sexta-feira, 6 de outubro de 2023
[Conteúdo exclusivo para médicos] - Risco de eventos adversos gastrointestinais associados a análogos de GLP-1 para tratamento da obesidade
Dúvidas mais comuns sobre o meu atendimento em Goiânia e Joinville
R1: Não, somente particular, mas a maioria dos pacientes que possuem plano de saúde Bradesco, Amil, Sulamerica, Allianz, Omint conseguem reembolso do plano. Como funciona o reembolso? A lei 9656/98, assegura a qualquer beneficiário o direito de restituição com despesas médicas e hospitalares. Entretanto, não estabelece os valores ou percentuais fixados para isto. Dessa forma, o reembolso é calculado de acordo com o valor que a operadora paga aos profissionais credenciados ao convênio.
Para saber o quanto o seu plano cobre de reembolso, entre em contato com ele, antes de agendar a sua consulta. Verifique quais documentos são necessários para o ressarcimento das despesas. Geralmente solicitam: Relatório médico e o recibo da consulta constando os dados da clínica e do médico.
P2: Quanto tempo dura uma consulta?
R2: No mínimo 60 minutos a primeira consulta. O retorno dura geralmente 30 a 40 minutos. Em casa fico no mínimo 30 minutos analisando os questionários respondido pelo paciente: questionário de sintomas, de hábitos, recordatório alimentar e nos casos de obesidade, o questionário de emagrecimento. Porém, muitas vezes a consulta pode ultrapassar 1 hora.
P3: Qual a sua formação?
R3: Fiz 6 anos de faculdade de Medicina, pós-graduação em Nutrologia na Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), iniciei uma pós-graduação em Nutrição Clínica pelo GANEP porém não concluí. Atuei em serviço ambulatorial e hospitalar de Nutrologia durante 4 anos e final de 2017 prestei a prova de título de especialista em Nutrologia, na qual fui aprovado em 4º lugar. Sendo assim, sou Médico Nutrólogo titulado pela Associação Brasileira de Nutrologia/Associação Médica Brasileira. Em 2021 terminei uma pós-graduação em Síndrome Metabólica (ABRAN) e um curso de Psiquiatria Nutricional (INCCOR-RJ). Sou idealizador do movimento Nutrologia Brasil e junto com 47 médicos sou o organizador do Curso Nacional de Nutrologia para acadêmicos de Medicina.
P4: O senhor monta dieta? Prescreve treinos?
R4: Sempre deixo claro para os meus pacientes que o nutrólogo não é o profissional mais habilitado para montar um plano alimentar. Por isso, tenho um nutricionista (Rodrigo Lamonier) e profissional da Educação física comigo na clínica. Na maioria das vezes faço ajustes nutrológicos na dieta habitual (ANDH), pois, a prescrição de cardápios é uma atividade privativa de nutricionistas. Há controvérsias sobre o tema, pois o Conselho Federal de Medicina (CFM) dá o aval para médicos elaborarem planos alimentares no caso de pacientes doentes. Porém o Conselho Federal de Nutrição discorda. Também não prescrevo treinos. Caso o paciente tenha um personal trainer, peço para o Rodrigo (que também é formado em educação física) entrar em contato com o mesmo e discutir o caso. Ou caso o paciente não queira ter personal, mas quer uma ficha para treino, o Rodrigo elabora. Lembrando que a consulta médica não inclui a consulta com nutricionista e nem elaboração de treinos.
P5: Quais exames o senhor geralmente solicita?
R5: Exames laboratoriais: sangue (Hemograma, Perfil lipídico, Glicemia de Jejum, Uréia, Creatinina, dosagem de vitaminas e minerais, hormônios) de acordo com a clínica do paciente. Além de outros exames tais como, MAPA, Ultrassonografia, Polissonografia, Tomografia, Endoscopia. Não existe regra ou receita de bolo, dependerá das queixas apresentadas pelo paciente. Sempre peço para o paciente trazer exames laboratoriais dos últimos 6 meses, assim, evita-se solicitação de exames desnecessárias. Existe uma prática não-recomendada que é a de solicitar que o paciente vá para a consulta com uma lista pronta de exames. Isso é proibido pelo Conselho de Medicina e abomino esse tipo de prática. O exame ele é complementar, ou seja, faz-se necessário primeiramente uma consulta. Neste texto https://www.nutrologogoiania.com.br/solicitacao-de-exames-previamente-a-consulta/ eu e minha amiga Karol Calfa, médica Nutróloga e Conselheira do CRM-ES explicamos um pouco sobre os indícios de infração ética nessa prática.
P6: Os exames podem ser realizados pelo plano de saúde?
R6: Sim, mesmo eu não sendo credenciado a nenhum plano de saúde, existe uma resolução denominada Consu nº8, na qual a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece que mesmo o profissional não sendo credenciado à operadora de saúde, se tiver indicação médica, o respectivo médico pode solicitar os exames. Sendo assim, quase todos os exames que solicito geralmente são autorizados. Alguns exames como, calorimetria indireta, DEXA, bioimpedância, teste de supercrescimento bacteriano, dosagem de selênio ou vitamina D alguns planos não cobrem.
P7: Existem exames que o senhor não solicita?
R7: Sim, alguns exames não solicito.
Os exames que não solicito são:
Bioressonância (VegaTest);
HLB (exame da gota de sangue em microscópio de campo escuro);
Nerv express;
EsComplex ou EisTeck;
Teste de intolerância alimentar baseados em IgG ou IgG4.
P8: O senhor solicita o mineralograma capilar (exame do cabelo)?
R8: Raríssimo, mas sim, apenas quando há suspeita de intoxicação crônica por metal tóxico. É a única utilidade liberada pelo Conselho Federal de Medicina conforme a resolução nº 2004 de 2012. Mas ultimamente já tem quase 10 anos que não solicito.
P9: Com qual tipo de dieta o senhor trabalha?
R9: Com todos os tipos de dieta. Aplico um questionário extenso que mostra as dietas disponíveis e peço para o paciente enumerar as 5 que mais acredita atender as suas necessidades. Posteriormente decidimos juntos se aquela é a dieta mais adequada. Faço uma redação para o nutricionista e especifico todos os detalhes que desejo no plano a ser elaborado. Dieta Low Carb e cetogênica geram resultados rápidos, mas o paciente entra em um platô rapidamente. Tenho pacientes que já eliminaram mais de 30 kg com essas dietas, porém os estudos mais recentes, não evidenciam superioridade (após 12 a 24 meses) destas dietas quando comparadas à restrição calórica convencional. A perda de peso ao final dos estudos parece ser a mesma, assim como melhora em parâmetros metabólicos. E na atualidade a nossa preocupação nem é tanto a dieta que será utilizada, mas sim a adesão a ela. Além disso uma constante preocupação da comunidade científica é: como brecar o reganho de peso, já que a grande maioria dos pacientes vão retornar para o mesmo IMC que estavam antes.
P10: O senhor utiliza medicações para emagrecimento em seus tratamentos?
R10: Sim, se o paciente tiver indicação clínica, IMC >27 com alguma comorbidade ou acima do IMC 30, utilizo criteriosamente medicações. Porém, meu público é diferente do atendido pela maioria dos nutrólogos. Meus pacientes geralmente não querem utilizar nenhum tipo de medicação. No máximo algum fitoterápico. Digamos que seja uma “turma mais natureba”. Respeito as decisões do paciente, mas explico os prós e contras, da utilização da medicação. Não utilizo nenhuma medicação que exija receituário azul. Não tenho receituário azul e nem amarelo, pois, não prescrevo tais medicações.
P11: Além de medicamentoso o que o senhor utiliza no seu arsenal terapêutico?
R11: Vitaminas, Minerais, gorduras, fitoterápicos, proteínas, carboidratos, fibras, pré e probióticos. Utilizo muito pouco medicações alopáticas, somente nas doenças nutroneurometabólicas.
Não utilizo hormônios, tais como testosterona, GH, estrogênios, DHEA, Hidrocortisona, chips hormonais (implantes). Na minha visão, isso não faz parte da Nutrologia.
Endovenoso só utilizo noripurum nos casos de anemia ferropriva refratária ao tratamento via oral. Ou vitamina B12 intramuscular no caso de déficits graves de B12 ou pacientes com síndromes disabsortivas.
Não utilizo terapias bio-oxidativas (ozonioterapia), PRP, PRFC, aplicação de lisados e enzimas subcutâneas ou intramusculares, procainoterapia, dieta hCG.
Nada disso faz parte do arsenal terapêutico da Nutrologia, conforme recentemente publicado pela própria Associação Brasileira de Nutrologia: http://abran.org.br/2018/03/14/rol-de-procedimentos/
P12: Quais procedimentos são realizados na clínica Medicare?
R12: Nenhum procedimento pois aqui é um espaço clínico, sendo assim não realizamos procedimentos. Caso o paciente necessite repor ferro de forma endovenosa é encaminhado para institutos de Hematologia. No caso dos pacientes pós-bariátricos ou com doenças disabsortivas encaminhamos o paciente para realizar a infusão de Ferro no hospital que ele desejar.
P13: Na clínica Medicare vende-se medicações e suplementos?
R13: Não. Não comercializamos medicações ou suplementos na clínica.
P14: Quais os dias de atendimento e os horários?
R14: Segunda e Quinta das 08:00 às 18:00 em Goiânia. Nas sextas-feiras das 08:00 às 19:00 os pacientes de Joinville - SC.
P15: Qual o valor da consulta e como funciona o agendamento?
R15: R$800. Agendamento é feito via whatsApp (62) 99233-7973.
1) O paciente deverá entrar nesse link https://www.nutrologogoiania.com.br/consultas/como-agendar-sua-consulta/ e preencher o formulário.
2) Em até 48h informarei o paciente e a secretária se autorizo o agendamento. Caso eu não autorize, explicarei por e-mail o motivo de não ter autorizado e geralmente encaminho para algum colega.
3) Após autorizado o agendamento, o paciente escolherá o horário disponível e só então faz o pagamento da consulta (via PIX, valor integral) para reservar o horário. Não autorizo reserva de horário sem pagamento prévio. Não trabalho com dinheiro, cheques, cartões de débito ou crédito, somente PIX.
P16: O senhor atende pacientes provenientes de outras localidades (estados ou países)?
R16: Sim. De outros países não. Somente quem reside no território brasileiro.
P17: A consulta dá direito a retorno gratuito ou terei que pagar todas as vezes que for na clínica?
R17: Cada consulta dá direito a um (01) retorno dentro do prazo estabelecido: 30 dias.
P18: As medicações que o senhor prescreve são todas manipuladas?
R18: Não. Eu até prescrevo manipulados (e não adianta pedir indicação de farmácia pois, não indico e isso está escrito no meu receituário), mas sempre que há a versão de indústria, opto por prescrever o industrializado. Razão: superioridade na qualidade, maior controle de dose e qualidade da matéria prima. Porém as vezes é inevitável a prescrição de doses personalizadas, de acordo com os exames laboratoriais.
P19: Terei que retornar todos os meses para uma nova consulta?
R21: Depende de cada caso. Mas geralmente os pacientes voltam de 3 em 3 meses ou de 6 em 6 meses. Já com o nutricionista, oriento que o retorno seja quinzenal ou mensal já que a adesão à dieta é maior quando se tem maior assiduidade às consultas.
P19: O senhor trabalha em parceria com outros profissionais?
R22: Sim, sempre que necessário e o paciente apresenta algo que não é da minha área, tenho uma rede de profissionais da saúde de minha confiança. A lista está disponível aqui no site, na sessão Profissionais que indico.
P20: Fui a um outro nutrólogo e queria uma segunda opinião pois não gostei da abordagem. O senhor emite?
R20: É antiético opinar na conduta de um colega, bem como mudar medicações. Não opino na conduta de colegas, porém emito minha opinião sobre o quadro clínico, como especialista em Nutrologia. Qual conduta você escolherá, fica a seu critério.
P21: Por que o senhor é contra modulação hormonal bioidêntica e terapia anti-envelhecimento?
R21: Como já respondido acima, não trabalho com modulação hormonal: terapia antienvelhecimento, dieta hCG, prescrição de anabolizantes, testosterona, DHEA, GH. Já que tal prática é condenada:
1) Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN): http://abran.org.br/2018/03/04/posicionamento-sobre-a-modulacao-hormonal/
2) Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM): https://www.endocrino.org.br/alerta-sbem-nao-existe-especialista-em-modulacao-hormonal/
3) Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontrologia (SBG): https://sbgg.org.br/envelhecer-nao-e-doenca-sbgg-emite-posicionamento-em-retorno-as-colocacoes-expressas-pelo-pesquisador-aubrey-de-grey-que-quer-curar-o-envelhecimento/
4) Associação Brasileira para Estudos da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO): http://www.abeso.org.br/pdf/Posicionamento%20SBEM%20-%20anti-aging2.pdf
5) Sociedade Brasileira de Urologia (SBU): http://portaldaurologia.org.br/medicos/destaque-sbu/nota-oficial/
6) Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC): https://sboc.org.br/noticias/item/1461-posicionamento-da-sboc-sobre-o-nao-reconhecimento-de-especialista-em-modulacao-hormonal
7) Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO): https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/647-posicao-da-febrasgo-referente-ao-julgamento-da-segunda-turma-do-tribunal-regional-federal-da-5-regiao-sobre-o-tratamento-de-modulacao-hormonal-para-o-antienvelhecimento
8) Conselho Federal de Medicina (CFM): O parecer do CFM que proíbe a prática de modulação hormonal no Brasil está disponível aqui: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/CFM/2012/1999_2012.pdf No link a seguir você encontrará inúmeros pareceres de sociedades médicas sérias sobre o tema, isso basta para que eu não utilize modulação hormonal e hormônios ditos bioidênticos na minha prática: http://www.drfredericolobo.com.br/2016/07/pareceres-de-sociedades-medicas-contra.html
Há mais de 10 anos acompanho pacientes que tiveram complicações decorrentes desse tipo de terapia. É raríssimo um dia na minha prática clínica, em que eu não tenha que encaminhar pacientes para endocrinologistas. Pacientes vítimas de iatrogenia. Isso explica o porquê de eu ser contra a reposição hormonal desnecessária ou para fins estéticos.
P21: O senhor trabalha com ganho de massa por estética, melhora de performance?
R21: Não. Somente o meu nutricionista. Aqui tem a lista do que não atendo: https://www.nutrologogoiania.com.br/tratamentos/o-que-nao-trato/
P. 22: No caso de pacientes com doenças psiquiátricas, como ansiedade, depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, síndrome do pânico, o senhor trata esses pacientes?
R23: Eu não trato com medicações psicotrópicas. Peço para o paciente dar continuidade ao tratamento com o psiquiatra de sua confiança ou indico alguns de minha confiança. O que faço na Nutrologia é apenas orientar hábitos salutares que podem ser co-adjuvantes no tratamento dessas doenças. Além disso investigo se há presença de metais tóxicos ou déficits nutricionais que podem agravar o quadro.
P. 23: Pacientes com Doença de Alzheimer, Parkinson, Esclerose múltipla, Esclerose lateral amiotrófica, Doença renal, Transtorno do espectro autista (TEA), disautonomia o senhor atende?
R23: Não. São condições que não tenho experiência no manejo e encaminho para outros profissionais. https://www.nutrologogoiania.com.br/tratamentos/o-que-nao-trato/
P. 24: Atende por telemedicina?
R24: Sim
P. 25: O senhor trabalha com Modulação hormonal?
R25: Não.
P. 26: O senhor trabalha com Implantes hormonais (chips)?
R26: Não.
P. 27: O senhor trabalha com terapia antienvelhecimento?
R27: Não.
P. 28: O senhor trabalha com estética?
R28: Não.
P. 29: O senhor trabalha com ozonioterapia?
R29: Não.
P. 30: O senhor trabalha com soroterapia, terapias injetáveis?
R30: Somente para os pacientes que não conseguem absorver pelo trato digestivo ou casos refratários à terapia via oral. Exemplo: pacientes com anemia ferropriva e que mesmo após meses utilizando ferro via oral os níveis de ferro pouco sobem. Nesse caso prescrevemos ferro endovenoso e inclusive alguns planos de saúde cobrem. Pacientes com B12 muito baixa e que não respondem à terapia com administração via oral ou sublingual, aí indicamos a B12 intramuscular. Escrevi 2 textos sobre o tema:
https://www.nutrologogoiania.com.br/terapia-com-injetaveis-na-nutrologia/
https://nutrologojoinville.com.br/soroterapia-a-modinha-repaginada/
P. 31: Qual a opinião do senhor sobre a soroterapia e terapias injetáveis?
R31: Acho errada a forma que estão praticando essa via de administração de medicamentos/nutrientes. A via endovenosa ou intramuscular, deve ser usada apenas quando o trato digestivo não está funcionante ou quando há uma refratariedade ao tratamento via oral. No texto publicado em: https://www.nutrologogoiania.com.br/terapia-com-injetaveis-na-nutrologia/ eu abordo o tema em parceria com alguns médicos nutrólogos e uma conselheira do CRM-ES.
segunda-feira, 2 de outubro de 2023
Shots matinais valem a pena?
Aqui na clínica não suportamos os famigerados shots matinais. Não que não gostamos de alguns dos ingredientes, mas sim pelo fato de alguns profissionais colocarem eles como efetivos para algo. Ao longo dos anos eu e o Rodrigo presenciamos inúmeros pacientes apresentarem sintomas estomacais e de refluxo por consumo desses shots no período matutino, quando o estômago ainda não recebeu alimentos.
A obesidade é transmissível através da microbiota intestinal
domingo, 1 de outubro de 2023
“Medicamentos anti-obesidade” ou “medicamentos para tratar a obesidade” em vez de “remédios para perda de peso” – por que a linguagem importa
sábado, 30 de setembro de 2023
Preciso tirar os carboidratos para emagrecer?
sexta-feira, 29 de setembro de 2023
Low carb regada a carne vermelha e embutidos: é uma boa estratégia?
A estratégia low carb ganhou fama e notoriedade nos últimos anos e, inclusive, é difícil ter alguma semana em que não atendo algum paciente que já não tenha seguido essa estratégia ao menos uma vez ao longo do seu processo de mudança alimentar. E existe uma forte onda de divulgação de informações DETURPADAS e MITOS por aí de que as carnes poderiam ser consumidas à vontade ao longo do dia, já que na nossa evolução, nosso corpo só teria benefícios desse hábito que existe desde a era paleolítica.
Segundo esse MITO, o amido foi reintroduzido de forma "recente" evolutivamente falando e, segundo ele, consumir carboidratos é prejudicial quando comparado ao consumo de carnes.
No entanto, antes de responder a pergunta do tema desse texto, é importante ressaltar que existem estudos que confirmam a presença de AMIDO em ossaturas estudadas que são da era paleolítica. Ou seja, o amido já está inserido na nossa alimentação há milhares de anos e a informação propagada dos que são adeptos a dieta low carb de forma extremista, ou a dieta carnívora e outras estratégias excessivas, estão ERRADAS.
E agora respondendo a pergunta: fazer dieta LOW CARB regada a carne vermelha e embutidos é uma estratégia PÉSSIMA quando o objetivo é a melhora do estado nutricional e a redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis. E eu me arrisco a dizer ainda que, essa estratégia é uma das piores que existem quando o assunto é saúde e cuidados com o meio ambiente.
Já por outro lado, uma LOW CARB bem feita, prescrita corretamente pelo Nutricionista, controlando o consumo das gorduras saturadas e se preocupando com a ingestão de fibras, proteínas e calorias no total, pode trazer resultados excepcionais para muitos casos.
Portanto, caso você se sinta mais apto a fazer a dieta LOW CARB, procure o nutricionista para que seja feita corretamente. O consumo excessivo de carnes vermelhas e embutidos está associado ao um maior risco de doenças crônicas não transmissíveis, inclusive o câncer de cólon (dobra o risco absoluto do surgimento da doença).
E mais, esse tipo de dieta visando o emagrecimento parece não ser nada interessante, já que tem estudos comparando dietas com equivalência de calorias e proteínas, mas com diferença nos tipos de gorduras (saturadas ou mono e poli-insaturadas), mostrando que as dietas ricas em gorduras saturadas (carnes e embutidos em excesso) estão associadas a uma pior resposta na perda de gordura corporal.
Inclusive, a dieta mediterrânea, que é a dieta que mostra melhores resultados com relação a parâmetros metabólicos, possui quantidades pequenas de carne vermelha e menos ainda de embutidos e outros alimentos ultra processados.
Portanto, se você se sentir tentado a seguir uma low carb regada a carnes e embutidos, principalmente se for por seguir perfis ou indivíduos que fomentem esse tipo de estratégia, solicite as evidências científicas que demonstram o que eles propagam por aí. É bem provável que você não receba nenhum trabalho de qualidade mostrando tais benefícios.
Procure um Nutricionista sério e que siga a ciência da nutrição.
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
Falta de vitaminas e minerais pode levar a queda de cabelo
- Ferro,
- Zinco,
- Selênio,
- Vitamina A,
- Vitamina D,
- Vitaminas do complexo B (incluindo a biotina),
- Silício
Troquei o arroz branco pelo integral, isso vai me ajudar a emagrecer mais rápido?
quarta-feira, 27 de setembro de 2023
Preciso cortar arroz para emagrecer?
Quando o assunto é emagrecimento, arroz é um dos alimentos mais "temidos", tanto que é bastante comum nos atendimentos relatos como "já cortei totalmente o arroz e mesmo assim não estou emagrecendo".