Em documento encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - Consea, recomendou que seja proibido o uso da gordura vegetal hidrogenada na formulação de produtos alimentícios, bem como sua substituição por outras substâncias que cumpram suas atuais funções e sejam prejudiciais à saúde das populações, em prol da melhoria das condições de saúde da população brasileira.
Segundo avaliação do Consea, as ações voluntárias de redução de gordura trans artificial em alimentos processados não garantiram sua eliminação e os consumidores têm dificuldades de compreender a informação sobre a presença da gordura trans na rotulagem de produtos alimentícios. Também aponta que as gorduras vegetais hidrogenadas são a principal fonte de gordura trans artificial nos alimentos industrializados e que, desde 2004, a Organização Mundial de Saúde (OMS)
recomenda a eliminação total da gordura trans artificial da alimentação, tamanho são os seus malefícios à saúde, principalmente em relação aos riscos de doenças
cardiovasculares, o que já foi, inclusive, efetivado por vários países, como Argentina, Dinamarca e Estados Unidos
.
Vale destacar que, de acordo com dados levantados por pesquisa do governo para traçar o perfil de saúde da população brasileira, mais da metade dos adultos e um terço das crianças apresentam excesso de peso e crescimento no número de pessoas – cada vez mais jovens - com doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão, doenças cardiovasculares e diabetes.
Além disso, o Consea detalha na recomendação que houve significativo aumento da participação de produtos alimentícios ultraprocessados na alimentação do brasileiro (27,8% no Brasil como um todo em 2008/09), que em geral, possuem perfil nutricional desfavorável à saúde, ou seja, com teores elevados de gordura, açúcar, sódio e densidade de calorias.
"A recomendação do conselho mostra que a sociedade está se mobilizando para definir, juntamente com os órgãos reguladores do governo, os rumos da utilização da gordura trans em nosso país", analisa a vice-presidente da Asbran, Ana Maria Bartels, que também é conselheira suplente do Consea, representando a Associação. Ela acrescenta que no próximo mês de março está prevista pela Anvisa audiência pública para tratar do tema, oportunidade em que a Asbran manifestará sua posição.
Fonte: http://www.asbran.org.br/noticias.php?dsid=1434
terça-feira, 26 de janeiro de 2016
Consea pede fim da gordura hidrogenada em produtos
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Dr. Frederico Lobo
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Suporte nutricional no paciente crítico: novo guideline 2016 ASPEN e SCCM
Atualmente discute-se com maior ênfase o tema nutrição no paciente crítico e algumas recentes publicações tem norteado novos caminhos/conceitos na prática diária.
Há tempos aguardava-se a revisão do guideline da American Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN) sobre nutrição no paciente crítico. Recentemente foi apresentado no congresso na cidade de Austin, no Texas, em conjunto com a Society of Critical Care Medicine (SCCM), suas novas recomendações.
Sugerimos a leitura do texto completo (link anexo). Seguem alguns tópicos abordados:...
- Na ausência de calorimetria indireta, sugerimos que uma equação preditiva baseada no peso (25-30 kcal/kg/d) deve ser aplicada rotineiramente para determinar os requisitos de energia.
- Recomendamos que os protocolos de alimentação enteral devem ser implementados para aumentar o percentual de calorias ofertadas em relação a meta proposta.
- Sugerimos uma avaliação frequente da adequação da oferta de proteína. As necessidades de proteínas sugeridas são de 1,2-2,0 g/kg de peso corporal atual por dia e, provavelmente, pode ser ainda mais elevada em pacientes grandes queimados ou politraumatizados.
- Recomendamos que a terapia de suporte nutricional enteral deve ser iniciada dentro de 24-48 horas no paciente crítico que é incapaz de manter a ingestão voluntária.
- Sugerimos que no cenário de comprometimento hemodinâmico ou instabilidade, a terapia enteral deve ser suspensa até que o paciente encontre-se ressuscitado e/ou em com sinais de melhora perfusional. O início pode ser considerado com precaução em pacientes submetidos à desmame dos vasopressores.
- Sugerimos que os pacientes que tem baixo risco nutricional, com o estado nutricional normal e baixa gravidade da doença atual (por exemplo, escore NRS 2002 ≤3 ou NUTRIC ≤5), que não podem manter a ingestão oral voluntária adequada, não necessitam de terapia nutricional especializada durante a primeira semana de internação em UTI.
- Recomendamos a colocação de sonda pós pilórica em pacientes considerados de alto risco para aspiração.
- Sugerimos que a dieta enteral não seja interrompida em casos de diarréia, mas sim que a alimentação enteral seja continuada enquanto avalia-se a etiologia da diarréia para determinar o tratamento adequado.
- Sugerimos que a glutamina enteral suplementar não seja adicionada rotineiramente em pacientes criticamente enfermos.
- Recomendamos que, em pacientes de risco nutricional baixo, o uso de dieta parenteral suplementar deva ser considerado apenas após 7-10 dias, quando o paciente é incapaz de atender > 60% das necessidades de energia e proteína por via enteral. Iniciar a suplementação parenteral antes desse período de 7 a 10 dias não melhora os resultados e pode ser prejudicial.
As explanações fisiológicas e exposições das evidências para essas recomendações citadas e outras muitas, encontram-se disponíveis na íntegra no texto publicado:
http://www.nutritioncare.org/Guidelines_and_Clinical_Resources/Clinical_Guidelines/
Referência:
1. McClave SA, Taylor BE, Martindale RG, Warren MM, Johnson DR, Braunschweig C, McCarthy MS, Davanos E, Rice TW, Cresci GA, Gervasio JM, Sacks GS, Roberts PR, Compher C; Society of Critical Care Medicine; American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. Guidelines for the Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: Society of Critical Care Medicine (SCCM) and American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.). JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2016 Feb;40(2):159-211.
Fonte: http://www.pacientegrave.com/2016/01/suporte-nutricional-no-paciente-critico.html
Há tempos aguardava-se a revisão do guideline da American Society of Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN) sobre nutrição no paciente crítico. Recentemente foi apresentado no congresso na cidade de Austin, no Texas, em conjunto com a Society of Critical Care Medicine (SCCM), suas novas recomendações.
Sugerimos a leitura do texto completo (link anexo). Seguem alguns tópicos abordados:...
- Na ausência de calorimetria indireta, sugerimos que uma equação preditiva baseada no peso (25-30 kcal/kg/d) deve ser aplicada rotineiramente para determinar os requisitos de energia.
- Recomendamos que os protocolos de alimentação enteral devem ser implementados para aumentar o percentual de calorias ofertadas em relação a meta proposta.
- Sugerimos uma avaliação frequente da adequação da oferta de proteína. As necessidades de proteínas sugeridas são de 1,2-2,0 g/kg de peso corporal atual por dia e, provavelmente, pode ser ainda mais elevada em pacientes grandes queimados ou politraumatizados.
- Recomendamos que a terapia de suporte nutricional enteral deve ser iniciada dentro de 24-48 horas no paciente crítico que é incapaz de manter a ingestão voluntária.
- Sugerimos que no cenário de comprometimento hemodinâmico ou instabilidade, a terapia enteral deve ser suspensa até que o paciente encontre-se ressuscitado e/ou em com sinais de melhora perfusional. O início pode ser considerado com precaução em pacientes submetidos à desmame dos vasopressores.
- Sugerimos que os pacientes que tem baixo risco nutricional, com o estado nutricional normal e baixa gravidade da doença atual (por exemplo, escore NRS 2002 ≤3 ou NUTRIC ≤5), que não podem manter a ingestão oral voluntária adequada, não necessitam de terapia nutricional especializada durante a primeira semana de internação em UTI.
- Recomendamos a colocação de sonda pós pilórica em pacientes considerados de alto risco para aspiração.
- Sugerimos que a dieta enteral não seja interrompida em casos de diarréia, mas sim que a alimentação enteral seja continuada enquanto avalia-se a etiologia da diarréia para determinar o tratamento adequado.
- Sugerimos que a glutamina enteral suplementar não seja adicionada rotineiramente em pacientes criticamente enfermos.
- Recomendamos que, em pacientes de risco nutricional baixo, o uso de dieta parenteral suplementar deva ser considerado apenas após 7-10 dias, quando o paciente é incapaz de atender > 60% das necessidades de energia e proteína por via enteral. Iniciar a suplementação parenteral antes desse período de 7 a 10 dias não melhora os resultados e pode ser prejudicial.
As explanações fisiológicas e exposições das evidências para essas recomendações citadas e outras muitas, encontram-se disponíveis na íntegra no texto publicado:
http://www.nutritioncare.org/Guidelines_and_Clinical_Resources/Clinical_Guidelines/
Referência:
1. McClave SA, Taylor BE, Martindale RG, Warren MM, Johnson DR, Braunschweig C, McCarthy MS, Davanos E, Rice TW, Cresci GA, Gervasio JM, Sacks GS, Roberts PR, Compher C; Society of Critical Care Medicine; American Society for Parenteral and Enteral Nutrition. Guidelines for the Provision and Assessment of Nutrition Support Therapy in the Adult Critically Ill Patient: Society of Critical Care Medicine (SCCM) and American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (A.S.P.E.N.). JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2016 Feb;40(2):159-211.
Fonte: http://www.pacientegrave.com/2016/01/suporte-nutricional-no-paciente-critico.html
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Dr. Frederico Lobo
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"Para ficar magrinha?"
"Metade das meninas têm problemas em aceitar sua imagem corporal"
(Centre for Appearance Research and Central YMCA 2011)
"Metade das meninas pequenas têm medo de engordar e apresentam comportamentos de restrição ou compulsão alimentar."
(Edlund, Halvarsson, and Sjoden, 1996)
"Meninas de 5 anos de idade se preocupam com sua aparência, tamanho e peso."
(Lohmann et al, British Journal of Developmental Psychology, 2005)
"Uma em cada quatro meninas de 7 anos já tentou fazer dieta pelo menos uma vez."
(Westerberg-Jacobson et al, European Eating Disorders Review 2011)
"Um terço das crianças entre 8 e 12 anos afirmam que querem fazer dieta para emagrecer."
(McCabe, Ricciardelli 2005)
Estatísticas oriundas da pesquisa de commonsensemedia body image survey:
"80% das meninas americanas com menos de 10 anos já fizeram dieta"
"1,3 milhões de adolescentes nos EUA sofrem de anorexia nervosa"
"Aos seis anos, crianças já sabem o que significa 'dieta' e começam a tentar comer menos."
"59% das meninas de 6 anos alegam que gostariam de ser 'mais magras'"
"Crianças pequenas têm mais medo de engordar do que: guerra nuclear, câncer ou perder os pais."
.................................................
PELAMORDEDEUS, Não!!
Não coloquem essas ideias na cabeça das crianças.
Não é "engraçadinho"
Não é educativo.
Não promove saúde. (muito pelo contrário)
Dizer que o benefício da caminhada é "ficar magrinha" é transmitir a ideia de que os exercícios e hábitos de vida saudáveis, de modo geral, devem ser realizados por finalidades estéticas.
(tem que "ficar magrinha" porque "gorda" é ruim, certo? NÃO ENSINE ISSO PARA AS CRIANÇAS)
- Vamos caminhar porque faz bem para o pulmão, o coração e os ossos.
- Vamos caminhar para admirar a paisagem e descansar a mente.
- Vamos caminhar porque o corpo ativo funciona melhor e é muito mais saudável.
- Vamos caminhar porque é uma forma de viver benefícios de estar ao ar livre.
- Vamos caminhar porque favorece a concentração, melhora a capacidade de aprendizagem e estimula a imaginação.
- Vamos caminhar em família porque fortalece os laços afetivos.
POR ISSO vamos caminhar
Fonte: https://www.facebook.com/Naosouexposicao/?pnref=story
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Dr. Frederico Lobo
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domingo, 17 de janeiro de 2016
Jejum intermitente - O que há de científico até o momento
O jejum intermitente vem ganhando cada vez mais popularidade por aí. E, como tudo que vai virando modinha, muitas informações vão sendo distorcidas no meio do caminho. Mas afinal, existem estudos científicos para tal estratégia?
Sim, existem. Mas vamos primeiro a alguns conceitos importantes. De acordo com a literatura, a definição para o jejum intermitente é “estratégia que envolve a restrição total ou parcial do consumo de energia (restrição que varia de 50 a 100%) em 1 a 3 dias por semana”. Porém, por ser de difícil adesão, foi criada uma estratégia alternativa, conhecida como “time-restricted feeding (TRF)”, que em português significa restrição de tempo de alimentação. No TRF os indivíduos têm o consumo de alimentos limitados dentro de uma janela de tempo (que varia de 3 a 4h, 7 a 9h ou 10 a 14h), o que induz a um tempo de jejum que varia de 10 a 21 horas por dia. Isso significa entre 1 a 3 refeições ao dia.
Isso deu origem a alguns métodos populares, sendo largamente difundidos pela internet:
É claro que apenas este último não foi desenvolvido por grandes estudos científicos. Até porque já sabemos que o que importa não é o valor calórico dos alimentos e sim a sua densidade nutricional.
Então vamos detalhar sobre o que existe de pesquisas científicas neste tema:
No estudo de revisão publicado pelo autor Rothschild e colaboradores em 2014, verificou que 11 estudos tinham avaliado os efeitos do TRF em humanos, sendo que a maioria (6 estudos) avaliou os feitos do TRF de 10-12 horas. Entre os estudos que avaliaram o TRF de 4 horas ou 7-8 horas, nenhum efeito benéfico foi encontrado na população estudada. Por outro lado, notavelmente, os estudos que implementaram o TRF de 10-12 horas demonstraram reduções consistentes no peso corporal de 1-3%, além de melhorias nos parâmetros metabólicos, como níveis de lipídios sanguíneos e glicemia. Esses resultados já seriam esperados, pois a expansão da janela de alimentação torna a estratégia mais viável para que o indivíduo consiga consumir os alimentos dentro de suas necessidades durante ao longo do dia. Isso ocorre porque o jejum de 7 a 8 horas foi realizado durante o sono e, portanto, não se trata de nenhuma novidade ao que já é preconizado dentro de uma dieta equilibrada.
Além disso, as evidências científicas para os riscos e benefícios do uso do TRF e do jejum intermitente são limitadas, pois os estudos não foram realizados em longo prazo e muitas vezes realizados com um número limitado de participantes. Dessa maneira, enquanto não houver evidências científicas suficientes para respaldar o uso dessas estratégias, elas não devem ser indicadas para garantir um emagrecimento saudável.
Em 2015 foram publicados outros estudos de revisão com atualização sobre as evidências científicas para essa estratégia. O artigo “Health effects of intermittent fasting: hormesis or harm? A systematic review” publicado em uma das maiores revistas de nutrição do mundo, trouxe uma revisão sistemática sobre o tema. Eles concluem que faltam estudos clínicos robustos para comprovar o real benefício do jejum intermitente na saúde. No entanto, existem estudos que demonstram que o jejum intermitente realmente provoca melhorias na saúde metabólica, desempenho cognitivo e cardiovascular, porém com algumas falhas metodológicas.
O outro artigo, publicado em agosto de 2015, foi nada menos do que pela Academia Americana de Nutrição e Dietética (Eat Right), com o título “Intermittent Fasting and Human Metabolic Health”. A publicação também reforça que são necessários mais estudos que avaliem principalmente os efeitos em longo prazo. Visto que os períodos de jejum podem alterar o equilíbrio da produção dos hormônios da fome/saciedade, o que pode promover distúrbio lá na frente. Deve-se investigar também sobre as alegações referentes ao envelhecimento e biomarcadores longevidade.
As recomendações atuais para o emagrecimento ainda ressaltam a importância para o fracionamento das refeições e evitar se alimentar com muita fome. No entanto, ainda não está claro também se essa recomendação é válida para todos de uma maneira generalizada.
Esses artigos deixam claro que o jejum intermitente pode ser uma abordagem promissora para o emagrecimento e melhorar a saúde metabólica para as pessoas quem conseguem se adaptar ao jejum ou comer muito pouco em certas horas do dia ou dias da semana. Ou seja, tudo se refere a INDIVIDUALIDADE!
Referências:
Fonte: http://ritacastronutri.com.br/jejum-intermitente-existe-evidencia/
Sim, existem. Mas vamos primeiro a alguns conceitos importantes. De acordo com a literatura, a definição para o jejum intermitente é “estratégia que envolve a restrição total ou parcial do consumo de energia (restrição que varia de 50 a 100%) em 1 a 3 dias por semana”. Porém, por ser de difícil adesão, foi criada uma estratégia alternativa, conhecida como “time-restricted feeding (TRF)”, que em português significa restrição de tempo de alimentação. No TRF os indivíduos têm o consumo de alimentos limitados dentro de uma janela de tempo (que varia de 3 a 4h, 7 a 9h ou 10 a 14h), o que induz a um tempo de jejum que varia de 10 a 21 horas por dia. Isso significa entre 1 a 3 refeições ao dia.
Isso deu origem a alguns métodos populares, sendo largamente difundidos pela internet:
- Método 16/8: Também chamado de o protocolo Leangains. A pessoa realiza praticamente 2 refeições diárias (por exemplo, uma refeição as 13h e outra as 21h), em uma janela de 8 horas e totalizando 16 horas de jejum.
- Método do jejum completo: Isso envolve o jejum durante 24 horas, uma ou duas vezes por semana. Por exemplo, o intervalo entre o jantar de um dia anterior até o jantar no dia seguinte.
- Dieta 5:2: Ficou conhecida popularmente pelo livro “The Fast Diet”. Nele, em dois dias não consecutivos da semana, os indivíduos só comem 500-600 calorias e voltam a consumir normalmente nos outros 5 dias.
É claro que apenas este último não foi desenvolvido por grandes estudos científicos. Até porque já sabemos que o que importa não é o valor calórico dos alimentos e sim a sua densidade nutricional.
Então vamos detalhar sobre o que existe de pesquisas científicas neste tema:
No estudo de revisão publicado pelo autor Rothschild e colaboradores em 2014, verificou que 11 estudos tinham avaliado os efeitos do TRF em humanos, sendo que a maioria (6 estudos) avaliou os feitos do TRF de 10-12 horas. Entre os estudos que avaliaram o TRF de 4 horas ou 7-8 horas, nenhum efeito benéfico foi encontrado na população estudada. Por outro lado, notavelmente, os estudos que implementaram o TRF de 10-12 horas demonstraram reduções consistentes no peso corporal de 1-3%, além de melhorias nos parâmetros metabólicos, como níveis de lipídios sanguíneos e glicemia. Esses resultados já seriam esperados, pois a expansão da janela de alimentação torna a estratégia mais viável para que o indivíduo consiga consumir os alimentos dentro de suas necessidades durante ao longo do dia. Isso ocorre porque o jejum de 7 a 8 horas foi realizado durante o sono e, portanto, não se trata de nenhuma novidade ao que já é preconizado dentro de uma dieta equilibrada.
Além disso, as evidências científicas para os riscos e benefícios do uso do TRF e do jejum intermitente são limitadas, pois os estudos não foram realizados em longo prazo e muitas vezes realizados com um número limitado de participantes. Dessa maneira, enquanto não houver evidências científicas suficientes para respaldar o uso dessas estratégias, elas não devem ser indicadas para garantir um emagrecimento saudável.
Em 2015 foram publicados outros estudos de revisão com atualização sobre as evidências científicas para essa estratégia. O artigo “Health effects of intermittent fasting: hormesis or harm? A systematic review” publicado em uma das maiores revistas de nutrição do mundo, trouxe uma revisão sistemática sobre o tema. Eles concluem que faltam estudos clínicos robustos para comprovar o real benefício do jejum intermitente na saúde. No entanto, existem estudos que demonstram que o jejum intermitente realmente provoca melhorias na saúde metabólica, desempenho cognitivo e cardiovascular, porém com algumas falhas metodológicas.
O outro artigo, publicado em agosto de 2015, foi nada menos do que pela Academia Americana de Nutrição e Dietética (Eat Right), com o título “Intermittent Fasting and Human Metabolic Health”. A publicação também reforça que são necessários mais estudos que avaliem principalmente os efeitos em longo prazo. Visto que os períodos de jejum podem alterar o equilíbrio da produção dos hormônios da fome/saciedade, o que pode promover distúrbio lá na frente. Deve-se investigar também sobre as alegações referentes ao envelhecimento e biomarcadores longevidade.
As recomendações atuais para o emagrecimento ainda ressaltam a importância para o fracionamento das refeições e evitar se alimentar com muita fome. No entanto, ainda não está claro também se essa recomendação é válida para todos de uma maneira generalizada.
Esses artigos deixam claro que o jejum intermitente pode ser uma abordagem promissora para o emagrecimento e melhorar a saúde metabólica para as pessoas quem conseguem se adaptar ao jejum ou comer muito pouco em certas horas do dia ou dias da semana. Ou seja, tudo se refere a INDIVIDUALIDADE!
Referências:
- Rothschild J, Hoddy KK, Jambazian P, Varady KA. Time-restricted feeding and risk of metabolic disease: a review of human and animal studies. Nutr Rev. 2014;72(5):308-18.
- Horne BD, Muhlestein JB, Anderson JL. Health effects of intermittent fasting: hormesis or harm? A systematic review. Am J Clin Nutr. 2015;102(2):464-70.
- Patterson RE, Laughlin GA, LaCroix AZ, Hartman SJ, Natarajan L, Senger CM, et al. Intermittent Fasting and Human Metabolic Health. J Acad Nutr Diet. 2015;115(8):1203-12.
- LeCheminant JD, Christenson E, Bailey BW, Tucker LA. Restricting night-time eating reduces daily energy intake in healthy young men: a short-term cross-over study. Br J Nutr. 2013 Dec;110(11):2108-13.
- Sherman H, Frumin I, Gutman R, Chapnik N, Lorentz A, Meylan J, et al. Long-term restricted feeding alters circadian expression and reduces the level of inflammatory and disease markers. J Cell Mol Med. 2011;15(12):2745-59.
- Lamine F, Bouguerra R, Jabrane J, Marrakchi Z, Ben Rayana MC, Ben Slama C, Gaigi S. Food intake and high density lipoprotein cholesterol levels changes during ramadan fasting in healthy young subjects. Tunis Med. 2006;84(10):647-50.
- Kim JY, Yang YH, Kim CN, Lee CE, Kim KI. Effects of very-low-carbohydrate (horsemeat- or beef-based) diets and restricted feeding on weight gain, feed and energy efficiency, as well as serum levels of cholesterol, triacylglycerol, glucose, insulin and ketone bodies in adult rats. Ann Nutr Metab. 2008;53(3-4):260-7.
Fonte: http://ritacastronutri.com.br/jejum-intermitente-existe-evidencia/
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Dr. Frederico Lobo
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sábado, 9 de janeiro de 2016
Os lipídios armazenados combatem as tentativas do corpo de baixar de peso
Quanto mais obesa é uma pessoa, mais seu corpo parece produzir uma proteína que inibe sua capacidade para queimar gordura, sugere uma nova pesquisa publicada na revista Nature Communications. Os achados podem ter implicações no tratamento da obesidade e outras doenças metabólicas.
A maior parte dos adipócitos no corpo atuam armazenando o excesso de energia e liberando-o quando é necessário mas alguns tipos de adipócitos, conhecidos como os adipócitos pardos, funcionam principalmente para um processo conhecido como termogênese, que gera calor para nos manter mornos. No entanto, uma equipe internacional de investigadores do Instituto de Ciências Metabólicas do Wellcome Trust - Medical Research Council na Universidade de Cambridge, Reino Unido, e da Universidade de Toho, no Japão, demonstraram que uma proteína presente no corpo, conhecida como sLR11, suprime este processo.
Os investigadores estudaram por que os ratos que careciam do gene para a produção desta proteína eram muito mais resistentes ao aumento de peso. Todos os ratos ― e de fato, os seres humanos ― incrementam ligeiramente sua taxa metabólica quando passam de uma dieta mais baixa em calorias a uma dieta mais rica em calorias, mas os ratos que carecem do gene responderam com um incremento muito mais considerável, o que significa que podiam queimar calorias com mais rapidez.
Outros estudos revelaram que nestes ratos os genes normalmente associados ao tecido adiposo pardo se mostravam mais ativos no tecido adiposo branco (que normalmente armazena lipídios para a liberação de energia). Em congruência com esta observação, os próprios ratos estavam de fato mais termogênicos e tinham um maior consumo de energia, sobretudo depois da alimentação com uma dieta rica em matéria gorda.
Os investigadores puderam demonstrar que sLR11 se une a receptores específicos nos adipócitos ― na mesma forma que uma chave encaixa em uma fechadura ― para inibir sua capacidade de ativar a termogênese. De fato, sLR11 atua como um sinal incrementando a eficiência dos lipídios para armazenar energia e evita a perda excessiva de energia através de uma termogênese não restringida.
Quando os investigadores analisaram as concentrações de sLR11 em seres humanos, descobriram que as concentrações da proteína circulante no sangue se correlacionavam com a massa adiposa total; em outras palavras, quanto mais elevadas eram as concentrações da proteína, maior era a massa adiposa total. Além disso, quando os pacientes obesos se submeteram a operações bariátricas, seu grau de perda de peso pós-operatória foi diretamente proporcional à redução em suas concentrações de sLR11, o que indica que sLR11 é produzida pelos adipócitos.
Em seu estudo, os autores indicam que sLR11 ajuda os adipócitos a resistir a queimar muita gordura durante "picos" ("Spikes") em outros sinais metabólicos subsequentes a comidas consideráveis ou a reduções breves da temperatura. Isto, por sua vez, faz com que o tecido adiposo seja mais eficaz para armazenar energia durante longos períodos.
Existe um interesse crescente em controlar especificamente a termogênese com fármacos a fim de tratar a obesidade, o diabetes e outros transtornos relacionados como as cardiopatias. Isto se deve a que exerce um mecanismo para metabolizar o excesso de gordura de uma maneira relativamente inócua. Já foi identificada uma série de moléculas que podem incrementar a termogênese ou o número de adipócitos capazes de termogênese. Entretanto, até o presente foram identificadas muito poucas moléculas que possam diminuir a termogênese.
Estes achados esclarecem um dos mecanismos que utiliza o corpo para conservar a energia armazenada, em que as concentrações de sLR11 aumentam segundo a quantidade de líquidos armazenados e evitam que seja "desperdiçada" para a termogênese.
O Dr. Andrew Whittle, primeiro coautor, disse: "Nosso descobrimento ajuda a explicar por que para os indivíduos pré-obesos resulta incrivelmente difícil baixar de peso. Seus lipídios armazenados estão combatendo ativamente seus esforços para queimá-los em um nível molecular".
O professor Toni Vidal-Puig, quem dirigiu a equipe, adicionou: "Descobrimos um mecanismo importante que poderia ser manipulado especificamente não só para ajudar as pessoas a melhorar sua capacidade para queimar gordura, mas também para ajudar aquelas que têm transtornos nos que é importante economizar energia, como a anorexia nervosa".
Jeremy Pearson, Diretor Médico Associado da British Heart Foundation (BHF) ajudou a financiar a pesquisa, disse: "Esta pesquisa poderia estimular o desenvolvimento de novos fármacos que ajudem a reduzir a obesidade, ao bloquear a ação desta proteína, ou controlar a perda de peso ao reproduzir sua ação. Com base neste descobrimento promissor, esperamos os achados futuros do estudo realizado em Cambridge.
"No entanto, ainda está distante um medicamento eficaz para tratar a obesidade que controle sem risco a perda de peso. Enquanto isso, as pessoas poderão encontrar conselhos sobre formas saudáveis de baixar de peso e fortalecer um coração saudável na página Web da BHF: bhf.org.uk".
Referências: Andrew J. Whittle et al, Soluble LR11/SorLA represses thermogenesis in adipose tissue and correlates with BMI in humans. Nature Communications, 2015; 6: 8951 DOI: 10.1038/ncomms9951
Fonte: http://www.medcenter.com/contentnews.aspx?pageid=128787&esp_id=202&tax_id=596&langtype=1046&id=230168
A maior parte dos adipócitos no corpo atuam armazenando o excesso de energia e liberando-o quando é necessário mas alguns tipos de adipócitos, conhecidos como os adipócitos pardos, funcionam principalmente para um processo conhecido como termogênese, que gera calor para nos manter mornos. No entanto, uma equipe internacional de investigadores do Instituto de Ciências Metabólicas do Wellcome Trust - Medical Research Council na Universidade de Cambridge, Reino Unido, e da Universidade de Toho, no Japão, demonstraram que uma proteína presente no corpo, conhecida como sLR11, suprime este processo.
Os investigadores estudaram por que os ratos que careciam do gene para a produção desta proteína eram muito mais resistentes ao aumento de peso. Todos os ratos ― e de fato, os seres humanos ― incrementam ligeiramente sua taxa metabólica quando passam de uma dieta mais baixa em calorias a uma dieta mais rica em calorias, mas os ratos que carecem do gene responderam com um incremento muito mais considerável, o que significa que podiam queimar calorias com mais rapidez.
Outros estudos revelaram que nestes ratos os genes normalmente associados ao tecido adiposo pardo se mostravam mais ativos no tecido adiposo branco (que normalmente armazena lipídios para a liberação de energia). Em congruência com esta observação, os próprios ratos estavam de fato mais termogênicos e tinham um maior consumo de energia, sobretudo depois da alimentação com uma dieta rica em matéria gorda.
Os investigadores puderam demonstrar que sLR11 se une a receptores específicos nos adipócitos ― na mesma forma que uma chave encaixa em uma fechadura ― para inibir sua capacidade de ativar a termogênese. De fato, sLR11 atua como um sinal incrementando a eficiência dos lipídios para armazenar energia e evita a perda excessiva de energia através de uma termogênese não restringida.
Quando os investigadores analisaram as concentrações de sLR11 em seres humanos, descobriram que as concentrações da proteína circulante no sangue se correlacionavam com a massa adiposa total; em outras palavras, quanto mais elevadas eram as concentrações da proteína, maior era a massa adiposa total. Além disso, quando os pacientes obesos se submeteram a operações bariátricas, seu grau de perda de peso pós-operatória foi diretamente proporcional à redução em suas concentrações de sLR11, o que indica que sLR11 é produzida pelos adipócitos.
Em seu estudo, os autores indicam que sLR11 ajuda os adipócitos a resistir a queimar muita gordura durante "picos" ("Spikes") em outros sinais metabólicos subsequentes a comidas consideráveis ou a reduções breves da temperatura. Isto, por sua vez, faz com que o tecido adiposo seja mais eficaz para armazenar energia durante longos períodos.
Existe um interesse crescente em controlar especificamente a termogênese com fármacos a fim de tratar a obesidade, o diabetes e outros transtornos relacionados como as cardiopatias. Isto se deve a que exerce um mecanismo para metabolizar o excesso de gordura de uma maneira relativamente inócua. Já foi identificada uma série de moléculas que podem incrementar a termogênese ou o número de adipócitos capazes de termogênese. Entretanto, até o presente foram identificadas muito poucas moléculas que possam diminuir a termogênese.
Estes achados esclarecem um dos mecanismos que utiliza o corpo para conservar a energia armazenada, em que as concentrações de sLR11 aumentam segundo a quantidade de líquidos armazenados e evitam que seja "desperdiçada" para a termogênese.
O Dr. Andrew Whittle, primeiro coautor, disse: "Nosso descobrimento ajuda a explicar por que para os indivíduos pré-obesos resulta incrivelmente difícil baixar de peso. Seus lipídios armazenados estão combatendo ativamente seus esforços para queimá-los em um nível molecular".
O professor Toni Vidal-Puig, quem dirigiu a equipe, adicionou: "Descobrimos um mecanismo importante que poderia ser manipulado especificamente não só para ajudar as pessoas a melhorar sua capacidade para queimar gordura, mas também para ajudar aquelas que têm transtornos nos que é importante economizar energia, como a anorexia nervosa".
Jeremy Pearson, Diretor Médico Associado da British Heart Foundation (BHF) ajudou a financiar a pesquisa, disse: "Esta pesquisa poderia estimular o desenvolvimento de novos fármacos que ajudem a reduzir a obesidade, ao bloquear a ação desta proteína, ou controlar a perda de peso ao reproduzir sua ação. Com base neste descobrimento promissor, esperamos os achados futuros do estudo realizado em Cambridge.
"No entanto, ainda está distante um medicamento eficaz para tratar a obesidade que controle sem risco a perda de peso. Enquanto isso, as pessoas poderão encontrar conselhos sobre formas saudáveis de baixar de peso e fortalecer um coração saudável na página Web da BHF: bhf.org.uk".
Referências: Andrew J. Whittle et al, Soluble LR11/SorLA represses thermogenesis in adipose tissue and correlates with BMI in humans. Nature Communications, 2015; 6: 8951 DOI: 10.1038/ncomms9951
Fonte: http://www.medcenter.com/contentnews.aspx?pageid=128787&esp_id=202&tax_id=596&langtype=1046&id=230168
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Que fatores contribuem para os comportamentos de vida saudáveis nas crianças?
Cientistas do Instituto de Pesquisa do Children's Hospital of Eastern Ontario (CHEO) participaram de vários artigos especializados que foram publicados no International Journal of Obesity Supplements. A série (que incluiu 16 colaborações originais) foi preparada pelo grupo de pesquisa do Estudo Internacional de Obesidade Infantil, Estilo de vida e Ambiente (ISCOLE), um grupo global de especialistas líderes em pesquisa da obesidade provenientes de 12 países localizados em 5 continentes.
«Estes são os primeiros dados diretamente medidos e padronizados que se apresentaram provenientes de países com baixas e altas rendas, e se contrapõem a algumas das crenças em torno das correlações chave na obesidade infantil e nos comportamentos de vida saudável», disse o Dr. Mark Tremblay, Diretor do Grupo de Pesquisa Healthy Active Living and Obesity (HALO) do Instituto de Pesquisa do CHEO e Investigador principal do ISCOLE Canada. «A mensagem fundamental é que os fatores que contribuem para a obesidade infantil podem ser muito diferentes entre os países. Estes novos achados sugerem que um enfoque uniforme na prevenção da obesidade é incorreto e os esclarecimentos internacionais podem conduzir a soluções inovadoras práticas».
O Dr. Jean Philippe Chaput, cientista de HALO no Instituto de Pesquisa do CHEO e pesquisador coprincipal do ISCOLE Canada dirigiu o primeiro estudo de sua classe para analisar o vínculo entre os padrões de sono e os comportamentos relacionados com o estilo de vida de crianças de 12 países de 5 regiões geográficas importantes do mundo. Os achados revelam que o sono de duração breve, a qualidade deficiente do sono e as horas de deitar-se mais tardias se relacionam com hábitos de estilo de vida não saudáveis. No entanto, as relações foram mais potentes nos países com alta renda em comparação com os países com baixa a média renda; o que indica que as intervenções destinadas a melhorar os comportamentos relacionados com o sono e o estilo de vida deveriam se adaptar culturalmente para maximizar o êxito.
«É possível que os dias das crianças estejam muito estruturados ou regulados nos países com altas receitas e que haja mais flexibilidade e tempo discricionário nos países com baixa renda», disse o Dr. Chaput. «Os pais ou o pessoal médico não deveriam ignorar o sono e deve ser parte da abordagem do estilo de vida que tradicionalmente se enfocou na alimentação e no exercício».
O Dr. Richard Larouche, pesquisador pós-doutorado do Instituto de Pesquisa CHEO dirigiu um estudo em que foi analisado aquilo que distingue as crianças que participam do transporte escolar ativo (que é o emprego de meios não motorizados como caminhar e deslocar-se em bicicleta para a escola) daquelas que não o fazem. Nos diferentes países, as crianças que se deslocam ativamente têm menos probabilidades de ser pré-obesos ou obesos e também mais probabilidades de ser fisicamente ativas.
«Em geral, 42,1% das crianças relataram que se deslocam de forma ativa, mas entre os diferente países, isto variou de 5,2% na Índia até 79,4% na Finlândia. No centro canadense (Ottawa), 35,1% das crianças se deslocavam ativamente», disse o Dr. Larouche. Os fatores relacionados com o sistema escolar ativo foram muito variáveis entre os países. Segundo o Dr. Larouche, «Estes achados questionam a crença de que exista uma série comum (ou geral) de fatores relacionados com o transporte ativo».
Fonte: http://www.medcenter.com/contentnews.aspx?pageid=128787&tax_id=596&langtype=1046&id=230291&esp_id=202#
«Estes são os primeiros dados diretamente medidos e padronizados que se apresentaram provenientes de países com baixas e altas rendas, e se contrapõem a algumas das crenças em torno das correlações chave na obesidade infantil e nos comportamentos de vida saudável», disse o Dr. Mark Tremblay, Diretor do Grupo de Pesquisa Healthy Active Living and Obesity (HALO) do Instituto de Pesquisa do CHEO e Investigador principal do ISCOLE Canada. «A mensagem fundamental é que os fatores que contribuem para a obesidade infantil podem ser muito diferentes entre os países. Estes novos achados sugerem que um enfoque uniforme na prevenção da obesidade é incorreto e os esclarecimentos internacionais podem conduzir a soluções inovadoras práticas».
O Dr. Jean Philippe Chaput, cientista de HALO no Instituto de Pesquisa do CHEO e pesquisador coprincipal do ISCOLE Canada dirigiu o primeiro estudo de sua classe para analisar o vínculo entre os padrões de sono e os comportamentos relacionados com o estilo de vida de crianças de 12 países de 5 regiões geográficas importantes do mundo. Os achados revelam que o sono de duração breve, a qualidade deficiente do sono e as horas de deitar-se mais tardias se relacionam com hábitos de estilo de vida não saudáveis. No entanto, as relações foram mais potentes nos países com alta renda em comparação com os países com baixa a média renda; o que indica que as intervenções destinadas a melhorar os comportamentos relacionados com o sono e o estilo de vida deveriam se adaptar culturalmente para maximizar o êxito.
«É possível que os dias das crianças estejam muito estruturados ou regulados nos países com altas receitas e que haja mais flexibilidade e tempo discricionário nos países com baixa renda», disse o Dr. Chaput. «Os pais ou o pessoal médico não deveriam ignorar o sono e deve ser parte da abordagem do estilo de vida que tradicionalmente se enfocou na alimentação e no exercício».
O Dr. Richard Larouche, pesquisador pós-doutorado do Instituto de Pesquisa CHEO dirigiu um estudo em que foi analisado aquilo que distingue as crianças que participam do transporte escolar ativo (que é o emprego de meios não motorizados como caminhar e deslocar-se em bicicleta para a escola) daquelas que não o fazem. Nos diferentes países, as crianças que se deslocam ativamente têm menos probabilidades de ser pré-obesos ou obesos e também mais probabilidades de ser fisicamente ativas.
«Em geral, 42,1% das crianças relataram que se deslocam de forma ativa, mas entre os diferente países, isto variou de 5,2% na Índia até 79,4% na Finlândia. No centro canadense (Ottawa), 35,1% das crianças se deslocavam ativamente», disse o Dr. Larouche. Os fatores relacionados com o sistema escolar ativo foram muito variáveis entre os países. Segundo o Dr. Larouche, «Estes achados questionam a crença de que exista uma série comum (ou geral) de fatores relacionados com o transporte ativo».
Fonte: http://www.medcenter.com/contentnews.aspx?pageid=128787&tax_id=596&langtype=1046&id=230291&esp_id=202#
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Suplementos de omega 3 durante a gravidez melhoram o metabolismo do ferro fetal
Cientistas da Universidade de Granada e do King's College de Londres, em colaboração com os Hospitais Materno-infantil de Granada, o Hospital Universitário Insular Materno-Infantil das Palmas de Gran Canaria e a empresa Lactalis Puleva, demonstrou, pela primeira vez, que a suplementação materna durante a gestação com ácido docosahexaenoico (DHA), um ácido graxo essencial poli-insaturado da série omega-3, melhora o metabolismo do ferro fetal, graças a uma maior expressão dos genes que regulam seu transporte através da placenta.
Este trabalho multidisciplinar, publicado no Journal of Functional Foods, descreve que a suplementação com o DHA, além de ajudar ao desenvolvimento precoce do cérebro, está inter-relacionado com o metabolismo do ferro nos recém-nascidos. Também melhora os depósitos do mineral antes do nascimento e ajuda a prevenir futuras deficiências pós-natais e o conseguinte prejuízo que estas poderiam desencadear no desenvolvimento cognitivo.
Para realizar esta pesquisa, os investigadores trabalharam com uma amostra formada por 110 mulheres saudáveis grávidas que deram à luz no Hospital Materno-Infantil de Granada e Hospital Universitário Materno-Infantil de Las Palmas de Gran Canaria, submetidas a um ensaio nutricional controlado, randomizado e duplo-cego que começou no sexto mês de gravidez.
Estabeleceram-se dois grupos: um grupo formado por 54 mulheres, que realizou uma dieta equilibrada e consumo adequado de peixe, assim como uma ingestão de 2 copos/dia da bebida láctea controle, e outro grupo de 56 mulheres, com uma dieta equilibrada e consumo adequado de peixe, suplementada com o consumo de 400 mg/dia de um produto lácteo enriquecido com óleo de peixe (2 copos/dia).
Depois do parto, os investigadores obtiveram amostras de placenta que foram processadas adequadamente para as análises de expressão gênica e proteica.
Os resultados obtidos indicaram um efeito benéfico do suplemento do DHA materno sobre a homeostase do ferro através do sincitiotrofoblasto, beneficiando a transferência materno-fetal e aumentando os depósitos de ferro fetais.
“Este suplemento de DHA é postulado como uma estratégia nutricional que não só ajuda para o desenvolvimento cognitivo e visual do recém-nascido, mas também poderia ajudar a evitar o risco de sofrer anemia. Neste sentido, esta suplementação materna poderia evitar as complicações perinatais relacionadas com a anemia como o baixo peso ao nascer ou desenvolvimento cognitivo tardio do recém-nascido”, explicam os autores principais deste trabalho, Javier Díaz Castro e Julio José Ochoa Herrera, do departamento de Fisiologia da UGR.
Referências:
Javier Diaz-Castro et al, DHA supplementation: A nutritional strategy to prenatal Fe homeostasis and prevent birth outcomes related with Fe-deficiency. Journal of Functional Foods 2015;19:385-393. DOI:http://dx.doi.org/10.1016/j.jff.2015.09.051
Fonte: http://www.medcenter.com/contentnews.aspx?pageid=128787&esp_id=202&tax_id=596&langtype=1046&id=230081&emkt=1#.VoHTZBGT42U.facebook
Este trabalho multidisciplinar, publicado no Journal of Functional Foods, descreve que a suplementação com o DHA, além de ajudar ao desenvolvimento precoce do cérebro, está inter-relacionado com o metabolismo do ferro nos recém-nascidos. Também melhora os depósitos do mineral antes do nascimento e ajuda a prevenir futuras deficiências pós-natais e o conseguinte prejuízo que estas poderiam desencadear no desenvolvimento cognitivo.
Para realizar esta pesquisa, os investigadores trabalharam com uma amostra formada por 110 mulheres saudáveis grávidas que deram à luz no Hospital Materno-Infantil de Granada e Hospital Universitário Materno-Infantil de Las Palmas de Gran Canaria, submetidas a um ensaio nutricional controlado, randomizado e duplo-cego que começou no sexto mês de gravidez.
Estabeleceram-se dois grupos: um grupo formado por 54 mulheres, que realizou uma dieta equilibrada e consumo adequado de peixe, assim como uma ingestão de 2 copos/dia da bebida láctea controle, e outro grupo de 56 mulheres, com uma dieta equilibrada e consumo adequado de peixe, suplementada com o consumo de 400 mg/dia de um produto lácteo enriquecido com óleo de peixe (2 copos/dia).
Depois do parto, os investigadores obtiveram amostras de placenta que foram processadas adequadamente para as análises de expressão gênica e proteica.
Os resultados obtidos indicaram um efeito benéfico do suplemento do DHA materno sobre a homeostase do ferro através do sincitiotrofoblasto, beneficiando a transferência materno-fetal e aumentando os depósitos de ferro fetais.
“Este suplemento de DHA é postulado como uma estratégia nutricional que não só ajuda para o desenvolvimento cognitivo e visual do recém-nascido, mas também poderia ajudar a evitar o risco de sofrer anemia. Neste sentido, esta suplementação materna poderia evitar as complicações perinatais relacionadas com a anemia como o baixo peso ao nascer ou desenvolvimento cognitivo tardio do recém-nascido”, explicam os autores principais deste trabalho, Javier Díaz Castro e Julio José Ochoa Herrera, do departamento de Fisiologia da UGR.
Referências:
Javier Diaz-Castro et al, DHA supplementation: A nutritional strategy to prenatal Fe homeostasis and prevent birth outcomes related with Fe-deficiency. Journal of Functional Foods 2015;19:385-393. DOI:http://dx.doi.org/10.1016/j.jff.2015.09.051
Fonte: http://www.medcenter.com/contentnews.aspx?pageid=128787&esp_id=202&tax_id=596&langtype=1046&id=230081&emkt=1#.VoHTZBGT42U.facebook
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Estudo Internacional sobre Obesidade
Considerado um dos grandes problemas de saúde pública, a obesidade vem crescendo a cada dia no mundo todo. Diversos estudos são realizados tentando compreender e combater essa doença. Uma pesquisa recente na área, da Revista CellMetabollism, é de um grupo de cientistas da Universidade de Copenhagem, na Dinamarca, coordenado por RomainBarrès.
O trabalho mostrou que o excesso de peso modifica o padrão de metilação de genes nos espermatozoides, o que poderia influenciar a adiposidade nos filhos, levando ao desenvolvimento de obesidade. Os resultados foram divulgados no início de dezembro na Revista CellMetabolism.
O estudo intitulado Obesity and Bariatric Surgery Drive Epigenetic Variation of Spermatozoa in Humans analisou o padrão de metilação de genes, a partir de DNA extraído de espermatozoides de seis homens obesos, que estavam passando pelo procedimento preparatório para cirurgia de perda de peso.
O material colhido dos pacientes foi examinado antes do tratamento, uma semana depois e um ano depois. Neste processo, foi constatado que houve alterações epigenéticas, nos espermatozoides.
A Dra. Maria Edna Melo, membro do Departamento de Obesidade da SBEM e diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), explicou o que a metilação em um gene reduz a expressão do mesmo, consequentemente ocorre diminuição na produção da respectiva proteína.”
“O estudo apresenta padrões diferentes de metilação em genes que controlam o desenvolvimento e função cerebral entre obesos e magros. E a análise, após cirurgia bariátrica, mostra que o padrão de metilação nos obesos modifica-se, especialmente, nos genes relacionados à regulação central do apetite”, afirmou a endocrinologista.
A especialista esclarece que alterações epigenéticas podem ser transferidas aos filhos. Com isso, pode haver predisposição para o desenvolvimento da obesidade no bebê.
A médica ainda destacou que pesquisas envolvendo mecanismos epigenéticos, normalmente, é feita com mulheres, e o fato desta ter como foco os homens amplia nosso conhecimento dos inúmeros fatores que influenciam no desenvolvimento da obesidade.
“Os estudos clássico,s avaliando metilação em mulheres que foram submetidas à restrição calórica importante durante a segunda guerra mundial, mostraram que as mesmas tiveram mais filhos com obesidade. Assim, alterações epigenéticas podem ser transmitidas à descendência. Da mesma forma, a obesidade nos homens no referido estudo pode determinar um processo semelhante, embora numa situação de consumo energético elevado.”
Por fim, o próximo passo deverá ser a observação e acompanhamento dos filhos destes pacientes, para confirmar a relação entre essas modificações epigenéticas e a obesidade nos mesmos, finalizou a endocrinologista.
Para obter mais informações sobre o estudo acesse o link Revista CellMetabollism.
Fonte: http://www.endocrino.org.br/estudo-internacional-sobre-obesidade-genetica/
O trabalho mostrou que o excesso de peso modifica o padrão de metilação de genes nos espermatozoides, o que poderia influenciar a adiposidade nos filhos, levando ao desenvolvimento de obesidade. Os resultados foram divulgados no início de dezembro na Revista CellMetabolism.
O estudo intitulado Obesity and Bariatric Surgery Drive Epigenetic Variation of Spermatozoa in Humans analisou o padrão de metilação de genes, a partir de DNA extraído de espermatozoides de seis homens obesos, que estavam passando pelo procedimento preparatório para cirurgia de perda de peso.
O material colhido dos pacientes foi examinado antes do tratamento, uma semana depois e um ano depois. Neste processo, foi constatado que houve alterações epigenéticas, nos espermatozoides.
A Dra. Maria Edna Melo, membro do Departamento de Obesidade da SBEM e diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), explicou o que a metilação em um gene reduz a expressão do mesmo, consequentemente ocorre diminuição na produção da respectiva proteína.”
“O estudo apresenta padrões diferentes de metilação em genes que controlam o desenvolvimento e função cerebral entre obesos e magros. E a análise, após cirurgia bariátrica, mostra que o padrão de metilação nos obesos modifica-se, especialmente, nos genes relacionados à regulação central do apetite”, afirmou a endocrinologista.
A especialista esclarece que alterações epigenéticas podem ser transferidas aos filhos. Com isso, pode haver predisposição para o desenvolvimento da obesidade no bebê.
A médica ainda destacou que pesquisas envolvendo mecanismos epigenéticos, normalmente, é feita com mulheres, e o fato desta ter como foco os homens amplia nosso conhecimento dos inúmeros fatores que influenciam no desenvolvimento da obesidade.
“Os estudos clássico,s avaliando metilação em mulheres que foram submetidas à restrição calórica importante durante a segunda guerra mundial, mostraram que as mesmas tiveram mais filhos com obesidade. Assim, alterações epigenéticas podem ser transmitidas à descendência. Da mesma forma, a obesidade nos homens no referido estudo pode determinar um processo semelhante, embora numa situação de consumo energético elevado.”
Por fim, o próximo passo deverá ser a observação e acompanhamento dos filhos destes pacientes, para confirmar a relação entre essas modificações epigenéticas e a obesidade nos mesmos, finalizou a endocrinologista.
Para obter mais informações sobre o estudo acesse o link Revista CellMetabollism.
Fonte: http://www.endocrino.org.br/estudo-internacional-sobre-obesidade-genetica/
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Deixar de fumar engorda em 84% dos casos
Vai chegar 2016, e na lista das promessas para o novo ano, a de deixar de fumar é um clássico. Boas razões não faltam, como esta: “Os indivíduos que cessam os hábitos tabágicos antes dos 50 anos têm metade do risco de morrer nos 15 anos seguintes", diz a Direcção-Geral de Saúde (DGS). Mas entre anos de vida ganhos e doenças várias que se podem prevenir há uma pequena contrariedade: deixar de fumar engorda. Cerca de 84% dos fumadores em cessação ganham peso.
A média de ganho de peso é de quatro a cinco quilos após um ano. Uma pequena minoria (13 a 14% dos indivíduos) ganha mais de 10kg. “Esta taxa não é sempre igual: é mais acentuada durante os primeiros três meses de cessação tabágica, com um aumento médio de 1kg por mês, e decresce após este período”, segundo a DGS.
Engordar é mesmo considerado “o principal motivo para a relutância em parar de fumar e recaída depois da cessação, especialmente nos fumadores que apresentam preocupações com o seu peso”, lê-se numa publicação que acaba de ser publicada no site da DGS: o manual Cessação Tabágica e Ganho Ponderal — Linhas de Orientação. Objectivo: promover um consumo alimentar adequado durante a cessação tabágica. Porque “os benefícios para a saúde decorrentes” da mesma “excedem quaisquer outros riscos associados ao aumento médio de quatro a cinco kg”.
A primeira das recomendações deste manual pode resumir-se assim: faça uma coisa de cada vez. “O controlo de peso através de uma restrição energética não é aconselhado durante a cessação tabágica, uma vez que as exigências mentais e emocionais desta restrição podem comprometer o sucesso da abstinência.” Assim, é aconselhado que durante os primeiros três meses sem cigarros, o fumador se concentre na cessação tabágica e não no controlo do peso. Preocupe-se com os quilos a mais “quando se encontrar totalmente confiante na cessação tabágica.”
Outra recomendação: “Anote as horas de maior compulsão para fumar e tenha sempre disponíveis pastilhas elásticas sem açúcar ou frutos gordos em quantidades moderadas (nozes, amêndoas, avelãs, amendoins, …). Estes ajudam a ter as mãos ocupadas" sendo que a mastigação diminui a vontade de comer demasiado. "Para além das pastilhas podem ser usados palitos ou palhinhas de plástico que ajudam a aliviar a tensão dos músculos do maxilar usado na inalação do fumo do cigarro.”
Mais à frente neste pequeno livrinho explica-se que para quem deixa de fumar, fazer várias refeições ao longo do dia ajuda a controlar os sintomas de privação da nicotina, como a ansiedade ou a vontade de comer muito. Ter sempre disponíveis pequenos lanches saudáveis (fruta e hortícolas crus é bom) é outro truque. Beber muita água — “A água ajuda a libertar a nicotina e seus metabolitos do organismo, nos primeiros dias de cessação” — e evitar o álcool, também. “O álcool cria um défice de oxigénio, devido a uma diminuição da saturação da hemoglobina na corrente sanguínea, que pode prejudicar a concentração e desencadear uma maior vontade de fumar e comer.”
Mais dicas estão disponíveis no manual que se encontra no site da DGS. Que lembra: “Estudos mostram que 80% dos fumadores expressam o desejo de parar de fumar, 35% tentam deixar de fumar todos os anos, mas menos de 5% têm êxito em cessar o consumo sem ajuda.” Por isso, mais uma recomendação: “Informe-se sobre a existência de consultas multidisciplinares de cessação tabágica no Centro de Saúde ou Hospital da sua área de residência.”
Fonte: http://publico.uol.com.br/sociedade/noticia/deixar-de-fumar-engorda-em-84-dos-casos-dgs-diz-como-evitar-que-isso-aconteca-1718813
A média de ganho de peso é de quatro a cinco quilos após um ano. Uma pequena minoria (13 a 14% dos indivíduos) ganha mais de 10kg. “Esta taxa não é sempre igual: é mais acentuada durante os primeiros três meses de cessação tabágica, com um aumento médio de 1kg por mês, e decresce após este período”, segundo a DGS.
Engordar é mesmo considerado “o principal motivo para a relutância em parar de fumar e recaída depois da cessação, especialmente nos fumadores que apresentam preocupações com o seu peso”, lê-se numa publicação que acaba de ser publicada no site da DGS: o manual Cessação Tabágica e Ganho Ponderal — Linhas de Orientação. Objectivo: promover um consumo alimentar adequado durante a cessação tabágica. Porque “os benefícios para a saúde decorrentes” da mesma “excedem quaisquer outros riscos associados ao aumento médio de quatro a cinco kg”.
A primeira das recomendações deste manual pode resumir-se assim: faça uma coisa de cada vez. “O controlo de peso através de uma restrição energética não é aconselhado durante a cessação tabágica, uma vez que as exigências mentais e emocionais desta restrição podem comprometer o sucesso da abstinência.” Assim, é aconselhado que durante os primeiros três meses sem cigarros, o fumador se concentre na cessação tabágica e não no controlo do peso. Preocupe-se com os quilos a mais “quando se encontrar totalmente confiante na cessação tabágica.”
Outra recomendação: “Anote as horas de maior compulsão para fumar e tenha sempre disponíveis pastilhas elásticas sem açúcar ou frutos gordos em quantidades moderadas (nozes, amêndoas, avelãs, amendoins, …). Estes ajudam a ter as mãos ocupadas" sendo que a mastigação diminui a vontade de comer demasiado. "Para além das pastilhas podem ser usados palitos ou palhinhas de plástico que ajudam a aliviar a tensão dos músculos do maxilar usado na inalação do fumo do cigarro.”
Mais à frente neste pequeno livrinho explica-se que para quem deixa de fumar, fazer várias refeições ao longo do dia ajuda a controlar os sintomas de privação da nicotina, como a ansiedade ou a vontade de comer muito. Ter sempre disponíveis pequenos lanches saudáveis (fruta e hortícolas crus é bom) é outro truque. Beber muita água — “A água ajuda a libertar a nicotina e seus metabolitos do organismo, nos primeiros dias de cessação” — e evitar o álcool, também. “O álcool cria um défice de oxigénio, devido a uma diminuição da saturação da hemoglobina na corrente sanguínea, que pode prejudicar a concentração e desencadear uma maior vontade de fumar e comer.”
Mais dicas estão disponíveis no manual que se encontra no site da DGS. Que lembra: “Estudos mostram que 80% dos fumadores expressam o desejo de parar de fumar, 35% tentam deixar de fumar todos os anos, mas menos de 5% têm êxito em cessar o consumo sem ajuda.” Por isso, mais uma recomendação: “Informe-se sobre a existência de consultas multidisciplinares de cessação tabágica no Centro de Saúde ou Hospital da sua área de residência.”
Fonte: http://publico.uol.com.br/sociedade/noticia/deixar-de-fumar-engorda-em-84-dos-casos-dgs-diz-como-evitar-que-isso-aconteca-1718813
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Overdose: os perigos do consumo excessivo de cafeína
Considerada por muitos uma "fiel companheira" para combater o cansaço, a cafeína também pode ser vilã. Quando ingerida em quantidades exageradas, a substância pode causar danos graves à saúde ou até mesmo ser fatal.
O Japão recentemente registrou sua primeira morte causado por overdose de cafeína. A vítima era um homem de 20 anos que trabalhava em um posto de gasolina no turno da madrugada.
Com base em análises, as autoridades de saúde japonesas informaram que a vítima faleceu porque ingeria grandes quantidades de bebidas ricas em cafeína para se manter acordado.
Segundo a agência de notícias Kyodo, a autópsia, realizada pela Universidade de Fukuoka, não conseguiu determinar a quantidade de cafeína ingerida, nem o período de tempo levado para que o consumo tivesse esse efeito letal.
O caso é inédito no Japão, mas não é tão raro em alguns outros lugares do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, já foram registradas pelo menos dez mortes causadas por excesso de cafeína.
Os casos que mais chamaram a atenção ocorreram em maio e julho do ano passado e causaram preocupação no país.
As vítimas foram adolescentes: Logan Stiner, de Ohio, de 18 anos, e Lanna Hamann, do Arizona, de 16. Os médicos que analisaram o corpo de Stiner detectaram 70 miligramas de cafeína por mililitro de sangue. As autoridades internacionais de saúde advertem que 50 miligramas por ml de sangue já são suficientes para provocar uma morte. Já Hamann sofreu uma parada cardíaca e faleceu depois de ingerir uma grande quantidade de bebidas energéticas durante as férias que passou no México, segundo o que relatou a mãe dela à rede americana CBS.
Os casos de morte causadas por consumo excessivo de cafeína não são muito frequentes, mas a partir de que dose esse alcaloide que estimula o sistema nervoso pode se tornar perigoso?
Doses recomendadas
Segundo a Autoridade Europeia de Segurança Alimentícia (EFSA, na sigla em inglês), uma dose entre 75 mg e 300 mg de cafeína ao dia pode ajudar a melhorar o rendimento de atividades físicas e intelectuais. Isso equivale a tomar de meia a três xícaras de café por dia.
No caso dos adolescentes, a quantidade não deveria ultrapassar os 100 miligramas por dia.
Quantidades superiores a essa podem causar irritação, insônia e até complicações cardíacas.
Mas quando exatamente se pode falar em overdose de cafeína? Chás, cafés, energéticos...todos contêm cafeína e devem ser consumidos com cautela
Excessos
De acordo com a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), os sintomas de overdose de cafeína podem incluir o pulso acelerado ou perigosamente irregular.
Pessoas que ficam intoxicadas por essa substância podem ter os seguintes sintomas: vômito, diarreia, letargia – diminuição da atividade das funções intelectuais, acompanhada de uma sensação de desorientação.
Nos casos mais extremos, a agência adverte que a overdose de cafeína pode provocar a morte – mas ressalta que esses casos são mais raros.
Segundo a FDA, é preciso ter cautela no consumo de qualquer bebida ou comida que contenha cafeína, mas há um produto em particular que merece atenção especial.
Se trata da cafeína pura em pó, que é vendida como suplemento para atletas. Na internet, é possível adquirir um desses pacotes de 100 gramas por cerca de US$ 6 (R$ 23).
Uma marca em particular, que vende esse produto online, garante que ele "ajuda a diminuir a fadiga física, a melhorar a claridade do pensamento e a capacidade de concentração, aumenta a coordenação física, reduz a sensação de cansaço e é especialmente eficaz para atividades como levantar peso".
No entanto, a FDA alerta que esses produtos são 100% cafeína, e uma colher pequena desse pó já equivaleria a aproximadamente 28 xícaras de café.
"A cafeína pura é um estimulante poderoso e em pequena quantidade já pode causar uma overdose acidental", adverte a entidade.
Segundo a autópsia, foi isso que aconteceu com a jovem americana Logan Stiner – e, no caso dela, a overdose foi fatal.
Quantidade de cafeína em bebidas e outros produtos
- Uma xícara normal de café contém 260 mg de cafeína
- Um quarto de litro de chá preto contém entre 30 mg e 80 mg
- Uma lata de energético Red Bull tem 80 mg
- Uma barra de chocolate amargo tem 20 mg
- Um comprimido para enxaqueca ou gripe pode chegar a conter 130 mg
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/01/overdose-os-perigos-do-consumo-excessivo-de-cafeina.html
O Japão recentemente registrou sua primeira morte causado por overdose de cafeína. A vítima era um homem de 20 anos que trabalhava em um posto de gasolina no turno da madrugada.
Com base em análises, as autoridades de saúde japonesas informaram que a vítima faleceu porque ingeria grandes quantidades de bebidas ricas em cafeína para se manter acordado.
Segundo a agência de notícias Kyodo, a autópsia, realizada pela Universidade de Fukuoka, não conseguiu determinar a quantidade de cafeína ingerida, nem o período de tempo levado para que o consumo tivesse esse efeito letal.
O caso é inédito no Japão, mas não é tão raro em alguns outros lugares do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, já foram registradas pelo menos dez mortes causadas por excesso de cafeína.
Os casos que mais chamaram a atenção ocorreram em maio e julho do ano passado e causaram preocupação no país.
As vítimas foram adolescentes: Logan Stiner, de Ohio, de 18 anos, e Lanna Hamann, do Arizona, de 16. Os médicos que analisaram o corpo de Stiner detectaram 70 miligramas de cafeína por mililitro de sangue. As autoridades internacionais de saúde advertem que 50 miligramas por ml de sangue já são suficientes para provocar uma morte. Já Hamann sofreu uma parada cardíaca e faleceu depois de ingerir uma grande quantidade de bebidas energéticas durante as férias que passou no México, segundo o que relatou a mãe dela à rede americana CBS.
Os casos de morte causadas por consumo excessivo de cafeína não são muito frequentes, mas a partir de que dose esse alcaloide que estimula o sistema nervoso pode se tornar perigoso?
Doses recomendadas
Segundo a Autoridade Europeia de Segurança Alimentícia (EFSA, na sigla em inglês), uma dose entre 75 mg e 300 mg de cafeína ao dia pode ajudar a melhorar o rendimento de atividades físicas e intelectuais. Isso equivale a tomar de meia a três xícaras de café por dia.
No caso dos adolescentes, a quantidade não deveria ultrapassar os 100 miligramas por dia.
Quantidades superiores a essa podem causar irritação, insônia e até complicações cardíacas.
Mas quando exatamente se pode falar em overdose de cafeína? Chás, cafés, energéticos...todos contêm cafeína e devem ser consumidos com cautela
Excessos
De acordo com a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), os sintomas de overdose de cafeína podem incluir o pulso acelerado ou perigosamente irregular.
Pessoas que ficam intoxicadas por essa substância podem ter os seguintes sintomas: vômito, diarreia, letargia – diminuição da atividade das funções intelectuais, acompanhada de uma sensação de desorientação.
Nos casos mais extremos, a agência adverte que a overdose de cafeína pode provocar a morte – mas ressalta que esses casos são mais raros.
Segundo a FDA, é preciso ter cautela no consumo de qualquer bebida ou comida que contenha cafeína, mas há um produto em particular que merece atenção especial.
Se trata da cafeína pura em pó, que é vendida como suplemento para atletas. Na internet, é possível adquirir um desses pacotes de 100 gramas por cerca de US$ 6 (R$ 23).
Uma marca em particular, que vende esse produto online, garante que ele "ajuda a diminuir a fadiga física, a melhorar a claridade do pensamento e a capacidade de concentração, aumenta a coordenação física, reduz a sensação de cansaço e é especialmente eficaz para atividades como levantar peso".
No entanto, a FDA alerta que esses produtos são 100% cafeína, e uma colher pequena desse pó já equivaleria a aproximadamente 28 xícaras de café.
"A cafeína pura é um estimulante poderoso e em pequena quantidade já pode causar uma overdose acidental", adverte a entidade.
Segundo a autópsia, foi isso que aconteceu com a jovem americana Logan Stiner – e, no caso dela, a overdose foi fatal.
Quantidade de cafeína em bebidas e outros produtos
- Uma xícara normal de café contém 260 mg de cafeína
- Um quarto de litro de chá preto contém entre 30 mg e 80 mg
- Uma lata de energético Red Bull tem 80 mg
- Uma barra de chocolate amargo tem 20 mg
- Um comprimido para enxaqueca ou gripe pode chegar a conter 130 mg
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/01/overdose-os-perigos-do-consumo-excessivo-de-cafeina.html
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Dr. Frederico Lobo
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Como a neurociência pode auxiliar no processo de emagrecimento
O Bem Estar acompanha o processo de emagrecimento da neurocientista Carla Tieppo, que começou uma reeducação alimentar e incluiu a atividade física em sua vida com o objetivo de perder 8 kg em dois meses e mais 7 kg nos próximos meses. Pra falar sobre o reality, chamado de Emagrecida(mente), contamos com o endocrinologista Simão da Silva Bastos Neto e o clínico geral Marcelo Demarzo.
O cérebro humano é constituído por cerca de 100 milhões de células nervosas, os neurônios.
Toda demanda que desafie ou estimule o cérebro gera sinapses, a interação entre as células. Em geral, tudo passa pelo cérebro, mas algumas atividades são controladas pelo sistema nervoso autônomo e outras são mais conscientes. É preciso dosar esse controle, estimulando a parte consciente e racional das decisões, também em relação à comida e aos exercícios físicos.
O cérebro é que sente fome, faz as opções alimentares, seleciona as quantidades; e, durante o exercício, define o tipo e a intensidade. Mais que isso, é a cabeça que se frustra com os resultados ruins, desanima, desiste. Assim, a atividade mental guiada pode levar a mudanças comportamentais que favorecem o emagrecimento. Um cérebro melhor treinado ajuda no processo de perda de peso, melhorando as escolhas e o comprometimento com os resultados.
Entre saciar o estômago e parar de sentir fome, há um processo que envolve liberação de hormônios e sinais visuais de que a refeição terminou. Esse processo demora de 20 a 30 minutos e só depois dele há a sensação de saciedade. Por isso, é importante comer sem pressa, diminuindo esse tempo entre o fim da refeição e o começo do período de saciedade.
Quando a pessoa está angustiada ou deprimida, pode buscar uma forma de compensação, uma compulsão que gere prazer e que aplaque a esquiva experiencial. A comida pode ser uma dessas formas, pois comer libera dopamina e serotonina, neurotransmissores que atuam na sensação de saciedade. O perigo é isso virar uma compulsão, gerando um ciclo vicioso. Ao ganhar peso, as substâncias reguladoras do corpo vão se inibindo e os hormônios que estimulam o armazenamento de gordura passam a estocar cada vez mais. Também é preciso estar atento aos pensamentos intrusivos: por exemplo, quando iniciar uma atividade e sentir dor, é preciso manter o foco e não desistir. A mente desiste antes do corpo.
A importância do planejamento
O planejamento ajuda a reestruturar o hábito. É importante colocar uma meta realista, pois a frustração de não atingir o objetivo pode inverter o quadro e a pessoa volta a ganhar peso. É preciso que a perda seja progressiva e que não seja transitória: apenas após um período de 6 a 12 meses que é possível dizer que houve uma reeducação.
Hormônios e neurotransmissores
Os hormônios nunca agem sozinho, estão sempre regulando um ao outro. As principais substâncias que atuam no controle da vontade de comer são:
LEPTINA: informa o cérebro sobre o estoque de gordura do corpo. Assim, quando há perda de gordura, a leptina sempre puxa o organismo a voltar ao peso anterior. Isso explicaria porque algumas pessoas voltam a ganhar peso após um regime.
INSULINAS: metaboliza o açúcar ingerido pelo organismo, mandando nos músculos e no fígado. O excedente é transformado em gordura e armazenado.
GLUCAGON: quando da realização de exercícios, o corpo queima, primeiramente, o açúcar que está no sangue. Depois disso, o glucagon entra em ação, pra disponibilizar o açúcar que está estocado nas gorduras para o corpo. Uma das formas de potencializar esse processo é fazer exercícios pela manhã, quando o nível de glicose no sangue é menor. Mas, nesses casos, é melhor fazer exercícios de intensidade leve.
GRELINA: produzida no estômago, regula a vontade de comer. A produção da grelina é influenciada pelo equilíbrio entre insulina e glucagon. Por isso, comer de três em três horas e fazer uma distribuição proporcional da refeição: 40% de carboidrato, 30% de proteína e 30% de gordura monoinsaturada.
GH (Hormônio do Crescimento): o hormônio do crescimento promove a quebra das gorduras estocadas no corpo para a construção e manutenção dos músculos. Duas coisas são ótimas para estimular a liberação do GH: exercícios físicos e sono profundo. Isso ajuda a explicar porque o sono é importante na manutenção do peso. Apesar do nome, é produzido durante toda a vida.
TESTOSTERONA: ajuda a acelerar o metabolismo, contribuindo pra queima de gordura e construção de músculos. Os níveis de testosterona diminuem com a idade, principalmente depois dos 40 anos. Com isso, as pessoas ficam mais predispostas a armazenar as calorias extras como gordura.
ESTRÓGENO: trabalha na distribuição da gordura pelo corpo. Quando o nível começa a cair, com o passar do tempo, a configuração corporal muda.
TIROXINA: a tiroxina, produzida pela tireoide, ajuda a regular o metabolismo do corpo. A diminuição desse hormônio estimula o acúmulo de substância gelatinosa entre as fibras musculares, podendo levar a um pequeno ganho de peso. Já a hiperestimulação da tireoide pode levar a uma redução de peso, mas à custa de queima de músculos, e não gordura.
DOPAMINA: neurotransmissor responsável pela motivação e foco. Quando há liberação de dopamina, as pessoas experimentam uma sensação de prazer, de ter realizado algo.
SEROTONINA: neurotransmissor que atua no hipotálamo e na sensação de saciedade do organismo.
ADRELINA E NORADRENALINA: liberada nos exercícios e em situações de estresse. Aumenta o nível de glucagon e reduz o nível de insulina no organismo. Ajuda na manutenção do peso ao disponibilizar para o organismo mais energia para queimar.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/neurociencia-pode-ajudar-no-processo-de-emagrecimento.html
O cérebro humano é constituído por cerca de 100 milhões de células nervosas, os neurônios.
Toda demanda que desafie ou estimule o cérebro gera sinapses, a interação entre as células. Em geral, tudo passa pelo cérebro, mas algumas atividades são controladas pelo sistema nervoso autônomo e outras são mais conscientes. É preciso dosar esse controle, estimulando a parte consciente e racional das decisões, também em relação à comida e aos exercícios físicos.
O cérebro é que sente fome, faz as opções alimentares, seleciona as quantidades; e, durante o exercício, define o tipo e a intensidade. Mais que isso, é a cabeça que se frustra com os resultados ruins, desanima, desiste. Assim, a atividade mental guiada pode levar a mudanças comportamentais que favorecem o emagrecimento. Um cérebro melhor treinado ajuda no processo de perda de peso, melhorando as escolhas e o comprometimento com os resultados.
Entre saciar o estômago e parar de sentir fome, há um processo que envolve liberação de hormônios e sinais visuais de que a refeição terminou. Esse processo demora de 20 a 30 minutos e só depois dele há a sensação de saciedade. Por isso, é importante comer sem pressa, diminuindo esse tempo entre o fim da refeição e o começo do período de saciedade.
Quando a pessoa está angustiada ou deprimida, pode buscar uma forma de compensação, uma compulsão que gere prazer e que aplaque a esquiva experiencial. A comida pode ser uma dessas formas, pois comer libera dopamina e serotonina, neurotransmissores que atuam na sensação de saciedade. O perigo é isso virar uma compulsão, gerando um ciclo vicioso. Ao ganhar peso, as substâncias reguladoras do corpo vão se inibindo e os hormônios que estimulam o armazenamento de gordura passam a estocar cada vez mais. Também é preciso estar atento aos pensamentos intrusivos: por exemplo, quando iniciar uma atividade e sentir dor, é preciso manter o foco e não desistir. A mente desiste antes do corpo.
A importância do planejamento
O planejamento ajuda a reestruturar o hábito. É importante colocar uma meta realista, pois a frustração de não atingir o objetivo pode inverter o quadro e a pessoa volta a ganhar peso. É preciso que a perda seja progressiva e que não seja transitória: apenas após um período de 6 a 12 meses que é possível dizer que houve uma reeducação.
Hormônios e neurotransmissores
Os hormônios nunca agem sozinho, estão sempre regulando um ao outro. As principais substâncias que atuam no controle da vontade de comer são:
LEPTINA: informa o cérebro sobre o estoque de gordura do corpo. Assim, quando há perda de gordura, a leptina sempre puxa o organismo a voltar ao peso anterior. Isso explicaria porque algumas pessoas voltam a ganhar peso após um regime.
INSULINAS: metaboliza o açúcar ingerido pelo organismo, mandando nos músculos e no fígado. O excedente é transformado em gordura e armazenado.
GLUCAGON: quando da realização de exercícios, o corpo queima, primeiramente, o açúcar que está no sangue. Depois disso, o glucagon entra em ação, pra disponibilizar o açúcar que está estocado nas gorduras para o corpo. Uma das formas de potencializar esse processo é fazer exercícios pela manhã, quando o nível de glicose no sangue é menor. Mas, nesses casos, é melhor fazer exercícios de intensidade leve.
GRELINA: produzida no estômago, regula a vontade de comer. A produção da grelina é influenciada pelo equilíbrio entre insulina e glucagon. Por isso, comer de três em três horas e fazer uma distribuição proporcional da refeição: 40% de carboidrato, 30% de proteína e 30% de gordura monoinsaturada.
GH (Hormônio do Crescimento): o hormônio do crescimento promove a quebra das gorduras estocadas no corpo para a construção e manutenção dos músculos. Duas coisas são ótimas para estimular a liberação do GH: exercícios físicos e sono profundo. Isso ajuda a explicar porque o sono é importante na manutenção do peso. Apesar do nome, é produzido durante toda a vida.
TESTOSTERONA: ajuda a acelerar o metabolismo, contribuindo pra queima de gordura e construção de músculos. Os níveis de testosterona diminuem com a idade, principalmente depois dos 40 anos. Com isso, as pessoas ficam mais predispostas a armazenar as calorias extras como gordura.
ESTRÓGENO: trabalha na distribuição da gordura pelo corpo. Quando o nível começa a cair, com o passar do tempo, a configuração corporal muda.
TIROXINA: a tiroxina, produzida pela tireoide, ajuda a regular o metabolismo do corpo. A diminuição desse hormônio estimula o acúmulo de substância gelatinosa entre as fibras musculares, podendo levar a um pequeno ganho de peso. Já a hiperestimulação da tireoide pode levar a uma redução de peso, mas à custa de queima de músculos, e não gordura.
DOPAMINA: neurotransmissor responsável pela motivação e foco. Quando há liberação de dopamina, as pessoas experimentam uma sensação de prazer, de ter realizado algo.
SEROTONINA: neurotransmissor que atua no hipotálamo e na sensação de saciedade do organismo.
ADRELINA E NORADRENALINA: liberada nos exercícios e em situações de estresse. Aumenta o nível de glucagon e reduz o nível de insulina no organismo. Ajuda na manutenção do peso ao disponibilizar para o organismo mais energia para queimar.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/neurociencia-pode-ajudar-no-processo-de-emagrecimento.html
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Dr. Frederico Lobo
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domingo, 3 de janeiro de 2016
Zinco é essencial para diabéticos e melhora a imunidade
O zinco é uma substância conhecida como elemento-traço. Ele tem como função determinar a forma e disposição espacial das proteínas ligadas ao DNA e algumas enzimas importantes no nosso metabolismo. Cerca de 300 enzimas necessitam do zinco para sua ação nas células. Ele ainda melhora a memória e é fundamental na formação e regulação de hormônios da tireoide, suprarrenal, testículo e insulina. A substância também é essencial para o sistema imunológico e processo de cicatrização.
Benefícios comprovados do zinco
Ação antioxidante: O zinco se destaca pela ação antioxidante, diminuindo a quantidade de radicais livres no nosso corpo. Os radicais livres afetam negativamente as funções das células, aumentando as chances da pessoa desenvolver tipos diferentes de câncer.
Bom para diabéticos: A ação e a liberação da insulina ocorre de forma mais eficiente quando o zinco está presente no organismo. Como o diabético tem dificuldades na ação deste hormônio, a presença do elemento facilita esta questão, fazendo com que a insulina cumpra melhor seu papel, evitando a hiperglicemia.
Melhora a imunidade: O zinco tem ação direta no funcionamento dos linfócitos, células de defesa do nosso organismo, melhorando a imunidade. Além disso, o zinco age nos processos anti-inflamatórios e no nosso DNA, ambas as questões estão relacionadas com a imunidade.
Ajuda na cicatrização: O zinco auxilia na cicatrização porque tem um papel de ação nas células que ajudam no processo de cicatrização, como os fibroblastos.
Ajuda no crescimento e desenvolvimento: O zinco é diretamente responsável pela divisão celular, síntese de proteínas e modulação de hormônios. Todos estes fatores estão ligados ao crescimento das crianças e adolescentes e também ao desenvolvimento sexual. Por isso, é importante que elas tenham boas quantidades deste elemento. Também é necessário que as gestantes tenham as quantidades corretas de zinco para que o feto se desenvolva sem complicações e não tenha problemas de saúde.
Deficiência de zinco
A falta de zinco pode ser detectada por meio de exame de sangue ou dos fios de cabelo. A ausência do elemento pode causar falta de apetite, alterações no paladar, olfato e no comportamento, intolerância à glicose, disfunções imunológicas, retardo de crescimento e atraso da maturação sexual.
Interações
Algumas fibras podem dificultar a absorção do zinco, como os fitatos presentes em cereais integrais, soja e em algumas leguminosas. Porém, esta interferência parece estar ligada ao tipo de proteína presente na dieta e estudos tentam estabelecer esta relação. Ferro e zinco estão diretamente ligados. O aumento de um na dieta interfere negativamente na absorção do outro. Estudos sugerem que a vitamina A, presente no fígado, gema de ovo, leite e derivados e folhas verdes escuras, também pode interferir na absorção de zinco.
Combição com o zinco
Estudos apontam que as proteínas de origem animal podem melhorar a absorção de zinco.
Fontes de zinco
As principais fontes de zinco são carnes vermelhas, ostras, semente de abóbora e girassol, leguminosas, como feijão e lentilha, oleaginosas, como amêndoa, amendoim, noz-pecã, castanha do Pará, castanha de caju, gérmen de trigo e carne de porco cozida.
Quantidade recomendada de zinco
Idade | Ingestão adequada - mg/dia | Limite tolerável de ingestão |
0 a 6 meses | 2 mg | 4 mg |
7 a 12 meses | 3 mg | 5 mg |
1 ano a 3 anos | 3 mg | 7 mg |
4 anos a 8 anos | 5 mg | 12 mg |
9 anos a 13 anos | 8 mg | 23 mg |
Homens de 14 a 18 anos | 11 mg | 34 mg |
Homens a partir de 19 anos | 11 mg | 40 mg |
Mulheres de 14 a 18 anos | 9 mg | 34 mg |
Mulheres a partir de 19 anos | 8 mg | 40 mg |
Gestantes com menos de 18 anos | 13 mg | 34 mg |
Gestantes a partir de 19 anos | 11 mg | 40 mg |
Lactantes com menos de 18 anos | 14 mg | 34 mg |
Lactantes com mais de 19 anos | 12 mg | 40 mg |
Fonte: Institute of Medicine
Riscos do consumo em excesso de zinco
O consumo em excesso de zinco pode causar diarreia, náuseas e vômitos devido à uma irritação gastrointestinal. Pode ocorrer aumento da sudorese, taquicardia, visão turva e embaçada, hipotermia, complicações renais e até hemorragia. Além disso, ocorre a deficiência de cobre. O excesso de zinco por meio da alimentação é raro, normalmente ele ocorre devido a suplementação realizada de forma errada.
Uso dos suplementos de zinco
Os suplementos de zinco costumam ser orientados em casos de pessoas que se alimentam mal e atletas. Contudo, a necessidade da suplementação deve ser determinada por um nutricionista ou nutrólogo.
Fontes consultadas:
Nutrólogo André Veinert, da Clínica Healthme gerenciamento de Perda de Peso.
Nutrólogo José Alves Lara neto, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)
Nutrólogo José Alves Lara neto, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN)
FONTE: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17974-zinco-e-essencial-para-diabeticos-e-melhora-a-imunidade
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Dr. Frederico Lobo
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20:49
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Vitamina B6
A vitamina B6 também conhecida como piridoxina compõe o complexo B. Ela é necessária para o funcionamento adequado de mais de sessenta enzimas e essencial para a síntese normal do ácido nucléico e das proteínas. Participa da multiplicação de todas as células e da produção das hemácias e das células do sistema imunológico. Influencia o sistema nervoso através de seus efeitos sobre vários minerais e neurotransmissores cerebrais.
A principal função metabólica da vitamina B6 é como coenzima. Tem um papel importante no metabolismo das proteínas, hidratos de carbono e lipídios. As suas principais funções são: a produção de epinefrina, serotonina e outros neurotransmissores, a formação do ácido nicotínico da vitamina, a decomposição do glicogénio e o metabolismo dos aminoácidos.
Além disso, a vitamina B6 faz a quebra do glicogênio, ajuda na formação da hemoglobina, anticorpos e certos hormônios. Promove o bom funcionamento do sistema nervoso e imunológico e proporciona pele, músculo e sangue saudáveis. Ajuda na degradação da homocisteína, uma substância que, em excesso na circulação sanguínea, pode causar doenças cardiovasculares.
Benefícios comprovados da vitamina B6
Previne e trata a anemia: A vitamina B6 ajuda na produção de hemoglobina, que é responsável por carregar ferro pelo corpo. Com a falta dessa vitamina, a pessoa possuiria glóbulos vermelhos pouco desenvolvidos, com pouca hemoglobina e teria carência principalmente de ferro, causando anemia. Uma dieta rica na vitamina é um dos fatores necessários para reverter casos de anemia extrema.
Aliada do cérebro: A falta da vitamina B6 pode causar Nevrite periférica e degeneração nervosa. Esta vitamina influencia na formação da bainha de mielina, que envolve as células nervosas do cérebro. Assim, uma alimentação rica em B6 se mostra aliada contra perda de memória e diminuição cognitiva relacionada com a idade, diminuindo o risco de Alzheimer.
Boa para a pele: A vitamina B6 metaboliza as proteínas consumidas, fazendo com que a pele se torne elástica. A falta da vitamina causa dermatite e outros problemas de pele.
Boa para o coração: Estudos sugerem que uma ingestão deficiente de vitamina B6 aumenta os riscos de doenças cardíacas. Afinal, esta vitamina diminui os níveis de homocisteina no sangue, que está relacionado com doenças cardíacas.
Alivia a TPM: Estudos relatam que a deficiência de vitamina B6 pode estar relacionada com os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM), a suplementação desta vitamina diminui os sintomas causados pela TPM, devido ao envolvimento da vitamina B6 na eliminação do excesso de estrogênio.
Combate a depressão: A vitamina B6 auxilia na melhora dos sintomas dadepressão. Isto porque ela é importante para a produção de serotonina, um neurotransmissor importante nos processos bioquímicos do sono e do humor.
Bom para quem amamenta: As mulheres grávidas e as que amamentam precisam de uma dose adicional de vitamina B6 de 0,5 a 0,6 mg para compensar as necessidades aumentadas feitas pelo feto ou pelo bebê. A vitamina B6 auxilia no metabolismo da proteína consumida, que será usada na produção de leite pela mãe.
Importante para a visão: A vitamina B6 é fundamental no combate às inflamações crônicas e doenças da retina.
Alivia sintomas da menopausa: Namenopausa, a suplementação da vitamina B6 diminui os efeitos colaterais da reposição hormonal. Ela ajuda a regular os níveis de estrogênio no organismo, amenizando o desconforto causado por seu excesso ou sua falta.
Bom para quem tem Síndrome de Down: A vitamina B6 ajuda na diminuição das perdas cognitivas causadas pela Síndrome de Down, com melhora no tempo de reação e na memória.
Deficiência de vitamina B6
A deficiência severa pode provocar anemia, distúrbios nervosos e diversos problemas de pele. Na gravidez, a deficiência grave pode ocasionar deterioração da capacidade mental do recém-nascido.
Além disso, a deficiência de vitamina B6 pode causar convulsões nas crianças pequenas e confusão nos adultos. Outros sintomas incluem a língua vermelha, fissuras nas laterais dos lábios e adormecimento com sensação de formigamento nas mãos e nos pés.
Interações com a vitamina B6
Existem cerca de 40 medicamentos que interferem nas funções exercidas pela vitamina B6, sendo que os principais são: desoxipiridoxina, isoniaside, hidralazina, ciclosserina e penicilamina.
Combinações da vitamina B6
Para que a vitamina B6 consiga proporcionar todos os seus benefícios é importante que a dieta também conte com as outras vitaminas do complexo B.
Fontes de vitamina B6
A vitamina B6 é encontrada com maior frequência em alimentos de origem animal,como carnes, de porco, principalmente, leite e ovos. Entre os alimentos de origem vegetal, as principais fontes são: batata inglesa, aveia, banana, gérmen de trigo, abacate, levedo de cerveja, cereais, sementes e nozes.
Quantidade recomendada de vitamina B6
A recomendação diária de vitamina B6 é de 1,3mg para homens e mulheres adultos de até 50 anos. Após esta idade, o valor sobe para 1,7mg para homens adultos e 1,5mg para mulheres adultas. Crianças necessitam de 0,5 a 0,6 mg por dia.
Suplemento de vitamina B6
O suplemento de vitamina B6 pode ser ingerido após orientação de um médico ou nutricionista. Pessoas com baixo crescimento, com anemia, gestantes, lactantes, fumantes e alcoólatras podem precisar do suplemento de vitamina B6.
Riscos do consumo em excesso de vitamina B6
A hipervitaminose de vitamina B6 pode causar danos nos nervos, nos braços e pernas. Os efeitos variam entre: dor de cabeça, insônia, náuseas, neuropatia sensorial e periférica.
Apenas concentrações muito elevadas de vitamina B6 podem causar problemas, por isso, o risco de excesso é maior devido à suplementação, mas também pode ocorrer por meio da alimentação.
Receitas ricas em vitamina B6
Fonte consultada:
Nutricionista Rita de Cássia Leite Novais, da empresa Consultoria Alimentar.
FONTE: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/18176-vitamina-b6-previne-a-anemia-e-e-aliada-do-cerebro
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Dr. Frederico Lobo
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Vitamina E
A vitamina E é lipossolúvel e tem como principal função no organismo a sua forte ação antioxidante. Assim, este nutriente combate os radicais livres que podem prejudicar as células.
Alguns estudos apontam que justamente por sua forte ação antioxidante, a vitamina E pode proporciona benefícios como diminuir o risco de doenças cardíacas, prevenir o câncer de próstata, a degeneração da mácula, a doença de Alzheimer e a Esclerose Lateral Amiotrófica. Além disso, pesquisas observaram que a vitamina E pode ser benéfica para as gestantes, pois previne a pré-eclâmpsia.
Benefícios comprovados da vitamina E
Ação antioxidante: A vitamina E se destaca por ser um poderoso antioxidante. Por isso, ela age combatendo os radicais livres e reduzindo o riscos de doenças cardiovasculares e cerebrais degenerativas.
Benefícios da vitamina E em estudo
Boa para o coração: Pesquisas apontam que a vitamina E pode melhorar a função cardíaca por proporcionar um relaxamento dos vasos sanguíneos e diminuir a formação de substâncias que podem obstruí-los. Contudo, grandes estudos observacionais não conseguiram provar isto.
Um estudo publicado no The New England Journal of Medicine observou que em homens e mulheres de meia idade a vitamina E é capaz de reduzir o risco de doenças coronárias devido à ação antioxidante deste nutriente.
Previne o câncer de próstata: Algumas pesquisas apontam que a vitamina E pode ajudar a prevenir e até a diminuir o crescimento dos tumores dependentes da testosterona, como é o caso do câncer de próstata. Contudo, os estudos ainda são controversos.
Uma pesquisa publicada no Journal of The National Cancer Institute observou que em casos de homens fumantes a suplementação com vitamina E ajudaria a prevenir o câncer de próstata. Contudo, os próprios pesquisadores admitem que o estudo não proporciona resultados suficientes para que a vitamina E seja recomendada a toda a população com este fim.
Previne a degeneração da mácula: Os estudos sobre a relação entre a vitamina E e a degeneração da mácula tem mostrado resultados distintos. Alguns apontam riscos baixos de desenvolver o problema em pessoas que tem maior ingestão de vitamina E, enquanto outros não mostram nenhuma associação.
Previne a doença de Alzheimer: Uma pesquisa publicada no Archives of Neurology observou que a vitamina E associada à vitamina C, dois poderosos antioxidantes, ajuda a reduzir a incidência da doença de Alzheimer. Contudo, ainda são necessários mais estudos para se comprovar este benefício.
Previne a Esclerose Lateral Amiotrófica:Algumas pesquisas sugerem que a suplementação de vitamina E contribui para retardar ou prevenir a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Em pesquisas feitas com ratos constatou-se que a suplementação com vitamina E atrasou o início da doença ou retardou a sua progressão. Em humanos este efeito também foi observado, mas ainda são necessárias mais pesquisas para confirmar este benefício.
Bom para gestantes: Algumas pesquisas apontam que a vitamina E poderia ajudar na prevenção da pré-eclâmpsia que ocorre em partes pelo estresse oxidativo aumentado na placenta. Uma pesquisa feita com ratos pela professora de bioquímica e fisiologia Ana Dulce Oliveira da Paixão, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) observou que em casos de mães desnutridas o consumo de um tipo ativo de vitamina E, o alfa-tocoferol, previne o estresse oxidativo na placenta materna e a hipertensão da prole na idade adulta.
Deficiência de vitamina E
A deficiência de vitamina E é rara em seres humanos. Ela ocorre quase que exclusivamente em pessoas com doenças hereditárias ou adquiridas que prejudica a capacidade de absorver a vitamina, por exemplo, fibrose cística, síndrome do intestino curto ou obstrução do ducto biliar e também nos casos de pessoas que não podem absorver a gordura na dieta ou têm doenças raras no metabolismo da gordura.
O diagnóstico da deficiência é possível pela história clínica ou por meio de dosagem laboratorial, que ocorre pela dosagem de uma das formas ativas da vitamina E, o alfa tocoferol.
Os sintomas da deficiência de vitamina E são: fraqueza muscular, problemas de visão, alterações do sistema imunológico, dormência, tremores, dificuldade em andar e há pesquisas que relatam infertilidade masculina.
Interações
Doses elevadas de vitamina E podem reduzir a absorção das vitaminas A e K. O uso concomitante com antiácidos contendo hidróxido de alumínio diminui a absorção das vitaminas lipossolúveis como a vitamina E.
Os inibidores da absorção de colesterol, os fitoesterois, a colestiramina e a ezetimiba diminuem a absorção dos tipos ativos de vitamina E, alfa e gama-tocoferol. O alto consumo de vitamina A também pode reduzir a ingestão de vitamina E.
Combinações da vitamina E
Combinar a vitamina E com a vitamina C é uma ótima ideia, pois ambas possuem forte ação antioxidante e atuam de forma conjunta para executar as ações antioxidantes.
Fontes de vitamina E
A vitamina E pode ser encontrada em diversos alimentos e óleos. Nozes, sementes e óleos vegetais contêm altas quantidades de alfa-tocoferol e quantidades significativas também estão disponíveis em vegetais de folhas verdes e cereais enriquecidos. Confira os alimentos com as maiores quantidades do tipo ativos de vitamina E, o tocoferol:
Alimento | Quantidade recomendada | Valor diário recomendado de vitamina E |
Óleo de gérmen de trigo | Uma colher de sopa (15 g) | 100% |
Semente de girassol seca e torrada | 28.3 gramas | 37% |
Amêndoa seca e torrada | 28.3 gramas | 34% |
Óleo de girassol | Uma colher de sopa (15 g) | 28% |
Óléo de cártamo | Uma colher de sopa (15 g) | 25% |
Avelã seca e torrada | 28.3 gramas | 22% |
Amendoim seco e torrado | 28.3 gramas | 11% |
Fonte: United States Department of Agriculture (USDA), Agricultural Research Service. USDA National Nutrient Database for Standard Reference.
Quantidade recomendada de vitamina E
Vitamina E (mg/d) | |
Bebês 0-6 meses | 4 |
Bebês 7-12 meses | 5 |
Crianças 1 - 3 anos | 6 |
Crianças 4 - 8 anos | 7 |
Crianças 9 - 13 anos | 11 |
Adolescentes 14 - 18 anos | 15 |
Adultos maiores de 19 anos | 15 |
Gestantes | 15 |
Lactantes | 19 |
Fonte: Institute of Medicine of The National Academies
O uso do suplemento de vitamina E
O suplemento de vitamina E deve ser ingerido somente sob orientação médica. Ele geralmente é recomendado em casos de algumas doenças, como problemas de absorção intestinal, e também em situações de dietas que restringem o consumo desta vitamina.
É importante ressaltar que a ingestão de vitamina E não deve ser superior a 1000 mg por dia. Uma vez que a suplementação é indicada, deve-se levar em consideração a dosagem correta indicada pelo médico para que não haja danos para a saúde.
Riscos do consumo em excesso de vitamina E
Não há provas científicas de que o excesso de vitamina E pela alimentação possa causar problemas no organismo. Contudo, o excesso por meio da suplementação, acima de 1000 mg, pode fazer com que a vitamina E tenha um efeito oxidante no organismo. Alguns estudos iniciais observaram a associação entre o aumento da mortalidade e doses de vitamina E acima de 400 mg/ dia.
Receitas ricas em vitamina E
Aprenda saborosas receitas ricas em vitamina E.
Salmão com óleo de cártamo
Panqueca de óleo de cártamo
Torta de banana com amêndoas
Salmão com óleo de cártamo
Panqueca de óleo de cártamo
Torta de banana com amêndoas
Fontes consultadas:
Nutróloga Daniela Gomes, coordenadora do Instituto de Metabolismo e Nutrição
Farmacêutica Ana Dulce Oliveira da Paixão, professora da Universidade Federal de Pernambuco
Farmacêutica Ana Dulce Oliveira da Paixão, professora da Universidade Federal de Pernambuco
FONTE: http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/tudo-sobre/17628-vitamina-e-pode-prevenir-doencas-cardiovasculares-e-o-cancer-de-prostata
Postado por
Dr. Frederico Lobo
às
20:41
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