domingo, 3 de janeiro de 2016

Vitamina D: conheça os benefícios e como obter essa substância

A vitamina D é um hormônio esteroide lipossolúvel essencial para o corpo humano e sua ausência pode proporcionar uma série de complicações. Afinal, ela controla 270 genes, inclusive células do sistema cardiovascular. A principal fonte de produção da vitamina se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese desta substância. Alguns alimentos, especialmente peixes gordos, são fontes de vitamina D, mas é o sol o responsável por 80 a 90% da vitamina que o corpo recebe. Ela também pode ser produzida em laboratório e ser administrada na forma de suplemento, quando há a deficiência e para a prevenção e tratamento de uma série de doenças. 
A vitamina D é necessária para a manutenção do tecido ósseo, ela também influencia consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessante para o tratamento de doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e a esclerose múltipla, e no processo de diferenciação celular, a falta deste nutriente favorece 17 tipos de câncer. 
Esta substância ainda age na secreção hormonal e em diversas doenças crônicas não transmissíveis, entre elas a síndrome metabólica que tem como um dos componentes o diabetes tipo 2. 
O consumo da vitamina D é essencial para as gestantes, a falta dela pode levar a abortos no primeiro trimestre. Já no final da gravidez, a carência do nutriente favorece a pré-eclâmpsia e aumenta as chances da criança ser autista. 
A vitamina D foi denominada desta forma em 1922, pois naquela época acreditava-se que ela só poderia ser obtida por intermédio da alimentação. Ela foi batizada de D por ter sido a quarta substância descoberta, depois das vitaminas A, B e C. A partir da década de 1970 os pesquisadores descobriram que a vitamina D poderia ser sintetizada pelo organismo, ou seja, na realidade ela é um hormônio, não uma vitamina. 

Benefícios comprovados da vitamina D

Fortalece os ossos: A vitamina D é necessária para a absorção do cálcio pelos ossos. Pessoas com deficiência de vitamina D chegam a aproveitar 30% menos de cálcio proveniente da dieta. O cálcio é responsável por fortalecer ossos e dentes. A deficiência deste nutriente pode causar o raquitismo na infância e a osteoporose na vida adulta. Um exemplo da importância da combinação dessas duas substâncias é que sempre que a recomendação de suplementação de cálcio é recomendada ela é feita juntamente com a vitamina D para atuar na absorção do mineral.  
Uma pesquisa feita pela Universidade de Zurique com 40.000 pessoas com mais de 65 anos observou que a suplementação de vitamina D reduz em 20% o risco de fraturas no quadril e em outras regiões com exceção da coluna vertebral. 
Protege o coração: A vitamina D participa do controle das contrações do músculo cardíaco, necessárias para bombear o sangue para o corpo. Além disso, ela permite o relaxamento dos vasos sanguíneo e influencia na produção do principal hormônio regulador da pressão arterial, a renina. 
A falta da vitamina D pode levar ao acúmulo de cálcio na artéria, favorecendo o risco de formação de placas. Com todas essas questões, as chances de desenvolver doenças cardiovasculares como insuficiência cardíaca, derrame e infarto são maiores em pessoas com deficiência de vitamina D. 
Uma pesquisa feita com 50.000 homens pelo Harvard School of Public Health durante dez anos observou que aqueles que tinham deficiência em vitamina D possuíam duas vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco do que os homens que não tinham a deficiência.  
Gravidez segura: A vitamina D é muito importante para as gestantes. No primeiro trimestre a falta dela pode levar a abortos. Em casos de abortos múltiplos no início da gravidez, pode ser que o sistema imunológico da mãe esteja rejeitando a implantação do embrião. Como a vitamina D age no sistema imunológico, ela pode corrigir este problema.  
A vitamina D é essencial na gravidez - Foto: Getty Images
A vitamina D é essencial na gravidez
Além disso, no final da gravidez, a ausência da vitamina D pode causar a pré-eclâmpsia, doença na qual a gestante desenvolve a hipertensão. Afinal, esta substância influência na produção da renina, principal hormônio regulador da pressão arterial. A falta de vitamina D também aumenta as chances da criança ser autista, pois ela é importante para o desenvolvimento do cérebro do bebê. 
Uma pesquisa publicada no The American Journal of Clinical Nutrition feita com mais de 1000 gestantes, observou que quando a mulher ingere a vitamina D os riscos do bebê desenvolver problemas respiratórios diminuem. 
Outro estudo feito pela Universidade da Carolina do Sul, dos Estados Unidos, com 500 gestantes observou que o suplemento de vitamina D previne problemas como diabetes gestacional, parto prematuro e infecções. 
Boa para prevenir e controlar o diabetes: O fato da vitamina D influenciar a produção de renina também é interessante para prevenir o diabetes, pois a falta desta substância favorece a doença. Além disso, a produção de insulina pelo pâncreas requer a participação da vitamina D. 
Como a diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, a vitamina D torna-se interessante por ser um imunoregulador que inibe seletivamente o tipo de resposta imunológica que provoca a reação contra o próprio organismo. 
Um estudo realizado pelo Institute of Child Health da Inglaterra acompanhou 10.000 crianças finlandesas desde o nascimento e observou que aquelas que receberam regularmente suplementos da vitamina tiveram 90% menos chances de desenvolver diabetes tipo 1. 
Boa para os músculos: A vitamina D contribui para a força muscular, portanto, sua ausência leva a perda dessa força e aumenta o risco de quedas e fraturas. Uma pesquisa feita pela Universidade de Zurique com pessoas acima de 65 anos observou que o consumo de vitamina D pode diminuir o risco de quedas em 19%. 

Benefícios em estudo da vitamina D

Tratamento de doenças autoimunes: a vitamina D já está sendo utilizada no tratamento de doenças autoimunes, condição que ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. A vitamina D é um imunoreguloador que inibe seletivamente o tipo de resposta imunológica que provoca a reação contra o próprio organismo. O tratamento de doenças autoimunes com vitamina D é algo recente, mas é visto por especialistas como um grande avanço da medicina.

Algumas das doenças autoimunes que podem ser tratadas com altas doses de vitamina D são: esclerose múltipla, artrite reumatoide e problemas oftalmológicos que podem comprometer seriamente a visão do indivíduo e para os quais o tratamento costumava ser muito difícil. 

O neurologista Cícero Galli Coimbra, professor associado e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), já tratou cerca de 1.200 pacientes com esclerose múltipla e muitos outros com diferentes tipos de doenças autoimunes utilizando principalmente o tratamento com doses de vitamina D. 

O tratamento pode não só evitar que a doença avance como também proporcionar a recuperação de sequelas recentes. Tudo irá depender da doença e do tempo que a pessoa tem as sequelas, por isso o quanto antes iniciar o tratamento, melhor. 

É importante ressaltar que este tipo de tratamento com suplementos de vitamina D deve ser realizados somente por médicos, pois o consumo em excesso da substância por conta própria pode causar sérios problemas para a saúde. 

O atum é fonte de vitamina D - Foto: Getty Images
O atum é fonte de vitamina D
Outro estudo publicado no Journal of The American Medical Association feito com 7 milhões de norte-americanos constatou que o consumo de suplementos de vitamina D está associado ao menor risco de esclerose múltipla. 

Previne e ajuda no tratamento do câncer: A falta de vitamina D favorece 17 tipos de câncer, como os de mama, próstata e melanoma. Isto ocorre porque a substância participa do processo de diferenciação celular, que mantém as células cardíacas como células cardíacas, as da pele como da pele e assim por diante. Desta maneira ela evita que as células se tornem cancerosas. Além disso, a vitamina D ainda promove a autodestruição das células cancerosas. 

Por essas razões, alguns estudos mostraram que além de prevenir o câncer, o consumo de altas doses dessa substância pode ser eficaz no combate a determinados tipos de câncer. Porém, neste caso também é necessário que a ingestão dos suplementos de vitamina D sejam realizados com o acompanhamento médico. 

De acordo com o National Cancer Institute dos Estados Unidos há diversos estudos que apontam que a vitamina D é uma aliada no tratamento do câncer, especialmente do colorretal, de próstata e do seio. Porém, o instituto também diz que ainda são necessários mais estudos.  

Boa para autistas: Como a vitamina D é importante para o desenvolvimento do cérebro, ela ajuda a prevenir o autismo durante a gestação. Caso a pessoa tenha esta condição, continua interessante que ela obtenha a vitamina D, o que muitas vezes não ocorre facilmente por meio da exposição solar, fonte da substância, pois o indivíduo passa muito tempo em ambientes fechados. 

Um estudo realizado pelo Children?s Hospital Oakland Research Institute, nos Estados Unidos, observou que três hormônios do cérebro que afetam o comportamento social, serotonina, ocitocina e vasopressina, são ativados pela vitamina D. 

Previne gripe e resfriado: Este benefício tem sido estudado com base em alguns problemas causados pela falta de vitamina D. Crianças com deficiência de vitamina D tem mais chances de desenvolver infecções respiratórias. Já adultos com menores quantidades de vitamina D contraem mais resfriados e problemas no trato respiratório. 

Uma pesquisa publicada no The American Journal of Clinical Nutrition que contou com a participação de 340 crianças japonesas durante quatro meses observou que os riscos de contrair gripe diminuiu no grupo que ingeriu o suplemento de vitamina D. 

Diminui o risco de morte prematura: Uma pesquisa publicada no Archives odfInternal Medicine sugere que tomar suplementos de vitamina D podem reduzir as taxas de mortalidade. O estudo observou o resultado de 18 estudos que contaram no total com cerca de 60.000 participantes e constatou que o consumo de suplementos de vitamina D diminui em 7% o risco de mortalidade por qualquer causa. 

Interações

Quando consumida dentro das quantidades recomendadas a vitamina D não interage com nenhuma outra substância. Porém, quando ingerida em excesso pode levar a alta absorção de cálcio, por isso que o consumo de vitamina D além do recomendado só pode ser feito com orientação médica. 

Efeitos colaterais

Quando consumida dentro das quantidades recomendadas a vitamina D não tem efeitos colaterais. Porém, quando ingerida em excesso pode prejudicar os rins por causar o aumento da absorção de cálcio. Por isso, é importante que o consumo além do recomendado desta vitamina seja feito com acompanhamento médico. 

Deficiência

A deficiência de vitamina D pode causar uma série de problemas de saúde. A falta dela aumenta o risco de problemas cardíacos, osteoporose, câncer, gripe e resfriado, e doenças autoimunes como esclerose múltipla e diabetes tipo 1. Em mulheres grávidas deficiência de vitamina D aumenta o risco de aborto, favorece a pré-eclâmpsia e eleva as chances da criança ser autista. 

O quanto obter de vitamina D

Segundo diversos estudos realizados recentemente, entre eles um da Universidade do Wisconsin, Estados Unidos, e outro da Universidade de Toronto, Canadá, a orientação para pessoas com mais de 50 quilos é consumir entre 5.000 e 10.000 unidades de vitamina D. O mesmo vale para as gestantes e lactantes. 
No caso das crianças a orientação é ingerir até 1.000 unidades de vitamina D para cada 5 quilos de peso. Então, uma criança que pesa 30 quilos, por exemplo, pode ingerir até 6.000 unidades de vitamina D. 

Como obter a vitamina D

Apesar de estar presente em alimentos de origem animal, estas comidas não possuem a quantidade de vitamina D que o organismo necessita. Por isso, para evitar a carência da substância é importante tomar de 15 a 20 minutos de sol ao dia. Braços e pernas devem estar expostos, pois a quantidade de vitamina D que será absorvida é proporcional a quantidade de pele que está exposta. 
Ao se expor ao sol para obter a vitamina é importante não passar o filtro solar. Para se ter uma ideia, o protetor fator 8 inibe a retenção de vitamina D em 95% e um fator maior do que isso praticamente zera a produção da substância. Para evitar o câncer de pele, após os 15 a 20 minutos recomendados para obter a vitamina, passe o protetor solar. 
As janelas também atrapalham a absorção da vitamina D. Isto porque os raios ultravioletas do tipo B (UVB), capazes de ativar a síntese da vitamina D, não conseguem atravessar os vidros. 
A exposição ao sol da maneira recomendada irá proporcionar as 10 mil unidades de vitamina D. Como a exposição solar já irá proporcionar boas quantidades da substância, é importante que a necessidade do indivíduo seja analisada por um profissional da saúde a fim de saber se apenas o sol é o suficiente ou se é preciso uma alimentação rica na substância ou suplementação. 

Fontes de vitamina D

Todos os alimentos fontes de vitamina D são de origem animal porque as fontes vegetais não conseguem sintetizar a vitamina da maneira como os alimentos provenientes de animais. Até mesmo o alimento com as maiores quantidades da substância, o salmão, conta com somente 6,85% das necessidades diária de vitamina D em uma porção de 100 gramas. Por isso, tomar sol é fundamental para evitar a carência do nutriente. 
Além disso, esses alimentos são bastante ricos em gordura saturada. Quando ingerido em grandes quantidades este lipídio sofre o processo de oxidação e há o risco do aparecimento de placas que podem inflamar as artérias sanguíneas, levando a doença vascular que pode comprometer o coração, os rins e o cérebro a longo prazo. 
Confira os alimentos que possuem vitamina D. 
AlimentoQuantidade de vitamina DPorcentagem do valor diário de vitamina D
Atum (100 gramas)227 unidades2,27%
Sardinha (100 gramas)193 unidades1,93%
Ovo (uma unidade)43,5 unidades0,43%
Queijo cheddar (50 gramas)12 unidades0,12%
Carne bovina (100 gramas)15 unidades0,15%
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Uso de suplemento de vitamina D

Os suplementos de vitamina D podem ser utilizados em casos de constatação de carência da substância ou no tratamento de algumas doenças. A falta do nutriente é constatada após exame de sangue. 
É importante ressaltar que os suplementos só podem ser tomados após a orientação médica para o consumo dessas doses extras. Em alguns tratamentos são orientadas superdoses de vitamina D, ou seja, uma quantidade além do que é normalmente orientado. Nesses casos o consumo sempre é feito com orientação médica e é preciso observar o quanto de cálcio e líquidos a pessoa irá ingerir, sendo que o consumo do mineral pode precisar ser reduzido e o de líquidos aumentado. 
Idosos e os suplementos: Pessoas mais velhas produzem menos vitamina D em resposta à exposição ao sol por questões metabólicas relacionadas à idade. A quantidade da substância produzida em uma pessoa de 70 anos é, em média, um quarto da que é sintetizada por um jovem de 20 anos. Por isso, é interessante que os idosos conversem com seus médicos sobre a possibilidade de consumir suplementos de vitamina D. 

Riscos do consumo em excesso de vitamina D

É importante destacar que o excesso de vitamina D só ocorre por meio da suplementação. Isto porque os alimentos não contam com quantidades grandes da substância e a obtenção dela por meio dos raios solares é regulada pela pele, que cessa a produção da vitamina quando atinge os valores necessários. 
Porém, o excesso por meio dos suplementos sem a orientação médica pode ser muito perigoso. Há o risco de ocorrer a elevação da concentração de cálcio no sangue e isso pode provocar a calcificação de vários tecidos, sendo que os mais afetados são os rins, que podem chegar a perder sua função. 

Combinando a vitamina D

Suplemento + hidratação: Ao ingerir os suplementos de vitamina D, para evitar problemas de saúde, especialmente nos rins, além do acompanhamento médico, é importante se hidratar e manter uma dieta balanceada. 

A deficiência de vitamina D

Infelizmente, cerca de 80% das pessoas que vivem em um ambiente urbano, são carentes em vitamina D. Isto porque elas passam grandes períodos de tempo em locais fechados e não se expõem ao sol. 
Contudo, a deficiência pode ser revertida. É possível fazer esta correção do quadro por meio de suplementação, lembrando que esta alternativa é válida somente após a orientação médica, e/ou tomando sol sem proteção solar nos braços e pernas durante quinze a vinte minutos todos os dias. 
Fontes consultadas: 
Neurologista Cícero Galli Coimbra, professor associado e pesquisador da Universidade Federal de São Paulo. 
Nutricionista Rúbia Gomes Maciel, da empresa Natue. 
Nutricionista Natielen Jacques Schuch, professora do Centro Universitário Franciscano.
FONTE: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17540-vitamina-d-conheca-os-beneficios-e-como-obter-essa-substancia

Vitamina A é essencial para a visão e o crescimento

A vitamina A pertence ao grupo de vitaminas lipossolúveis e pode ser encontrada em duas fontes. Nos alimentos de origem animal está na forma de retinóides e naqueles de origem vegetal o nutriente está na forma de grupos de carotenoides, que inclui o betacaroteno. Essas substâncias serão convertidas em vitamina A. 
Ela age de diferentes maneiras no organismo. Este nutriente contribui para a boa visão, pois protege a córnea e também para a correta proliferação e diferenciação celular. Esta vitamina também contribui para o correto desenvolvimento do feto, por esta última razão ela é especialmente necessária para as gestantes. A vitamina A ainda é importante para os processos de formação da pele.  

Benefícios comprovados da vitamina A

Boa para os olhos: A vitamina A é importante para a visão porque protege a córnea, parte do olho que transmite e concentra a luz que entra no olho. A baixa ingestão deste nutriente pode fazer com que a pessoa tenha dificuldade em enxergar em locais com a luz fraca e causar alterações oculares, em casos extremos pode levar à cegueira total.
Importante para a pele: A vitamina A é necessária para manter a integridade e função das células da pele e das mucosas. Além disso, o nutriente age na reparação do epitélio da pele. Alguns estudos tentaram comprovar se a vitamina A ajuda a prevenir ou tratar o câncer de pele, porém nada ainda foi comprovado. 
Contribui para o crescimento: A vitamina A contribui para o crescimento de diferentes maneiras. Ela é essencial para a proliferação e divisão celular e também regula a expressão do gene para a formação do hormônio de crescimento, o GH. 
Evita infecções: É importante destacar que as células da pele e das mucosas, que revestem as vias respiratórias, do aparelho digestivo e do trato urinário, atuam como uma barreira e são a primeira linha de defesa do corpo contra infecções. Desta forma, a vitamina A é importante porque mantém as funções e a integridade dessas células. 
Além disso, o nutriente age no desenvolvimento e diferenciação de células brancas do sangue, tais como os linfócitos, os quais desempenham papel principal no sistema imunológico. A ação antioxidante desta vitamina irá contribuir para que ela tenha um efeito protetor. 
Laticínios e ovos são ricos em vitamina A - Foto: Getty Images
Laticínios e ovos são ricos em vitamina A
De acordo com um estudo realizado pela American Society for Microbiology a suplementação de crianças pré-escolares com vitamina A aumenta a imunidade e assim diminui o risco de morte por doenças como diarreia, malária e HIV. 
Ação antioxidante: A vitamina A tem um efeito antioxidante. Assim ela evita a ação dos radicais livres que teriam efeito nocivo para as células e são tidos como causadores de arteriosclerose, catarata, tumores, doenças de pele, entre outros. 

Benefícios polêmicos da vitamina A:

Previne o câncer: Por ter ação antioxidante e contribuir para a correta proliferação e diferenciação celular algumas pesquisas sugerem que a vitamina A é capaz de mudar células cancerígenas e prevenir que células normais se tornem cancerígenas. 

Contudo, ainda não se conseguiu provar que a vitamina A de fato ajuda a prevenir o câncer. Inclusive, algumas pesquisas provaram o contrário. Uma pesquisa publicada no The New England Journal of Medicine feita com mais de 18 mil pessoas fumantes, ex-fumantes e pessoas expostas ao amianto concluiu que a combinação entre suplementos de betacaroteno e vitamina A pode aumentar o risco de câncer no pulmão e doenças cardiovasculares. 

Boa para as gestantes: É importante que a grávida receba as quantidades corretas de vitamina A, pois ela é essencial para o crescimento embrionário. A substância contribui para o desenvolvimento dos ombros, formação do coração, olhos e ouvidos. Ela também regula a expressão do gene para a formação do hormônio do crescimento, o GH. 

Contudo, a suplementação de vitamina A não é orientada. Um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition observou que os suplementos do nutriente podem levar a efeitos teratogênicos, capaz de produzir danos ao embrião ou feto durante a gravidez. 

Deficiência de vitamina A

A deficiência de vitamina A é identificada por meio de um exame de dosagem de retinol sérico ou retinol no leite materno, no caso de lactantes. A nutricionista e o médico nutrólogo também podem descobrir esta informação por meio de inquéritos dietéticos, quantitativos e qualitativos, em que o indivíduo conta sua alimentação diária e o profissional calcula a quantidade ingerida do nutriente. 
A deficiência do nutriente pode causar uma série de problemas de saúde. A cegueira noturna (dificuldade de enxergar em locais com a luz fraca) que pode até evoluir para uma cegueira total é uma das complicações. 
Outros problemas são: aumentar a gravidade de infecções comuns como diarreia e infecções respiratórias, endurecimento das membranas mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e urinário, redução do olfato e do paladar, ressecamento da esclera (parte branca dos olhos) e da córnea, inflamação da pele (dermatite) e estresse. 
No caso das crianças, a deficiência do nutriente prejudica o crescimento e o desenvolvimento, pode causar cegueira irreversível e aumentar o risco de mortalidade infantil.  

Interações

O excesso de fibras pode interferir na absorção de vitamina A e carotenoides. O álcool em grandes quantidades também pode interferir negativamente na absorção de vitamina A. 

Combinações da vitamina A

Vitamina A + gorduras e proteínas: Ao consumir alimentos de origem vegetal ricos em betacaroteno, a conversão dele em vitamina A ocorre na parede do intestino delgado sendo influenciada pela ingestão de gorduras e proteínas da dieta. 
Vitamina A + zinco: A vitamina A que é absorvida no intestino será estocada no fígado, mas para que possa ser transportada nos vasos sanguíneos o zinco é necessário. 

Fontes de vitamina A

 A vitamina A pode ser encontrada tanto em alimentos de origem animal quanto vegetal. Nos vegetais ela normalmente está presente em alimentos de cor alaranjada que são ricos em carotenoides, que será convertido em vitamina A.
Brócolis é rico em vitamina A - Foto: Getty images
Brócolis é rico em vitamina A
Esses alimentos são: manga, mamão, caju, goiaba vermelha, cenoura, milho (amarelo), batata doce (amarela), abóbora (madura), moranga, couve, mostarda, espinafre, brócolis, caruru, folhas de beterraba e cenoura, chicória, alface e agrião. Há dois óleos que são muito ricos em pró-vitamina A: o dendê e o buriti. Estima-se que os carotenos provenientes de vegetais contribuam com cerca de 68% da vitamina A da dieta. 
A vitamina A na forma de retinol é encontrada em alimentos de origem animal como vísceras, especialmente o fígado, gemas de ovos e leite integral e seus derivados, manteiga e queijo. Confira os alimentos que mais possuem vitamina A.  
AlimentoMedida caseiraVitamina A, RAEVitamina A, UI
Óleo de fígado de bacalhau1 colher de chá1.350 mcg4.500 UI
Cereais matinais fortificados1 xícara de chá150-230 mcg500-767 UI
Ovo1 unidade91 mcg303 UI
Manteiga1 colher de sopa97 mcg323 UI
Leite integral1 copo (200ml)68 mcg227 UI
Batata doce, cozida1/2 xícara961 mcg3.203 UI
Abóbora cozida1/2 xícara953 mcg3.177 UI
Cenoura (crua)1/2 xícara, picado538 mcg1.793 UI
Manga1 fruta79 mcg263 UI
Espinafre, cozido1/2 xícara472 mcg1.572 UI
Couve, cozida1/2 xícara443 mcg1.475 UI
 Fonte: Departamento de Agricultura dos Estados Unidos

Quantidade recomendada de vitamina A

IdadeHomens: mcg/dia (UI/dia)Mulheres: mcg/dia (UI/dia)
Recém-nascidos0-6 meses400 (1333 UI)400 (1333 UI)
Bebês7-12 meses500 (1667 UI)500 (1667 UI)
Crianças1-3 anos300 (1000 UI)300 (1000 UI)
Crianças4-8 anos400 (1333 UI)400 (1333 UI)
Crianças9-13 anos600 (2000 UI)600 (2000 UI)
Adolescentes14-18 anos900 (3000 UI)700 (2333 UI)
Adultosmaior de 19 anos900 (3000 UI)700 (2333 UI)
Grávidasmenor de 18 anos-750 (2500 UI)
Grávidasmaior de 19 anos-770 (2567 UI)
Lactantesmenor de 18 anos-1200 (4000 UI)
Lactantesmaior de 19 anos-1300 (4333 UI)
Fonte: Food and Nutrition Board (FNB) - Institute of Medicine, 2001

Uso do suplemento de vitamina A

O suplemento de vitamina A é orientado em quadros clínicos de hipovitaminose, condição detectada por meio de um exame de sangue. Em casos de pacientes com relatos de alimentação inadequada, com déficit de ingestão de nutrientes, a suplementação também pode ser recomendada. É o médico ou nutricionista que irá definir a necessidade do suplemento ou não. 
É importante destacar que não é preciso ingerir suplementos quando a alimentação é balanceada. Lactantes podem conversar com o médico sobre o consumo do suplemento de vitamina A, pois elas necessitam de maiores quantidades deste nutriente. Crianças com idades entre seis e onze meses também podem precisar do suplemento, por isso é interessante que seus pais falem com o pediatra sobre o assunto. 
Uma pesquisa publicada no Journal of the National Cancer Institute feita com 29 mil fumantes concluiu que o excesso de vitamina A por meio de suplementação pode aumentar o risco de câncer de pulmão. Portanto, os fumantes devem tomar cuidado ao ingerir os suplementos do nutriente e conversar com o médico ou nutricionista sobre o assunto. 

Riscos do consumo em excesso de vitamina A

O excesso de vitamina A ocorre por meio da suplementação e pode ser tóxico. Grandes quantidades do nutriente podem causar problemas como náuseas, vômitos, dor de cabeça, irritação cutânea, dores articulares, densidade mineral óssea diminuída, podendo causar osteoporose e até coma em casos extremos e raros. 
O excesso desta vitamina também pode causar falta de apetite, edema, cansaço, irritabilidade, sangramentos, aumentos do baço e fígado, alterações de provas de função hepática e redução dos níveis de colesterol HDL. Em alguns casos, o excesso de vitamina A pode ser fatal. 

Quantidade máxima que pode ser ingerida de Vitamina A pré formada (Retinol)

Faixa etáriaUL em mcg/dia (UI/dia)
Bebês 0-12 meses600 (2000 UI)
Crianças 1-3 anos600 (2000 UI)
Crianças 4-8 anos900 (3000 UI)
Crianças 9-13 anos1700 (5667 UI)
Adolescentes 14-18 anos2800 (9333 UI)
Adultos maiores de 19 anos3000 (10000 UI)
Fonte: Food and Nutrition Board (FNB) - Institute of Medicine, 2001 

Receitas ricas em vitamina A

Batata doce é rica em vitamina A - Foto: Getty Images
Batata doce é rica em vitamina A

Fontes consultadas:

Nutricionista Karina Valentim da PB Consultoria em Nutrição 
Nutrólogo André Veinert do Hospital Villa-Lobos 
Nutricionista Rita de Cássia Leite Novais da empresa Consultoria Alimentar 
FONTE: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17627-vitamina-a-e-essencial-para-a-visao-e-o-crescimento

Tiamina é aliada do cérebro e contribui para o metabolismo de nutrientes

A tiamina, também conhecida como vitamina B1, é uma vitamina hidrossolúvel que pertence ao complexo B. A principal função da tiamina é sua ação no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas, agindo como uma coenzima - a difosfato de tiamina. 
A coenzima difosfato de tiamina, em combinação com o fósforo, forma a coenzima tiamina pirofosfato (TPP), que é a chave para várias reações como a transformação da glicose em energia (ATP). A TPP atua como coenzima na descarboxilação oxidativa do piruvato, formando acetato e acetil coenzima A, componente principal da via de Krebs, sendo necessária no metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. 

Benefícios comprovados da tiamina

Aliada do cérebro: A tiamina faz parte de enzimas que produzem energia para o corpo todo, inclusive, para o cérebro. No sistema nervoso, ela está envolvida na produção de acetilcolina, um neurotransmissor, isto é, transmite informações de um lugar para outro do cérebro. Também é importante para a síntese da bainha de mielina. Os produtos derivados da tiamina e as enzimas, que são provenientes dela, têm ação no corpo todo, mas a deficiência dela vai afetar particularmente o cérebro e o sistema nervoso periférico, por conta da dependência do metabolismo oxidativo. Sua falta, se rápida, pode levar até ao coma metabólico. Ela também impede a oxidação e protege dos radicais livres, evitando assim as neuropatias. 
Ajuda no metabolismo de nutrientes: A tiamina age no metabolismo da glicose, dos ácidos graxos e aminoácidos, ou seja, ajuda o organismo a utilizar essas substâncias com eficiência. 

Deficiência de tiamina

A deficiência de tiamina pode ser identificada por meio de exames laboratoriais, sangue e urina. Normalmente, a deficiência ocorre em pacientes com dependência de álcool, desnutridos, que apresentam vômitos frequentes e após a cirurgia bariátrica. Alguns sinais de deficiência são insônia, nervosismo, irritação, fadiga, depressão, perda de apetite, falta de energia, dores no abdômen e no peito, sensação de agulhadas e queimação nos pés, perda do tato e da memória e problemas de concentração. 

A deficiência de tiamina pode resultar em três síndromes: 

  • Neurite crônica periférica, que pode ou não estar associado à insuficiência cardíaca e edema. Trata-se de uma condição comum que afeta os nervos periféricos, responsáveis por encaminhar informações do cérebro e da medula espinhal para o restante do corpo. A neuropatia periférica pode causar danos permanentes aos nervos, sendo muitas vezes um problema incapacitante e até mesmo fatal
  • Beribéri agudo pernicioso (fulminante) no qual a insuficiência cardíaca e as anormalidades metabólicas predominam, com pouca evidência de neurite periférica
  • Encefalopatia de Wernicke com psicose de Korsakoff, síndrome neuropsiquiátrica associada à falta de tiamina.

Interações da tiamina

Castanha do pará é rica em tiamina - Foto: Getty Images
Castanha do pará é rica em tiamina
O consumo excessivo de açúcar, álcool, café, cigarro e antiácidos pode prejudicar a absorção de tiamina. 

Combinações com a tiamina

Quando consumida junto com fontes de fósforo a tiamina tem suas ações benéficas potencializadas. 

Fontes de tiamina

Os cereais integrais são as principais fontes de tiamina. Outras fontes excelentes são a levedura de cerveja seca, carnes magras, porco, cordeiro, vaca e aves, nozes, leguminosas e legumes secos. Em alguns países, a farinha de trigo e de arroz é enriquecida com tiamina, já que ela se perde durante o processamento. 
Quantidade de tiamina por porção de alimento: 
AlimentosQuantidade (g)Tiamina (mg)% dos valores diários de referência
Carne de porco grelhada1000,981%
Presunto cozido1000,763%
Castanha do Pará700,763%
Noz pecã600,545%
Massa cozida1400,327%
Fonte: Tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. 

Quantidade recomendada de tiamina

Estágio de vida e grupos especiaisQuantidade (mg/dia)
0 a 6 meses0,2
7 a 12 meses0,3
1 a 3 anos0,5
4 a 8 anos0,6
Meninos de 9 a 13 anos0,9
Meninas de 9 a 13 anos0,9
Homens a partir de 14 anos1,2
Mulheres de 14 a 18 anos1,0
Mulheres a partir de 18 anos1,1
Gestantes e lactantes1,4
Fonte: DRIs - Dietary Reference Intakes: Recommended Intakes for Individuals Elements, Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies, 2004.

Uso do suplemento de tiamina

O suplemento de tiamina é utilizado no tratamento de acidose metabólica, problema que pode ocorrer em pacientes submetidos à nutrição parenteral; em pacientes com síndrome anêmica (caracterizada por anemia megaloblástica, diabetes mellitus e doença sensorial e neural progressiva). Pessoas com vômitos persistentes e náuseas graves que possam provocar desidratação, cetose e perda de peso também podem precisar do suplemento. 
Massas cozidas também são ricas em tiamina - Foto: Getty Images
Massas cozidas também são ricas em tiamina
Um grupo que necessita de quantidades maiores de tiamina é o de pacientes sob terapia renal, hemodiálise ou diálise peritoneal, além daqueles com síndrome de má absorção. 

Riscos do consumo em excesso de tiamina

O excesso de tiamina só ocorre por meio da suplementação, pois a quantidade de tiamina encontrada nos alimentos é pequena e devido à sua hidrossolubilidade, aproximadamente 25% é perdida no cozimento. Não há evidências de qualquer efeito tóxico da tiamina, embora altas doses por via parenteral (endovenosa) são associadas com depressão respiratória em animais e choque anafilático em seres humanos. 

Fonte consultada:

Nutricionista Patrícia Pinesi, CRN-3 33050

Fonte: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/18174-tiamina-e-aliada-do-cerebro-e-contribui-para-o-metabolismo-de-nutrientes

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