domingo, 3 de janeiro de 2016

Tiamina é aliada do cérebro e contribui para o metabolismo de nutrientes

A tiamina, também conhecida como vitamina B1, é uma vitamina hidrossolúvel que pertence ao complexo B. A principal função da tiamina é sua ação no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, agindo como uma coenzima - a difosfato de tiamina. 
A coenzima difosfato de tiamina, em combinação com o fósforo, forma a coenzima tiamina pirofosfato (TPP), que é a chave para várias reações como a transformação da glicose em energia (ATP). A TPP atua como coenzima na descarboxilação oxidativa do piruvato, formando acetato e acetil coenzima A, componente principal da via de Krebs, sendo necessária no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. 

Benefícios comprovados da tiamina

Aliada do cérebro: A tiamina faz parte de enzimas que produzem energia para o corpo todo, inclusive, para o cérebro. No sistema nervoso, ela está envolvida na produção de acetilcolina, um neurotransmissor, isto é, transmite informações de um lugar para outro do cérebro. Também é importante para a síntese da bainha de mielina. Os produtos derivados da tiamina e as enzimas, que são provenientes dela, têm ação no corpo todo, mas a deficiência dela vai afetar particularmente o cérebro e o sistema nervoso periférico, por conta da dependência do metabolismo oxidativo. Sua falta, se rápida, pode levar até ao coma metabólico. Ela também impede a oxidação e protege dos radicais livres, evitando assim as neuropatias. 
Ajuda no metabolismo de nutrientes: A tiamina age no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ou seja, ajuda o organismo a utilizar essas substâncias com eficiência. 

Deficiência de tiamina

A deficiência de tiamina pode ser identificada por meio de exames laboratoriais, sangue e urina. Normalmente, a deficiência ocorre em pacientes com dependência de álcool, desnutridos, que apresentam vômitos frequentes e após a cirurgia bariátrica. Alguns sinais de deficiência são insônia, nervosismo, irritação, fadiga, depressão, perda de apetite, falta de energia, dores no abdômen e no peito, sensação de agulhadas e queimação nos pés, perda do tato e da memória e problemas de concentração. 

A deficiência de tiamina pode resultar em três síndromes: 

  • Neurite crônica periférica, que pode ou não estar associado à insuficiência cardíaca e edema. Trata-se de uma condição comum que afeta os nervos periféricos, responsáveis por encaminhar informações do cérebro e da medula espinhal para o restante do corpo. A neuropatia periférica pode causar danos permanentes aos nervos, sendo muitas vezes um problema incapacitante e até mesmo fatal
  • Beribéri agudo pernicioso (fulminante) no qual a insuficiência cardíaca e as anormalidades metabólicas predominam, com pouca evidência de neurite periférica
  • Encefalopatia de Wernicke com psicose de Korsakoff, síndrome neuropsiquiátrica associada à falta de tiamina.

Interações da tiamina

Castanha do pará é rica em tiamina - Foto: Getty Images
Castanha do pará é rica em tiamina
O consumo excessivo de açúcar, álcool, café, cigarro e antiácidos pode prejudicar a absorção de tiamina. 

Combinações com a tiamina

Quando consumida junto com fontes de fósforo a tiamina tem suas ações benéficas potencializadas. 

Fontes de tiamina

Os cereais integrais são as principais fontes de tiamina. Outras fontes excelentes são a levedura de cerveja seca, carnes magras, porco, cordeiro, vaca e aves, nozes, leguminosas e legumes secos. Em alguns países, a farinha de trigo e de arroz é enriquecida com tiamina, já que ela se perde durante o processamento. 
Quantidade de tiamina por porção de alimento: 
AlimentosQuantidade (g)Tiamina (mg)% dos valores diários de referência
Carne de porco grelhada1000,981%
Presunto cozido1000,763%
Castanha do Pará700,763%
Noz pecã600,545%
Massa cozida1400,327%
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 

Quantidade recomendada de tiamina

Estágio de vida e grupos especiaisQuantidade (mg/dia)
0 a 6 meses0,2
7 a 12 meses0,3
1 a 3 anos0,5
4 a 8 anos0,6
Meninos de 9 a 13 anos0,9
Meninas de 9 a 13 anos0,9
Homens a partir de 14 anos1,2
Mulheres de 14 a 18 anos1,0
Mulheres a partir de 18 anos1,1
Gestantes e lactantes1,4
Fonte: DRIs - Dietary Reference Intakes: Recommended Intakes for Individuals Elements, Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies, 2004.

Uso do suplemento de tiamina

O suplemento de tiamina é utilizado no tratamento de acidose metabólica, problema que pode ocorrer em pacientes submetidos à nutrição parenteral; em pacientes com síndrome anêmica (caracterizada por anemia megaloblástica, diabetes mellitus e doença sensorial e neural progressiva). Pessoas com vômitos persistentes e náuseas graves que possam provocar desidratação, cetose e perda de peso também podem precisar do suplemento. 
Massas cozidas também são ricas em tiamina - Foto: Getty Images
Massas cozidas também são ricas em tiamina
Um grupo que necessita de quantidades maiores de tiamina é o de pacientes sob terapia renal, hemodiálise ou diálise peritoneal, além daqueles com síndrome de má absorção. 

Riscos do consumo em excesso de tiamina

O excesso de tiamina só ocorre por meio da suplementação, pois a quantidade de tiamina encontrada nos alimentos é pequena e devido à sua hidrossolubilidade, aproximadamente 25% é perdida no cozimento. Não há evidências de qualquer efeito tóxico da tiamina, embora altas doses por via parenteral (endovenosa) são associadas com depressão respiratória em animais e choque anafilático em seres humanos. 

Fonte consultada:

Nutricionista Patrícia Pinesi, CRN-3 33050

Fonte: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/18174-tiamina-e-aliada-do-cerebro-e-contribui-para-o-metabolismo-de-nutrientes

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Potássio

O potássio é um elemento de origem mineral importante para o bom funcionamento do corpo humano. O nutriente é um dos principais componentes das nossas células. Exerce um papel essencial em muitas das funções mais importantes de nosso corpo, tais como contração muscular, condução nervosa, frequência cardíaca, produção de energia e síntese de ácidos nucleicos e proteínas. 
Relação entre potássio e sódio: A relação entre essas duas substâncias é essencial para equilibrar a quantidade de água no organismo. Enquanto o sódioretém os líquidos, o potássio provoca a excreção, de modo que as células fiquem com a quantidade certa de água. Além disso, a dupla sódio e potássio participa de contrações musculares e do fornecimento de energia para o organismo. 

Benefícios comprovados

Aliado do coração: A dupla sódio e potássio é essencial para a contração muscular e por isso ajuda a manter o ritmo cardíaco normal. A ausência de sódio pode levar a uma arritmia cardíaca.
Equilibra a quantidade de água no organismo: O sódio age retendo os líquidos no organismo, enquanto o potássio provoca a excreção da água. Assim, quando há o equilíbrio entre os dois, ocorre também o equilíbrio da quantidade de água no corpo, permitindo que as funções do organismo ocorram corretamente. 
Regula a pressão arterial: O excesso de sódio favorece o aumento da pressão arterial. Com a ingestão de boas quantidades de potássio há o equilíbrio entre os elementos. O potássio exerce um efeito positivo no tônus vascular contribuindo para a redução da pressão arterial.  
As amêndoas são ricas em potássio - Foto: Getty Images
As amêndoas são ricas em potássio
Previne o Acidente Vascular Cerebral: A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para o aparecimento de Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como derrame cerebral, que ocorre quando há um entupimento ou o rompimento dos vasos que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea adequada. Estudos comprovam que dieta rica em potássio provoca maior redução da pressão arterial, prevenindo consequentemente o AVC. 
Aliado dos músculos: Os músculos são constituídos por tecido muscular e caracterizam-se pela sua contratilidade, funcionando pela contração e extensão das suas fibras. A contração muscular ocorre com a saída de um impulso elétrico do sistema nervoso central que é conduzido ao músculo através de um nervo. Esse estímulo elétrico desencadeia o potencial de ação, que resulta na entrada de sódio (necessário à contração) dentro da célula, e a saída de potássio dela, assim estimulando a liberação do cálcio. A manutenção da concentração de potássio no meio intracelular é importante para a síntese de proteína e respiração. 
Previne câimbras: O potássio é essencial para praticantes de atividade física, pois está presente nas reações musculares e sua carência pode levar a câimbras e lesões. 

Deficiência de potássio

 Os sintomas da deficiência de potássio são fraqueza muscular, câimbras, fadiga, alterações cardíacas, anorexia e apatia mental. A causa mais comum do quadro de hipocalemia, deficiência de potássio, é a perda excessiva de potássio na urina, causada pelo uso de medicamento diurético. Vômitos e diarreias também podem levar à baixa quantidade de potássio no sangue a partir do trato digestivo.

Combinações de potássio

Combinar o magnésio com o potássio é uma boa ideia. Isto porque ele possui benefícios similares ao do potássio. O magnésio é um excelente ativador do óxido nítrico (substância vasodilatadora), que tem efeito direto na diminuição da pressão arterial. Também o magnésio está relacionado à contração e fadiga muscular. Dessa forma, caso o magnésio não se encontre em quantidade adequada no organismo, a contração muscular não ocorre. Não se trata de contração muscular apenas no exercício físico, mas que envolve vários órgãos, como o coração, por exemplo. 

Fontes de potássio

As principais fontes de potássio são sementes de girassol torradas, abacate, amêndoas, espinafre, batata, beterraba, banana, brócolis, aipo e iogurte desnatado. Ingerir entre 5 e 10 porções destes alimentos por dia garante boas quantidades de potássio para o corpo. 

Quantidade recomendada de potássio

A quantidade recomendada de potássio por dia varia de 2,5 a 3,5 gramas por dia. 

Suplemento de potássio

Espiafre é fonte de potássio - Foto: Getty Images
Espiafre é fonte de potássio
Os suplementos de potássio podem ser necessários para indivíduos que não têm o suficiente de potássio em sua dieta regular. São usados em indivíduos que perderam muito potássio por causa de uma doença ou por tratamento com determinado medicamento. O suplemento de potássio só pode ser orientado por médicos ou nutricionistas. 

Riscos do consumo em excesso

As dietas ricas em potássio provavelmente não terão efeitos adversos, a não ser em pacientes com falência renal. Normalmente, se processa todo o potássio contido na alimentação para suprir as necessidades do organismo e se excreta o resto. As pessoas com falência renal, entretanto, têm problemas para excretar o potássio e, nesses indivíduos, o potássio pode se acumular em altos níveis que podem ser fatais. 

Fonte: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/18346-potassio-controla-a-pressao-arterial-e-previne-avc

Ferro previne a anemia e é bom para o coração

O ferro é um mineral essencial. Ele é fundamental para o bom funcionamento das células e para a síntese de DNA e metabolismo energético. Na hemoglobina o ferro tem a função de transportar oxigênio para o músculo em atividade. Como componente da mioglobina, atua como fixador do oxigênio nas fibras musculares cardíacas e músculo esquelético, para proteger de lesão muscular durante os períodos da privação de oxigênio. 
O ferro desempenha papéis na produção de colágeno e elastina, dois componentes necessários na integridade do tecido conjuntivo, na manutenção do sistema imunológico, na produção e regulagem de vários neurotransmissores cerebrais e na proteção contra danos provocados por oxidantes. 
O organismo humano recebe ferro de duas formas: o ferro exógeno, proveniente dos alimentos ingeridos, e o ferro endógeno, proveniente da destruição das hemácias, que libera cerca de 27 miligramas desse metal para ser reutilizado pelo organismo.  
Um indivíduo adulto saudável tem em seu organismo de 4 a 5 gramas de ferro. O ferro se divide entre ferro não heme e ferro heme, este último é melhor absorvido pelo organismo. 

Benefícios comprovados do ferro

Previne anemia: O ferro é um dos principais componentes da hemoglobina, pigmento das células vermelhas do sangue. A falta do mineral faz com que o organismo produza menos células vermelhas, o que irá caracterizar o quadro de anemia. 
A condição mais comumente associada à deficiência de ferro é a anemia ferropriva, encontrada frequentemente em crianças, adolescentes e gestantes. Deve-se observar que a deficiência de ferro também pode ocorrer sem anemia, produzindo sintomas como fadiga, problemas de comportamento (diminuição da vivacidade e dificuldade de concentração), fraqueza muscular e maior suscetibilidade a infecções. 
Bom para o coração: O ferro é importante para o coração porque é parte formadora de proteínas chamadas mioglobinas, que estão presentes no miocárdio (músculo do coração) e são responsáveis pela boa oxigenação deste músculo. 
Bom para a imunidade: A presença de ferro ajuda a melhorar a imunidade porque este mineral age na manutenção do sistema imunológico. A deficiência de ferro contribui para falhas cognitivas incluindo menor desempenho neuropsicológico em bebês, crianças em idade pré-escolar e em idade escolar, adolescentes e adultos. 
Essencial para a oxigenação: O ferro é essencial para o transporte de oxigênio para todo o corpo. Na hemoglobina transporta oxigênio para o músculo em atividade. Como componente da mioglobina, atua como fixador do oxigênio nas fibras musculares cardíacas e músculo esquelético, para proteger de lesão muscular durante os períodos da privação de oxigênio. 
O feijão possui boas quantidades de ferro - Foto: Getty Images
O feijão possui boas quantidades de ferro
Fornece energia: O ferro participa no transporte e utilização do oxigênio para a produção de energia. 
Bom para a pele: O ferro desempenha um papel na produção de colágeno e elastina, ambos componentes necessários na integridade do tecido conjuntivo. Por isso, é essencial para manter a saúde da pele. 
Bom para gestantes e crianças: É muito comum as gestantes e lactantes precisarem do suplemento de ferro. O mineral melhora a capacidade cognitiva e de aprendizado da criança, diminui o risco de morte maternal no parto e no pós-parto, melhora a resistência à infecções e é fundamental num crescimento saudável. 

Deficiência de ferro

A deficiência de ferro pode ocorrer em pessoas com deficiência de ferro por baixa ingestão de alimentos ricos no mineral ou por má absorção do mesmo. Além disso, gestantes e praticantes de atividade física devem sempre consultar um profissional para haver se há necessidade de suplementar ferro. 

A deficiência de ferro pode causar apatia, irritabilidade, sonolência excessiva, redução da capacidade de aprendizado, falta de ar e tonturas. Além disso, deficiência de ferro contribui para falhas cognitivas incluindo menor desempenho neuropsicológico em bebês, crianças em idade pré-escolar e em idade escolar, adolescentes e adultos. Algumas descobertas de pesquisas indicam que a deficiência precoce de ferro (na infância) pode causar consequências neuropsicológicas irreversíveis. Entretanto, o fornecimento adequado na pré-escola e em crianças mais velhas parece melhorar a performance cognitiva. 

Interações com o ferro

Zinco pode atrapalhar a absorção do ferro por competição de local de absorção. O cálcio é uma substância que interfere negativamente na absorção de ferro, por isso a recomendação é evitar o consumo de alimentos ricos neste nutriente com fontes de ferro. 
A couve possui boas quantidades de ferro - Getty Images
A couve possui boas quantidades de ferro
Tanino presentes em chás, cafés, ervas e vinho tinto, fitatos, presentes em algumas leguminosas, oleaginosas e cereais, oxalatos encontrados no espinafre, chocolate, cacau e beterraba, dificultam a absorção do ferro. 
Já a vitamina A demonstra maior absorção quando consumida junto com alimentos riscos em ferro. A vitamina C contribui para a melhor absorção do ferro.  

Fontes de ferro

As principais fontes de ferro são: carnes vermelhas, especialmente o fígado, peito de frango, marisco, ostras, leguminosas, como feijão e lentilha, vegetais verde-escuros, como couve, agrião, rúcula e espinafre, grão integrais, como arroz e cereais, pistache, abóbora cozida, vagem, uva passa e tofu. 
Os alimentos de origem animal são fontes de ferro heme, enquanto os de origem vegetal são fontes de ferro não heme. 

Quantidade recomendada de ferro

Quantidade recomendada de ferro
Bebês até seis meses0.27 mg
Bebês até 12 meses11 mg
Crianças de 1 a 3 anos7 mg
Crianças de 4 a 8 anos10 mg
Crianças de 9 a 13 anos8 mg
Mulheres de 14 a 18 anos15 mg
Homens de 14 a 18 anos11 mg
Mulheres de 19 a 50 anos18 mg
Homens de 19 a 50 anos8 mg
Pessoas com mais de 50 anos8 mg
Lactantes menores de 18 anos10 mg
Lactantes acima de 19 anos9 mg
Gestantes27 mg
Fonte: National Institute of Health 

Uso do suplemento de ferro

O uso do suplemento de ferro é orientado quando a pessoa está com deficiência deste nutriente. É comum orientá-lo para gestantes e lactantes. Vegetarianos e veganos também podem precisar da suplementação. O uso do suplemento só pode ocorrer após orientação do médico ou nutricionista. 

Riscos do consumo em excesso

O excesso ferro caracteriza uma doença chamada hemocromatose. Esta doença se divide em primária e secundária. A hemocromatose primária é uma desordem genética transmitida nas famílias. Ela ocorre no nascimento. As pessoas com essa doença absorvem muito ferro pelo trato digestivo. O ferro se deposita no corpo, especialmente no fígado. Você tem maior probabilidade de adquirir essa doença se alguém da sua família já a tiver ou teve. 
A hemocromatose secundária, adquirida, se deve a outras doenças relacionadas ao sangue como talassemia ou certas anemias ou muitas transfusões de sangue. Às vezes, ocorre em pessoas que sofrem de alcoolismo há longo tempo e outros problemas de saúde. A hemocromatose pode causar cirrose hepática e sérios danos renais, inclusive com importante perda de sua função. 
Além disso, o excesso de ferro pode favorecer a gravidade das doenças isquêmicas cardiovasculares, neoplasias malignas, infecções, acidentes vascular cerebral, artrites e algumas doenças neonatais. 

Fontes consultadas:

Nutricionista Rita de Cássia Leite Novais, da empresa Consultoria Alimentar 
Nutrólogo André Veinert da Clínica Healthme Gerenciamento de Perda de Peso 

Fonte: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17906-ferro-previne-a-anemia-e-e-bom-para-o-coracao

Vitaminas do complexo B são essenciais para o sistema neurológico

As vitaminas do complexo B são hidrossolúveis e não são produzidas em quantidades suficientes pelo corpo humano, por isso devem ser adquiridas por meio da alimentação. As vitaminas B1, B2, B3, B5 e B6 contam com funções similares e necessitam uma da outra para que realizem suas funções no organismo. Já as vitaminas B12 e a B9 não necessitam da presença das outras. Veja os benefícios, problemas causados pela falta e as fontes de cada vitamina do complexo B. 

Vitamina B1 (Tiamina)

Benefícios: A vitamina B1 age no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ou seja, ajuda o organismo a utilizar essas substâncias com eficiência. Além disso, ela também desempenha um papel importante na formação da bainha de mielina, que fica em torno das fibras nervosas e permite mensagens entre os nervos, dentre as vitaminas do complexo B a mais importante para o sistema nervoso é a vitamina B12. 
Problemas causados pela falta: A falta de vitamina B1 pode causar fraqueza muscular, falta de energia, diminuição da memória e depressão. A carência extrema deste nutriente pode causar a doença beribéri que causa uma neuropatia periférica, formigamento nas mãos, fraqueza nas pernas, dificuldade para caminhar e alterar a sensibilidade da pele. Alcoólatras correm maior risco de desenvolver a carência de vitamina B1 e em consequência disso ter uma demência que causa confusão mental, dificuldade de raciocínio, memória e pode fazer até que a pessoa entre em coma. 
Fontes: As principais fontes de vitamina B1 são carnes, leites, ovos, legumes e cereais integrais e leguminosas como feijão e grão de bico. 

Vitamina B2 (Riboflavina)

Benefícios: A vitamina B2 possui forte ação antioxidante e por isso age combatendo os radicais livres. Além disso, ela age no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ou seja, ajuda o organismo a utilizar essas substâncias com eficiência. Além disso, ela também desempenha um papel importante na formação da bainha de mielina, que fica em torno das fibras nervosas e permite mensagens entre os nervos, dentre as vitaminas do complexo B a mais importante para o sistema nervoso é a vitamina B12. 

Problemas causados pela falta: A deficiência de vitamina B2 é rara, mas vegetarianos, alcoólatras, crianças, gestantes e idosos estão mais vulneráveis ao problema. A falta deste nutriente pode causar tontura, vertigem, dermatite seborreica, inflamação nos lábios e língua e coceira nos olhos. 

Fontes: As principais fontes de vitamina B2 são carnes, leites, ovos, legumes, verduras, especialmente o brócolis, cereais integrais, leguminosas, como ervilhas, algumas oleaginosas, como amendoim, castanhas e nozes, e abacate.  

Vitamina B3 (Niacina)

Benefícios: A vitamina B3 possui forte ação antioxidante e por isso age combatendo os radicais livres. Além disso, ela age no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ou seja, ajuda o organismo a utilizar essas substâncias com eficiência. Além disso, ela também desempenha um papel importante na formação da bainha de mielina, que fica em torno das fibras nervosas e permite mensagens entre os nervos, dentre as vitaminas do complexo B a mais importante para o sistema nervoso é a vitamina B12. 
Problemas causados pela falta: A falta de vitamina B3 pode causar insônia, cansaço, irritabilidade, manchas na pele, depressão e uma doença chamada pelagra que causa diarreia, inflamação na pele e confusão mental. Mulheres que utilizam anticoncepcionais excretam mais a vitamina B3 pela urina, mas normalmente a própria alimentação já compensa essa falta. Pessoas em tratamento de tuberculose podem precisar do suplemento do nutriente, mas essa necessidade só será determinada pelo médico ou nutricionista. O excesso de vitamina B3 não é bom para o organismo, pois pode afetar o fígado, por isso não ingira suplementos do nutriente sem orientação. 
Fontes: As principais fontes são carnes, leites, ovos. Algumas oleaginosas, como amendoim e castanha do pará, frutas secas, tomate e cenoura. 

Vitamina B5 (Ácido Pantotênico)

Benefícios: A vitamina B5 age no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ou seja, ajuda o organismo a utilizar essas substâncias com eficiência. Além disso, ela também desempenha um papel importante na formação da bainha de mielina, que fica em torno das fibras nervosas e permite mensagens entre os nervos, dentre as vitaminas do complexo B a mais importante para o sistema nervoso é a vitamina B12. 
Este nutriente também auxilia na produção de hormônios da glândula suprarrenal e ajuda o fígado a detoxificar o álcool. 
Problemas causados pela falta: A deficiência de vitamina B5 pode causar fadiga, formigamento nas mãos e pés, dores musculares, irritabilidade, depressão, distúrbios de sono, retardo de crescimento, queda de cabelo, envelhecimento precoce, artrite, alergias e estresse. 
Fontes: As principais fontes de vitamina B5 são ovos, leite, carnes, leguminosas, como ervilhas e feijão, cogumelos e gérmen de trigo. 

Vitamina B6 (piridoxina)

Benefícios: A vitamina B6 é importante para a produção de glóbulos vermelhos. Ela também age no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ou seja, ajuda o organismo a utilizar essas substâncias com eficiência. Além disso, o nutriente desempenha um papel importante na formação da bainha de mielina, que fica em torno das fibras nervosas e permite mensagens entre os nervos, dentre as vitaminas do complexo B a mais importante para o sistema nervoso é a vitamina B12. A vitamina B6 permite a síntese de glutationa, principal antioxidante do organismo. 
Grãos são ricos em vitaminas do complexo B - Foto: Getty Images
Grãos são ricos em vitaminas do complexo B
Problemas causados pela falta: Níveis inadequados de vitamina B6 podem comprometer a conversão de glutamato, neurotransmissor que excita o tório, em GABA, neurotransmissor relaxante. Consequentemente, o excesso de glutamato está associado à hiperexcitação neuronal, e até mesmo à morte neuronal. A deficiência do nutriente pode causar convulsões em crianças pequenas, anemia, dermatite, lesões nervosas, confusão mental em adultos, dormência e formigamento nas mãos e pés. A anemia também pode acontecer devido à falta de vitamina B6. 
O excesso do consumo de álcool também pode diminuir os níveis de vitamina B6, assim como o uso de anticoncepcionais. Contudo, a alimentação pode repor a falta do nutriente e é importante consultar um médico ou nutricionista para saber se há necessidade do consumo do suplemento. 
Fontes: As melhores fontes de vitamina B6 são peixes, como atum, salmão, truta e arenque, nozes, amendoins, avelãs, semente de girassol, gérmen de trigo, levedo de cerveja, milho e cereais integrais, leguminosas, couve-flor, banana, melão e uvas passas. 

Vitamina B7 (biotina)

Benefícios: Assim como outras vitaminas do complexo B, a biotina está relacionado ao metabolismo das gorduras, carboidratos e proteínas. Ela também é essencial para a saúde da pele, unhas e cabelos. 
Problemas causados pela falta: A deficiência de biotina é extremamente incomum porque este nutriente está muito presente na alimentação. Contudo, quando acontece os sintomas da ausência do nutriente são: fraqueza nas unhas e cabelos, calvície, pele seca e escamosa e vermelhidão em volta do nariz e da boca. Outras complicações que podem ocorrer são conjuntivite, dermatite exfoliativa, dores musculares e lassidão, acompanhada de aumento da glicemia. 
Fontes: As principais fontes de biotina são o amendoim, as nozes, o tomate, a gema do ovo, a cebola, a cenoura, alface, couve-flor e amêndoa. A carne vermelha, o leite, as frutas e as sementes também contam com o nutriente. 

Vitamina B9 (ácido fólico)

Benefícios: A vitamina B9 não depende de outras vitaminas do complexo B para surtir efeito positivos. Ela participa da manutenção do sistema imunológico, circulatório e nervoso e reduz o risco de infarto, câncer de mama e de cólon, aterosclerose, promove a saúde dos cabelos e da pele, reforça o sistema imunológico e o sistema nervoso central. Para gestantes, o ácido fólico é importante, pois ajuda no fechamento do tubo neural do feto. O suplemento de vitamina B9 costuma ser orientado para gestantes e só pode ser ingerido em outros casos após orientação médica, isto porque o excesso as substância pode favorecer alguns tipos de câncer. 
Problemas causados pela falta: No caso de gestantes, a falta de vitamina B9 pode causar má formação no feto. A falta do nutriente também pode causar anemia megaloblástica, fadiga, lesões nas mucosas, insuficiência respiratória, palidez, níveis elevados do aminoácido homocisteína, podendo causar doenças cardiovasculares. 
Fontes: As principais fontes de vitamina B9 são fígado, vegetais de folhas verdes escuras, como brócolis, couve e espinafre, grãos, ervilha, lentilha, feijão, laranja e ovos. 

Vitamina B12

Benefícios: vitamina B12 é importante para a formação das células vermelhas do sangue. Além disso, ela é importante para desenvolvimento e manutenção das funções do sistema nervoso. Sem essa vitamina, a mielina que recobre os nervos, como uma capa de proteção, sofre um desgaste que recebe o nome de desmielinização, processo que ocorre tanto em neurônios de nervos periféricos, quanto naqueles da substância branca do cérebro. 
Uma pesquisa realizada pelo Linus Pauling Institute of Oregon State University dos Estados Unidos descobriu que a ingestão de vitamina B12 reduziu o risco de quebras nos cromossomos levando a danos no DNA. Sofrer danos no DNA é um dos fatores de risco para o câncer. 
Problemas causados pela falta: A ausência da substância leva a lesões irreversíveis no sistema nervoso, devido à morte dos neurônios. Isso irá provocar neuropatias que tem como sintomas mais comuns o formigamento nas pernas, queimação na sola dos pés, dificuldade para andar e incontinência urinária. 
A ausência de vitamina B12 também aumenta o risco da pessoas desenvolver depressão. A anemia megaloblástica também pode ocorrer devido à falta desta vitamina. Alguns outros sintomas da ausência da vitamina B12 no organismo são: 
  • Fadiga, falta de energia ou tontura ao se levantar ou fazer esforço
  • Falta de concentração
  • Falhas na memória
  • Paranoia e alucinações
  • Pele amarelada (icterícia)
  • Língua inchada e inflamada
Fontes: A vitamina B12 está presente em boas quantidades nos alimentos de origem animal, especialmente nos peixes de águas frias e profundas, como salmão, truta e atum, fígado, carne de porco, leite e derivados, ovos e ostras. 

Outras substâncias

Algumas outras substâncias a princípio eram consideradas vitaminas do complexo B, como a B11, B13, B14, B15, B16 e B17, mas atualmente a ciência já descobriu que na realidade elas não são vitaminas. 

Uso do suplemento

As chances de carência de vitaminas do complexo B são muito baixas porque esses nutrientes estão presentes em diversos alimentos. Como boa parte destas vitaminas está em alimentos de origem animal, vegetarianos e veganos correm maior risco de ter deficiência das vitaminas do complexo B. 
Brócolis é rico em vitaminas do complexo B - Foto: Getty Images
Brócolis é rico em vitaminas do complexo B
Alcoólatras também podem sofrer com a deficiência porque a ingestão de álcool diminui a absorção de vitaminas do complexo B. Pacientes com câncer podem precisar de maiores quantidades de vitaminas do complexo B, mas para o uso do suplemento é necessária a orientação médica, até porque algumas dessas vitaminas podem piorar o câncer se ingeridas em excesso. Quem passou por uma cirurgia bariátrica também pode precisar do suplemento. É importante ressaltar que antes de ingerir suplementos de vitaminas do complexo B é preciso conversar com o médico ou nutricionista sobre o uso. 

Riscos do excesso

O excesso de vitaminas do complexo B ocorre por meio da suplementação. Normalmente não há grandes complicações, pois a quantidade extra é eliminada pela urina. Porém, o excesso de o excesso de vitamina B6 pode causar um quadro de neurite. Já grandes quantidades de vitamina B3 pode prejudicar o fígado, enquanto a vitamina B9 em excesso pode levar a problemas hormonais e favorecer alguns tipos de câncer. 

Fontes consultadas:

Nutrólogo Roberto Navarro 
Nutricionista Karina Valentim da PB Consultoria em Nutrição 
Nutricionista Rita de Cássia Leite Novais, da empresa Consultoria Alimentar.