INTRODUÇÃO
Atualmente estamos vivenciando um importantíssimo momento ético e legislativo em relação à presença de animais em espetáculos circenses.
Muitos os Estados e Municípios que atentaram para a questão, especialmente pelo crescente pleito da sociedade pelo fim da crueldade que a subsunção dos animais não-humanos aos animais humanos em circo significa. Atualmente são cinco os Estados que proíbem as apresentações, bem como mais de cinqüenta Municípios em todo o país.
Há ainda em tramitação projetos de leis em muitas cidades, alguns Estados, com destaque para a Bahia (PL 16.957/07, de autoria do deputado estadual Javier Alfaya) e também um de âmbito Federal, o PL 7291/06, tramitando atualmente na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados.
A aprovação dos citados projetos de lei é de suma importância, conforme pode-se depreender dos argumentos que apresentaremos a seguir.
ORIGENS DA UTILIZAÇÃO DE ANIMAIS EM CIRCOS
Segundo Antônio Torres, em seu História do circo no Brasil (Funarte, 1998), é possível que a arte circense tenha suas raízes na Grécia antiga e no Egito. Os espetáculos desse período tinham a forma de procissões, cujo objetivo era celebrar a volta da guerra. Nesses cortejos, desfilavam homens fortes conduzindo os vencidos, trazidos como escravos, e animais exóticos, utilizados para demonstrar quão longe foram os generais vencedores.
Há, ainda, registros da presença da arte circense na China, onde a acrobacia era bastante popular, datados de mais de 4 mil anos. Relatos dão conta de que os chineses organizavam um festival anual desse tipo de apresentação. Dele teriam se originado os números da corda bamba e do equilíbrio sobre as mãos.
Espetáculos semelhantes ganharam força no Império Romano com a apresentação de habilidades incomuns em grandes anfiteatros, como o Circo Máximo de Roma e, mais tarde, o Coliseu, que comportava quase cem mil espectadores. Fazia parte da diversão, além da exibição de habilidades, a exposição do raro, do excêntrico, do inusitado – como animais exóticos, homens louros nórdicos, engolidores de fogo, gladiadores, entre outras atrações. No período de perseguição ao cristianismo, as arenas foram ocupadas por espetáculos de violência, como a sangrenta entrega de cristãos a felinos.
Com o passar do tempo, o impulso por divertir foi tomando novas formas e ocupando diferentes espaços. Durante séculos, artistas se exibiram em feiras populares, praças públicas e entradas de igrejas, com truques mágicos, malabarismo e outras habilidades julgadas incomuns.
O circo moderno, na forma como conhecemos hoje, com espetáculos pagos, picadeiro, cobertura de lona e cercado de arquibancadas, é invenção mais recente. Foi criado em 1770, por Philip Astley, suboficial inglês que comandava apresentações da cavalaria. Em seu circo, além das atrações com cavalos, Astley incluiu saltimbancos e palhaços. O enorme sucesso do espetáculo em Londres inspirou a criação de apresentações semelhante em toda a Europa e para além dos limites do Velho Mundo.
Nos Estados Unidos, primeiro país das Américas a receber essa atração, o circo consolidou sua característica itinerante, ao viajar por distintas cidades para fazer apresentações. Também nos Estado Unidos, o espetáculo consagrou a apresentação do que se consideravam excentricidades – mulheres barbadas, anões, gigantes, gêmeos siameses, pessoas muito velhas e deformações humanas e animais.
No Brasil, há registro da existência de pequenos espetáculos circenses a partir do final do século XVIII, provavelmente trazidos por ciganos expulsos da Europa. Em suas apresentações, esses artistas utilizavam doma de animais, números de ilusionismo e até teatro de bonecos. O circo moderno, no entanto, só chegou ao país no século XIX. Incentivadas pelos ciclos econômicos do café, da borracha e da cana-de-açúcar, grandes companhias européias vieram apresentar-se nas cidades brasileiras. Foram essas companhias que ajudaram a formar as primeiras famílias de circo, responsáveis pelo progresso da arte circense no Brasil.
O desenvolvimento do circo brasileiro não se deu em termos de espaços e equipamentos – concentrou-se no elemento humano, na sua destreza e habilidade. Foram mantidos números clássicos, como o do engolidor de fogo ou o da corda bamba, e criadas novas atrações adaptadas à cultura local. Os nossos palhaços, por exemplo, sempre falaram muito e usaram um tipo de humor mais malicioso, diferentemente do palhaço europeu, que era, por tradição, um mímico. Os números perigosos como o trapézio ou a doma de animais também ganharam mais espaço por de certa forma agradar muito aos brasileiros, à época desprovidos de informações sobre doma, manutenção dos animais nos circos e afins.
O circo que conhecemos é, portanto, fruto da evolução da arte circense. Esse espetáculo tradicional, familiar, composto de palhaços, trapezistas, mágicos e domadores, que povoou a infância de muitos e ocupa espaço na memória nacional, passa, no presente, por novas mudanças, seguindo o seu curso de evolução.
O surgimento dos grandes centros urbanos, o desenvolvimento tecnológico, o crescimento da economia da cultura, a concorrência de novas formas de entretenimento levaram os espetáculos circenses a se profissionalizar e a se concentrar na performance dos artistas.
Nesse novo cenário, o conhecimento circense não se transmite somente de pai para filho – exige preparo em escolas especializadas. Hoje são poucos os circos que continuam familiares.
Muitos donos de empreendimentos circenses que atuaram nos picadeiros preferem zelar para que seus filhos estudem e permaneçam no circo não como artistas, mas como administradores. A mudança nos valores e no perfil da nossa sociedade, cada vez mais urbana, tem criado uma demanda mais sofisticada e mais cosmopolita para a arte. Para adaptar-se aos novos tempos, os circos já vêm incorporando tentativas de desenvolver um diferente tipo de espetáculo que envolva novas linguagens além das atrações tradicionais.
O circo contemporâneo – ou novo circo, como alguns historiadores o chamam – apresenta um modelo que prospera atualmente, conhecido como circo do homem, por envolver somente a figura humana nas performances, excluindo a participação de animais. Seu formato, ainda em processo de desenvolvimento, representa uma tentativa de adaptar as artes circenses às exigências do mercado artístico contemporâneo, de fazê-lo acessível a todos os públicos, respeitando os valores sociais, sem deixar de cumprir os objetivos primordiais do circo: proporcionar alegria, ilusão e fantasia, em favor do entretenimento. Vários circos internacionais, como o Cirque du Soleil, do Canadá, e o Circo Oz , da Austrália, adotam essa nova abordagem artística, que não admite o uso de animais, cedendo espaço para as performances humanas. No Brasil, muitos circos orientam-se por essa concepção, como o Circo Popular do Brasil, a Intrépida Trupe, os Irmãos Brothers, o Circo Roda Brasil, o Teatro de Anônimos, entre tantos outros.
Esse novo modelo tem contribuído para a valorização do artista circense, criando um mercado promissor e altamente competitivo para esse profissional, com a remuneração associada à sua habilidade e ao grau de dificuldade da exibição.
MANUTENÇÃO E TREINAMENTOS DE ANIMAIS EM CIRCOS: GENERALIDADES
É sabido que os animais não humanos são dotados de sentimentos e instintos. Assim, como os animais ditos racionais, sentem dor, medo, angústia, stress, prazer, desprazer, tristeza, etc. São seres sencientes e que devem ter a mesma consideração à vida que qualquer outro ser vivo, pois estão todos em um mesmo patamar moral.
Nos circos, para que o animal se apresente manso e obediente, cada espécie é treinada de uma determinada forma a seguir explicitada:
ELEFANTES
“Como fazer para conseguir a atenção de um elefante de 5 toneladas. Surre-o. Eis como.” (Saul Kitchener – diretor do San Francisco Zoological Gardens)
•Antes de chegarem no circo, passam por meses de tortura. São amarrados sentados, numa jaula onde não podem se mexer para que o peso comprima os órgãos internos e causem dor;
•Levam surras diárias, ficam sobre seus próprios excrementos até que passem a obedecer;
•Elefantes se comunicam, vivem em grupos com papéis sociais definidos, são extremamente inteligentes, ficam de luto por seus mortos e são capazes de reconhecer um familiar mesmo tendo sido separado dele quando filhote;
•Sofrem de problemas nas patas por falta de exercícios, pois na natureza elefantes andam milhares de quilômetros todos os dias;
•No circo os elefantes permanecem acorrentados o tempo inteiro. Mexer constantemente a cabeça é uma das características da neurose do cativeiro.
LEÕES, TIGRES E OUTRO FELINOS
•De acordo com Henry Ringling North, em seu livro “The Circus Kings”, os grandes felinos são acorrentados a seus pedestais e as cordas são enroladas em suas gargantas para que tenham a sensação de estarem sendo sufocados;
•São dominados pelo fogo e pelo chicote, golpeados com barras de ferro e queimados na testa pelo menos uma vez na vida para que não esqueçam da dor;
•Muitos têm suas garras arrancadas e presas extraídas ou serradas;
•Passam a maior parte de sua vida dentro de jaulas apertadas.
URSOS
•Tem o nariz quebrado durante o treinamento;
•Suas patas são queimadas para força-los a ficar sobre duas patas;
•São obrigados a pisar em chapas de metal incandescente ao som de uma determinada música. No picadeiro, os ursos escutam a mesma música usada durante o “treinamento” e começam a se movimentar, dando a impressão de estarem dançando;
•Muitos tem garras e presas arrancadas. Já foi constatado um urso com 1/3 de sua língua arrancada;
•Alguns ursos se auto mutilam, batendo a cabeça nas grades e comendo suas próprias patas.
MACACOS
•Apresentam o mesmo comportamento de crianças que sofrem abusos;
•Até 98% do DNA dos chimpanzés é igual ao DNA humano;
•Apanham para obedecer e obedecem apenas por medo;
•Roer unhas e auto mutilação são comportamentos freqüentemente encontrados em macacos cativos;
•Os dentes são retirados para que o animal possa ser fotografado junto às crianças.
CAVALOS
•São açoitados e confinados sem direito a caminhadas;
•Apanham para aprender;
•Muitas vezes, por terem que fazer os números em pisos inadequados, especialmente escorregadios, acabam adquirindo lesões irreversíveis, com fortes dores.
TODOS OS ANIMAIS EM CIRCO
•Estão sujeitos aos instrumentos dos clássicos “treinamentos”: choques elétricos, chicotadas, privação de água e comida;
•Ficam confinados sem a mínima condição de higiene, sujeitos a diversas doenças;
•O confinamento não lhes fornece o mínimo de condições de bem-estar, sendo, aliás, totalmente contrário à vida que teriam em seus habitats;
•Não têm assistência veterinária adequada;
•São obrigados a suportar mudanças climáticas bruscas e viajar milhares de quilômetros sem descanso.
Por estas razões é que diversas associações pelos direitos dos animais condenam e trabalham contra a presença de animais em circos, e esta atitude tem sido fomentada por grande parte do respeitável público circense, sendo que todos os fatos narrados podem ser comprovados por amplo material já produzido, especialmente no Brasil. Também incluiremos em tópico adiante alguns exemplos de acidentes já ocorridos, o que deixará ainda mais indubitável que lugar de animais não-humanos definitivamente não é em circos.
Com efeito, os animais obedecem não por índole, mas porque sentem dor, desespero, medo, raiva, aflição, insatisfação, incômodo, situações que, sem dúvidas são caracterizadas como crueldade e maus-tratos.
DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS SILVESTRES?
Animais silvestres ou selvagens são aqueles naturais de determinado país ou região, que vivem junto à natureza e dos meios que este lhes faculta, pelo que independem do homem.
Pois bem. Com esta definição de animais silvestres fica latente que a domesticação destes é algo totalmente anti-natural, e, portanto, é considerada maus tratos, já que para que esta existe, haverá que se retirar o animal de seu habitat natural, alterando-lhe toda uma estrutura de vida e costumes, podendo inclusive levar-lhes à morte.
Aliás, não apenas a retirada do animal de seu habitat que lhe trará malefícios, mas também, e, principalmente, os hábitos que o ser humano irá imputar-lhe, para que viva com essa nova “sociedade”, portanto, mesmo que sejam originários da vida em cativeiro, as condições de vida que lhes são imputadas nada têm a ver com as necessidades que têm.
Em circos, normalmente os hábitos novos imputados aos animais são dos mais cruéis. Animais são forçados a realizar malabarismos e diversos outros números para entreter o público, porém, para que “aprendam” a fazer tudo que seus domadores desejam, sofrem demais.
Devemos finalmente ressaltar que, animais silvestres, apesar de em tese terem sido domesticados, podem revoltar-se, e então, ninguém será capaz de pará-los. Temos exemplos recentes de acontecimentos fatais por causa desta insistência de alguns circos em manterem animais em seus números, como a morte do garoto Juninho em Pernambuco, que fora puxado para dentro da jaula de leões famintos e lhes servindo de refeição, após três dias de total jejum.
Assim, é inquestionável que lugar de animal silvestre é na natureza, seu habitat natural, e que a diversão humana, sadia e inteligente, imprescinde do sofrimento de outrem, afinal de contas, artistas de circos sem animais são muito criativos, talentosos e capazes de entreter seu público. Nada como o bom e velho palhaço, os malabaristas, trapezistas e mágicos!
E OS ANIMAIS DOMÉSTICOS?
Também é comum encontrarmos animais domésticos, como cães, gatos e cavalos em apresentações de espetáculos públicos. Mas será que o simples fato de serem domésticos é permissivo para que seus tutores façam o que bem entenderem com eles?
Do mesmo modo que os animais silvestres nativos e exóticos, os domésticos indubitavelmente também possuem sua tutela legal e jurídica albergada por nossa legislação em vigor.
Ademais, de se ressaltar que animais domésticos são seres especialmente de companhia e não devem ser submetidos a longas jornadas de treinamento e trabalho, sendo obrigados a realizar atividades totalmente contrárias à sua natureza, bem como estando expostos a músicas em altos sons, gritaria e afins (lembrando-se que a audição dos animais é extremamente mais sensível e potente que a dos humanos. O cavalo, por exemplo, possui uma acuidade auricular quatro vezes melhor que a dos humanos).
De se ressaltar ainda que um animal só aprende determinado procedimento após repeti-lo incontáveis vezes, por reflexos condicionados, e, portanto, mesmo se tratando de um animal doméstico, não há nada natural em se forçar um cão a ficar constantemente apoiado apenas em duas patas ou então que um gato pule de uma altura de 20 metros ou ainda um cavalo dando pinotes em minúsculos palcos escorregadios, por exemplo.
Finalmente, não poderíamos deixar de citar os danos físicos que acometem os animais domésticos, que chegam até mesmo a pagar com suas próprias vidas para realizarem algum número forçado por seus “treinadores”, ou ainda pelas condições lastimáveis em que são mantidos, em espaços minúsculos e sem higiene, propensos a adquirirem inúmeras doenças e em notório estado de maus tratos.
ILEGALIDADE E INCONSTITUCIONALIDADE
Além de legislação específica já em vigor em determinados locais, conforme já citamos, devemos também atentar que nossa legislação ambiental alberga a tutela dos animais, inclusive todos aqueles utilizados em circos.
A Constituição da República, no capítulo do Meio Ambiente, assim dispõe:
“Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1° – Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
(…)
VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.“
Importantíssimo ainda a tutela aos animais albergada pelo Decreto Federal 24.645/1934:
“Art. 1° – Todos os animais no país são tutelados do Estado.
Art. 2°, § 3°: Os animais serão assistidos em juízo pelos representantes do Ministério Público, seus substitutos legais e pelos membros das sociedades protetoras dos animais.
Citado decreto, inclusive, já proíbe a apresentação de animais em circos desde o ano de 1934, conforme podemos depreender de seu artigo 3º, que em rol exemplificativo traz situações quetipificam situações de maus tratos, e especialmente em seu inciso XXX, assim considera aexibição de animais em casas de espetáculos para a realização de acrobacias, ou seja, exatamente as atividades praticadas por circos.
Já a Lei de Crimes Ambientais (Lei federal n° 9.605/1998), finalmente, contempla o seguinte tipo:
“Art. 32 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.”
Assim, devemos ressaltar que a proteção de todos os animais está albergada em nossa legislação, sendo crime qualquer ato que prejudique o animal, seja ele um cão poodle, um cavalo ou animais exóticos utilizados em apresentações circenses (elefante, urso, camelo).
E não obstante a questão legal abordada, a preservação da VIDA, seja ela de qual forma for, há que prevalecer como objetivo primordial e essencial na consciência e ética humana e ambiental. O ser humano deve alcançar a tão necessária evolução e parar definitivamente com a arcaica e irracional exploração de animais, tornando-se finalmente um ser racional, condição da qual tanto se orgulha de ostentar.
DOS DISPOSITIVOS DO IBAMA A RESPEITO DE ANIMAIS EXÓTICOS EM CIRCOS
Mister também ressaltarmos que, mesmo que se considerasse a possibilidade de manutenção de animais em circos, os animais presentes atualmente em circos de modo algum poderiam estar atualmente sob a tutela dos circenses, tendo em vista que é notório a qualquer leigo a falta de condições adequadas para a dignidade destes animais.
Conforme portaria IBAMA n.º 108/94, que regulamenta a manutenção de algumas espécies de animais exóticos por pessoas físicas ou jurídicas, dentre elas, aqueles mais comuns mantidos por circos como o Ursus arctus (urso pardo), o Elephas maximus (elefante asiático), o Panthera leo (leão) e o Panthera tigris (tigre), algumas exigências devem ser atendidas. As principais são:
- assistência permanente de pelo menos um médico veterinário;
- que o animal seja sexado e marcado (leia-se microchipado);
- apresentação de relatório anual (atualmente também com relatórios resumidos trimestrais a serem apresentados via internet);
- proibição de visitação pública;
- recinto nos mínimos padrões exigidos:
Urso
Área – 100 m² / 600 m³ (se arbícola)
Abrigo – 15 m²
Tanque – 15 m² / 2m profundidade
Área de Cambiamento – 10 m²
Piso – camada de terra 2,0 sem concreto.
Elefante (Proboscidae)
Área – 1000
Tanque – 100 m² / 3m profundidade
Área de Cambiamento - 2 x 50 m², altura mínima de 100 m
Piso – areia/terra, sem concreto
Especificidade: cambiamento em concreto. Portas de trilho reforçado.
Leão e Tigre
Área – 60 m² / 150 m³
Abrigoo – 15 m²
Área de Cambiamento - 3 x 6 m²
Piso – areia/terra, sem cimento
Tanque: 10 m² / 1,0 m profundidade.
Além das regras citadas, o transporte desses animais apenas poderá ser feito com a obtenção das respectivas guias de transporte (GTA), estando os animais com todas vacinações em dia, bem como com estado de saúde totalmente perfeito.
Importante também lembrar que é proibido no país a entrada de espécie exótica sem as devidas autorizações (artigo 31 da Lei de crimes ambientais), e, portanto, mesmo que filhotes tenham nascido no país, necessário comprovar-se a origem dos animais, bem como de todos seus ascedentes, pois a existência de ao menos um único animal que tenha entrado no país de forma ilegal, já enseja a ilegalidade de todos os seus descendentes.
Portanto, sem necessidade de conhecimento técnico algum, apenas pela simples observação, é notório que algumas das normas basilares para se tutelar os animais não são observadas minimamente pelo circo, especialmente no que se refere à questão de visitação pública e de padrões mínimos de recintos.
ALGUNS FATOS OCORRIDOS EM CIRCOS COM ANIMAIS NO BRASIL
São muitos os acidentes com animais em circos, prejudicando os próprios animais, bem como seus tratadores, outros componentes dos circos, o público e a população em geral. Para não nos tornarmos muito prolixos, selecionamos apenas alguns dos fatos para exposição a seguir, apenas a título de mera exemplificação prática:
- Bady Bassit/São José do Rio Preto/SP, abril de 2008: leão solto por circo causa pânico na região;
- Mata de São João/BA, dezembro de 2007: macaco arranca parte do dedo de uma menina de 3 anos. Animal fica em jaula improvisada em carrinho de supermercado;
- Cuiabá/MT, dezembro de 2007: leão pula muro e foge de circo;
- Vitória/ES, outubro de 2007: mulher tem braço amputado após mordida de leão de circo que tentou acariciar.
- Palhoça/SC, maio de 2006: elefante foge de circo;
- Itaboraí/RJ, fevereiro de 2006: leão é encontrado em jaula aberta escorada apenas com uma tábua em frigorífico abandonado;
- Uberaba/MG, dezembro de 2005: 5 leões são abandonados por circo m estrada;
- Ervália/MG, julho de 2005: macaca chimpanzé arranca dedo mínimo de criança de 12 anos que estava em circo que se apresentava na cidade;
- Campos do Jordão/SP, julho de 2005: dois tigres morrem no circo Stankowich. A priori afirmou-se que fora de frio, porém, após, em laudo feito por veterinário do circo, ficou constatada morte por vírus transmitido por gato doméstico, o que no sugere a ingestão de animais domésticos pelos animais do citado circo, já que representantes do circo tentaram descartar o cadáver de um dos animais, abrindo-lhe e queimando as vísceras, inclusive.
- Restinga Seca/RS, junho/2005: criança de oito anos sofreu ferimentos ao encostar em grade deleão, o qual acabou sendo executado com choque elétrico, por meio de aparelho para este fim portado por seu treinador;
- Lavras do Sul/RS, maio/2005: homem é atacado por um tigre de circo, tendo seu braço esquerdo amputado;
- São Paulo/SP, fevereiro de 2005: chimpanzé Dolores, após ter sido retirada do circo Di Napoli pelo IBAMA, estando depressiva e com bronquite crônica, finalmente é encaminhada para um santuário após decisão judicial;
- Antônio Carlos, Florianópolis/SC, julho de 2004: dois leões e dois tigres são apreendidos em um circo, após serem encontrados desnutridos e em jaulas soldadas;
- Curitiba/PR, junho de 2004: IBAMA precisa encontrar um novo lar para 2 leões que estavam com um particular e não têm mais condições de mantê-los. Animais nascidos em circo;
- Iguaraci/PE, abril de 2004: o urso pardo Bruno, maltratado e desnutrido é simplesmente abandonado por circo no sertão do Pernambuco;
- Penha/SC, março de 2004: morre gato em conseqüência de queda na apresentação do número “pulo do gato” em circo em Santa Catarina;
- Aparecida de Goiânia/GO, dezembro de 2003: tigresa da espécie real de bengala ataca tratador, mordendo antebraço e bíceps do rapaz, o qual teve sérios ferimentos, tendo que ser submetido a cirurgia para tentar recuperar os movimentos;
- São Paulo/SP: Bambi, elefanta presente no circo Stankowich escapa para a Radial Leste em pleno horário de rush;
- Penha/SC, outubro de 2003: morre Madú, elefanta que viveu anos em um circo e passou o final de sua vida em um outro circo em Santa Catarina. No laudo atestava-se que a elefanta morreu com um raio na cabeça, apesar de ter vivido ao redor de uma cerca eletrificada e de diversas testemunhas terem presenciado sua cruel morte por eletrocussão;
- Sumaré/SP, janeiro de 2003: circo Stankowich abandona três leões no centro da cidade de Sumaré/SP, alegando não querê-los mais. Os animais foram encaminhados em estado lastimável de saúde para o Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos, sendo que um dos animais estava tão debilitado, que veio a óbito;
- Maracanaú/CE, dezembro de 2001: leoa morta a tiros depois de escapar em circo no Ceará;
- Curitiba/PR, agosto de 2001: trapezista do circo imperial do México teve que amputar braço após ter sido atacado por leoa;
- Atibaia/SP, abril de 2000: circo Bartholo abandona 3 leões e 1 leoa em terreno baldio;
- Recife/PE, abril de 2000: leões matam garoto. Quatro leões famintos do circo Vostok puxam o garoto Juninho para dentro da jaula no intervalo da apresentação do espetáculo circense. Garoto tem uma morte trágica e cruel e os animais são todos mortos. Em exame necroscópico, há a constatação de que os animais não comiam há dias.
CONCLUSÕES
Os legisladores baianos, bem como os federais deverão atentar-se que o circo contemporâneo apresenta um modelo que prospera atualmente, conhecido como circo do homem, por envolver somente a figura humana nas performances, excluindo a participação de animais.
Além disso, a utilização de animais não humanos para tentativa de atraçãode um suposto público é uma ultrapassada e falidaestratégia de marketing, tendo em vista que o anseio da sociedade moderna há tempos vem evoluindo, de modo que não mais aceitam o tratamento de animais não-humanos como se meros objetos fossem, além de se ressaltar que já se trata de atividade ilegal e inconstitucional, conforme rol legislativo já citado e pela indubitável crueldade que tal ato significa.
Também não há que se falar em educação, arte e cultura na apresentação de animais em situações totalmente estranhas às suas naturezas, além de toda uma vida submetida às jaulas e à itinerância, sob todo tipo de intempérie climática. Educação, arte e cultura não são feitas e nunca o serão por meio da exploração de qualquer forma de vida que seja, pois caso contrário teríamos um enorme contra-senso. Qual seria a lição a se transmitir a uma criança ao fazê-la ver um elefante subindo em um banquinho? Ou um leão e um tigre pulando um arco de fogo? Ou ainda um urso dançando ou andando de bicicleta? Um gato pulando de uma altura de dez metros e se espatifando no chão? Não vejo outra a não ser a de que animais seriam seres inferiores e que o humano (“todo-poderoso”) pode dominá-lo e fazer o que quiser…
Assim, roga-se que legisladores tenham uma atuação ética e não antropocêntrica, coadunando-se com as tendências mundiais morais globais, e finalmente votando e aprovando o PL do Estado da Bahia 16.957/07 e o PL federal 7291/06, proibindo-se a apresentação e manutenção de quaisquer animais não-humanos nos circos e espetáculos assemelhados.
E que o respeitável público ostente mesmo esse título de respeitável e continue evoluindo em seus conceitos éticos, morais e legais, não aceitando a crueldade como cultura e arte.
Texto recebido por email da INFO SENTIENS.
Fonte: http://mariliaescobar.wordpress.com/2010/06/03/o-respeitavel-publico-nao-quer-mais-animais-em-circos/
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
O respeitável público não quer mais animais em circos!
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
12:13
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domingo, 19 de fevereiro de 2012
Voltando às origens: plantio em pequena escala pode significar alimento mais saudável na mesa do consumidor
O alerta sobre resíduos de agrotóxicos em diversos produtos vindos do campo, como o pimentão e o morango, dá força a movimentos que defendem a agricultura familiar orgânica, agroecológica e sustentável como modelo agrário.
A produção de alimentos tem ganhado destaque nas discussões globais e locais em um planeta que ganha cada vez mais habitantes. Como alimentar uma população que deve chegar a 9 bilhões em 2050, segundo estimativas das Nações Unidas, com ameaças de instabilidades climáticas e tendência de aumento nos preços das commodities agrícolas?
O tema fez parte das mesas de discussão do 42º Fórum Econômico Mundial, que aconteceu neste final de janeiro em Davos, na Suíça. Segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e fomento às oportunidades econômicas por meio da agricultura estiveram no centro do debate. Produzir mais com menos recursos é a tônica. Isso, em contrapartida, pode comprometer a integridade dos alimentos e do solo, com o uso cada vez mais intenso de defensivos agrícolas, que entram no sistema para aumentar a produtividade das lavouras.
Na mesma Comunidade Europeia, outro segmento da população se manifesta contra o modelo que prioriza a produção em larga escala. Na Alemanha, por exemplo, 40 organizações e iniciativas de diversas áreas, entre elas agricultura, nutrição, proteção à natureza e desenvolvimento, lideram uma campanha que pede um basta ao agronegócio e defende a agricultura familiar baseada nos princípios da sustentabilidade.
O movimento, preocupado com os impactos do atual modelo para a nossa sociedade, saúde e meio ambiente, incentiva um diálogo mais próximo entre produtores e consumidores, ideia que também ecoa em terras brasileiras. Aqui, uma das ações do Ministério do Desenvolvimento para incentivar o escoamento direto da produção de agricultores familiares é a certificação pelo Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf).
O mercado é expressivo. O último censo agropecuário realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado em 2009, mostra que a agricultura familiar representava em 2006 cerca de 80% do total dos estabelecimentos agropecuários. A produção em pequena escala, ocupando apenas 24,3% da área agropecuária brasileira, já era responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão e 46% de milho. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%).
Comprar alimentos desses produtores certificados incentiva a economia de pequena escala e, para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), reduz o risco de se consumir produtos que não estejam de acordo com as “boas práticas agrícolas”.
A ANVISA fez um alerta em dezembro do ano passado, quando divulgou dados de seu Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos. Das 18 culturas pesquisadas, 28% foram consideradas insatisfatórias. Em alguns casos, foi constatada nos alimentos a presença de agrotóxicos que não são autorizados pela Agência ou que estavam em níveis acima dos autorizados. Com a repercussão nacional da notícia, o pimentão, o morango, o pepino, a alface e a cenoura, que estão no topo da lista de alimentos com resíduos de agrotóxicos, entraram na mira da população.
Há quem oriente o consumidor a lavar bem as frutas e verduras, retirando a casca e as partes externas, como forma de reduzir a presença de agrotóxicos na alimentação. Mas há uma série de organizações no Brasil que, como as da Alemanha, defendem a produção de alimentos orgânicos e agroecológicos como a única opção para uma vida saudável (tanto para o trabalhador rural quanto para o consumidor), além de uma terra sempre produtiva e um futuro livre de doenças e contaminações decorrentes de práticas abusivas do agronegócio.
A “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” foi lançada nacionalmente em abril de 2011 e já se espalha em comitês regionais pelos principais Estados brasileiros, promovendo principalmente ações de articulação, comunicação e formação profissional. “É importante ressaltar que as culturas que mais utilizam agrotóxicos são justamente aquelas produzidas no modelo do agronegócio, cultivadas em grandes áreas de monocultivo e voltadas para a exportação, como é o caso da soja, que é responsável por 51% do volume total de agrotóxicos comercializados no país”, afirma Cleber Folgado, secretário-geral da campanha e dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
A tendência é realmente que o consumidor se aproxime cada vez mais da produção, saiba de onde vem o alimento, quem o planta e como, e consiga comprar diretamente do agricultor.
No livro A Terceira Onda, o futurista Alvin Toffler vai além e prevê uma civilização que começará a “cicatrizar a ruptura histórica entre o produtor e o consumidor”, gerando o que ele classifica como a “economia do prossumidor”, ou seja, aquela pessoa que já não depende de supermercados e redes de comércio para se alimentar ou adquirir mercadorias. Essas pessoas já existem: mesmo no ambiente urbano, elas cultivam hortaliças e legumes em quintais, varandas ou mesmo telhados, tendo assim a garantia da saúde em seus pratos de comida.
Fonte: http://sustentabilidade.allianz.com.br/?1759%2Fplantio-em-pequena-escala-alimento-mais-saudavel-na-mesa
A produção de alimentos tem ganhado destaque nas discussões globais e locais em um planeta que ganha cada vez mais habitantes. Como alimentar uma população que deve chegar a 9 bilhões em 2050, segundo estimativas das Nações Unidas, com ameaças de instabilidades climáticas e tendência de aumento nos preços das commodities agrícolas?
O tema fez parte das mesas de discussão do 42º Fórum Econômico Mundial, que aconteceu neste final de janeiro em Davos, na Suíça. Segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e fomento às oportunidades econômicas por meio da agricultura estiveram no centro do debate. Produzir mais com menos recursos é a tônica. Isso, em contrapartida, pode comprometer a integridade dos alimentos e do solo, com o uso cada vez mais intenso de defensivos agrícolas, que entram no sistema para aumentar a produtividade das lavouras.
Na mesma Comunidade Europeia, outro segmento da população se manifesta contra o modelo que prioriza a produção em larga escala. Na Alemanha, por exemplo, 40 organizações e iniciativas de diversas áreas, entre elas agricultura, nutrição, proteção à natureza e desenvolvimento, lideram uma campanha que pede um basta ao agronegócio e defende a agricultura familiar baseada nos princípios da sustentabilidade.
O movimento, preocupado com os impactos do atual modelo para a nossa sociedade, saúde e meio ambiente, incentiva um diálogo mais próximo entre produtores e consumidores, ideia que também ecoa em terras brasileiras. Aqui, uma das ações do Ministério do Desenvolvimento para incentivar o escoamento direto da produção de agricultores familiares é a certificação pelo Selo de Identificação da Participação da Agricultura Familiar (Sipaf).
O mercado é expressivo. O último censo agropecuário realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado em 2009, mostra que a agricultura familiar representava em 2006 cerca de 80% do total dos estabelecimentos agropecuários. A produção em pequena escala, ocupando apenas 24,3% da área agropecuária brasileira, já era responsável por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão e 46% de milho. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%).
Comprar alimentos desses produtores certificados incentiva a economia de pequena escala e, para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), reduz o risco de se consumir produtos que não estejam de acordo com as “boas práticas agrícolas”.
A ANVISA fez um alerta em dezembro do ano passado, quando divulgou dados de seu Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos. Das 18 culturas pesquisadas, 28% foram consideradas insatisfatórias. Em alguns casos, foi constatada nos alimentos a presença de agrotóxicos que não são autorizados pela Agência ou que estavam em níveis acima dos autorizados. Com a repercussão nacional da notícia, o pimentão, o morango, o pepino, a alface e a cenoura, que estão no topo da lista de alimentos com resíduos de agrotóxicos, entraram na mira da população.
Há quem oriente o consumidor a lavar bem as frutas e verduras, retirando a casca e as partes externas, como forma de reduzir a presença de agrotóxicos na alimentação. Mas há uma série de organizações no Brasil que, como as da Alemanha, defendem a produção de alimentos orgânicos e agroecológicos como a única opção para uma vida saudável (tanto para o trabalhador rural quanto para o consumidor), além de uma terra sempre produtiva e um futuro livre de doenças e contaminações decorrentes de práticas abusivas do agronegócio.
A “Campanha Permanente contra os Agrotóxicos e pela Vida” foi lançada nacionalmente em abril de 2011 e já se espalha em comitês regionais pelos principais Estados brasileiros, promovendo principalmente ações de articulação, comunicação e formação profissional. “É importante ressaltar que as culturas que mais utilizam agrotóxicos são justamente aquelas produzidas no modelo do agronegócio, cultivadas em grandes áreas de monocultivo e voltadas para a exportação, como é o caso da soja, que é responsável por 51% do volume total de agrotóxicos comercializados no país”, afirma Cleber Folgado, secretário-geral da campanha e dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA).
A tendência é realmente que o consumidor se aproxime cada vez mais da produção, saiba de onde vem o alimento, quem o planta e como, e consiga comprar diretamente do agricultor.
No livro A Terceira Onda, o futurista Alvin Toffler vai além e prevê uma civilização que começará a “cicatrizar a ruptura histórica entre o produtor e o consumidor”, gerando o que ele classifica como a “economia do prossumidor”, ou seja, aquela pessoa que já não depende de supermercados e redes de comércio para se alimentar ou adquirir mercadorias. Essas pessoas já existem: mesmo no ambiente urbano, elas cultivam hortaliças e legumes em quintais, varandas ou mesmo telhados, tendo assim a garantia da saúde em seus pratos de comida.
Fonte: http://sustentabilidade.allianz.com.br/?1759%2Fplantio-em-pequena-escala-alimento-mais-saudavel-na-mesa
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Dr. Frederico Lobo
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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Estudo detecta chumbo em 400 batons vendidos nos EUA
Pesquisa recente feita pelo governo americano com os 400 batons mais vendidos no país detectou níveis elevados de chumbo na composição dos cosméticos. Segundo o Washington Post, a discussão sobre a quantidade de substâncias químicas nas maquiagens não é novidade, mas a escala do material encontrado foi superior a outros estudos já realizados.
Cinco batons da L'Oréal e da Maybelline, marcas da L'Oréal americana, estavam entre os 10 mais contaminados, segundo o teste da agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos (FDA). Além disso, dois produtos da Cover Girl, dois da Nars e um da Stargazer também figuraram na listagem.
O resultado da análise dos componentes presentes nos cosméticos acirra a discussão entre os integrantes da Campanha por Cosméticos Seguros e o governo americano. Há anos o grupo pressiona o governo para que haja regulação no nível de chumbo nos batons.
O FDA defende que os níveis do componente encontrados nos batons não representa risco à segurança dos consumidores, ainda que o mais recente teste tenha apresentando quantidades superiores ao primeiro.
Os integrantes da Campanha, por sua vez, afirma que a vigilância sanitária do país não tem estudos científicos que comprovem que de fato o uso do batom não cause nenhum prejuízo à saúde das mulheres, especialmente as grávidas e as crianças.
Os primeiros relatos de chumbo em batons tiveram início nos anos de 1990 e, em 2007, o grupo Campanha por Cosméticos Seguros testou 33 batons vermelhos para provar que eles excediam o limite aceitado pelo FDA de chumbo em doces. O órgão apontou a comparação como inválida, pois os batons não são feitos para ingerir, como os doces, e em 2008 fez os primeiros testes próprios em 20 cosméticos.
A cientista do Conselho dos Produtos de Cuidado Pessoal, Halyna Breslawec, em entrevista ao Washington Post, declarou que o chumbo não é acrescentado pelas empresas. Segundo ela, eles estão presentes nos corantes feitos a partir de minerais que são aprovados pela vigilância sanitária
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2012/02/16/estudo-feito-pelo-fda-detecta-chumbo-em-400-batons.jhtm
Dica de textos sobre cosméticos e poluição ambiental (dica da nossa amiga Renata S. Esteves do Blog Beleza Orgânica)
- http://bit.ly/uJzXW0 Como ler rótulos - Missão Possível
- http://bit.ly/ydQMBX Top 5 Ingredientes a evitar
- http://bit.ly/xmz8PnTop 5 Ingredientes a evitar II
- http://bit.ly/qUtPui Os Riscos dos Produtos de Beleza
- http://bit.ly/pJUnet Os Riscos dos Produtos de Beleza II
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Dr. Frederico Lobo
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Entidade lista 5 dicas para evitar intoxicação de crianças em casa
Um conjunto de organizações de saúde canadenses divulgou uma lista com cinco dicas para que pais evitem a contaminação de crianças por substâncias tóxicas em casa.
Elas são: evitar o acúmulo de poeira, optar por produtos de limpeza sem perfume e menos tóxicos, tomar cuidado durante reformas, evitar certos tipos de plásticos e, na alimentação, evitar certos tipos de peixe que absorvem grandes quantidades de mercúrio.
A campanha de conscientização a respeito dos efeitos da poluição ambiental sobre o cérebro em desenvolvimento foi financiada pelo governo do Canadá e inicialmente se dirige à população do país, mas se aplica na prática a pais e futuros pais em qualquer parte do mundo.
"Se os pais adotarem práticas simples nessas cinco áreas, podem reduzir significativamente a exposição dos seus filhos a substâncias tóxicas e até economizar dinheiro", disse Erica Phipps, diretora da Canadian Partnership for Children's Health and Environment (Parceria Canadense para o Ambiente e a Saúde da Criança, CPCHE).
Poeira
Aspirar o pó ou passar pano úmido com frequência para eliminar poeira é a primeira recomendação dos especialistas.
"A poeira em casa é uma grande fonte na exposição de crianças a substâncias tóxicas, incluindo o chumbo, que mesmo em níveis baixos, é conhecido por prejudicar o desenvolvimento do cérebro", disse Bruce Lanphear, especialista em saúde ambiental infantil e consultor do CPCHE.
"O cérebro em desenvolvimento de um feto ou de uma criança é particularmente sensível aos efeitos neurotóxicos do chumbo, mercúrio e outras substâncias tóxicas", explicou Lanphear. "Uma criança absorve 50% do chumbo ingerido, enquanto um adulto absorve 10%".
Segundo o especialista, a criança tende a colocar a mão na boca com frequência, o que aumenta ainda mais os riscos de que ela absorva essas substâncias tóxicas.
Produtos de Limpeza
Os pais podem reduzir o grau de exposição da família a produtos químicos tóxicos e economizar dinheiro ao optar por produtos de limpeza mais ecológicos.
O bicarbonato de sódio pode ser usado para esfregar banheiras e pias, e vinagre diluído em água funciona bem para limpar janelas, chão e outras superfícies, disseram os especialistas.
Evitar o uso de purificadores de ar e optar por sabão sem perfume para lavar roupa pode reduzir a exposição das crianças a substâncias químicas usadas na fabricação de fragrâncias - associadas, em estudos, a distúrbios nas funções hormonais.
Reforçando recomendações feitas por entidades médicas, entre elas a Canadian Medical Association, os especialistas também desaconselharam o uso de sabão bactericida.
Cuidados em Reformas
Quando houver reformas em casa, mulheres grávidas e crianças devem ficar longe das áreas afetadas pela obra. Isso evita sua exposição à poeira resultante da reforma - contaminada por substâncias tóxicas - e aos gases tóxicos liberados por tintas, cola e outros produtos.
Áreas não afetadas pela reforma devem ser cuidadosamente isoladas com o uso de plásticos. E a poeira deve ser aspirada durante e após a obra.
Cuidados com Plásticos
Certos plásticos devem ser evitados, especialmente quando se serve ou guarda alimentos. Os especialistas canadenses advertem os pais contra o uso de vasilhas de plástico ou de embalagens plásticas no micro-ondas, mesmo quando a etiqueta diz que o produto é seguro para uso no micro-ondas.
Produtos químicos presentes no plástico podem contaminar o alimento ou a bebida - eles explicam.
Comer alimentos frescos ou congelados sempre que possível reduz a exposição ao Bisfenol A, presente na maioria das embalagens de comida e bebida. O produto está associado a uma ampla gama de problemas de saúde, entre eles, problemas de desenvolvimento no cérebro e disfunções endócrinas.
Os especialistas também alertam contra produtos feitos de PVC, também conhecido como vinil. Ele contém um tipo de substância química chamada ftalato, que está associada a diversos problemas de saúde.
Ftalatos podem ser encontrados em cortinas de banheiro, babadores e até capas de chuva.
Os especialistas aconselham que os pais joguem fora brinquedos e mordedores feitos com este tipo de plástico.
Peixe Seguro
Para reduzir a exposição das crianças ao mercúrio, um metal que é tóxico para o cérebro, os especialistas aconselham que sejam escolhidas variedades de peixe que absorvem menos mercúrio, como cavala do Atlântico, truta, arenque, salmão selvagem ou em lata e tilápia.
Se for servir atum, procure as variedades "leves", que absorvem menos mercúrio do que a variedade albacore (atum branco).
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/06/110623_dicas_intoxicacao_criancas_mv.shtml
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Dr. Frederico Lobo
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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Outro alerta sobre a água que bebemos
A água consumida na Região Metropolitana de Campinas (RMC), onde vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas, contém vários tipos de compostos derivados de fármacos, hormônios sexuais e produtos industriais. Algumas destas substâncias são classificadas como “interferentes endócrinos”. Isso significa que, quando ingeridas em grandes concentrações ou por tempo prolongado, podem interferir no funcionamento das glândulas de espécies animais, incluindo os seres humanos. A constatação faz parte da tese de doutorado defendida recentemente pela pesquisadora Gislaine Ghiselli, do Instituto de Química (IQ) da Unicamp, sob orientação do professor Wilson de Figueiredo Jardim.
Compostos apresentam concentração muito acima do limite
Intitulado “Avaliação da Qualidade das Águas Destinadas ao Abastecimento Público na Região de Campinas: Ocorrência e Determinação dos Interferentes Endócrinos (IE) e Produtos Farmacêuticos e de Higiene Pessoal (PFHP)”, o estudo coletou durante quatro anos amostras de água bruta e água potável oriundas da Sub-Bacia do Rio Atibaia, principal manancial utilizado para o abastecimento público da região. Durante esse período, foram monitorados 21 compostos. Entre estes compostos, seis são hormônios sexuais, quatro são esteróides derivados do colesterol, cinco são classificados como produtos farmacêuticos e seis têm origem industrial.
A pesquisa revelou a presença das seguintes substâncias na água potável distribuída à população: dietilftalato, dibutilftalato, cafeína, bisfenol A, estradiol, etinilestradiol, progesterona e colesterol. A princípio, segundo a autora da pesquisa, estes compostos não deveriam estar presentes na água consumida pela população. “Alguns foram encontrados numa concentração até mil vezes maior que em países da Europa”, relata Gislaine.
É o caso, por exemplo, da cafeína, presente em produtos alimentícios e farmacêuticos. Segundo o estudo, esta substância apresentou uma concentração média na água potável de 3,3 micrograma por litro (µg/L). Para o colesterol, a média obtida na água potável foi de 2,4 µg/L. Outros compostos também chamaram a atenção, como a progesterona (1,5 µg/L), estradiol (2,4 µg/L) e etinilestradiol (1,6 µg/L), hormônios sexuais femininos. Considerando-se a média de 1 µg/L de hormônios femininos na água potável, ao beber dois litros de água por dia uma pessoa estaria ingerindo 60 µg destes compostos por mês.
Para a coleta de água potável foram selecionados dez bairros em Campinas, abrangendo as regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Central. “Os compostos detectados indicam que os tratamentos empregados nas estações de tratamento de esgoto da RMC não estão sendo eficientes para a destruição destes interferentes endócrinos”, diz Gislaine. “Conseqüentemente, estes hormônios são transportados para as águas superficiais, através do lançamento do esgoto tratado, e chegam na água potável porque também são resistentes aos tratamentos empregados nas estações de tratamento de água”, completa.
Águas brutas – As análises das águas brutas também revelaram uma situação preocupante. O Ribeirão Anhumas representa o caso mais gritante de poluição, com concentrações que atingem 106 µg/L para cafeína, 301 µg/L para colesterol e 41 µg/L para coprostanol. “No caso da cafeína, por exemplo, o normal em países desenvolvidos como a Alemanha, é de no máximo 1 µg/L”, compara Jardim. No Atibaia, as amostras revelaram concentrações significativas do fármaco diclofenaco (5 µg/L) e dos hormônios estradiol (3 µg/L), etinilestradiol (1,7 µg/L) e progesterona (1,4 µg/L). Para a avaliação das águas brutas foram selecionados cinco pontos de monitoramento: três no Atibaia, um no Ribeirão Anhumas e um no Ribeirão Pinheiros.
Um dos pontos de coleta no Atibaia está no distrito de Sousas, exatamente no local de captação de água utilizado pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa) para o abastecimento público, representando a água bruta que abastece 95% da população campineira.
Tantos os hormônios quanto os fármacos são excretados pela urina ou fezes, chegando aos rios por meio da rede de esgoto. Segundo Gislaine, os fármacos detectados são muito utilizados como analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos. “Diclofenaco, por exemplo, é um poderoso agente não-esteróide usado no combate à febre e para o alívio de dores em geral, como antigripais e no tratamento de reumatismo”, explica a pesquisadora. A cafeína é uma das substâncias mais consumidas no mundo e pode ser encontrada em diversos produtos como os alimentícios (café, chá, erva-mate, pó de guaraná, bebidas como os refrigerantes a base de cola, condimentos, etc.), tabaco, medicamentos, dentre outros.
Além de fármacos e hormônios, a pesquisa também identificou a presença de substâncias resultantes da atividade industrial, chamadas de antrópicas. Entre elas, o destaque fica por conta dos ftalatos. Derivados do ácido ftálico, são empregados basicamente como plastificantes, bem como na fabricação de tintas, adesivos, papelão, lubrificantes e fragrâncias. Têm sido utilizados há mais de 40 anos. Segundo Gislaine, ftalatos podem ser introduzidos no ambiente através da lixiviação, sobretudo dos plastificantes utilizados na fabricação de plásticos de uso comum. Entre os poluentes avaliados, tanto os antrópicos quanto os hormônios e fármacos, há substâncias consideradas interferentes endócrinos.
O interferente – A ciência descreve um interferente endócrino como sendo uma substância ou mistura química exógena que altera uma ou mais funções do sistema endócrino, constituído por diversas glândulas. Podem ser naturais ou sintéticos. Os hormônios naturais, que incluem o estrogênio, a progesterona e a testosterona, estão presentes no corpo humano e nos animais. Já os compostos sintéticos incluem os hormônios idênticos aos naturais, fabricados pelo homem e utilizados como contraceptivos orais ou aditivos na alimentação animal, e os xenoestrogênios, produzidos para a utilização nas indústrias, na agricultura e para os bens de consumo. Estão incluídos nesta categoria os pesticidas e aditivos plásticos.
De acordo com Gislaine Ghiselli, a maioria dos estudos ecotoxicológicos realizados até o momento mostram que as glândulas mais afetadas pelos interferentes endócrinos estão relacionadas aos sistemas reprodutivos masculino (testículos) e feminino (ovários). “Evidências observadas em moluscos, crustáceos, peixes, répteis, pássaros e alguns mamíferos têm sugerido que possíveis alterações de saúde humana envolvendo o sistema reprodutivo, tais como o câncer de mama e de testículo, podem estar relacionadas à exposição a estas substâncias”, diz Gislaine.
A pesquisadora explica que os interferentes endócrinos podem agir pelo menos de três formas: imitando a ação de um hormônio produzido naturalmente pelo organismo, como o estrogênio ou a testosterona, desencadeando deste modo reações químicas semelhantes no corpo; bloqueando os receptores nas células que recebem os hormônios, impedindo assim a ação dos hormônios naturais; e/ou afetando a síntese, o transporte, o metabolismo e a excreção dos hormônios naturais no organismo.
Sem alarmismo
Apesar da identificação de interferentes endócrinos na água potável, os pesquisadores são cautelosos ao avaliar as possíveis conseqüências para a população. “A simples presença de um determinado interferente endócrino no meio ambiente não significa, necessariamente, que existe um risco a ele associado”, pondera Gislaine Ghiselli. “Embora já se saiba que algumas destas substâncias, em doses elevadas, interferem no funcionamento das glândulas, ainda não há estudos sobre os efeitos da exposição crônica”, acrescenta o professor Wilson Jardim. Segundo eles, o objetivo do estudo não é fazer alarmismo, e sim apresentar um diagnóstico da água consumida na região.
Atualmente, a Sanasa atende com água potável encanada 98% da população urbana de Campinas, através de 5 estações de tratamento. Quanto ao sistema de esgotamento sanitário, a Sanasa atende atualmente 86% da população urbana de Campinas com coleta de 200 mil ligações. “Entretanto, o grande desafio é o tratamento dos esgotos”, alerta Jardim. Até o ano 2000, praticamente todo o esgoto coletado era lançado sem tratamento nos corpos d’água da região. Apenas em 2001 é que investimentos nesta área começaram a ser intensificados, com a criação do Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas. Em janeiro de 2001, segundo o estudo apresentado por Gislaine, a cidade de Campinas tratava somente 5% de seus esgotos domésticos e, sozinha, respondia por metade do esgoto não tratado entre os 19 municípios da Região Metropolitana. Novos investimentos elevaram esta marca para 34%. O Plano Diretor de Esgotos de Campinas prevê o tratamento de 90% dos esgotos domésticos da cidade até 2008.
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/dezembro2006/ju346pag03.html
Compostos apresentam concentração muito acima do limite
Intitulado “Avaliação da Qualidade das Águas Destinadas ao Abastecimento Público na Região de Campinas: Ocorrência e Determinação dos Interferentes Endócrinos (IE) e Produtos Farmacêuticos e de Higiene Pessoal (PFHP)”, o estudo coletou durante quatro anos amostras de água bruta e água potável oriundas da Sub-Bacia do Rio Atibaia, principal manancial utilizado para o abastecimento público da região. Durante esse período, foram monitorados 21 compostos. Entre estes compostos, seis são hormônios sexuais, quatro são esteróides derivados do colesterol, cinco são classificados como produtos farmacêuticos e seis têm origem industrial.
A pesquisa revelou a presença das seguintes substâncias na água potável distribuída à população: dietilftalato, dibutilftalato, cafeína, bisfenol A, estradiol, etinilestradiol, progesterona e colesterol. A princípio, segundo a autora da pesquisa, estes compostos não deveriam estar presentes na água consumida pela população. “Alguns foram encontrados numa concentração até mil vezes maior que em países da Europa”, relata Gislaine.
É o caso, por exemplo, da cafeína, presente em produtos alimentícios e farmacêuticos. Segundo o estudo, esta substância apresentou uma concentração média na água potável de 3,3 micrograma por litro (µg/L). Para o colesterol, a média obtida na água potável foi de 2,4 µg/L. Outros compostos também chamaram a atenção, como a progesterona (1,5 µg/L), estradiol (2,4 µg/L) e etinilestradiol (1,6 µg/L), hormônios sexuais femininos. Considerando-se a média de 1 µg/L de hormônios femininos na água potável, ao beber dois litros de água por dia uma pessoa estaria ingerindo 60 µg destes compostos por mês.
Para a coleta de água potável foram selecionados dez bairros em Campinas, abrangendo as regiões Norte, Sul, Leste, Oeste e Central. “Os compostos detectados indicam que os tratamentos empregados nas estações de tratamento de esgoto da RMC não estão sendo eficientes para a destruição destes interferentes endócrinos”, diz Gislaine. “Conseqüentemente, estes hormônios são transportados para as águas superficiais, através do lançamento do esgoto tratado, e chegam na água potável porque também são resistentes aos tratamentos empregados nas estações de tratamento de água”, completa.
Águas brutas – As análises das águas brutas também revelaram uma situação preocupante. O Ribeirão Anhumas representa o caso mais gritante de poluição, com concentrações que atingem 106 µg/L para cafeína, 301 µg/L para colesterol e 41 µg/L para coprostanol. “No caso da cafeína, por exemplo, o normal em países desenvolvidos como a Alemanha, é de no máximo 1 µg/L”, compara Jardim. No Atibaia, as amostras revelaram concentrações significativas do fármaco diclofenaco (5 µg/L) e dos hormônios estradiol (3 µg/L), etinilestradiol (1,7 µg/L) e progesterona (1,4 µg/L). Para a avaliação das águas brutas foram selecionados cinco pontos de monitoramento: três no Atibaia, um no Ribeirão Anhumas e um no Ribeirão Pinheiros.
Um dos pontos de coleta no Atibaia está no distrito de Sousas, exatamente no local de captação de água utilizado pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa) para o abastecimento público, representando a água bruta que abastece 95% da população campineira.
Tantos os hormônios quanto os fármacos são excretados pela urina ou fezes, chegando aos rios por meio da rede de esgoto. Segundo Gislaine, os fármacos detectados são muito utilizados como analgésicos, antiinflamatórios e antitérmicos. “Diclofenaco, por exemplo, é um poderoso agente não-esteróide usado no combate à febre e para o alívio de dores em geral, como antigripais e no tratamento de reumatismo”, explica a pesquisadora. A cafeína é uma das substâncias mais consumidas no mundo e pode ser encontrada em diversos produtos como os alimentícios (café, chá, erva-mate, pó de guaraná, bebidas como os refrigerantes a base de cola, condimentos, etc.), tabaco, medicamentos, dentre outros.
Além de fármacos e hormônios, a pesquisa também identificou a presença de substâncias resultantes da atividade industrial, chamadas de antrópicas. Entre elas, o destaque fica por conta dos ftalatos. Derivados do ácido ftálico, são empregados basicamente como plastificantes, bem como na fabricação de tintas, adesivos, papelão, lubrificantes e fragrâncias. Têm sido utilizados há mais de 40 anos. Segundo Gislaine, ftalatos podem ser introduzidos no ambiente através da lixiviação, sobretudo dos plastificantes utilizados na fabricação de plásticos de uso comum. Entre os poluentes avaliados, tanto os antrópicos quanto os hormônios e fármacos, há substâncias consideradas interferentes endócrinos.
O interferente – A ciência descreve um interferente endócrino como sendo uma substância ou mistura química exógena que altera uma ou mais funções do sistema endócrino, constituído por diversas glândulas. Podem ser naturais ou sintéticos. Os hormônios naturais, que incluem o estrogênio, a progesterona e a testosterona, estão presentes no corpo humano e nos animais. Já os compostos sintéticos incluem os hormônios idênticos aos naturais, fabricados pelo homem e utilizados como contraceptivos orais ou aditivos na alimentação animal, e os xenoestrogênios, produzidos para a utilização nas indústrias, na agricultura e para os bens de consumo. Estão incluídos nesta categoria os pesticidas e aditivos plásticos.
De acordo com Gislaine Ghiselli, a maioria dos estudos ecotoxicológicos realizados até o momento mostram que as glândulas mais afetadas pelos interferentes endócrinos estão relacionadas aos sistemas reprodutivos masculino (testículos) e feminino (ovários). “Evidências observadas em moluscos, crustáceos, peixes, répteis, pássaros e alguns mamíferos têm sugerido que possíveis alterações de saúde humana envolvendo o sistema reprodutivo, tais como o câncer de mama e de testículo, podem estar relacionadas à exposição a estas substâncias”, diz Gislaine.
A pesquisadora explica que os interferentes endócrinos podem agir pelo menos de três formas: imitando a ação de um hormônio produzido naturalmente pelo organismo, como o estrogênio ou a testosterona, desencadeando deste modo reações químicas semelhantes no corpo; bloqueando os receptores nas células que recebem os hormônios, impedindo assim a ação dos hormônios naturais; e/ou afetando a síntese, o transporte, o metabolismo e a excreção dos hormônios naturais no organismo.
Sem alarmismo
Apesar da identificação de interferentes endócrinos na água potável, os pesquisadores são cautelosos ao avaliar as possíveis conseqüências para a população. “A simples presença de um determinado interferente endócrino no meio ambiente não significa, necessariamente, que existe um risco a ele associado”, pondera Gislaine Ghiselli. “Embora já se saiba que algumas destas substâncias, em doses elevadas, interferem no funcionamento das glândulas, ainda não há estudos sobre os efeitos da exposição crônica”, acrescenta o professor Wilson Jardim. Segundo eles, o objetivo do estudo não é fazer alarmismo, e sim apresentar um diagnóstico da água consumida na região.
Atualmente, a Sanasa atende com água potável encanada 98% da população urbana de Campinas, através de 5 estações de tratamento. Quanto ao sistema de esgotamento sanitário, a Sanasa atende atualmente 86% da população urbana de Campinas com coleta de 200 mil ligações. “Entretanto, o grande desafio é o tratamento dos esgotos”, alerta Jardim. Até o ano 2000, praticamente todo o esgoto coletado era lançado sem tratamento nos corpos d’água da região. Apenas em 2001 é que investimentos nesta área começaram a ser intensificados, com a criação do Programa Nacional de Despoluição de Bacias Hidrográficas. Em janeiro de 2001, segundo o estudo apresentado por Gislaine, a cidade de Campinas tratava somente 5% de seus esgotos domésticos e, sozinha, respondia por metade do esgoto não tratado entre os 19 municípios da Região Metropolitana. Novos investimentos elevaram esta marca para 34%. O Plano Diretor de Esgotos de Campinas prevê o tratamento de 90% dos esgotos domésticos da cidade até 2008.
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/dezembro2006/ju346pag03.html
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Dr. Frederico Lobo
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sábado, 11 de fevereiro de 2012
Consumo de frutose está associado à gordura visceral e a fatores de risco cardiometabólicos, de acordo com estudo do The Journal of Nutrition
Embora os adolescentes consumam mais frutose1 do que qualquer outro grupo etário, a relação entre o consumo de frutose1 e os marcadores de risco cardiometabólicos ainda não foi estabelecida nesta população.
O estudo publicado pelo The Journal of Nutrition estabelece associações de ingestão total de frutose1 (frutose1 livre mais metade da ingestão de sacarose livre) com fatores de risco cardiometabólicos e tipo de adiposidade em um grupo de 559 adolescentes com idades entre 14-18 anos, na Geórgia.
Os parâmetros estudados foram: glicemia2, insulina3, lipídios, adiponectina e proteína C-reativa. A dieta foi avaliada e a atividade física foi determinada por acelerometria4. Tecidos moles livres de gordura5 e massa gorda6 foram medidos por Dual Energy X-Ray Absorption (DEXA). Já o tecido7 adiposo abdominal e a gordura5 visceral foram avaliados através de ressonância magnética.
As avaliações estatísticas revelam que a ingestão de frutose1 está associada à gordura5 visceral, mas não parece estar relacionada ao tecido7 adiposo abdominal. Também foram observadas as relações entre o consumo de frutose1 e uma tendência de aumento da pressão arterial sistólica8, da glicemia de jejum9 e da proteína-C reativa (um sinal10 de inflamação11 sistêmica), além de uma diminuição nos níveis de HDL12-colesterol13 (colesterol13 bom) e da adiponectina.
Os resultados mostram que, em adolescentes, o maior consumo de frutose1 está associado a múltiplos marcadores de risco cardiometabólicos e parece que essas relações são mediadas pela obesidade14 visceral.
Fonte: The Journal of Nutrition, de fevereiro de 2012
NEWS.MED.BR, 2012. Consumo de frutose está associado à gordura visceral e a fatores de risco cardiometabólicos, de acordo com estudo do The Journal of Nutrition. Disponível em:. Acesso em: 11 fev. 2012. - http://www.news.med.br/p/medical-journal/259820/consumo+de+frutose+esta+associado+a.htm
O estudo publicado pelo The Journal of Nutrition estabelece associações de ingestão total de frutose1 (frutose1 livre mais metade da ingestão de sacarose livre) com fatores de risco cardiometabólicos e tipo de adiposidade em um grupo de 559 adolescentes com idades entre 14-18 anos, na Geórgia.
Os parâmetros estudados foram: glicemia2, insulina3, lipídios, adiponectina e proteína C-reativa. A dieta foi avaliada e a atividade física foi determinada por acelerometria4. Tecidos moles livres de gordura5 e massa gorda6 foram medidos por Dual Energy X-Ray Absorption (DEXA). Já o tecido7 adiposo abdominal e a gordura5 visceral foram avaliados através de ressonância magnética.
As avaliações estatísticas revelam que a ingestão de frutose1 está associada à gordura5 visceral, mas não parece estar relacionada ao tecido7 adiposo abdominal. Também foram observadas as relações entre o consumo de frutose1 e uma tendência de aumento da pressão arterial sistólica8, da glicemia de jejum9 e da proteína-C reativa (um sinal10 de inflamação11 sistêmica), além de uma diminuição nos níveis de HDL12-colesterol13 (colesterol13 bom) e da adiponectina.
Os resultados mostram que, em adolescentes, o maior consumo de frutose1 está associado a múltiplos marcadores de risco cardiometabólicos e parece que essas relações são mediadas pela obesidade14 visceral.
Fonte: The Journal of Nutrition, de fevereiro de 2012
NEWS.MED.BR, 2012. Consumo de frutose está associado à gordura visceral e a fatores de risco cardiometabólicos, de acordo com estudo do The Journal of Nutrition. Disponível em:
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Métodos de Higiene do sono: o que auxilia e o que prejudica o sono
Com frequência, vários pacientes me questionam o porquê de no questionário pré-consulta, faço várias perguntas com relação ao quarto da pessoa. Se é claro, se é escuro, se há eletrodomésticos plugados na tomada durante a noite de sono, se o celular permanece ligado e próximo ao corpo.
Bem, a explicação básica para essas perguntas é a questão do eletromagnetismo. Um tema ainda pouquíssimo explorado na medicina, mas que acredito que em poucos anos muitas informações serão lançadas nas bases de dados... talvez já seja tarde.
E todo esse eletromagnetismo afeta seu sono. Mas como ? A pineal para liberar um dos maiores hormônios do nosso corpo, precisa ter o mínimo possível de eletromagnetismo ao seu redor. Portanto, abaixo algumas dicas para um sono mais saudável. É o que aprendi a denominar de Métodos de Higiene do sono.
1. Fortalecendo o ritmo circadiano:
- Manter um horário regular de sono-vigília, levantar diariamente no mesmo horário e deitar de preferência antes das 23:00
- Evitar cochilos durante o dia
- Realizar uma quantidade diária de exercícios (exceto 2 horas antes de dormir)
2. Evitar a ativação endógena do Sistema nervoso simpático:
- Principais ativadores são fome, medo, dor, preocupação, fazer força para dormir e ansiedade de desempenho no sono
- Não tentar adormecer, deixar o sono vir naturalmente
- Comer um lanche leve algumas horas antes de dormir
- Tomar um banho morno de 10 minutos antes
3. Evitar a ativação exógena do Sistema nervoso simpático:
- Principais ativadores são cafeína, nicotina, exercícios, calor, sons estranhos, barulho, luminosidade, eletroeletrônicos
- Isolar o quarto de ruídos, luminosidade e eletromagnetismo
- Certificar-se de que o quarto não está excessivamente quente
- Não fazer refeições pesadas perto da hora de dormir, evitar alimentos psicoestimulantes (canela, cafeína)
- Parar de fumar ou evitar o fumo perto da hora de dormir
4. Orientações nutricionais pró-melatonina:
- Consumir principalmente no café da manhã, alimentos ricos no aminoácido TRIPTOFANO, o precursor da serotonina (substância responsável pela promoção da sensação de bem-estar), que é quem dará origem à melatonina:
- leite e iogurte desnatado, queijo branco (caso não tenha intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite de vaca)
- Carnes magras
- Castanhas
- Evitar: alta ingestão de gorduras e carboidratos refinados, refrigerantes, café, chá verde
Dr. Frederico Lobo (CRM-GO 13192)
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O que motiva as pessoas na hora de escolher os alimentos?...
Não ria ainda: cientistas descobriram que as pessoas escolhem as comidas pelo sabor.
Tal "descoberta", que parece equilibrar-se em uma tênue linha entre o óbvio e o ridículo, pode ajudar a elaborar melhores estratégias para o combate à obesidade e à indução de hábitos alimentares mais saudáveis.
As Dras. Sinéad e Mary McCarthy, das universidades de Dublin e Ulster, queriam saber se as campanhas que apregoam uma alimentação saudávelestão focando os alvos corretos.
Para isso elas estudaram não apenas os hábitos alimentares de 1.500 adultos, mas sobretudo as atitudes que levam essas pessoas a escolherem seus alimentos.
O que vale é o sabor
Estariam as pessoas se baseando nas recomendações médicas sobre comer bem?
Parece que não.
A pesquisa mostrou que o sabor é o item individual mais importante na escolha dos alimentos.
A saúde e a nutrição representam o segundo fator mais importante influenciando a escolha dos alimentos.
Somente uma pequena parcela dos consumidores relatou a preocupação com o peso e o humor como elementos que influenciam a escolha daquilo que vão comer.
Iniciantes e experientes
A pesquisa segmentou os participantes em três grupos, de acordo com os motivos que os levam a escolher sua alimentação: "iniciantes descompromissados", "adaptáveis a qualquer situação" e "experientes saudáveis".
A escolha dos alimentos pelos "iniciantes descompromissados" se dá pelo sabor e pela conveniência.
Aqueles que se adaptam às situações mostram a maior variação de fatores, mas o sabor é o mais comum dentre eles.
A maioria dos "experientes saudáveis" (46%) apontou "saúde e nutrição" como o elemento mais importante, muito acima do sabor.
Foco no sabor
As cientistas concluem que os fabricantes de alimentos saudáveis não podem basear a divulgação de seus produtos apenas no quanto eles farão bem à saúde das pessoas.
Para atingir a parcela da população que ainda não se preocupa tanto com a qualidade nutricional dos alimentos, o importante é ressaltar que esses alimentos são saborosos.
Fonte: Diário da Saúde e repostado na Liga da saúde pela Dra. Cristiane Spricigo: Nutricionista especialista em nutrição esportiva e funcional (Goiânia-GO). Blog: www.nutricorpo.blogspot.com
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Maionese de tofu
Por incrível que possa parecer, fica que nem uma maionese proibidona, mas é saudável. Se eu tivesse repolho, tinha logo feito um coleslaw. Fui com batata baroa, beterraba e vagem que era o que tinha na geladeira, salpiquei semente de chia e tomilho.
O tofu é rico em proteínas, e como é coagulado, é de mais fácil digestão que os outros derivados da soja.
Ingredientes:
Para acessar mais dicas geniais como essa acessem o site da Dra. Carol Morais:
http://www.falecomanutricionista.com.br/
O tofu é rico em proteínas, e como é coagulado, é de mais fácil digestão que os outros derivados da soja.
Ingredientes:
- 1 xícara de tofu em consistencia macia
- 1 limão siciliano (apenas o suco)
- 2 colheres de sopa de azeite extra virgem
- Sal e pimenta do reino á gosto.
Para acessar mais dicas geniais como essa acessem o site da Dra. Carol Morais:
http://www.falecomanutricionista.com.br/
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Segundo pesquisa, compostos bioativos presentes na erva-mate destruiriam células do câncer de cólon...
Cientistas descobriram que as células do câncer de cólon humano morrem quando são expostas aos compostos bioativos presentes na erva-mate.
As células morreram quando receberam os compostos em uma quantidade equivalente à presente em uma xícara de chá-mate.
"Os derivativos da cafeína no chá-mate não apenas induziram a morte das células do câncer de cólon humano, como também reduziram marcadores importantes da inflamação," conta a Dra. Elvira de Mejia, da Universidade de Illinois (EUA).
Isto é importante porque a inflamação pode disparar os mecanismos da progressão do câncer.
Morte celular programada
No estudo in vitro, Mejia e seu colega Sirima Puangpraphant isolaram e purificaram os derivados do ácido cafeoilquínico, ou cafeoleoquínico, presentes na erva-mate.
Conforme os cientistas aumentaram a concentração do ácido, as células de câncer começaram a disparar seu mecanismo de morte programada, conhecida como apoptose.
"Simplificando, as células do câncer se autodestruíram porque seu DNA foi danificado," explica a pesquisadora.
A capacidade para induzir a morte celular programada é uma tática promissora para intervenções terapêuticas para todos os tipos de câncer.
Intestino
Segundo a pesquisadora, os resultados do estudo sugerem fortemente que os derivativos da cafeína presentes no chá-mate têm potencial como agentes anti-câncer.
Esses derivativos também poderão ser usados em outras doenças associadas com a inflamação.
Mas como o intestino e sua microflora têm um papel importante na absorção e no metabolismo dos componentes derivados da cafeína, os efeitos anti-inflamatórios e anti-câncer do chá-mate deverá ser mais úteis nas doenças do cólon.
Fonte: Diário da Saúde e http://ligadasaude.blogspot.com/2012/02/segundo-pesquisa-compostos-bioativos.html
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sábado, 28 de janeiro de 2012
Composto presente em plásticos pode contribuir para a obesidade infantil
Existem alguns compostos químicos, utilizados na fabricação de diversos produtos, que podem ser extremamente prejudiciais à saúde por funcionarem como desreguladores endócrinos. Ou seja, imitam a ação de alguns hormônios naturais do organismo, podendo provocar uma série de complicações. Um deles é o bisfenol A (BPA), substância presente em alguns plásticos, principalmente nos transparentes e mais rígidos, como mamadeiras e recipientes de alimentos. Esse composto, após ter sido relacionado por diversas pesquisas com incidência de cânceres, puberdade precoce, Síndrome de Down, obesidade e hiperatividade em crianças, foi proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de estar presente na fabricação das mamadeiras.
Além do BPA, há outra substância que funciona da mesma maneira no corpo e também pode ser encontrada em produtos de plástico, mas, ao contrário do bisfenol A, é utilizada para deixar os objetos mais maleáveis. Trata-se dos ftalatos.
É autorizada no Brasil a utilização dos ftalatos na fabricação de embalagens de plástico, inclusive naquelas que costumam entrar em contato com "alimentos, matérias-primas para alimentos, águas minerais e de mesa, assim como as embalagens e equipamentos de uso doméstico, elaborados ou revestidos com material plástico", segundo a Resolução nº 105 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 19 de maio de 1999.
Os ftalatos correspondem a um grupo de compostos químicos presente em materiais como revestimento de pisos e paredes, equipamentos médicos e produtos de cuidado pessoal. Um novo estudo, feito no Centro Médico Monte Sinai, em Nova York, encontrou uma associação entre a exposição a essa substância e o aumento da obesidade infantil. A pesquisa foi divulgada neste mês no periódico Environmental Research.
Os autores do estudo mediram a concentração de ftalato na urina de 387 crianças negras e hispânicas. Os testes de urina revelaram que 97% dos participantes haviam sido expostos a algum tipo do composto, normalmente encontrado em produtos de cuidados pessoais como perfume, loções e outros cosméticos; e também em vernizes.
Um ano após medirem a concentração do composto na urina das crianças, os pesquisadores calcularam o índice de massa corporal (IMC), a altura e a medida da circunferência da cintura de cada uma delas. Eles observaram que, entre as crianças com sobrepeso, o IMC era 10% maior naquelas que tinham a maior concentração da substância em relação às que tinham menores níveis de ftalato.
"Essa pesquisa mostra que a exposição a esses produtos químicos todos os dias pode prejudicar o desenvolvimento infantil e, pela primeira vez, demonstra que esses compostos podem contribuir para a obesidade infantil", afirma Susan Teitelbaum, uma das autoras do estudo e professora associada do Departamento de Medicina Preventiva da Escola de Medicina de Mount Sinai. "Este estudo também enfatiza a importância de reduzir a exposição a esses produtos químicos sempre que possível. Porém, mais pesquisas são necessárias para determinar definitivamente se a exposição ao ftalato causa aumento no tamanho do corpo", afirma.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/composto-presente-em-plasticos-pode-contribuir-para-a-obesidade-infantil
Obs: leia também o Post sobre Causas não-clássicas de obesidade
Além do BPA, há outra substância que funciona da mesma maneira no corpo e também pode ser encontrada em produtos de plástico, mas, ao contrário do bisfenol A, é utilizada para deixar os objetos mais maleáveis. Trata-se dos ftalatos.
É autorizada no Brasil a utilização dos ftalatos na fabricação de embalagens de plástico, inclusive naquelas que costumam entrar em contato com "alimentos, matérias-primas para alimentos, águas minerais e de mesa, assim como as embalagens e equipamentos de uso doméstico, elaborados ou revestidos com material plástico", segundo a Resolução nº 105 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de 19 de maio de 1999.
Os ftalatos correspondem a um grupo de compostos químicos presente em materiais como revestimento de pisos e paredes, equipamentos médicos e produtos de cuidado pessoal. Um novo estudo, feito no Centro Médico Monte Sinai, em Nova York, encontrou uma associação entre a exposição a essa substância e o aumento da obesidade infantil. A pesquisa foi divulgada neste mês no periódico Environmental Research.
Os autores do estudo mediram a concentração de ftalato na urina de 387 crianças negras e hispânicas. Os testes de urina revelaram que 97% dos participantes haviam sido expostos a algum tipo do composto, normalmente encontrado em produtos de cuidados pessoais como perfume, loções e outros cosméticos; e também em vernizes.
Um ano após medirem a concentração do composto na urina das crianças, os pesquisadores calcularam o índice de massa corporal (IMC), a altura e a medida da circunferência da cintura de cada uma delas. Eles observaram que, entre as crianças com sobrepeso, o IMC era 10% maior naquelas que tinham a maior concentração da substância em relação às que tinham menores níveis de ftalato.
"Essa pesquisa mostra que a exposição a esses produtos químicos todos os dias pode prejudicar o desenvolvimento infantil e, pela primeira vez, demonstra que esses compostos podem contribuir para a obesidade infantil", afirma Susan Teitelbaum, uma das autoras do estudo e professora associada do Departamento de Medicina Preventiva da Escola de Medicina de Mount Sinai. "Este estudo também enfatiza a importância de reduzir a exposição a esses produtos químicos sempre que possível. Porém, mais pesquisas são necessárias para determinar definitivamente se a exposição ao ftalato causa aumento no tamanho do corpo", afirma.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/composto-presente-em-plasticos-pode-contribuir-para-a-obesidade-infantil
Obs: leia também o Post sobre Causas não-clássicas de obesidade
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10 motivos médicos por trás da fadiga
Ela parece uma companheira chata que insiste em não se ausentar. Durante o dia, à noite, no trabalho e até mesmo logo após acordar, marca presença e teima em sugar as nossas energias. Estamos falando da fadiga, aquele cansaço interminável e persistente que dá a sensação de que qualquer atividade cotidiana exige um esforço sobre- humano para ser realizada.
O problema pode ser, sem dúvida, um reflexo da vida moderna. Afinal, passar horas no trânsito todos os dias, trabalhar demais e viver naquele estresse constante acaba levando ao esgotamento do corpo e da mente. Porém, existem outros casos em que a fadiga pode ser consequência de uma noite maldormida ou, mais grave ainda, sintoma de uma doença. "Muitas vezes, os pacientes se queixam de falta de energia. Mas trata-se de uma expressão muito vaga, capaz de indicar desde sonolência até depressão", analisa o neurologista Israel Roitman, especialista em medicina do sono do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.
O fato é que a canseira exacerbada tem origem de fato no cérebro. Ele envia a todo momento impulsos elétricos para o corpo, e esses impulsos, ao chegarem aos músculos, sofrem reações químicas, resultando em energia mecânica — ou seja, nos movimentos. "A fadiga é fruto de um desequilíbrio, ou seja, quando não há harmonia entre esses estímulos", afirma Cláudio Pavanelli, fisiologista do Flamengo, no Rio de Janeiro.
É claro que ninguém está fadado a viver lutando para manter o pique em alta. Algumas mudanças no estilo de vida já ajudam a repor o gás total. Além disso, entender as causas do esgotamento é primordial para domá-lo, principalmente nos casos em que ele vem de enfermidades. Por isso, nada de desanimar: o importante é se mexer e recarregar as baterias.
A síndrome da fadiga crônica Quando o cansaço persiste por meses a fio e não tem causa definida, ele pode ganhar essa alcunha. Apesar de não ter sido completamente desvendada, os pesquisadores acreditam que a síndrome da fadiga crônica decorre de infecções e doenças autoimunes. Para contorná-la, exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis são essenciais.
Por que a pilha fica fraca?
1. Pré-diabetes e Diabetes
Como a principal marca da doença é a dificuldade de o açúcar entrar nas células, seja pela falta de produção de insulina, seja pela incapacidade desse hormônio de trabalhar, a glicose no sangue se eleva. "e a glicemia alta faz o indivíduo urinar mais, emagrecer e perder massa magra. Por isso, é comum diabéticos terem cansaço muscular", afirma Maria Ângela Zaccarelli, euroendocrinologista do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Além disso pacientes diabéticos frequentemente apresentam deficiência de magnésio, zinco e vitaminas do complexo B, o que por sí só ja determina a fadiga.
2. Anemia
A escassez de ferro não tem como sinal único a pele pálida. a fadiga é uma de suas características predominantes. "a anemia pode causar cansaço, sono, desânimo, queda de cabelos e até mesmo falta de ar", afirma a nutricionista Roseli Ueno, da Universidade de São Paulo. Nas mulheres, é um fenômeno mais recorrente durante a menstruação, quando a perda de sangue aumenta o déficit de ferro no organismo.
3. Apnéia
O popular ronco destrói a qualidade do sono do indivíduo. ele é duas vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres e, por se distinguir pela interrupção da passagem do ar pela garganta, provoca o ruído e despertares breves durante a noite. essa insconstância durante o repouso noturno pode ter como consequência uma leseira sem hora para acabar no dia seguinte.
4. Depressão
Vigor abaixo de zero é um traço de quem padece desse problema. apesar de ser uma doença de origem psíquica, a depressão mina a disposição física. "Nela, ocorre um processo inflamatório dentro dos neurônios que atrapalha seu funcionamento. e isso acaba gerando o cansaço", afirma o psiquiatra teng Chei tung, do instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
5. Fibromialgia
Essa síndrome aflora a sensibilidade para a dor. estima-se que apenas um homem a cada oito mulheres apresenta a doença, que tem raiz genética, podendo passar de mãe para filha. as dores constantes levam à debilitação. "a pessoa pode ter o sono perturbado e levantar fatigada, sem falar que a própria dor já gera indisposição", explica o reumatologista Roberto Heymann, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
6. Doença cardíaca
Piripaques no peito também estão na lista dos motivos por trás de uma letargia. arritmia e entupimento de artérias são alguns dos precursores da canseira exacerbada. "o coração problemático não bombeia direito o sangue para todos os órgãos. Com isso, eles tendem a entrar em falência", avisa Ricardo Pavanello, supervisor de cardiologia do Hospital do Coração de São Paulo. Sinal do perigo: uma baita fadiga
7. Distúrbios da tireóide
os hormônios tireoidianos são vitais para manter o metabolismo aceso. Uma característica comum entre o hipertireoidismo, quando a tireoide trabalha demais, e o hipotireoidismo, situação em que a glândula fica lenta, é a apatia total. "o coração bate muito rápido e o indivíduo se queixa de cansaço extremo", afirma Maria Ângela Zaccarelli.
8. Infecções
Além da febre, outro sinal que deve ser notado nesses casos é a diminuição, por assim dizer, da vitalidade. Seja naquela gripe passageira, seja em um quadro mais severo, como a hepatite, a pessoa fica enfraquecida, em maior ou menor grau. "é que o organismo concentra suas forças na luta contra o agente infeccioso", justifica o infectologista Plínio trabasso, da Universidade estadual de Campinas, no interior paulista. daí o esgotamento do indivíduo.
10. Síndrome da Fadiga crônica
Patologia ainda pouco estudada, mas que determinada uma sensação de cansaço sem fim, no qual mesmo após o repouso físico e mental a sensação persiste. Existem várias possíveis etiologias, porém nada 100% estabelecido pela ciência.
11. Deficiência nutricional
Diversas vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos quando em deficiência, podem ocasionar a sensação de cansaço. O nosso solo está cada vez mais desgastado, a reposição correta de tais substâncias não é feita de forma adequada e as pessoas também não ingerem diariamente quantidades suficientes de inúmeros micronutrientes, o que favorece a sensação. Muitas vezes as dosagem sanguíneas de minerais, vitaminas e aminoácidos não corresponde à realidade no tecido, então é comum pacientes apresentarem por exemplo, baixa de magnésio e no exame de sangue o mesmo apresentar-se dentro dos níveis de referência.
6 táticas para recarregar as baterias: Hábitos e atitudes que energizam o dia a dia
1.Checkups
Se a fadiga não vai embora, o importante é procurar auxílio de um médico. ele poderá pedir exames como hemograma, teste de glicemia, dosagem hormonal e outros mais específicos, caso do eletrocardiograma e do teste de função hepática, que ajudam a identificar o que está prejudicando a disposição.
2. Hidratação
Para quem não quer se cansar, um conselho: manter o corpo abastecido de líquidos pode ser uma tática de sucesso. "Se a pessoa não se hidratar, as células vão extrair a água da circulação. o sangue se torna mais denso e a absorção da energia também vai ser dificultada", explica o fisiologista Cláudio Pavanelli.
3. Alimentar-se regularmente
Fazer refeições a cada três horas é outro segredo para afastar a fadiga ao evitar a queda brusca das taxas de açúcar no sangue. "a maioria dos indivíduos que reclamam de falta de energia não come direito", ressalta Roseli Ueno. Proteínas, carboidratos, fibras e gorduras como o ômega-3 devem estar no cardápio.
4. Exercícios físicos
Exercitar o corpo melhora a captação, o transporte e a utilização do oxigênio em nosso organismo. Coração, pulmão e músculos conseguem converter mais desse gás em energia. Por isso, deixar a preguiça de lado e mexer o corpo é um excelente começo para driblar o cansaço constante.
5. Dormir bem
Pregar os olhos por pelo menos oito horas é sinônimo de disposição. o neurologista israel Roitman dá a receita do bom sono: evitar álcool, bebidas cafeinadas e refeições pesadas; ir para a cama sempre no mesmo horário; por fim, nada de ver tv, usar o computador e se exercitar até três horas antes de dormir.
6. Atividades prazerosas
Atenuar o estresse é fundamental para fugir da indisposição. e nada melhor do que fazer aquilo de que se gosta para chacoalhar a rotina. "as atividades prazerosas são estimulantes para o cérebro e para o corpo. enfim, evitam que a gente enferruje", afirma o psiquiatra teng Chei tung.
Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0340/medicina/motivos-medicos-fadiga-637065.shtml
O problema pode ser, sem dúvida, um reflexo da vida moderna. Afinal, passar horas no trânsito todos os dias, trabalhar demais e viver naquele estresse constante acaba levando ao esgotamento do corpo e da mente. Porém, existem outros casos em que a fadiga pode ser consequência de uma noite maldormida ou, mais grave ainda, sintoma de uma doença. "Muitas vezes, os pacientes se queixam de falta de energia. Mas trata-se de uma expressão muito vaga, capaz de indicar desde sonolência até depressão", analisa o neurologista Israel Roitman, especialista em medicina do sono do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.
O fato é que a canseira exacerbada tem origem de fato no cérebro. Ele envia a todo momento impulsos elétricos para o corpo, e esses impulsos, ao chegarem aos músculos, sofrem reações químicas, resultando em energia mecânica — ou seja, nos movimentos. "A fadiga é fruto de um desequilíbrio, ou seja, quando não há harmonia entre esses estímulos", afirma Cláudio Pavanelli, fisiologista do Flamengo, no Rio de Janeiro.
É claro que ninguém está fadado a viver lutando para manter o pique em alta. Algumas mudanças no estilo de vida já ajudam a repor o gás total. Além disso, entender as causas do esgotamento é primordial para domá-lo, principalmente nos casos em que ele vem de enfermidades. Por isso, nada de desanimar: o importante é se mexer e recarregar as baterias.
A síndrome da fadiga crônica Quando o cansaço persiste por meses a fio e não tem causa definida, ele pode ganhar essa alcunha. Apesar de não ter sido completamente desvendada, os pesquisadores acreditam que a síndrome da fadiga crônica decorre de infecções e doenças autoimunes. Para contorná-la, exercícios físicos e hábitos alimentares saudáveis são essenciais.
Por que a pilha fica fraca?
1. Pré-diabetes e Diabetes
Como a principal marca da doença é a dificuldade de o açúcar entrar nas células, seja pela falta de produção de insulina, seja pela incapacidade desse hormônio de trabalhar, a glicose no sangue se eleva. "e a glicemia alta faz o indivíduo urinar mais, emagrecer e perder massa magra. Por isso, é comum diabéticos terem cansaço muscular", afirma Maria Ângela Zaccarelli, euroendocrinologista do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Além disso pacientes diabéticos frequentemente apresentam deficiência de magnésio, zinco e vitaminas do complexo B, o que por sí só ja determina a fadiga.
2. Anemia
A escassez de ferro não tem como sinal único a pele pálida. a fadiga é uma de suas características predominantes. "a anemia pode causar cansaço, sono, desânimo, queda de cabelos e até mesmo falta de ar", afirma a nutricionista Roseli Ueno, da Universidade de São Paulo. Nas mulheres, é um fenômeno mais recorrente durante a menstruação, quando a perda de sangue aumenta o déficit de ferro no organismo.
3. Apnéia
O popular ronco destrói a qualidade do sono do indivíduo. ele é duas vezes mais frequente nos homens do que nas mulheres e, por se distinguir pela interrupção da passagem do ar pela garganta, provoca o ruído e despertares breves durante a noite. essa insconstância durante o repouso noturno pode ter como consequência uma leseira sem hora para acabar no dia seguinte.
4. Depressão
Vigor abaixo de zero é um traço de quem padece desse problema. apesar de ser uma doença de origem psíquica, a depressão mina a disposição física. "Nela, ocorre um processo inflamatório dentro dos neurônios que atrapalha seu funcionamento. e isso acaba gerando o cansaço", afirma o psiquiatra teng Chei tung, do instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.
5. Fibromialgia
Essa síndrome aflora a sensibilidade para a dor. estima-se que apenas um homem a cada oito mulheres apresenta a doença, que tem raiz genética, podendo passar de mãe para filha. as dores constantes levam à debilitação. "a pessoa pode ter o sono perturbado e levantar fatigada, sem falar que a própria dor já gera indisposição", explica o reumatologista Roberto Heymann, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
6. Doença cardíaca
Piripaques no peito também estão na lista dos motivos por trás de uma letargia. arritmia e entupimento de artérias são alguns dos precursores da canseira exacerbada. "o coração problemático não bombeia direito o sangue para todos os órgãos. Com isso, eles tendem a entrar em falência", avisa Ricardo Pavanello, supervisor de cardiologia do Hospital do Coração de São Paulo. Sinal do perigo: uma baita fadiga
7. Distúrbios da tireóide
os hormônios tireoidianos são vitais para manter o metabolismo aceso. Uma característica comum entre o hipertireoidismo, quando a tireoide trabalha demais, e o hipotireoidismo, situação em que a glândula fica lenta, é a apatia total. "o coração bate muito rápido e o indivíduo se queixa de cansaço extremo", afirma Maria Ângela Zaccarelli.
8. Infecções
Além da febre, outro sinal que deve ser notado nesses casos é a diminuição, por assim dizer, da vitalidade. Seja naquela gripe passageira, seja em um quadro mais severo, como a hepatite, a pessoa fica enfraquecida, em maior ou menor grau. "é que o organismo concentra suas forças na luta contra o agente infeccioso", justifica o infectologista Plínio trabasso, da Universidade estadual de Campinas, no interior paulista. daí o esgotamento do indivíduo.
10. Síndrome da Fadiga crônica
Patologia ainda pouco estudada, mas que determinada uma sensação de cansaço sem fim, no qual mesmo após o repouso físico e mental a sensação persiste. Existem várias possíveis etiologias, porém nada 100% estabelecido pela ciência.
11. Deficiência nutricional
Diversas vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos quando em deficiência, podem ocasionar a sensação de cansaço. O nosso solo está cada vez mais desgastado, a reposição correta de tais substâncias não é feita de forma adequada e as pessoas também não ingerem diariamente quantidades suficientes de inúmeros micronutrientes, o que favorece a sensação. Muitas vezes as dosagem sanguíneas de minerais, vitaminas e aminoácidos não corresponde à realidade no tecido, então é comum pacientes apresentarem por exemplo, baixa de magnésio e no exame de sangue o mesmo apresentar-se dentro dos níveis de referência.
6 táticas para recarregar as baterias: Hábitos e atitudes que energizam o dia a dia
1.Checkups
Se a fadiga não vai embora, o importante é procurar auxílio de um médico. ele poderá pedir exames como hemograma, teste de glicemia, dosagem hormonal e outros mais específicos, caso do eletrocardiograma e do teste de função hepática, que ajudam a identificar o que está prejudicando a disposição.
2. Hidratação
Para quem não quer se cansar, um conselho: manter o corpo abastecido de líquidos pode ser uma tática de sucesso. "Se a pessoa não se hidratar, as células vão extrair a água da circulação. o sangue se torna mais denso e a absorção da energia também vai ser dificultada", explica o fisiologista Cláudio Pavanelli.
3. Alimentar-se regularmente
Fazer refeições a cada três horas é outro segredo para afastar a fadiga ao evitar a queda brusca das taxas de açúcar no sangue. "a maioria dos indivíduos que reclamam de falta de energia não come direito", ressalta Roseli Ueno. Proteínas, carboidratos, fibras e gorduras como o ômega-3 devem estar no cardápio.
4. Exercícios físicos
Exercitar o corpo melhora a captação, o transporte e a utilização do oxigênio em nosso organismo. Coração, pulmão e músculos conseguem converter mais desse gás em energia. Por isso, deixar a preguiça de lado e mexer o corpo é um excelente começo para driblar o cansaço constante.
5. Dormir bem
Pregar os olhos por pelo menos oito horas é sinônimo de disposição. o neurologista israel Roitman dá a receita do bom sono: evitar álcool, bebidas cafeinadas e refeições pesadas; ir para a cama sempre no mesmo horário; por fim, nada de ver tv, usar o computador e se exercitar até três horas antes de dormir.
6. Atividades prazerosas
Atenuar o estresse é fundamental para fugir da indisposição. e nada melhor do que fazer aquilo de que se gosta para chacoalhar a rotina. "as atividades prazerosas são estimulantes para o cérebro e para o corpo. enfim, evitam que a gente enferruje", afirma o psiquiatra teng Chei tung.
Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0340/medicina/motivos-medicos-fadiga-637065.shtml
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Dr. Frederico Lobo
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Qual a diferença entre sucos naturais, polpa congelada, néctar...
Especialistas comparam o suco natural, a polpa congelada e o néctar
Você ainda tem dúvida sobre qual suco é a melhor opção (especialmente quando a possibilidade de preparar uma bebida fresquinha com frutas in natura é remota)?
Confira os esclarecimentos de experts no assunto e entenda os benefícios, características e “poréns” do suco natural, o néctar, o suco de caixinha e a polpa congelada
Suco natural
O QUE É: o líquido que vem do esmagamento da fruta. De acordo com a legislação brasileira, a maioria dos sucos não pode conter água para pertencer à categoria. “Isso só não vale para os sucos feitos de frutas tropicais, como pitanga, tamarindo, caju, cupuaçu. Neste caso, sem adicionar água não é possível extrair o suco”, observa o coordenador geral de vinhos e bebidas do Ministério da Agricultura, Helder Moreira Borges.
CONTRAS: em termos de composição nutricional rica em vitaminas, o suco é sempre campeão. “Mas, por ser mais concentrado, tem mais calorias, o que pode ser ruim para quem precisa emagrecer. Além disso, algumas frutas têm índice glicêmico alto, o que dificulta o controle da diabete. Este é o caso de uva, pêssego, goiaba e laranja. Prefira manga”, indica o médico Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrição (Abran).
Néctar
O QUE É: já ouviu a expressão ‘néctar dos deuses’? Ela tem um sentido muito positivo. É por isso que o governo estuda outra nomenclatura para classificar este tipo de bebida. “O nome sugere que o néctar é superior ao suco, o que não é verdade”, diz Moreira Borges, do Ministério da Agricultura. “Néctar significa doce. É uma bebida que já vem adoçada e diluída em água, pronta para consumir”, diz Vera Barral, do Idec.
CONTRAS: O teor de polpa é menor do que no suco. “No néctar, coloca-se de 20% a 30% de polpa, o resto é água e açúcar”, diz Ribas Filho, da Abran. Além disso, os produtos nacionais ainda não trazem no rótulo o volume de açúcar. “A dica é escolher frutas pouco ácidas, que precisem de menos açúcar. O néctar de limão sempre levará mais açúcar do que o néctar de banana ou goiaba, naturalmente doces”, lembra o pesquisador Rogério Tochinni, consultor técnico do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).
Bebida de fruta (em caixinha)
O QUE É: Também aparece no mercado com o nome de refresco de fruta. “É a bebida com a menor concentração de fruta da categoria. Pode ser até levemente gaseificada”, detalha Vera Barral. “Cerca de 8% de sua composição corresponde à polpa de fruta”, frisa o médico Ribas Filho, da Abran.
CONTRAS: Nesta versão está liberado o uso de corantes artificiais - substâncias proibidas tanto no suco como no néctar. “Alguns são especialmente nocivos para as crianças, pois podem provocar alergias”, salienta Vera. “Por outro lado, costumam ser menos calóricos, o que favorece adultos que precisam controlar o peso”, completa Ribas Filho.
Polpa congelada
O QUE É: Suco ou néctar de fruta vendida em porções individuais, em saquinhos. Em geral, é batida com água no liquidificador. “Se não tiver açúcar, é boa opção”, indica Vera.
CONTRA: Para o consumo fora de casa, a preocupação é com a qualidade da água. “Se ela for ruim, clorada, altera o sabor do suco. Prefira a mineral”, diz Tochinni, do Ital. “O mecanismo de conservação é rústico, com difícil comercialização e transporte. No processo de congelamento a fruta perde algumas propriedades nutricionais , fica mais suscetível à oxidação”, explica Ribas Filho.
Desidratado
O QUE É: Conhecido como suco de pozinho, para diluição em água, embora não devesse ser chamado de suco. É bastante artificial. “Para cada 100g de produto seco (pó) há só 1g de polpa de fruta - o que equivale ao teor de um refrigerante à base de fruta”, compara Tochinni, do Ital.
CONTRAS: Nem todas as frutas podem ser convertidas em pó com facilidade. “Essa questão limita um pouco a diversidade de sabores. Além disso, não me lembro de ver suco integral em pó, apenas bebidas com baixíssima quantidade de polpa”, completa Tochinni.
Orgânico
O QUE É: Feito a partir de frutas cultivadas sem agrotóxicos. “Quando você compra um orgânico, leva mais do que um produto, compra uma filosofia de produto. Não é só um item que não recebeu defensivos agrícolas no plantio. Também há condições de trabalho adequadas para quem está envolvido na produção e um mecanismo de transporte e distribuição que respeita o meio ambiente. Para crianças, mais sensíveis aos agrotóxicos, são bem-vindos”, diz Tochinni, do Ital.
CONTRAS: Como não levam conservantes, tendem a durar menos que itens tradicionais e costumam ser mais caros
Fonte: http://www.nutricaosadia.com.br/2010/03/qual-diferenca-entre-eles.html#!/2010/03/qual-diferenca-entre-eles.html
Você ainda tem dúvida sobre qual suco é a melhor opção (especialmente quando a possibilidade de preparar uma bebida fresquinha com frutas in natura é remota)?
Confira os esclarecimentos de experts no assunto e entenda os benefícios, características e “poréns” do suco natural, o néctar, o suco de caixinha e a polpa congelada
Suco natural
O QUE É: o líquido que vem do esmagamento da fruta. De acordo com a legislação brasileira, a maioria dos sucos não pode conter água para pertencer à categoria. “Isso só não vale para os sucos feitos de frutas tropicais, como pitanga, tamarindo, caju, cupuaçu. Neste caso, sem adicionar água não é possível extrair o suco”, observa o coordenador geral de vinhos e bebidas do Ministério da Agricultura, Helder Moreira Borges.
CONTRAS: em termos de composição nutricional rica em vitaminas, o suco é sempre campeão. “Mas, por ser mais concentrado, tem mais calorias, o que pode ser ruim para quem precisa emagrecer. Além disso, algumas frutas têm índice glicêmico alto, o que dificulta o controle da diabete. Este é o caso de uva, pêssego, goiaba e laranja. Prefira manga”, indica o médico Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrição (Abran).
Néctar
O QUE É: já ouviu a expressão ‘néctar dos deuses’? Ela tem um sentido muito positivo. É por isso que o governo estuda outra nomenclatura para classificar este tipo de bebida. “O nome sugere que o néctar é superior ao suco, o que não é verdade”, diz Moreira Borges, do Ministério da Agricultura. “Néctar significa doce. É uma bebida que já vem adoçada e diluída em água, pronta para consumir”, diz Vera Barral, do Idec.
CONTRAS: O teor de polpa é menor do que no suco. “No néctar, coloca-se de 20% a 30% de polpa, o resto é água e açúcar”, diz Ribas Filho, da Abran. Além disso, os produtos nacionais ainda não trazem no rótulo o volume de açúcar. “A dica é escolher frutas pouco ácidas, que precisem de menos açúcar. O néctar de limão sempre levará mais açúcar do que o néctar de banana ou goiaba, naturalmente doces”, lembra o pesquisador Rogério Tochinni, consultor técnico do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital).
Bebida de fruta (em caixinha)
O QUE É: Também aparece no mercado com o nome de refresco de fruta. “É a bebida com a menor concentração de fruta da categoria. Pode ser até levemente gaseificada”, detalha Vera Barral. “Cerca de 8% de sua composição corresponde à polpa de fruta”, frisa o médico Ribas Filho, da Abran.
CONTRAS: Nesta versão está liberado o uso de corantes artificiais - substâncias proibidas tanto no suco como no néctar. “Alguns são especialmente nocivos para as crianças, pois podem provocar alergias”, salienta Vera. “Por outro lado, costumam ser menos calóricos, o que favorece adultos que precisam controlar o peso”, completa Ribas Filho.
Polpa congelada
O QUE É: Suco ou néctar de fruta vendida em porções individuais, em saquinhos. Em geral, é batida com água no liquidificador. “Se não tiver açúcar, é boa opção”, indica Vera.
CONTRA: Para o consumo fora de casa, a preocupação é com a qualidade da água. “Se ela for ruim, clorada, altera o sabor do suco. Prefira a mineral”, diz Tochinni, do Ital. “O mecanismo de conservação é rústico, com difícil comercialização e transporte. No processo de congelamento a fruta perde algumas propriedades nutricionais , fica mais suscetível à oxidação”, explica Ribas Filho.
Desidratado
O QUE É: Conhecido como suco de pozinho, para diluição em água, embora não devesse ser chamado de suco. É bastante artificial. “Para cada 100g de produto seco (pó) há só 1g de polpa de fruta - o que equivale ao teor de um refrigerante à base de fruta”, compara Tochinni, do Ital.
CONTRAS: Nem todas as frutas podem ser convertidas em pó com facilidade. “Essa questão limita um pouco a diversidade de sabores. Além disso, não me lembro de ver suco integral em pó, apenas bebidas com baixíssima quantidade de polpa”, completa Tochinni.
Orgânico
O QUE É: Feito a partir de frutas cultivadas sem agrotóxicos. “Quando você compra um orgânico, leva mais do que um produto, compra uma filosofia de produto. Não é só um item que não recebeu defensivos agrícolas no plantio. Também há condições de trabalho adequadas para quem está envolvido na produção e um mecanismo de transporte e distribuição que respeita o meio ambiente. Para crianças, mais sensíveis aos agrotóxicos, são bem-vindos”, diz Tochinni, do Ital.
CONTRAS: Como não levam conservantes, tendem a durar menos que itens tradicionais e costumam ser mais caros
Fonte: http://www.nutricaosadia.com.br/2010/03/qual-diferenca-entre-eles.html#!/2010/03/qual-diferenca-entre-eles.html
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
Químico de panela reduz efeito de vacina em criança, diz estudo
Um novo estudo afirma que uma classe de compostos químicos, usados para revestir panelas antiaderentes, está associada a uma menor resposta imunológica às vacinas em crianças. É o que mostra uma pesquisa publicada no "Journal of the American Medical Association".
Essa é a primeira abordagem a descrever esse efeito em humanos. Antes, ficou demonstrado que os compostos perfluorados (PFC, na sigla em inglês) suprimiam a resposta imune em ratos, mas as informações sobre a ação em pessoas eram insuficientes.
Os pesquisadores analisaram dados de recém-nascidos entre 1999 e 2001 nas ilhas Faroe, território da Dinamarca. Cerca de 580 participaram dos exames seguintes e fizeram testes para verificar a resposta imunológica às vacinas contra tétano e difteria quando tinham cinco e sete anos.
O nível do composto químico foi medido durante a gravidez e nas crianças de cinco anos.
Os resultados indicaram que a exposição ao químico estava relacionada a uma menor eficácia da vacina e a um risco maior de a criança ter níveis de anticorpos menores que o necessário para oferecer proteção a longo prazo.
Uma concentração duas vezes maior de três tipos dos compostos perfluorados interferiu em uma resposta imunológica 49% menor em crianças de sete anos.
Os estudiosos, no entanto, não avaliaram se as crianças com resposta imunológica menor de fato desenvolveram tétano ou difteria mais tarde.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1039408-quimico-de-panela-reduz-efeito-de-vacina-em-crianca-diz-estudo.shtml
Essa é a primeira abordagem a descrever esse efeito em humanos. Antes, ficou demonstrado que os compostos perfluorados (PFC, na sigla em inglês) suprimiam a resposta imune em ratos, mas as informações sobre a ação em pessoas eram insuficientes.
Os pesquisadores analisaram dados de recém-nascidos entre 1999 e 2001 nas ilhas Faroe, território da Dinamarca. Cerca de 580 participaram dos exames seguintes e fizeram testes para verificar a resposta imunológica às vacinas contra tétano e difteria quando tinham cinco e sete anos.
O nível do composto químico foi medido durante a gravidez e nas crianças de cinco anos.
Os resultados indicaram que a exposição ao químico estava relacionada a uma menor eficácia da vacina e a um risco maior de a criança ter níveis de anticorpos menores que o necessário para oferecer proteção a longo prazo.
Uma concentração duas vezes maior de três tipos dos compostos perfluorados interferiu em uma resposta imunológica 49% menor em crianças de sete anos.
Os estudiosos, no entanto, não avaliaram se as crianças com resposta imunológica menor de fato desenvolveram tétano ou difteria mais tarde.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1039408-quimico-de-panela-reduz-efeito-de-vacina-em-crianca-diz-estudo.shtml
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terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Os benefícios dos agrotóxicos no ‘Mundo de Veja’, artigo de Flavia Londres
“A revista Veja afirma que chamar os venenos da agricultura de “agrotóxicos” seria uma imprecisão ultrapassada.”
A revista Veja publicou uma matéria buscando “esclarecer” os brasileiros sobre os alegados “mitos” que vêm sendo difundidos sobre os agrotóxicos desde a divulgação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), dos dados Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos referentes ao ano 2010. A revista se propõe a tranquilizar a população, certamente alarmada pelo conhecimento dos níveis de contaminação da comida que põe à mesa.
Os entrevistados na matéria são conhecidos defensores dos venenos agrícolas, alguns dos quais com atuação direta junto a indústrias do ramo – como é o caso do Prof. José Otávio Menten, que já foi diretor executivo da ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal), que reúne as empresas fabricantes de veneno.
A revista afirma que chamar os venenos da agricultura de “agrotóxicos” seria uma imprecisão ultrapassada e injustamente pejorativa, alertando os leitores que “o certo” seria adotar o termo “defensivos agrícolas”. Não menciona que a própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos mesmo.
A Veja passa então para a relativização dos resultados apresentados pelo relatório do Programa de Análise, elaborado pela Anvisa, fundamentalmente minimizando a gravidade da presença de resíduos de agrotóxicos acima dos limites permitidos. Para isso, cita especialistas alegando que os limites seriam “altíssimos”, e que, portanto, quando “um pouco ultrapassados”, não representariam qualquer risco para a saúde dos consumidores.
A verdade é que a ciência que embasa a determinação desses limites é imprecisa e fortemente criticada. Evidência disso é o fato de os limites comumente variarem ao longo do tempo – à medida que novas descobertas sobre riscos relacionados aos produtos são divulgadas, os limites tendem a ser diminuídos. Os limites “aceitáveis” no Brasil são em geral superiores àqueles permitidos na Europa – isso pra não dizer que aqui ainda se usa produtos já proibidos em quase todo o mundo.
A revista também relativiza os riscos de longo prazo para a saúde dos consumidores, bem como os riscos para os trabalhadores expostos aos agrotóxicos nas lavouras. Mesmo diante de tantas provas, a Veja alega que, não haveria comprovações científicas nesse sentido.
A reportagem termina tentando colocar em cheque as reais vantagens do consumo de alimentos orgânicos, a eficácia dos sistemas de certificação e mencionando supostos “riscos” do consumo de orgânicos. A revista alega que esses alimentos “podem ser contaminadas por fungos ou por bactérias como a salmonela e a Escherichia coli.” Só não esclarece que, ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos – que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos – podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento.
Da revista Veja, sabemos, não se poderia esperar nada diferente. Trata-se do principal veículo de comunicação da direita conservadora e dos grandes conglomerados multinacionais no País. Mas podemos destacar que a publicação desse suposto “guia de esclarecimento” revela que o alerta sobre os impactos do modelo da agricultura industrial está se alastrando e informações mais independentes estão alcançando mais setores da população – ao ponto de merecerem tentativa de desmentido pela Veja e pela indústria.
Flavia Londres é engenheira agrônoma e consultora da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.
Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/node/10520
A revista Veja publicou uma matéria buscando “esclarecer” os brasileiros sobre os alegados “mitos” que vêm sendo difundidos sobre os agrotóxicos desde a divulgação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), dos dados Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos referentes ao ano 2010. A revista se propõe a tranquilizar a população, certamente alarmada pelo conhecimento dos níveis de contaminação da comida que põe à mesa.
Os entrevistados na matéria são conhecidos defensores dos venenos agrícolas, alguns dos quais com atuação direta junto a indústrias do ramo – como é o caso do Prof. José Otávio Menten, que já foi diretor executivo da ANDEF (Associação Nacional de Defesa Vegetal), que reúne as empresas fabricantes de veneno.
A revista afirma que chamar os venenos da agricultura de “agrotóxicos” seria uma imprecisão ultrapassada e injustamente pejorativa, alertando os leitores que “o certo” seria adotar o termo “defensivos agrícolas”. Não menciona que a própria legislação sobre a matéria refere-se aos produtos como agrotóxicos mesmo.
A Veja passa então para a relativização dos resultados apresentados pelo relatório do Programa de Análise, elaborado pela Anvisa, fundamentalmente minimizando a gravidade da presença de resíduos de agrotóxicos acima dos limites permitidos. Para isso, cita especialistas alegando que os limites seriam “altíssimos”, e que, portanto, quando “um pouco ultrapassados”, não representariam qualquer risco para a saúde dos consumidores.
A verdade é que a ciência que embasa a determinação desses limites é imprecisa e fortemente criticada. Evidência disso é o fato de os limites comumente variarem ao longo do tempo – à medida que novas descobertas sobre riscos relacionados aos produtos são divulgadas, os limites tendem a ser diminuídos. Os limites “aceitáveis” no Brasil são em geral superiores àqueles permitidos na Europa – isso pra não dizer que aqui ainda se usa produtos já proibidos em quase todo o mundo.
A revista também relativiza os riscos de longo prazo para a saúde dos consumidores, bem como os riscos para os trabalhadores expostos aos agrotóxicos nas lavouras. Mesmo diante de tantas provas, a Veja alega que, não haveria comprovações científicas nesse sentido.
A reportagem termina tentando colocar em cheque as reais vantagens do consumo de alimentos orgânicos, a eficácia dos sistemas de certificação e mencionando supostos “riscos” do consumo de orgânicos. A revista alega que esses alimentos “podem ser contaminadas por fungos ou por bactérias como a salmonela e a Escherichia coli.” Só não esclarece que, ao contrário dos resíduos de agrotóxicos, esses patógenos – que também ocorrem nos alimentos produzidos com agrotóxicos – podem ser eliminados com a velha e boa lavagem ou com o simples cozimento.
Da revista Veja, sabemos, não se poderia esperar nada diferente. Trata-se do principal veículo de comunicação da direita conservadora e dos grandes conglomerados multinacionais no País. Mas podemos destacar que a publicação desse suposto “guia de esclarecimento” revela que o alerta sobre os impactos do modelo da agricultura industrial está se alastrando e informações mais independentes estão alcançando mais setores da população – ao ponto de merecerem tentativa de desmentido pela Veja e pela indústria.
Flavia Londres é engenheira agrônoma e consultora da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.
Fonte: http://www.radioagencianp.com.br/node/10520
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Psiquiatra aponta prescrição indiscriminada de ansiolíticos no país
Prescrição indiscriminada e uso excessivo podem ser algumas das explicações para o alto consumo de ansiolíticos, remédios usados para controlar ansiedade e tensão. A avaliação é do psiquiatra Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Dados divulgados nesta sexta-feira (20) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que os ansiolíticos foram os medicamentos com receita controlada mais consumidos no país entre 2007 e 2010. O princípio ativo clonazepam, base do remédio Rivotril, lidera o ranking, com cerca de 10 milhões de caixas vendidas somente em 2010.
Segundo o psiquiatra, os ansiolíticos têm sido indicados por profissionais de diversas áreas. “Sabemos que médicos de várias especialidades prescrevem esses remédios, sem necessariamente ser psiquiatras. Não há restrição, mas é como se eu [psiquiatra] passasse a receitar antibiótico. Não sou a pessoa mais adequada”, diz Silveira.
O psiquiatra citou pesquisa feita em 2011 pela Unifesp, segundo a qual os ansiolíticos, conhecidos como calmantes, correspondem a 35% dos medicamentos psiquiátricos prescritos nos hospitais gerais da cidade de São Paulo.
Este não é, porém, o único fator que pode explicar o boom dos calmantes no Brasil, ressalta Silveira. O uso descontrolado também está entre os fatores. É cada vez mais comum recorrer aos tranquilizantes para enfrentar o estresse e as dificuldades da vida cotidiana. O pior é esse tipo de remédio provoca dependência. “As pessoas tendem a buscar uma pílula mágica para lidar com os problemas”, diz o médico.
De acordo com Silveira, das 600 consultas mensais feitas pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, 50 são de pessoas viciadas em calmantes. A princípio, a maioria usa o remédio com indicação médica. Depois, passa a querer doses maiores e acaba partindo para a compra ilegal.
Para Dartiu Silveira, o melhor monitoramento do consumo dos ansiolíticos no país reflete também os números elevados. Atualmente, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa têm cadastradas 41.032 farmácias e drogarias, equivalente a 58,2% do total dos estabelecimentos autorizados pela agência reguladora a vender medicamentos controlados.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/23/psiquiatra-aponta-prescricao-indiscriminada-de-ansioliticos-no-pais/
Dados divulgados nesta sexta-feira (20) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que os ansiolíticos foram os medicamentos com receita controlada mais consumidos no país entre 2007 e 2010. O princípio ativo clonazepam, base do remédio Rivotril, lidera o ranking, com cerca de 10 milhões de caixas vendidas somente em 2010.
Segundo o psiquiatra, os ansiolíticos têm sido indicados por profissionais de diversas áreas. “Sabemos que médicos de várias especialidades prescrevem esses remédios, sem necessariamente ser psiquiatras. Não há restrição, mas é como se eu [psiquiatra] passasse a receitar antibiótico. Não sou a pessoa mais adequada”, diz Silveira.
O psiquiatra citou pesquisa feita em 2011 pela Unifesp, segundo a qual os ansiolíticos, conhecidos como calmantes, correspondem a 35% dos medicamentos psiquiátricos prescritos nos hospitais gerais da cidade de São Paulo.
Este não é, porém, o único fator que pode explicar o boom dos calmantes no Brasil, ressalta Silveira. O uso descontrolado também está entre os fatores. É cada vez mais comum recorrer aos tranquilizantes para enfrentar o estresse e as dificuldades da vida cotidiana. O pior é esse tipo de remédio provoca dependência. “As pessoas tendem a buscar uma pílula mágica para lidar com os problemas”, diz o médico.
De acordo com Silveira, das 600 consultas mensais feitas pelo Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp, 50 são de pessoas viciadas em calmantes. A princípio, a maioria usa o remédio com indicação médica. Depois, passa a querer doses maiores e acaba partindo para a compra ilegal.
Para Dartiu Silveira, o melhor monitoramento do consumo dos ansiolíticos no país reflete também os números elevados. Atualmente, o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) da Anvisa têm cadastradas 41.032 farmácias e drogarias, equivalente a 58,2% do total dos estabelecimentos autorizados pela agência reguladora a vender medicamentos controlados.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/23/psiquiatra-aponta-prescricao-indiscriminada-de-ansioliticos-no-pais/
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Oceanos já estão até cem vezes mais ácidos devido a emissões de CO2
Emissão de CO2 aumenta acidez do oceano e prejudica corais, diz estudo. Mudanças causadas pelo homem são cem vezes maiores que as naturais. Em 90 anos, a calcificação de corais e moluscos pode cair 40%, afirma estudo científico. Do Globo Natureza.
O aumento da acidez dos oceanos verificado nos últimos 100 a 200 anos foi muito maior que as transformações que ocorreriam naturalmente, sem a interferência da ação do homem. A conclusão é de um time de cientistas internacionais ligados ao Centro de Pesquisa Internacional do Pacífico, da Universidade do Havaí, em um estudo publicado neste domingo (22), na “Nature Climate Change”.
De acordo com a pesquisa, cerca de 65% do gás proveniente de atividades humanas entram no mar e, em contato com a água salgada, aumentam sua acidez. O fenômeno reduz a taxa de calcificação de organismos marinhos, como corais e moluscos.
As conclusões do estudo são baseadas em simulações de condições do clima e do oceano verificadas na Terra nos últimos 21 mil anos, desde a última Era Glacial até o século 21. Durante as simulações, os pesquisadores analisaram o nível de concentração do aragonito, um tipo de carbonato de sódio que ajuda a medir a acidez dos oceanos. Quanto mais ácida é a água do mar, menor é a quantidade de aragonito.
Os resultados obtidos revelaram que o nível atual de aragonito é cinco vezes menor que o verificado na fase pré-industrial. De acordo com a pesquisa, essa redução pode representar uma queda de 15% na calcificação de corais e moluscos. Já nos próximos 90 anos, a redução da calcificação pode cair 40% em relação aos valores pré-industriais, considerando o contínuo uso de combustíveis fósseis, que emitem CO2.
“Em algumas regiões, as mudanças na acidez do oceano provocadas pelo homem desde a Revolução Industrial são cem vezes maiores que as mudanças naturais verificadas entre a última Era Glacial e os tempos pré-industriais”, disse Tobias Friedrich, um dos cientistas que lideraram a pesquisa, em material de divulgação.
Segundo ele, após o fim do último período glacial, a concentração de CO2 atmosférico aumentou de 190 partes por milhão (ppm) para 280 ppm ao longo de seis mil anos. Assim, os ecossistemas marinhos tiveram tempo suficiente para se adaptar. Já o aumento para o nível atual, de 392 ppm, levou apenas entre 100 e 200 anos, prejudicando a vida marinha.
De acordo com a pesquisa, os corais são vistos em locais com concentração de aragonito presentes em 50% do oceano atualmente. Até o final do século 21, essas condições seriam encontradas em apenas 5%.
“Nosso estudo sugere que severas reduções devem ocorrer na diversidade, complexidade e resistência dos corais até metade deste século”, afirmou o co-autor do estudo, Alex Timmermann.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/24/oceanos-ja-estao-ate-cem-vezes-mais-acidos-devido-a-emissoes-de-co2/
O aumento da acidez dos oceanos verificado nos últimos 100 a 200 anos foi muito maior que as transformações que ocorreriam naturalmente, sem a interferência da ação do homem. A conclusão é de um time de cientistas internacionais ligados ao Centro de Pesquisa Internacional do Pacífico, da Universidade do Havaí, em um estudo publicado neste domingo (22), na “Nature Climate Change”.
De acordo com a pesquisa, cerca de 65% do gás proveniente de atividades humanas entram no mar e, em contato com a água salgada, aumentam sua acidez. O fenômeno reduz a taxa de calcificação de organismos marinhos, como corais e moluscos.
As conclusões do estudo são baseadas em simulações de condições do clima e do oceano verificadas na Terra nos últimos 21 mil anos, desde a última Era Glacial até o século 21. Durante as simulações, os pesquisadores analisaram o nível de concentração do aragonito, um tipo de carbonato de sódio que ajuda a medir a acidez dos oceanos. Quanto mais ácida é a água do mar, menor é a quantidade de aragonito.
Os resultados obtidos revelaram que o nível atual de aragonito é cinco vezes menor que o verificado na fase pré-industrial. De acordo com a pesquisa, essa redução pode representar uma queda de 15% na calcificação de corais e moluscos. Já nos próximos 90 anos, a redução da calcificação pode cair 40% em relação aos valores pré-industriais, considerando o contínuo uso de combustíveis fósseis, que emitem CO2.
“Em algumas regiões, as mudanças na acidez do oceano provocadas pelo homem desde a Revolução Industrial são cem vezes maiores que as mudanças naturais verificadas entre a última Era Glacial e os tempos pré-industriais”, disse Tobias Friedrich, um dos cientistas que lideraram a pesquisa, em material de divulgação.
Segundo ele, após o fim do último período glacial, a concentração de CO2 atmosférico aumentou de 190 partes por milhão (ppm) para 280 ppm ao longo de seis mil anos. Assim, os ecossistemas marinhos tiveram tempo suficiente para se adaptar. Já o aumento para o nível atual, de 392 ppm, levou apenas entre 100 e 200 anos, prejudicando a vida marinha.
De acordo com a pesquisa, os corais são vistos em locais com concentração de aragonito presentes em 50% do oceano atualmente. Até o final do século 21, essas condições seriam encontradas em apenas 5%.
“Nosso estudo sugere que severas reduções devem ocorrer na diversidade, complexidade e resistência dos corais até metade deste século”, afirmou o co-autor do estudo, Alex Timmermann.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/24/oceanos-ja-estao-ate-cem-vezes-mais-acidos-devido-a-emissoes-de-co2/
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Anvisa constata uso de agrotóxicos não autorizados no plantio de diversos alimentos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) constatou que os produtores rurais têm usado agrotóxicos não autorizados no plantio de determinados alimentos. Em 2010, a Vigilâncias Sanitária avaliou 2.488 amostras de alimentos, sendo que 28% apresentaram resultado insatisfatório para a presença de resíduos dos produtos. Deste total, 605 (24,3%) amostras estavam contaminadas com agrotóxicos não autorizados.
Quando o uso de um agrotóxico é autorizado no país, os órgãos responsáveis por essa liberação, indicam para que tipo de plantação ele é adequado e em que quantidade pode ser aplicado.
Em 42 amostras (1,7%), o nível de agrotóxico estava acima do permitido. Em 37% dos lotes avaliados, não foram detectados resíduos de agrotóxicos.
“Os resultados insatisfatórios devido à utilização de agrotóxicos não autorizados resultam de dois tipos de irregularidades, seja porque foi aplicado um agrotóxico não autorizado para aquela cultura, mas cujo [produto] está registrado no Brasil e com uso permitido para outras culturas, ou seja, porque foi aplicado um agrotóxico banido do Brasil ou que nunca teve registro no país, logo, sem uso permitido em nenhuma cultura”, conclui o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para).
O pimentão lidera a lista dos alimentos com grande número de amostras contaminadas por agrotóxico. Em quase 92% das amostras foram identificados problemas. Em seguida, aparecem o morango e o pepino, com 63% e 57% das amostras com avaliação ruim.
Em uma amostra de pimentão, foram encontrados sete tipos diferentes de agrotóxicos irregulares. A batata foi o único alimento sem nenhum caso de contaminação nas 145 amostras analisadas.
A agência reguladora constatou também que, das 684 amostras consideradas insatisfatórias, 208 (30%) tinham resíduos de produtos que estão sendo revistos pela Vigilância Sanitária ou serão banidos do país, como é o caso do endossulfan e do metamidófos, que serão proibidos no Brasil nos próximos dois anos.
Em 2010, foram avaliados resíduos de agrotóxicos em 18 tipos de alimentos em 25 estados e no Distrito Federal. São Paulo não participou do programa.
A lista com os dez alimentos com mais amostras contaminadas com resíduos de agrotóxicos é a seguinte:
1) pimentão
2) morango
3) pepino
4) cenoura
5) alface
6) abacaxi
7) beterraba
8) couve
9) mamão
10) tomate
Reportagem de Carolina Pimentel, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 24/01/2012
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/24/anvisa-constata-uso-de-agrotoxicos-nao-autorizados-no-plantio-de-diversos-alimentos/
Quando o uso de um agrotóxico é autorizado no país, os órgãos responsáveis por essa liberação, indicam para que tipo de plantação ele é adequado e em que quantidade pode ser aplicado.
Em 42 amostras (1,7%), o nível de agrotóxico estava acima do permitido. Em 37% dos lotes avaliados, não foram detectados resíduos de agrotóxicos.
“Os resultados insatisfatórios devido à utilização de agrotóxicos não autorizados resultam de dois tipos de irregularidades, seja porque foi aplicado um agrotóxico não autorizado para aquela cultura, mas cujo [produto] está registrado no Brasil e com uso permitido para outras culturas, ou seja, porque foi aplicado um agrotóxico banido do Brasil ou que nunca teve registro no país, logo, sem uso permitido em nenhuma cultura”, conclui o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para).
O pimentão lidera a lista dos alimentos com grande número de amostras contaminadas por agrotóxico. Em quase 92% das amostras foram identificados problemas. Em seguida, aparecem o morango e o pepino, com 63% e 57% das amostras com avaliação ruim.
Em uma amostra de pimentão, foram encontrados sete tipos diferentes de agrotóxicos irregulares. A batata foi o único alimento sem nenhum caso de contaminação nas 145 amostras analisadas.
A agência reguladora constatou também que, das 684 amostras consideradas insatisfatórias, 208 (30%) tinham resíduos de produtos que estão sendo revistos pela Vigilância Sanitária ou serão banidos do país, como é o caso do endossulfan e do metamidófos, que serão proibidos no Brasil nos próximos dois anos.
Em 2010, foram avaliados resíduos de agrotóxicos em 18 tipos de alimentos em 25 estados e no Distrito Federal. São Paulo não participou do programa.
A lista com os dez alimentos com mais amostras contaminadas com resíduos de agrotóxicos é a seguinte:
1) pimentão
2) morango
3) pepino
4) cenoura
5) alface
6) abacaxi
7) beterraba
8) couve
9) mamão
10) tomate
Reportagem de Carolina Pimentel, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 24/01/2012
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/01/24/anvisa-constata-uso-de-agrotoxicos-nao-autorizados-no-plantio-de-diversos-alimentos/
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:24
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Tratar insônia pode reduzir o risco de desenvolver outras doenças, diz estudo
A insônia é o distúrbio do sono mais comum que existe e também um dos mais fáceis de ser diagnosticado. Apesar disso, a demora em aceitar o problema e em iniciar um tratamento pode aumentar o risco de desenvolver outras doenças, como a depressão, a diabetes, a hipertensão e até mesmo a morte - no caso de adultos com idade avançada -, diz um novo estudo, publicado na versão online da revista inglesa The Lancet.
De acordo com o texto, é preciso identificar e tratar a insônia inicial com diretrizes clínicas, de modo a garantir o bem-estar dos pacientes e evitar o uso de medicamentos que não têm eficácia comprovada. "Tendo em vista a alta prevalência e morbidade significativa da insônia, os pacientes devem ser rotineiramente questionados pelos médicos sobre possíveis problemas no sono", dizem os pesquisadores e autores Charles Morin, da Universidade Laval, em Quebec, no Canadá, e Benca Ruth, da Universidade de Wisconsin, em Madison, nos Estados Unidos.
Aproximadamente um quarto da população adulta tem dificuldades na hora de dormir e uma estimativa aponta que de 6% a 10% vivem um transtorno de insônia. Indivíduos com insônia ou dificuldade para dormir bem sofrem com a falta do sono reparador e apresentam sintomas diurnos, tais como fadiga, dificuldade de concentração e distúrbios de humor.
Segundo o estudo, pessoas com insônia têm mais do que cinco vezes mais chances de desenvolver ansiedade e depressão, mais que o dobro do risco de sofrer com insuficiência cardíaca congestiva e diabetes, além de viver com um elevado risco de morte. Ainda de acordo com a análise, pessoas que dormem pouco e mal são sete vezes mais propensas ao abuso de álcool ou drogas durante os próximos três anos e meio em comparação com aqueles sem a condição.
A insônia também resulta em problemas econômicos para a sociedade em geral: baixa de produtividade, faltas ao trabalho e alta dos custos de saúde.
Dados da pesquisa sugerem que a maioria das pessoas com a doença são vulneráveis a episódios recorrentes. Segundo uma pesquisa longitudinal, cerca de 70% continuam a sentir os sintomas da insônia um ano depois. Além disso, metade deles ainda sofre de insônia até 3 anos mais tarde.
Para os autores, o uso de remédios, com ou sem prescrição médica, não se mostra benéfico, já que há pouca evidência de que realmente funcionem.
Além disso, acrescentam, alguns dos medicamentos mais comumente prescritos (antidepressivos e anti-histamínicos) ainda precisam ser aprovados para o tratamento da insônia. Para os estudiosos, é necessário que hajam mais pesquisas para avaliar a efetiva ação das drogas no tratamento desta doença.
Isso levou o Instituto Nacional de Saúde, nos EUA, a afirmar que existem apenas duas opções eficazes parar o tratamento da insônia: terapia cognitivo-comportamental e drogas hipnóticas aprovadas.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um tratamento que utiliza métodos psicológicos, como técnicas de relaxamento, restrição de sono, controle de estímulos e educação sobre higiene do sono (por exemplo, dieta e exercício). Segundo os especialistas, TCC é altamente eficaz no tratamento da insônia e não apresenta riscos de efeitos colaterais adversos, além de ter benefícios duradouros - que é uma clara vantagem em comparação com o tratamento medicamentoso. Entretanto, no momento, há uma escassez de profissionais de saúde treinados neste tipo de terapia.
Para os autores, "embora a terapia cognitivo-comportamental não esteja prontamente disponível na maior parte das clínicas, o acesso pode ser facilitado por meio de métodos inovadores, tais como consultas telefônicas, terapia de grupo e abordagens psicológicas feitas pela internet".
Eles concluem: "há uma necessidade urgente de mais educação pública sobre o sono e maior divulgação de terapias baseadas em evidências científicas para tratar a insônia. Além disso, é importante haver formação para preparar os profissionais de saúde que desejam atender e tratar queixas de insônia".
Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=13564
De acordo com o texto, é preciso identificar e tratar a insônia inicial com diretrizes clínicas, de modo a garantir o bem-estar dos pacientes e evitar o uso de medicamentos que não têm eficácia comprovada. "Tendo em vista a alta prevalência e morbidade significativa da insônia, os pacientes devem ser rotineiramente questionados pelos médicos sobre possíveis problemas no sono", dizem os pesquisadores e autores Charles Morin, da Universidade Laval, em Quebec, no Canadá, e Benca Ruth, da Universidade de Wisconsin, em Madison, nos Estados Unidos.
Aproximadamente um quarto da população adulta tem dificuldades na hora de dormir e uma estimativa aponta que de 6% a 10% vivem um transtorno de insônia. Indivíduos com insônia ou dificuldade para dormir bem sofrem com a falta do sono reparador e apresentam sintomas diurnos, tais como fadiga, dificuldade de concentração e distúrbios de humor.
Segundo o estudo, pessoas com insônia têm mais do que cinco vezes mais chances de desenvolver ansiedade e depressão, mais que o dobro do risco de sofrer com insuficiência cardíaca congestiva e diabetes, além de viver com um elevado risco de morte. Ainda de acordo com a análise, pessoas que dormem pouco e mal são sete vezes mais propensas ao abuso de álcool ou drogas durante os próximos três anos e meio em comparação com aqueles sem a condição.
A insônia também resulta em problemas econômicos para a sociedade em geral: baixa de produtividade, faltas ao trabalho e alta dos custos de saúde.
Dados da pesquisa sugerem que a maioria das pessoas com a doença são vulneráveis a episódios recorrentes. Segundo uma pesquisa longitudinal, cerca de 70% continuam a sentir os sintomas da insônia um ano depois. Além disso, metade deles ainda sofre de insônia até 3 anos mais tarde.
Para os autores, o uso de remédios, com ou sem prescrição médica, não se mostra benéfico, já que há pouca evidência de que realmente funcionem.
Além disso, acrescentam, alguns dos medicamentos mais comumente prescritos (antidepressivos e anti-histamínicos) ainda precisam ser aprovados para o tratamento da insônia. Para os estudiosos, é necessário que hajam mais pesquisas para avaliar a efetiva ação das drogas no tratamento desta doença.
Isso levou o Instituto Nacional de Saúde, nos EUA, a afirmar que existem apenas duas opções eficazes parar o tratamento da insônia: terapia cognitivo-comportamental e drogas hipnóticas aprovadas.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é um tratamento que utiliza métodos psicológicos, como técnicas de relaxamento, restrição de sono, controle de estímulos e educação sobre higiene do sono (por exemplo, dieta e exercício). Segundo os especialistas, TCC é altamente eficaz no tratamento da insônia e não apresenta riscos de efeitos colaterais adversos, além de ter benefícios duradouros - que é uma clara vantagem em comparação com o tratamento medicamentoso. Entretanto, no momento, há uma escassez de profissionais de saúde treinados neste tipo de terapia.
Para os autores, "embora a terapia cognitivo-comportamental não esteja prontamente disponível na maior parte das clínicas, o acesso pode ser facilitado por meio de métodos inovadores, tais como consultas telefônicas, terapia de grupo e abordagens psicológicas feitas pela internet".
Eles concluem: "há uma necessidade urgente de mais educação pública sobre o sono e maior divulgação de terapias baseadas em evidências científicas para tratar a insônia. Além disso, é importante haver formação para preparar os profissionais de saúde que desejam atender e tratar queixas de insônia".
Fonte: http://www.sissaude.com.br/sis/inicial.php?case=2&idnot=13564
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
14:22
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