sábado, 16 de março de 2013

Onde entregar óleo de cozinha usado?



Extraído do site: http://www.akatu.org.br/Temas/Residuos/Posts/Onde-entregar-o-oleo-de-cozinha-usado
Faz já algum tempo que nós, do Akatu, somos procurados, com frequência, por pessoas que querem saber onde podem entregar o óleo de cozinha usado, para evitar jogá-lo no ralo ou no lixo. Para atender a essa demanda, decidimos elaborar uma lista, de abrangência nacional, com endereços/sites de postos de coleta de óleo. Para esta tarefa, contamos com a colaboração de diversos internautas, que receberam nosso pedido de ajuda e enviaram os endereços que conheciam.
Apesar de contar com mais de 150 postos, espalhados por 11 estados, é claro que a lista não está completa. Por isso, voltamos a pedir que, caso você saiba de locais que prestam esse serviço e não constam em nossa relação, por favor escreva-nos informando o endereço/site. Mande um email para faleconosco@akatu.org.br. com o título “POSTO DE COLETA DE ÓLEO”. Agradecemos sua colaboração.

Bahia
Porto Seguro
Creche Vó Jurema (SOS Anjos da Guarda)
Rua das Palmeiras s/nº - Arraial d'Ajuda
(73) 3575-1950

Salvador
Renove
(71) 9979-2504


Recife
Bumerangue Reciclagem
Rua Itaituba s/nº lote 78 - Jd Prazeres - Jaboatão dos Guararapes
(81) 3479-2677
bumerangueservicos@gmail.com

Saga Consultoria
Rua Conselheiro Portela, nº 665/202
 (81) 3244-1312

Associação Meio Ambiente, Preservar e Educar (Amape)
Estrada do Arraial, s/nº em frente ao 4484
(81) 3268-7984
www.coletaseletiva.org.br


Centro-Oeste

Distrito Federal

Brasília
Ecobras
SHIS QI 26 bloco B lojas 110 a 115
0800 – 6455151 (outros 2000 endereços no DF)
(61) 3367 5264

Goiás

Goiânia
4 Elementos
Rua R18, n. 121, Setor Oeste, Goiânia
(62) 3098-1470
http://www.elementos4.altervista.org/

Supermercados EXTRA e PÃO de açúcar (no estacionamento há cabines onde se deposita o óleo dentro de garrafas PET).

Anápolis
4 Elementos
(63) 3098-1470
http://www.elementos4.altervista.org/

Aparecida de Goiânia
4 Elementos
(64) 3098-1470
http://www.elementos4.altervista.org/

Sul

Paraná

Curitiba
Igreja Batista do Bacacheri
Rua Amazonas de Souza Azevedo, 134 
(41) 3363-0327

Departamento de Limpeza Pública da Prefeitura de Curitiba
78 pontos do Câmbio Verde e 21 terminais de ônibus da cidade
(41) 3338-8399
www.curitiba.pr.gov.br

Praticamente todas as cidades do Estado
Procof
(42) 3027.7581 / (45) 3572.7581
www.vitare.ind.br

Londrina
Bothanica
Av. Harry Prochet, 1170
0800-400-0397 (informações sobre “ecopontos” na cidade)

Pinhais
Alpharoma Óleos Essenciais
Rua Jose de Alencar, 443 - Vargem Grande
(41) 3667 4153


Rio Grande do Sul

Porto Alegre
Departamento Municipal de Limpeza Urbana
Os postos de recolhimento e horários de atendimento: De segundas a sextas-feiras, das 8h às 18h, e ao sábados, das 8h às 12h:
- Belém Novo – Av. Juca Batista, 10400
- Câncio Gomes – Travessa Carmen, 111
- CAR Norte – Av. Bernardino Silveira Amorim esquina Bernardino Silveira Pastoriza
- Cavalhada – Av. Otto Niemeyer, 3206
- Coleta Seletiva – Av. Wenceslau Escobar , 1980
- Conceição – Rua Alberto Bins, sob a Elevada da Conceição
- Cruzeiro – Av. Caixa Econômica, 528
- Fátima – Rua Alfredo Ferreira Rodrigues, 975
- Freitas e Castro – Rua Profº Freitas e Castro, 95
- Gasômetro – Av. João Goulart, 158
- Humaitá – Rua José Aloísio Filho, 780
- IAPI- Av. Assis Brasil, 1715
- Ipanema – Av. Guaíba, 2027
- Lami – Rua Otaviano José Pinto S/Nº (Beco do Pontal)
- Lomba do Pinheiro – Estrada Afonso Lourenço Mariante, 4401
- Niterói – Rua Niterói, 19
- Nordeste – Rua Dom Jaime de Barros Câmara, 815
- Pereira Franco – Rua Pereira Franco, 135
- Porto Seco – Av. Plínio Kroeff, 752
- República – Rua da República, 711
- Restinga – Rua Rubens Torelli, 50
- Silva Só – Rua Silva Só esquina com Av. Protásio Alves, sob Elevada do Viaduto Tiradentes
- Tenente Alpoim – Rua José Luiz Rodrigues Sobral, 958
- Visconde do Herval – Rua Visconde do Herval, 945.
Postos com horários diversificados:
- Sede do DMLU: Avenida Azenha, 631, Bairro Azenha
Atendimento: Segunda - Sexta: 8h às 18h
- Comando Ambiental da Brigada Militar: Avenida Bento Gonçalves, 3.850, Bairro Partenon
Atendimento: todos os dias da semana, inclusive, domingos e feriados: 8h às 20h
- Departamento de Esgotos Pluviais - DEP: Rua Washington Luís, 215, Bairro Centro
Atendimento: Segunda - Sexta: 8h às 18h
- Escola Municipal de Ensino Fundamental Vila Monte Cristo: Rua Carlos Superti, 84 - Bairro Vila Nova
Atendimento: Segunda - Sexta (7h30min às 12h  e  13h30min às 22h)
- Escola Estadual de Ensino Fundamental Paulina Moresco: Rua Thomé de Souza, 160 - Bairro Campo Novo
Atendimento: Segunda - Sexta: 8h às 17h
- Instituto São Judas Tadeu: Rua Dom Diogo de Souza, 100 - Bairro Cristo Redentor
Atendimento: Segunda - Sexta (7h30min às 12h  e  13h30min às 18h)
- Secretaria Municipal de Obras e Viação: Avenida Borges de Medeiros, 2244 - Bairro Cidade Baixa
Atendimento: Segunda - Sexta (8h30min às 12h  e  14h às 17h)
- FASC - Centro Regional Norte: Rua Paulo Gomes de Oliveira, 200 - Bairro:Sarandi
Atendimento: Segunda - Sexta (8h às 12h e 13h às 17h)
- FASC - Módulo Farrapos
Rua Maria Trindade, 115- Bairro:Navegantes
Atendimento: Segunda - Sexta-feira (9h  às 17h30 min) 
- FASC - Módulo Ilhas: Rua da Cruz, 05 –  Ilha Grande dos Marinheiros
Atendimento: Segunda – Sexta (9h às 12h e 13h30min  às 17h)
- Unidade Básica de Saúde Divina Providência: Rua Cananéia, 220 - Vila Jardim
Atendimento: Segunda - Sexta (8h às 17h)
- Escola Municipal de Ensino Fundamental Neusa Goulart Brizola (aberta de março a dezembro): Rua Monsenhor Rubem Weiss, s/nº - Loteamento Cavalhada
http://www.portoalegre.rs.gov.br/

Santa Catarina

Florianópolis
Universidade Federal de Santa Catarina (Programa Família Casca)
Bairro Trindade
(48) 3721-9000

Posto Galo SL
Rua Jerônimo José Dias, 200 - Saco dos Limões
(48) 3333-5098
sl@postogalo.com.br
Posto Galo RT
Rodovia SC 405 - Km 6, 2953 - Rio Tavares
(48) 3237-4432
rt@postogalo.com.br

Posto Galo LA
Rua Henrique Veras do Nascimento, 270 - Lagoa da Conceição
(48) 3232-0156
la@postogalo.com.br
Posto Galo BA
Rua Jornalista Manoel de Menezes, 3007 - Barra da Lagoa
(48) 3232-3284
ba@postogalo.com.br

Posto Galo ES
Rua Eurico Gaspar Dutra, 865 - Estreito
(48) 3244-0057
in@postogalo.com.br

Posto Galo KO
Rua Almirante Lamego, 1076 - Centro
(48) 3225-4666
ko@postogalo.com.br
Posto Galo LA-BR
Av. Afonso Delambert, 240 - Lagoa da Conceição
(48) 3246-2466
Acif Regional Ingleses
Rua Intendente João Nunes Vieira 1683 - Ingleses
(48) 3269-4111
http://www.acif.org.br/projetos/view.php?cod=43#pev

CTRes Comcap
Rodovia Admar Gonzaga - Itacorubi
(48) 3334-1529
http://www.acif.org.br/projetos/view.php?cod=43#pev

Acadêmia Marcelo Amim
Rua Liberato Carionti,520 - Vilagem III - Lagoa da Conceição - Florianópolis/SC
(48) 3232-0939

Acif Regional Ingleses
Rua Intendente João Nunes Vieira 1683 - Ingleses – Florianópolis/SC
(48) 3269-4111
Pessoa para contato: Márcia/Lúcia

Acif Regional Canasvieiras
Rua Dr. João de Oliveira 743 - Canasvieiras – Florianópolis/SC
(48) 3266-2910
Pessoa para contato: Alzenir/Monique

Associação Ambientalista Comunitária e Espiritualista Patriarca de São José
Rua Nelso Leopoldo dos Santos, 500 - Vargem Grande - Florianópolis/SC
(48) 3269-5514
Pessoa para contato: Marisa

Bruxa da Ilha
Rua Laurindo Januário da Silveira, 604 - Canto da Lagoa – Florianópolis/SC
(48) 3232-21467
Pessoa para contato: Paulino

CEFET Unidade Continente
Rua 14 de julho, 150 - Coqueiros – Florianópolis/SC
(48) 3271-1418/3271-1419
Pessoa para contato: Angela

Colégio Santa Terezinha
Servidão Safira, 148 - Ingleses – Florianópolis/SC
(48) 3369-1893
Pessoa para contato: Lisiane

CTRes Comcap
Rodovia Admar Gonzaga - Itacorubi – Florianópolis/SC
(48) 3334-1529

Escola Praia do Riso
Rua Bento Goiá, 290 - Coqueiros – Florianópolis/SC
(48) 3348-3003
Pessoa para contato: Marilda

Floricultura Eden Garden
Rodovia Ademar Gonzaga, 3715 - Morro da Lagoa – Florianópolis/SC
(48) 3334-3810

Mercado e Sacolão Santinho
Est. Vereador Onildo Lemos, 1079 - Santinho – Florianópolis/SC
(48) 3369-3039

Posto Canasvieiras - Rede Alê
Av. das Nações, 139 - Canasvieiras – Florianópolis/SC
(48) 3266-32012

Posto Raio (Estreito)
Rua Santos Saraiva, 936 - Estreito - Florianópolis/SC
(48) 3248-1603

Posto Raio (Kobrasol)
Av. Lédio João Martins, 1300 - Kobrasol - São José/SC
(48) 3247-2844

Posto Raio (Cachoeira)
Rod. Luiz Boiteux Piazza, 2761 - Cachoeira do Bom Jesus - Florianópolis/SC
(48) 3284-5137

Posto Raio (Ponta das Canas)
Rod. Luiz Boiteux Piazza, 4174 - Cachoeira do Bom Jesus - Florianópolis/SC
(48) 3284-1917
Posto Raio (da Ilha)
Av. Hercilio Luz, 715 - Centro - Florianópolis/SC
(48) 3025-7861

Posto Raio (Barreiros)
Rua Eliane Motta, 2000 - Barreiros - São José/SC
(48) 3258-8293

Posto Raio (Ressacada)
Rodovia SC 405, 375 - Costeira do Pirajubaé - Florianópolis/SC
(48) 3226-5226

Posto Galo SL (Saco dos Limões)
Rua Jerônimo José Dias, 200 - Saco dos Limões – Florianópolis/SC
(48) 3333-5098
Pessoa para contato: Sandro

Posto Galo RT (Rio Tavares)
Rodovia SC 405 – Km 6, 2953 - Rio Tavares – Florianópolis/SC
(48) 3237-4432
Pessoa para contato: Juliano

Posto Galo LA (Lagoa)
Rua Henrique Veras do Nascimento, 270 - Lagoa da Conceição – Fpolis/SC
(48) 3232-0156
Pessoa para contato: Adilson

Posto Galo LA-BR (Lagoa)
Av. Afonso Delambert, 240 - Lagoa da Conceição – Florianópolis/SC
(48) 3246-2466
Pessoa para contato: Evandro

Posto Galo BA (Barra da Lagoa)
Rua Jornalista Manoel de Menezes, 3007 - Barra da Lagoa – Florianópolis/SC
(48) 3232-3284
Pessoa para contato: Joster

Posto Galo ES (Estreito)
Rua Eurico Gaspar Dutra, 865 - Estreito – Florianópolis/SC
(48) 3244-0057
Pessoa para contato: Júlio

Posto Galo KO (Koesa)
Rua Almirante Lamego, 1076 - Centro – Florianópolis/SC
(48) 3225-4666
Pessoa para contato: Evandro

São José
EcoAmbiental
Rua Arthur Mariano, s/nº
(48) 3247-1556
ecoambiental02@yahoo.com.br

Posto Galo SH
Rua Gerôncio Thives, nº 1099 - Barreiros
(48) 3246-2466
sh@postogalo.com.br
Posto Galo JB
Rua Josué di Bernardi, 891 - Campinas
(48) 3241-0014
jb@postogalo.com.br

Subhadra's Restaurante Natural
Praça Hercílio Luz,  177 - Centro Histórico - São José/SC
(48) 3247-5867


Palhoça
Posto Galo AR
Av. Bom Jesus de Nazaré, 2300
(48) 3342-0265
ar@postogalo.com.br

Sudeste

Espírito Santo
Cariacica
Politintas
Rod BR 262, Km 4 – Campo Grande
(27) 3246-3201 
falecom1@politintas.com.br

Guarapari
Politintas
Av Gov Jones dos Santos Neves, 2964, loja 1, Muquiçaba
(27) 3221-2222
falecom7@politintas.com.br

Vila Velha
Politintas
Avenida Carlos Lindenberg, 2340 - Lojas 12 e 13
(27) 3340-5711
falecom2@politintas.com.br

Vila Velha
Politintas
Rua Luciano das Neves, 1152 – Centro
(27) 3289-1200 
falecom5@politintas.com.br

Serra
Politintas
Rua São José, 304 – Jardim Limoeiro
(27) 3228-3499
falecom3@politintas.com.br

Vitória
Politintas
Avenida Leitão da Silva, 931 – Gurigica
(27) 3325-4541
falecom4@politintas.com.br


Minas Gerais

Viçosa
Rebusca - Ação Social Evangélica Viçosense
Av. P. H. Rolfs, 275 - centro
(31) 3891 3307

Rio de Janeiro

Volta Redonda
Prefeitura de Volta Redonda (Programa Ecoóleo)
Rua Vereador Francisco Evangelista Delgado, 1355 – São Cristóvão
(24) 3339-4226
http://www.portalvr.com/projetos/ecooleo.php

Rio de Janeiro e Grande Rio
Disque-Óleo
(21) 2260 3326
contato@disqueoleo.com.br

Rio de Janeiro
Secretaria de Meio Ambiente do Rio / Refinaria Manguinhos/ UFRJ
Cidade Universitária
(21) 2598-9242 (informações sobre outros postos na cidade)
prove.rj@gmail.com
www.ambiente.rj.gov.br/pages/sup_clim_carb/carbono_projetos/carbono_proj_prove.html

  
JW Dias Comércio de Óleo Vegetal e Gordura
R Sta Hilaire, 26 - Bonsucesso
(21) 2290-5517

Maricá
Instituto Ambiental Reciclar
Rua 116, lote 4 quadra 163 - Cordeirinho
(21) 2648-3758
www.iar.org.br

São Paulo

Grande São Paulo
Biobrás
Rua Cel. Souza Franco, 240 - sala 6 (Mogi das Cruzes)
(11) 4799-8199
www.biobras.org.br

ONG Trevo
(11) 3531-2116 / 6161-3867
www.trevo.org.br


São Paulo e ABCD
Instituto Lótus
(11)3499-7384

Instituto Triângulo
Rua João Ribeiro, 348, Campestre - Santo André
(11) 4991-1112
www.triangulo.org.br
ASSISBRAC
Rua dos Macucos, 14 - Parque dos Pássaros
Tel. (11) 4392.7492
www.assisbrac.org.br

São Paulo

Rede Carrefour
- Vila Gertrudes: Av. Nações Unidas,  15.187. Tel.  (11) 5186.8600
- Jardim Paulista: Rua Pamplona, 1704.  Tel. (11) 3882.0071 / 72
- Vila Leopoldina: R.José César de Oliveira. s/nº. Tel. (11) 3837.8701
- Santo Amaro: Av. Santo Amaro, 4815. Tel. (11)  5090-0302
- Pinheiros: Av. Rebouças,3970. Tel. (11) 3093-0002
- Bosque da Saúde: Rua Ribeiro Lacerda, 940. Tel. (11) 5067-6700

Instituto Viva Melhor de Responsabilidade Socioambiental do Hospital Bandeirantes.
- Hospital Bandeirantes (prédio administrativo): Rua Galvão Bueno, 430.
- Associação Comercial de SP: Rua Galvão Bueno, 83.
- Associação Cultural e Assistencial da Liberdade: Avenida Liberdade, 365.
- Fundação Orsa: Rua Barão de Iguape, 900. (11) 3345-2260

Parque Municipal São Domingos
Rua Pedro Sernagiotti, 125 - Parque São Domingos
(11) 3831-7083

- Pão de Açúcar Borba Gato: Av. Santo Amaro, 5460
- Pão de açúcar Brooklin:  Av. Santo Amaro, 3271
- Pão de Açúcar Ricardo Jafet: Rua Prof. Serafim Orlandi, 299
- Pão de Açúcar Carneiro da Cunha: Rua Carneiro da Cunha, s/nº
- Pão de Açúcar Portal: Rua Marechal Hastinfilo de Moura, 30
- Pão de Açúcar Real Parque: Av. Major Sylvio de Magalhães Padilha, 13000
- Pão de Açúcar Pedroso: Rua Pedroso, 215
- Pão de Açúcar Santo Amaro: Av. Santo Amaro, 4530. Tel. 0800-7-732-732

Associação Nossa Escola
Rua Marques de Praia Grande, 115 - Vila Prudente
(11) 6965-9259  
www.anossaescola.org.br


Santos
Federação Bandeirante do Brasil - Núcleo Santos
Rua Jurubatuba, 157
http://movimentobandeirante.blogspot.com/

São Vicente
Secretaria de Saúde São Vicente
Rua Martim Afonso, 214 - Centro
(13) 3569-5700

Prefeitura Municipal de São Vicente
Todas as creches e escolas municipais

Indaiatuba
Prefeitura de Indaiatuba (Projeto Biodiesel Urbano)
0800 7722195

Campinas
Cidade dos Meninos / Apro-Cima
Praça XV de Novembro, 18 Cambuí
Rua Regente Feijó, 1483
(19) 3201-3020

Santana do Parnaíba
Avemare (Associação Vila Esperança de Materiais Recicláveis) / Instituto Tamboré
Rua João Santana Leite, 417
(11) 4154-4190
contato@avemare.org.br

Diadema
BIOAUTO IND;COM
Av. Álvares Cabral, 680
(11) 4043-2125

São José do Rio Preto
Microlins Franchising
Rua Antônio de Godoy, 3277 - Centro
(17) 3212 1530

Santo André
COOP
Av. Industrial, 2001 - Bairro Campestre

Sorocaba
COOP
Rua Padre Madureira, 255 - Bairro Árvore Grande

COOP
Av. Itavuvu, 3799 - Bairro Itavuvu

Lorena
Semear (Secretaria do Meio Ambiente, Agricultura e Desenvolvimento Social)
todas as escolas municipais;Centro Unisal; Colégio São Joaquim; a FATEA; EEL-USP; ACIAL; Associação dos Engenheiros; Obelix Distribuidora de Água
(12) 31853518
http://www.lorena.sp.gov.br/semear/noticia.php?acao=1&id=1236

Itapecerica
ADRA – Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais
Rua Felipe Carrillo Puerto, 96 - Próximo à 47ª Distrito Policial na Estrada de Itapecerica.
(11) 5823-4993

Pirassununga
FOCINHOS & CIA PET SHOP / Lirium
R. José Bonifácio, 1540 Bairro do Rosário
(19) 3562-6767

Aparecida
Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Aparecida e APAE – Aparecida
Rua Chico Palma, s/nº (próximo à Farmácia Popular e Estação de Trem)
0800-7700.793 ou (12) 3105-4469

Itu
COMAREI - Cooperativa de Recicláveis
(11) 4025-2590
www.itu.com.br/comarei

Taubaté
Barretti Soluções
Av. Padre Fischer, 1523 - Bairro Parque São Luiz
(12) 3622.4348
barretti@hotmail.com




quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Estudo mostra que sedentarismo está criando 1ª geração de jovens que viverá menos que seus pais


edentarismo já ameaça reduzir expectativa de vida – Estudo internacional que inclui o Brasil mostra que inatividade física está criando primeira geração de jovens que viverá menos que seus pais
Um estudo que analisa dados de Brasil, Estados Unidos, Grã-Bretanha, China e Índia alerta que o crescente sedentarismo nestes países ameaça formar a primeira geração de jovens que viverá menos que seus pais. O trabalho, que tem o American College of Sports Medicine como coautor, conclui que em 2030 a inatividade física pode abreviar em até cinco anos a expectativa de vida, caso seja mantido o ritmo atual. Matéria de Bruno Deiro e Pedro Proença, em O Estado de S.Paulo.
As projeções, que tiveram a participação de 70 especialistas ligados às áreas de saúde e educação física, indicam que em 18 anos o Brasil terá diminuído em cerca de 34% os níveis de atividade física desde o começo da década passada. Somente entre 2002 e 2007, a queda foi de 6%.
Segundo Lisa MacCallum Carter, executiva global da Nike, que também é coautora da pesquisa, o País começa a sofrer os males que já são sentidos há algumas décadas pelos países mais desenvolvidos – de 1965 a 2009, a queda da atividade física nos Estados Unidos foi de 32%.
“As máquinas e carros têm feito as atividades físicas por nós, e isso é uma coisa boa, pois apreciamos o padrão de vida moderno. Mas é preciso observar a quantidade de movimento que é perdida por isso e buscar formas de compensar”, afirma a executiva. “Se uma criança está ameaçada de viver uma vida mais curta que seus pais, este é o oposto do progresso humano.”
Segundo Lisa, as estatísticas levam em conta outros fatores, como nutrição, mas o sedentarismo tem papel central, especialmente em países desenvolvidos ou em desenvolvimento. Ela lembra que as dez doenças que mais matam nos 50 países mais ricos do mundo estão relacionadas à falta de atividade física.
“À medida que as economias crescem, os níveis de atividade física diminuem”, explica. “No Brasil, cuja economia teve um forte crescimento nos últimos anos, esperamos que isso ocorra em um período bem menor de tempo. Mas ainda há tempo de evitar isso”, acrescenta.
Mobilidade. Entre os países em desenvolvimento, os problemas são diferentes entre si. Na China, que nos últimos 20 anos teve uma queda de 45% nos níveis de atividade física, o principal vilão tem sido o excesso de pessoas que trocaram a vida rural pelas cidades. No país, os pesquisadores apontam as deficiências das grandes metrópoles, que estimulam o transporte motorizado.
O estudo também aponta um viés econômico: a avaliação é de que a inatividade física traz gastos diretos e indiretos de quase US$ 150 bilhões por ano, apenas nos Estados Unidos.
Segundo o médico Carlos Alberto Machado, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a associação com a obesidade é o fator mais preocupante do sedentarismo. Nos EUA, o índice de americanos obesos mais que dobrou nas últimas três décadas e deve atingir 42% da população até 2030. Além disso, cerca de um terço dos americanos estará com sobrepeso, fazendo com que as pessoas com peso ideal ou magras se tornem uma minoria no país.
Machado relaciona uma pesquisa da SBC, que mostrou que 49% dos brasileiros são sedentários, com dados do Ministério da Saúde que revelam que 64% da população do País está com excesso de peso. “O obeso que faz atividade física diminui o risco. E quem sai da situação de sedentário para pouco ativo (30 minutos de exercícios em 5 dias da semana) reduz em 66% o risco cardiovascular”, lembra ele.
No Estado de São Paulo, de 2004 até este ano, o Núcleo de Estudos da Obesidade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) fez um trabalho com 300 adolescentes obesos e concluiu que metade deles tinha tendência à diabete e 32% sofriam de síndrome metabólica (pressão alta, diabete e colesterol elevado). “Esses adolescentes têm fortes fatores de riscos mórbidos. Ou seja: têm grande chances de morrer cedo”, afirma Ana Dâmaso, coordenadora do Núcleo.
Fonte: http://www.ecodebate.com.br/2012/11/05/estudo-mostra-que-sedentarismo-esta-criando-1a-geracao-de-jovens-que-vivera-menos-que-seus-pais/

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Cientistas sugerem ligação entre poluição do ar e ocorrência de autismo


Pesquisa liga autismo à poluição atmosférica – Uma pesquisa [Traffic-Related Air Pollution, Particulate Matter, and Autism] realizada na Califórnia, Estados Unidos, sugere que o autismo está ligado à poluição gerada por veículos.
O estudo envolveu mais de 500 crianças e as descobertas foram apresentadas na revista especializada Archives of General Psychiatry.
Os pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia usaram dados da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos para calcular os níveis de poluição registrados nos endereços escolhidos para participar da pesquisa.
Os dados foram usados para comparar a exposição à poluição no útero e durante o primeiro ano de vida. Foram analisadas 279 crianças com autismo e 245 crianças sem o problema.
De acordo com os cientistas, as crianças que viviam nas casas expostas à uma quantidade maior de poluição “tinham três vezes mais chances de ter autismo, comparadas às crianças que moravam em casas com níveis mais baixos de exposição” à poluição.
Os pesquisadores da Califórnia alertam que esta constatação pode ter implicações mais amplas, pois a poluição do ar é “comum e pode ter efeitos neurológicos duradouros”.
Outras variantes
Outros pesquisadores questionaram como a poluição pode alterar o desenvolvimento do cérebro de uma criança e levar ao autismo.
“Me parece muito improvável que a associação (entre poluição do ar e autismo) seja causal”, afirmou Uta Frith, professora de desenvolvimento cognitivo do University College de Londres.
Para a professora, o estudo californiano não “nos fez avançar em nada, pois não apresenta um mecanismo convincente pelo qual os poluentes podem afetar o desenvolvimento do cérebro para resultar em autismo”.
Um dos problemas com estudos deste tipo é que é difícil analisar todos os aspectos da vida de uma pessoa que podem afetar a probabilidade de desenvolver autismo, como o histórico familiar, por exemplo.
Isto significa que o estudo não pode afirmar que o autismo é causado por poluição gerada por veículos, apenas que pode haver uma ligação entre as duas coisas.
Mas, para Sophia Xiang Sun, do centro de pesquisas em autismo da Universidade de Cambridge, diminuir a poluição seria uma boa ideia.
“Sabemos que a poluição do ar relacionada ao trânsito de veículos pode contribuir com muitas outras doenças e é biologicamente plausível que também tenha um papel no desenvolvimento do autismo”, afirmou.
“No entanto, existindo ou não uma associação potencial entre autismo e poluição do ar, a redução desta poluição relacionada ao trânsito seria boa para a saúde pública”, acrescentou.
Traffic-Related Air Pollution, Particulate Matter, and Autism ONLINE FIRST
Heather E. Volk, PhD, MPH; Fred Lurmann; Bryan Penfold; Irva Hertz-Picciotto, PhD; Rob McConnell, MD
Arch Gen Psychiatry. 2012;():1-7. doi:10.1001/jamapsychiatry.2013.266.
http://archpsyc.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=1393589#Abstract
Matéria de James Gallagher, Repórter de ciência da BBC News,

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Estudo indica diminuição da concentração do sêmen e de sua morfologia em toda França


Uma queda “significativa” da concentração de espermatozóides no sêmen e da qualidade deste, entre 1989 e 2005, na França, foi confirmada por um novo e vasto estudo [Decline in semen concentration and morphology in a sample of 26 609 men close to general population between 1989 and 2005 in France ] realizado com mais de 26.600 homens.
“Até onde sabemos, trata-se do primeiro estudo que demonstra uma redução grave e geral da concentração do sêmen e de sua morfologia na escala de um país e durante um período importante”, indicam os autores, que publicam seus resultados nesta quarta-feira na revista europeia Human Reproduction. Matéria da AFP, no Yahoo Notícias, com informações adicionais do EcoDebate.
“Isto é uma advertência séria”, acrescentam, ressaltando que “a relação com o meio ambiente (com os perturbadores endócrinos, por exemplo) deve ser determinada”.
Esta pesquisa confirma outras anteriores, mais limitadas, que já mostravam uma diminuição similar na concentração e qualidade do sêmen.
“Este é o maior estudo realizado na França e provavelmente no mundo, se levarmos em conta que trabalhamos com uma amostra representativa da população geral”, disse à AFP a doutora Joelle Le Moal, epidemiologista do Instituto de Vigilância Sanitária francês.
No período de 17 anos (1989-2005) estudado, a diminuição é significativa e contínua (1,9% anual), o que leva a uma redução total de 32,2% na concentração espermática (milhões de espermatozóides por mililitro de sêmen).
Em um homem de 35 anos, nestes 17 anos, a contagem de espermatozóides passou de 73,6 milhões/ml para 49,9 milhões/ml em média.
Além disso, o estudo mostrou uma redução significativa de 33,4% na proporção de espermatozóides com forma normal no mesmo período.
Para formar o grupo de mais de 26.000 homens, os pesquisadores utilizaram a base de dados de usuários do programa de ajuda à procriação (APM) da associação especializada Fivnat, que coletou até 2005 os dados de 126 centros de APM.
As amostras de sêmen provêm dos casais com mulheres completamente estéreis (obstrução ou ausência das tropas de Falópio), o que significa que estes homens não foram selecionados com base em seu nível de fertilidade, o que os aproxima da população geral.
As concentrações de esperma fértil permanecem no padrão médio da OMS (mais de 15 milhões/ml), afirma a doutora Le Moal.
Mas, segundo alguns estudos, as concentrações abaixo de 55 milhões/ml influenciam negativamente no tempo necessário para procriar, embora isso, que reflete a fertilidade de um casal, também dependa de outros fatores, socioeconômicos e de comportamento (por exemplo, o momento das relações sexuais em relação ao período fértil), explicou.
Por último, esta diminuição da qualidade do esperma na realidade pode ser ainda mais importante pelo fato de a população estudada ter, a priori, menor tendência a fumar ou à obesidade, dois fatores conhecidos por afetar a qualidade do sêmen, segundo os pesquisadores.
Decline in semen concentration and morphology in a sample of 26 609 men close to general population between 1989 and 2005 in France
Hum. Reprod. (2012) doi: 10.1093/humrep/des415 First published online: December 4, 2012

Estudo indica que certas profissões representam maior risco de câncer de mama do que outras


Existe uma ligação entre o risco de câncer de mama e o ambiente de trabalho? Um estudo [Neural Breast cancer risk in relation to occupations with exposure to carcinogens and endocrine disruptors: a Canadian case-control study], publicado na revista open access Environmental Health, fornece evidências adicionais sobre este tema de pesquisa, anteriormente negligenciado, confirmando que certas profissões representam um maior risco de câncer de mama do que outras, particularmente aquelas que expõem a trabalhadora a agentes cancerígenos e desreguladores endócrinos.
O câncer de mama é o diagnóstico de câncer mais freqüente entre as mulheres em países industrializados e as taxas norte-americanas estão entre as mais altas do mundo. Desreguladores endócrinos químicos e substâncias cancerígenas, alguns dos quais ainda não oficialmente classificados como tal, estão presentes em muitos ambientes de trabalho e podem aumentar o risco de câncer de mama. Em seu estudo, James T Brophy e seus colegas buscaram caracterizar as possíveis ligações entre câncer de mama e ocupação, especialmente na agricultura e indústria.
O estudo foi realizado no sul de Ontário, no Canadá, e incluiu 1.006 casos de câncer de mama (reconhecidos pelo Regional Windsor Cancer Centre) com 1.147 controles da comunidade aleatoriamente selecionados e combinados. Por meio de entrevistas e pesquisas, a equipe coletou dados sobre histórias ocupacionais e reprodutivas dos participantes. Todos os trabalhos foram codificados por sua probabilidade de exposição a agentes cancerígenos e desreguladores endócrinos.
Os autores, neste grupo de participantes, identificaram que, em todos os setores, as mulheres em postos de trabalho com exposição a agentes cancerígenos potencialmente elevados e desreguladores endócrinos tiveram um risco mais elevado de câncer de mama. Os setores com maior risco foram agricultura, fabricação de plásticos automotivos, de conservas de alimentos e metalurgia.
É importante ressaltar que o risco de câncer de mama na pré-menopausa foi maior nos setores plásticos automotivos e indústrias de conservas de alimentos.
Os resultados também sugerem que as mulheres com menor nível socioeconômico tiveram um risco mais elevado de câncer de mama, o que pode resultar de exposições mais elevadas a desreguladores endócrinos químicos nas indústrias de baixa renda e na de produção agrícola.
Os resultados reforçam as hipóteses que ligam o risco de câncer de mama e exposições a substâncias cancerígenas e desreguladores endócrinos.
Para James T Brophy, coordenador do estudo, diz “Nossos resultados destacam a importância de estudos ocupacionais na identificação e quantificação de fatores de risco ambientais e ilustra o valor de pesquisar as histórias ocupacionais de pacientes com câncer. Evidências crescentes sugerem que nós precisamos reavaliar limites de exposição profissional, inclusive regulamentando novas regras de proteção ocupacional.”
Neural Breast cancer risk in relation to occupations with exposure to carcinogens and endocrine disruptors: a Canadian case-control study
James T Brophy, Margaret M Keith, Andrew Watterson, Robert Park, Michael Gilbertson, Eleanor Maticka-Tyndale, Matthias Beck, Hakam Abu-Zahra, Kenneth Schneider, Abraham Reinhartz, Robert DeMatteo and Isaac Luginaah
Environmental Health
Redação do EcoDebate com informações de Hilary Glover, BioMed Central
Fonte: EcoDebate

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Os produtores rurais brasileiros estão usando mais agrotóxicos em suas lavouras


Uso de defensivos é intensificado no Brasil
Os produtores rurais brasileiros estão usando mais defensivos em suas lavouras. Apesar do expressivo crescimento da área cultivada com sementes transgênicas, tecnologia que promete reduzir o uso de químicos na produção agrícola, as vendas desses produtos aumentaram mais de 72% entre 2006 e 2012 – de 480,1 mil para 826,7 mil toneladas -, segundo dados do Sindag, sindicato que representa fabricantes de defensivos no país.
A reportagem é de Gerson Freitas Jr e publicada pelo jornal Valor, 30-07-2012.
No mesmo período, a área cultivada com grãos, fibras, café e cana-de-açúcar cresceu menos de 19%, de 68,8 milhões para 81,7 milhões de hectares, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso significa que o consumo médio de agrotóxicos, que era pouco superior a 7 quilos por hectare, em 2005, passou a 10,1 quilos em 2011 – um aumento de 43,2%.
Entre as principais classes de produtos, as vendas de fungicidas foram as que mais cresceram. Entre 2006 e 2011, o uso anual do produto destinado a combater doenças como a ferrugem da soja mais que triplicou, de 56 mil para 174 mil toneladas. As vendas de inseticidas avançaram quase 84%, de 93,1 mil para 170,9 mil toneladas. Já as entregas de herbicidas, químico usado no combate a ervas daninhas, alcançaram 403,6 mil toneladas – um aumento de 44% em relação às 279,2 mil toneladas registradas em 2006.
As vendas de defensivos movimentaram quase US$ 8,5 bilhões no Brasil em 2011 – o dobro do apurado em 2005. Trata-se do segundo maior mercado do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
O expressivo aumento no uso dos defensivos aconteceu no mesmo período em que o cultivo de transgênicos deu seu grande salto no país. Desde 2005, ano em que o Brasil aprovou suaLei de Biossegurança, a área plantada com sementes geneticamente modificadas mais do que triplicou, de 9,4 milhões para 32 milhões de hectares. Só o cultivo do milho transgênico com a tecnologia BT - que protege as plantações dos ataques de lagartas e dispensa o uso de inseticidas para esse fim- saltou de zero para quase 10 milhões de hectares, de acordo com os últimos dados da consultoria Céleres.
Anderson Galvão, CEO da Céleres, afirma que não há contradição no aumento das vendas tanto de transgênicos quanto de agroquímicos. “Embora a biotecnologia pressuponha um menor uso de defensivos, a base inicial é muito baixa”, justifica. Ele pondera que, até meados da última década – anos de vacas magras na agricultura brasileira -, os produtores aplicavam menos químicos do que o necessário para combater as pragas nas lavouras devido à necessidade de cortar custos. Com o aumento da renda nos últimos anos, no entanto, os produtores puderam investir mais no trato das plantações. “Não fosse a biotecnologia, esse crescimento teria sido ainda maior”, garante. “O fato é que a intensidade tecnológica da produção está crescendo. O que tínhamos antes era um problema de subdosagem”, afirmaIvan Sampaio, gerente de informação do Sindag.
Narciso Barison Neto, presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), afirma que parte do aumento no uso de agrotóxicos deve-se à chegada da ferrugem asiática da soja na década passada. “O controle da doença exigiu um maior número de aplicações. E aí é indiferente se a soja é transgênica ou não, porque ainda não temos um produto que seja imune à ferrugem”, pondera.
De todo modo, os benefícios da biotecnologia em relação ao uso de agrotóxicos nas plantações ainda são marginais. De acordo com a Céleres, o plantio de sementes transgênicas poupou o uso de 4,9 mil toneladas de defensivos na safra 2010/11 – menos de 1,5% do volume total pulverizado. Desde a temporada 1996/97, quando os primeiros transgênicos chegaram ao Brasil, a economia acumulada não passou de 14,5 mil toneladas.
Céleres projeta, porém, que os ganhos serão mais expressivos na próxima década, com a consolidação da tecnologia e a chegada de novas variedades no país, como a soja resistente a insetos. Ao fim da safra 2020/21, o Brasil terá deixado de consumir pouco mais de 146 mil toneladas de defensivos, estima.
Milho e algodão, que respondem por aproximadamente 22% dos defensivos vendidos no país, são as culturas mais beneficiadas pela adoção da biotecnologia. Segundo a Céleres, na safra 2010/11, lavouras de milho transgênico do Paraná, resistentes a insetos e tolerante a herbicidas, demandaram 24,7% menos defensivos na safra de verão do que um plantio convencional (4,5 quilos ante 6,2 quilos por hectare). Em Mato Grosso, em plantios transgênicos de algodão (também resistentes a insetos e tolerantes a herbicidas), a economia foi de 2,8% (13,6 quilos ante 14 quilos por hectare), em média.
Contudo, as lavouras transgênicas de soja – cultura que demanda, sozinha, 48% de todos os agrotóxicos vendidos no país – são mais intensivas no uso de defensivos do que as que não adotam a tecnologia. No Paraná, por exemplo, as lavouras com a tecnologia Roundup Ready (RR), da Monsanto, consumiram, em média, 3,6 quilos de agroquímicos por hectare, alta de 16,2% em relação aos 3,1 quilos consumidos em lavouras convencionais. A vantagem para o produtor está no manejo: nas lavouras b, eles substituem vários herbicidas por um único produto, o glifosato, em dosagem maior.
Outros fatores colaboram para anular os potenciais efeitos positivos da biotecnologia sobre o uso de agrotóxicos, como o aumento da resistência de ervas daninhas ao glifosato e o surgimento de pragas secundárias. “As doenças fúngicas nunca foram uma preocupação grande nas lavouras de milho porque o foco sempre foi o controle da lagarta. Como esse problema foi resolvido com os transgênicos, agora os produtores terão se preocupar com elas. Logo, é provável que tenhamos um aumento nas vendas de fungicidas para milho nos próximos anos”, projeta Galvão.
Ecodebate, publicado pela IHU On-line, parceira estratégica do EcoDebate na socialização da informação

Após denúncias, Anvisa inicia auditoria de processos sobre agrotóxicos desde 2008

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sábado, 23 de fevereiro de 2013

O uso indiscriminado de agrotóxicos é uma afronta ao direito a uma alimentação saudável, artigo de Gilvander Luís Moreira


o início de 2012, ano em que a Campanha da Fraternidade2 foi sobre Saúde Pública, além de escrever alguns textos de apoio às lutas em defesa deste direito constitucional e para que ele se efetive de fato no chão da vida real, disponibilizei um vídeo de 2,5 minutos, no Youtube e em meu sítio www.gilvander.org.br , sob o título Feijão de Unaí está envenenado? Trata-se de uma entrevista com uma diretora de Escola Municipal da zona rural de Arinos, Noroeste de Minas. Na entrevista ela afirma que ao tentar cozinhar 30 quilos do Feijão Unaí para a merenda das crianças teve que jogar fora todo o feijão, porque ao abrir os saquinhos as cozinheiras sentiram o cheiro forte de veneno. Em outra ocasião lavaram o feijão, deixaram de molho de um dia para o outro, mas ao cozinhar, o mau cheiro fez as cozinheiras sentirem mal. Havia excesso de gosma acumulando na panela. Não foi possível dar o feijão para as cerca de 200 crianças da escola. A entrevistada noticiou também haver um grande número de pessoas com câncer na cidade de Arinos. Corre de boca em boca que o modo do cultivo e conservação de feijão de Unaí pode estar causando câncer em muita gente.
Por causa da divulgação do vídeo, a empresa proprietária do feijão Unaí processou os responsáveis do Google/Youtube e a minha pessoa, alegando danos morais. O juiz do Juizado Especial Cível da Comarca de Unaí, responsável pelo processo, ordenou prisão contra os diretores do Google/youtube, caso não seja retirado o vídeo da internet dentro de cinco dias, e a mim em caso de reinserção, sob o argumento de crime de desobediência.
Despacho do juiz: “Vista ao réu. Prazo de 0005 dias(s). Para comprovarem o cumprimento da ordem de exclusão do vídeo de pagina eletrônica do Youtube, no prazo de 05 dias, sob pena de prisão em flagrante dos representantes legais do Google neste país e do réu Gilvander pela prática do crime de desobediência, sem prejuízo da multa fixada.”
O prazo venceu dia 29 de outubro último e o vídeo continua no Youtube, emwww.gilvander.org.br e, após a divulgação do Manifesto contra o uso indiscriminado de agrotóxico e contra criminalização de frei Gilvander, várias outras pessoas baixaram o vídeo e o reinseriram em seus canais de comunicação. Outras pessoas estão assistindo ao vídeo.
No dia 28 de outubro de 2012, os/as advogados/as que estão me defendendo impetraram no TJMG um Habeas Corpus Preventivo com pedido liminar que foi distribuído para a 6ª Câmara Criminal, sob a relatoria da Desembargadora Márcia Milanez.
Ao final da manhã do dia 31 de outubro de 2012, a desembargadora indeferiu (negou) o pedido liminar e, portanto, negando o pedido de segurança, próprio do Habeas Corpus.
A fundamentação do Habeas Corpus era a de que eu estava sendo processado por ter postado na internet um vídeo que denuncia o uso abusivo de agrotóxicos no feijão vendido pela empresa TORREFAÇAO E MOAGEM CAFÉ DE UNAÍ LTDA. Que a referida empresa havia entrado com ação indenizatória por danos morais, com pedido de antecipação de tutela. Que o referido juiz da Comarca de Unaí em sede de liminar determinou que o Youtube retirasse o vídeo em 48 horas sob pena de multa de 200 reais por dia e determinou a mim, frei Gilvander, que não inserisse o vídeo novamente em qualquer site, sob pena multa no valor de 4 mil reais. Advogados da Google/Youtube apresentaram no processo várias páginas de defesa se recusando a retirar o vídeo por entender não haver nenhuma irregularidade. Em síntese, disseram que não há nada de ilícito no vídeo. Trata-se de uma reportagem, de informação a sociedade. Recordaram que o Google/Youtube regem-se pelas leis do país que prescreve direito a informação, direito de livre expressão. A empresa é que deve demonstrar que o feijão Unaí não está com excesso de agrotóxico, pois, por outro lado, várias pesquisas científicas e o Relatório da Subcomissão do Agrotóxico da Câmara Federal mostram que o uso indiscriminado de agrotóxico está causando câncer em muita gente.
Observe-se que o Juiz que prolatou a decisão afirmando que eu deveria ser preso em flagrante por crime de desobediência é incompetente, pois se trata de um juiz do Juizado Especial Cível, que só pode mandar prender em caso dedescumprimento de obrigação de pensão alimentícia ou depositário infiel. Mesmo que fosse o caso de crime por desobediência, prisão em flagrante por crime de desobediência é ato típico de matéria penal, ou seja, de competência material do Juizado Especial Criminal. O ato praticado pelo magistrado padece de nulidade absoluta e, segundo as/os advogadas/os que fazem a minha defesa, deve ser declarado nulo.
Além da incompetência absoluta do juiz em relação à matéria, mesmo que eu estivesse cometendo crime de desobediência, trata-se de um crime de pequeno potencial ofensivo nos termos do art. 61 da Lei 9099/95. Nesse caso, em sendo noticiada a prática delituosa, a autoridade policial lavraria Termo Circunstanciado de Ocorrência – TCO – nos termos do art. 69 da Lei 9099/95 e não haveria prisão, nem mesmo em flagrante.
A decisão do referido Juiz afronta ao princípio da não culpabilidade (Artigo 5º, Inciso LVII da CR), segundo o qual, a prisão é a exceção, a liberdade é a regra.
No caso também não estão presentes os requisitos que ensejariam um decreto de prisão preventiva nos termos do art. 312, que seria “necessária” para garantir a Ordem Pública e Ordem Econômica. A denúncia que fiz visa salvaguardar a ordem social da saúde pública. Ninguém pode ganhar dinheiro colocando em risco a saúde de outras pessoas.
Eu não descumpri nenhuma determinação judicial já que a mim foi determinado nãoreinserir o vídeo. Como o vídeo nunca foi excluído pela Google/Youtube, no caso eu não reinseri, portanto, não há desobediência.
No Habeas Corpus foi pedido, liminarmente, que fosse concedida a ordempreventivamente para assegurar a minha liberdade de ir e vir. Também foi pedido que fosse decretada a nulidade da decisão prolatada pelo Juiz de Unaí, por incompetência material absoluta e, por fim, que fosse concedida a ordem de habeas corpus preventivo, em definitivo, para deferir a revogação da prisão.
Não me sinto seguro em face da decisão da desembargadora que negou o pedido liminar do Habeas Corpus preventivo diante de tão clara ordem judicial. Por isto, outras medidas jurídicas estão sendo tomadas.
Agradeço, de coração, a dezenas de movimentos, entidades e pessoas que já assinaram o Manifesto contra o uso indiscriminado de agrotóxico e contra a criminalização de frei Gilvander. Já conversamos com a Defensoria Pública de Minas Gerais que tomará medidas necessárias à defesa do direito a alimentação saudável e que não se use de forma indiscriminada agrotóxicos. Esperamos que este fato fortaleça todas as iniciativas na defesa da saúde do povo brasileiro, contra os agrotóxicos (veneno) em nossa alimentação. Conclamamos as pessoas de boa vontade a se engajarem na Campanha Permanente contra os agrotóxicos e pela vida, se ainda não se engajaram.
A quem ainda não assistiu aos vídeos, sugiro que assista a partir dos links, abaixo:
1) Feijão de Unaí está envenenado?
Ou em www.gilvander.com.br (Galeria de vídeos)
2) Depoimento do Deputado Federal Padre João: Padre João reforça denúncias sobre grave contaminação do Feijão Unaí
3) Baixe e leia o livro AGROTÓXICOS NO BRASIL – Um guia para ação em defesa da vida, no link, abaixo:
4) Filme Documentário de Sílvio Tendler: O Veneno Esta na Mesa (Completo e Dublado)
Belo Horizonte, 05 de novembro de 2012.
1 Frei e padre da Ordem dos carmelitas, bacharel e licenciado em Filosofia pela UFPR, bacharel em Teologia pelo ITESP/SP, mestre em Exegese Bíblica pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma, Itália; assessor da CPT, CEBI, SAB e Via Campesina, em Minas Gerais; conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos – CONEDH/MG; e-mail:gilvander@igrejadocarmo.com.br – www.gilvander.org.br – www.twitter.com/gilvanderluis – facebook: Gilvander Moreira

2 Promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – teve como tema: Fraternidade e Saúde Pública.
Fonte: EcoDebate, 06/11/2012

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Especialistas do Inca, Anvisa e Fiocruz unem esforços para o combate aos agrotóxicos


Seminário Inca/Fiocruz: Agrotóxicos e Câncer

A troca de conhecimentos entre as áreas de saúde, meio ambiente e agricultura e a união de esforços de diferentes instituições para o enfrentamento do uso abusivo de agrotóxicos foram os principais ganhos do Seminário Agrotóxicos e Câncer, realizado nos dias 7 e 8 de novembro na sede do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Centro do Rio de Janeiro. Promovido pelo Inca e a Fiocruz – órgãos do Ministério da Saúde – e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – o evento contou com a participação de especialistas de órgãos de outras áreas, como os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário.
No primeiro dia (7/11), pesquisadores da Anvisa, da Uerj, da Universidade Federal do Ceará, da Universidade Federal de Pelotas, da Fiocruz, do Inca e da organização Rede Ecológica discutiram a contribuição dos agrotóxicos nos casos de câncer no Brasil e os impactos da exposição aos agrotóxicos na população brasileira. O consumo consciente e as alternativas para o consumidor também foram pontos de pauta.
Na manhã do segundo dia (8/11), o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (VPAAPS/Fiocruz), Valcler Rangel, coordenou a mesa Regulação e monitoramento de resíduos de agrotóxicos em alimentos. Rangel ressaltou que o evento consolida a parceria da Fiocruz com o Inca, que participou de seminário sobre o mesmo tema em maio na Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). “Esta sequência de iniciativas potencializam a geração de conhecimento e capilarizam conclusões, contribuindo para dar mais impacto sobre as políticas”, disse.
Rangel afirmou que a população espera uma atuação coordenada e potencializada pelas diversas áreas de conhecimento e lembrou que a Fiocruz está engajada na campanha de enfrentamento aos agrotóxicos.
Os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Trabalho, apesar de convidados, não enviaram representantes, o que frustrou a plateia, formada em grande parte por produtores rurais e membros de organizações da sociedade civil que promovem a agroecologia e a agricultura familiar. Profissionais de saúde do Inca, da Fiocruz e do Ministério Público Federal e Estadual também prestigiaram o evento.
Pimentão tóxico
Heloisa Rey Farza, da Gerência Geral de Toxicologia da Anvisa, abordou o Programa de Análise de Agrotóxicos em Alimentos da Anvisa (Para), que avalia amostras de produtos no mercado. O pimentão é o caso mais grave: 91,8% das amostras apresentam quantidade de agrotóxicos maior do que o permitido ou produtos proibidos para o pimentão. Segudo ela, o morango e o tomate variam de qualidade – quando a Anvisa divulga que está ruim, tende a melhorar, e depois volta a piorar. “As coisas não estão mudando muito. Saiu da boca do povo, o veneno volta”, lamentou.
Heloisa contou que quando o problema é muito grave, a Anvisa informa o Ministério da Agricultura e a Polícia Federal para que tomem providências. Supermercados são multados e tenta-se rastrear o produtor, para a implementação de coletas e análises fiscais. Também são publicadas novas normas técnicas e desenvolvidos programas locais de informação e formação, que, para Heloisa, são os principais fatores para mudanças. Ela recomenda a criação de foruns. “A sociedade precisa se mobilizar para chegar até o produtor. Ele não tem informação sobre agrotóxicos, pelo contrário, tem informação errônea, dada pelas indústrias que vendem os produtos”, disse.
Questionada pelo público sobre a razão de a Anvisa não evitar tamanha contaminação dos alimentos, ela explicou que o Ibama, o Mapa e a Anvisa são responsáveis pelos agrotóxicos. “A Anvisa cuida da saúde da população. O controle do uso do agrotóxicos é dever do Mapa”, esclareceu, acrescentando que o Ministério do Trabalho também deveria se preocupar com a saúde do trabalhador rural. “Cobrem do Mapa e do Ministério do Trabalho, e de nós o que nós temos que fazer”, finalizou.
A importância da educação no desafio da transição para a produção agroecológica foi destacada por Christianne Belinzoni, da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do desenvolvimento Agrário (MDA). Para ela, o desenvolvimento rural sustentável deve usar a tecnologia para melhorar a produção e a qualidade de vida.
“Precisamos formar mais técnicos para apoiar o produtor no campo. Ninguém quer produzir na base do veneno. Temos que brigar para que no currículo dos agronomos haja a disciplina agroecologia, em vez de obrigá-los a decorar princípio ativo de veneno”, disse. Ela também ressaltou a necessidade de se informar os consumidores. “O consumidor deve ser empoderado. A sociedade civil tem uma força muito grande”, opinou.
Representando o Departamento de Qualidade Ambiental da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Sergia de Souza Oliveira abordou os principais impactos dos agrotóxicos no meio ambiente. “Os agrotóxicos são persistentes no meio ambiente, acumulando-se em rios e mares, contaminando peixes e outras formas de vida e provocando efeitos adversos na saúde humana”, informou.
Entre os principais problemas a serem contidos ela citou o uso indevido de produtos químicos, a alta toxidade, a falha na proteção do trabalhador e a exposição direta e indireta do meio ambiente e da população. Ela admitiu ser necessário aperfeiçoar os mecanismos de controle e que há uma deficiência da informação. Segundo Sergia, qualquer um dos três setores – Saúde, Agricultura e Ambiente – pode vetar um produto.
“Nossa legislação é moderna, rigorosa e sintonizada com outros países. A política de agroecologia recém-sancionada é um grande avanço. Grandes e pequenos produtores usam agrotóxicos, mas podem utilizar a agroecologia. O questionamento sobre o modelo de produção agrícola deve ser feito permanentemente, de forma racional e madura”, disse.
Ela reconhece, entretanto, que não é simples mudar da produção convencional para a limpa e que a proibição gera um mercado ilegal paralelo difícil de ser enfrentado. “O enfrentamento do agrotóxico deve ser um trabalho multisetorial e multiparticipativo”, concluiu.
O diretor do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (SVS/MS), Guilherme Franco Netto, apresentou dados que mostram que em cinco anos, de 2005 a 2010, o volume de agrotóxico mais que dobrou. De 8.500 áreas descritas como contaminadas, 30% são contaminadas com agrotóxicos. “A intoxicação por agrotóxicos é a segunda maior causa de intoxicações exógenas. A maioria delas – 53% – é causada por inceticidas”, revelou.
Ele adiantou que ainda este ano será lançada uma portaria que deslanchará o processo de implamentação de vigilância epidemiológica no SUS, incluindo ações de proteção e promoção da saúde, a investigação dos casos e surtos e a estruturação de um sistema para responder às emergências em saúde. Nove estados com maiores demandas serão priorizados (PR, SP, MG, MT, GO, RS, SC, BA, e MS) e receberão um milhão de reais por ano, durante três anos. A partir de 2013, os outros estados começarão a receber verbas de R$ 800 mil ou R$ 900 mil e até o fim de 2014 a portaria deverá estar implantada nas 27 Ufs. Em 2015, será feita a avaliação.
Vários participantes do seminário, preocupados com a continuidade do trabalho que vem sendo desenvolvido na Anvisa de proteção da saúde da população brasileira e de luta contra o uso abusivo de agrotóxicos, manifestaram solidariedade ao profissional Luis Cláudio Meirelles, coordenador da Gerência Geral de Toxicologia da Anvisa (GGTox), diante da recente notícia de sua exoneração do cargo.
Matéria de Marina Lemle, da Agência Fiocruz de Notícias, publicada pelo EcoDebate, 13/11/2012