segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Agrotóxicos podem ser causa de alergias alimentares


"Gente-tóxico"

Cientistas chamaram a atenção para o aumento da incidência de alergias a alimentos.

Segundo eles, os agrotóxicos e as substâncias usadas para purificar a água podem ser a causa do problema.

Segundo a pesquisa, já são 15 milhões de pessoas que sofrem de alergias alimentares só nos Estados Unidos.

Diclorofenóis

Entre as causas principais do aumento da incidência de alergias alimentares estaria uma alta presença de diclorofenóis.

Os diclorofenóis são substâncias químicas presentes na composição de agrotóxicos em plantações e substâncias para purificar a água distribuída na rede de tratamento.

Um estudo recente realizado no Brasil mostrou que essa classe de substância faz mal ao meio ambiente também por aqui:

Agrotóxicos vendidos no Brasil são perigosos para o meio ambiente
"Nossa pesquisa mostra que altos níveis de agrotóxicos que contêm diclorofenol podem diminuir a tolerância alimentar em algumas pessoas, causando alergias alimentares", diz a alergista Elina Jerschow, da Associação Americana de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI, na sigla em inglês).

"Este químico é encontrado com frequência em agrotóxicos usados por fazendeiros, em produtos para controlar insetos e pragas, e na água tratada", acrescenta.

Alergias mais comuns

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano diz ter registrado um aumento de 18% no número de casos de alergias entre 1997 e 2007.

As mais comuns são as intolerâncias a leite, ovos, amendoins, trigo, castanhas, soja, peixe e frutos do mar.

"Estudos prévios mostraram que tanto as alergias alimentares quanto aquelas ligadas à poluição ambiental estão aumentando nos Estados Unidos. Os resultados do nosso estudo sugerem que essas duas tendências podem estar conectadas, e que o elevado uso de agrotóxicos e outros químicos está associado com uma maior incidência de alergias alimentares", explica a médica que chefiou o estudo.

Os sintomas de alergias podem variar de uma leve irritação a reações que podem colocar a vida em risco, incluindo um choque anafilático.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=agrotoxicos-causa-alergias&id=8383&nl=nlds#.UL3QNNqFi4N.twitter

domingo, 6 de janeiro de 2013

Vitamina B12: 30 informações importantíssimas, por Dr. Eric Slywitch


Esse assunto não é polêmico, mas tenho recebido diversas dúvidas por e-mail e dos pacientes que atendo devido a dados desencontrados, tanto de profissionais de saúde, quanto de pessoas adeptas ao vegetarianismo ligadas a filosofias e à espiritualidade.

Nesse artigo vamos conversar sobre diversos assuntos, que vão desde os sintomas da deficiência, tratamento e até questões filosóficas.

Apenas para relembrar: vitamina B12 só é encontrada em carnes, leite, queijos, ovos e suplementos. A B12 encontrada em algas e alimentos fermentados é diferente da que necessitamos para o nosso metabolismo.

Cerca de 50% dos vegetarianos têm carência de vitamina B12
Cerca de 40% dos não vegetarianos têm carência de vitamina B12

1)    Quais são os primeiros sintomas da deficiência?

A deficiência de vitamina B12 traz sintomas bastantes inespecíficos, o que, algumas vezes, dificulta o diagnóstico clínico (por meio de sinais e sintomas), sendo necessário a avaliação por exames laboratoriais para descartar outros problemas com sintomas semelhantes.

O sintoma mais precoce que tenho visto em pacientes que atendo são queixas de formigamento nas pernas após poucos minutos sentado com as pernas cruzadas. Da mesma forma, as queixas de redução da atividade cognitiva (concentração, memória e atenção) são regra. Na deficiência de B12 há dificuldade de manter a atividade intelectual com conforto.

A deficiência de B12 pode se manifestar com alteração da sensibilidade dos pés e das pernas, redução da propriocepção (a pessoa tem dificuldade de perceber adequadamente o próprio corpo) e sintomas psiquiátricos.

A anemia por falta de B12 pode ocorrer, mas é menos comum do que os sintomas neurológicos citados acima.

2)    Por que alguns profissionais não chegam à mesma conclusão no diagnóstico da B12?

A resposta é bem simples: porque nenhum profissional consegue saber tudo de todos os assuntos. O acúmulo de conhecimentos faz com que exista a necessidade de especialistas em diversas áreas. Isso não é uma fragmentação do todo, mas sim uma necessidade de aprofundar mais algumas áreas do conhecimento.

O diagnóstico da deficiência da B12 é claro quando o profissional conhece o assunto, e não há margem para equívocos quando há esse domínio.

3)    Como fazer o diagnóstico da falta de B12?

Esse diagnóstico é feito, basicamente, pela avaliaçaõ da B12 no sangue, associado ou não aos sintomas de deficiência. O diagnóstico pode ser complexo em algumas poucas situações, e depende dos exames que temos em mãos. Na maioria das vezes é muito simples.

4)    A dosagem da vitamina B12 no sangue

Esse exame é o mais comumente utilizado, e sujeito a muitos erros de interpretação. Para entendermos o porquê, é necessário conhecermos a forma que ele foi elaborado.

No passado, foram recrutadas cerca de 250 pessoas aparentemente normais, sendo coletado o sangue dessas pessoas. Dos valores encontrados, 95% delas estavam entre 200 a 900 pg/mL de vitamina B12.  Assim, esse valor foi utilizado como faixa de normalidade.

Veja que problema é essa faixa de normalidade! Primeiro: a normalidade foi estabelecida de forma muito subjetiva. Segundo: a faixa é muito ampla (200 a 900 pg/mL, o que já sugere uma flexibilidade exagerada na análise dos dados).

Com marcadores sanguíneos diferentes, verificamos que estar nessa faixa de normalidade não significa estar com bons níveis sanguíneos.

Logo abaixo veremos os níveis que ela deve ser mantida.

5)    Então a avaliação da B12 no sangue não é útil para o diagnóstico?

Ela é útil sim, inclusive é o melhora parâmetro de análise, mas deve ser avaliada com critério pelo seu médico, pois é necessário correlacioná-la com outros dados clínicos e laboratoriais.

6)    Ouvi dizer que a dosagem de B12 não é adequada para o diagnóstico, pois ela é feita no sangue, e não dentro da célula (intracelular).

A dosagem da B12 no sangue é muito útil para o diagnóstico sim! Os níveis no sangue refletem os níveis dentro das células.

A deficiência de B12 pode ser dividida em 4 estágios. Nos 2 primeiros estágios, os compostos que ficam alterados (já decorrentes da falta de B12) só podem ser dosados em laboratórios muito especializados, e por isso não conseguimos o diagnóstico precoce. Nesses dois estágios iniciais, a B12 já está baixa dentro da célula (no plasma intracelular), e por isso os compostos ficam alterados.

No terceiro estágio, outros compostos estão alterados, como a homocisteína e o ácido metilmalônico. Portanto, a alteração desses 2 compostos, que podemos dosar, já indica uma deficiência mais avançada.

No quarto e último estágio, além das alterações já descritas, podem aparecer os sintomas e alterações no hemograma.

Assim, desde os estágios mais precoces da deficiência a B12, ela já se encontra reduzida dentro das células. A B12 no sangue simplesmente reflete a B12 intracelular.

7)    Então quais são os exames necessários para avaliar a B12?

A dosagem da B12 no sangue sempre deve ser feita. É o primeiro exame que deve ser pensado para avaliá-la.

A dosagem da homocisteína e do ácido metilmalônico (que se elevam na deficiência da B12) podem ser utilizados, mas na prática, são desnecessários.

O hemograma, para ser utilizado, depende de muita habilidade de quem o lê, pois diversos fatores interferem nos parâmetros que podem indicar a deficiência de B12.


8)    A B12 deve sempre permanecer acima de 490 pg/mL!!

Esse número não é um número mágico e muito menos arbitrário.

Estudo publicado há vários anos já demonstrou que quando a B12 está abaixo de 490 pg/mL (sendo a referência de 200 a 900 pg/mL), ela já é potencialmente deficiente.

Outro estudo demonstrou que quando a B12 está abaixo de 350 pg/mL, muitas pessoas podem apresentar sintomas de deficiência de B12, especialmente relacionados ao sistema nervoso.

9)    Qual é o valor ideal que a B12 deve ser mantida?

Essa pergunta pode ser respondida de formas diferentes.

A melhor forma de avaliar isso é por meio de diversos exames interligados, pois a B12 muda vários parâmetros do nosso metabolismo.

Assim, como regra simples, utilizando como referência um estudo científico que fez essas correlações com dezenas de indivíduos (vegetarianos e não vegetarianos), podemos seguir as seguintes diretrizes:

- quando a B12 no sangue está acima de 490 pg/mL, raramente um indivíduo tem carência de B12;
- a homocisteína é outro parâmetro, e deve permanecer sempre abaixo de 8 mcmol/L.Essa dosagem é dispensável.

Assim, a dica é:

Mantenha sempre a B12 acima de 490 pcg/mL. A homocisteína deve permanecer abaixo de 8 mcmol/L.
Pessoas com níveis abaixo de 490 pg/mL podem ou não estar com deficiência de B12, mas isso só pode ser avaliado por um médico que domine o assunto.

10)    Talvez você se confunda ao avaliar os exames laboratoriais.

Talvez não, com certeza haverá confusão, pois essa avaliação deve ser feita pelo seu médico.

Não basta olhar as referências de normalidade nos exames, pois é necessário conhecer diversas condições do organismo. Avaliação de exames não se faz simplesmente olhando as faixas de normalidade.

11)    Tratamento da deficiência e manutenção são coisas diferentes

Quando a pessoa está com deficiência há necessidade de tratar a deficiência, elevando os níveis de B12 para valores seguros. Após a pessoa ter níveis adequados de B12, o suplemento ou a alimentação, é utilizada para manter esses níveis adequados.

Assim, a dose e freqüência de uso da B12 para tratar a deficiência são diferentesdo utilizado para a sua manutenção.

12)    O custo da B12

A B12 é barata. Algumas pessoas questionam que a necessidade de uso da B12 é uma mentira inventada pela indústria farmacêutic para ter lucro, mas isso não é verdade. Ela é muito barata, além de ser necessária. Basta avaliar os sintomas de quem tem deficiência, o que corresponde a cerca de 50% das pessoas.

13)    Absorção da B12

Após ingerida, retirada do alimento (o que depende em parte do ácido do estômago), ligada ao Fator Intrínseco (produzido no estômago), a B12 é absorvida no final do intestino delgado. Só para relembrar: para a B12 ser absorvida em condições fisiológicas, ela deve estar ligada ao fator intrínseco.

Precisamos absorver, para manter os níveis de B12 no organismo, cerca de 1 mcg de B12 por dia. A recomendação de ingestão diária de 2,4 mcg para um adulto leva em consideração o fato de que conseguimos absorver a metade do que ingerimos numa dieta onívora, de forma geral.

A absorção intestinal é limitada. A B12 não entra aleatoriamente no organismo. No intestino há “seguranças” (receptores de B12) que permitem a entrada de cerca de 1 a 1,5 mcg de B12 a cada 4 a 6 horas. Dessa forma, se você pensou na matemática, calculou que, considerando 3 refeições, podemos absorver até 4,5 mcg de B12 por dia.

Pronto! É aqui que começa a confusão, pois medicina é diferente de matemática!!

Vamos começar pela manutenção e depois falaremos sobre o tratamento da deficiência.

14)    Manutenção dos níveis de B12

Nesse momento vamos entender que os seus níveis de B12 estão adequados, e pretendemos mantê-los adequados.

14.1- Com o uso da B12 diariamente, por via oral

A dose preconizada para isso é de 5 mcg de B12 por comprimido, no mínimo. Alguns suplementos no mercado apresentam doses maiores que essa, como 10 ou 15 mcg. Não há problema em utilizá-los.

Na minha experiência profissional, verifico que essa dose é insuficiente para manter os níveis adequados. São pouquíssimas pessoas que conseguem fazer uma manutenção com doses tão baixas. As doses de manutenção não podem ser padronizadas, pois a variação de necessidade de uma pessoa para outra são enormes. Um pessoa pode necessitar menos que 10 mcg por dia ou até mais que 2.000 mcg por dia.

14.2- Com o uso da B12 semanal, por via oral

Há tempos atendi uma pessoa que fez o seguinte cálculo: se preciso ingerir 2,4 mcg de B12 por dia, isso significa que devo tomar uma dose única semanal de 16,8 mcg (2,4 mcg x 7 dias). Esse cálculo é lógico para a matemática, mas não para a biologia.

A dose de manutenção preconizada para ser tomada 1 vez por semana é de 2.000 mcg.

No entanto, na minha prática profissional, também observo que essa dose não é adequada. Atendo muitas pessoas tomando essa dose que estão fazendo manutenção da deficiência. A dose para uso semanal, além de individual, para ser eficiente, costuma ser bem maior que essa.

Mas por que devo tomar 2.000 mcg 1 vez por semana se consigo absorver apenas 1 a 1,5 mcg a cada 4 ou 6 horas? Não vou perder o que ingeri?

Mais uma vez: biologia e matemática são coisas diferentes.

Quando a B12 ingerida é proveniente da alimentação, ou de suplementos com baixas doses, a regra de absorção de 1 a 1,5 mcg a cada 4 ou 6 horas é válida, pois os “seguranças do intestino” (os receptores intestinais) conseguem limitar a entrada da B12.

No entanto, quando uma megadose de B12 é administrada ocorre um “arrastão de B12”, que entra no intestino passando por cima dos “seguranças”.

Tecnicamente dizemos que a absorção de B12, que segue o processo de pinocitose, passa a ser por difusão.

Assim, apenas para ilustrar, a B12 é uma pessoa que quer entrar numa festa (dentro do organismo). Para isso ela chega na porta, onde está o segurança da festa (o receptor intestinal), que a deixa entrar conforme as suas possibilidades. No entanto, se há muitas pessoas (uma multidão) para entrarem na festa, elas começam a pular o muro.

14.3- Com o uso da forma injetável

Para isso pode ser utilizada uma aplicação de B12 com cerca de 5.000 UI a cada 6 meses ou um ano.

Essa é a recomendação médica que existe na literatura e que eu mesmo prescrevi por algum tempo. No entanto, raramente prescrevo dessa forma, pois tenho visto que a via oral é muito mais eficiente. Sugiro não confiar na aplicação semestral da B12 intramuscular.

14.4- Com a alimentação

Muito cuidado aqui!! Os alimentos que contém B12 ativa são as carnes, queijos, leite e ovos, além dos alimentos enriquecidos.

A ingestão de B12 por meio de derivados animais precisa ser constante e em quantidade adequada. Apenas para termos uma idéia, a quantidade de leite necessária para conseguirmos uma quantidade diária mínima de B12 seria de cerca de 650 mL por dia.

Muitos vegetarianos que utilizam derivados animais, tendem a reduzir o consumo desses produtos, o que torna a ingestão de B12 ainda menor.

São raros os pacientes ovolactovegetarianos que atendo com níveis adequados de B12, após anos de dieta vegetariana.

E mesmo ingerindo até mais que o preconizado (2,4 mcg), você pode ter deficiência, pois essa vitamina depende muito mais do funcionamento do nosso organismo do que da quantidade que ingerimos.

Não complique! Dose a B12 no sangue!

A biodisponibilidade da vitamina B12 nos alimentos

De forma geral, a quantidade de B12 que conseguimos absorver dos seguintes “alimentos” é a seguinte:

Alimento/ Biodisponibilidade da B12 (%)
Carne vermelha  56 a 77
Peixe 42
Frango 61 a 66
Leite 65
Ovos menos do que 9
O teor de B12 nesses alimentos é variável (veja a tabela no meu livro: Alimentação sem carne – guia prático; na página 61)


15)    Tratamento da deficiência

Para elevar os níveis de B12 no organismo e assim tratar a deficiência há algumas possibilidades:

15.1-    Forma injetável

Eu já utilizei muito essa forma de correção, raramente utilizo atualmente, pois a via oral (desde que em dose adequada e por período adequado), é muito mais eficiente e fisiológica para essa correção.  Eu não sugiro mais essa forma de correção.

Essa forma de tratamento (via injetável) é a mais antiga e mais conhecida pelos médicos. Sendo assim, é a mais utilizada e divulgada.

A quantidade de aplicações, a sua freqüência e a dose de B12 em cada aplicação deve ser levada em consideração de acordo com as características da pessoa tratada e da sua evolução frente às aplicações.

2- Via oral

A via oral também pode ser utilizada para tratar a deficiência, desde que o seu médico saiba prescrever a quantidade e freqüência necessária para tratá-la.

Essa forma de correção pode ser muito segura. É a que tenho recomendado.

PERGUNTAS FREQÜENTES

16)    Por que antes as pessoas não falavam da deficiência de vitamina B12? Essa descoberta é recente?

Os maiores estudos científicos com populações vegetarianas começaram a ser publicados na década de 70. Esses estudos começaram a demonstrar que os vegetarianos tinham baixa ingestão de B12 (no caso dos ovolactovegetarianos) ou nula (no caso dos veganos).

Em novembro de 1993, o parecer oficial da Associação Dietética Americana já recomendava, explicitamente, que os vegetarianos fizessem a suplementação dessa vitamina.

Portanto essa recomendação é antiga e já adotada pelo menos desde 1993.

17)    Conseguíamos B12 do solo e da pouca higiene dos alimentos na antiguidade?

Provavelmente, e historicamente não. Não vou entrar em aspectos religiosos da existência humana, mas apenas em questões históricas.

Há mais de 3 milhões de anos existiu um hominídeo que chamamos Paranthropus bosei . Segundo suas características fósseis eram vegetarianos.

Esse hominídeo não era exatamente como nós, e se alimentavam de partes dos vegetais que nós hoje não conseguimos. Eles foram dizimados na era das glaciações, pois houve escassez de alimentos vegetais.

Todos os demais hominídeos, incluindo os nossos descentes, eram onívoros. Eles comiam carne e não era pouca.

A idéia do ser humano antigo numa vida completamente harmônica com a natureza não encontra respaldo em inúmeras pesquisas. A vida era bem selvagem (talvez não menos, mas uma forma diferente da que é hoje). A história da medicina e nutrição mostra claramente as inúmeras carências nutricionais que sempre existiram, mas que não eram diagnosticadas por falta de conhecimento na época. As descobertas vieram aos poucos, como é de se esperar.

Os nossos remotos ancestrais conseguiam a B12 provavelmente porque comiam carne.

18)    Se precisamos suplementar a vitamina B12 quer dizer que a dieta vegetariana não é adequada ao ser humano?

Não, não quer dizer isso.

Em diversos ciclos da vida e condições orgânicas pode ser necessário o uso de suplementos. Isso pode ocorrer por baixa ingestão dos alimentos ou nutrientes, por dificuldade de retirarmos o nutriente do alimento ou por problemas no organismo que fazem com que a sua absorção, utilização ou perda seja comprometida.

Todas as descrições que farei agora são para as pessoas onívoras.

Como exemplo, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que as crianças, dos 6 meses aos 2 anos de idade, recebam suplementação de ferro, frente ao elevado índice de anemia nesse período. É estimado que metade das crianças com menos de 5 anos e 1/3 das gestantes no Brasil tenham carência de ferro.

A suplementação com ácido fólico é feita para mulheres que querem engravidar. Diversos obstetras prescrevem rotineiramente suplementações vitamínicas e minerais para gestantes. A gestação exige aporte de ferro extra, com suplementação.

O Instituto de Medicina dos Estados Unidos recomenda que as pessoas com mais de 50 anos de idade utilizem suplementos de B12, pois pelo menos 30% dessa população mostra deficiência dessa vitamina.

O iodo é adicionado ao sal que consumimos, para que esse mineral chegue a pessoas que moram em regiões distantes do mar. A sua falta causa sérios problemas mentais em crianças (cretinismo), além de dificuldade de produção de hormônio da glândula tireóide.

A fortificação das farinhas com ferro e ácido fólico não visa atingir os vegetarianos, mas sim a população onívora.
Como você pode notar, mesmo os onívoros estão sujeitos a diversas deficiências nutricionais.

O fato que incomoda alguns profissionais de saúde é o fato de que mesmo com uma dieta bem balanceada, uma dieta vegana não supre todos os nutrientes (por causa da B12).

No entanto, assim como o ferro, a B12 depende muito mais do nosso metabolismo, do que da quantidade que ingerimos. Enquanto 50% dos vegetarianos apresentam deficiência de B12, isso ocorre com 40% dos onívoros da América Latina. Veja que a diferença é pequena!

19)    Há pessoa que são vegetarianos há anos e não têm sintomas de deficiência de vitamina B12. Como explicar isso?

O nosso organismo pode estocar a B12 por muitos anos.

Uma pessoa com bom estoque de B12 precisa absorver, diariamente, 1 mcg de vitamina B12 proveniente da dieta para manter os bons níveis dela.

Por meio da secreção biliar, 1 a 10 mcg de vitamina B12 são lançados diariamente no intestino e ela pode retornar para o sangue após ser absorvida.

Assim, conseguimos “reciclá-la” evitando a sua perda intestinal por meio desse ciclo que chamamos êntero-hepático (do intestino para o fígado). No entanto, mesmo com esse ciclo preservado, pequenas perdas de B12 para as fezes ocorrem e os seus níveis sanguíneos são reduzidos. Assim, quem não ingere B12, vai perdendo gradativamente a que tem no organismo.

Existe a possibilidade do indivíduo excretar muito pouca B12 pelas vias biliares ao intestino e reabsorvê-la com muita eficiência, fazendo com que mantenha a B12 no organismo facilmente. São poucos os indivíduos com essa habilidade.

Pessoas que são vegetarianas há muito tempo podem não ter sintomas de deficiência, mas costumam apresentar níveis baixos dela. Com isso, compostos que dependem da B12 para serem metabolizados ficam alterados e isso é nocivo para a saúde.

Lembre-se que diversas alterações orgânicas são assintomáticas, mesmo sendo nocivas. Para ilustrar, o colesterol elevado não traz sintomas, assim como o início de problemas renais e hepáticos também não. Muitos órgãos no nosso corpo “avisam” que estão com problemas apenas quando o seu comprometimento limita 70 a 80% das suas funções. A sua artéria carótida (que fica no pescoço e leva sangue ao cérebro) pode ter uma obstrução (entupimento) de mais de 50% e não trazer sintoma algum.

Não é prudente aguardar os sintomas aparecerem para verificar o que ocorre. Um bom profissional de saúde está apto a fazer uma avaliação para verificar como está a sua saúde.

Na minha experiência profissional, vejo que praticamente todos os indivíduos com níveis baixos de B12 têm sintomas, mas esses sintomas não são atribuídos à falta de B12 até que seja mostrado à pessoa que não é normal sentir o que ela sente. Esses sintomas desaparecem ao utilizar a B12.

20)    Só após 5 anos de dieta vegetariana devo começar a me preocupar com a B12?

Claro que não! Essa idéia surge pelo fato de podermos estocar a B12 e o estoque ser possível para o seu uso por 3 a 5 anos.

Preste bem atenção: a matemática nem sempre serve para as ciências biológicas. E nesse caso, definitivamente, não serve!

O cálculo do estoque que dura 5 anos é teórico. Além disso ele parte do princípio que o estoque está cheio no momento que a pessoa se torna vegetariana. Ledo engano!

Tenho pacientes, vegetarianos há 1 mês, com deficiência de B12. Claramente o problema não é devido à dieta vegetariana, pois o tempo de prática dela não seria suficiente para isso. Há fatores orgânicos e dietéticos que influenciam o estoque de B12.

Portanto, vegetariano ou não, você deve avaliar a B12 desde já. Todo profissional que recebe no consultório alguém que tem e intenção de se tornar, ou que já é vegetariano, deve dosar os níveis de B12 dessa pessoa imediatamente, não importando o tempo e o tipo de dieta seguida.

Todo profissional que acompanha vegetarianos deve solicitar a dosagem de B12 na primeira consulta, independente da pessoa ter sintomas ou do tempo que é vegetariana.

Não falo isso apenas baseado em estudos publicados, mas sim pela experiência em consultório. Tem muito vegetariano com baixos níveis de B12! E da mesma forma, muitos onívoros com carência dela!

21)    Ciência e espiritualidade

Não existe diferença entre ciência e espiritualidade.

Ciência é um conjunto de métodos lógicos que permitem a observação sistemática de fenômenos empíricos visando a sua compreensão. A idéia de buscar uma explicação satisfatória que demonstre o funcionamento das leis físicas e divinas não exclui a rejeição do “sobrenatural”. No entanto, esse “sobrenatural” também tem regras que devem ser descobertas.

Se alguém diz que consegue materializar a B12 no seu próprio organismo sem ingeri-la, e após análise verificamos que realmente isso ocorre é porque há leis para isso. Essa pessoa tem algo diferente que permite isso. A ciência simplesmente vai investigar, sem preconceitos, como isso pode ocorrer.

Um pesquisador que utiliza animais em experimentos está tentando fazer ciência, da mesma forma que outro que repudia essa atitude. Ambos estão atrás de respostas, mas com conceitos éticos completamente divergentes. Não confunda: ciência busca explicações. O ser humano é que escolhe como fazer isso: de forma ética ou não.

Podemos aplicar a ciência em todas áreas da nossa vida, desde os relacionamentos humanos, nas áreas mais técnicas da biologia e das ciências exatas, assim como nas religiões e filosofias espiritualistas.

A ciência e a espiritualidade devem chegar ao mesmo consenso. Quando isso não ocorre é porque uma delas, ou ambas, ainda não conseguiu decifrar as leis de funcionamento da vida.

Cuidado com o ser humano: gostamos de ouvir aquilo que gostamos de ouvir. Sem imparcialidade não há condições de um julgamento adequado.

Quem defende um ponto de vista de forma parcial não pode ter uma visão ética dos seus propósitos. Não são as leis divinas que têm que se adaptar às nossas convicções, mas sim as nossas impressões se ajustarem às leis divinas após exaustivas verificações com olhar não tendencioso.

Seja neutro nas suas avaliações e confira os resultados com a prática.

Seja qual for a filosofia que você segue, não descuide da B12, pois ela é um fator de atenção nas dietas vegetarianas e não vegetarianas.

22) De onde vem a B12 utilizada nos suplemento?

A B12 é proveniente de cultura de bactérias em laboratório.

Preste atenção se você for utilizar produtos comprados em farmácias, pois alguns deles podem conter alguns derivados animais. O fato é que a B12 provém de bactérias.

23) Algas, alimentos fermentados e o levedo de cerveja contém B12?

Nenhum desses alimentos podem ser considerados fontes seguras de B12. Apesar de algas e alimentos fermentados, como o missô, poderem apresentar pequenas quantidades de vitamina B12, ela é considerada uma forma inativa da vitamina, não sendo adequada aos seres humanos.

Muitas algas necessitam de B12 para o seu desenvolvimento e metabolismo e, por um processo simbiótico com bactérias (que são as produtoras de B12), incorporam essa vitamina. As algas Nori e Chorella são as que apresentam teor mais elevado. No entanto, nenhuma delas, até o momento, se mostrou adequada para corrigir os baixos níveis de B12 apresentados em humanos que se submeteram a testes de correção ingerindo essas algas.

Portanto, nenhuma alga deve ser consumida com o intuito de obtenção de vitamina B12. Não se arrisque!!

24) Consumo ovos, derivados de leite e alimentos fortificados. Devo me preocupar com a B12?

Sim, deve! Apesar de esses produtos conterem B12, a quantidade necessária para a manutenção do organismo, via de regra, não é mantida a longo prazo. São inúmeros os pacientes ovo-lactovegetarianos que atendo com baixos níveis de B12. Apesar desses indivíduos ingerirem B12, e o decaimento teórico dela no sangue ser mais lento do que o dos veganos, a longo prazo costuma haver redução dos níveis sanguíneos.

25) Posso utilizar a B12 sem saber como está o seu nível no meu organismo?

Como não há relato de efeitos tóxicos por excesso de B12 na literatura científica, podemos considerar que ela é uma vitamina bastante segura (quanto a toxicidade) para uso, mesmo se você estiver com bons níveis no sangue.

No entanto, seu uso sem correta avaliação pode causar consumo metabólico de outros elementos no organismo.

A importância de saber como estão os seus níveis sanguíneos se faz para a definição da conduta terapêutica (tratar a deficiência ou fazer apenas a manutenção), assim como para saber se outros cuidados devem ser tomados em conjunto.

26) Devo utilizar a B12 proveniente de farmácia de manipulação ou das indústrias farmacêuticas?

Para se utilizar qualquer produto proveniente de farmácias de manipulação deve-se ter o cuidado de conhecer bem a farmácia e a qualidade dos insumos que ela trabalha.

Os produtos provenientes de grandes marcas da indústria farmacêutica costumam ser confiáveis.

27) Quais os cuidados que devemos ter na gestação e infância com relação à B12?

Nesses ciclos da vida sempre é recomendada a suplementação de B12, independente do indivíduo consumir ovos ou laticínios.

Para bebês e crianças costumo prescreve-la na forma de xarope.

É importante realizar a dosagem de B12 para todas as gestantes e bebês.

Mulheres, vegetarianas ou não, que pretendem engravidar devem, obrigatoriamente, avaliar a B12. A vitamina B12 tem a mesma importância que o Ácido Fólico para a formação do bebê.

Gestantes e crianças: toda a atenção deve ser tomada com relação à B12.

28) O consumo de carne garante um bom estado nutricional de vitamina B12?

Não, não garante!

Tanto é que 40% das pessoas que comem carne têm carência dessa vitamina, enquanto que isso ocorre com 50% dos vegetarianos. Veja que a diferença é pequena.

29) Por que podemos ingerir boa quantidade de B12 e mesmo assim ter deficiência?

Porque ela depende mais do seu metabolismo do que da sua dieta.

Há 2 formas principais para perdermos a B12 que está no nosso organismo.

Uma delas é pelo processo de reciclagem intestinal que todos nós temos (tecnicamente chamamos isso de ciclo êntero-hepático). Nossa vesícula biliar pode lançar até 10 mcg por dia de vitamina B12 no intestino. O intestino procura colocá-la de volta no sangue. Essa quantidade lançada ao intestino e a habilidade dele reabsorver a vitamina é variável de pessoa para pessoa. Uma dieta rica em carnes, queijo e ovos (fontes de B12) dificilmente conseguirá atingir 7 mcg. Isso significa que pode haver mais perda pelas fezes do que a pessoa consegue ingerir.

30) Minha recomendação

Dose sempre a B12 no sangue. Esse exame deve fazer parte de qualquer avaliação nutrológica.

As doses para correção ou manutenção são variáveis e não é possível estabelecer uma dose padrão para todas as pessoas.

Fonte: http://www.alimentacaosemcarne.com.br/nutrientes/diagnostico-da-deficiencia-de-b12

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Seis questões preveem risco de obesidade infantil ao nascer



Pesquisadores britânicos afirmam que uma fórmula relativamente simples, com seis perguntas, é capaz de prever o risco de obesidade de uma criança logo após seu nascimento.

Eles descobriram que apenas a análise de algumas questões simples já é o bastante para prever a obesidade.

A lista tem seis questões:


  1. O peso da criança ao nascer;
  2. o índice de massa corporal dos pais;
  3. o ganho de peso da mãe durante a gravidez;
  4. se a mãe fumou ou não durante a gravidez;
  5. o número de pessoas que moram na casa da criança recém-nascida; e
  6. o status profissional da mãe.

Fórmula da obesidade

Todos são fatores de risco para obesidade já muito conhecidos, mas os pesquisadores decidiram colocá-los juntos em uma fórmula.

As três primeiras perguntas são respondidas com dados numéricos, enquanto as demais são respondidas como sim ou não - resposta "não" vale 0 e resposta "sim" vale 1.

A fórmula exige dados adicionais sobre raça, uma vez que os dados estatísticos variam entre brancos, negros, hispânicos e asiáticos

Além da genética

Anteriormente, os especialistas acreditavam que fatores genéticos eram os maiores determinantes de problemas de peso em crianças, mas apenas cerca de um em cada dez casos de obesidade é resultado de uma mutação genética rara que afeta o apetite.

Os dois últimos itens da lista, por exemplo, estão relacionados ao ambiente social no qual a criança nasce e que pode elevar o risco de obesidade.

"Quanto menor o número de pessoas morando na residência, maior o risco de obesidade da criança, pois este número está ligado às mães solteiras", afirmou a Marjo-Riitta Jarvelin, que participou do estudo.

"E quanto ao status profissional da mãe, sabemos que uma mãe com maior (nível de) educação é mais bem preparada, sabe mais a respeito da saúde da criança", acrescentou.

"A equação é baseada em dados de um recém-nascido que todos podem obter e descobrimos que pode prever cerca de 80% (dos casos de) crianças obesas", afirmou Philippe Froguel, do Imperial College de Londres, que liderou o estudo.

A pesquisa foi publicada na revista especializada PLos One.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=questoes-prever-risco-obesidade-infantil-nascer&id=8378&nl=nlds#.UL3Ngdy2SjI.twitter

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Plásticos


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Veneno na nossa mesa


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Os perigosos laços da indústria farmacêutica com a Medicina


Nos últimos meses, um tema polêmico tem aparecido mais frequentemente na mídia: o potencial prejuízo que o “inevitável” laço entre medicina e indústria farmacêutica pode causar nos pacientes.

Muitos artigos e estudos têm argumentado que a indústria farmacêutica se utiliza de táticas e estratégias imorais e nada éticas para vender remédios que absolutamente não ajudam os doentes.


Pior: um novo estudo publicado no respeitado periódico Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que a fraude é um verdadeiro problema em publicações científicas, problema que tem aumentado no decorrer das décadas.

O estudo analisou 2.047 artigos sobre pesquisas biomédicas desacreditadas e retraídas de publicações científicas, e constatou que a maior razão para a sua retração não foram erros honestos (não propositais), mas sim pura fraude.

Enquanto isso, um médico inglês, Benjamin Goldcare, denunciou um comportamento condenável da indústria farmacêutica: em busca de proteger os próprios interesses econômicos, os laboratórios farmacêuticos nem sempre liberam os remédios ao mercado com a garantia de que farão bem aos pacientes.
Para vender esses remédios ineficazes, as empresas forjam ou só publicam estudos acadêmicos e resultados de testes favoráveis sobre eles, escondendo totalmente o fato de que alguns apresentam efeitos colaterais perigosos.

Se você acha que já ouviu o suficiente, prepare-se para conhecer a pior parte de tudo isso: tal comportamento não é ilegal.

No Brasil, a entidade que libera remédios para uso comercial é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um órgão ligado ao Ministério da Saúde. Existem 23 laboratórios oficiais ligados à Anvisa que fornecem medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

As centenas de laboratórios privados, no entanto, estão sob observação menor (para não dizer sem observação): o único controle rigoroso acontece no momento de permitir que a empresa abra.
Uma vez operantes, os produtores detém o controle sobre os testes, ou seja, os próprios laboratórios atestam a qualidade do medicamento que eles mesmos fabricam. O sistema de teste e aprovação dos remédios coloca controle excessivo nas mãos dos fabricantes, de forma que eles quase sempre podem definir qual o veredicto sobre qualquer medicamento em fase de experimentos.

“Suicídio profissional”

O psiquiatra britânico David Healy, odiado por colegas que até tentaram revogar sua licença médica, argumenta que seus semelhantes estão cometendo “suicídio profissional” ao não abordar sua relação perigosamente íntima com a indústria farmacêutica.

Os conflitos entre medicina e indústria são conhecidos há muito tempo. Um deles são os “presentes” que médicos ganham de fabricantes de remédio, que alguns consideram ser uma tentativa clara de “comprar” o profissional para que ele passe a receitar a medicação.

Nos EUA, por exemplo, só em 2004 as empresas farmacêuticas gastaram cerca de US$ 58 bilhões (cerca de R$ 116 bi) em marketing, 87% dos quais foram destinados diretamente a cerca de 800 mil norte-americanos com o poder de prescrever medicamentos.

O dinheiro foi gasto principalmente em amostras de medicamentos gratuitos e visitas a consultórios médicos, que estudos confirmam que aumentam a prescrição de medicamentos de marca e os custos médicos sem melhorar o atendimento.

Nos EUA, a legislação diz que as empresas farmacêuticas devem revelar quais médicos aceitaram qualquer pagamento ou presente com valor maior de US$ 10, e descrever as quantidades exatas aceitas e seu propósito em um site público. Porém, esse site só vai estar em funcionamento em 2014, talvez.

Healy nem acha que aceitar dinheiro dos fabricantes seja o pior problema (embora já tenha ficado demonstrado que pode ser prejudicial). Para ele, o fato das empresas repetidamente esconderem informações importantes sobre os riscos de seus medicamentos é que é o verdadeiro problema.

Nesse ponto, Healy acha que as publicações científicas têm um pouco de culpa também. Ele disse, por exemplo, que já teve dificuldade em publicar dados anteriormente ocultos: a publicação foi rejeitada.
Embora as revistas médicas obriguem empresas farmacêuticas a registrarem todos os seus ensaios clínicos com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA se quiserem publicá-los, essa não é uma exigência legal. Eles ainda podem esconder dados relevantes da Administração de Drogas e Alimentos americana ao não divulgar testes clínicos que eles nunca tentaram submeter a publicação.

“A questão-chave a curto prazo é o acesso aos dados. Temos que insistir nisso”, afirma Healy. “Médicos recebem a indústria e ouvem sobre seus remédios. Eu não acho que seja um problema enorme que sejam pagos para isso. O grande problema é que se você perguntar pelos dados, eles não podem mostrar a você. Isso é não é ciência, isso é marketing”.

No Brasil, o Código de Ética Médica e a Resolução nº 1.595/00 do Conselho Federal de Medicina proíbem aos médicos a comercialização da medicina e a submissão a outros interesses que não o benefício do paciente. Também é proibida a vinculação da prescrição médica ao recebimento de vantagens materiais. A RDC 102/00 da Anvisa ainda proíbe a indústria farmacêutica de oferecer prêmios ou vantagens aos profissionais de saúde envolvidos com a prescrição ou dispensação de medicamentos.

A questão é: em até que ponto essas resoluções são fiscalizadas?
Recentemente, em fevereiro desse ano, um acordo inédito foi firmado entre o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), estabelecendo parâmetros para a relação entre médicos e indústrias.

Entre outras resoluções, ficou decidido que a presença de médicos em eventos a convite da indústria deve ter como objetivo a disseminação do conhecimento técnico-científico, e não pode ser condicionada a qualquer forma de compensação. Também, somente despesas relacionadas ao evento podem ser cobridas pela indústria.

Quanto a brindes e presentes, eles devem estar de acordo com os padrões definidos pela legislação sanitária em vigor, devem estar relacionados à prática médica, e devem expressar valor simbólico (que não ultrapasse um terço do salário mínimo nacional vigente).

Além disso, foram estabelecidas regras para visitação comercial a médicos, que dizem que o objetivo das visitas deve ser contribuir para que pacientes tenham acesso a terapias eficientes e seguras, e que os empresários devem informar os médicos sobre as vantagens e riscos dos remédios.

Esse acordo inédito parece mostrar bastante boa vontade de ambas as partes de agir no melhor interesse do paciente. Mas, como diria o ditado, “de boas intenções o inferno está cheio”. A dúvida que permanece é: o quão a sério profissionais de saúde e empresários estão levando esses parâmetros?

Nós, os pacientes, estamos seguros, ou somos duplamente vítimas: das doenças e dos remédios?

Fonte: http://hypescience.com/os-perigosos-lacos-da-medicina-com-a-industria-farmaceutica/


segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Pesquisadores descobrem como a vitamina D inibe inflamações


Pesquisadores do National Jewish Health descobriram eventos específicos moleculares e sinalizadores pelos quais a vitamina D inibe a inflamação. Nas suas experiências, eles mostraram que índices baixos de vitamina D, comparáveis aos índices observados em milhões de pessoas, não conseguiram inibir a cascata inflamatória, enquanto que os índices considerados adequados inibiram os sinais de inflamação.

"Este estudo vai além das associações anteriores de vitamina D com diversos efeitos na saúde . Ele descreve uma clara cadeia de eventos celulares, a partir da ligação do DNA, através de uma via de sinalização específica, para a redução de proteínas conhecidas por provocar inflamação", disse a autora principal Elena Goleva, professora assistente de pediatria do National Jewish Health. "Os pacientes com doenças inflamatórias crônicas, como asma, artrite e câncer de próstata, que têm deficiência em vitamina D, podem se beneficiar da suplementação de vitamina D para obter os índices de vitamina D no sangue acima de 30 nanogramas / mililitro."

As atuais diretrizes nacionais sugerem que as pessoas devem manter um índice mínimo de vitamina D no sangue de 20 ng / ml, embora haja muito debate científico sobre o índice ideal. A vitamina D é conhecida pela contribuição à saúde óssea, promovendo a absorção do cálcio. Nos últimos anos, muita atenção tem sido dada aos seus possíveis benefícios imunes e inflamatórios. Baixos índices de vitamina D têm sido associados a várias doenças, incluindo asma, câncer, diabetes e artrite.

No estudo atual, os pesquisadores examinaram os mecanismos específicos pelos quais a vitamina D pode atuar em vias imunes e inflamatórias. Eles incubaram células brancas sanguíneas humanas com diferentes níveis de vitamina D, em seguida, expuseram estas células a lipopolissacarídeo(LPS), uma molécula associada com as paredes das células bacterianas, que é conhecida por promover respostas inflamatórias intensas.

As células incubadas sem vitamina D e em solução contendo 15 ng / ml de vitamina D produziram taxas elevados de citocinas IL-6 e TNF-a, principais agentes na resposta inflamatória. As células incubadas em 30 ng / ml de vitamina D e valores superiores mostraram resposta significativamente reduzida para os LPS. Os índices mais elevados de inibição da inflamação ocorreram a 50 ng / ml.

Através de uma série complexa de experiências, os investigadores identificaram um novo local onde o receptor de vitamina D aparenta se ligar diretamente ao DNA e ativar um gene conhecido como MKP-1. MKP-1 interfere com a cascata inflamatória provocada por LPS, que inclui uma molécula conhecida como p38, e resulta em níveis mais elevados de IL-6 e TNF-a.

"Este recém-identificado local de ligação do DNA ao receptor de vitamina D, e as vias específicas inibidas por índices mais elevados de vitamina D fornecem um mecanismo plausível para muitos dos benefícios que têm sido associados com a vitamina D", disse o Dr. Goleva. "O fato de que nós mostramos uma resposta variada dependendo da dose utilizando índices normalmente encontrados em humanos também adiciona peso ao argumento para o papel da vitamina D em condições imunes e inflamatórias.

Fonte: http://emedix.uol.com.br/not/not2012/12fev23imu-joi-rdh-vitaminaD.php

domingo, 30 de dezembro de 2012

Nutricionista alerta sobre o perigo do consumo excessivo de carne vermelha


De acordo com uma pesquisa realizada pelo Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, os cânceres de intestino e cólon estão diretamente ligados à má alimentação. O estudo mostra que a carne vermelha, por exemplo, pode representar um grande perigo à saúde, se for preparada em altas temperaturas. A nutricionista da unidade técnica de alimentação e nutrição ligada ao Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, Sueli Couto, explica que a carne vermelha é uma excelente fonte de proteína, mas o excesso de calor durante o cozimento favorece a liberação de substâncias tóxicas que podem acabar entrando em contato com a parede do intestino.

“É uma substância cancerígena que fica impregnada na carne. Então, é preciso ter cuidado. Eu sugiro que as pessoas façam o uso da carne mais no forno do que na brasa ou grelhada . Essa é uma dica que a gente faz, recomendação do Ministério da Saúde, porque realmente estas substancias produzidas por essa forma de preparo expõem a população a um maior risco de desenvolvimento da doença. E considerando que o câncer de cólon e reto está sendo o terceiro câncer na população de incidência, é preciso precaução”, alerta a especialista.

Segundo Sueli Couto, comer frutas, verduras e legumes com frequência ajuda a evitar que as substâncias tóxicas liberadas pela carne vermelha fiquem no organismo por muito tempo. “A fibra tem a função de carrear essas gorduras para fora do corpo, faz o intestino funcionar melhor e essas substâncias não ficam no intestino por muito tempo. A questão da carne acompanhada de alimentos protetores certamente vai melhorar a qualidade de vida dessa pessoa”, recomenda.

A Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde recomenda o consumo de 300g a 500g de carne vermelha por semana. Para saber mais sobre as ações de atenção nutricional do Sistema Único de Saúde (SUS) acesse www.saude.gov.br

Fonte: http://www.blog.saude.gov.br/nutricionista-alerta-sobre-o-perigo-do-consumo-excessivo-de-carne-vermelha/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=nutricionista-alerta-sobre-o-perigo-do-consumo-excessivo-de-carne-vermelha

sábado, 29 de dezembro de 2012

Dez Passos da Alimentação Saudável Para Crianças Menores de Dois Anos


Abordagem da Obesidade - Tratamento para emagrecimento


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Nem toda depressão é de origem psíquica


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ingestão diária de vitamina D pode evitar doenças graves


Uma entidade de saúde britânica está lançando uma campanha para conscientizar a população do país para os benefícios da ingestão diária de suplementos de vitamina D, cuja deficiência está associada a inúmeras doenças.

Segundo o Royal College of Paediatrics and Child Health (RCPCH, na sigla em inglês), órgão que supervisiona a saúde infantil no Reino Unido, tais suplementos, que são baratos e acessíveis, deveriam ser adicionados às refeições diárias de todas as pessoas, para fortalecer a saúde.

O RCPCH está concentrando sua campanha no Reino Unido para que grávidas, mulheres que estão na fase de amamentação, crianças de seis meses a cinco anos e adultos acima de 65 anos tomem a vitamina D na quantidade recomendada.

No país, estima-se que metade da população branca e 90% dos negros e asiáticos sofram de alguma doença relacionada à falta de vitamina D no organismo. Em países como Estados Unidos, Canadá e Finlândia, a ingestão suplementar de vitamina D já é bem mais comum.

Sintomas

Os primeiros sintomas da deficiência deste nutriente são dor óssea e muscular e inchaço nos punhos e nas costelas. A falta de vitamina D também está associada ao aumento da incidência de diabetes, tuberculose, esclerose múltipla e raquitismo, doença que provoca e enfraquecimento e deformação dos ossos.
O suplemento pode ser obtido pela luz solar e por alimentos como peixes oleosos, ovos e cogumelos.

"Sabemos que a falta de vitamina D é um problema crescente e estudos mostram que há altos níveis de deficiência deste nutriente entre certos grupos, incluindo crianças", disse Mitch Blair, professor do RCPCH.
"Pegando sol e comendo alimentos que são fontes de vitamina D, as pessoas obtém somente uma parcela de 10% da quantidade diária recomendada", avalia.

"Comer um pouco mais de peixe e apanhar um pouco mais de sol não vão resolver o problema", acrescenta.
"A falta de vitamina D está relacionada a uma série de doenças graves em crianças e adultos, que podem ser prevenidas com medidas simples, como o uso de suplementos", explica.

"Garantir que as pessoas estejam conscientes de que os suplementos estão disponíveis é um passo crucial para diminuir a incidência de doenças. Nós precisamos fazer com que esses suplementos estejam disponíveis para a população, que é algo que já está acontecendo em alguns países", acrescentou o especialista.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/12/121216_vitamina_d_deficiencia_ingestao_lgb.shtml

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Poluição do ar doméstico: um perigo silencioso e invisível



Sabia que nos países desenvolvidos a qualidade do ar das nossas casas pode ser bem mais preocupante que o ar da rua? 

Imaginava que a poluição do ar que respiramos dentro de casa pode ser muito superior à do ar de uma rua do centro de uma cidade movimentada, levantando sérias preocupações para a nossa saúde?

Nos países desenvolvidos, os poluentes mais perigosos do ar das nossas casas são substâncias químicas denominadas compostos orgânicos voláteis (VOC).

Trata-se de milhares de substâncias produzidas pela indústria petro-química que se evaporam com facilidade e se ligam às estruturas orgânicas dos seres vivos, de uma forma persistente.

Estes compostos orgânicos voláteis (VOC) entram na constituição de muitos materiais presentes nas nossas casas: materiais de construção, colas, tintas, vernizes, tecidos decorativos, móveis, …
Mas também estão presentes em milhares de produtos domésticos de uso corrente que talvez compre e use sem saber os perigos a que se expõe. Deixamos o alerta para que compreenda, de forma mais clara, o que pode pôr a sua saúde em risco de forma silenciosa.
Alguns dos perigos dos Compostos Orgânicos Voláteis para a saúde:

Os VOC, uma vez ligados às células do corpo humano, alteram o seu funcionamento orgânico por muitos mecanismos diferentes.
Imitam a ação de hormonas quando estimulam os órgãos-alvo dessas hormonas. Este fenómeno denomina-se por disrupção endócrina. Os principais  perigos são os efeitos sobre os recetores dos estrogénios para a mama, próstata e cólon.

Ao ligarem-se a recetores celulares, bloqueiam-nos, e dificultam a comunicação intercelular. Este obstáculo químico pode diminuir as capacidades cognitivas, memória, raciocínio, concentração, e ser responsável por graves alterações do funcionamento do sistema imunitário.
Podem ainda alterar a expressão genética, favorecendo o desenvolvimento de múltiplos cancros.

O que pode fazer para diminuir a poluição com VOC do ar da sua casa?
- Eliminar todos os produtos que integrem aromas artificiais na sua composição: perfumes de casa, ambientadores, incensos, velas aromáticas.
Ou seja, opte por produtos exclusivamente feitos com essências naturais.

- Eliminar o uso de todos os anti-parasitários inseticidas e antifúngicos domésticos
Opte por soluções ecológicas e naturais.

- Substituir os pesticidas e inseticidas para plantas domésticas por produtos de agricultura biológica.

- Na lavagem da roupa a seco são usados vários VOC.
Quando traz a sua roupa da lavandaria nunca a leve diretamente para o seu quarto ou roupeiro. Deixe-a ficar em local arejado durante 3 semanas antes de a arrumar!

- Reduza ao mínimo o uso de produtos de limpeza em spray. As pequenas partículas destas substâncias químicas depositam-se por toda a casa e entram facilmente em contacto com a pele e podem até ser ingeridas.

- Os produtos de limpeza que se dissolvem em água para lavar o chão ou outras superfícies, uma vez secos transformam-se em pó que se espalha no ar da sua casa.
Escolha desinfetantes sem aroma.

- Abra as janelas e renove todo o ar da casa pelo menos uma vez por dia
  
- E ainda: elimine total e permanentemente o uso de tabaco dentro de sua casa!

Agora que já conhece estes perigos ofereça a si, à sua casa e aos seus amigos produtos com aromas de essências naturais! Opte por prendas que gerem qualidade e saúde a si e aos seus.

Fonte: http://www.esmeraldazul.com/pt/blog/poluicao-do-ar-domestico-um-perigo-silencioso-e-invisivel/

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Estudo: Vitamina D reduz infecções respiratórias e uso de antibióticos


Pesquisa publicada hoje no BMJ Open sugere que a suplementação diária com de vitamina D resulta em menos casos de infecções respiratória severas e em menor uso de antibióticos em uma população suscetível.

Pesquisas sobre a deficiência de vitamina D e infecções respiratórias tem sido um tema quente de notícias ultimamente, com vários estudos que defendendo diferentes conclusões.

Pedro Bergman, médico residente em microbiologia clínica no Karolinska University Hospital, em Huddinge, e colegas conduziram um estudo randomizado, duplo-cego, atribuindo 140 pacientes com deficiência do sistema imunológico a suplementação diária de vitamina D (4.000 UI) ou placebo durante 1 ano. Os participantes tiveram freqüentes infecções do trato respiratório (mais de 4 por ano) e tiveram pelo menos "42 dias com sintomas de infecções do trato respiratório durante o ano anterior à inclusão. "

Os resultados são os seguintes:
Os participantes do grupo da vitamina D reduziram o desconforto
Os pacientes que necessitaram de tratamento com antibióticos, durante o período do estudo foi 63 por cento menor no grupo da vitamina D em relação ao grupo placebo
Houveram resultados significativamente menores de streptococcus aureus, infecções fúngicas e infecções respiratórias no grupo da vitamina D

Para pesquisas futuras, Bergman declarou: "Eu me concentraria em pacientes com menos de 50 nmol / l [20 ng / ml] ... A evidência disponível diz que somente aqueles abaixo desses níveis, há o benefício adicional da vitamina D. "

Bergman estimula que hajam pesquisas sobre o assunto antes de fazer recomendações definitivas.

Fonte: Vitamin D Council

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Posições corretas


Confira os benefícios dos alimentos que compõem a ceia de Natal e Ano Novo...


Conheça alguns alimentos da ceia que além de serem tradição são saudáveis e ricos em propriedades antioxidantes.

Romã: rico em antioxidantes contribui para o controle do mau colesterol, além disso, seu consumo diário ajuda a combater a formação de coágulos sanguíneos, responsáveis pelos enfartes. Reduz a inflamação das articulações (artrite, reumatismo); ajuda no alívio de diarreias; ajuda a aliviar sinais de cansaço e atrasa o aparecimento dos sinais de envelhecimento.

Nozes: contêm duas vezes mais antioxidantes do que castanhas, amêndoas, amendoins, pistaches, avelãs, castanhas-do-pará e castanhas de caju. Além disso, os antioxidantes presentes nas nozes têm maior qualidade e potência do que os dos outros frutos secos. Esses antioxidantes são entre duas a 15 vezes mais poderosos do que os da vitamina E. Os antioxidantes impedem reações químicas que ocasionam mudanças na estrutura molecular das células do corpo. O consumo regular pode reduzir o risco de doenças cardíacas, alguns tipos de câncer, diabetes tipo 2 e outros problemas de saúde. As porções dessas frutas consumidas devem ser pequenas, sete ao dia são o suficiente para obter os benefícios necessários.

Lentilha: Uma pena ser apenas lembrada nas festividades de final de ano. Ela ajuda a reduzir e a prevenir o colesterol elevado e controla o diabetes. O alto teor de ferro, vitaminas do complexo B e fibras, contribuem para o bom funcionamento do intestino.

Uva: Contém vitamina C e vitaminas do complexo B, mas o grande benefício da uva é ser rica em resveratrol, que está contido na sua casca, responsável pela melhoria da saúde cardíaca, prevenindo para vários tipos de câncer e aumenta a longevidade. Além disso, é diurética e laxante.

Ameixa: Outra fruta que faz parte da ceia tanto no Natal como no ano novo é a ameixa. Esta fruta tem poucas calorias e é uma boa fonte de fibras importantes para a dieta, como a celulose e a pectina. Melhora o trânsito intestinal e melhora a digestão. Outra de suas riquezas são as vitaminas A, E, e C, cálcio, potássio, ferro e magnésio. Por tudo isso vale a pena consumi-la na ceia e sempre.

Um Natal com muita saúde para todos!!!

Autora: Dra. Cristiane Spricigo

Fonte: http://ligadasaude.blogspot.com.br/2012/12/confira-os-beneficios-dos-alimentos-que.html

domingo, 23 de dezembro de 2012

Vitamina C


sábado, 22 de dezembro de 2012

Projeto que tramita na Câmara dos Deputados pretende retirar rotulagem de transgênicos das embalagens



Está pronto para ser votado no plenário da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 4148/2008, que elimina a rotulagem obrigatória de alimentos com menos de 1% de matéria-prima transgênica em sua composição. O texto, de autoria do deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS), causa polêmica entre consumidores e entidades da sociedade civil, que defendem a indicação em todos os produtos compostos por ingredientes geneticamente modificados, independentemente da porcentagem. Se aprovado, o projeto segue para apreciação do Senado, onde poderá sofrer modificações. Matéria de Anna Beatriz Lisbôa, no Correio Braziliense, socializada pelo ClippingMP.

Além de estabelecer o limite mínimo para o símbolo de transgênicos nas embalagens, a matéria tira a obrigação de rotulagem para produtos de origem animal produzidos a partir de espécies alimentadas com ração transgênica, exclui o atual símbolo de alerta para a presença de organismos geneticamente modificados — a letra “T” no centro de um triângulo amarelo —, bem como a informação sobre a matriz doadora do gene. A intenção do projeto é reverter a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que, em agosto deste ano, julgou obrigatória a rotulagem dos bens que contenham ingredientes primários alterados.

De acordo com o autor, Luis Carlos Heinze, o texto é uma adaptação à realidade brasileira, que não permite a fiscalização da porcentagem de organismos geneticamente modificados em todos os produtos. “Não há como fazer isso por causa da diversidade alimentícia produzida pelo Brasil. O Ministério da Agricultura não tem como fazer esse controle”, afirma Heinze. “Nos casos de níveis ínfimos de transgênicos, é preciso ter laboratórios muito apurados que façam exames e a maioria deles está nos grandes centros.”

Para Heinze, o projeto colocaria o Brasil de acordo com legislações internacionais. “Na Europa, por exemplo, o produto só é rotulado quando tem acima de 0,9% de organismos geneticamente modificados.” O parlamentar também defende que o atual símbolo das embalagens seja substituído por uma das seguintes expressões: “(nome do produto) transgênico” ou “contém (nome do ingrediente) transgênico”. “A maioria dos consumidores não consegue associar o ‘T’ a transgênicos”, justifica. Apesar de constar nas embalagens desde 2003, o “T” ainda passa desapercebido pela maioria dos consumidores. “Acho que deveria ter uma identificação melhor. Nunca reparei no símbolo”, revela a analista de sistemas Rosemeire Alves, 46 anos.

Precaução

A presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, defende o princípio da precaução em relação aos alimentos transgênicos. “Foram divulgados vários estudos que mostram as consequências dos organismos geneticamente modificados para o meio ambiente e para saúde. Nesse contexto, é fundamental que haja rotulagem para atender o direito à informação do consumidor e exercitar o princípio da precaução.” Dados do Ministério da Agricultura mostram que atualmente soja, algodão e milho transgênicos representam respectivamente, 80%, 30% e 60% da produção nacional dessas culturas.

Para o pesquisador do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) João Paulo Amaral, a falta de identificação da espécie doadora do gene poderia trazer insegurança para os consumidores. “Caso ocorra alguma pandemia, como houve no Japão e nos Estados Unidos, por causa de algum produto transgênico, não conseguiríamos tirá-lo de circulação”, explica.

O presidente do Conselho Nacional de Nutricionistas, Élido Bonomo, alerta que o maior risco desses alimentos é a falta de informações sobre a dimensão dos efeitos que eles podem causar. “Como se faz a alteração genética das plantas, gera-se um novo produto, e não sabemos como ele vai reagir no organismo das pessoas. Para liberar os alimentos para consumo, seria necessária uma análise a longo prazo, mas estão liberando com apenas três meses de estudo”, lamenta.

Aumento de alergias

De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), os transgênicos podem oferecer riscos à saúde, entre eles, crescimento da incidência de alergias e aumento da resistência a antibióticos. Em 1999, o Instituto de Nutrição de York, Inglaterra, por meio de pesquisa, constatou o aumento de 50% em alergia a produtos à base de soja. De acordo com estudo, o resultado estava relacionado ao consumo de soja geneticamente modificada. Nos Estados Unidos, reações em pessoas alérgicas impediram a comercialização de uma soja que possuía gene de castanha-do-pará.

Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/12/17/projeto-que-tramita-na-camara-dos-deputados-pretende-retirar-rotulagem-de-transgenicos-das-embalagens/

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Toxicidade reforçada



Fumar crack – mistura de pasta de cocaína, bicarbonato de sódio e água – é mais danoso aos neurônios do que cheirar cocaína pura. A conclusão é de um trabalho feito por um grupo de pesquisadores paulistas, liderados por Tania Marcourakis, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), que estuda desde 2007 a ação dessas drogas nas células cerebrais. Os efeitos negativos do crack se potencializam porque, ao consumi-lo, o indivíduo inala não apenas cocaína, um alcaloide, mas também um éster conhecido como metilecgonidina ou simplesmente Aeme. Há poucas informações a respeito dos efeitos do éster, que é produzido quando a cocaína é queimada em alta temperatura e pode causar, como sugere o estudo, a morte de neurônios.

A pesquisa foi realizada em cultura de células do hipocampo de ratos expostas a diferentes concentrações do éster e do alcaloide, isolados e em combinação. O hipocampo está envolvido no processo de aprendizagem e é rico em receptores colinérgicos muscarínicos que se ligam ao neurotransmissor acetilcolina, importante para a fixação da memória. “Constatamos que, quando os neurônios permanecem em contato com a cocaína e o Aeme por um período de 48 horas, ocorre um efeito neurotóxico muito maior do que quando expostos a cada uma dessas substâncias isoladamente”, afirma Tania. A neurotoxicidade se dá por mecanismos diferentes. A cocaína induz a morte neuronal por duas vias: por necrose – a célula sofre uma espécie de inflamação, incha e arrebenta, extravasando seu conteúdo – e por apoptose, uma morte celular programada, em que o núcleo da célula se fragmenta, formando pequenos corpos que são fagocitados pelas células de defesa do organismo. O Aeme provoca a morte celular apenas por apoptose. Os primeiros resultados do estudo, com apoio da FAPESP, foram publicados em abril na revista científica Toxicological Sciences.

A devastação nas células cerebrais provocada pelo uso do crack está relacionada à sua quantidade e frequência de consumo, já que o éster permanece no organismo por um tempo prolongado. “O efeito cumulativo do Aeme ainda não foi avaliado. Constatamos, no entanto, que a exposição de uma cultura de neurônios ao éster por 24 a 48 horas mata essas células. Se essa neurotoxicidade pode levar a uma neurodegeneração é uma pergunta que não podemos responder no momento”, afirma Tania.

Os efeitos do crack atingem rapidamente o cérebro e causam uma sensação de prazer de curta duração. Isso leva os usuários a aumentar a frequência do consumo da droga e desenvolver rapidamente dependência. A produção do Aeme durante o ato de fumar a droga parece reforçar a dependência do usuário. A cocaína inibe a recaptura de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer, e aumenta sua concentração na fenda sináptica, pontos de comunicação entre dois neurônios. Esse mecanismo é o responsável por seus efeitos estimulantes. “Nossa teoria é que o Aeme se liga a receptores muscarínicos do tipo M5 na área tegumental ventral [grupo de neurônios localizados no mesencéfalo, parte do cérebro ligada à visão, audição, controle motor, sono e vigília e controle de temperatura]”, diz Tania. “Isso estimularia a liberação de dopamina no núcleo accunbens [estrutura cerebral ligada à sensação de prazer], potencializando o processo de dependência da cocaína.” Essa teoria será testada na Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, pelo aluno de doutorado Raphael Caio Tamborelli Garcia. Os efeitos da cocaína no núcleo já eram conhecidos. “No entanto, a pesquisa mostra que, no caso do crack, há algo mais”, diz Cleopatra da Silva Planeta, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Araraquara.

Segundo maior mercado

O uso da cocaína, em sua forma intranasal ou na mistura de crack para ser fumada, assumiu proporções dramáticas no Brasil: o país já é o segundo maior consumidor global da droga, com 2,6 milhões de usuários, um terço deles dependentes do crack. Os números foram coletados pelo II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), realizado pelo Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com o apoio da FAPESP. “Temos um mercado consumidor maior que o de toda a Europa e América Latina. Perdemos apenas para os Estados Unidos”, diz Ronaldo Laranjeira, coordenador do Inpad.

A posição de destaque do Brasil se sustenta em função do baixo preço da droga. Aqui ela custa um décimo do valor de mercado praticado nos Estados Unidos e um vigésimo do preço cobrado na Europa, segundo o pesquisador da Unifesp. A proximidade dos grandes produtores de cocaína – Colômbia, Peru e Bolívia – e a alta capilaridade do sistema de distribuição da droga no Brasil são outros fatores que favorecem seu alto consumo. A rede de distribuição, formada por pequenos traficantes, é altamente eficiente: o maior consumo está no Sudeste, com 45% dos usuários, mas a cocaína/crack está presente no Nordeste (27%), Norte e Centro-Oeste (10%) e no Sul (7%). “Isso torna o controle muito mais difícil”, diz ele.

A cocaína consumida por via nasal é de uso mais comum. Foi experimentada por 4% dos adultos, segundo a pesquisa. Dois milhões de brasileiros já utilizaram o crack pelo menos uma vez na vida e um em cada 100 adultos fumou essa substância no último ano, expondo-se aos riscos duplos da cocaína e do éster Aeme, ainda de acordo com levantamento da Unifesp. Quase a metade dos usuários experimentou a cocaína pela primeira vez antes dos 18 anos.

O Ministério da Saúde e o governo paulista têm investido no tratamento de indivíduos viciados. “O estado de São Paulo se comprometeu a ampliar para 3.700 o número de leitos de internação em clínicas especializadas”, afirma Laranjeira. Os números, no entanto, não deixam dúvidas de que o Brasil deixou de ser um país de passagem para ser um consumidor da droga, o que exige uma atuação forte junto às áreas produtoras. “É preciso adotar uma política de negociação com esses países, já que se trata de uma atividade de produção que envolve uma parcela representativa do PIB. Esse entendimento envolve relações bilaterais e multilaterais, considerando que não temos recursos para fechar fronteiras.”

Artigo científico: GARCIA, R. C. et al. The neurotoxicity of anhydroecgonine methyl ester, a crack cocaine pyrolysis product. Toxicological Sciences. v. 128, p. 223-34. jul 2012.

Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2012/12/10/toxicidade-reforcada/

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Sugestões de lanches


quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Pudim de damasco


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Compulsão alimentar


domingo, 18 de novembro de 2012

Os sabores


8 frutas para a sua saúde


Benefícios da Castanha do Pará segundo a Dra. Isis Moreira


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Pesquisador afirma que os antibióticos dados a animais chegam ao solo e podem contaminar vegetais


O engenheiro agrônomo Rafael Leal, pesquisador do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP em Piracicaba, no interior de São Paulo, afirma que os resíduos atingem o ambiente de forma direta, nas fezes e na urina dos animais tratados, ou indireta, com o uso de esterco animal na adubação de propriedades rurais. Como o Brasil ainda não possui legislação sobre limites de resíduos no ambiente, Leal  recomenda o controle e o monitoramento das substâncias na criação de animais.

A pesquisa avaliou quatro tipos de antibióticos, as fluoroquinolonas (norfloxacina, ciprofloxacina, danofloxacina e enrofloxacina), aplicadas em amostras de solo, de cama de frango (revestimento sobre o qual ficam os animais no criadouro) e solo fertilizado com cama de frango – foram usadas 46 amostras de cama de frango e 11 de solo, coletadas em granjas e áreas agrícolas de Piracicaba e outras sete cidades próximas.

Leal diz que verificou, ainda, “o potencial dos resíduos de serem absorvidos e eliminados dos solos representativos do Estado de São Paulo”. “Nos dois casos [cama de frango e solo], os valores foram compatíveis com os níveis relatados em outros países, podendo-se citar levantamentos conduzidos na Áustria, China e Turquia”, explica.

O engeheiro agrônomo afirma que, além de impactar negativamente organismos aquáticos e terrestres, a ocorrência dos resíduos pode aumentar a resistência de micro-organismos aos antibióticos. “As implicações da presença dos resíduos ainda são pouco conhecidas, pois começaram a ser investigadas somente a partir do ano 2000, e o Brasil carece de pesquisas na área, ignorando possíveis efeitos no ecossistema local”.

Embora não haja uma relação direta entre os efeitos dos resíduos com a saúde das pessoas, Leal observa que as concentrações transferidas ao solo pela aplicação de esterco animal podem favorecer a seleção de populações de micro-organismos resistentes. “Os resíduos também poderiam ser absorvidos e acumulados nos tecidos vegetais, causando riscos quando da colheita e consumo de alimentos de origem vegetal.”

Fonte: http://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2012/11/17/antibioticos-dados-a-animais-contaminam-o-solo-e-podem-ficar-acumulados-em-vegetais.htm

Tem glúten?



Causas da Obesidade

Causas de Obesidade:  Só pra entender como o problema é muito mais complexo do que a maioria das pessoas imagina.

Causas 1:
  • Alimentação inadequada
  • Alto consumo de comida industrializada
  • Muita gordura na dieta 
  • Muito açúcar na dieta
  • Bebidas açucaradas
  • Sobremesas
  • Restaurantes Fast food
  • Comer fora em geral
  • Alto custo de comida saudável 
  • Pouca atividade física 
  • Automóvel 
  • Falta de calçadas para se caminhar
  • Diminuição de atividade física no trabalho 
  • Baixa renda
  • Alta renda
  • Economia
  • Poluição 
Causas 2: 
  • Flora intestinal intestinais 
  • Genética 
  • Epigenética
  • Problemas endocrinológicos
  • Medicamentos
  • Temperatura ambiente
  • Problemas do sono
  • Distúrbios intra-uterinos
  • Casamento consangüíneo
  • Vírus 
  • Idade mais avançada de maternidade 
  • Mães que trabalham fora
  • Pais que trabalham muito
  • Mães solteiras
  • Ganho de peso na gestação 
  • Diabetes gestacional
Causas 3: 
  • Ajuda financeira do governo (bolsa família etc)
  • Lares com 3 gerações 
  • Tabagismo materno
  • Ganho de peso rápido na infância 
  • Falta ou pouco aleitamento materno
  • Relacionamento mãe-filho ruim 
  • Maus tratos na infância ( negligência, abuso físico, abuso sexual)
  • Problemas comportamentais crônicos na infância 
  • Depressão 
  • Problemas respiratórios 
  • Incapacidade física 
  • Incapacidade mental

Causas 4: 
  • Subsídios agrícolas
  • Superprodução de grãos 
  • Publicidade de alimentos para crianças 
  • Globalização 
  • Industrialização 
  • Urbanização 
  • Facilidade no transporte
  • Aumento da renda per capita e do PIB
  • Melhor fornecimento de água 
  • Melhoria no saneamento básico 
  • Baixo nível educacional dos pais
  • Uso exagerado de TV e computador 

Causas 5:
  • Termogênese não relacionada a atividade física 
  • Inflamação crônica 
  • Relacionamentos sociais
  • Parar de fumar
  • Estresse
  • Equipamentos domésticos 
  • Problemas na tireóide 
Causas 6: 
  • Ir para escola particular 
  • Não comer no café da manhã
  • Beliscar
  • Massas
  • Chocolate 
  • Conflitos familiares
  • Baixa taxa de obesidade entre gays e homens bissexuais
  • Alta taxa de obesidade entre lésbicas e mulheres bissexuais 
  • Imigrante latino nos EUA
  • Mulher presa nos EUA
  • Ter feito amigdalectomia
  • Deixar a luz acesa à noite 
  • Exposição pré-natal a desastres naturais

Fonte: Downey Obesity