinais.
Por apresentar sabor exótico e agridoce, já é apreciado por diversos chefs no preparo de pratos doces e salgados. No mercado internacional, como EUA e Europa, seu consumo é muito elevado, sendo encontrado na forma de sucos, geléias, iogurtes, tortas, licores, cereais e diversos cosméticos, que aliam o sabor e o aroma desta deliciosa fruta. Experimente logo!
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=132&Itemid=81
Sua riqueza em pigmentos antocianos, substâncias de alto poder antioxidante e preventiva de doenças degenerativas, seu sabor único e sua cor inconfundível são fatores que atraem diretamente o consumidor e também o produtor rural. O mirtilo foi introduzido no Brasil em 1983, pelo então pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Alverides Machado dos Santos, em Pelotas (RS), a partir de plantas provenientes da Universidade da Flórida. Sua expansão na agricultura deu-se a partir de 2003, concentrando a maior produção ainda no estado do Rio Grande do Sul.
Quanto à composição nutricional, o mirtilo possui teores considerados de vitamina C e fibras. E de acordo com pesquisas divulgadas pela UNICAMP e UFRGS, o mirtilo é o alimento com a maior concentração de antocianinas já estudada até o momento, apresentando mais de 25 tipos de antocianos, que vem a ser o pigmento vermelho muito intenso, quase que violeta ou roxo-azulada, que concentra as propriedades medicinais da fruta.
Suas propriedades medicinais recaem sobre a prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Mal de Alzheimer, o mal de Parkinson e a esclerose lateral amiotrófica, além da prevenção do câncer e envelhecimento celular. Outro benefício comprovado é a prevenção e tratamento da catarata e glaucoma, com a possibilidade de reverter ou evitar maiores complicações, melhorando a capacidade de leitura e o foco visual.
O mirtilo encontra-se disponível em alguns supermercados e mercearias mais refinadas, muito bem embalado e refrigerado nos meses de janeiro a fevereiro, e congelado fora desta época. Sua aparência é semelhante ao araçá, porém de cor azul, do tamanho de uma uva. Seu consumo in natura, ou em forma de suco, é o mais recomendado para que sejam extraídas suas propriedades medicinais.
Por apresentar sabor exótico e agridoce, já é apreciado por diversos chefs no preparo de pratos doces e salgados. No mercado internacional, como EUA e Europa, seu consumo é muito elevado, sendo encontrado na forma de sucos, geléias, iogurtes, tortas, licores, cereais e diversos cosméticos, que aliam o sabor e o aroma desta deliciosa fruta. Experimente logo!
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=132&Itemid=81
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Dr. Frederico Lobo
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Qualidade de sono interferindo no peso
A associação entre as mudanças nos hábitos de sono da população e o aumento de peso tem chamado a atenção da ciência. Já no início da década de 1990, o British Medical Journal publicou um editorial alertando sobre uma "epidemia de insônia" que estaria em vias de ser deflagrada pela "agitação da vida moderna".
Estudos mostram que pessoas com privação de sono ou má qualidade do mesmo apresentam uma tendência ao aumento de peso devido às alterações hormonais ocorridas por conta desta privação.
Iniciou-se em 1989 uma avaliação com 1.024 pessoas, entre 30 e 60 anos, participantes do Wisconsin Sleep Cohort Study, que tiveram seu sono monitorado pela técnica de polissonografia, com eletrodos e sensores não-invasivos. Em seguida, amostras sangüíneas foram retiradas em jejum para medir as concentrações de leptina, grelina, adiponectina, glicose, insulina e lipídios. A análise dos resultados mostrou que há uma relação de proporcionalidade entre a duração do sono e os níveis dessas substâncias. Entre os pacientes acompanhados, quando o tempo de sono foi curto (± 5 horas), os testes mostraram diminuição de 15,5% nos níveis de leptina (hormônio da saciedade) e aumento de 14,9% nos níveis de grelina (estimulante da fome) em relação ao tempo de sono dos indivíduos com 8 horas.
As pesquisas revelam que indivíduos que dormem poucas horas por noite apresentam redução nos níveis de leptina e um acréscimo similar na concentração de grelina. Sabe-se que a leptina, hormônio produzido pelos adipócitos, liga-se ao núcleo ventromedial do hipotálamo, conhecido como centro do apetite, e sinaliza para esse que o organismo está saciado.
Este hormônio leptina inibe neurônios produtores do neuropeptídeo Y, relacionado aos sinais de fome, e é responsável pela secreção do hormônio estimulador dos melanócitos (αMSH), um mediador da saciedade. A grelina, por sua vez, é um hormônio peptídico produzido pelo estômago e pela porção inicial do intestino delgado, com a função de estimular a captação de alimentos e a síntese de hormônio do crescimento ou somatostatina, indutora da multiplicação celular.
O que se concluiu foi que quando se dorme pouco ou mal à noite, a leptina cai e a grelina sobe, despertando o desejo por carboidratos (pães, massas, etc), que, por sua vez, leva ao maior acúmulo de gordura.
Outra pesquisa liderada por Amy Wolfson do Colégio da Cruz Vermelha, Massachusetts, Estados Unidos, indicou ainda a interferência da privação do tempo de sono sobre a aprendizagem de adolescentes. Os indivíduos com notas inferiores dormiam cerca de 25 minutos menos e iam para a cama 40 minutos mais tarde (< 6,5h de sono diário) que seus companheiros com resultados melhores.
Portanto, valorizar uma boa noite de sono é essencial na prevenção ou tratamento da obesidade bem como na aprendizagem. Durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e longo prazo. Esses processos ajudam na consolidação da aprendizagem, da memória e inclusive no gasto energético basal. Para que eles aconteçam, o organismo utiliza energia (como um carro para andar usa combustível), que provém da alimentação. Por isso o sucesso do tratamento da obesidade depende do fracionamento das refeições, exercícios físicos regulares e uma boa noite de sono.
O aumento no número de refeições diárias com ingestão calórica total monitorada e diminuição da quantidade total de carboidratos pode levar à redução do índice de insulina no organismo, que reduzido, diminui o índice de glicose. Assim, o organismo vai precisar buscar outras fontes de energia, como a gordura que está armazenada no próprio corpo. Isso pode acarretar o consumo de 70 a 100 g de gordura por noite bem dormida.
Portanto, quando o nutricionista alemão Detlef Pape garante que "o sono consolida a aprendizagem, a memória e ajuda a renovação da energia física queimando de 70 a 100 g de gordura por noite", está dizendo a mais absoluta verdade. Não perca mais tempo, desligue tudo e boa noite.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=147&Itemid=81
Estudos mostram que pessoas com privação de sono ou má qualidade do mesmo apresentam uma tendência ao aumento de peso devido às alterações hormonais ocorridas por conta desta privação.
Iniciou-se em 1989 uma avaliação com 1.024 pessoas, entre 30 e 60 anos, participantes do Wisconsin Sleep Cohort Study, que tiveram seu sono monitorado pela técnica de polissonografia, com eletrodos e sensores não-invasivos. Em seguida, amostras sangüíneas foram retiradas em jejum para medir as concentrações de leptina, grelina, adiponectina, glicose, insulina e lipídios. A análise dos resultados mostrou que há uma relação de proporcionalidade entre a duração do sono e os níveis dessas substâncias. Entre os pacientes acompanhados, quando o tempo de sono foi curto (± 5 horas), os testes mostraram diminuição de 15,5% nos níveis de leptina (hormônio da saciedade) e aumento de 14,9% nos níveis de grelina (estimulante da fome) em relação ao tempo de sono dos indivíduos com 8 horas.
As pesquisas revelam que indivíduos que dormem poucas horas por noite apresentam redução nos níveis de leptina e um acréscimo similar na concentração de grelina. Sabe-se que a leptina, hormônio produzido pelos adipócitos, liga-se ao núcleo ventromedial do hipotálamo, conhecido como centro do apetite, e sinaliza para esse que o organismo está saciado.
Este hormônio leptina inibe neurônios produtores do neuropeptídeo Y, relacionado aos sinais de fome, e é responsável pela secreção do hormônio estimulador dos melanócitos (αMSH), um mediador da saciedade. A grelina, por sua vez, é um hormônio peptídico produzido pelo estômago e pela porção inicial do intestino delgado, com a função de estimular a captação de alimentos e a síntese de hormônio do crescimento ou somatostatina, indutora da multiplicação celular.
O que se concluiu foi que quando se dorme pouco ou mal à noite, a leptina cai e a grelina sobe, despertando o desejo por carboidratos (pães, massas, etc), que, por sua vez, leva ao maior acúmulo de gordura.
Outra pesquisa liderada por Amy Wolfson do Colégio da Cruz Vermelha, Massachusetts, Estados Unidos, indicou ainda a interferência da privação do tempo de sono sobre a aprendizagem de adolescentes. Os indivíduos com notas inferiores dormiam cerca de 25 minutos menos e iam para a cama 40 minutos mais tarde (< 6,5h de sono diário) que seus companheiros com resultados melhores.
Portanto, valorizar uma boa noite de sono é essencial na prevenção ou tratamento da obesidade bem como na aprendizagem. Durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e longo prazo. Esses processos ajudam na consolidação da aprendizagem, da memória e inclusive no gasto energético basal. Para que eles aconteçam, o organismo utiliza energia (como um carro para andar usa combustível), que provém da alimentação. Por isso o sucesso do tratamento da obesidade depende do fracionamento das refeições, exercícios físicos regulares e uma boa noite de sono.
O aumento no número de refeições diárias com ingestão calórica total monitorada e diminuição da quantidade total de carboidratos pode levar à redução do índice de insulina no organismo, que reduzido, diminui o índice de glicose. Assim, o organismo vai precisar buscar outras fontes de energia, como a gordura que está armazenada no próprio corpo. Isso pode acarretar o consumo de 70 a 100 g de gordura por noite bem dormida.
Portanto, quando o nutricionista alemão Detlef Pape garante que "o sono consolida a aprendizagem, a memória e ajuda a renovação da energia física queimando de 70 a 100 g de gordura por noite", está dizendo a mais absoluta verdade. Não perca mais tempo, desligue tudo e boa noite.
Fonte: http://www.ibsweb.com.br/clinicanutricional/index.php?option=com_content&task=view&id=147&Itemid=81
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Dr. Frederico Lobo
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quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Açúcar: A verdade amarga/
Excelente o link do Dr. Lusting. Vale a pena gastar um tempo, abaixo segue um texto para refletirmos sobre os nossos hábitos.
Quando o açúcar entrou na nossa sociedade? Como estamos usando este açúcar? Diariamente, excessivamente!
Robert H. Lustig, MD, UCSF Professor of Pediatrics in the Division of Endocrinology, explores the damage caused by sugary foods. He argues that fructose (too much) and fiber (not enough) appear to be cornerstones of the obesity epidemic through their effects on insulin. Series: UCSF Mini Medical School for the Public [7/2009] [Health and Medicine] [Show ID: 16717]
http://www.youtube.com/watch?v=dBnniua6-oM Sugar: The Bitter Truth
O consumo de açúcar, que há tempos ocupa um lugar pouco privilegiado na visão dos especialistas, ganhou mais um ponto negativo em sua trajetória. Robert Lusting, endocrinologista pediátrico da Universidade da Califórnia, em São Francisco, afirma que em vez de restrito ou desaconselhável, o consumo do açúcar deveria ser proibido para menores de 21 anos, como se fosse uma droga que causa dependência. Com essa declaração polêmica, o médico conseguiu mais de 900 mil acessos em sua palestra divulgada no YouTube, com o nome “Açúcar: a verdade amarga”.
Antes do Dr. Robert, uma pesquisa realizada recentemente nos EUA, divulgada pela New Scientis, já afirmava que o açúcar pode causar efeito no cérebro semelhante ao da cocaína. Segundo o estudo, há evidências convincentes de que os alimentos ricos em gordura, açúcar e sal podem alterar a química do cérebro da mesma forma que drogas altamente viciantes.
Para o médico, açúcar é veneno. Isso inclui as versões mais naturais como o mascavo e a frutose, presente no suco de frutas. Segundo ele, o corpo humano não precisa do açúcar para sobreviver, sendo seu consumo totalmente dispensável. Isso ocorre porque a capacidade de metabolizar esse alimento é reduzida e a maioria das pessoas consome uma quantidade muito acima do necessário. Dr. Robert diz que esse número foi encontrado por meio de uma comparação entre álcool e açúcar, já que ambos são metabolizados pelo fígado.
Uma de suas defesas mais contestadas é relacionada com o suco de frutas. O médico é contra seu consumo, inclusive para crianças. Em entrevista para a Folha de São Paulo, ele afirmou que o suco não é um alimento natural, enquanto a fruta é. A primeira versão fica apenas com a parte “má” do alimento; a segunda é rica em fibras que limitam a velocidade da absorção dos carboidratos e das gorduras do intestino para a corrente sanguínea. O médico afirma, ainda, que a comparação do açúcar com o cigarro não é um exagero, pois os danos causados à saúde são reais.
Quatro alimentos foram associados à doença metabólica: gorduras trans, aminoácidos de cadeia ramificada (soja), álcool e frutose. A frutose, quando metabolizada, libera substâncias tóxicas, os radicais livres, que podem causar danos às células a longo prazo, provocando o envelhecimento e até o câncer
Fonte: http://priscilaspiandorello.wordpress.com/2011/08/19/acucar-causa-dependencia/
Quando o açúcar entrou na nossa sociedade? Como estamos usando este açúcar? Diariamente, excessivamente!
Robert H. Lustig, MD, UCSF Professor of Pediatrics in the Division of Endocrinology, explores the damage caused by sugary foods. He argues that fructose (too much) and fiber (not enough) appear to be cornerstones of the obesity epidemic through their effects on insulin. Series: UCSF Mini Medical School for the Public [7/2009] [Health and Medicine] [Show ID: 16717]
http://www.youtube.com/watch?v=dBnniua6-oM Sugar: The Bitter Truth
O consumo de açúcar, que há tempos ocupa um lugar pouco privilegiado na visão dos especialistas, ganhou mais um ponto negativo em sua trajetória. Robert Lusting, endocrinologista pediátrico da Universidade da Califórnia, em São Francisco, afirma que em vez de restrito ou desaconselhável, o consumo do açúcar deveria ser proibido para menores de 21 anos, como se fosse uma droga que causa dependência. Com essa declaração polêmica, o médico conseguiu mais de 900 mil acessos em sua palestra divulgada no YouTube, com o nome “Açúcar: a verdade amarga”.
Antes do Dr. Robert, uma pesquisa realizada recentemente nos EUA, divulgada pela New Scientis, já afirmava que o açúcar pode causar efeito no cérebro semelhante ao da cocaína. Segundo o estudo, há evidências convincentes de que os alimentos ricos em gordura, açúcar e sal podem alterar a química do cérebro da mesma forma que drogas altamente viciantes.
Para o médico, açúcar é veneno. Isso inclui as versões mais naturais como o mascavo e a frutose, presente no suco de frutas. Segundo ele, o corpo humano não precisa do açúcar para sobreviver, sendo seu consumo totalmente dispensável. Isso ocorre porque a capacidade de metabolizar esse alimento é reduzida e a maioria das pessoas consome uma quantidade muito acima do necessário. Dr. Robert diz que esse número foi encontrado por meio de uma comparação entre álcool e açúcar, já que ambos são metabolizados pelo fígado.
Uma de suas defesas mais contestadas é relacionada com o suco de frutas. O médico é contra seu consumo, inclusive para crianças. Em entrevista para a Folha de São Paulo, ele afirmou que o suco não é um alimento natural, enquanto a fruta é. A primeira versão fica apenas com a parte “má” do alimento; a segunda é rica em fibras que limitam a velocidade da absorção dos carboidratos e das gorduras do intestino para a corrente sanguínea. O médico afirma, ainda, que a comparação do açúcar com o cigarro não é um exagero, pois os danos causados à saúde são reais.
Quatro alimentos foram associados à doença metabólica: gorduras trans, aminoácidos de cadeia ramificada (soja), álcool e frutose. A frutose, quando metabolizada, libera substâncias tóxicas, os radicais livres, que podem causar danos às células a longo prazo, provocando o envelhecimento e até o câncer
Fonte: http://priscilaspiandorello.wordpress.com/2011/08/19/acucar-causa-dependencia/
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Dr. Frederico Lobo
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The Lancet: o controle da obesidade é urgente, mostra série de quatro artigos sobre a doença
Quero destacar deste artigo este parágrafo: “Uma premissa importante é que o aumento do peso corporal dos indivíduos é o resultado de uma resposta normal, de pessoas normais, para um ambiente anormal, segundo relatado pelo periódico The Lancet.” É preciso com urgência pensarmos no ambiente que favorece o ganho de peso, até quando aceitaremos propagandas como a da gigante Coca Cola relacionando o produto com um estilo de vida saudável?!
Quando a população perceberá que é necessário ter uma alimentação adequada com produtos mais naturais para se ter uma vida com qualidade?
The Lancet: o controle da obesidade é urgente, mostra série de quatro artigos sobre a doença
Uma série de quatro artigos sobre a pandemia1 global de obesidade foi publicada no The Lancet. O primeiro artigo resume seus condutores, o segundo fala sobre o ônus econômico e para a saúde, o terceiro desvenda a fisiologia por trás do controle de peso e sua manutenção, e o quarto conclui que a ciência fala sobre os tipos de ações necessárias para mudar nosso ambiente obesogênico e reverter o atual “tsunami” de fatores de risco para doenças crônicas nas gerações futuras.
Os últimos dados do Centers for Disease Control and Prevention para a população dos EUA, lançados em julho de 2010, são alarmantes:
No primeiro artigo da série, Boyd Swinburn e colaboradores dizem que:
Se continuarmos sem intervenções bem sucedidas, as projeções para 2030, no segundo artigo da série, estimam:
No entanto, as reações dos governos até o momento são inadequadas e dependem da regulação da indústria de alimentos e de bebidas. Mas argumenta-se que cabe ao indivíduo fazer suas escolhas de maneira adequada. Ao contrário do tabaco, alimentos e bebidas devem ser consumidos e uma interferência do Estado poderia ser considerada uma intromissão demasiada na vida do cidadão.
O Governo do Reino Unido, em particular, deixou claro que apenas acordos voluntários com empresas de alimentos e bebidas estão na agenda, e muitos dos comitês de saúde pública são compostos de um grande número desses representantes da indústria. O artigo questiona se esses acordos voluntários funcionam, pois todas as indicações até agora são de que eles não cumprem o seu objetivo.
Uma premissa importante é que o aumento do peso corporal dos indivíduos é o resultado de uma resposta normal, de pessoas normais, para um ambiente anormal, segundo relatado pelo periódico The Lancet. A série de artigos sobre a obesidade deixa resumidamente cinco mensagens importantes sobre a complexa questão da obesidade e como ela deve ser abordada:
Quando a população perceberá que é necessário ter uma alimentação adequada com produtos mais naturais para se ter uma vida com qualidade?
The Lancet: o controle da obesidade é urgente, mostra série de quatro artigos sobre a doença
Uma série de quatro artigos sobre a pandemia1 global de obesidade foi publicada no The Lancet. O primeiro artigo resume seus condutores, o segundo fala sobre o ônus econômico e para a saúde, o terceiro desvenda a fisiologia por trás do controle de peso e sua manutenção, e o quarto conclui que a ciência fala sobre os tipos de ações necessárias para mudar nosso ambiente obesogênico e reverter o atual “tsunami” de fatores de risco para doenças crônicas nas gerações futuras.
Os últimos dados do Centers for Disease Control and Prevention para a população dos EUA, lançados em julho de 2010, são alarmantes:
- 12 estados têm taxas de obesidade superior a 30% e nenhum tem taxa inferior a 20%.
No primeiro artigo da série, Boyd Swinburn e colaboradores dizem que:
- 1,46 bilhões de adultos
- 170 milhões de crianças em todo o mundo estavam com sobrepeso ou eram obesas em 2008.
Se continuarmos sem intervenções bem sucedidas, as projeções para 2030, no segundo artigo da série, estimam:
- Mais 65 milhões de adultos obesos só nos EUA,
- Mais 11 milhões apenas no Reino Unido
- 6 a 8,5 milhões de pessoas com diabetes,
- 5,7 a 7,3 milhões com doenças cardíacas e derrames,
- 492.000 com câncer.
No entanto, as reações dos governos até o momento são inadequadas e dependem da regulação da indústria de alimentos e de bebidas. Mas argumenta-se que cabe ao indivíduo fazer suas escolhas de maneira adequada. Ao contrário do tabaco, alimentos e bebidas devem ser consumidos e uma interferência do Estado poderia ser considerada uma intromissão demasiada na vida do cidadão.
O Governo do Reino Unido, em particular, deixou claro que apenas acordos voluntários com empresas de alimentos e bebidas estão na agenda, e muitos dos comitês de saúde pública são compostos de um grande número desses representantes da indústria. O artigo questiona se esses acordos voluntários funcionam, pois todas as indicações até agora são de que eles não cumprem o seu objetivo.
Uma premissa importante é que o aumento do peso corporal dos indivíduos é o resultado de uma resposta normal, de pessoas normais, para um ambiente anormal, segundo relatado pelo periódico The Lancet. A série de artigos sobre a obesidade deixa resumidamente cinco mensagens importantes sobre a complexa questão da obesidade e como ela deve ser abordada:
- A epidemia de obesidade não será revertida sem liderança do governo.
- Trabalhando esta questão como estamos, os custos serão dispendiosos em termos de saúde da população, despesas com cuidados de saúde e perda de produtividade.
- As suposições atuais sobre a velocidade e a sustentabilidade da perda de peso estão erradas.
- Precisamos monitorar com precisão e avaliar tanto os dados básicos do peso corporal da população, quanto os resultados de intervenção para esta patologia.
- Uma abordagem sistemática é necessária, com o envolvimento de vários setores.
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Dr. Frederico Lobo
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